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Guias práticos Utilização de Pesticidas Agrícolas

Guia Pratico Utilizacao Pesticidas Agricolas

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pesticidas

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  • Guias prticos

    Utilizao de Pesticidas Agrcolas

  • Utilizao de pesticidas agrcolas

    1

    AUTOR

    Filomena Teixeira

    COMPOSIO

    DID Diviso de Informao e Documentao

    EDITOR

    ACT - Autoridade para as Condies do Trabalho

    EDIO

    Lisboa, abril 2014

    ISBN:

    978-989-8076-86-1 (web pdf)

    Esta publicao, com o trabalho que descreve, visa dar a conhecer a reflexo feita pelos

    profissionais da Autoridade para as Condies do Trabalho (ACT) sobre boas prticas e sobre a

    melhor forma de dar cumprimento lei, sendo que os pontos de vista nela expressos refletem a

    posio oficial da Direo da ACT.

    Catalogao Recomendada

    Utilizao de Pesticidas Agrcolas / Filomena Teixeira Lisboa: ACT, 2014. 14 p.;

    30cm.

    Preveno de riscos profissionais/Pesticidas/Agricultura/Equipamentos de proteo

    individual/Intoxicao/Trabalhadores Agrcolas/Portugal

  • Utilizao de pesticidas agrcolas

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    ndice

    1. A importncia da preveno na utilizao de pesticidas ................................. 3

    2. 0 que so os pesticidas agrcolas? .................................................................. 4

    3. Os riscos associados utilizao de pesticidas .............................................. 5

    4. Quem pode estar exposto a estes riscos? ....................................................... 6

    5. Como encarar a preveno destes riscos? ...................................................... 6

    6. As regras fundamentais para uma boa proteo individual ............................ 9

    7. Que danos podem produzir os pesticidas no organismo? ............................. 11

    8. Como devemos actuar perante uma possivel intoxicao com pesticidas? ... 12

    Resumo ............................................................................................................ 14

    Rsum ............................................................................................................ 14

    Abstract ........................................................................................................... 14

  • Utilizao de pesticidas agrcolas

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    1. A importncia da preveno na utilizao de

    pesticidas

    As condies de vida e de trabalho na agricultura tm evoludo consideravelmente no nosso pas

    ao longo dos ltimos anos, num esforo de progresso e desenvolvimento que se traduz na

    introduo de novas tcnicas que tm transformado, de forma acentuada, o trabalho dos

    agricultores.

    Merece especial destaque a utilizao dos pesticidas agrcolas que vieram alterar profunda e

    muito rapidamente os mtodos de trabalho e tero conduzido ao aumento das produes.

    Todavia, tais fatores so, em si mesmos, potencialmente mais perigosos para a segurana e

    sade dos profissionais agrcolas e a sua rpida introduo no meio rural no foi

    suficientemente acompanhada de um processo de conhecimento dos novos e graves riscos

    associados a sua utilizao, tornando obsoleto um conjunto significativo de conhecimentos

    tradicionais, profundamente enraizados na cultura do meio rural.

    Estas caractersticas, determinam a necessidade de se motivar os intervenientes da agricultura

    para a preveno dos riscos e, tambm, a necessidade de se identificarem para esta preveno,

    tcnicas adequadas especificidade das tarefas.

    Para tanto, a motivao destes profissionais para a preveno tem que se inserir num processo

    de informao e formao que se adapte as razes culturais do meio rural que, afinal, so to

    ricas no domnio da atitude preventiva.

  • Utilizao de pesticidas agrcolas

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    2. 0 que so os pesticidas agrcolas?

    Os produtos fitofarmacuticos, correntemente denominados pesticidas agrcolas, englobam as

    formulaes destinadas a:

    Destruir ou prevenir a ao dos organismos prejudiciais aos vegetais e aos produtos

    vegetais;

    Favorecer ou regularizar a produo vegetal (com exceo dos adubos e corretivos);

    Conservar os produtos vegetais, incluindo os produtos de proteo da madeira (com

    exceo dos produtos de revestimento de superfcie);

    Destruir as plantas indesejveis.

    Assim, os pesticidas agrcolas incluem um variado nmero de substncias que o homem utiliza

    para proteger as culturas e produes agrcolas dos efeitos nocivos provocados por organismos

    prejudiciais e cuja ao pode constituir uma praga ou uma doena.

    De acordo com o agente causal que pretende combater, os pesticidas dividem-se em:

    Usados contra:

    INSECTICIDAS insetos

    HERBICIDAS ervas daninhas

    FUNGICIDAS fungos

    ACARICIDAS caros

    NEMATODICIDAS nematodes

    RODENTICIDAS roedores

    MOLUSCICIDAS moluscos

  • Utilizao de pesticidas agrcolas

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    Um pesticida constitudo pela substncia ativa (que um produto orgnico, inorgnico,

    natural, sinttico ou biolgico), normalmente misturada com outras substncias que facilitam a

    sua aplicao, constituindo uma formulao.

