GuiaLivrev1-02

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Guia LivreReferncia de Migrao para Software Livre do Governo Federal

Verso 1.0

Presidente da Repblica Luiz Incio Lula da Silva Vice-Presidente da Repblica Jos de Alencar Gomes da Silva Ministro de Estado do Planejamento, Oramento e Gesto Paulo Bernardo Silva Ministro de Estado da Casa Civil Comit Executivo de Governo Eletrnico Ministra Dilma Roussef Secretrio de Logstica e Tecnologia da Informao Secretrio Executivo de Governo Eletrnico Rogrio Santanna dos Santos

Guia Livre. Referncia de Migrao para Software Livre do Governo Federal / Organizado por Grupo de Trabalho Migrao para Software Livre. Braslia, 2005. 297 p. : il. Inclui Bibliograa. 1. Software Livre. 2. Governo Eletrnico. 3. Tecnologias da Informao e Comunicao.

Pessoalmente considero o otimismo a forma mais perfeita e generosa da inteligncia. Acredito que o homem jamais permitir ser superado pelos meios que ele mesmo cria e, portanto, no se reduzir nunca a escravo de suas prprias obras". Domenico de Masi

Software Livre: um contrato aberto com o cidado.Realizao:

MENSAGEM DO PRESIDENTE LULA PARA O GUIA LIVRE - REFERNCIA DE MIGRAO PARA SOFTWARE LIVRE DO GOVERNO FEDERAL" Queridos companheiros e companheiras: Neste ano de 2006, a maior parte das polticas pblicas de nosso governo alcanaram a fase de maturidade. Dentre elas, merece destaque a que compreende Tecnologia da Informao e Comunicao. Nos ltimos trs anos, implementamos uma forte poltica de independncia tecnolgica, de fortalecimento da pesquisa em computao de alto desempenho, de incluso digital e de adoo do software livre. Elementos que compem uma poltica industrial e uma estratgia de desenvolvimento nacional para esse setor. Quero agradecer a todos os que defendem o software livre e lutam pelo aprofundamento e ampliao dos direitos de cidadania em todo o mundo. As potencialidades e os desaos das novas tecnologias da informao tm cada vez mais importncia para o efetivo exerccio desses direitos. Em nosso ponto de vista, o acesso a esses avanos tecnolgicos deve ser direito de todos e no privilgio de poucos. Por isso, o governo federal tem intensicado o dilogo democrtico com a sociedade e tratado o software livre e a incluso digital como poltica pblica prioritria. Entre os resultados desse dilogo esto programas importantes em curso no Pas. O Programa Governo Eletrnico de Atendimento ao Cidado, por exemplo, levou a internet via satlite a mais de 5 milhes de brasileiros, em 2500 municpios. So 22 mil computadores conectados em rede, com servios disponibilizados em software livre. Os Telecentros Comunitrios - em especial os do Ponto de Cultura e do Casa Brasil - possuem computadores com acesso gratuito internet, correio eletrnico, atendimento bancrio e outros servios virtuais disposio da populao que ainda no conseguiu ter um PC em casa. J o Computador para Todos visa justamente possibilitar a aquisio de um bom equipamento a preo reduzido, concedendo incentivos para os fabricantes e redes de varejo para montar e vender computadores com software livre instalado. No plano da administrao federal, nosso governo est efetuando uma ampla migrao de seu parque tecnolgico para software livre. A reduo dos custos de propriedade de software j se faz sentir em diversos rgos federais, como na Previdncia Social e no Serpro, assim como o aumento de investimentos em projetos de pesquisa e fomento realizados nos anos de 2004 e 2005 pelo Ministrio da Cincia e Tecnologia e pela FINEP, cujos softwares sero distribudos com a Licena Pblica Geral - GPL. O software livre tem trazido tambm progressos institucionais, como a criao do Comit Tcnico para Implementao do Software Livre, no mbito do Governo eletrnico brasileiro, com reexos que se estendem por toda estrutura governamental. Um exemplo a arquitetura E-PING, que normatiza os padres de interoperabilidade para o governo e tem como base padres abertos e livres. Tambm vale citar o pioneirismo do nosso Pas em tornar disponveis solues desenvolvidas por rgos governamentais, como por exemplo o Sistema de Inventrio CACIC, desenvolvido pela Dataprev - registrado em maio de 2005 no INPI como software livre. Para disseminar o conhecimento adquirido nessas e em outras pesquisas, em maro de 2004 inclumos o setor de software entre as quatro grandes prioridades de nossa Poltica Industrial, Tecnolgica e de Comrcio Exterior. Estamos, meus amigos, empenhados em colocar o Brasil no mais alto patamar da Sociedade da Informao. Atualmente, so organizados por ano no Brasil dezenas de eventos envolvendo a temtica do software livre e o Pas se consolida como referncia internacional no uso da tecnologia. Inclusive com a adeso do segmento privado, em especial o setor varejista, que j inicia o processo de adoo de software livre em larga escala. O Guia Livre - Referncia de Migrao para Software Livre do Governo Federal", oriundo de esforos da Comunidade Europia em prol do software aberto e aperfeioado por tcnicos brasileiros para consolidar diretrizes ecazes de migrao, um exemplo de como o Pas pode contribuir na formao de uma Sociedade da Informao que privilegie a todos, democratize o conhecimento e desenvolva as potencialidades de cada nao. Felicidades e boa sorte a todos! Luiz Incio Lula da Silva Presidente da Repblica Federativa do Brasil

Sim, possvel!Homenagem ao Grupo de Trabalho Migrao para Software Livre, onde essa frase foi constantemente empregada, durante a elaborao deste Trabalho.

Guia Livre Coordenao

Referncia de Migrao para Software Livre do Governo Federal

Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao - SLTI Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto Comit Tcnico para Implementao do Software Livre - CISL Comit Executivo do Governo Eletrnico Comit Tcnico de Sistemas Legados e Licenas de Software - CTSLL Comit Executivo do Governo Eletrnico

Colaborao1 Ministrio das Cidades Ministrio da Cincia e Tecnologia Ministrio das Comunicaes Ministrio da Defesa Ministrio do Desenvolvimento Agrrio Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome Ministrio da Integrao Nacional Ministrio do Meio Ambiente Ministrio de Minas e Energia Ministrio do Planejamento, Oramamento e Gesto Ministrio da Sade Advocacia-Geral da Unio AGU Agncia Nacional de Transportes Terrestres ANTT Banco Central do Brasil BACEN Caixa Econmica Federal CAIXA Controladoria-Geral da Unio CGU Departamento de Informtica do Sistema nico de Sade DATASUS Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos ECT (CORREIOS) Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria EMBRAPA Empresa de Tecnologia e Informaes da Previdncia Social DATAPREV Exrcito Brasileiro Fundao Nacional de Sade FUNASA Instituto Nacional de Tecnologia da Informao ITI Marinha do Brasil RADIOBRS Servio Federal de Processamento de Dados SERPRO Comunidade Brasileira de Software Livre.1

Instituies com representantes no Grupo de Trabalho de Migrao para Software Livre

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Responsveis Tcnicos Adir Bernardo Batista Alexandre Augusto Vasconcelos Cmte. Antnio Luiz Barbosa Carlos Francisco Cecconi Cesar de Andrade Cardoso Eduardo Viola nio Tolentino Silva Erico Vinicius M. de O. Rebelo Fbio Henrique Mendes de Brito Gustavo Noronha Silva Jos de Paula Eufrsio Junior Maj. Jos Mrcio de Souza Arajo Jos Roberto Barrozo Costa Kleber Carneiro Leonardo Lazarte Luciano Mancuso Luis Carlos da Silva Ramos Luiz Roberto Amaral Varreto Marcelo Thompson Marcius B. S. Muniz Melissa Braum Chaves Mozart Bueno Nazar Lopes Bretas Paulo Ricardo Carvalho de Oliveira Ricardo Berlim Fonseca Ricardo Bimbo Troccoli Ricardo Sigaud Roberto Ferreira Junior Srgio Amadeu da Silveira Vanildo P. de Figueiredo

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Colaborao Tcnico-Administrativa Claudete Bezerra da Silva Fernando Mazoni Glnio Paiva Lcia Andria de Barros Karine Jorge de Castro

Colaborao Tcnica Cludio Frana Baptista Cynthia de Paula Silva Daniel Carvalho Resende Euler Ricardo Ribeiro Henrique Goulart Gonzaga Neto Jean Carlo Rodrguez Jocnio Marquios Epaminondas Jorge Dornelles Jos Pissin Leandro de Oliveira Santoro Ridai Govinda Pombo Ronaldo Solon

Especialistas convidados Anahuac de Paula Gil Csar Brod Claudio Ferreira Filho Elias Otvio de Paula Mussi Joaquim Quintero Ucha Klaubert Herr da Silveira Lucius Trindade Curado e Silva Marcelo Tosatti Ralf Braga Rubens Queiroz Werner Leyn

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Consultores Tcnicos Diego Figueiredo Costa Vigas Leonardo Rodrigues de Mello Nazar Lopes Bretas

Consultor Responsvel Daniel Darlen Corra Ribeiro

Coordenao Executiva Corinto Meffe

Coordenao Geral Rogrio Santanna dos Santos

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Participao da Sociedade Para aperfeioar o contedo tcnico, inserir dados e ferramentas ou at corrigir inconsistncias tcnicas, o trabalho do Guia Livre contou com a participao de de mais de 400 pessoas presentes em seis Audincias Pblicas realizadas nas cidades de Salvador, Braslia, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro. Alm das audincias pblicas no ano de 2004, o trabalho contou com as colaboraes da sociedade encaminhdas por meio de ferramenta de conulta pblica disponibilizada no stio do Governo Eletrnico2 ou diretamente para o endereo eletrnico [email protected]. Contribuies registradas na ferramenta de consulta pblica Ali Faiez Taha Carlos Francisco Cecconi Celso Vieira e Silva Macdo Csar de Andrade Cardoso Eduardo B. Ribeiro Elemar Marius Berbigier Ian Bastos de Almeida Ivan da Silva Braslico Jos Glicrio Ruas Alves Roberto Molina Boclin Salatiel Robson Barbosa de Oliveira Slvio Marcio Santos Nery

