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DV\465429PT.doc PE 282.872/BUR/DEF.2 PT PT PV BUR 11.03.2002/ANEXO GUIA SOBRE AS OBRIGAÇÕES DOS FUNCIONÁRIOS E AGENTES DO PARLAMENTO EUROPEU CÓDIGO DE BOA CONDUTA ____ 11 de Março de 2002

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DV\465429PT.doc PE 282.872/BUR/DEF.2

PT PT

PV BUR 11.03.2002/ANEXO

GUIASOBRE AS OBRIGAÇÕES

DOS FUNCIONÁRIOS E AGENTESDO PARLAMENTO EUROPEU

CÓDIGO DE BOA CONDUTA

____11 de Março de 2002

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ÍNDICE

I. OBRIGAÇÕES GERAIS

Página

A) Dever de isenção 4

a) Distinções honoríficas, condecorações, privilégios, dádivas 5

b) Actividade externa 6

c) Interesses em empresas 7

B) Dever de reserva 9

C) Dever de discrição 9

a) Funções públicas electivas 10

b) Publicações 11

II. OBRIGAÇÕES DE SERVIÇO

A) Dever de disponibilidade 12

B) Dever de exercer as suas funções 13

C) Dever de obediência aos superiores hierárquicos e obrigação de osassistir e aconselhar 13

D) Dever de correcção 14

E) Dever de cumprimento das responsabilidades de funcionário ou agente 14

F) Dever de cooperação 15

G) Dever de cumprimento das obrigações privadas e de observância das leise regulamentos de polícia em vigor 15

H) Protecção dos funcionários e agentes 16

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III. RELAÇÕES COM OS CIDADÃOS

A) Transparência administrativa 16

B) Acesso aos documentos do Parlamento Europeu 17

C) Recolha de dados e conservação das informações 18

D) Queixas 18

CONCLUSÕES 18

ANEXOS 20

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OBRIGAÇÕES DOS FUNCIONÁRIOS E AGENTES

1. Nos termos do artigo 27º do Estatuto, o recrutamento tem por objectivo assegurar às instituiçõeso serviço de funcionários europeus que possuam as mais elevadas qualidades de competência,rendimento e integridade. Ao dedicar o seu Título II aos direitos e deveres dos funcionários eagentes, o Estatuto consagra o conceito de uma deontologia da função pública europeia. Aexistência desta deontologia é igualmente confirmada pelo preâmbulo do Regulamento-quadro nº31/CEE, de 18 de Setembro de 1961, que faz do Estatuto o instrumento jurídico destinado a dotaras Comunidades Europeias de um pessoal independente, íntegro, competente e eficaz. As regrasde conduta nele estabelecidas aplicam-se ao conjunto do pessoal do Parlamento Europeu.

2. Desde a sua nomeação, o funcionário ou agente está sujeito a um regime jurídico específico queabrange não só o exercício das suas funções mas também a sua vida privada. Embora goze dasliberdades reconhecidas a qualquer cidadão, deve exercê-las no respeito das suas obrigações paracom a União Europeia seja de que maneira for. O Estatuto prevê, consequentemente, todo umconjunto de injunções positivas ou negativas que constituem obrigações que ultrapassam a esferado exercício das funções e das relações com a instituição para se estender à vidaextraprofissional. O incumprimento dessas obrigações é sancionado pela autoridade competente(autoridade investida do poder de nomeação – AIPN), eventualmente após a instauração de umprocesso disciplinar e pode, em função da gravidade dos factos, dar azo a acção penal. Incumbe àDirecção-Geral do Pessoal velar pela sua correcta aplicação.

3. O presente código tem por objectivo explicar aos funcionários e agentes as suas obrigaçõesprofissionais, dando-lhes a leitura que a instituição faz do Estatuto, do Regime aplicável aosoutros agentes (R.A.A.) e dos regulamentos ou instruções deles decorrentes.

4. Trata-se de um "guia prático" das disposições aplicáveis na matéria, mas também de umareferência aos princípios essenciais que qualquer membro da função pública europeia deverespeitar. Deve ser lido conjuntamente com os textos estatutários. Como refere o Comité dePeritos Independentes no seu segundo relatório: "Os códigos de conduta não constituemprocedimentos formais, destinando-se a fornecer uma referência ética aos funcionários e outrosdetentores de um cargo público."

I. OBRIGAÇÕES GERAIS

Os deveres gerais a que o funcionário ou agente se encontra vinculado dizem respeito não só aoexercício das suas funções, mas também à sua vida privada: trata-se do dever de isenção e dodever de reserva. Estes deveres foram instituídos para salvaguardar a actividade e a reputação daUnião Europeia e do seu pessoal.

A) Dever de isenção

1. O dever de isenção é uma exigência absoluta para um funcionário ou agente europeu, o qualdeve actuar com independência em relação às autoridades nacionais, incluindo as do Estadode que é nacional, às forças políticas e aos grupos de pressão, e implica igualmente umaobrigação de desinteresse pessoal em benefício do interesse geral.

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2. O funcionário europeu deve servir lealmente a União Europeia e exclusivamente esta: deve“desempenhar as suas funções e pautar a sua conduta tendo unicamente em vista osinteresses das Comunidades, sem solicitar nem aceitar instruções de qualquer governo,entidade, organização ou pessoa estranha à instituição a que pertence” (artigo 11º doEstatuto).

3. A fim de garantir esta isenção, o Estatuto prevê, nos seus artigos 11º, 12º, 13º e 14º, umdispositivo de autorizações expressas e de obrigações de declaração. Obrigado a umacolaboração leal com a instituição a que pertence, o funcionário ou agente deve tomar ainiciativa de declarar os elementos relativos à sua situação pessoal ou de requerer asautorizações necessárias sem esperar por uma intervenção ou um controlo da administração.

a) Autorização para receber uma distinção honorífica, condecoração, privilégio, dádiva (verformulário do anexo 1).

1. É necessária a autorização da autoridade competente para “receber de toda e qualquerprocedência estranha à instituição qualquer distinção honorífica, condecoração,privilégio, dádiva ou remuneração, salvo por serviços prestados, quer antes danomeação quer no decurso de uma interrupção específica para a prestação de serviçomilitar ou nacional, e por causa de tais serviços” (artigo 11º).

2. Este procedimento deve aplicar-se escrupulosamente a todos os benefícios contempladosno artigo 11º do Estatuto, incluindo as dádivas e os presentes. Se o funcionário ou agentepretender aceitar um desses benefícios, deve requerer à autoridade competente, pela viahierárquica, uma autorização formal por meio do formulário previsto para o efeito (cf.anexo 1). Todavia, se o valor intrínseco do benefício for inferior a 100 euros, odestinatário não necessita de autorização para o aceitar. Se esse limite for excedido, éaconselhável que o funcionário ou agente desencoraje a oferta de dádivas de qualqueríndole relacionadas com as actividades do serviço. Em caso de dúvida, é conveniente queo funcionário ou agente contacte com a Divisão do Pessoal para se certificar doprocedimento a adoptar. O mesmo se aplica às demais disposições do presente código deboa conduta.