    Deste modo, o utilizador pode encontrar os pesticidas agrcolas sob a forma de:

    P solvel,

    P molhvel,

    Emulso concentrada,

    Tabletes,

    a partir dos quais pode ser necessrio preparar as caldas que, basicamente, consistem na sua

    diluio em gua, de modo a obter o grau de concentrao desejado para a aplicao a efetuar.

    3. Os riscos associados utilizao de pesticidas

    Os pesticidas so produtos txicos e a sua toxicidade (capacidade para causar danos nos

    organismos vivos) depende, fundamentalmente, da sua composio qumica e da concentrao

    em que se apresentam.

    O risco de intoxicao depende, assim:

    Da toxicidade da substncia ativa (em funo do grupo qumico a que pertence);

    Do tempo de exposio (tempo de contacto com o pesticida);

    Das condies de manipulao e de aplicao;

    Das condies ambientais;

    Da forma como entra para o organismo humano (contacto, ingesto ou inalao).

    A correta avaliao de todos estes aspetos torna-se, pois, fundamental para uma adequada

    seleo das medidas de preveno a adotar.

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    4. Quem pode estar exposto a estes riscos?

    AGRICULTORES: Que utilizam estes produtos sem adotar medidas de preveno e

    de proteo, o que acontece frequentemente por falta de informao adequada.

    Estes riscos podero ser extensivos s suas famlias, quer por contacto com os

    pesticidas no momento da preparao das caldas, quer pelo contacto com as culturas

    tratadas recentemente, ou, ainda, pela sua armazenagem descuidada.

    TRABALHADORES: Que intervenham na fabricao das substncias ativas, na

    formulao, na manipulao, na armazenagem, no transporte e na aplicao destes

    produtos.

    5. Como encarar a preveno destes riscos?

    Uma boa preveno implica a deteo e a avaliao dos riscos, sem o que no se tornar

    possvel escolher as medidas mais ajustadas natureza do risco, ao trabalho a realizar e s

    caractersticas do homem.

    Os quadros seguintes sintetizam as situaes de risco mais frequentes:

    Produtos fitofarmacuticos lquidos/ situaes de risco

    Lquidos Risco principal Risco secundrio

    Concentrados solveis Mos ++++ Inalao +

    Emulses concentradas Mos ++++ Inalao +

    Suspenses concentradas e aquosas

    Mos +++

    Suspenses de cpsulas Mos +++

    Emulses (em leo ou aquosas)

    Mos +++

    LEGENDA: ++++Risco importante +++Risco mdio ++Risco pequeno 0 Risco praticamente nulo

  • Utilizao de pesticidas agrcolas

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    Assim, para uma boa utilizao de um pesticida, o agricultor deve saber qual a praga ou a

    doena a combater, de modo a informar-se junto dos tcnicos sobre o produto a utilizar, bem

    como sobre a forma da sua aplicao, a dose, a frequncia, os mtodos e o equipamento a

    usar.

    Em qualquer situao so sempre necessrias as seguintes medidas de preveno:

    Ao manipular-se um pesticida agrcola, no se deve comer, beber ou fumar;

    Depois de manipular o pesticida, deve-se lavar a cara e as mos, mesmo que se

    tenha usado equipamento de proteo;

    Os trabalhadores que tenham feridas ou leses na pele no devem intervir na

    preparao nem na aplicao dos pesticidas.

    A preparao da calda obriga a cuidados muito especiais. Impe-se o mximo de precaues e,

    em especial, uma leitura atenta do rtulo, respeitando escrupulosamente as suas indicaes.

    Com efeito, a eficcia de um tratamento depende, em parte, da forma como se prepara a calda,

    devendo ter-se em ateno que antes da sua preparao, os pesticidas esto sob a forma

    concentrada (logo mais perigosa do que na altura da pulverizao).

    Produtos fitofarmacuticos slidos/ situaes de risco

    Slidos Risco principal Risco secundrio

    Ps polvilhveis Mos ++++ Inalao ++

    Ps molhveis (ou dispersveis/leo)

    Mos ++++ Inalao +

    Ps molhveis ou saquetas hidrossolveis

    Mos 0/+ Inalao 0

    Granulados Mos + Inalao +

    Granulados solveis Mos ++ Inalao +

    Tabletes Mos 0/+ Inalao 0

    LEGENDA: ++++Risco importante +++Risco mdio ++Risco pequeno 0 Risco praticamente nulo

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    Recomenda-se que este trabalho seja efetuado:

    Longe das habitaes;

    Longe das instalaes de animais;

    Perto de uma tomada de gua fria;

    Tendo em ateno a direo do vento;

    Com materiais e equipamentos reservados a estas operaes;

    Sem a presena de crianas.