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http://www.governoeletronico.gov.br

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Contribuies encaminhadas via correio eletrnico Alexei Znamensky Andr Felipe Machado Davi de Castro Reis Eder S. G. Filipe Eduardo Gerald Weber Helvcio Borges Filho Joaquim Quinteiro Ucha Maria de Lourdes da Silveira Wilton Speziali Caldas Leonardo Siqueira Rodrigues Paulo Roberto da Cunha Guasco Ricardo Barioni Roberto Boclin Srgio Augusto Carvalho Gomes

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Este Manual foi elaborado por um grupo de trabalho interinstitucional, constitudo em agosto de 2003, por deliberao conjunta de dois Comits Tcnicos do Governo Eletrnico: Implementao do Software Livre e Sistemas Legados e Licenas de Software, homologados por decreto em 29 de outubro de 2003 pelo Presidente da Repblica. O Grupo objetiva prioritariamente formular orientaes para a migrao para Software Livre de rgos integrantes da Administrao Pblica Federal, em consonncia com diretrizes dos comits tcnicos citados. Embora originalmente o escopo das atividades do grupo estivesse restrito a denies referentes ao ambiente de estaes de trabalho, percebeu-se que, para atender efetivamente s demandas dos rgos, seria necessrio tratar a migrao em todas as camadas dos ambientes computacionais. Dessa forma, os integrantes do grupo - que representam percentual expressivo dos rgos da Administrao Pblica Federal (APF) que iniciaram suas aes de migrao - concentraram-se na elaborao deste Documento, tendo como referncia bsica o Guia do IDA3 (Comunidade Europia) em sua verso 02 e a base em experincias reais de mudana em que os participantes desse Grupo de Trabalho estiveram ou esto envolvidos. Este o contexto geral de elaborao deste Guia, que visa ser uma referncia para processos de Migrao para o Software Livre no Governo Federal, bem como em qualquer outro nvel de governo ou esfera de poder que porventura necessitem utilizar tal material como referencial ou desejem planejar e executar seus processos de migrao com base de sustentao em casos concretos de estratgias j implementadas.

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Intercmbio de Dados entre Administradores.

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0.1

Histrico do DocumentoVerso Autor 0.0 Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao (SLTI) 0.1 8, 9 e 10 Reunio do Grupo de Trabalho Migrao para Software Livre (GT-MSL). 11, 12 e 13 Reunio GT-MSL. Reunio dos Comits para Implementao do Software Livre e de Licenas e Legados. 14 Reunio GT-MSL. Contribuio individual de cada instituio colaboradora. 15 Reunio GT-MSL. Contribuio individual de cada instituio colaboradora. Converso do Guia para A processamento LTEX 2 . 16 Reunio GT-MSL. Alterao Traduo para Portugus do Guia com base nas Diretrizes do IDA para Migraes para Fonte Aberta Comunidade Europia. (*) Alteraes e reorganizao das Partes 1 e 2.

Data 16/1/04

7/4/04

14/5/04 18/5/04

0.2 0.3

Alteraes e reorganizao das Partes 1, 2 e 3. Alteraes e reorganizao das Partes 1, 2 e 3.

21/5/04

0.4

Alteraes e reorganizao das Partes 1, 2, 3. Criao da Parte 4. Reorganizao e alterao para o Lanamento da Verso Beta no V Frum Internacional de Software Livre. Alteraes e reorganizaes das Partes 1, 2, 3 e 4. Reorganizao e alteraes para lanamento no X Congresso Nacional de Informtica Pblica (CONIP). Comentrios, correes e incluses enviadas pela Comunidade Brasileira de Software Livre.

1/6/04

0.5

15/6/04 17/6/04

0.6 0.7

21/6/04

0.8

23/6/04

0.9

17 Reunio GT-MSL. Fechamento das contribuies encaminhadas pela Comunidade Brasileira de Software Livre. SLTI

20/7/04 27/7/04

0.91 0.92

SLTI SLTI

19/8/04

0.93

SLTI. 18 Reunio GT-MSL.

3/9/04

0.94

SLTI.

Consolidao para Consulta Pblica no X CONIP, de acordo com publicao no D.O.U. de 18 de junho de 2004 Aviso de Consulta Pblica n. 02/2004. Reestruturao da Parte 1 e 2. Organizao das Partes 1, 2, 3 e 4. Encaminhamento ao PNUD Termo de Referncia no. 110727. Incluso das contribuies recebidas pela Consulta Pblica e pelas Audincias Pblicas realizadas em Salvador, Braslia e, Belo Horizonte. Incluso das contribuies recebidas pela Consulta Pblica, encerrada em 31/8/2004, e pelas Audincias Pblicas realizadas em Curitiba, Recife e Rio de Janeiro. Ajustes nas Partes 1, 2, 3, 4 e no Apndice.

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Data 7/9/04 28/9/04

Verso Autor 0.95 SLTI. 0.96 SLTI. 21, 22 Reunio GT-MSL.

29/10/04 0.97 3/11/04 0.98

SLTI. 23 e 24 Reunio GT-MSL. SLTI.

6/11/04

0.99

SLTI.

06/12/04 1.0

SLTI.

Alterao Lanamento web da verso Ipiranga. Verso distribuda no CD-ROM Kurumin.gov. Criao da Parte 5. Ajustes, reorganizaio e incluso de contedo nas Partes 1, 2, 3, 4 e no Apndice. Encaminhamento para traduo do documento para o Espanhol. Ajustes no Apndice e realizao de reviso ortogrca no documento. Ajustes no Apndice e renamentos no documento. Disponibilizao da verso em espanhol no I Latinoware. Lanamento da verso Ipiranga para Comunidade Brasileira de Software Livre no II Congresso Internacional de Software Livre (CONISLI). Lanamento da verso 1.0 na II Conferncia Latino-americana e do Caribe sobre Desenvolvimento e Uso do Software Livre (LACFREE).

(*) O Documento The IDA Open Source Migration Guidelinese"tem o Copyright da Comunidade Europeia e licenciado permitindo a sua reproduo, desde que a fonte seja reconhecida, conforme descrito na verso 1.0, de Outubro de 2003, no captulo 0.4 do documento original.

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Nota Tcnica da Comisso de Redao

O contedo deste Documento expressa a posio do Governo Eletrnico sobre o assunto, conjugando opinio de tcnicos e gerentes de Informtica, que integram o Grupo de Trabalho Migrao para Software Livre (GT-MSL), formalmente institudo no mbito dos Comits Tcnicos para Implementao de Software Livre e Sistemas Legados e Licenas de Software. O lanamento dessa verso 1.0 representa a consolidao dos trabalhos de elaborao e a devoluo sociedade do resultado nal do Guia Livre, que contou com apoio direto da Comunidade Brasileira de Software Livre e da sociedade em geral, apoio este que qualicou o resultado do trabalho e conta com o agradecimento do Governo Brasileiro. Embora todos os cuidados tenham sido tomados para minorar imprecises nas informaes publicadas, pedimos que, na eventual identicao desse tipo de ocorrncia, a comisso de redao seja informada pelo e-mail: . A comisso de redao buscou atender a todos os titulares de direitos autorais de partes de documentos originais utilizados, em especial os do Guia do IDA Verso 2, fonte primria para a elaborao do texto.

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0.2 DistribuioSecretaria de Logstica e Tecnologia da Informao. Instituto Nacional de Tecnologia da Informao. Servio Federal de Processamento de Dados SERPRO. Caixa Econmica Federal Distribuio da verso Ipiranga no CD Kurumin.gov. Verso 0.5, 0.9, 0.95, 0.99 e 1.0. Verso 0.5, 0.9 e 0.95 Verso 0.95 Verso 0.95

0.3 Lanamentos PblicosVerso 0.5 Verso 0.9 Verso 0.95 Verso 0.99 Verso 1.0 V Frum Internacional de Software Livre X CONIP (Verso Ipiranga) II CONISLI LACFREE 2005 - II Conferncia Latino-americana e do Caribe

0.4 Direitos AutoraisGoverno Brasileiro a reproduo em parte ou totalmente autorizada desde que a fonte seja reconhecida, de acordo com as orientaes da CC-GNU GPL4 .

Figura 1:

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General Public License cujo contedo est disponibilizado no Apndice D.

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Sumrio0.1 0.2 0.3 0.4 Histrico do Documento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Distribuio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lanamentos Pblicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Direitos Autorais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 23 23 23 35 35 36 36 36

1 Prefcio 1.1 1.2 1.3 1.4 Abreviaes e terminologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pblico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Autores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

PARTE I DIRETRIZES GERAIS2 O Governo Brasileiro e a temtica do Software Livre 2.1 Contextualizao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 2.2 Sociedade da Informao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Governo Eletrnico Brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diretrizes do Governo Eletrnico Brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . Padres de Interoperabilidade de Governo Eletrnico . . . . . . . . . . .

