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REMÉDIOS NATURAIS DE GUIA PARA Alimentação Saudável * Plantas Medicinais * Aromaterapia * Hidroterapia * Geoterapia Homeopatia * Sais de Schüssler * Florais de Bach * Massagem * Reflexologia Sofia Loureiro Doutorada em Química do Ambiente * Terapeuta Natural

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Sofia Loureiro

SOFIA LOUREIROé licenciada em biotecnologia, doutorada em

química do ambiente e especialista em terapias

naturais. Foi nestas terapias que encontrou uma

ponte entre o microcosmo humano da biologia

e o macrocosmo ambiental da ecologia.

Os vários anos dedicados à investigação científica

e a publicação de artigos, juntamente com

os conhecimentos adquiridos ao longo da sua

formação em diversas disciplinas de terapias

naturais (naturopatia, homeopatia, aurículo-

-acupunctura, etc.), concorreram para o rigor

essencial à redação desta obra abrangente

e detalhada.

A sua dedicação ativa às terapias naturais

manifesta-se através de artigos de divulgação

e da participação em palestras. O seu trabalho

expõe ainda uma devoção às questões ambientais

e sociais.

A saúde dos filhos constitui uma

das grandes preocupações da vida dos

pais, já que, apesar da sua grande

vitalidade, as crianças são sensíveis e, por

vezes, sofrem quebras no seu bem-estar.

Nessas alturas, os pais questionam-se

sobre o que podem fazer para os ajudar.

Por isso, nas últimas décadas tem-se

observado um aumento da procura de

tratamentos simples e naturais para

prevenir e tratar as queixas mais comuns

das crianças. Os remédios naturais são

uma excelente opção, pois contribuem

para reduzir a intensidade e frequência

das queixas, para aliviar o desconforto e

para prevenir as complicações. Afinal, que

mais podem os pais ambicionar do que

proporcionar aos seus filhos saúde e

vitalidade, respeitando as leis da

Natureza?

Este é um guia detalhado

de remédios naturais para crianças, pleno

de conselhos práticos, para consultar

sempre que necessário. Assim, a resposta

que procura pode estar tão perto como

nas suas mãos.

STE é um completo guia prático de remédios naturais

para crianças, para consultar sempre que necessário.

Os remédios naturais beneficiam as crianças porque

são simples e eficazes, contribuindo para reduzir a intensidade

e frequência das queixas, aliviar o desconforto e prevenir com-

plicações futuras.

QUI vai encontrar conselhos práticos sobre mais de

uma centena de queixas de saúde das crianças. Para

cada problema obterá recomendações ao nível da

alimentação, plantas medicinais e aromaterapia, hidroterapia,

geoterapia, homeopatia e sais de Schüssler, florais de Bach,

massagem, reflexologia e, ainda, recomendações de carácter

geral.

ARA além dos conselhos práticos, este guia inclui

uma introdução às terapias naturais, sugestões para a

organização de um «kit natural» e notas sobre hábitos

saudáveis, entre outros temas importantes para a saúde física,

mental e emocional da criança.

Um livro imprescindível, para ter sempre à mão.

Espreite ovídeo destelivro noecrã de umtelemóvel. www.nascente.pt

ISBN 978-989-668-169-2

9 789896 681692

Classificação: Saúde e Bem-Estar

REMÉDIOS NATURAISDE

GUIA

PARA

Conheça mais sobre a autora através do seu blogue,SoPro Verde - Um Sopro de Mudança para Uma Consciência (Mais) Verde, em:http://soproverde.wordpress.com

GUIA DE REMÉDIOS NATURAIS PARA CRIANÇAS

A l i m e n t a ç ã o S a u d á v e l * P l a n t a s M e d i c i n a i s * A r o m a t e r a p i a * H i d r o t e r a p i a * G e o t e r a p i aH o m e o p a t i a * S a i s d e S c h ü ss l e r * F l o r a i s d e B a c h * M a ss a g e m * R e fl e x o l o g i a

Prefácio da atriz Joana SeixasFundadora da Casa Verdes Anos

Sofia LoureiroDoutorada em Química do Ambiente * Terapeuta Natural

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

REMÉDIOS NATURAISDE

GUIA

PARA

A l i m e n t a ç ã o S a u d á v e l * P l a n t a s M e d i c i n a i s * A r o m a t e r a p i a * H i d r o t e r a p i a * G e o t e r a p i aH o m e o p a t i a * S a i s d e S c h ü ss l e r * F l o r a i s d e B a c h * M a ss a g e m * R e fl e x o l o g i a

Sofia LoureiroDoutorada em Química do Ambiente * Terapeuta Natural

REMÉDIOS NATURAISDE

GUIA

PARA

A l i m e n t a ç ã o S a u d á v e l * P l a n t a s M e d i c i n a i s * A r o m a t e r a p i a * H i d r o t e r a p i a * G e o t e r a p i aH o m e o p a t i a * S a i s d e S c h ü ss l e r * F l o r a i s d e B a c h * M a ss a g e m * R e fl e x o l o g i a

Sofia LoureiroDoutorada em Química do Ambiente * Terapeuta Natural

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

ÍNDICE

Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nota iNtrodutória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . agradecimeNtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .dedicatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Capítulo I

INtroDução às tErapIas NaturaIs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . FItotErapIa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Herbalismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Infusão e Decocção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tinturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Outras Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

aromaterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Como Usar Óleos Essenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Advertências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

FloraIs DE BaCH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . HIDrotErapIa E GEotErapIa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Hidroterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Banhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .A Cura das Meias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fricções de Pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Compressas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Banho de Vapor Facial: Inalações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hidrocinesiterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Regras Gerais para a Aplicação de Hidroterapia . . . . . . . . . . .

Geoterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cataplasma de Argila . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

HomEopatIa E saIs DE sCHüsslEr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

Homeopatia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .sais de schüssler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

massaGEm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .rEFlExoloGIa poDal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .suplEmENtos alImENtarEs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ÁCIDos GorDos EssENCIaIs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Gérmen de Trigo, Levedura de Cerveja e Sementes de Linhaça . . proBIótICos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Própolis e Geleia Real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Suplementos Multivitamínicos e de Minerais . . . . . . . . . . . . . . . .

Notas FINaIs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

KIt Natural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .FItotErapIa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .FloraIs DE BaCH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .HIDrotErapIa E GEotErapIa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .HomEopatIa E saIs DE sCHüsslEr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .massaGEm E rEFlExoloGIa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .suplEmENtos alImENtarEs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

ExEmplo DE um QuEstIoNÁrIo DE tErapIas NaturaIs . . . . . . . . . .

prEvENção — prÁtICas sauDÁvEIs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .ALIMeNTAçãO NuTRITIVA e SAudáVeL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .CARGA GLICéMICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .VITAMINAS, MINeRAIS e áCIdOS GORdOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .ReFORçAR O SISTeMA IMuNITáRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .áGuA é VIdA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .MedIdAS de HIGIeNe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .SONO RePARAdOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .TéCNICAS de ReLAxAMeNTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .CRIATIVIdAde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .CONTACTO COM A NATuRezA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . exeRCíCIO FíSICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Capítulo II

as QuEIxas maIs ComuNs Em CrIaNças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (VeR íNdICe de QueIxAS, PáG. 431) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Capítulo III

sÍNDromE DE pós-vaCINação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . sIstEmas DE EDuCação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Curso DE soCorrIsmo pEDIÁtrICo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

BiBliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ÍNdice de Queixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

prEFÁCIo

A Natureza não faz milagres, faz revelações.Carlos Drummond de Andrade

Foi muito curioso ter recebido o convite para fazer este prefácio, porque os meus conhecimentos de medicinas naturais são apenas os da minha experiência como mãe. Há já muito tempo que sentia que a informação em Portugal nesta área era muito escassa, e este guia vem preencher uma lacuna no que respeita aos manuais de saúde natural.

Tal como eu, a equipa educativa da Casa Verdes Anos — um pro-jeto pedagógico alternativo criado em 2004 por um conjunto de pais — também tem sentido essa falta de informação, lacuna que temos vindo a compensar com palestras e formações.

Temos como filosofia o ensino do respeito pela Natureza, a importân-cia educacional e ambiental de uma alimentação vegetariana biológica e biodinâmica, a utilização de materiais orgânicos e recicláveis como instrumento pedagógico e a criação de espaços físicos ambientalmente conscientes. Temos também uma grande abertura ao recurso a algumas das medicinas alternativas, pois estas respeitam os ritmos naturais de cada ser humano e contribuem para a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais.

Este guia vem ajudar (e muito) pais, educadores, professores e outros responsáveis pelas crianças a fazerem tratamentos eficazes e a terem mais opções numa primeira abordagem. A busca pelo equilíbrio e a aproximação à Natureza é uma escolha consciente que todos podemos fazer. O objetivo é ajudarmos as nossas crianças a tornarem-se adultos fortes e saudáveis, transmitindo-lhes confiança, que é uma ferramenta

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importante quando aplicamos qualquer tratamento. Ajudá-las a conhe-cer e a perceber melhor o seu corpo, que está em permanente mudança, é também determinante para o seu bem-estar.

Este livro abre-nos as portas da Natureza. Parabéns à autora por ter escrito este guia, que nos dá mais informação e liberdade de escolha no tratamento das nossas crianças.

Joana SeixasFundadora da Casa Verdes Anos

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I n t r o d u ç ã o à s T e r a p i a s N a t u r a i s

INtroDução às tErapIas NaturaIs

O terreno é tudo, o micróbio não é nada.Claude Bernard

A citação recorda uma das leis da naturopatia em que se refere que a doença (o micróbio) não tem condições para se desenvolver num orga-nismo (o terreno) vital e em boa forma. Assim, para garantir a manuten-ção do equilíbrio funcional do nosso organismo temos ao alcance uma série de práticas saudáveis como, por exemplo, uma dieta adequada, a manutenção de um sistema de defesa ativo, o exercício físico, um sono reparador, o contacto com a natureza e a criatividade mental. Afinal de contas, é na prevenção que está a chave para uma vida saudável.

Infelizmente, por vezes o organismo sofre quebras de vitalidade, dando margem para que as patologias se desenvolvam. Nessas ocasiões, os remé-dios naturais vêm em nosso auxílio para estimular e reforçar os mecanis-mos de cura. Neste âmbito, o sector das terapias naturais conta com um diverso leque de disciplinas que nos apoiam no processo de recuperação, como a dietoterapia (terapia através de uma dieta equilibrada), fitoterapia e aromaterapia (terapia pelas plantas e óleos essenciais), essências florais de Bach (terapia psicoemocional por essências de flores), hidroterapia e geoterapia (terapia pela água e elementos da terra como a argila), homeo-patia e sais de Schüssler (terapia por remédios diluídos), massagens e reflexologia podal, acupunctura e osteopatia, entre outros.