3. Os funcionários devem estar atentos aos riscos em que incorrem, nomeadamente emtermos disciplinares, em resultado das práticas comerciais agressivas de certas empresasou de eventuais promessas de emprego destas últimas após a cessação de funções.

4. Em consequência, o funcionário ou agente deve adoptar uma conduta compatível com aindependência das suas funções e com o princípio de integridade, face aos grupos depressão (lobbies) que acompanham de perto as actividades do Parlamento Europeu.

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5. Dado o interesse suscitado pelo reforço do papel e das competências da nossa instituição,o funcionário ou agente deve proceder com a maior prudência neste domínio. Compete-lhe pois actuar com tacto e discernimento1.

6. Por último, é conveniente recordar que a referência feita no artigo 11º às "distinçõeshonoríficas" compreende qualquer forma de recompensa, mesmo a título gracioso, quepossa gerar confusão entre as relações privadas e as responsabilidades confiadas aofuncionário ou agente.

b) Autorização para exercer uma actividade externa (ver formulário do anexo 2).

1. O artigo 12º do Estatuto estipula que o funcionário ou agente deve solicitar umaautorização à autoridade competente se tencionar exercer uma actividade ou missãoexterna, remunerada ou não, quer esta esteja ou não relacionada com as suas funções nainstituição. O mesmo se aplica ao exercício de um cargo exterior às Comunidades. “Essaautorização será recusada se a actividade ou as funções forem de natureza a perturbar aindependência do funcionário [ou do agente] ou a prejudicar a actividade dasComunidades.”

2. As normas de aplicação desta disposição são determinadas com referência ao artigo 55ºdo Estatuto, nos termos do qual “os funcionários [ou agentes] em situação de actividadeestão permanentemente à disposição da instituição a que pertencem”. Para seremautorizadas, as actividades externas devem supor uma carga de trabalho e umaremuneração acessórias que não sejam susceptíveis de constituir um emprego normalpara um indivíduo no país em que a actividade é exercida. Por outras palavras, osfuncionários ou agentes não podem acumular um emprego público e um emprego privado(recusa sistemática no caso dos empregos de tradutor, médico, enfermeiro, arquitecto,professor, advogado, dactilógrafo, actividades comerciais, etc.).

3. A proibição de exercer uma dupla actividade aplica-se igualmente ao funcionário ougente que exerça a sua actividade a tempo parcial, nos termos do artigo 3º do Anexo IV Ado Estatuto, mas não se aplica no caso de se encontrar em situação de licença semvencimento (artigo 40º), desde que informe a instituição sobre a sua actividade e respeitea deontologia da função pública europeia (artigo 16º).

1. Segundo o 1º protocolo da Convenção relativa à protecção dos interesses financeiros dasComunidades Europeias:“…constitui corrupção passiva o facto de um funcionário, intencionalmente, de forma directa oupor interposta pessoa, solicitar ou receber vantagens de qualquer natureza, para si próprio ou paraterceiros, ou aceitar a promessa dessas vantagens, para que pratique ou se abstenha de praticar, emviolação dos deveres do seu cargo, actos que caibam nas suas funções ou no exercício das mesmase que lesem ou sejam susceptíveis de lesar os interesses financeiros das Comunidades Europeias.."

(...)

"...constitui corrupção activa o facto de uma pessoa prometer ou dar intencionalmente, de formadirecta ou por interposta pessoa, uma vantagem de qualquer natureza a um funcionário, para esteou para terceiros, para que pratique ou se abstenha de praticar, em violação dos deveres do seucargo, actos que caibam nas suas funções ou no exercício das mesmas e que lesem ou sejamsusceptíveis de lesar os interesses financeiros das Comunidades Europeias.".

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4. Para conceder uma autorização, a autoridade competente toma em consideração anatureza da actividade e o organismo junto do qual ela se exerce, a duração e o horáriodas prestações, as modalidades financeiras, bem como, se for caso disso, asconsequências da actividade (publicações, nomeadamente). O funcionário ou agenteapresenta o seu pedido por meio do formulário que figura no anexo 2. A autorização éconcedida por uma actividade específica e por um ano. Se a actividade se prolongar pormais de um ano, o funcionário ou agente deve renovar todos os anos o seu requerimento.

5. A participação em conferências ou colóquios na qualidade de funcionário em nome doParlamento Europeu não é abrangida pelo artigo 12º, sendo a autorização ou a ordem dedeslocação em serviço da competência da direcção-geral em questão. Não podem sercobrados quaisquer honorários.

6. As actividades de lazer, caritativas e outras actividades da mesma natureza não estãosujeitas a autorização. Contudo, o exercício dessas actividades deve ser compatível com oprincípio de independência e de disponibilidade e não deve lesar os interesses da UniãoEuropeia.

7. O funcionário ou agente autorizado a exercer uma actividade externa não pode aceitarqualquer remuneração para além do reembolso das despesas directa ou indirectamenterelacionadas com essa actividade.

8. Os direitos de autor e outros direitos inerentes a trabalhos efectuados pelos funcionáriosou agentes não são abrangidos pelas disposições supramencionadas, sem prejuízo dodisposto no artigo 18º. Caso este artigo seja aplicável, os montantes cobrados sãoinscritos nas receitas do orçamento geral das Comunidades Europeias.

c) Proibição de um funcionário ou agente deter interesses nas empresas sujeitas ao controlo dainstituição ou que com esta estejam em relação e incidências da actividade do cônjuge

1. O funcionário ou agente não pode deter a título pessoal interesses susceptíveis de colidircom os interesses da União Europeia ou da instituição a que pertence. Por conseguinte, oEstatuto proíbe-o de “conservar ou adquirir, directa ou indirectamente, nas empresassujeitas ao controlo da instituição a que pertence, ou que com esta estejam em relação,interesses de natureza e importância tais, que seriam susceptíveis de comprometer a suaindependência no exercício das suas funções” (segundo parágrafo do artigo 12º). Asempresas visadas neste artigo são aquelas com que o funcionário ou agente é chamado anegociar ou concluir contratos, ou sobre as quais exerce um controlo.

2. Na prática, caso um funcionário ou agente deva negociar ou concluir um contrato oucontrolar uma empresa na qual possui interesses (abrangidas pelo disposto no segundoparágrafo do artigo 12º), deve dar conhecimento do facto imediatamente e por escrito aoSecretário-Geral, pela via hierárquica, a fim de ser destituído das funções em causa e, senecessário, transferido. Caso o funcionário viesse a adquirir interesses nessas empresas,seria passível de graves sanções disciplinares.

3. Dado que o cônjuge do funcionário pode conservar ou adquirir, nas empresas sujeitas aocontrolo do Parlamento Europeu, ou que com este estejam em relação, interesses denatureza e importância tais que seriam susceptíveis de comprometer a independência dofuncionário no exercício das suas funções, este último deve apresentar a declaraçãosupramencionada relativa aos interesses do seu cônjuge, a fim de ser encontrada umasolução que permita ao funcionário desempenhar as suas funções e pautar a sua conduta

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tendo unicamente em vista os interesses das Comunidades, como previsto no artigo 11ºdo Estatuto.