4141 41 41 42 43 43 45 45 46 46 49Pgina 25

Software Livre na Administrao Pblica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2.1 2.2.2 Denies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Razes para adoo de Software Livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2.3

Base de Elaborao do Guia Livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 Por que o Software Livre livre e quais as razes jurdicas para migrao?Verso 1.0

Guia Livre 4 Viso Geral 4.1 4.2 5

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51 51 52 55

Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Consideraes Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Metodologia

PARTE II DIRETRIZES DE GESTO6 Viso Geral da Migrao 6.1 6.2 7 8 A sensibilizao o melhor comeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gerenciando a Migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

6161 61 62 71 75 75 75 76 76 76

Questes Humanas Facilitando a vida 8.1 8.2 8.3 8.4 8.5 Introduza aplicativos livres em ambiente proprietrio . . . . . . . . . . . . . . . Faa primeiro as coisas fceis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Contrate um Prossional da Comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Elabore um Plano de Migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pense Alm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

PARTE III DIRETRIZES TCNICAS9 Arquitetura de Referncia 9.1 9.2 Arquiteturas genricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arquitetura Bsica de Referncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

8181 81 84 87 88 89 90 90 96

10 Grupos Funcionais 10.1 Sistema Operacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.2 Estao de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.2.1 Gerenciadores de Janelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.2.2 Escritrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.2.3 Gerenciamento de Projetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Verso 1.0

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10.2.4 Correios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.2.5 Calendrios e groupware . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

97 99

10.2.6 Navegador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 10.2.7 Banco de Dados Pessoais ou Locais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 10.3 Servidores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 10.3.1 Servio de Correio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 10.3.2 Servio de webmail . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 10.3.3 Servio de Antivrus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 10.3.4 Servios de Calendrio e Groupware . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 10.3.5 Servios de Web . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 10.3.6 Servio de Gesto do Documento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 10.3.7 Servio de Bancos de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 10.3.8 Servios de Segurana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 10.3.9 Servios de Gesto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 10.3.10 Servio de backup e recuperao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 10.3.11 Sistema de lista de discusso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 10.3.12 Sistemas de informaes georeferenciadas . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 10.3.13 Outros servios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 11 Viso Geral da Migrao de Aplicativo 129

11.1 Aplicativos proprietrios que possuem um Software Livre equivalente . . . . . . 129 11.2 Aplicativos proprietrios que operam em um ambiente Software Livre. . . . . . 129

11.3 Software que pode ser acessado por exibio remota. . . . . . . . . . . . . . . . 129 11.4 Software que funcionar sob um emulador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 11.4.1 Emulao de hardware . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 11.4.2 Emulao de software . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 11.5 Software que pode ser recompilado em Software Livre . . . . . . . . . . . . . . 136Verso 1.0 Pgina 27

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PARTE IV PLANEJANDO A MIGRAO12 Cenrio 1 Windows

141141

12.1 Como planejar a Migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 12.2 Domnios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 12.2.1 Modelo de grupo de trabalho do Windows . . . . . . . . . . . . . . 142 12.2.2 Domnio Windows NT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142 12.2.3 Domnio do Active Directory do Windows 2000 . . . . . . . . . . . 142 12.3 Viso geral de possveis rotas de migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 12.4 Questes Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144 12.4.1 Nomes de usurios e senhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 12.4.2 Servios de autenticao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146 12.4.3 Arquivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146 12.5 Ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 12.5.1 Samba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 12.5.2 OpenLDAP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 12.5.3 NSS e PAM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 12.5.4 Acesso a arquivo GNU/Linux SMBFS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 12.5.5 Winbind . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 12.6 Migrando o ambiente do sistema operacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 12.6.1 Acrescentar servidores GNU/Linux a um domnio NT . . . . . . . . . . 152 12.6.2 Utilizar estaes de trabalho GNU/Linux em domnios Windows NT . 153

12.6.3 Utilizar estaes de trabalho GNU/Linux em domnios Active Directory 156 12.6.4 Substituir o Windows NT PDC/BDC por Samba+LDAP . . . . . . . . 157 12.6.5 Substituir o Active Directory Windows 2000 por LDAP . . . . . . . 158 12.6.6 Executar uma infraestrutura GNU/Linux e migrar usurios em grupos . . 158 12.7 Migrando aplicativos tipo servidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160 12.7.1 Servidores da Web: mudando do IIS para o Apache . . . . . . . . . . . . 160 12.7.2 Mudando para MySQL ou PostgreSQL . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164 12.7.3 Groupware: mudando do Exchange . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167 12.8 Migrando aplicativos estao de trabalho para Software Livre . . . . . . . . . . . 169Verso 1.0 Pgina 28

Guia Livre 12.8.1 Ofce

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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169

12.8.2 Correio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173 12.8.3 Calendrios e groupware . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174 12.8.4 Navegao Internet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175 12.8.5 Bancos de dados pessoais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175 12.9 Migrando servios de impresso para Software Livre . . . . . . . . . . . . . . . 176 12.9.1 O modelo de impresso no ambiente proprietrio . . . . . . . . . . . . . 176 12.9.2 O modelo de impresso Unix e GNU/Linux . . . . . . . . . . . . . . . . 177 12.9.3 Congurando um servio de impresso baseado em Software Livre . . . 178 12.9.4 Imprimindo de clientes proprietrios para impressoras GNU/Linux . . . . 178 12.9.5 Imprimindo esquemas de migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180 12.9.6 Problemas potenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180 12.9.7 Informaes adicionais sobre impresso . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 12.10Aplicativos legados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 12.11Proteo antivrus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 12.12Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182 13 Cenrio 2 Unix 14 Cenrio 3 Mainframe 15 Cenrio 4 Cliente Leve 183 185 187

PARTE V ESTUDOS DE CASOS16 Ministrio do Desenvolvimento Agrrio

191193

16.1 Migrao de servidores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193 16.1.1 Os Motivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193 16.1.2 Plano de Ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194 16.1.3 Aspectos Culturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194 16.1.4 Capacitao dos usurios e equipe tcnica . . . . . . . . . . . . . . . . . 194 16.1.5 Os Servios de rede e correio eletrnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195Verso 1.0 Pgina 29

Guia Livre

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16.1.6 Customizao dos Sistemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195 16.1.7 Os Desaos Enfrentados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196 16.1.8 Economia Alcanada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198 16.1.9 Experincia Adquirida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198 16.1.10 Resultados positivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199 17 Ministrio das Comunicaes 201

17.1 Plano de migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 17.1.1 Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 17.1.2 Escopo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 17.1.3 Planejamento e Execuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202 18 RADIOBRS 205

18.1 Migrao de estaes de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 19 Marinha do Brasil 209

19.1 Plano de migrao para mainframe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209 20 DATAPREV 211

20.1 Servidores de arquivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211 20.2 Ferramenta de controle de verso CVS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216 20.2.1 Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216 20.2.2 Resumo da migrao dos objetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217 20.2.3 Dados tcnicos do ambiente CVS na DATAPREV . . . . . . . . . . . . . 217 20.2.4 Instalao das ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218 21 Embrapa 219

21.1 AgroLivre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219Verso 1.0 Pgina 30

Guia Livre 22 SERPRO

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22.1 Gerenciamento de Redes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221 22.1.1 Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221 22.1.2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221 22.1.3 Cenrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222 22.1.4 Processos de Gerenciamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222 22.1.5 Procedimentos, Atividades, Ferramentas e Resultados . . . . . . . . . . 224 22.1.6 Funes da Gerncia de Redes Locais, Competncias e Requisitos . . . . 227 23 ITI Instituto Nacional de Tecnologia da Informao 233

23.1 Migrao de Rede Local servidores e estaes de trabalho . . . . . . . . . . . 233 23.1.1 Contexto ITI e a adoo do SL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233 23.1.2 Etapas Plano Estratgico de Migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234 23.1.3 Detalhes Migrao da Rede-ITI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239 23.1.4 Soluo Web Stio www.iti.br e Twiki PKI-enable . . . . . . . . . . . . 241 23.2 Resultados Atendendo s Expectativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242 23.2.1 Referncias Bibliograa e Consultas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243 23.2.2 Concluses Experincia adquirida e recomendaes . . . . . . . . . . 244 24 Exrcito Brasileiro 245

24.1 Plano de Migrao para Software Livre no Exrcito Brasileiro . . . . . . . . . . 245 24.1.1 Finalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245 24.1.2 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245 24.1.3 Consideraes Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 246 24.1.4 Orientao Geral para a Migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247 24.1.5 Sugestes para a Migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 248 24.1.6 Anexo A Proposta Simplicada de Migrao para Software Livre . . . 250 24.1.7 Anexo B Processo de Migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251 24.1.8 Anexo C Aplicativos de Software Livre que tambm so gratuitos . . . 252

APNDICESA Referncia de Software LivreVerso 1.0

255255Pgina 31

Guia Livre B Marcas Registradas C Sistemas de Correio

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259 261

C.1 MTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263 C.2 MUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264 C.3 Armazenagem de Correio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265 C.4 Usurios em Movimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265 C.4.1 C.4.2 C.4.3 Redes Privadas Virtuais (Virtual Private Networks VPNs) . . . . . . . . 266 SMTP-AUTH e TLS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266 POP-before-SMTP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266

C.5 Desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267 D Licena CC-GNU GPL E Exemplo de Institucionalizao de Comit F Orientaes para Plano de Migrao para Software Livre F.1 F.1.1 F.1.2 F.1.3 F.1.4 F.1.5 F.1.6 F.2 F.2.1 F.2.2 F.2.3 F.2.4 F.2.5 F.2.6 F.3 F.3.1 F.3.2 F.3.3 F.3.4Verso 1.0

269 277 279

Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 Finalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 Escopo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 Justicativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 Metas Gerenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 Patrocinadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282 Objetivos do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282 Aes Especcas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282 Detalhamento das aes especcas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283 Produtos Liberados do Plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 284 Cronograma resumido de Plano de Migrao . . . . . . . . . . . . . . . 285 Quadro de acompanhamento da migrao . . . . . . . . . . . . . . . . . 286 Estrutura Organizacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287 Interfaces Externas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287 Interfaces Internas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287 Papis e Responsabilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 288Pgina 32

Viso Geral do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282

Organizao do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287

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G Notas tcnicas das edies anteriores H Glossrio

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Captulo 1

Prefcio1.1 Abreviaes e terminologiaSempre que possvel, na primeira vez em que uma abreviao for usada, ser includa tambm a verso por extenso. No Apndice H encontra-se um glossrio de termos. Cada um dos termos Software de Fonte Aberta (Open Source Software) e Software Livre (Free Software) tem seus defensores e suas diferenas conceituais e jurdicas. Neste Relatrio, usaremos o termo Software Livre na inteno de destacar as caractersticas que o diferenciam do Software de Fonte Aberta, especialmente sua disponibilizao na forma da Licena Pblica Geral (GPL). Dessa maneira, os dois termos, Software de Fonte Aberta e Software Livre, sero tratados separadamente ou conjuntamente, conforme a necessidade deste Guia. Para mais informaes sobre esses termos, veja: ; ; ; ; . Os nomes de produtos sero apresentados desta forma: Nome de Produto. Os termos do Sistema Operacional, como nomes de arquivos, sero apresentados desta forma:Nome de arquivo.