Cada vez mais, os pediatras evitam prescrever medicamentos far-macêuticos de síntese indiscriminadamente devido aos seus reconheci-dos efeitos adversos (por exemplo, antibióticos, anti-histamínicos). No entanto, não temos de deixar as crianças indefesas, visto que podemos

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

encontrar o suporte de que necessitam em tratamentos naturais e sim-ples. De facto, quando administrados precocemente e de forma correta, os remédios naturais podem contribuir para restabelecer o equilíbrio do organismo de uma forma segura e rápida.

Para compreender o processo de cura, temos de ter em consideração que a recuperação de uma pessoa depende da sua Energia Vital e, neste departamento, as crianças têm tudo a seu favor devido à sua grande vitalidade e capacidade de reação. Como alicerce, temos atualmente um florescente mercado de suplementos naturais de linha infantil e júnior, acessíveis em ervanárias e dietéticas, assim como em certas parafarmá-cias e farmácias.

Sempre que usados corretamente, os remédios naturais têm diversas vantagens, tais como:

— Menor possibilidade de efeitos colaterais que os medicamentos farmacêuticos de síntese.

— Não intoxicam o organismo.— Não causam problemas de resistência a patógenos. — Por serem naturais, os produtos de eliminação não contaminam

o ambiente.— Seguem um modelo holístico, isto é, têm em conta a integridade

do indivíduo a nível mental, emocional e físico. «Tratamos doentes, não doenças» é a máxima. De facto, nunca é

demais relembrar a definição de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS): «Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não, simplesmente, a ausência de doenças ou enfermidades.»

Nos casos em que a Energia Vital se encontra demasiado debilitada e é necessário recorrer a medicamentos farmacêuticos, deve ter-se em conta que os remédios naturais, quando administrados corretamente, podem apoiar e complementar o tratamento médico. No entanto, aconselha-se uma consulta a um terapeuta especializado de modo a evitar possíveis problemas de interação medicamentosa. Similarmente, no caso de qual-quer dúvida, se o seu filho toma algum tipo de medicamento ou sofre de uma condição crónica, deve consultar o seu profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de tratamento natural.

A secção seguinte expõe as bases das terapias referidas nesta obra e a sua leitura é imprescindível para o uso correto dos tratamentos recomendados.

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I n t r o d u ç ã o à s T e r a p i a s N a t u r a i s

FItotErapIa

A cura através de plantas é uma prática milenar que faz parte da his-tória do homem. De facto, o estudo e aplicação de remédios à base de plantas constituíram o fundamento do sistema de saúde. Atualmente, a investigação científica contribui para complementar o conhecimento tradicional das propriedades da flora medicinal, tornando o seu uso mais seguro e eficaz.

As plantas medicinais podem ser preparadas de diferentes manei-ras, desde uma simples infusão ou tintura (herbalismo), até ao uso de óleos essenciais (aromaterapia). Estas diferentes preparações permitem extrair os diversos princípios ativos de cada planta, isto é, as substâncias que são responsáveis pelas suas propriedades curativas.

Há que ter em conta que as plantas medicinais devem ser adquiri-das em locais de venda credenciados. Dê preferência a produtos bioló-gicos, já que estes são mais puros (livres de resíduos de pesticidas ou fertilizantes químicos, entre outros), reduzindo assim a probabilidade de causarem reações alérgicas, além de que a sua produção envolve um reduzido impacto ambiental.

Herbalismo

Infusão e decocçãoAs infusões e decocções são formas de extração aquosa em que a

planta é posta em contacto com água a ferver. De notar que o «chá» corresponde a uma infusão da planta de chá.

De facto, hoje em dia podemos adquirir a planta de chá em diferentes formas, como chá verde, chá preto, chá branco ou chá vermelho. Assim, quando nos referimos a um «chá de camomila» deveríamos dizer de forma mais correta uma «infusão de camomila» e aplicar a designação de «chá» apenas quando fazemos uma infusão da planta de chá.

Para preparar infusões: verter água a ferver por cima da planta ou parte dela, tapar o recipiente (por exemplo, bule), deixar a preparação em repouso (infusão) de 5 a 10 minutos, e coar. As infusões são usadas para as partes mais moles das plantas, como folhas e flores. As decocções são usadas para as partes mais duras da planta, como a raiz, o rizoma, a casca ou as sementes. Neste caso, a planta é colocada num recipiente com água, levada a ebulição e fervida a fogo lento (decocção) pelo tempo

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recomendado (5 a 15 minutos), deixando-se de seguida em repouso (10 a 15 minutos) e coando.

Para simplificar, ao longo deste guia faz-se apenas referência a infu-sões. Como tal, conforme a dureza da parte da planta em questão, o leitor terá de avaliar se o seu modo de preparação corresponde a uma infusão ou a uma decocção. Não se devem usar recipientes de alumínio para estas preparações devido aos reconhecidos problemas de contami-nação por este metal.

Na preparação de infusões e decocções usa-se em geral uma colher de sopa de planta seca por cada meio litro de água. No caso de se usar a planta fresca, esta quantidade deve ser 2 ou 3 vezes maior que a quantidade de planta seca. Para as crianças, as preparações podem ser adoçadas com um pouco de mel, de preferência biológico, de modo a facilitar a toma. Veja mais adiante as recomendações sobre as doses a administrar a crianças.

TinturasNas tinturas, os princípios ativos das plantas são extraídos por meio

de uma solução hidroalcoólica. Deste modo, obtêm-se soluções mais con-centradas do que as infusões e decocções, com um prazo de validade alar-gado. Existem no mercado tinturas que usam glicerina na sua composição em vez de álcool, sendo assim mais indicadas para crianças. Os extratos de plantas, tanto fluidos como secos, são soluções mais concentradas que as tinturas. Diversos extratos são vendidos sob a forma de ampolas.

A tintura pode ser diluída num pouco de água, ou água com mel, ou sumo de fruta. De modo a evaporar o álcool das tinturas hidroalcoóli-cas, coloque a quantidade a usar numa chávena de café com água quente e espere 5 minutos. Em alguns casos, pode formar-se um precipitado devido aos constituintes resinosos da planta.

Dosagem A maioria dos produtos no mercado já contém a posologia diferenciada

entre adultos e crianças. Caso não haja indicação (como no caso das infu-sões), e sempre que os produtos possam ser tomados por crianças, exis-tem regras e proporções que nos possibilitam saber qual a dosagem mais correta. A regra de Clark está entre as mais usadas e permite o cálculo da dose a tomar com base no peso da criança. Assim, para saber a dose a admi-nistrar, divide-se o peso da criança (em kg) pelo peso padrão de um adulto (68 kg), e multiplica-se o resultado pela dose recomendada para um adulto.

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I n t r o d u ç ã o à s T e r a p i a s N a t u r a i s

Por exemplo: qual a quantidade de infusão (ou tintura) a adminis-trar a uma criança com 15 kg, sabendo que a dose recomendada para um adulto é de 1 chávena de chá (ou 30 gotas de tintura)? Para este cálculo vamos ter em conta que uma chávena de chá corresponde em média a 200 mililitros (ml) de líquido.

Dose de criança (de infusão) = (15 kg / 68 kg) x 200 ml de infusão = 44 ml, é a quantidade de infusão que devemos administrar à criança em cada toma.

Dose de criança (de tintura) = (15 kg / 68 kg) x 30 gotas de tintura = 6 gotas, é a quantidade de tintura que devemos administrar à criança em cada toma

A partir dos 12 anos, já se pode administrar a dose de adulto (neste caso seriam 200 ml de infusão ou 30 gotas de tintura).

Existem também quadros orientadores que indicam as doses reco-mendadas para crianças.

Por exemplo, quando a dose de adulto corresponde a uma chávena de chá de infusão, a dose a administrar será:

IDADE * DOSE DE CRIANÇA< 2 anos 2 a 3 colheres de chá de infusão em cada toma 2 a 4 anos 2 colheres de sopa de infusão em cada toma5 a 7 anos ¼ chávena de chá de infusão em cada toma8 a 12 anos ½ chávena de chá de infusão em cada toma> 12 anos 1 chávena de chá de infusão em cada toma (dose de

adulto)

Quando a dose de adulto corresponde a 30 gotas de tintura:

IDADE* DOSE < 12 meses 3 gotas de tintura em cada toma12 a 18 meses 4 a 7 gotas de tintura em cada toma18 a 24 meses 8 a 10 gotas de tintura em cada toma2 a 4 anos 10 a 12 gotas de tintura em cada toma4 a 6 anos 12 a 15 gotas de tintura em cada toma6 a 9 anos 15 a 20 gotas de tintura em cada toma9 a 12 anos 20 a 25 gotas de tintura em cada toma> 12 anos 30 gotas de tintura em cada toma (dose de adulto)

* Durante a fase de amamentação a mãe pode tomar a dose de adulto por-

que, neste caso, o tratamento é transmitido à criança através do leite materno.

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

Em geral, quando neste guia não se indicam dosagens específicas, deve ter em conta que a dose de infusão recomendada para um adulto corresponde a 1 chávena de chá (200 ml), 2 ou 3 vezes ao dia. Em rela-ção às tinturas, a dose recomendada para um adulto é geralmente indi-cada no produto e pode oscilar entre 20 a 30 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia. Assim, sempre que o produto possa ser tomado por crianças, estas doses padrão podem ser aplicadas nas regras acima indicadas para determi-nar a dose a administrar a uma criança consoante o seu peso ou idade.

Note que estas regras não se aplicam a todas as plantas ou produtos no mercado, já que alguns podem ser demasiado concentrados para serem tomados por crianças. Ao longo deste guia serão sugeridas plantas para cada queixa. Embora as plantas sejam geralmente bem aceites pelas crian-ças, ainda assim, como acontece com qualquer outra substância, podem registar-se reações alérgicas. Para minimizar estas reações, quando usar uma planta, ou complexo à base de plantas, pela primeira vez, recomenda--se usar apenas uma pequena quantidade do produto e avaliar os resulta-dos após a sua administração. Se detetar alguma reação, como erupções cutâneas, dores de cabeça, problemas digestivos ou dificuldade respirató-ria nas 24 horas a seguir à toma, descontinue o seu uso e procure uma alternativa. Em casos de reação alérgica grave recorra imediatamente a atenção médica. Caso não se registem reações adversas, pode aumentar a quantidade administrada de forma gradual até atingir a dose recomen-dada. Adicionalmente, tenha em conta que de uma maneira geral não se deve usar a mesma planta por mais de 4 semanas. Como tal, a menos que seja referido o contrário neste guia ou que o seu terapeuta assim o indique, varie de planta, ou de mistura delas, após 3 a 4 semanas de uso.