4. Com efeito, se o cônjuge do funcionário “exercer, profissionalmente, qualquer actividadelucrativa, esse facto deve ser comunicado à AIPN. Se essa actividade se revelarincompatível com a do funcionário, e se este último não estiver em condições de garantira sua cessação dentro de um prazo determinado, a AIPN pode decidir que o funcionárioseja transferido para outro serviço ou demitido compulsivamente“ (artigo 13º). Oformulário de declaração de actividade do cônjuge figura no anexo 3. É necessárioremetê-lo à administração em caso de alteração ou cessação da actividade. Estadeclaração é inserida no processo individual do interessado.

5. Para completar este dispositivo, o Estatuto prevê que o funcionário ou agente que “noexercício das suas funções deva pronunciar-se sobre uma questão em cujo tratamento ouem cuja solução tenha um interesse pessoal de natureza a comprometer a suaindependência, deve dar conhecimento do facto à AIPN “ (artigo 14º).

6. Esta disposição, mais lata do que o preceituado no segundo parágrafo do artigo 12º, apelaà lealdade do funcionário para que assinale à autoridade competente as situações em quelhe seria difícil manter a sua neutralidade (exemplo: caso de um membro do Conselho deDisciplina ou de um júri de concurso perante um amigo ou um membro da sua família)ou aquelas em que a sua posição específica possa pôr em dúvida a sua imparcialidade e,consequentemente, a da instituição. A autoridade competente decidirá, então, se éconveniente alterar as atribuições do interessado.

7. O dever de isenção reveste, por último, um aspecto pessoal estreitamente ligado ao deverde integridade ou de probidade, ou seja, o dever de desinteresse pessoal em relação atodos os actos e factos de que o funcionário ou agente possa extrair benefícios pessoaisgraças às funções que exerce, obrigação a que continua vinculado mesmo depois de terdeixado a instituição.

8. O artigo 16º visa prevenir os riscos desta natureza:

O funcionário [ou agente] é obrigado a respeitar, após a cessação das suas funções, osdeveres de honestidade e discrição, quanto à aceitação de determinadas funções oubenefícios.

Cada instituição determinará, após parecer da Comissão Paritária, os lugares cujostitulares não podem, durante um período de três anos, a partir da cessação das suasfunções, exercer qualquer actividade profissional, remunerada ou não, sem observânciadas disposições que seguem.

No decurso desses três anos, o titular de um tal lugar é obrigado a declararimediatamente às instituições a que pertenceu, nos três anos que precedem a cessação deserviços, qualquer cargo ou função que possa vir a exercer.

A instituição, após parecer da Comissão Paritária, dará conhecimento ao interessado,no prazo máximo de 15 dias a contar da recepção da declaração do interessado, sobrese lhe proíbe aceitar o referido cargo ou função.

9. A autoridade competente para fixar a lista dos cargos abrangidos na instituição pela regrade três anos é a Mesa do Parlamento.

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B. Dever de reserva

1. O Estatuto estipula que “o funcionário [ou agente] deve abster-se de quaisquer actos e,em particular, de exprimir publicamente opiniões que possam lesar a dignidade do seucargo” (primeiro parágrafo do artigo 12º).

2. É nestes termos que se define o dever geral de reserva em virtude do qual o funcionárioou agente, embora mantenha a liberdade de exprimir as suas opiniões de harmonia comos princípios fundamentais dos direitos do homem e do cidadão, deve observar uma certamoderação e comportar-se em todas as circunstâncias com comedimento e correcção.

3. O incumprimento do dever de reserva é avaliado em função da natureza e do nível dasatribuições exercidas, bem como das circunstâncias, devendo os funcionários ou agentesdos graus mais elevados ter pleno domínio sobre as suas afirmações e os seus escritos,bem como sobre a sua conduta. Do mesmo modo, há que estabelecer uma distinção entreos comportamentos que se situem ou não no âmbito do serviço ou no âmbito de umaactividade sindical, cuja liberdade de expressão é garantida pelo artigo 24º-A do Estatuto,bem como ter em conta o grau de publicidade conferido à expressão de uma opinião ou aum comportamento.

4. O dever de reserva difere do dever de discrição referente a factos e informações de que ofuncionário ou agente tenha tido conhecimento por ocasião do exercício das suas funções(ver ponto 3 infra).

5. O dever de reserva não proíbe o funcionário ou agente de participar na vida pública, quercomo cidadão quer como eleito, mas o Estatuto regulamenta duas situações: acandidatura a eleições e a publicação de textos.

6. Se bem que no Estatuto seja feita uma referência explícita à publicação de textos, ofuncionário ou agente não deve subestimar as consequências da sua eventual participaçãoem entrevistas, emissões televisivas, radiofónicas ou outras. Mesmo que os contactoscom os meios de comunicação social para os quais o funcionário ou agente foi solicitadonão tenham relação com o cargo que exerce, é aconselhável que este informe do facto ainstituição, na medida do possível. Em contrapartida, se a entrevista ou a emissão tiverum nexo directo com o cargo, o funcionário ou agente deve ser expressamentemandatado, quer no âmbito da sua descrição de funções (relações com a imprensa), querpor decisão do seu director-geral ou do Secretário-Geral. Para o efeito, incumbe a cadadirecção-geral, com excepção da DG III, designar um funcionário encarregado dasrelações com a imprensa, em colaboração com a Direcção-Geral da Informação.

C) Dever de discrição

1. Nos termos do artigo 17º do Estatuto, “o funcionário [ou agente] é obrigado a manter amaior discrição no que respeita a factos e informações de que vier a ter conhecimento noexercício ou por ocasião do exercício das suas funções; não pode transmitir, porqualquer forma, a qualquer pessoa não qualificada para dele tomar conhecimento,qualquer documento ou informação que não tiverem sido tornados públicos. Talobrigação mantém-se depois de cessarem as suas funções.

2. O dever de discrição diz respeito à vida interna e à actividade da instituição cujo carácterconfidencial se presume. Não se faz distinção entre as diferentes formas de divulgação.As pessoas qualificadas para tomar conhecimento da informação são, consoante a

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natureza dos assuntos em questão, os superiores hierárquicos do funcionário ou agente eos seus subordinados, na medida em que a informação seja necessária para o exercíciodas suas funções, ou o órgão para o qual trabalha (júri de concurso, por exemplo: os seustrabalhos não podem ser levados ao conhecimento dos superiores hierárquicos dofuncionário ou agente designado para esse júri). O funcionário ou agente deve prestaruma informação completa e não pode ocultar elementos susceptíveis de pôr em causa umprocedimento. Em relação aos seus superiores hierárquicos, o funcionário não podeconsiderar-se depositário de segredos profissionais. As únicas informações que nãopodem ser facultadas à hierarquia, qualquer que esta seja, são as cobertas pelo segredomédico.