O cdigo de programa ser apresentado desta forma: Cdigo. O termo Administrao(es) usado em todo o Documento com relao Administrao Pblica, e o termo Administrador(es) refere-se ao grupo de gestores e implementadores de Tecnologia da Informao interessados e/ou envolvidos em processos de migrao para Software Livre em suas entidades. O termo servidor trata, nica e exclusivamente dos computadores que desempenham funes de mquinas servidoras.Verso 1.0 Pgina 35

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1.2

Pblico

Este Documento dirigido aos gerentes de Tecnologia da Informao (TI) de todo o Governo Federal brasileiro, em todas as esferas: Executivo, Legislativo e Judicirio; servindo tambm como referncia para os governos estaduais e municipais interessados em realizar processos de migrao para Software Livre.

1.3

Autores

O Documento foi produzido pelo Grupo de Trabalho Migrao para Software Livre, cujas instituies integrantes foram relacionadas no incio deste Documento (Pgina 5). Utilizamos como referncia bsica a estrutura e parte dos contedos constantes no guia Diretrizes do IDA para Migraes para Fonte Aberta, desenvolvido pela netprojetc Ltd. e Frequentous Consultants Ltd.1 , para a Comunidade Europia.

1.4

Agradecimentos

O Governo brasileiro agradece Comunidade Europia pelo trabalho que subsidiou a elaborao do Guia Livre - Referncia de Migrao para Software Livre, Comunidade Brasileira de Software Livre, pelas motivadoras e preciosas contribuies, e a todos os cidados e s organizaes que contriburam para o sucesso deste Projeto. A Coordenao Executiva agradece ao apoio do Secretrio de Logstica e Tecnologia da Informao Rogrio Santanna, ao diretor do departamento de Integrao de Sistemas Jos Antnio Borba Soares e ao ex-diretor Ricardo Sigaud pelo apoio permanente, desde a traduo do documento original da Comunidade Europia at o lanamento da verso 1 do Guia Livre, no LACFree 2005 - II Conferncia Latino-americana e do Caribe sobre Desenvolvimento e Uso do Software Livre". O agradecimento especial vai para os diversos participantes annimos que contriburam para realizao do Guia Livre: Ao apoio administrativo foi fundamental para providenciarmos todos os documentos para cada lanamento ao pblico; Aos especialistas convidados que realizaram as orientaes e as devidas anlises tcnicas; Comunidade Brasileira de Software Livre pela sua ativa contribuio desde o lanamento da primeira verso pblica (Verso 0.5) no V FISL em 2004; sociedade que se manifestou durante as audincias e a consulta pblicas, trazendo novidades de ferramentas disponveis, vises de migrao e correes tcnicas e ortogrcas;1

Empresas responsveis pela produo do documento original da Comunidade Europia.

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Ao Grupo de Trabalho que deste o incio do processo deixou a marca registrada do "Sim, possvel !"; e E carinhosamente a equipe que trabalhou junto a Coordenao Executiva: Nazar Bretas, Lcia Barros, Claudete Silva, Leonardo Mello, Diego Viegas, Daniel Darlen, Lucius Curado, Alex Sandro, Fernando Mazoni e Elias Mussi. Como se percebe este Guia o resultado de um trabalho coletivo ao qual alguns nomes acabam cando de fora das listas ou das devidas menes publicas. Mas, mesmo que alguns permaneam no anonimato por opo a marca da participao deve ser registrada e estimulada.

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Parte I DIRETRIZES GERAIS

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Captulo 2

O Governo Brasileiro e a temtica do Software Livre2.1 ContextualizaoNas ltimas dcadas do sculo XX, a sociedade experimentou profunda evoluo tecnolgica, especialmente difundida pela utilizao de computadores nas mais diversas reas de atuao. Essa evoluo vem possibilitando signicativas mudanas nos cenrios social, poltico, econmico e cultural de todos os pases, seja pelo uso intensivo das tecnologias da informao, seja pelo retardamento de aplicao destas, o que delimita o grau de desenvolvimento de uma nao. Nesse contexto, o Governo brasileiro tem atuado na busca da insero adequada do Pas na chamada Sociedade da Informao.

2.1.1 Sociedade da InformaoPara insero no novo cenrio destacado, cada pas desenvolveu estratgias que consideraram o seu grau de desenvolvimento tecnolgico conjugado com as suas peculiaridades. No Brasil, o marco inicial desse processo foi a criao do programa Sociedade da Informao, por meio do Decreto n 3.294, de 15 de dezembro de 1999, com o objetivo de viabilizar a nova gerao da Internet e suas aplicaes em benefcio da Sociedade Brasileira1 , estruturado em sete linhas de ao: mercado, trabalho e oportunidades; universalizao de servios para a cidadania; educao na sociedade da informao;1 O objetivo do Programa Sociedade da Informao integrar, coordenar e fomentar aes para a utilizao de tecnologias de informao e comunicao, de forma a contribuir para que a economia do pas tenha condies de competir no mercado global e, ao mesmo tempo, contribuir para a incluso social de todos os brasileiros na nova sociedade disponvel em http://www.socinfo.org.br/sobre/programa.htm.

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contedos e identidade cultural; governo ao alcance de todos; P&D, tecnologias-chave e aplicaes; infra-estrutura avanada e novos servios. A iniciativa buscou oferecer subsdios para denio de uma estratgia para conceber a insero adequada da sociedade brasileira na Sociedade da Informao2 . Com tal esforo, em setembro de 2000, o Governo brasileiro produziu, dentre outros documentos, o chamado Livro Verde, que identicou o conjunto das aes estabelecidas para impulsionar a Sociedade da Informao no Brasil, contemplando ampliao do acesso Internet, meios de conectividade, formao de recursos humanos, incentivo pesquisa e ao crescimento, comrcio eletrnico e desenvolvimento de novas aplicaes.

2.1.2

Governo Eletrnico Brasileiro

Aps a produo do Livro Verde, foi criado, no mbito do Governo Federal, por meio de decreto de 18 de outubro de 2000, o Comit Executivo de Governo Eletrnico, para formular polticas, estabelecer diretrizes, coordenar e articular as aes de implantao do Governo Eletrnico, voltado para a prestao de servios e informaes ao cidado3 . O Governo Eletrnico foi concebido como instrumento de transformao da sociedade brasileira, estabelecendo diretrizes e parmetros para a criao de uma sociedade digital. Com o passar do tempo, a chamada Sociedade da Informao apresentou novos paradigmas que mereceriam igualmente a ateno do Governo Eletrnico. As questes relativas Incluso Digital, que ampliam a dimenso da participao do cidado nas relaes com o Governo, as outras entidades e os seus pares, e expandem os mercados na economia virtual, apresentaram novas vertentes relacionadas4 : incluso digital voltada para a cidadania com base nos direitos de interao e comunicao dos indivduos por meio das redes informativas; insero das camadas mais pobres no mercado de trabalho com base na prossionalizao e na capacitao; incluso digital voltada para a Educao com base na formao sociocultural dos jovens e no fomento de uma inteligncia coletiva capaz de assegurar insero autnoma do Pas na sociedade da informao.Programa Sociedade da Informao. Ministrio da Cincia Tecnologia. 1999. pg. 5. Decreto de 18 de outubro de 2000. Cria, no mbito do Conselho de Governo, o Comit Executivo do Governo Eletrnico, e d outras providncias. Maiores detalhes sobre Governo Eletrnico podem ser obtidos em http://www.governoeletronico.gov.br. 4 Uma discusso aprofundada sobre essas vertentes apresentada em: SILVEIRA, Srgio Amadeu da. Incluso Digital, Software Livre e Globalizao Contra-Hegemnica, in SILVEIRA, Srgio Amadeu da; CASSINO, Joo (Org.) Software livre e incluso digital So Paulo, Conrad Livros, 2003. pp 17-47.3 2

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Dessa forma, tornou-se necessria rearticulao das aes inicialmente determinadas, em 1999 e 2000, para melhor adequao do Pas a esse cenrio. Com tal preocupao, foram criados, por meio de decreto de 29 de outubro de 2003, comits tcnicos especcos no mbito do Comit Executivo do Governo Eletrnico: Implementao do Software Livre, Incluso Digital, Integrao de Sistemas, Sistemas Legados e Licenas de Software, Gesto de Stios e Servios On-Line, Infra-Estrutura de Rede, Governo para Governo (G2G), Gesto de Conhecimento e Informao Estratgica. Com a medida, o atual Governo aprofundou e propiciou novos focos de atuao ao Governo Eletrnico, com especial ateno para a Incluso Digital e incentivo ao uso do Software Livre. A questo do Software Livre, por meio de aes dos Comits de Implementao do Software Livre e de Sistemas Legados e Licenas de Software, apresentou enfoque na formulao de polticas, na popularizao do uso e na sua utilizao efetiva, com previso de migrao gradativa dos sistemas proprietrios com garantia de interoperabilidade.

2.1.3 Diretrizes do Governo Eletrnico BrasileiroEm decorrncia do Decreto de 29 de outubro de 2003, a implementao do Governo Eletrnico passou a ser realizada segundo sete princpios, que foram concebidos5 :[...] como referncia geral para estruturar as estratgias de interveno, adotadas como orientaes para todas as aes de Governo Eletrnico, gesto do conhecimento e gesto da TI no governo federal: Promoo da cidadania como prioridade; Indissociabilidade entre incluso digital e o governo eletrnico; Utilizao do software livre como recurso estratgico; Gesto do Conhecimento como instrumento estratgico de articulao e gesto das polticas pblicas; Racionalizao dos recursos; Adoo de polticas, normas e padres comuns; Integrao com outros nveis de governo e com os demais poderes.