Outras aplicaçõesAs plantas também podem ser usadas em inalações (feitas com vapor),

banhos (em que se podem misturar preparados de plantas à água do banho), pomadas, xaropes, gargarejos, bochechos, compressas e cre-mes, entre outros.

aromaterapia

A aromaterapia é baseada no uso de óleos essenciais que são extraí-dos das plantas por uma técnica de destilação por arrastamento de vapor. Estes óleos aromáticos possuem inúmeras propriedades terapêuticas,

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I n t r o d u ç ã o à s T e r a p i a s N a t u r a i s

sendo eficazes na prevenção e alívio de diversos problemas de saúde. Há que ter em consideração que os óleos essenciais são produtos muito con-centrados, que devem ser usados com precaução. Como ilustração, para produzir 1 kg de óleo essencial de alfazema é necessário destilar 150 kg da planta fresca. Cada óleo possui um cheiro específico e determinadas propriedades curativas que o caracterizam. Por exemplo, o óleo essencial de alfazema, que está entre os mais multifacetados, possui propriedades analgésicas, anticonvulsivas, antidepressivas, antimicrobianas, antirreu-máticas, antiespasmódicas, carminativas, colagogas, cicatrizantes, diu-réticas, emenagogas, sedantes, tónicas, entre outras.

Como usar óleos essenciaisOs óleos essenciais podem ser usados para diversos fins, tais como:— Massagens. Diluir umas gotas de óleo essencial em óleo vegetal

veicular — como azeite, óleo de amêndoas doces, de semente de uva, de gérmen de trigo, de cenoura, de rosa mosqueta, de sésamo, de hipericão ou calêndula (consultar a tabela mais à frente para saber as proporções) — e usar esta mistura para fazer uma mas-sagem. Como opção, colocar umas gotas de óleo essencial num creme base sem perfume, de preferência de cosmética natural biológica, para obter um creme de massagem.

— Banhos. Misturar num copo 1 colher de sopa de leite com umas gotas de óleo essencial (consultar a tabela mais à frente para saber as proporções) e adicionar à água do banho, desenhando o con-torno de um 8 com o copo na água de modo a obter uma mistura bem homogénea. Como opção, os óleos essenciais podem ser misturados com um pouco de gel de banho e adicionados à água. Através do banho, a criança poderá beneficiar do óleo essencial por absorção da pele, assim como por inalação do vapor da água. O banho deve durar de 10 a 15 minutos.

— Vaporização e inalação. Existem vários modos de o fazer: adicionar 2 gotas de óleos essenciais numa tigela com 250 ml de água fer-vida e colocar no quarto da criança, sempre fora do seu alcance; de modo a purificar o ar, misturar 200 ml de água morna com 10 gotas de óleo essencial dentro de um vaporizador corrente (como os usados para vaporizar as plantas), agitar vigorosamente e vapo-rizar a casa apontando bem para o alto, tendo o cuidado de evitar áreas em que se encontram materiais delicados que se possam

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

danificar (por exemplo, móveis de madeira envernizados). A par-tir dos 3 meses de idade, pode vaporizar o quarto da criança 10 minutos antes da hora de deitar; a partir dos 6 meses de idade, pode aplicar 1 gota de óleo essencial num lenço e colocá-lo debaixo do travesseiro, ou entre a fronha e o travesseiro, mas afastado da área dos olhos; a partir dos 2 anos de idade pode colocar 1 gota de óleo essencial num lenço para a criança inalar; consulte a secção de «Hidroterapia, Banho de Vapor Facial: Inalações» para saber mais detalhes sobre inalações de vapor. Adicionalmente, existem diferentes tipos de difusores elétricos e queimadores de óleos essenciais no mercado; leia atentamente as instruções para o seu uso correto. Dê preferência ao uso de difusores em vez de quei-madores, já que certos óleos essenciais degradam-se pela ação do calor, perdendo parte das suas propriedades terapêuticas.

— Compressas Num recipiente com 250 ml de água quente, adicio-nar 2 a 4 gotas de óleo essencial diluídas num pouco de leite, sub-mergir a compressa — pedaço de algodão ou linho — no líquido durante um breve período, escorrer o excesso, aplicar sobre a zona afetada e envolver com uma toalha. Repetir a operação quando a compressa esfriar ou, como opção, colocar um saco de água quente em cima da compressa de modo a manter o calor (consultar a sec-ção de Hidroterapia — Compressas para mais detalhes). A com-pressa também pode ser aplicada com água fria. Usar compressas em crianças maiores de 2 anos.

A duração de um tratamento com óleos essenciais depende da pureza do óleo, da capacidade de reação da criança e do tipo de patologia. Como regra geral, em casos agudos (afeções de início brusco, geralmente com sinais e sintomas intensos, mas que duram pouco tempo, como a gripe), se o tratamento é iniciado precocemente aquando do aparecimento das moléstias, a duração do tratamento pode ser curta (de 1 a 2 dias), caso contrário a melhoria pode levar mais tempo (de 5 a 7 dias). Para casos crónicos (afeções lentas mas que se prolongam no tempo), ou problemas orgânicos mais profundos, podem fazer-se tratamentos de 2 a 3 sema-nas por mês, intercalados por uma pausa de 1 a 2 semanas, até atingir uma melhoria estável. Caso não se verifiquem quaisquer melhorias ao fim da primeira semana de tratamento, há que mudar de óleo essencial ou recorrer a outra terapia.

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I n t r o d u ç ã o à s T e r a p i a s N a t u r a i s

Dosagem: quadro orientador das doses de óleos essenciais a usar con-forme a sua aplicação em banho ou massagem.

Idade da criança

Banhonúmero de gotas de óleo essencial numa colher de sopa de leite

massagemnúmero de gotas de óleo es-sencial em 30 ml de óleo ve-getal (ou de creme base)

Após 4 semanas e até 2 meses

1, e usar ¼ da mistura 0 a 1

2 a 6 meses 1, e usar ¼ da mistura 0 a 1

7 a 12 meses 1, e usar ½ da mistura 1 a 3

1 a 4 anos 1 a 2, e usar ½ da mistura 1 a 4

5 a 7 anos 1 a 3 3 a 6

8 a 12 anos 1 a 4 4 a 8

> 12 anos dose de adulto: 1 a 8 dose de adulto: 5 a 12

Cada óleo essencial é recomendado conforme o grau de desenvol-vimento da criança e o grau de atividade do óleo. Segue-se uma tabela orientadora dos óleos essenciais mais usados, ordenados segundo a idade da criança:

Idade da criança Óleos essenciais que pode usar *

Após 4 semanas e até 2 meses

Alfazema, Camomila romana

2 a 6 meses além dos óleos essenciais referidos acima, pode usar:Mandarina, Neroli, endro

7 a 24 meses além dos óleos essenciais referidos acima, pode usar:árvore do chá, Eucalyptus smithii, Niaouli, Gerânio, Petit-grain

2 a 5 anos além dos óleos essenciais referidos acima, pode usar:Palmarosa, Mil-folhas

6 a 8 anos além dos óleos essenciais referidos acima, pode usar: Gengibre, Funcho, Bergamota, Laranja, Limão, Manjerona, Ravensara, Tomilho linalol, Toranja, Hortelã-verde (Mentha spicata)

9 a 11 anos além dos óleos essenciais referidos acima, pode usar:Cidreira, Ylang ylang, Eucalyptus globulus

> 12 anos o mesmo que para um adulto (sempre sujeito a um teste de sensibilidade prévio)

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A s Q u e i x a s M a i s C o m u n s e m C r i a n ç a s

Neste Capítulo apresentam-se recomendações de terapias naturais para queixas comuns em crianças. Na parte de «Recomendações» de cada rubrica são aconselhadas circunstâncias nas quais deve procurar atenção especializada. No entanto, em qualquer caso de dúvida, persis-tência ou agravamento da queixa, recorra sempre ao seu profissional de saúde. Tenha com conta que as terapias naturais podem ser utilizadas como coadjuvantes do tratamento farmacológico. Nesse caso, consulte um terapeuta especializado para evitar possíveis interações medicamen-tosas. De notar que o uso correto dos conselhos aqui apresentados requer a leitura atenta do Capítulo I — Introdução às Terapias Naturais. Os remédios naturais são mais eficazes se usados desde o início, seguindo as doses recomendadas. A melhor medicina é sempre a preventiva, por isso certifique-se que a criança se encontra vital, seguindo as recomen-dações da secção Prevenção — Práticas saudáveis do Capítulo I.

Caso a dose não seja especificada, consulte a Introdução às Terapias Naturais, Capítulo I, para saber qual a dosagem recomendada para cada terapia.

as QuEIxas maIs ComuNs Em CrIaNças

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A s Q u e i x a s M a i s C o m u n s e m C r i a n ç a s

aBCEssos

Os abcessos são pequenas bolsas de pus, causadas na sua maioria por infeções bacterianas, que podem ocorrer a um nível superficial, na pele (por exemplo, furúnculo), ou desenvolverem-se em órgãos inter-nos. Normalmente o corpo tende a amadurecer e rebentar os abcessos superficiais de modo a expulsar as toxinas presentes. Na fase aguda, o inchaço é acompanhado de dor, calor e vermelhidão (abcesso «quente»).

Dieta e Suplementos Fazer uma dieta rica em vitaminas A, C, D e E, carotenos, zinco e

selénio, para fortalecimento da pele e do sistema imunitário. Beber flui-dos frequentemente, incluindo água, sumos naturais de fruta e vegetais (por exemplo, cenoura, agrião e beterraba) e infusões, de modo a drenar as toxinas do organismo. Evitar alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e derivados. A formação de abcessos ou furúncu-los pode estar associada a uma sensibilidade alimentar. Consultar a rubrica Alergias para mais informações. Reforçar o sistema imunitário com um suplemento da linha infantil ou júnior indicado para este fim. Administrar a dose recomendada a cada 3 horas durante os 2 primeiros dias, e 3 vezes ao dia durante os 14 dias seguintes. Caso recorra à toma de antibióticos, esta deve ser complementada pela toma de probióticos de modo a manter o equilíbrio adequado da flora digestiva (consultar a secção de Suplementos — Introdução às Terapias Naturais, Capítulo I).

~ a ~

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

FitoterapiaHerbalismoA decocção de raiz de bardana é um ótimo depurativo da pele. Tomar

a dose recomendada, 2 vezes ao dia, durante 2 a 3 semanas e avaliar os resultados. Aplicar creme de calêndula, 2 vezes ao dia, na área afetada. Para abcessos na boca, fazer bochechos com tintura de equinácea diluí da em água, 2 ou 3 vezes ao dia, durante 2 minutos.

AromaterapiaÓleo essencial: árvore do chá. Aplicar na área a tratar o óleo essencial

diluído em óleo vegetal, 3 a 4 vezes ao dia. Para abcessos na boca, adi-cionar 4 gotas de óleo essencial a 50 ml de água destilada ou purificada. Guardar esta solução num frasco de vidro escuro. Antes de usar, agitar vigorosamente o frasco, retirar uma colher de chá da solução e misturar num copo de água morna, agitar bem e fazer bochechos, 2 vezes ao dia, durante 1 a 2 minutos. Não deglutir a solução.

Florais de BachCrab Apple ajuda a limpar o organismo.Rescue, aplicar em creme, 2 vezes ao dia, na área afetada.Em caso de abcessos na boca, misturar 4 gotas de Crab Apple com 4

gotas de Rescue num copo de água, agitar bem e fazer bochechos, 2 vezes ao dia, durante 1 a 2 minutos.