3. Em certas situações, o dever de discrição pode converter-se em segredo profissional paradeterminados sectores, órgãos ou entidades: o objectivo, neste caso, consiste em protegeras informações prestadas como secretas (trabalhos de um júri de concurso, deliberaçõesde comités caso a sua regulamentação interna o preveja), bem como as informações deque o funcionário teve conhecimento no âmbito das suas funções e que se referem apessoas (segredo médico, vida familiar, situação financeira ou fiscal). Assim, o segredoprofissional é uma obrigação fundamental para todos os funcionários que trabalhem nosserviços encarregados da gestão dos deputados ou do pessoal da instituição.

4. A fim de preservar este dever de discrição, é necessária a autorização da autoridadecompetente para o funcionário ou agente poder “depor e prestar declarações em juízo,seja a que título for, sobre factos de que teve conhecimento por causa das suas funções”.A autorização em questão “só pode ser recusada se os interesses das Comunidades oexigirem ou se a recusa não for susceptível de implicar consequências penais para ofuncionário [ou agente] em causa. O funcionário [ou agente] continua sujeito a estaobrigação mesmo depois das suas funções terem cessado” (artigo 19º). Segundo aJurisprudência do Tribunal de Justiça, esta autorização é igualmente necessária para queum funcionário ou agente possa intervir em acções judiciais nacionais, nomeadamentepara depor como testemunha. A autoridade competente é obrigada a concederautorização, salvo se razões imperativas decorrentes da necessidade de salvaguardar osinteresses das Comunidades justificarem o indeferimento dessa autorização.

5. Em contrapartida, esta autorização não é necessária se o funcionário for testemunhaperante o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias ou perante o Conselho deDisciplina sobre questão que envolva um funcionário ou agente ou um ex-funcionário ouex-agente da União Europeia.

a) Situação do funcionário ou agente candidato a funções públicas electivas (ver formulário doanexo 4)

1. O funcionário ou agente que seja candidato a funções públicas electivas deve prevenir asua instituição e fazer a distinção entre a sua qualidade de candidato e as suas funçõesoficiais. O funcionário ou agente é obrigado a manter a maior discrição no que respeita afactos e informações de que vier a ter conhecimento no exercício ou por ocasião doexercício das suas funções.

2. O funcionário ou agente candidato a funções públicas electivas deve, em tempo útil e omais tardar na data limite de entrega das candidaturas, solicitar uma licença semvencimento (artigo 15º), por meio do formulário do anexo 4. O período de licença semvencimento tem início, em princípio, no primeiro dia útil a seguir à data limite de entregade candidaturas e termina na tarde do último dia útil que antecede o escrutínio. Este

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período pode ser mais longo, mas não pode exceder três meses ou, se for caso disso, podelimitar-se, segundo o dispositivo supramencionado, à duração da campanha oficial maiscurta dos Estados-Membros aquando das eleições europeias, ou seja, duas semanas. Estalicença sem vencimento, que tem por objectivo uma isenção temporária do dever dereserva a fim de permitir a liberdade de expressão inerente a uma campanha eleitoral, éobrigatória no caso de eleições europeias ou de carácter nacional (deputado, cabeça delista em eleições regionais, municipais, etc.).

3. No caso de outras eleições, nomeadamente locais, em que a questão do dever de reserva émenos sensível, a licença sem vencimento pode ser substituída pelo período de fériasanuais necessário às obrigações da campanha eleitoral. Cabe no entanto à autoridadecompetente pronunciar-se sobre a necessidade ou não de uma licença sem vencimento emconsequência do carácter particular das eleições. O candidato que não se encontre emsituação de licença sem vencimento deve ter um comportamento compatível com asfunções que continua a exercer na instituição.

4. Se o funcionário ou agente for eleito, comunicará imediatamente esse facto à instituição,a fim de que a autoridade competente decida, em função da importância das funçõeselectivas e das condições subjacentes ao exercício do mandato, se o funcionário semantém na situação de actividade ou se deve solicitar uma licença sem vencimento a fimde poder exercer todas as prerrogativas relacionadas com o mandato eleitoral. Neste caso,esta licença terá uma duração igual à do período de exercício das funções electivas, o quea distingue da licença concedida ao abrigo do artigo 40º.

b) Publicações (ver formulário do anexo 5)

1. O segundo parágrafo do artigo 17º estipula que “o funcionário [ou agente] não podepublicar ou mandar publicar, por si só ou em colaboração, qualquer texto cujo objectose prenda com a actividade das Comunidades sem autorização da AIPN. Estaautorização só pode ser recusada se a publicação em questão for de natureza a pôr emcausa os interesses das Comunidades”.

2. Em consequência, qualquer projecto de publicação relacionado com a actividadecomunitária deve ser transmitido in extenso à autoridade competente pela via hierárquica,acompanhado do formulário que figura no anexo 5, não podendo ser publicado semautorização expressa. A fim de avaliar a compatibilidade de uma publicação cujo teor seprenda com a actividade comunitária, a autoridade competente deve dispor do parecer dosuperior hierárquico do funcionário interessado. Caso a AIPN considere necessário, poderequerer outros pareceres e emitir um juízo sobre a reputação da instituição. Ofuncionário ou agente deve dar à autoridade competente um prazo razoável para esta sepronunciar, nomeadamente no caso de ter pedido a tradução do projecto. A autorizaçãosó pode ser recusada se a publicação em questão for de natureza a pôr em causa osinteresses da União Europeia.

3. Regra geral, o funcionário ou agente é autorizado a publicar os seus textos na condiçãode não fazer referência à sua qualidade de funcionário e de indicar que as opiniões nelesemitidas só vinculam o respectivo autor, o que permite preservar ao máximo a imagem ea reputação da instituição.

4. Fora do serviço e desde que o texto não se relacione com a actividade da União Europeia,a liberdade é a regra, podendo o funcionário colaborar em publicações de carácter

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literário, artístico, científico, etc. Neste caso, o funcionário exprime-se a título pessoal enão pode fazer alusão ao facto de pertencer à função pública europeia.

II. OBRIGAÇÕES DE SERVIÇO

A missão do funcionário ou agente é servir a instituição exercendo as atribuições conferidas.Desta noção de serviço resultam diversos deveres: dever de disponibilidade, dever de exercer assuas funções, dever de obediência aos superiores hierárquicos e obrigação de assistir e aconselharos seus superiores, dever de cooperação, dever de cumprimento das obrigações privadas e deobservância das leis e regulamentos de polícia em vigor.

A. Dever de disponibilidade

1. “O funcionário [ou agente] está permanentemente à disposição da instituição a quepertence (artigo 55º). O funcionário deve cumprir o horário de serviço, respeitar aduração legal do trabalho e o regime de férias e não pode ausentar-se sem autorizaçãoprévia ou justificação.

2. Esta disposição permite à instituição, por razões de serviço e dentro dos limites previstosno artigo 56º do Estatuto, pedir ao funcionário que efectue horas extraordinárias,chamá-lo durante as férias ou anular a autorização do exercício das férias que lhe foiconcedida.

3. A fim de melhor garantir a observância do dever de disponibilidade, o Estatuto instituiuigualmente o dever de residência: “O funcionário [ou agente] é obrigado a residir nalocalidade da sua afectação ou a uma distância tal que não cause estorvo ao exercíciodas suas funções (artigo 20º).