Nesse novo contexto, a atuao do Governo Eletrnico pretende melhorar a prestao de servios aos cidados, com aumento da transparncia e diminuio da burocracia, contribuindo para a democratizao do processo decisrio, a maior efetividade das aes governamentais e a promoo da incluso digital.

2.1.4 Padres de Interoperabilidade de Governo EletrnicoCom a inteno de criar mecanismos capazes de promover a ecincia da Administrao Pblica no contexto da Sociedade da Informao, articulada s aes estabelecidas para implantao do Governo Eletrnico, o Governo brasileiro elaborou um conjunto de premissas, polticas e especicaes tcnicas regulamentadoras para utilizao da Tecnologia da Informao e daOcinas de Planejamento Estratgico. RELATRIO CONSOLIDADO. Comit Executivo do Governo Eletrnico. Maio de 2004. pg 8.5

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Referncia de Migrao para Software Livre do Governo Federal

Comunicao, denominada Arquitetura e-PING Padres de Interoperabilidade6 de Governo Eletrnico. A Arquitetura e-PING dene um conjunto mnimo de premissas, polticas e especicaes tcnicas, que regulamentam a utilizao da Tecnologia de Informao e Comunicao (TIC) no Governo Federal, estabelecendo as condies de interao com os demais poderes e esferas de governo e com a sociedade em geral, como demonstrado na gura 2.1.

Municpios GpM

Estados GpUF

Outros Pases GpGOP

Legislativo GpL

CidadoGpC

Governo Federal Poder Executivo GPG

Judicirio GpJ

Terceiro Setor GpTS

Ministrio Pblico GpMP

Organismos Internacionais GpOI

Empresas GpE

Figura 2.1: Relacionamentos do Governo Federal segundo a e-PING.

A e-PING apresenta, em cada um dos seus segmentos, polticas tcnicas norteadoras para estabelecimento das especicaes de seus componentes. Em especial, e-PING dene adoo preferencial de padres abertos, conforme especicado7 :[...] a e-PING dene que, sempre que possvel, sero adotados padres abertos nas especiaes tcnicas. Padres proprietrios so aceitos, de forma transitria, mantendo-se as perspectivas de substituio assim que houver condies de migrao. Sem prejuzo dessas metas, sero respeitadas as situaes em que haja necessidade de considerao de requisitos de segurana e integridade de informaes. Quando disponveis, solues em Software Livre sero consideradas preferenciais.Os conceitos de interoperabilidade adotados nesta arquitetura esto evidenciados no Documento de Referncia, disponvel em http://www.eping.e.gov.br. 7 e-PING. Padres de interoperabilidade de Governo Eletrnico. Documento de Referncia Verso 0 pg. 9.6

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Com essa viso, tornou-se necessria a elaborao do Guia Livre, que consistiu em um documento de referncia para servir de auxlio nos processos de migrao para Software Livre do Governo Federal, corroborando as orientaes descritas na e-PING. Alm da preocupao em garantir os padres de interoperabilidade previstos, existem outras argumentaes para a adoo do Software Livre na Administrao Pblica, como destacamos a seguir.

2.2

Software Livre na Administrao Pblica

2.2.1 DeniesSoftware Livre o software disponibilizado, gratuitamente ou comercializado, com as premissas de liberdade de instalao; plena utilizao; acesso ao cdigo fonte; possibilidade de modicaes/aperfeioamentos para necessidades especcas; distribuio da forma original ou modicada, com ou sem custos8 . Essa denio salienta que importante [...] no confundir software livre com software grtis porque a liberdade associada ao software livre de copiar, modicar e redistribuir, independe de gratuidade. Existem programas que podem ser obtidos gratuitamente mas que no podem ser modicados, nem redistribudos9 . Outro fator relevante refere-se socializao do conhecimento. O acesso ao cdigo-fonte permite que a Administrao Pblica domine a tecnologia aplicada. Essa uma preocupao recorrente, j evidenciada no Livro Verde:O conhecimento tornou-se, hoje mais do que no passado, um dos principais fatores de superao de desigualdades, de agregao de valor, criao de emprego qualicado e de propragao do bem-estar. A nova situao tem reexos no sistema econmico e poltico. A soberania e a autonomia dos pases passam mundialmente por uma nova leitura, e sua manuteno que essencial depende nitidamente do conhecimento, da educao e do conhecimento cientco e tecnolgico10 .

Dessa forma, o uso e o domnio da tecnologia so essenciais para a integrao do Pas nas diretrizes da Sociedade da Informao e a apropriao soberana do conhecimento. Nesse cenrio, a losoa do Software Livre surge como oportunidade para disseminao do conhecimento e nova modalidade de desenvolvimento tecnolgico, em funo do novo paradigma que se estabelece na relao de quem produz o software (sejam empresas, sejam programadores autnomos) com a tecnologia propriamente dita. O Software Livre cumpre, ainda, as determinaes do Governo Eletrnico, bem como os padres estabelecidos pela e-PING.Denio adaptada de RIBEIRO, Daniel Darlen Corra. Software Livre na Administrao Pblica. Estudo de caso sobre adoo do SAMBA na Auditoria Geral do Estado de Minas Gerais. Lavras, UFLA, 2004. Monograa de concluso do curso de Especializao em Administrao de Redes Linux. 9 HEXSEL, Roberto Andr. Propostas de Aes de Governo para Incentivar o Uso de Software Livre. Curitiba, UFPR 2002. Relatrio Tcnico RT-DINF 004/2002. Disponvel em http://www.inf.ufpr.br/~roberto. 10 TAKAHASHI, Tadao (Org.). Sociedade da Informao no Brasil. Livro Verde. Braslia, Ministrio da Cincia e Tecnologia. 2000.8

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2.2.2

Razes para adoo de Software Livre

Neste Captulo apresentamos, em vrios momentos, razes para que as instituies pblicas estabeleam programas de migrao para o Software Livre, em especial: necessidade de adoo de padres abertos para o Governo Eletrnico (e-Gov); nvel de segurana proporcionado pelo Software Livre; eliminao de mudanas compulsrias que os modelos proprietrios impem periodicamente a seus usurios, em face da descontinuidade de suporte a verses ou solues; independncia tecnolgica; desenvolvimento de conhecimento local; possibilidade de auditabilidade dos sistemas; independncia de fornecedor nico. Tais benefcios, agregados ao fato de que despesas referentes a licenas de uso no so aplicveis a solues baseadas em Software Livre, resultam em economia progressiva para seus usurios, cujos valores podem ser reaplicados em investimentos na rea de Tecnologia da Informao. Assim, a adoo do Software Livre por parte do Estado amparada principalmente pelos princpios de Impessoalidade, Ecincia e Razoabilidade11 , visando melhoria na qualidade dos servios prestados e promoo dos desenvolvimentos tecnolgico e social. Portanto, o Estado se benecia diretamente com a adoo do Software Livre, tanto no aspecto de sua estruturao para atendimento s demandas sociais, como no seu papel de promover desenvolvimento. Desse modo, possibilitamos a integrao das polticas de modernizao administrativa, incluso social baseadas na Tecnologia da Informao e no desenvolvimento industrial. A questo do Software Livre est contextualizada em amplo cenrio integrado, composto por aes de desenvolvimento tecnolgico, insero adequada do Pas na chamada Sociedade da Informao, promoo da cidadania, incluso digital e racionalizao de recursos. Diante do contexto, tornou-se fundamental a criao de um documento com o propsito de nortear as aes de migrao para o Software Livre da Administrao Pblica Federal.

2.3

Base de Elaborao do Guia Livre

Em 2003, os Comits Tcnicos de Implementao do Software Livre e dos Sistemas Legados e Licenas de Software apresentaram seu planejamento estratgico para os exerccios 2003-2004.O artigo 37 da Constituio da Repblica apresenta os Princpios Basilares da Administrao Pblica: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e ecincia. O princpio da razoabilidade possui fundamentao implcita, sendo evidenciado em algumas Constituies Estaduais.11

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O Planejamento Estratgico do Comit Tcnico de Implementao do Software Livre props 18 diretrizes para a implementao do Software Livre no Governo Federal12 , com enfoque na otimizao de recursos e investimentos em Tecnologia da Informao, na popularizao e na utilizao do Software Livre como base dos programas de incluso digital, na migrao gradativa dos sistemas proprietrios para o Software Livre com garantia de interoperabilidade e insero do Software Livre na Poltica Nacional de Tecnologia da Informao. Nesses termos, foram previstas aes para elaborao de documentao da migrao de servios de rede, sistemas operacionais e ferramentas de automao de escritrio. Por sua vez, o Planejamento Estratgico do Comit Tcnico dos Sistemas Legados e Licenas de Software tambm sinaliza a necessidade documental como garantia da interoperabilidade dos sistemas, da base de referncias tcnicas e de gesto durante os processos de migrao e de um marco normativo de padres abertos. Diante disso, por deliberao conjunta dos dois comits, foi institudo o Grupo de Trabalho Migrao para o Software Livre13 , com o objetivo prioritrio de formular orientaes para migrao das entidades da Administrao Pblica Federal. Dentre suas aes, o GT-MSL iniciou o projeto de elaborao do Guia Livre Referncia das Migraes para Software Livre, cujo resultado se consolida neste Documento.

12 13

Documento Disponvel em http://www.softwarelivre.gov.br/diretrizes. Grupo de trabalho interinstitucional mencionado no incio deste documento (Pgina 4).