A solução de Crab Apple com Rescue também pode ser tomada por via oral de modo a potenciar a ação de limpeza do organismo.

Hidroterapia e GeoterapiaA aplicação de argila em abcessos, durante cerca de 1 hora, 2 vezes ao

dia, ajuda o abcesso a amadurecer. Quando o abcesso começar a supurar, aplicar um emplastro de sementes de feno-grego até esgotar a secreção. Este emplastro deve ser substituído a cada 3 horas limpando o abcesso de cada vez (com água limpa seguida de óleo essencial de alfazema ou de árvore do chá). Para preparar o emplastro, moer as sementes de feno--grego de modo a obter um pó, juntar água até obter uma pasta e levar ao lume por 2 minutos, mexendo, de modo a obter uma consistência de creme. Aplicar este creme em cima do abcesso. O emplastro pode ser envolvido com argila e mantido no lugar por meio de uma compressa.

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A s Q u e i x a s M a i s C o m u n s : A b c e s s o s

Homeopatia e Sais de SchüsslerHomeopatia— Apis 7CH, para inchaço vermelho, ardente, sensível à pressão;

melhor por aplicações frias.— Belladonna 15CH, se o abcesso cresce rapidamente e é acompa-

nhado de dor e vermelhidão; pode haver febre.— Calcarea sulphurica 7CH funciona como drenante; para tendên-

cia a formar abcessos, abcessos com supuração amarela, podendo estar acompanhada de sangue.

— Hepar sulphur 30CH, para abcesso mole, possível supuração com cheiro a queijo, dor intensa; pior por aplicações frias. Este remé-dio é normalmente usado em combinação com Myristica sebifera 9CH, conhecida como o «bisturi homeopático». A Myristica abre o abcesso e o Hepar ajuda a drenar o seu conteúdo. Fazer tomas alternadas.

— Pyrogenium 5CH, usado para infeções em geral, evita a propaga-ção da infeção.

— Silicea 15CH, para abcessos de formação lenta, com inchaço, recor-rentes, que levam tempo a cicatrizar.

Para abcessos agudos, tomar 2 grânulos, 4 vezes ao dia, durante 3 a 5 dias e avaliar resultados. Para casos crónicos, tomar 3 grânulos, 1 vez ao dia, durante 2 semanas e avaliar resultados. Em casos recorrentes, consultar um terapeuta especializado para um tratamento de fundo.

Sais de Schüssler— Ferrum phosphoricum, no início da fase de formação do abcesso,

pode reverter a sua evolução.— Silicea amadurece o abcesso e inicia a descarga.— Calcarea sulphurica, usar no estágio final da supuração para dre-

nar bem o abcesso e promover uma cicatrização saudável.— Kalium phosphoricum, devido à sua ação antisséptica, pode ser

usado alternadamente com Silicea e Calcarea sulphurica de modo a evitar que a infeção se espalhe.

ReflexologiaTrabalhar rins e fígado. Usar óleos essenciais e/ou florais de Bach

diluídos no óleo de massagem.

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

Recomendações— Em caso de dor intensa, se as moléstias se agravam, de «abcessos

frios» que se desenvolvem sem dor ou calor ou vermelhidão, de abcessos graves localizados em zonas sensíveis (por exemplo, no rosto ou boca), ou se a criança não reage ao tratamento natural, recorra a atenção médica.

— Não esprema o abcesso/furúnculo para evitar que a infeção se espalhe.

— As crianças só aprendem a bochechar a partir de certa idade. Para verificar se o seu filho já consegue fazer bochechos, faça-o expe-rimentar com um pouco de água pura sob a sua supervisão, de modo a assegurar que a criança não se engasga.

— Tenha em conta que a pele é um órgão de eliminação e, como tal, quantas mais toxinas presentes no organismo mais impurezas terão de ser eliminadas através da pele e mais a pele se encontra sobrecarregada. Assim, um estilo de vida saudável (dieta adequada, exercício físico, sono reparador) e o equilíbrio e funcionalidade de outros órgãos de eliminação (como os rins e intestino) são impor-tantes para a saúde da pele. Ao recorrer a um tratamento natural e/ou no início de adotar um estilo de vida saudável é possível que, em certos casos, os sinais e sintomas a nível da pele se agravem ligeiramente antes de se registarem melhorias, devido à ação de desintoxicação do organismo através da pele.

aCNE

Os recém-nascidos podem apresentar erupções cutâneas em forma de pequenas borbulhas, especialmente na área do rosto. Esta acne é na sua maioria temporária e é causada por hormonas maternas que pas-sam ao feto durante a gestação. Pode durar até aos 3 a 4 meses de idade.

Durante a puberdade, as mudanças hormonais aumentam a produ-ção de sebo das glândulas sebáceas, favorecendo a obstrução dos canais pilossebáceos. A acumulação de sebo pode beneficiar o desenvolvimento de bactérias que produzem substâncias irritantes originando inflama-ções. A acne pode manifestar-se sob a forma de lesões não-inflamató-rias como o comedão fechado (ponto branco) e aberto (ponto negro), e lesões inflamatórias como pápulas, papulopústulas (espinhas), nódulos e quistos. Nas raparigas, a acne pode aparecer cada mês associada ao ciclo

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A s Q u e i x a s M a i s C o m u n s : A c n e

menstrual. Embora as crises de acne juvenil sejam normais durante a fase da adolescência, estas podem ter graves consequências emocionais como falta de confiança, baixa autoestima e ansiedade, o que tende a piorar esta condição. O tratamento da acne requer paciência e deve ser prolongado de modo a obter melhorias visíveis.

Dieta e Suplementos A acne pode ser o resultado de uma sensibilidade alimentar. Consulte

a rubrica Alergias para mais informações. Se bem que a comida indus-trial, as gorduras saturadas e os açúcares refinados não tenham sido diretamente associados ao aparecimento da acne, estes alimentos podem contribuir para agravar as crises constituindo assim um obstáculo à cura. Assim, estes alimentos devem ser evitados. Quanto mais natural e sau-dável for a dieta alimentar, mais equilibrada estará a pele. Beber líquidos frequentemente, incluindo água, sumos naturais (cenoura, espinafres, pepino sem pele, aipo, salsa, cerejas, ananás, gengibre) e infusões, de modo a eliminar as toxinas. Fazer uma dieta rica em vitaminas A e E, carotenos, zinco, selénio e ácidos gordos essenciais, importantes para a saúde da pele. Os suplementos de zinco e de óleo de peixe também são indicados para esta condição. De ter em conta que as melhorias apenas se tornam evidentes após um tratamento de 10 a 12 semanas. A aplicação tópica de óleo de vitamina E nas áreas afetadas pode aliviar esta queixa. Para a acne pré-menstrual, tomar um suplemento de vitamina B6 antes e durante o ciclo menstrual.

FitoterapiaHerbalismoA infusão de raiz de bardana é um ótimo depurativo da pele. Tomar

a dose recomendada (consultar a secção de Fitoterapia do Capítulo I), 2 vezes ao dia. O dente-de-leão e a urtiga também funcionam como depu-rativos. Aplicar gel de aloé vera, ou creme de calêndula, 2 vezes ao dia, na área afetada. Para a acne do bebé: lavar a cara do bebé com um pouco de sabão (de preferência de cosmética natural), enxaguar e, de seguida, aplicar com uma bola de algodão uma infusão suave de alfazema e péta-las de rosa nas áreas afetadas. Também pode acrescentar um pouco de sumo de aloé à infusão. Como opção, fazer uma infusão de bardana com malvas e aplicar do mesmo modo.

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

AromaterapiaÓleos essenciais: alfazema, árvore do chá, tomilho linalol e berga-

mota. Usar em compressas ou banhos. Como opção, adicionar umas gotas de óleo essencial num gel de lavagem para o rosto indicado para esta condição, sem perfume, de preferência de cosmética natural, e lavar a cara suavemente, 2 vezes ao dia. Nunca aplicar óleos essenciais perto dos olhos.

Florais de BachCrab Apple contribui para a limpeza do organismo e aceitação da ima-

gem. Pode ser usado internamente e para lavagens. Em uso externo: dissolver 10 gotas num litro de água, misturar bem e usar para lavar as áreas afetadas, 2 vezes ao dia. Como opção, pode ser acrescentado aos outros produtos de limpeza utilizados.

Gorse, se já não há esperanças de melhoria.Larch, para quem se sente inferior aos outros, com falta de confiança

ou baixa autoestima.Rescue pode ser misturado com Crab Apple para a limpeza da pele.

Ao deitar, depois de limpar a pele, massajar Rescue em creme em cada lesão, com um dedo limpo ou cotonete.

Sweet Chestnut, para angústia e desespero.

Homeopatia e Sais de SchüsslerHomeopatia— Aconitum 9CH, no estágio inicial, para inflamação vermelha e bri-

lhante, ansiedade; pior por ar frio.— Antimonium tartaricum 7CH, para borbulhas cheias de pus que

deixam uma marca azulada.— Calcarea sulphurica 5CH atua como drenante da pele; para borbu-

lhas vermelhas, quentes, com líquido amarelo.— Graphites 7CH, para acne com secreção amarela viscosa, formando

crostas, pele geralmente seca, que supura facilmente; ajuda no tratamento das cicatrizes e queloides.

— Kalium bromatum 7CH, para acne na parte superior do corpo, incluindo o rosto, pele fria, cicatrizes que permanecem depois das erupções.

— Ledum palustre 7CH, para pústulas no rosto, em especial na testa (acne conglobata); melhor por aplicações frias.

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A s Q u e i x a s M a i s C o m u n s : A c n e

— Pulsatilla 7CH, para acne juvenil associado a mudanças hormo-nais, pessoas sensíveis, que requerem atenção; mudanças bruscas de humor.

— Rhus toxicodendron 9CH, para acne com comichão, pele dura, seca e quente, com crostas; sensível ao ar frio; muita ansiedade.

— Silicea 5CH, para borbulhas dolorosas que levam tempo a desapa-recer e deixam cicatriz.

— Sulphur 7CH funciona como drenante; para acne crónico em pele áspera e seca, comichão que piora à noite na cama, pés quentes.

Tomar 3 grânulos, 2 vezes ao dia, durante 3 semanas e avaliar os resul-tados. Para acne crónica, consulte um terapeuta especializado.

Sais de Schüssler— Ferrum phosphoricum, no primeiro estágio da inflamação com calor,

vermelhidão, dor.— Kalium muriaticum, no segundo estágio da inflamação, para erup-

ções com líquido branco.— Natrum phosphoricum regula o excesso de acidez que contribui

para o desenvolvimento da acne.— Natrum muriaticum, para erupções com descarga transparente,

aquosa.— Silicea, para acne com supuração amarela, espessa; efeito cicatrizante.— Calcarea sulphurica ajuda a drenar e a cicatrizaçar, ação de desinto-

xicação do organismo. No caso de adolescentes pálidos e anémicos, usar Calcarea sulphurica em alternância com Calcarea phosphorica. Na fase final da supuração, usar Calcarea sulphurica em alternân-cia com Silicea.