4. Em consequência desta disposição, o funcionário ou agente não pode subtrair-se àobrigação de comunicar o seu endereço privado à instituição (ver formulário de mudançade residência privada). A comunicação do endereço pessoal permite à instituição registaro funcionário ou agente junto das autoridades nacionais competentes com asconsequências materiais, jurídicas e práticas inerentes a esse registo. Esta informação étratada de forma confidencial.

5. O artigo 60º reforça este dispositivo ao impor ao funcionário a obrigação de obter umaautorização prévia da AIPN para passar dias de falta por doença num lugar diferente doda sua afectação. Esta autorização é concedida pela AIPN, após parecer do médicoassistente, reportando-se a um período determinado e a um endereço específico. Durantea ausência por motivo de doença, o funcionário pode, em qualquer momento, sersubmetido a um controlo médico realizado pela instituição. O funcionário pode incorrernuma sanção disciplinar se recusar ao médico assistente a possibilidade de efectuar essecontrolo ou se o protelar sem razões médicas imperiosas. A ausência sem autorização dolocal de afectação do funcionário ou agente, durante uma licença por motivo de doença, éconsiderada como ausência irregular. No termo do período de autorização, o funcionárioou agente reintegra o seu local de afectação.

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B) Dever de exercer as suas funções

1. “O funcionário [ou agente] é responsável pelo desempenho das tarefas que lhe estãoconfiadas (artigo 21º). O funcionário ou agente consagra-se à execução das tarefasinerentes ao lugar ocupado, não podendo fazer recair essas tarefas sobre os seus colegas,sob pena de perder a qualidade de funcionário por incompetência profissional (artigo51º). Mesmo que o funcionário considere que o lugar em questão não lhe convém,continua a ser obrigado a exercer as suas funções no seu local de afectação enquantoaguarda a obtenção, se for caso disso, de uma transferência. O dever de exercer as suasfunções implica igualmente um dever de colaboração entre colegas e o sentido detrabalho em equipa.

2. O dever de exercer as suas funções comporta, por vezes, a obrigação de usar farda deserviço. Neste caso, a escolha e o pagamento da farda de serviço incumbe à instituição.

3. Por força do disposto no artigo 22º:

“O funcionário [ou agente] pode ser obrigado a reparar, na totalidade ou em parte, oprejuízo sofrido pelas Comunidades, em consequência de culpa grave em que tiverincorrido no exercício das suas funções.

A respectiva decisão, fundamentada, é tomada pela autoridade competente paraproceder a nomeações, após terem sido observadas as formalidades prescritas emmatéria disciplinar.”

O artigo 22º reconhece, assim, a responsabilidade pecuniária dos funcionários ou agentesem caso de culpa grave e atribui ao juiz comunitário competência de plena jurisdiçãopara decidir sobre os recursos interpostos na sequência da aplicação desta disposição.

C) Dever de obediência aos superiores hierárquicos e obrigação de os assistir e aconselhar

1. O funcionário ou agente exerce as suas funções em conformidade com as instruçõesrecebidas. Seja qual for o nível hierárquico em que se situe, está subordinado aos seussuperiores e submetido à autoridade da instituição. Além disso, “seja qual for a suaposição na hierarquia, o funcionário é obrigado a assistir e aconselhar os seussuperiores (primeiro parágrafo do artigo 21º), o que implica que deve colaborar activa elealmente com os mesmos, prestar as informações e os esclarecimentos necessários,propor iniciativas e soluções e exprimir com clareza a sua opinião. No exercício das suasfunções, o funcionário deve abstrair dos seus interesses pessoais.

2. Como corolário desse dever de assistência e conselho, pode-se acrescentar, igualmente, odever de tratar com deferência e correcção aqueles a quem a instituição conferiu umpoder hierárquico. Segundo o Tribunal de Primeira Instância, o funcionário deve abster-se de toda e qualquer conduta que atente contra a dignidade e o respeito devido àinstituição e às suas autoridades (acórdão do Tribunal de Primeira Instância de 26 deNovembro de 1991, processo T-146/89).

3. O segundo parágrafo do artigo 21º estipula que “o funcionário [ou agente] encarregadode assegurar o funcionamento de um serviço é responsável, perante os seus superiores,pelos poderes que lhe tiverem sido conferidos e pela execução das ordens que tiver dado.

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A responsabilidade própria dos seus subordinados não o isenta de nenhuma dasresponsabilidades que lhe incumbem.”

4. O funcionário ou agente investido de autoridade hierárquica tem a faculdade de darordens e a obrigação de responder pelas mesmas tanto ao nível do conteúdo como daexecução, não podendo eximir-se dessa responsabilidade. O funcionário ou agente éobrigado a cumprir as ordens dos seus superiores e não pode deturpá-las ao proceder àsua execução. O poder de autoridade implica igualmente, da parte do superiorhierárquico, o dever de atendimento e de diligência em relação aos seus subordinados.

5. O dever de obediência aos superiores hierárquicos tem limites: “caso tenha recebido umaordem que lhe pareça enfermar de irregularidade, ou em que considere que da suaexecução podem resultar inconvenientes graves, o funcionário [ou agente] deve exprimir,se necessário por escrito, a sua opinião perante o superior hierárquico. Caso este últimoa confirme por escrito, o funcionário [ou agente] deve, então, executá-la, a não ser que areferida ordem seja contrária à lei penal ou às normas de segurança aplicáveis (artigo21º). Assim, por força desta disposição, o respeito da hierarquia tem primazia, salvo se aordem irregular constituir uma infracção penal ou puser em perigo a segurança depessoas e bens.

6. O funcionário está ao serviço do Parlamento Europeu enquanto tal a fim de permitir àinstituição desempenhar da melhor forma as missões que lhe são conferidas pelosTratados. Para o efeito, o funcionário actua com toda a imparcialidade, equidade eneutralidade tendo unicamente em vista os interesses da instituição e da União Europeia.Neste sentido, e no estrito respeito das normas jurídicas e administrativas que regem aorganização e a estrutura dos poderes da hierarquia da instituição, o funcionário prestaassistência aos deputados europeus e esforça-se por lhes facilitar, na medida das suaspossibilidades, o exercício do seu mandato parlamentar. Tendo em conta o papel e osobjectivos da instituição e a sua natureza colectiva, o funcionário deve velarescrupulosamente no sentido de não privilegiar o interesse particular em detrimento dointeresse geral.

D) Dever de correcção

1. No serviço, o funcionário ou agente não deve em caso algum atentar contra a dignidadedos seus colegas de qualquer grau, em virtude de um comportamento deslocado ou deafirmações agressivas ou difamatórias. Esses comportamentos ou afirmações sãopassíveis de sanções disciplinares.

2. O funcionário ou agente deve, além disso, tratar com respeito quer os superioreshierárquicos que os próprios colegas ou os subordinados. Em caso algum poderão sertoleradas atitudes que demonstrem uma falta de respeito total, como a recusa de executaras instruções recebidas, de colaborar ou prestar assistência a um colega sobrecarregadode trabalho, e de se apresentar no serviço num estado compatível com a dignidade dasfunções exercidas.