    As embalagens dos produtos devem ser manuseadas com precauo por forma a garantir a sua

    integridade.

    Os recipientes cheios de um produto pronto para ser utilizado no devem ser deixados sem

    vigilncia.

    Deve calcular-se o volume de calda necessrio rea a tratar para evitar sobras.

    Devem esvaziar-se as embalagens e outros recipientes utilizados (lavando-os repetidamente

    em agua corrente) no fim dos tratamentos.

    Os restos da calda e as guas de lavagem no devem, em caso algum, serem despejados em

    esgotos, fossas ou na proximidade de nascentes de gua.

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    6. As regras fundamentais para uma boa proteo

    individual

    A proteo do trabalhador deve ser assegurada mediante a utilizao de vesturio de trabalho

    adequado e de equipamentos de proteo individual (EPI).

    Na seleo deste vesturio e destes equipamentos importa ter-se sempre em conta:

    As indicaes que obrigatoriamente devem constar do rtulo do pesticida;

    A informao escrita relativa s caractersticas (para que servem) e condies de

    utilizao e conservao dos equipamentos de proteo individual que deve ser fornecida

    pelo respetivo vendedor;

    A garantia da qualidade deste equipamento (verificar se tem a marca CE).

    Na seleo do equipamento de proteo individual e do vesturio ser de ter particularmente

    em ateno:

    A proteo dos olhos, sobretudo quando se trata de produtos txicos ou irritantes. Os

    culos devem ser lavados com frequncia.

    A proteo do nariz e da boca imprescindvel para evitar a inalao de gases ou

    poeiras. Deve usar-se obrigatoriamente mascara quando o rotulo do pesticida assim o

    indicar e proceder-se a substituio dos filtros de acordo com as recomendaes do

    fabricante.

    A proteo das mos, quando se manipulam ou aplicam pesticidas txicos e, muito

    especialmente, quando se encontram em concentraes elevadas. Nestas tarefas

    conveniente usar-se luvas adequadas e devem satisfazer a norma EN 374 luvas de

    proteo contra qumicos e microorganismos. Aps o manuseamento dos pesticidas deve

    lavar-se sempre as mos. Terminado o trabalho, as luvas devem ser lavadas por dentro

    e por fora.

    A proteo do corpo, de preferncia com um fato de proteo adequado aplicao de

    pesticidas, pode ser em algodo com mangas e pernas largas (mas ajustadas nos pulsos

    e tornozelos), fcil de levar e secar.

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    A proteo dos ps e das pernas (quer durante a preparao da calda do produto,

    quer na sua aplicao, ou ainda no posterior contacto com as plantas tratadas) deve ser

    assegurada pelo uso de botas de borracha, evitando-se que haja um espao

    desprotegido entre as botas e as calcas. Terminada a aplicao, lavar bem as botas por

    dentro e por fora.

    Utilizao de EPIs

    Classificao toxicolgica inscrita no rtulo do produto

    Fases do trabalho Manipulao de utenslios e embalagens

    vazias; Contacto com

    o material aps utilizao

    Preparao

    Utilizao

    Lquidos Granulados ou

    ps Fumos ou vapores

  • Utilizao de pesticidas agrcolas

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    7. Que danos podem produzir os pesticidas no

    organismo?

    Os pesticidas podem entrar no organismo atravs de diversas vias:

    A VIA DIGESTIVA: O pesticida pode chegar boca do operador se este comer, beber

    ou fumar durante a manipulao destes produtos, ou se ele levar a boca objetos ou

    peas dos aparelhos de aplicao.

    Neste domnio importa ainda considerar o risco da utilizao indisciplinada de recipientes

    (uso de recipientes de pesticidas para outros fins ou utilizao de recipientes no

    identificados para os pesticidas).

    A VIA RESPIRATRIA: Os pesticidas podem encontrar-se suspensos na atmosfera sob

    a forma de partculas pequenas (aerossis, gotculas, p, etc.), podendo chegar aos

    pulmes no ar que respiramos. Esta situao pode agravar-se nos tratamentos

    efetuados em locais fechados e mal ventilados.

    A VIA DRMICA: Os pesticidas podem entrar em contacto com a pele do operador

    devido a derrames, salpicos, uso de roupa contaminada ou, mesmo, devido exposio

    a partculas suspensas na atmosfera. As feridas ou outras leses na pele facilitam,

    naturalmente, a entrada destes txicos no organismo.

    Os pesticidas podem dar origem a:

    Intoxicaes agudas (os sintomas produzem-se num espao de tempo curto);

    Intoxicaes crnicas (os sintomas so menos evidentes e podem manifestar-se s aps

    longas exposies);

    Reaes do tipo alrgico.