HidroterapiaDepois de lavar a área afetada, aplicar uma fina camada de argila.

A argila deve ser preparada como para uma cataplasma (consultar a sec-ção de Hidroterapia e Geoterapia, Capítulo I). Pode usar água das rosas para fazer a máscara. No caso de aplicar argila no rosto, evite a área perto dos olhos. Após 15 a 20 minutos, ou quando a argila secar, retirar a más-cara com água morna ou fria e lavar a cara com água das rosas. No pri-meiro mês de tratamento aplicar a máscara uma vez por semana. No mês seguinte, usar a argila apenas uma vez cada 15 dias, já que esta pode secar demasiado a pele levando a um aumento da taxa de produção de gordura.

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

ReflexologiaTrabalhar o fígado, rins e sistema linfático. Usar óleos essenciais e/ou

florais de Bach diluídos no óleo de massagem.

Recomendações— Caso não ocorram melhorias ao fim de 10 a 12 semanas de trata-

mento natural, ou em casos severos de acne, recorra a conselho médico. O uso de fármacos e antibióticos tópicos e sistémicos podem ser complementados com os tratamentos naturais desde que não haja interação medicamentosa.

— Caso se recorra à toma de antibióticos orais, esta deve ser comple-mentada com probióticos de modo a restaurar a flora digestiva. Administrar o probiótico 2 horas depois do antibiótico (consultar a secção de Suplementos, Capítulo I).

— Começar o tratamento aos primeiros sinais de acne de modo a minimizar o aparecimento de cicatrizes na pele. Mesmo após o desaparecimento dos sinais e sintomas, o tratamento deve ser pro-longado por mais alguns meses de modo a evitar reincidências. Toda a área afetada deve ser tratada para incidir sobre as lesões existentes e prevenir o surgimento de outras.

— Resistir à tentação de espremer ou coçar as borbulhas, pois assim poderá aumentar a extensão da área afetada ou levar ao apareci-mento de cicatrizes.

— A pressão agrava a acne. Como tal, evitar exercer pressão com roupa, chapéus ou com as mãos nas áreas afetadas.

— O cabelo deve ser mantido limpo e afastado da cara.— Lavar a pele de manhã e ao deitar, aplicando uma pressão suave,

já que ao esfregar apenas piora esta afeção. Usar um sabão suave ou um gel líquido, de preferência de cosmética natural de modo a evitar os tóxicos concentrados dos produtos correntes. Secar a área com pequenos toques da toalha. Evitar produtos de limpeza de pele abrasivos.

— Evitar aplicar produtos na pele que não sejam adequados para esta condição. Dar preferência a produtos de cosmética natural evitando assim ingredientes tóxicos.

— Fazer exercício físico regularmente e passear ao ar livre de modo a oxigenar o corpo. Depois de fazer exercício, tomar um duche para evitar a acumulação de suor.

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A s Q u e i x a s M a i s C o m u n s : A f t a s B u c a i s

— Se a acne for a nível do corpo, evitar usar roupas que irritem a pele, dando preferência a tecidos naturais (por exemplo, algodão, linho). Procure também evitar detergentes para a roupa e amacia-dores que possam causar reação.

— O uso excessivo de antibióticos pode provocar um crescimento anormal de Candida albicans, o que também pode agravar a acne. Nesse caso consulte a rubrica Candidíase.

— Apoie o seu filho. A baixa autoestima associada a esta condição pode levar a estados de depressão.

— Alguns cosméticos (comedogénicos) e medicamentos (esteroides e corticosteroides, lítio, isoniazida e certos anticoncecionais orais) podem agravar a acne. Se possível, evite-os. As mulheres devem evitar os produtos de maquilhagem, ou usar apenas os indicados para esta condição.

— Tenha em conta que a pele é um órgão de eliminação e, como tal, quantas mais toxinas presentes no organismo mais impurezas terão de ser eliminadas através da pele e mais a pele se encontra sobrecarregada. Assim, um estilo de vida saudável (dieta adequada, exercício físico, sono reparador) e o equilíbrio e funcionalidade de outros órgãos de eliminação (como os rins e intestino) são impor-tantes para a saúde da pele. Ao recorrer ao tratamento natural e/ou no início de adotar um estilo de vida saudável é possível que, em certos casos, os sinais e sintomas a nível da pele se agravem ligei-ramente antes de se registarem melhorias, devido à ação de desin-toxicação do organismo através da pele.

aFoNIaver Laringite (pág. 284)

aFtas BuCaIs

As aftas bucais são pequenas úlceras que ocorrem na mucosa da boca (língua, parte interior dos lábios, bochechas, palato, gengivas e, em alguns casos, garganta). Podem aparecer isoladas ou em grupo e acompanhar-se de mau hálito e boca seca. São incómodas ao ponto de dificultar a mastigação e duram geralmente de 5 a 20 dias. Embora as causas sejam em geral desconhecidas, podem associar-se a aler-gias alimentares ou às pastas de dentes, carência nutricionais, fatores

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hormonais, stress e sistema imunitário reprimido, entre outros. As mani-pulações dentárias e as dentadas acidentais nas bochechas ou língua também podem produzir aftas. No caso da estomatite aftosa, certos fato-res, como infeções, alguns medicamentos, uma má nutrição e outras desordens inflamatórias, têm sido apontados como causas deste pro-cesso inflamatório recorrente.

Dieta e Suplementos Averiguar se as aftas são a consequência de alguma sensibilidade ali-

mentar (consultar a rubrica Alergias). Evitar alimentos irritantes como as especiarias fortes, frutos cítricos, tomates, ananás, cerejas, nozes, café, chocolate e alimentos muito quentes. Consumir alimentos ricos em vita-minas A, B, C, E, ácido fólico e ferro. Consumir maçãs todos os dias. Reforçar o sistema imunitário com um suplemento da linha infantil ou júnior. Fazer bochechos com 15 gotas de tintura de própolis diluídas em meio copo de água, 2 vezes ao dia, durante 2 a 3 minutos. A toma de pro-bióticos pode ser necessária nos casos recorrentes para equilibrar a flora digestiva e estimular os mecanismos de defesa das mucosas. Dissolver o probiótico em água e, com a boca limpa, bochechar ligeiramente a mis-tura antes de engolir. Tomar durante 4 semanas (consultar a secção de Suplementos, Capítulo I).

FitoterapiaHerbalismoAs infusões ou tinturas de folhas de framboesa, tomilho, camomila,

malva, calêndula ou equinácea podem ajudar. Usar estas preparações para fazer bochechos, 2 a 3 minutos, 2 vezes ao dia. Após bochechar, não deglutir a preparação.

AromaterapiaÓleo essencial: árvore do chá. Adicionar 4 gotas do óleo essencial a

50 ml de água destilada ou purificada. Guardar esta solução num frasco de vidro escuro. Antes de usar, agitar vigorosamente o frasco, retirar uma colher de chá da solução e misturar num copo de água morna, agi-tar bem e fazer bochechos durante 2 a 3 minutos, 2 vezes ao dia. Após bochechar, deitar fora a preparação.

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Florais de BachCrab Apple ajuda na limpeza do organismo. Dissolver 4 gotas de Crab

Apple e 4 gotas de Rescue num copo de água e bochechar durante 2 a 3 minutos, 2 vezes ao dia.

HidroterapiaDissolver uma colher de chá de sal marinho não refinado num copo

de água morna e fazer bochechos durante 2 a 3 minutos, 2 vezes ao dia. Este procedimento também pode ser feito após a lavagem dos dentes.

Misturar uma colher de chá de argila num copo de água, mexer, dei-xar repousar 5 minutos e fazer bochechos durante 2 a 3 minutos, 2 vezes ao dia. Usar uma colher de plástico ou madeira para fazer a preparação de argila.

Homeopatia e Sais de SchüsslerHomeopatia— Arsenicum album 7CH, para aftas dolorosas, que queimam; melhor

por bebidas quentes; pessoas ansiosas e tensas, com a mania da ordem.

— Borax 7CH, se o bebé apresenta aftas com vesículas inflamadas, dolorosas, quentes, que sangram facilmente, diarreia amarela; grita ao inclinar-se para a frente.

— Calcarea carbonica 9CH, remédio constitucional; para crianças com aftas de repetição, que suam durante a noite, especialmente da nuca; lentos em aprender a andar e/ou na dentição.

— Mercurius solubilis 9CH, para saliva abundante, sede intensa, gosto metálico na boca, gengivas que sangram, língua inchada, mau hálito.

— Natrum muriaticum 9CH, para crises de aftas de repetição, aftas nas gengivas e língua, boca seca que pode acompanhar-se de lábios secos e cantos da boca cortados, muita sede e desejo de comidas salgadas.

— Nitricum acidum 7CH, para inflamação e irritação das mucosas, dores agudas que aparecem e desaparecem bruscamente, sensa-ção de ter uma farpa enterrada na carne, aftas que sangram facil-mente, mau hálito, saliva abundante, irritabilidade.

— Sulphur, para aftas dolorosas, vermelhas, inflamadas, com sensação de queimadura; pior por bebidas quentes; gosto amargo na boca.

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Tomar 3 grânulos, 2 vezes ao dia, durante 1 semana e avaliar resul-tados. Em casos recorrentes, consultar um terapeuta especializado para tratamento de fundo.

Sais de Schüssler— Ferrum phosphoricum, para estágios iniciais da inflamação.— Kalium muriaticum, para aftas brancas.— Kalium phosphoricum, para aftas cinzas.— Natrum phosphoricum, para aftas de cor amarelada.— Silicea, para aftas no canto da boca ou língua.— Calcarea sulphurica, para aftas que tardam em desaparecer.

Recomendações— Em caso de aftas grandes (maiores de 1 cm), febre, se os sinais e

sintomas se agravarem ou se após 1 semana de tratamento natu-ral não se verificarem melhorias, recorra a atenção médica.

— Visite um dentista se as aftas são provocadas pelo roçar dos dentes.— Tenha em conta que as crianças só são capazes de fazer boche-

chos a partir de certa idade. Para verificar se o seu filho já conse-gue bochechar, faça-o experimentar com um pouco de água pura sob a sua supervisão, de modo a assegurar que a criança não se engasga.

— Não consumir pastilhas elásticas.— Não morder as partes moles da boca.— Escovar os dentes de modo a garantir uma boa higiene oral.— Evitar situações de stress. As técnicas de relaxamento (por exem-

plo, meditação anapana, respirações profundas, ioga, pintar man-dalas, visualização) ajudam a controlar a ansiedade. Para atingir bons resultados, estas técnicas devem ser praticadas diariamente, durante 10 a 20 minutos, numa atmosfera tranquila.