E) Dever de cumprimento das responsabilidades de funcionário ou agente

A responsabilidade do funcionário ou agente não é só individual, mas também geral. Asolidariedade e o espírito de equipa devem prevalecer, pois ao seu nível cada um é responsávelpelo bom funcionamento do Secretariado-Geral. Nenhum funcionário ou agente se pode escudar

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na descrição de funções para se furtar a responsabilidades face a um disfuncionamento de quetenha conhecimento. Por exemplo, a constatação do estado defeituoso de um elemento do edifíciodeve ser imediatamente assinalado.

F) Dever de cooperação

1. No respeito dos direitos da pessoa, a instituição garante o ambiente e a transparência quepermitam examinar os eventuais problemas a nível interno desde a sua ocorrência. Noâmbito de um inquérito administrativo devidamente realizado, o funcionário ou agente échamado a cooperar plenamente e a facultar todos os elementos na sua posse necessáriosao inquérito, bem como a fornecer explicações pertinentes.

2. O funcionário ou agente é igualmente chamado a colaborar estreitamente nas operaçõesde controlo conduzidas oficialmente pelas instituições e organismos comunitárioshabilitados, nomeadamente o Tribunal de Contas, o Provedor de Justiça ou a OrganizaçãoEuropeia de Luta Antifraude (OLAF) prestando toda a assistência necessária e facultandoas informações requeridas relacionadas com a investigação ou o controlo.

3. Além disso, e de harmonia com os compromissos assumidos pelas instituições emmatéria de luta antifraude, o funcionário ou agente que tenha conhecimento de elementosfactuais que permitam presumir a existência de eventuais casos de fraude, de corrupçãoou de qualquer outra actividade ilegal, ou de factos graves relacionados com o exercíciode actividades profissionais, deve informar imediatamente a sua hierarquia ou, se for casodisso, o Secretário-Geral ou directamente a Organização Europeia de Luta Antifraude(decisão da Mesa de 25 de Outubro de 1999).

4. É conveniente sublinhar que a obrigação de informação pressupõe com efeito oconhecimento, por parte do próprio funcionário ou agente, de "elementos factuais" quepermitam presumir a existência de eventuais casos susceptíveis de ser examinados pelaOLAF. Os boatos e as suposições não são elementos factuais. Além disso, o autor de umadenúncia mal intencionada responde pessoalmente por esse acto. O acordointerinstitucional prevê igualmente que, caso se revele a possibilidade de uma implicaçãopessoal de um funcionário ou agente, o interessado deve ser informado rapidamente seesse facto não prejudicar o inquérito. As conclusões que visem nominativamente umfuncionário ou agente só podem ser extraídas no termo do inquérito se o interessado tivertido a oportunidade de se exprimir sobre os factos que lhe dizem respeito.

G) Dever de cumprimento das obrigações privadas e de observância das leis e regulamentos depolícia em vigor (artigo 23º)

"Os privilégios e imunidades de que beneficiam os funcionários são conferidos unicamente nointeresse das Comunidades. Sem prejuízo das disposições do Protocolo relativo aos Privilégios eImunidades, os interessados não estão isentos do cumprimento das suas obrigações privadas,nem da observância das leis e regulamentos de polícia em vigor".

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H) Protecção dos funcionários e agentes

1. Em contrapartida das obrigações impostas aos funcionários e agentes, a instituição temum dever de protecção tal como previsto nos artigos 24º e 26º do Estatuto.

2. A instituição deve não só prestar assistência e defender o funcionário ou agente contra osautores de ameaças, ultrajes ou atentados contra pessoas e bens de que sejam alvo ofuncionário ou agente ou os membros da sua família, mas igualmente, no âmbito dodever de diligência, tomar em consideração em todas as suas decisões os interesseslegítimos dos funcionários e agentes.

3. A instituição deve, além disso, preservar o carácter confidencial dos processosindividuais dos funcionários ou agentes e dos dados informatizados existentes no âmbitodos sistemas de gestão do pessoal.

III. RELAÇÕES COM OS CIDADÃOS

1. A função pública europeia deve ser transparente e acessível aos cidadãos. Com efeito, asdecisões tomadas a nível comunitário influem cada vez mais directamente nos diferentesaspectos da vida quotidiana.

2. Neste contexto, é indispensável adoptar as disposições necessárias que permitam umaadaptação do modo de gestão e da cultura administrativa do Parlamento Europeu, a fimde garantir uma melhor comunicação com o público.

3. O termo "público" compreende todas as pessoas singulares ou colectivas (cidadãos daUnião, cidadãos dos países terceiros, actores económicos, etc.), quer estas actuemindividualmente ou através de representantes como advogados ou agrupamentos deinteresse.

4. O funcionário ou agente deve evitar sempre, no exercício das suas funções e ao tratar umpedido ou um dossier, toda e qualquer discriminação em razão da nacionalidade, sexo,raça ou origem étnica, cultura, religião, idade, língua, orientação sexual ou condiçãofísica. O funcionário ou agente também nunca deve abusar dos poderes que lhe sãoconferidos no exercício das suas funções.

5. O funcionário ou agente deve manter um comportamento correcto, amável e disponívelno contacto com o público. As suas respostas devem ser objectivas, corteses, precisas erápidas.

A) Transparência administrativa

1. Qualquer pedido dirigido por escrito a um serviço administrativo do Parlamento Europeupor uma pessoa alheia à instituição deve ser rapidamente objecto de um aviso derecepção com indicação do apelido, nome próprio, qualidade e endereço administrativodo funcionário ou agente encarregado de lhe dar seguimento. Estes elementos devemfigurar em toda a correspondência endereçada ao requerente. A resposta é dada no prazode 45 dias, tal como estabelecido na Decisão da Mesa de 10 de Julho de 1997, na línguaoficial da União Europeia utilizada pelo requerente.

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2. O funcionário ou agente não é obrigado a acusar a recepção de pedidos abusivos,nomeadamente em virtude do seu número, do seu carácter repetitivo ou sistemático.

3. Quando um pedido for dirigido por engano a um serviço administrativo, o funcionário ouagente transmite-o imediatamente ao serviço administrativo competente e avisa do factoo interessado.

4. A decisão compreende, para além da assinatura do respectivo autor, a indicação do seuapelido, nome próprio e qualidade.

5. O funcionário ou agente deve expor claramente as razões do indeferimento de um pedido.

6. Caso uma decisão seja passível de recurso, esse facto deve ser claramente indicado,juntamente com todas as informações necessárias para a interposição do recurso.

7. Se um funcionário ou agente exercer funções que o colocam em contacto com o público,deve responder às chamadas telefónicas e/ou às mensagens electrónicas o maisrapidamente possível. Em caso de ausência, a linha e o correio electrónico devem serdesviados para o telefone e correio electrónico do colega que assegura a substituição e/oua permanência. A hierarquia deve providenciar no sentido de ser assegurada umapermanência.