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Captulo 3

Por que o Software Livre livre e quais as razes jurdicas para migrao?O Software Livre no um tipo diferente de software e nem uma espcie distinta dentro do gnero software. Internamente, em sua arquitetura, o que chamamos de Software Livre no tem uma substncia tcnica diferente daquilo que chamamos de software proprietrio. O modelo do desenvolvimento do que denominamos Software Livre colaborativo, compartilhado e da transmisso de direitos sobre ele que so diferentes. A lei diz que programa de computador a expresso de um conjunto organizado de instrues em linguagem natural ou codicada, contida em suporte fsico de qualquer natureza, de emprego necessrio em mquinas automticas de tratamento da informao, dispositivos, instrumentos ou equipamentos perifricos, baseados em tcnica digital ou anloga, para faz-los funcionar de modo e para ns determinados1 . Essa denio no muda, caso o software seja livre ou proprietrio. Ento, se em qualquer ponto da leitura deste Guia alguma referncia a Software Livre como produto distinto for encontrada no contedo, entenda que essa referncia no foi intencional e, por favor, envie-nos uma mensagem para , alertando sobre o fato. O que faz um software ser livre para o governo a forma como os direitos sobre ele so adquiridos ou transmitidos. Ento, quando o Governo contrata Software Livre, ele no est dando preferncia a um tipo de programa ou a uma empresa. O que ele est fazendo contratando de forma melhor para o cidado, o Pas e todo mundo que se benecia do compartilhamento das informaes que existem no cdigo do programa. Ento se prioriza um contrato de formaMais informaes podem ser obtidas no estudo jurdico "Diretrizes Gerais para Implementao de Software Livre", solicitado pelo ITI e elaborado pela Escola de Direito da Fundao Getlio Vargas no Rio de Janeiro. Esse estudo teve como objetivo mapear o ordenamento jurdico brasileiro para apontar o caminho e dar tranqilidade jurdica ao administrador pblico para implementar a poltica de software livre em mbito governamental. Participaram do estudo jurdico: o diretor da FVG Direito Rio, Joaquim Falco; o professor titular da Faculdade de Direito da USP, Tercio Sampaio Ferraz Jnior; o diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS) da FGV Direito Rio, Ronaldo Lemos; o doutor em Lgica Jurdica pela Faculdade de Direito da Universidade de SP, Juliano Souza de Albuquerque Maranho; o coordenador adjunto do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS) da FGV Direito Rio, Carlos Affonso Pereira de Souza; o coordenador de projetos do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da FGV Rio de Janeiro, Eduardo Ghiaroni Senna; e o pesquisador da FGV Direito Rio, Diego Werneck Arguelhes1

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a permitir a transparncia sobre inmeros atos do Governo que so praticados com o auxlio de programas de computador. O Governo ter acesso ao cdigo do seu Programa (alm de pagar menos por ele) remete a ecincia, independncia e soberania. O cidado ter acesso ao cdigo do Programa de computador que o Governo usa representa democracia e cidadania. E o cidado ao conseguir utilizar as informaes desse Programa, e criar com base nelas, se reete no desenvolvimento da economia e no da sociedade. E isso tudo s acontece por causa do contrato, que faz com que o software seja livre. importante ento que os Administradores envolvam os advogados ou os procuradores do rgo ou da instituio no processo de migrao, conversando com eles sobre este Guia e mostrando este Captulo em especial. Como sugesto, para cada vez que um Administrador for instalar um programa de computador, interessante que ele converse com o jurdico sobre a questo da licena. Enm, o que se deve perceber que o Governo ter sempre sua frente duas formas de contratao distintas. Uma em que o Governo e o cidado preservam mais direitos direitos inerentes Democracia e outra em que o Governo e o cidado abrem mo desses mesmos direitos. So dois modelos contratuais distintos. Adotar um ou outro no opo para o Governo: , ao contrrio, dever. O Governo tem o dever de contratar preservando os valores de liberdade e abertura. O Governo tem o dever de contratar da forma melhor para o cidado. Assim, se pudssemos resumir a poltica governamental em relao a Software Livre em uma nica frase, colocaramos o seguinte: Software Livre: um Contrato Aberto com o Cidado.

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Captulo 4

Viso Geral4.1 IntroduoAs orientaes apresentadas neste Trabalho foram objeto de estudo do Grupo de Trabalho Migrao para Software Livre do Governo Federal, com participao da Comunidade Software Livre Brasileira, na inteno de construirmos um guia cujo respaldo alcance tambm qualquer entidade interessada em promover equivalentes projetos de migrao. Nossas metas para essas diretrizes so: 1. ajudar os Administradores a denir uma estratgia para migrao planejada e gerenciada; 2. orientar o conjunto de diretrizes e denies deste Guia aos Padres de Interoperabilidade do Governo Brasileiro (e-PING), cujas informaes detalhadas podem ser obtidas em ; 3. criar condies para maior detalhamento tcnico destas migraes na pgina do Software Livre do Governo Federal: ; 4. descrever, em termos tcnicos, como pode ser realizada tal migrao. As orientaes pretendem ter uso concreto para Administradores; portanto, devem ser relevantes e precisas, alm de acessveis e compreensveis. Este no um manual de referncias tcnicas detalhadas: o detalhamento prtico acontece nos estudos de caso apresentados na Parte V. A estrutura pretende possibilitar e facilitar as mudanas proporo que os Administradores adquiram experincia, segurana e os produtos disponveis atendam s suas necessidades. Para alcanar esses objetivos, imperativo que mantenhamos o contedo atualizado e removamos quaisquer imprecises. Para tanto, os leitores so encorajados a tecer comentrios e oferecer contribuies a qualquer item aqui apresentado. Nesse sentido, visando manter dinamismo nas atualizaes das informaes do Guia Livre, disponibilizamos um sistema de participao para colaboraes1 no endereo eletrnico: .Rau-Tu customizado pela Dataprev e Ministrio do Planejamento, com base na ferramenta desenvolvida na UNICAMP.1

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Opcionalmente, comentrios e sugestes tambm podem ser encaminhados para . As informaes contidas neste Guia no se referem poltica de Software Livre em termos gerais ou aos mritos relativos das vrias licenas existentes. Essas informaes, juntamente com grande quantidade de outras informaes norteadoras, podem ser encontrados nos seguintes stios do Governo Federal: , .

4.2

Consideraes Iniciais

As informaes aqui disponibilizadas se destinam aos Administradores e prossionais que estejam planejando ou realizando migrao para Software Livre. So baseadas em nossas experincias prticas (dos autores) e em nmero crescente de estudos de casos publicamente conhecidos, validados em projetos exitosos de migrao. Destacamos a linha geral das diretrizes recomendadas para qualquer processo de migrao para Software Livre: antes de comear, ter claro entendimento sobre as razes para a migrao; assegurar-se de que exista uma ao de sensibilizao interna, planejamento e apoio ativo da equipe e dos usurios de TI para a mudana; certicar-se de que existem defensores da mudana: quanto mais altos na hierarquia da organizao, melhor; formar peritos e construir relacionamentos com a comunidade do movimento Software Livre; comear com sistemas no crticos; garantir que cada passo da migrao seja administrvel; criar canais de comunicao e bases de conhecimento internos e externos instituio. Estrategicamente, sugerimos tratamento diferenciado para o corpo funcional das instituies pblicas, na inteno de estabelecer ambiente propcio migrao, alm de mecanismos motivacionais. No pretendemos, com essa diviso, destacar um grupo dentre os demais, pois todos possuem alta relevncia institucional; portanto, so igualmente fundamentais em projetos a serem implementados. Acreditamos que a falta de engajamento de qualquer um deles prejudica toda dinmica de trabalho; por isso, entendemos que a atuao concomitante com os trs grupos pode facilitar e acelerar o processo de migrao. Buscamos com essa classicao realizar um mapeamento ambiental para subsidiar as aes da equipe de migrao. Dessa maneira, estabelecemos trs grupos estratgicos:Verso 1.0 Pgina 52

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Corpo Gerencial: O apoio gerencial importante para qualquer mudana institucional. Alm das questes pertinentes ao corpo funcional, esse grupo deve ser despertado para as vantagens estratgicas obtidas com a adoo do Software Livre, como independncia de fornecedor, qualidade do servio e desenvolvimento tecnolgico, diretamente ligadas ao negcio da organizao. Especicamente no caso da Administrao Pblica Federal, os Administradores esto familiarizados com os princpios e as diretrizes constantes dos documentos estratgicos do Governo Eletrnico Brasileiro. Corpo Tcnico: Esse grupo possui o diferencial do envolvimento direto com as questes tecnolgicas e se caracteriza pelo alto grau de especializao de seus elementos. Por conseguinte, precisam estar convencidos das vantagens operacionais a serem obtidas com as novas ferramentas e tambm motivados com a utilizao da nova tecnologia. Devem ser despertados para seu desenvolvimento prossional, especializando-se no novo modelo tecnolgico a ser institudo. Busca-se, dessa forma, promover a motivao e a valorizao dos tcnicos da entidade. Corpo Funcional: Em ltima instncia, esse ser o grupo que maior contato manter com as novas ferramentas. Precisam ser sensibilizados sobre os motivos da adoo do Software Livre, bem como sobre os ganhos reais oriundos da migrao, como segurana, robustez e produtividade. Assim, podero ser realizadas palestras ou seminrios para entendimento dos objetivos e das vantagens a serem alcanados. interessante que o grupo utilize a nova tecnologia o mais rpido possvel. Essas medidas, aliadas ao treinamento, so capazes de promover participao efetiva nos processos de migrao e utilizao das ferramentas livres, gerando feedback precioso para o Projeto na Administrao.

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Captulo 5

MetodologiaCada vez mais a prtica tem demonstrado que elaborar uma boa metodologia de migrao ajuda em todo o processo de migrao, favorecendo assim para que este ocorra com toda a tranquilidade, qualidade e segurana. Qualquer projeto de migrao deve constituir-se, em termos gerais, de: 1. fase de coleta de dados e denio de projeto, incluindo: A. descrio das condies iniciais relevantes que consistem, por exemplo: a. b. c. d. e. f. arquitetura de sistemas, aplicativos e os dados a eles associados, protocolos e padres usados, hardware, ambiente fsico, como largura de banda da rede, localizao, requisitos sociais tais como idioma(s) e conjunto de habilidades do pessoal.