— Experimente mudar para outra pasta dentífrica, de preferência de cosmética natural, que não contenha lauril sulfato de sódio (SLS).

alErGIas

As alergias desenvolvem-se devido a uma resposta exagerada do sistema imunitário a uma determinada substância (alergénio). Qualquer substân-cia pode constituir um potencial alergénio, sendo os mais frequentes os

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alimentos, pólen, poeira, humidade ou diferenças de temperatura, produ-tos agroquímicos (resíduos de pesticidas nos alimentos), aditivos presen-tes na comida industrial, fatores ambientais (poluição atmosférica, fumo de tabaco), metais, detergentes, perfumes, cosméticos, pelos ou saliva de animais, medicamentos ou certos componentes das vacinas. O alergénio pode entrar no organismo através da pele, das mucosas nasais, dos pul-mões ou do sistema digestivo. De seguida, a resposta excessiva do sistema de defesa ao alergénio desencadeia uma reação alérgica com uma produ-ção elevada de substâncias químicas, em especial a histamina, que podem afetar a pele, o sistema respiratório, o sistema digestivo ou o sistema cardiovascular. Os sinais e sintomas habituais de alergia podem incluir congestão nasal e espirros, urticária, eczema, inchaço (por exemplo, nos olhos, língua, garganta, cara), diarreia, cólicas, insónias, hiperatividade, fadiga, dores de cabeça, asma, podendo mesmo chegar a anafilaxia (rea-ção alérgica grave que pode incluir inchaço da garganta com dificuldade respiratória, pulso débil e rápido, tonturas, diminuição da pressão arte-rial e, em certos casos, perda de consciência e choque). As crianças cujos pais sofrem de alergias a determinadas substâncias têm maior probabi-lidade de desenvolver quadros alérgicos. Consultar as rubricas apropria-das para mais detalhes (por exemplo, Eczema, Urticária, Rinite alérgica).

Dieta e Suplementos As crianças amamentadas têm menos probabilidade de sofrer de

quadros alérgicos. Se o seu filho estiver em risco de desenvolver alergias (por exemplo, por antecedentes familiares) e se não tiver possibilidades de o amamentar, poderá optar por uma fórmula infantil hidrolisada. Esclareça as suas dúvidas acerca das diferentes fórmulas com o seu pediatra. Pensa-se também que em crianças em risco de sofrer de aler-gias a redução de alimentos potencialmente alergénicos na dieta da mãe durante o período de aleitamento poderá diminuir a probabilidade de a criança desenvolver episódios alérgicos. Consulte o seu profissional de saúde para esclarecer as suas questões. A introdução demasiado precoce de alimentos potencialmente alergénicos (leite de vaca e outros produtos lácteos, trigo, ovos, frutos cítricos, amendoim, peixe, soja) na dieta de um bebé aumenta as probabilidades de este sofrer de diferentes tipos de alergias. Sempre que possível, siga o calendário alimentar recomendado.

Incluir fruta, gengibre, cereais integrais e vegetais diversos na dieta. A papaia, o mamão e o ananás contêm enzimas proteolíticas que ajudam

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na digestão e a diminuir as inflamações. Sempre que possível, aumentar o consumo de produtos crus. Em caso de excessiva produção de muco, evitar alimentos que o estimulem, como lacticínios, em especial os gor-dos, fritos, alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e derivados, comida processada ou alimentos elaborados com farinhas refinadas (por exemplo, pão branco, massas brancas). Beber líquidos fre-quentemente, incluindo água, infusões e sumos naturais de fruta e vege-tais (por exemplo, cenoura, beterraba, aipo, salsa, pepino sem pele), de modo a limpar o organismo. Fazer uma dieta rica em vitaminas A, B, C e E, e minerais como cálcio, magnésio e zinco. Se necessário, tomar um bom suplemento vitamínico e de minerais. Tomar probióticos durante 4 a 8 semanas (consultar a secção de Suplementos, Capítulo I). Reforçar o sistema imunitário com vitamina C, minerais (por exemplo, zinco, selé-nio) ou um complexo natural da linha infantil ou júnior. Em casos agudos, administrar a dose recomendada a cada 3 horas durante os 2 primeiros dias, e 3 vezes ao dia durante os 14 dias seguintes. Como medida de pre-venção e reforço, tomar a dose recomendada de suplemento infantil para o sistema imunitário, 2 vezes ao dia, durante 3 a 4 semanas nas mudan-ças de estação (primavera e outono).

Existem inúmeros alimentos que podem causar alergias e/ou into-lerâncias alimentares. A Dieta de Eliminação é um dos métodos que o pode auxiliar na deteção de uma sensibilidade alimentar.

Dieta de Eliminação: a dieta de eliminação envolve um trabalho de detetive. Para começar, deve elaborar um diário onde se anotam todos os alimentos e bebidas consumidas pelo seu filho no espaço de uma semana. Ao mesmo tempo, anotar quando, e por quanto tempo, duram os sinais e sintomas observados (alterações físicas e/ou de comportamento), ten-tando associá-los a certos alimentos ou bebidas. Se as crianças são mais crescidas, pode pedir a sua colaboração para elaborar o diário descre-vendo o que sentem ao ingerir determinado alimento suspeito. Depois de uma semana, analisar atentamente o diário procurando associações entre a ingestão e as queixas detetadas e verificando quais são os alimen-tos mais consumidos. Há que ter em conta que determinadas reações podem levar algum tempo a manifestar-se. Isto torna o trabalho de dete-tive mais difícil. De seguida, eliminar da alimentação alguns dos alimen-tos suspeitos durante 2 semanas. De notar que durante os primeiros dias desta eliminação o organismo pode passar por uma reação de limpeza levando ao aumento de certos sinais e sintomas, como catarro nasal,

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cansaço ou diarreias, entre outros. Esta descarga faz normalmente parte da ação de desintoxicação do organismo. Durante as 2 semanas em que os alimentos suspeitos foram eliminados da dieta alimentar, verificar se houve melhorias. Em caso positivo, então o alimento que desencadeia a sensibilidade alimentar encontra-se provavelmente na lista de alimentos eliminados. Após as 2 semanas de pausa, reintroduza um dos alimentos e verifique se a criança continua bem. Em caso positivo, este alimento não constitui problema. As queixas voltaram? Então este é muito pro-vavelmente um alimento que desencadeia uma sensibilidade alimentar e deve ser eliminado da dieta durante uns meses. Ao fim de uns meses pode tentar reintroduzir esse alimento, sempre de forma gradual e em poucas quantidades, anotando a reação. Se as queixas retornam, excluir de novo o alimento da dieta.

Um modo mais simplificado de aplicar a Dieta de Eliminação con-siste em retirar da dieta alimentar os produtos com maior reputação de causarem sensibilidade alimentares, um a um, e verificar o que acontece durante as 2 semanas seguintes. Os alimentos nesta lista incluem os cere-ais com glúten como o trigo (pão de trigo, massas de trigo, pizzas, bolos, barras de cereais com trigo, cereais de pequeno almoço), o centeio, cevada, espelta (consultar Doença Celíaca para mais informações), marisco e seus derivados, ovos e seus derivados, leite e seus derivados, certos frutos secos oleaginosos (por exemplo, amendoim, nozes, avelãs), certos peixes e seus derivados, certos frutos cítricos (por exemplo, laranjas) e comida proces-sada repleta de aditivos. A sensibilidade a amendoins e marisco tende a durar algum tempo, como tal, só deve tentar reintroduzi-los na dieta após os 7 anos de idade. Se preferir, em vez de reintroduzir o alimento, faça um teste de alergia prévio para evitar situações de stress. Os lacticínios podem ser substituídos por leites e iogurtes vegetais (por exemplo, de soja, amên-doa, aveia, quinoa), ou, como opção, pode tentar os produtos de cabra ou de ovelha. Por vezes, o leite de vaca e iogurte biológicos que se encontram num estado mais puro têm menos probabilidades de desencadearem sen-sibilidades alimentares. De ter em especial atenção, que o(s) alimento(s) eliminado(s) da dieta deve(m) ser substituído(s) por outros alimentos com propriedades semelhantes de modo a nunca originar carências alimentares. Consulte um terapeuta que o possa aconselhar acerca de uma dieta saudá-vel e nutritiva, não entrando em faltas nutricionais devido aos alimentos eliminados. Quanto mais diversificada for a dieta alimentar, menos pos-sibilidade haverá de desenvolver carências nutricionais ou sensibilidades.

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Tenha em conta que o excesso de um determinado alimento pode levar ao desenvolvimento de uma sensibilidade alimentar. Por exemplo, tem vindo a verificar-se um aumento da sensibilidade alimentar em relação ao trigo que entra na composição do pão, massas, pizzas, cuscuz, cereais de pequeno-almoço, bolos e bolachas, entre outros. Se o seu filho consumiu muitos destes produtos num só dia, ou em dias repetidos, poderá ter um excesso de trigo na alimentação; diversifique. Opte por outros cereais ao longo do dia, como o arroz integral, quinoa, millet, aveia, centeio integral, cevada integral, trigo-sarraceno, tapioca, milho ou amaranto, de modo a não sobrecarregar o organismo com trigo.

FitoterapiaHerbalismoNo início, administrar apenas uma pequena dose de preparação de

plantas e avaliar os resultados. Se a criança reagir bem às plantas usadas, aumentar a dose gradualmente até atingir a dose recomendada. Evitar a equinácea se a criança tem alergia a plantas da família Compositae ou Asteraceae (por exemplo, margarida, crisântemos, calêndula, camomila, dente de leão, arnica).

Para problemas de olhos, como conjuntivite, fazer uma infusão de eufrásia, coar muito bem, e lavar os olhos 2 vezes ao dia, com um algodão embebido na infusão. A infusão de eufrásia também pode ser tomada oralmente, 2 vezes ao dia. Para mais detalhes, consultar a rubrica Conjuntivite.

O gengibre pode ajudar no caso de alergias. A partir dos 12 meses, fazer a infusão com 1 colher de café rasa de gengibre fresco ralado, a partir dos 2 anos de idade fazer a infusão com 1 colher de chá rasa da mesma substância. Juntar uma chávena de água a ferver ao gengibre ralado, repousar 5 minutos, coar e adicionar mel. Tomar a dose reco-mendada 2 vezes ao dia (consultar a secção de Fitoterapia, Capítulo I). As infusões ou tinturas de urtiga, malva ou tanchagem podem ser úteis em caso de quadros alérgicos. Tomar a dose recomendada 2 vezes ao dia. Consultar as rubricas apropriadas para mais detalhes (por exemplo, Eczema, Urticária, Rinite Alérgica).

AromaterapiaÓleos essenciais: Eucalyptus smithii, árvore do chá, alfazema, berga-

mota. Usar em banhos, massagens ou inalações. As inalações ajudam

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a aliviar a congestão, mas apenas devem ser usadas por crianças mais crescidas e sempre sob supervisão (consultar a secção de Hidroterapia — Banho de Vapor Facial, Capítulo I). Antes de usar óleos essenciais pela primeira vez, é sempre necessário fazer um teste de sensibilidade, em especial no caso de haver alergias a plantas (consultar a secção de Fitoterapia — Aromaterapia, do Capítulo I).