8. Os funcionários ou agentes dos serviços em contacto com o público, e em particular oserviço encarregado da organização dos concursos externos à instituição, devemresponder às questões colocadas pelos interessados dentro dos limites dos procedimentosregulamentares e das práticas administrativas.

9. Qualquer questão imprecisa ou incorrecta deve ser reenviada ao requerente, sendo esteconvidado a especificar mais claramente a questão.

B) Acesso aos documentos do Parlamento Europeu

1. O artigo 255° da versão consolidada do Tratado que institui a Comunidade Europeiaestipula que todas as pessoas têm direito de acesso aos documentos do ParlamentoEuropeu. Os princípios gerais que regem este acesso e os limites que regem o exercíciodeste direito estão estabelecidos no Regulamento (CE) n° 1049/2001 (JO L 145 de31.5.2001). A fim de respeitar este regulamento, o Parlamento adaptou o seu próprioregulamento interno através da sua decisão de 13 de Novembro de 2001. Uma decisão daMesa de 28 de Novembro de 2001, publicada no Jornal Oficial (JO C 274 de29.12.2001), estabelece as disposições específicas sobre o acesso aos documentos doParlamento.

2. Os funcionários e outros agentes devem estar sempre cientes, ao lidarem com pessoasque pedem acesso aos documentos do Parlamento, do direito de acesso do público talcomo fixado pelos instrumentos legislativos supracitados.

3. O instrumento principal que facilita o acesso do público é o registo de referências doParlamento. A maioria dos documentos legislativos estão directamente acessíveis a partirdeste registo. O registo compreende igualmente, na medida do possível, referências aoutros documentos elaborados ou recebidos pelo Parlamento. A este respeito, osfuncionários e outros agentes são obrigados a respeitar escrupulosamente as regras

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estabelecidas pelo Secretário-Geral no que se refere ao registo dos documentos e àinscrição das referências de documentos no registo de referências do Parlamento.

4. Na sua decisão de 28 de Novembro de 2001, a Mesa estipulou que o tratamento depedidos de acesso aos documentos do Parlamento seria gerido numa base centralizadapelo serviço responsável pelo registo ([email protected]) que, em princípio, dispõede um prazo de quinze dias úteis para responder a um pedido. Em consequência, qualquerpedido, recebido por funcionários ou outros agentes, de acesso a documentos elaboradosou recebidos pelo Parlamento será transmitido a esse serviço, salvo se o pedido disserrespeito a um documento já posto à disposição e directamente acessível a partir doregisto. Neste último caso, o funcionário ajudará a pessoa de que emana o pedido aencontrar o documento em questão ou, eventualmente, fornecer-lhe-á esse documento.

5. Sempre que os funcionários ou outros agentes forem consultados pelo serviçoresponsável pelo registo sobre um pedido de acesso a um documento que releve dacompetência do seu próprio serviço, esforçar-se-ão por dar uma resposta ao serviçoresponsável pelo registo no prazo de cinco dias.

C) Recolha de dados e conservação das informações

Caso o Parlamento Europeu seja chamado a recolher informações ou dados junto do público,essas informações, salvo consentimento expresso dos interessados, só podem ser conservadas emcaso de tratamento para fins históricos, estatísticos ou jurídicos, uma vez atingida a finalidadepara a qual foram recolhidas.

D) Queixas

1. O público tem o direito de apresentar queixa contra eventuais violações das disposiçõesconstantes do capítulo III.

2. Para o tratamento dessas queixas é designado um responsável no âmbito da Direcção-Geral do Pessoal sob a autoridade do director-geral.

3. O responsável pelas queixas comunicará à direcção-geral o teor dos pedidos emanados dopúblico e assegurará um tratamento conforme e adequado dos mesmos.

CONCLUSÕES

1. Segundo o Estatuto e de harmonia com a vontade dos seus fundadores, servir aComunidade Europeia confere ao funcionário ou agente uma dignidade particular,qualquer que seja a natureza das suas funções, a importância das suas responsabilidadesou a sua posição na hierarquia. Em contrapartida, esse facto impõe-lhe obrigações e exigedele um comportamento coerente com essa dignidade. Qualquer pessoa que integre afunção pública europeia deve estar ciente destas exigências formuladas no interesseexclusivo da Comunidade e compreender que as garantias conferidas pelo Estatuto(segurança do emprego, evolução na carreira, remuneração, segurança social para ofuncionário ou agente e os membros da sua família inclusive após o seu falecimento,

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direito à assistência e ao apoio da instituição) não se destinam unicamente a remunerarum trabalho e competências, sendo outorgadas em compensação dos deveres de isenção,de lealdade e de reserva, bem como da dedicação devida à instituição.

2. Ao estabelecer este equilíbrio de deveres e direitos, o legislador pretendeu proteger aComunidade, depositária do interesse comum dos Estados que a compõem, contra osriscos resultantes da subordinação dos seus funcionários e agentes a pessoas ou forçasque intervêm na vida comunitária. Esta relação de emprego tem as suas raízes na culturae na história dos Estados-Membros e na sua especificidade reconhece-se o espírito do 9de Maio de 1950.

** *

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Anexo 1

PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIAnos termos do segundo parágrafo do artigo 11º do Estatuto

e dos artigos 11º, 54º e 83º do R.A.A._________

"O funcionário não pode aceitar de um governo ou de qualquer outra procedência estranha à instituição a que pertence, semautorização da entidade competente para proceder a nomeações, qualquer distinção honorífica, condecoração, privilégio,dádiva ou remuneração seja qual for a sua natureza, salvo por serviços prestados, quer antes da sua nomeação quer no decursode uma interrupção específica para a prestação de serviço militar ou nacional, e por causa de tais serviços."

I- APRESENTAÇÃO DO PEDIDO (a preencher pelo(a) interessado(a))

APELIDO e nome próprio:

Número pessoal: Grau:

Endereço administrativo:

Afectação (DG, Direcção, Divisão):

Natureza do pedido

Especificar de forma detalhada:

- o objecto do pedido: distinção honorífica, condecoração, privilégio, dádiva, etc.

- a sua procedência (governo, administração, empresas, outros organismos), indicando o endereço

- os motivos e eventuais circunstâncias

Data: Assinatura do requerente:

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II- PARECER DO DIRECTOR-GERAL DO REQUERENTE

Este pedido é compatível com os interesses da instituição ?

SIM NÃO

Em caso de resposta negativa, indicar os motivos:

Transmito o presente requerimento com parecer favorável/desfavorável.

Data Assinatura

III- TRANSMISSÃO DO PEDIDO À DIRECÇÃO-GERAL DO PESSOAL -GABINETE KAD 4B006, LUXEMBURGO

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Anexo 2

PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PARA EXERCER UMA ACTIVIDADE EXTERNAremunerada ou não - artigo 12º do Estatuto e artigos 11º e 54º do R.A.A

__________

"O funcionário não pode conservar ou adquirir, directa ou indirectamente, nas empresas sujeitas ao controlo da instituição aque pertence, ou que com esta estejam em relação, interesses de natureza e importância tais, que seriam susceptíveis decomprometer a sua independência no exercício das suas funções.Se o funcionário se propuser exercer qualquer actividade externa, remunerada ou não, ou exercer funções estranhas àsComunidades, deve, para o efeito, solicitar autorização à entidade competente para proceder a nomeações. Tal autorização serárecusada se a actividade ou as funções forem de natureza a perturbar a independência do funcionário ou a prejudicar aactividade das Comunidades."