    Os efeitos que os pesticidas podem ter a longo prazo na sade humana nem sempre esto

    perfeitamente conhecidos.

    Os sintomas mais frequentes da intoxicao so:

    Alteraes gerais: Debilidade, pele fria, transpirao intensa, pulso dbil, manchas e

    irritao da pele;

    Alteraes digestivas: Nuseas, vmitos, salivao, dor abdominal, diarreias e irritao

    da mucosa;

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    Alteraes respiratrias: Dificuldade respiratria;

    Alteraes do sistema nervoso central: Dor de cabea, descoordenao motora e da fala,

    convulses e no limite, estado de inconscincia.

    Trata-se de um conjunto de sintomas de carcter muito pouco especfico, pelo que se

    recomenda, sempre, o recurso a apoio mdico, pois s estes profissionais podem estudar as

    eventuais alteraes da sade e a sua ligao com as verdadeiras causas da intoxicao.

    8. Como devemos actuar perante uma possivel

    intoxicao com pesticidas?

    muito importante nestes casos atuar com serenidade e rapidez:

    Retirar o acidentado do lugar contaminado;

    Conseguir rapidamente a assistncia de um mdico, ou levar o acidentado ao Centro de

    Sade mais prximo, ou, ainda, recorrer ao SOS INTOXICACOES, CIAV (Centro de

    Informao Antivenenos): 808250143 ou Linha Sade 24: 808242400 que

    facultar o aconselhamento mais adequado quanto aos procedimentos a adotar;

    Certificar-se do composto causador da intoxicao e a possvel via da entrada;

    Conservar o rtulo do pesticida e recolher todos os dados possveis sobre o acidente com

    o objetivo de facilitar ao mdico a mais completa informao.

    Sempre que possvel, ministrar os primeiros socorros segundo as necessidades do acidentado e

    vias de entrada, atendendo as indicaes do rotulo.

    Se o acidentado estiver inconsciente, observar a pulsao cardaca e a respirao. No caso

    contrrio, tentar a reanimao cardiopulmonar.

    Manter o acidentado deitado de costas com a cabea mais baixa que o corpo e de lado no caso

    do vmito.

    Se tem convulses pr um pano entre os dentes para evitar que morda a lngua.

    Conforme a via de entrada, ser ainda de tomar outras medidas importantes:

    Tratando-se da pele, tirar a roupa e calado contaminado e lavar a zona afetada. Evitar

    esfregar a pele para no produzir erupes que facilitem a absoro do txico;

    No caso dos olhos, lava-los com gua abundante durante 5 a 10 minutos.

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    No se devem dar bebidas ou alimentos gordos, leite ou gua com azeite, pois poder no ser

    adequado e at ser prejudicial.

    Finalmente, importante ter em ateno que as pessoas sinistradas devem ser sempre

    submetidas a exame e tratamento mdico.

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    Resumo

    Os pesticidas detm uma posio nica entre os muitos produtos qumicos com que diariamente

    o homem se defronta. De facto, eles so deliberadamente introduzidos num determinado

    ambiente, com a finalidade objetiva de limitar uma dada forma de vida. Infelizmente, esta ao

    no dotada de uma especificidade seletiva que abranja apenas os seres indesejveis e, assim,

    outras formas de vida so afetadas, incluindo o prprio homem, em particular os que

    manuseiam estes produtos.

    Procurou-se evidenciar a natureza txica dos pesticidas, os riscos profissionais associados a sua

    utilizao, bem como os procedimentos de segurana a desenvolver, com destaque para o papel

    fundamental da informao.

    Rsum

    Les pesticides jouent un rle unique parmi le grand nombre de produits chimiques que est

    employ chaque jour par l'homme. En effet, les pesticides sont dlibrment introduits dans un

    milieu donn afin de restreindre une certaine forme de vie. Malheureusement, cette action

    nuisible n'est pas accompagne, d'une spcifi slective qui n'atteigne que les tres indsirables

    et, ainsi, d'autres formes de vie sont affectes y compris l'homme, en particulier ceux qui

    manipulent ces produits.

    On a cherche a mtre en vidence la nature toxique des pesticides, les risques lies a son

    utilisation, bien que les procds de scurit dvelopper, en faisant ressortir le rle essentiel

    de linformation.

    Abstract

    Pesticides play a particular role among all chemical products with which man is confronting day

    after day. In fact they are purposely introduced in a specific environment with the aim of

    circumscribing a specific from of life. Unfortunately this poisonous action has not a selective

    specificity as to only affect undesirable creatures and because of this other forms of life are also

    affected, including man himself and particularly those who handle these products.

    It is the aim of this booklet to stress the poisonous characteristics of pesticides and the

    occupational hazards associated to its use as well as the safety procedures to follow, from which

    it should be stressed the crucial role of information.