Florais de BachBeech, para alergias ou intolerâncias.Crab Apple, para a limpeza do organismo. Rescue, para tomar durante uma crise de alergia. Consultar a tabela de Florais de Bach do Capítulo I para procurar o

floral que mais se adapta à criança ou procurar a ajuda de um terapeuta especializado para guiá-lo no processo de seleção.

Hidroterapia No caso de alergias respiratórias, aplicar uma compressa quente no

peito de modo a aliviar os sintomas a nível dos pulmões e ajudar a eli-minar o excesso de muco. Aplicar a compressa durante 15 minutos, 1 a 2 vezes ao dia. Como opção, pode usar um saco de água quente enrolado numa toalha. A limpeza do nariz com soro fisiológico, ou uma solução salina, facilita a respiração e alivia a congestão nasal (consultar a secção de Medidas de Higiene, Capítulo I).

Homeopatia e Sais de SchüsslerHomeopatia— Allium cepa 15CH, para corrimento nasal irritante, olhos verme-

lhos com secreção não irritante, espirros; melhor ao ar livre, pior pela noite e pelo calor.

— Antimonium crudum 9CH, para alergias com problemas digesti-vos, língua branca, muita sede, irritabilidade.

— Apis 7CH, para alergias com edema (inchaço) de várias partes do corpo; previne o edema da glote; possíveis manifestações a nível da pele; possível dificuldade respiratória, boca seca, sem sede, gar-ganta vermelha, tosse com sensação de comichão na laringe; pior pelo calor, melhor por aplicações frias.

— Arsenicum album 15CH, para alergia respiratória com secreções irri-tantes, ardor, secreção nasal que inflama a pele debaixo do nariz,

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problemas nos olhos, sensibilidades alimentares, ansiedade; pior depois da meia-noite e pelo frio, melhor pelo calor e pela manhã.

— Euphrasia 7CH, para sintomas a nível dos olhos como conjunti-vite, comichão e irritação, com ardor e vermelhidão, sensibilidade à luz; pior pelo calor.

— Natrum muriaticum 9CH, para olhos lacrimejantes ardentes, espir-ros violentos, secreção nasal abundante e aquosa que mais tarde entope o nariz e dificulta a respiração; melhor ao ar livre, pior pelo calor e perto do mar; desejo de comer sal ou comidas salgadas.

— Nux vomica 9CH, para espirros frequentes, tendência a cometer excessos alimentares, problemas digestivos como cólicas, refluxo, diarreias, irritabilidade.

— Phosphorus 15CH, para hipersensibilidade a cheiros fortes (flores, químicos, fumos, perfumes), alergias piores por tempo húmido, melhores pelo calor.

— Pulsatilla 9CH, para rinites, comichão nos olhos; pior em ambien-tes quentes e pela noite; se a criança precisa de atenção, chora-minga, tem mudanças bruscas de humor.

— Sabadilla 7CH, para espirros e secreção nasal que não param.— Urtica urens 9CH, para comichão na pele, urticária, com ardor.Em caso de crise, tomar 2 grânulos a cada 30 minutos ou 1 hora, con-

forme a intensidade da afeção, até 10 doses. Se necessário, tomar 2 grâ-nulos, 2 vezes ao dia, durante os 2 a 3 dias seguintes. Em casos crónicos, tomar 2 ou 3 grânulos, 2 vezes ao dia, durante 2 semanas e avaliar resul-tados. No entanto, em caso de alergias crónicas aconselha-se a consulta de um terapeuta especializado para tratamento de fundo.

Sais de Schüssler— Ferrum phosphoricum, ação preventiva, reforça o sistema imunitá-

rio, primeiro estágio de inflamações.— Magnesia phosphorica, ação antialérgica.— Calcarea phosphorica, para revitalizar o organismo em caso de

alergias.— Kalium sulphuricum, anti-inflamatório do aparelho respiratório.

MassagemMassajar o peito da criança com óleos essenciais e/ou florais de Bach

diluídos no óleo de massagem.

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ReflexologiaTrabalhar os dedos dos pés, pulmões e suprarrenais. Em caso de inges-

tão de um alimento alergénico, trabalhar o fígado e cólon para uma eli-minação rápida das toxinas. Usar óleos essenciais e/ou florais de Bach no óleo de massagem.

Recomendações— Em caso de reação alérgica grave — choque anafilático (comichão,

inchaço, dificuldade respiratória, pulsação rápida, náuseas e vómi-tos, vertigens, perda de consciência, choque) — dirija-se às urgên-cias de um hospital ou chame o Serviço de Emergência. Certos estudos sugerem que a administração de vitamina C, enquanto espera por atenção especializada, pode ajudar a aliviar o quadro de anafilaxia. Neste caso, dissolver em água 5 g de vitamina C em pó e dar a beber. O excesso desta vitamina é facilmente excretado do organismo através de uma diarreia. Também um possível inchaço abdominal tende a desaparecer depressa. Os remédios homeopáti-cos como Apis (15 ou 30 CH, para inchaço rápido, possíveis sinais e sintomas a nível da pele, edema da glote), Aconitum (15CH, alivia sintomas como ansiedade extrema, medo de morrer, susto, que podem ocorrer durante e após o choque) e Arnica (15CH em caso de choque ou experiência traumática) podem ajudar em caso de anafilaxia, enquanto espera por ajuda.

— Se a criança já sofreu em alguma ocasião um choque anafilático, consulte o seu médico sobre a possibilidade de ter consigo um injetor de adrenalina. A criança deve usar uma pulseira de alerta médico que identifique o problema, de maneira a ser socorrida de modo adequado em caso de reação alérgica grave.

— Explique ao seu filho o que pode ou não comer, esclarecendo-lhe o que pode acontecer caso consuma os alimentos alergénicos.

— Na escola, explique a que alimentos o seu filho é alérgico. — Dê preferência a alimentos naturais, no seu estado mais puro e,

sempre que possível, biológicos de modo a evitar uma sobrecarga de toxinas. Leia atentamente a rotulagem alimentar para evitar os alergénios. Informe-se sobre as diferentes denominações nas quais os alergénios podem ser apresentados nos rótulos.

— Na cozinha, tenha cuidado na preparação dos alimentos de modo a evitar a contaminação cruzada.

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— Se necessário, fazer testes de alergia clínicos, de modo a determi-nar as substâncias alergénicas.

— Esteja atento aos sinais e sintomas do seu filho. Quanto mais cedo detetar uma reação alérgica mais possibilidades terá de tomar medidas, evitando o despoletar de outras hipersensibilidades.

— Não exponha o seu filho ao fumo de tabaco.— As técnicas de relaxamento (por exemplo, meditação anapana, res-

pirações profundas, ioga, pintar mandalas e visualização) podem auxiliar na autogestão de situações de stress associadas a esta con-dição. Para atingir bons resultados, estas técnicas devem ser pra-ticadas a nível diário, durante 10 a 20 minutos, numa atmosfera relaxante.

— Seguir um estilo de vida saudável com exercício físico regular e sono restaurador.

amIGDalItE

As amígdalas constituem uma barreira de defesa contra as infe-

ções. A amigdalite, ou inflamação das amígdalas e tecidos circundan-tes, associa-se normalmente a dor de garganta, febre, mal-estar, dor de cabeça, dificuldade em deglutir e, por vezes, mau hálito, inchaço dos gânglios linfáticos do pescoço e dor de ouvido. Esta queixa é comum durante a infância. Pode estar associada a constipações, bronquites e outros tipos de afeções. O inchaço e vermelhidão das amígdalas, que podem apresentar pontos brancos ou amarelos, são facilmente visíveis. Os bebés choram quando comem devido à dor ao deglutir. A amigdalite é causada geralmente por bactérias, mas a dor de garganta corrente é normalmente causada por uma infeção por vírus. Consultar a rubrica Febre caso esta se manifeste.

Dieta e Suplementos Beber fluidos abundantemente, incluindo água, infusões e sumos

naturais de frutas e vegetais (por exemplo, cenoura, ananás, aipo, maçã e laranja). Fazer uma dieta rica em vitaminas A, C, D, zinco e selénio. Se necessário tomar um suplemento. Usar alho na comida ou, se a criança não gostar do sabor a alho, a partir dos 6 anos, tomar alho em cápsulas. Em caso de excesso de muco, evitar alimentos que estimulem a produção de muco, como açúcares refinados e derivados, lacticínios, fritos e alimentos

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ricos em gorduras saturadas, comida processada ou alimentos elabora-dos com farinhas refinadas (por exemplo, pão branco, massas brancas). Reforçar o sistema imunitário com um suplemento da linha infantil ou júnior. Administrar a dose recomendada a cada 3 horas durante os 2 pri-meiros dias, e 3 vezes ao dia durante os 14 dias seguintes. Adicionalmente, fazer bochechos e gargarejos com 15 gotas de tintura de própolis diluídas em meio copo de água, durante 30 segundos a 1 minuto, 2 vezes ao dia.

FitoterapiaHerbalismoFazer bochechos e gargarejos com infusões — ou 15 gotas de tintura

diluídas em meio copo de água — de tomilho, salva, calêndula ou equi-nácea, durante 30 segundos a 1 minuto, 2 vezes ao dia. Opcionalmente, para os bochechos e gargarejos, usar 1 ou 2 gotas de extrato de semente de toranja em 100 ml de água pura. Tomar a dose recomendada de infusão de alteia ou malva, adoçada com mel, 2 vezes ao dia (consultar a secção de Fitoterapia, Capítulo I). A infusão de gengibre fresco também pode aliviar esta condição. A partir dos 12 meses, fazer a infusão com 1 colher de café rasa de gengibre fresco ralado, a partir dos 2 anos de idade fazer a infusão com 1 colher de chá rasa da mesma substância. Juntar uma chávena de água a ferver ao gengibre ralado, repousar 5 minutos, coar, adicionar mel. Tomar a dose recomendada 1 ou 2 vezes ao dia (consul-tar a secção de Fitoterapia do Capítulo I para saber a dose a administrar.)

AromaterapiaÓleos essenciais: alfazema ou árvore do chá. Adicionar 4 gotas (no total)

de um óleo essencial ou uma mistura deles a 50 ml de água destilada ou purificada. Guardar esta solução num frasco de vidro escuro. Antes de usar, agitar vigorosamente o frasco, retirar 1 colher de chá da solução e misturar num copo de água morna, agitar bem, e fazer bochechos e gar-garejos, durante 30 segundos a 1 minuto, 2 ou 3 vezes ao dia. Não deglutir a solução. A aplicação externa de uma mistura de óleos essenciais diluídos em óleo vegetal nas zonas afetadas do pescoço pode ajudar esta condição. Fazer a aplicação à noite, por meio de uma massagem suave.

Florais de BachCrab Apple, para a limpeza do organismo. Dissolver 4 gotas de Crab

Apple juntamente com 4 gotas de Rescue num copo de água. Com a boca

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limpa, fazer bochechos e gargarejos durante 30 segundos a 1 minuto, 2 ou 3 vezes ao dia.