I- APRESENTAÇÃO DO PEDIDO (a preencher pelo(a) interessado(a))

APELIDO e nome próprio:Número pessoal: Grau:Endereço administrativo:Afectação (DG, Direcção, Divisão):

Natureza da actividade: (*)(especificar de forma detalhada: ensino com a designação do curso, estudos, trabalho auxiliar, etc.)

Organismo em que a actividade será exercida: (*)

Designação e endereço:

Informações sobre a actividade prevista: (*)

Local em que a actividade será exercida:

Número total de horas que serão efectivamente prestadas:........h/semana ou ........h/mês

Esta actividade terá lugar (riscar o que não interessa):- fora do horário de trabalho:

. à noite

. no sábado

. no domingo- durante o horário de trabalho (especificar as datas e horas):

A actividade implicará, eventualmente, uma ausência total de ....... dia(s)Em caso de pedido de licença especial, anexar o respectivo formulário.

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Modalidades financeiras: (*)

Montante da remuneração ou dos honorários eventualmente cobrados:

a) pela actividade em si (montante global):b) para despesas de viagem:c) para despesas de estadia:

Publicação: (*)

A actividade dará azo a uma publicação ?

Em caso afirmativo, indique quais serão os eventuais honorários:

__________(*) Estas informações devem ser seguidamente comprovadas pelo organismo em que a actividade

será exercida:

Certificado de conformidade Carimbo e assinaturaData

Data: Assinatura do requerente:

_________

II- PARECER DO DIRECTOR-GERAL DO REQUERENTE

Esta actividade é compatível com os interesses da instituição ?

SIM NÃO

Em caso de resposta negativa, indicar os motivos:

Transmito o presente requerimento com parecer favorável/desfavorável.

Data Assinatura

______

III- TRANSMISSÃO DO PEDIDO À DIRECÇÃO-GERAL DO PESSOAL -GABINETE KAD 4B006, LUXEMBURGO

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Anexo 3

DECLARAÇÃO DE ACTIVIDADE DO CÔNJUGEArtigo 13º do Estatuto e artigo 11º do R.A.A.

_____________

"Se o cônjuge de um funcionário exercer, profissionalmente, qualquer actividade lucrativa, deve tal facto ser comunicado pelofuncionário à entidade competente para proceder a nomeações. Se essa actividade se revelar incompatível com a do funcionário,e se este último não estiver em condições de garantir a sua cessação dentro de um prazo determinado, a entidade competentepara proceder a nomeações, após parecer da Comissão Paritária, decidirá se o funcionário deve manter-se em funções, sertransferido para outro lugar ou perder o estado de funcionário."

APELIDO e nome próprio do funcionário ou do agente:

Número pessoal: Grau:

Endereço administrativo:

Afectação (DG, Direcção, Divisão):

APELIDO e nome próprio do cônjuge:

Designação da entidade patronal:

Funções exercidas pelo cônjuge:

O funcionário ou o agente declara sob compromisso de honra que as informações acima prestadas são verídicas ecompromete-se a notificar qualquer modificação da situação profissional do seu cônjuge.

Data Assinatura do funcionário ou do agente

_________

A transmitir à Direcção-Geral do Pessoal - Gabinete KAD 4B006, Luxemburgo - para inscrição no processoindividual

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Anexo 4

DECLARAÇÃO DE CANDIDATURAa funções públicas electivas

Artigo 15º do Estatuto e artigo 11º do R.A.A.___________

"O funcionário que seja candidato a funções públicas electivas deve solicitar uma licença sem vencimento, por um período quenão pode exceder três meses.A entidade competente para proceder a nomeações examinará a situação do funcionário que tenha sido eleito para as referidasfunções. Segundo a importância destas funções e os deveres que as mesmas imponham ao seu titular, a entidade competentepara proceder a nomeações decidirá se o funcionário se mantém na situação de actividade ou se deve solicitar uma licença semvencimento. Neste caso, esta licença terá uma duração igual à do período de exercício das funções electivas."

I- APRESENTAÇÃO DO PEDIDO (a preencher pelo(a) interessado(a))

APELIDO e nome próprio:

Número pessoal: Grau:

Endereço administrativo:

Afectação (DG, Direcção, Divisão):

Especificar de forma detalhada:

- a natureza das funções electivas (mandato de deputado, de deputado europeu, eleições municipais, etc.)

- durante o período que precede a campanha eleitoral oficial - o(a) interessado(a) exercerá as suaactividade(*):. fora das horas de serviço. utilizando as suas férias anuais. solicitando uma licença sem vencimento (indicar a duração exacta)(*) Riscar o que não interessa

- durante a campanha eleitoral oficial - o(a) interessado(a) deve estar colocado(a) em situação de licençasem vencimento:. campanha oficial: de a. licença sem vencimento: de a

Data Assinatura do funcionário ou do agente

Se o funcionário ou o agente foi eleito, deverá comunicar imediatamente esse facto à instituição, a fim deque a ECPN decida, em função da importância das funções electivas, se o funcionário ou o agente semantém na situação de actividade ou se deve solicitar uma licença sem vencimento.

_______

II- VISTO DO DIRECTOR-GERAL DO REQUERENTE

Data Assinatura

A transmitir à Direcção-Geral do Pessoal - Gabinete KAD 4B006, Luxemburgo

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Anexo 5

PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIApara publicar um texto relacionado com a actividade das Comunidades

nos termos do artigo 17º do Estatuto e dos artigos 11º, 54º e 83º do R.A.A.___________

"O funcionário não pode publicar ou mandar publicar, por si só ou em colaboração, qualquer texto cujo objecto se prenda coma actividade das Comunidades sem autorização da entidade competente para proceder a nomeações. Esta autorização só podeser recusada se a publicação em questão for de natureza a pôr em causa os interesses das Comunidades."

I- APRESENTAÇÃO DO PEDIDO (a preencher pelo(a) interessado(a))

APELIDO e nome próprio:Número pessoal: Grau:Endereço administrativo:Afectação (DG, Direcção, Divisão):

Publicação (anexar o texto integral)

Indicar o assunto e, se possível, resumir sucintamente o texto a publicar:

Designação e endereço do jornal, da revista ou da editora que assegura a publicação:

Modalidades financeiras

Montante da remuneração ou honorários auferidos pela publicação:

II- PARECER DO DIRECTOR-GERAL DO REQUERENTE

O documento que se pretende publicar é de natureza a pôr em causa os interesses das Comunidades

SIM NÃO

Em caso afirmativo, indicar os motivos:

Transmito o presente requerimento com parecer favorável/desfavorável.

Data Assinatura

III- TRANSMISSÃO DO PEDIDO À DIRECÇÃO-GERAL DO PESSOALGABINETE KAD 4B006, LUXEMBURGO