B. srie de condies alvo detalhadas da mesma forma; C. descrio de como passar das condies existentes para as planejadas; 2. justicativa para a migrao, incluindo os benefcios e o custo a ela associado. 3. uma ou mais fases-piloto, projetadas para testar o plano e as justicativas. Os dados desses pilotos podem ser realimentados no modelo de custo usado no plano. 4. acompanhamento do plano. 5. monitoramento da experincia junto ao plano. O contedo do item 1 dene o que, neste Guia, chamado Cenrio, e as diretrizes descrevem como migrar para o Software Livre em tais circunstncias. Para permitir a produo de um conjunto razovel de diretrizes, de utilidade prtica, tornase necessria a adoo de pressupostos simplicadores, pois do contrrio o nmero de possveis combinaes inviabilizaria o trabalho.Verso 1.0 Pgina 55

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Figura 5.1: Diagrama esquemtico de metodologia de migrao programa de fases.

Escolhe-se uma das muitas condies-alvo (1.B) e simplica-se a descrio das condies iniciais (1.A). Apresentamos uma abordagem do ambiente-alvo no Captulo 8. Com o ambientealvo padro assumido, ca denido um Cenrio, pela referncia s condies iniciais simplicadas e pelo caminho de migrao destas at o alvo. Caso seja necessrio, no futuro, podemos adicionar novos captulos a este Documento em funo da evoluo das ferramentas livres. Na Parte IV, cada captulo oferece descrio razoavelmente detalhada de um Cenrio, apresentando como migrar para o alvo, inclusive com a discusso de migraes parciais. Atualizamos o contedo dos captulos levando em considerao experincias com migraes reais, especialmente aquelas retratadas na Parte V. A mensurao dos custos envolvidos no processo de migrao dos estudos de caso apresentados na Parte V, conforme destaca o item 2, extrapolou o enfoque meramente nanceiro, alcanando pontos cruciais para a Administrao Pblica, como autonomia, desburocratizao, transparncia e reengenharia tecnolgica1 . O detalhamento disponvel no levantamento de estudos de casos o qual disponibilizamos ao pblico era muito amplo. Encontramos grande nmero de tais estudos, mas com pouca documentao (que oferecesse mais detalhamento), restando somente a divulgao de informao genrica.1

Um exemplo desse enfoque apresentado no Captulo 16.

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Por essa razo baseamos a maior parte das diretrizes nas experincias do Governo Federal brasileiro e na referncia de outros nveis da Federao e nas suas discusses com pessoas/rgos que realizaram alguma migrao. O expressivo nmero de diferentes combinaes de condies iniciais e nais de cenrios, juntamente com as variadas formas de se passar de umas para outras, demonstra a impossibilidade de cobrirmos todas as alternativas com qualquer conjunto de orientaes. Portanto, as orientaes devem ser consideradas mais como indicativas e referenciais do que pode ser feito, do que prescritivas do que deveria ser feito. Elas devem ser usadas como ponto de partida no processo de migrao. No se pode esperar que ofeream resposta a todas as circunstncias. Entretanto, nos estudos de caso apresentamos caminhos que podem ser seguidos com segurana. Partimos do princpio que a migrao tem um alvo, que um ambiente totalmente Software Livre onde for possvel e sensato; no entanto, pode haver razes para que sistemas proprietrios devam ser mantidos ou utilizados. A possibilidade de migrao parcial tambm deve ser discutida e justicada.

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Parte II DIRETRIZES DE GESTO

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Captulo 6

Viso Geral da Migrao6.1 A sensibilizao o melhor comeoComo descrito no Captulo 3, o software pode ser livre ou proprietrio. Esta escolha uma deciso do desenvolvedor ou da instituio desenvolvedora e muitas vezes no se trata de escolha puramente tcnica. Refere-se tambm a uma deciso econmica, comercial, que no mnimo esteja contextualizada em uma poltica tecnolgica (por exemplo, quando uma empresa dene seu Plano Diretor de Tecnologia da Informao PDTI). A deciso sobre o desenvolvimento e o uso de Software Livre sofre tambm inuncias de carter cultural, e estas podem ser mais limitadoras do que o prprio emprego da tecnologia. Mudar sistemas, alterar solues e plataformas, em geral, so tarefas complexas. Ao considerarmos que toda mudana capaz de modicar o comportamento e as rotinas das pessoas aumenta o grau de diculdade das tarefas, podemos armar que, ao se falar em migrao, a ateno dos Administradores no pode se concentrar exclusivamente na parte tcnica. A migrao exige tambm esforo de mudana cultural, o que nas organizaes se retrata diretamente no que se concebe como Cultura Organizacional. A experincia demonstra que toda alterao de plataforma, ou de paradigma, para ser bem sucedida, exige profundo trabalho de convencimento. Conforme descrito no Captulo 4, importante que se desenvolvam aes de convencimento dos corpos tcnico, gerencial, funcional e, conseqentemente, dos cidados usurios, objetivando estabelecer ambiente favorvel realizao da migrao e ainda desenvolver mecanismos motivacionais. Em geral, toda migrao que desconhece a importncia de sensibilizar as pessoas envolvidas leva muito mais tempo ou simplesmente no bem sucedida. Explicar os motivos da migrao, armar suas vantagens, demonstrar sua importncia indispensvel, principalmente para transformar os grupos diretamente atingidos em principais aliados no processo, conforme discutiremos no Captulo 7. Antes de capacitar os usurios em solues livres, preciso reuni-los e explicar os motivos da migrao. Os Administradores podem realizar reunies gerais, por setor, por grupos de gerentes, que devem ser em nmero suciente para convencer e angariar a simpatia do maior nmero de pessoas. A fora da mensagem do Software Livre to contundente que pode motivar as pessoasVerso 1.0 Pgina 61

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para uma migrao exemplar e exitosa. Mas antes de tudo preciso explicar bem o que est acontecendo. Esta uma atividade essencial chamada Sensibilizao. A Sensibilizao e as suas tcnicas so to relevantes que merecem especial ateno dos Administradores; sempre pode-se recorrer a diversos estudos referentes ao assunto que orientem o debate, como, por exemplo, Michael Porter1 , ao reforar que [...] um produto substituiu outro se ele oferece ao cliente/usurio um incentivo para mudar, no qual ele cobre os custos de migrao (fator econmico) ou sobreponha as resistncias para mudana (fator humano e cultural). A Sensibilizao uma fase to importante que muitas vezes pode-se abrir mo do tempo de execuo de outras atividades de migrao para executar adequadamente esta Fase.

6.2

Gerenciando a Migrao

Muito do que precisa ser feito para migrar de um ambiente proprietrio para um de Software Livre semelhante a qualquer migrao. At mesmo na migrao de um ambiente tecnologicamente idntico e/ou de um mesmo fornecedor, no podemos pressupor que os formatos dos arquivos sero compatveis sempre haver necessidade de testes apropriados antes de se proceder a qualquer mudana mais difundida. Todas as migraes precisam ser baseadas em cuidadoso planejamento, conforme programa de fases discriminado no Captulo 5. As orientaes apresentadas no pretendem ser um manual sobre gesto de projeto; supomos que a Administrao tenha habilidade para gerenciar a migrao de forma apropriada e os Administradores, capacidade tcnica para realiz-la. No apndice F existe um exemplo de projeto. A descrio adiante pretende realar os pontos importantes de uma migrao para Software Livre. O diagnstico do ambiente denido na identicao do cenrio poder indicar necessidade de modicaes no ambiente atual, antes de ser concebida a migrao para o Software Livre. Essa a razo pela qual at mesmo Administraes que no tm planos imediatos para migrao, mas que desejam manter essa opo disponvel, so instrudas a solicitar somente padres multiplataforma e abertos, como mencionados na e-PING, e a avaliar sua infra-estrutura em comparao a esses padres (veja tambm Seo 8.5). A mudana para o Software Livre deve ser vista como qualquer outro tipo de migrao de sistemas de TI. Portanto, so aplicveis, a essas migraes, desaos e possibilidades j experimentados por todo Administrador/gerente de informtica. Em especial, a migrao de sistemas de TI proporciona a oportunidade de realizar tambm a reengenharia destes, para satisfazer s novas demandas a eles propostas. Destacam-se as seguintes questes: promover a interoperabilidade dos sistemas; dar suporte aos usurios; identicar usurios remotos de forma segura; construir sistemas administrveis.Michael Porter, em Estratgia Competitiva (Rio de Janeiro. Campus, 15a. ed. 1986) introduz reconhecidas tcnicas para anlise da indstria e concorrentes; em Vantagem Competitiva (Rio de Janeiro. Campus, 4a. ed. 1992), descreve como as empresas podem criar e sustentar vantagem competitiva.1