Para uso externo, aplicar Rescue em creme nas partes doloridas e afe-tadas, 2 vezes ao dia.

Hidroterapia Dissolver 1 colher de chá de sal marinho não refinado num copo de

água morna e usar esta solução para fazer bochechos e gargarejos, 2 ou 3 vezes ao dia, durante 30 segundos a 1 minuto.

Envolver uma compressa fria à volta do pescoço e, em cima, enro-lar um cachecol de lã seco, dando duas voltas. Deixar a compressa atuar durante 15 minutos, 2 vezes ao dia. Pode adicionar um pouco de vina-gre à água fria de modo a tornar o tratamento mais efetivo. A aplicação de uma cataplasma de argila à volta do pescoço é um tratamento muito efetivo para esta afeção. Aplicar 1 vez ao dia durante 30 minutos. Tome a devida atenção para não apertar a compressa ou a cataplasma à volta do pescoço. A cura das meias ou o banho de pés de temperatura crescente podem aliviar esta condição (consultar a secção Hidroterapia, Capítulo I). Em caso de febre, recorrer à cura das meias.

Homeopatia e Sais de SchüsslerHomeopatia— Aconitum 5CH, administrar no estágio inicial; sinais e sintomas

de início rápido, amígdalas inchadas, garganta seca e quente, sen-sação de um corpo estranho na garganta, dor ao deglutir, muita sede; pior por frio seco.

— Apis 9CH, para garganta e amígdalas inchadas, vermelhas e secas, uvula inchada e pendente, dor em picadas, possível inchaço da glote, dor ao deglutir; melhor por bebidas frias, ainda que frequen-temente com ausência de sede.

— Belladonna 7CH, administrar no estágio inicial; para sinais e sinto-mas de início rápido, garganta inflamada, dolorida, pescoço rígido; pode associar-se a febre com delírio e pupilas dilatadas, rosto e garganta vermelhos, brilhantes.

— Ferrum phosphoricum 5CH, para inflamações no primeiro estágio com inchaço, vermelhidão, calor e dor.

— Gelsemium 9CH, para dores no pescoço e ouvidos, dor ao deglutir, dores musculares como no caso de gripes, fadiga.

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A s Q u e i x a s M a i s C o m u n s : A m i g d a l i t e

— Hepar sulphur 30CH, para amígdalas e gânglios do pescoço incha-dos, dores que se estendem aos ouvidos ao deglutir, amígdalas com pus, sensação de espinha na garganta, mau hálito; melhor por bebidas quentes; se a criança tem frio.

— Kalium bichromicum, para amígdalas vermelhas ou brancas, incha-das, com úlceras, muco espesso na garganta, voz rouca, mau hálito.

— Mercurius solubilis 9CH, para amígdalas inflamadas, com pus, possíveis úlceras, pequenos pontos brancos, muita dor que irra-dia aos ouvidos, garganta seca e inchada; pior no lado direito, pior ao beber; salivação excessiva, mau hálito; língua coberta por uma camada branca.

— Phytolacca 9CH, para amígdalas inchadas com possíveis úlceras, dor de garganta que irradia aos ouvidos, garganta áspera, infla-mada e vermelha, com estreitamento, necessidade constante de engolir, muitas vezes associada a rouquidão; pior do lado direito, pior por bebidas quentes, melhor por bebidas frias.

— Pyrogenium 7 CH, usado para infeções em geral, com cansaço e abatimento. Evita que a infeção se alastre.

Administrar 2 grânulos a cada 1 ou 2 horas, até 10 doses. Nos 3 dias seguintes, tomar 2 grânulos, 2 ou 3 vezes ao dia.

Em caso de amigdalite crónica consulte um terapeuta especializado para um tratamento de fundo.

Sais de Schüssler— Ferrum phosphoricum, para o primeiro estágio da inflamação, com

vermelhidão e dor.— Kalium muriaticum, para o segundo estágio da inflamação, amíg-

dalas com pontos brancos ou cinza.— Silicea, para amigdalite recorrente, supurativa.— Calcarea sulphurica, na fase final, com descarga purulenta; para

amigdalite de difícil resolução.— Calcarea fluorica, para amígdalas grandes, duras.

Recomendações— Em caso de amígdalas muito inchadas, febre elevada, impossibi-

lidade de deglutir, gânglios dolorosos, pus na garganta, manchas na pele ou se não se verificam melhorias ao fim de 2 dias de tra-tamento natural, procure atenção médica.

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G u i a d e R e m é d i o s N a t u r a i s p a r a C r i a n ç a s

Abcessos 77Acne 80Afonia ver Laringite Aftas bucais 85Alergias 88Amigdalite 96Anemia 100Anorexia Nervosa 104Ansiedade 108Arranhões ver CortesAscaridíase ver Parasitoses Intestinais Asma 113Assaduras do Bebé

ver Dermatite das Fraldas

Birras 120Bronquiolite e Bronquite 126Bruxismo 131Bulimia ver Anorexia Nervosa

Candidíase 135Cáries dentárias 141Cansaço ver FadigaChoro 145Cistite ver Infeção UrináriaCólicas do Lactente 149Conjuntivite 153

ÍNDICE DE QuEIxas

Constipação Comum 156Cortes 161Crosta Láctea 164

Dentição 168Depressão 171Dermatite das Fraldas 75Diabetes Mellitus I 179Diarreia 183Dificuldade em Comer

ver Falta de ApetiteDistensões ver EntorseDoença Celíaca 189Dor de Barriga 191Dor de Cabeça 194Dor de Ouvido ver Otite

Eczema Atópico 201Enjoo de Movimento 208Entorse 211Enurese Noturna 214

Fadiga 218Falta de Apetite 222Falta de Atenção ou de Concentração

ver HiperatividadeFalta de Energia ver Fadiga

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í n d i c e d e Q u e i x a s

Falta de voz ver LaringiteFaringite ver AmigdaliteFebre 228Feridas ver CortesFurúnculos ver Abcessos

Garganta Inflamada ver AmigdaliteGastroenterite ver Intoxicação

AlimentarGripe 236

Halitose 242Hemorragias Nasais 246Herpes Labial 248Hiperatividade 252

Impetigo 261Incontinência Urinária

ver Enurese NoturnaIndigestão 264Infeção do Ouvido ver OtiteInfeção Urinária 270Insolação ver Queimadura Solar Insónias 274Intolerância ao Glúten

ver Doença CelíacaIntoxicação Alimentar 279

Laringite 284Lombrigas ver Parasitoses

Intestinais

Mau Hálito ver HalitoseMedos 290Mudanças de Humor ver Birras

Náuseas 296

Nódoas Negras 300Obesidade 304Obstipação ver Prisão de VentreOtite 311Oxiuríase ver Parasitoses Intestinais

Papeira 317Parasitoses Intestinais 321Parotidite ver PapeiraPé de atleta 326Pesadelos 329Picadas de Insetos 333Piolhos 336Pneumonia 338Prisão de Ventre 341Psoríase Vulgar 347

Queimaduras 353Queimadura Solar 358

Ranger dos Dentes ver BruxismoRinite Alérgica 363Rubéola 368

Sarampo 372Sinusite 376Sonambulismo 380

Terçolho 384Tosse 386Tosse Convulsa 391

Urticária 398

Varicela 404Verrugas 409Vómitos ver Náuseas

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Sofia Loureiro

SOFIA LOUREIROé licenciada em biotecnologia, doutorada em

química do ambiente e especialista em terapias

naturais. Foi nestas terapias que encontrou uma

ponte entre o microcosmo humano da biologia

e o macrocosmo ambiental da ecologia.

Os vários anos dedicados à investigação científica

e a publicação de artigos, juntamente com

os conhecimentos adquiridos ao longo da sua

formação em diversas disciplinas de terapias

naturais (naturopatia, homeopatia, aurículo-

-acupunctura, etc.), concorreram para o rigor

essencial à redação desta obra abrangente

e detalhada.

A sua dedicação ativa às terapias naturais

manifesta-se através de artigos de divulgação

e da participação em palestras. O seu trabalho

expõe ainda uma devoção às questões ambientais

e sociais.

A saúde dos filhos constitui uma

das grandes preocupações da vida dos

pais, já que, apesar da sua grande

vitalidade, as crianças são sensíveis e, por

vezes, sofrem quebras no seu bem-estar.

Nessas alturas, os pais questionam-se

sobre o que podem fazer para os ajudar.

Por isso, nas últimas décadas tem-se

observado um aumento da procura de

tratamentos simples e naturais para

prevenir e tratar as queixas mais comuns

das crianças. Os remédios naturais são

uma excelente opção, pois contribuem

para reduzir a intensidade e frequência

das queixas, para aliviar o desconforto e

para prevenir as complicações. Afinal, que

mais podem os pais ambicionar do que

proporcionar aos seus filhos saúde e

vitalidade, respeitando as leis da

Natureza?

Este é um guia detalhado

de remédios naturais para crianças, pleno

de conselhos práticos, para consultar

sempre que necessário. Assim, a resposta

que procura pode estar tão perto como

nas suas mãos.

STE é um completo guia prático de remédios naturais

para crianças, para consultar sempre que necessário.

Os remédios naturais beneficiam as crianças porque

são simples e eficazes, contribuindo para reduzir a intensidade

e frequência das queixas, aliviar o desconforto e prevenir com-

plicações futuras.

QUI vai encontrar conselhos práticos sobre mais de

uma centena de queixas de saúde das crianças. Para

cada problema obterá recomendações ao nível da

alimentação, plantas medicinais e aromaterapia, hidroterapia,

geoterapia, homeopatia e sais de Schüssler, florais de Bach,

massagem, reflexologia e, ainda, recomendações de carácter

geral.

ARA além dos conselhos práticos, este guia inclui

uma introdução às terapias naturais, sugestões para a

organização de um «kit natural» e notas sobre hábitos

saudáveis, entre outros temas importantes para a saúde física,

mental e emocional da criança.

Um livro imprescindível, para ter sempre à mão.

Espreite ovídeo destelivro noecrã de umtelemóvel. www.nascente.pt

ISBN 978-989-668-169-2

9 789896 681692

Classificação: Saúde e Bem-Estar

REMÉDIOS NATURAISDE

GUIA

PARA

Conheça mais sobre a autora através do seu blogue,SoPro Verde - Um Sopro de Mudança para Uma Consciência (Mais) Verde, em:http://soproverde.wordpress.com

GUIA DE REMÉDIOS NATURAIS PARA CRIANÇAS

A l i m e n t a ç ã o S a u d á v e l * P l a n t a s M e d i c i n a i s * A r o m a t e r a p i a * H i d r o t e r a p i a * G e o t e r a p i aH o m e o p a t i a * S a i s d e S c h ü ss l e r * F l o r a i s d e B a c h * M a ss a g e m * R e fl e x o l o g i a

Prefácio da atriz Joana SeixasFundadora da Casa Verdes Anos

Sofia LoureiroDoutorada em Química do Ambiente * Terapeuta Natural

C

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