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Acima de tudo, como se certicar de que a segurana seja planejada desde o incio e no acrescentada como questo posterior. No caso especco de migraes para o Software Livre, importante destacarmos que as decises referentes a servidores tm diferenas signicativas em relao s referentes a estaes de trabalho. Anal, para utilizao em servidor, o Software Livre bem estvel e j empregado em larga escala. A migrao de servidores para o Software Livre pode ser feita, em termos gerais, sem qualquer efeito adverso para os usurios; por isso, normalmente, por onde se deve comear um projeto de migrao. J o uso de distribuies baseadas em Software Livre nas estaes de trabalho envolve maiores desaos, embora potencialize, para grande parte das organizaes, maior economia de custos de propriedade de software. Os principais desaos em migrar estaes de trabalho se referem necessidade de que os aplicativos livres mantenham interao com os existentes. Deve ser objeto de ateno, particularmente, a forma como ferramentas de trabalho em grupo (groupware) e emuladores de mainframe interagem com os ambientes baseados em Software Livre e proprietrio. Adicionalmente, na substituio das ferramentas de automao do escritrio proprietrio, os documentos-modelo devem ser vericados para garantir que gerem o produto correto. As macros devem ser reescritas, preferivelmente, como scripts. Aplicativos para os quais no haja equivalentes em Software Livre podem funcionar como Cliente Leve (thin clients mais informaes no Captulo 9). Com o decorrer do tempo, aplicativos de estao de trabalho podero ser crescentemente substitudos por equivalentes livres. Embora as diretrizes objetivem mudana completa para o Software Livre, a tendncia que um ambiente heterogneo seja construdo, especialmente porque a migrao de centenas de estaes de trabalho levar tempo. possvel ainda a possibilidade de utilizao simultnea de aplicativos livres e proprietrios, na eventualidade de no existirem verses estveis de aplicativos livres. Em qualquer das decises assumidas pelos Administradores, importante assegurar-se de que as escolhas, mesmo que no estejam diretamente relacionadas migrao, no amarrem a Administrao, no futuro, a formatos proprietrios, seja de arquivos ou de protocolos. Recomendamos reetir quanto ao carter diferenciado do desenvolvimento do Software Livre, o qual possibilita mudana fundamental na forma como as organizaes realizam servios de TI. a mudana de uma indstria baseada no produto, para uma indstria baseada no servio. O Software Livre possui nitidamente custo menor de instalao. A questo como formar prossionais em larga escala para o suporte, pois esses geralmente esto mais familiarizados com os produtos proprietrios. Existe certo nmero de companhias de prestao de servios, bem como representantes de distribuies. No entanto, se a postura da Administrao diante da TI Quem ser processado se as coisas derem erradas?, ento ser necessria mais reexo sobre as reais condies de responsabilizao por problemas na utilizao de software proprietrio. Os mitos de que ambientes de TI baseados neste modelo de licenciamento sejam gerenciveis esto profundamente construdos em nossa sociedade. No entanto, so mitos. Conforme assinala Hexsel2 ,HEXSEL, Roberto Andr. Propostas de Aes de Governo para Incentivar o Uso de Software Livre. Curitiba, UFPR 2002. Relatrio Tcnico RT-DINF 004/2002. Disponvel em http://www.inf.ufpr.br/~roberto.2

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Referncia de Migrao para Software Livre do Governo Federal

O simples fato de existir um proprietrio do software, e portanto legalmente imputvel, no prov necessariamente garantia quanto a prejuzos decorrentes de erros ou falhas nos sistemas. Pelo contrrio, freqentemente o proprietrio se exime de qualquer responsabilidade por danos ou prejuzos decorrentes da utilizao correta3 de seus produtos.

necessrio igualmente entendimento da dinmica do movimento Software Livre e do seu funcionamento. Aconselhamos denir a melhor forma de se relacionar com a comunidade Software Livre e usufruir os benefcios do novo modelo de negcios. Os dois modelos adotados apresentam riscos inerentes, mas as condies efetivas para gerenci-los mesmo que no atendidas pelos modelos de comercializao institudos e praticados esto mais acessveis em ambientes livres. O processo de migrao deveria, em tese, consistir das partes que se seguem. Algumas delas podem ser feitas em paralelo, tais como a 2, a 3 e a 4, ou de acordo com o planejamento de cada instituio.

1 Criao de equipe habilitada com apoio gerencial A criao de equipe habilitada o primeiro passo para a realizao de qualquer processo de migrao. Alm disso, importante que haja apoio gerencial, caso contrrio haver resistncia para sair do modelo dos sistemas proprietrios. Essa equipe de suporte tcnico dever possibilitar que se construam, no mnimo, pilotos representativos, o registro ocial desta ao fundamental; portanto, ter que ser produzido um relatrio de implementao/plano de trabalho e talvez algum documento mais detalhado, quando houver mais dados disponveis. O Apndice E apresenta um exemplo de institucionalizao de Comit ou Grupo de Trabalho.

2 Entendimento do ambiente alvo necessrio que se entenda o ambiente-alvo, tanto o Software Livre quanto a arquitetura bsica (veja Captulo 9), junto com as vrias opes e escolhas disponveis. Nesta fase importante treinar a equipe existente, recrutar ou utilizar consultores, o que vai demandar custo inicial; portanto, requer suporte gerencial suciente. H, por vezes, a idia de que o Software Livre possa ser compreendido e utilizado sem nus. Essa expectativa pode provocar inconsistncias nos custos planejados ou subdimensionar os planos de investimento.

3 Reviso da arquitetura base e aplicativos utilizados A migrao uma oportunidade para revermos a arquitetura-base, bem como os aplicativos. A arquitetura que recomendamos no Captulo 9 baseada no controle centralizado e possui algumas vantagens ali discutidas. Essa mudana pode implicar custos, a serem considerados. Devemos atentar que os custos no se referem mudana para o Software Livre, mas sim para a nova arquitetura.3

Grifo original do autor.

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4 Entendimento da losoa do Software Livre muito importante que se entenda a losoa do Software Livre. Algumas questes precisam ser bem consideradas antes de tomar-se qualquer deciso: A. Onde houver vrias opes para cada uma das funes, necessrio que os Administradores conheam os prs e os contras de cada produto, para que se possa optar pela soluo que melhor atenda s suas necessidades. Neste Guia sero sugeridos os parmetros que devem ser avaliados para cada uma das opes disponveis, seguidos pelas opes de produtos que j foram conhecidas na prtica em experincias da Administrao e, nalmente, um ou mais casos de sucesso relacionados com essas ferramentas. B. As diferenas entre as vrias distribuies dos sistemas operacionais livres devem ser consideradas. Algumas so desenvolvidas por empresas que oferecem suporte, reparos e manuteno. Outras tm caractersticas distintas para essas mesmas questes; as diferenas devem ser avaliadas antes de se escolher uma distribuio. C. Os Administradores devem determinar o nvel de suporte necessrio. Pode-se obter suporte comercial com os responsveis pelas solues ou com os mantenedores das distribuies, no caso de oferecerem tal suporte. Caso no ofeream, pode-se consegui-lo com servios de terceiros, pois o cdigo-fonte disponibilizado e h muitas companhias oferecendo prestao de servios para tais solues e distribuies. D. A questo do suporte uma diferena bem clara em relao ao mercado de software proprietrio, no qual somente as empresas que dispem do privilgio de acesso fonte podem fornecer o suporte com maior nvel de profundidade isso se torna crtico caso o revendedor proprietrio deixe o negcio sem liberar o cdigo-fonte. Com a adoo do Software Livre, as organizaes tm acesso e controle ao cdigo-fonte; dessa forma, adquirem autonomia para negociar com qualquer empresa que preste este mesmo servio. Alm disso, a maior parte desses aplicativos possui listas de discusso ativas, em que um pedido de ajuda ser respondido por algum interessado na ferramenta. A presena de uma lista de discusso ativa e de uma comunidade de usurios , freqentemente, um dos primeiros critrios na seleo de componentes do software.

5 Realizao de auditorias nos sistemas existentes As informaes coletadas pelas auditorias sero necessrias, no somente para fazer a migrao, mas, em grande parte, para construir um modelo de custo de propriedade para um plano / relatrio de migrao detalhado. Faamos o inventrio4 : A. Para cada aplicativo usado:4

O Governo Federal disponibiliza para o inventrio de Hardware e Software o sistema CACIC (mais informaes:

http://guialivre.governoeletronico.gov.br/cacic), disponibilizado sob a licena GPL.

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a. o nome do aplicativo, o nmero da verso e o contato para responder a questes relacionadas ao aplicativo; b. a quantidade de usurios que requerem acesso ao aplicativo, incluindo a hiptese de acesso simultneo; c. com quais sistemas operacionais o aplicativo pode ser usado considerar todos os ambientes; d. quais outros aplicativos so necessrios, tanto no cliente como no servidor, para o aplicativo funcionar pr-requisitos e/ou dependncias; e. o hardware exigido, considerando se necessrio algum equipamento fora dos padres ou de ltima gerao alta performance, etc.; f. os protocolos e as portas usados para comunicar-se com outros aplicativos; g. os formatos de arquivos requeridos e gerados. B. Requisio de Dados: O conceito de dado deve ser interpretado no sentido amplo, o que inclui, por exemplo, documentos de processador de textos e planilhas, dados som/voz e de imagem, alm dos bancos de dados habituais: em geral, qualquer coisa que se pretenda processar em um computador. a. Quais so as diculdades na interface com sistemas externos ou usurios fora dos quadros de funcionrios da Administrao? b. Quais os requisitos para guardar os dados e poder process-los no futuro? H um repositrio de dados legados ao qual se tenha que dar suporte? Em caso positivo, h necessidade de aplicativos especcos para acess-los (caso estejam armazenados em mdias cuja acessibilidade restrita a determinado sistema ou aplicativo) e processlos? Dividamos os dados nas seguintes categorias: i. Dados que no precisam ser mantidos e podem ser eliminados. Descarte-os. Tenha cuidado de fazer o backup para o descarte no perodo adequado, de acordo com a poltica de armazenamento de dados da instituio; ii. Dados que precisam ser mantidos e se encontram normalmente em formato aberto, ou podem que ser facilmente convertidos para o formato aberto. Neste ltimo caso, o custo e o prazo da converso devem ser avaliados; iii. Dados que precisam ser mantidos, mas que estejam em formato proprietrio fechado, que no permite fcil converso para formato aberto. Esses dados podem necessitar de cpias do aplicativo proprietrio especco para serem mantidos. O custo desse aplicativo deve ser avaliado. O nmero de cpias desse aplicativo pode ser determinado pelo grau de acesso necessrio aos dados. Por exemplo, se os dados forem raramente acessados, uma nica cpia em uma mquina central ser suciente. Tambm pode ser necessrio manter um hardware especco para usar esses aplicativos. Finalmente, para tanto, pode-se considerar a utilizao de caractersticas do modelo Cliente Leve Thin Client (veja na Seo 9.1) ou a utilizao de emuladores (veja Seo 11.4). C. Requisitos de SeguranaVerso 1.0 Pgina 66

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a. Qual o sistema atual para criao de usurios e senhas? H uma estrutura para os nomes dos usurios? Em caso positivo, qual ela? Est de acordo com a norma apontada na e-PING? Qual a poltica para alterao de senhas? b. H sistemas que requerem alguma outra autenticao alm de um simples nome de usurio e de uma senha? c. Quais as polticas Administrativas e de Governo existentes com relao ao uso de computadores? Existem normas internas especcas? Por