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gestão empresarial SISTEMA DE INFORMAÇÃO Como Desenvolver e GerenCiar sistemas

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gestão empresarialSISTEMA DE INFORMAÇÃO

Como Desenvolver e GerenCiar sistemas

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SiStema de informaçãoComo Desenvolver e GerenCiar sistemas

ObjetivOs da Unidade de aprendizagem Identificar e descrever os principais passos de resolu-ção de problemas para desenvolver novos sistemas de informação.

COmpetênCias Reconhecer os principais passos de resolução de proble-mas para desenvolver novos sistemas de informação.

Habilidades Utilizar um processo de desenvolvimento de SI como referencial para a solução de problemas empresa-riais simples.

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ApresentAção

Tem o intuito de capacitar o aluno a identificar e descrever os principais passos de resolução de problemas para desenvol-ver novos sistemas de informação, uma abordagem gerencial e não técnica a ser empregada no desenvolvimento de Siste-mas de Informação visa ajudar o aluno a tomar as seguintes decisões: Make ou Buy (Fazer ou Comprar)? Se a decisão for Fazer, qual processo utilizar? O Processo Unificado?

pArA ComeçAr

Cabe também a todo profissional de negócios desenvolver soluções com sistemas de informação para problemas em-presariais. Este profissional não será o que implementará o novo sistema, mas terá que fornecer as informações corre-tas chamadas requisitos para que o futuro sistema atenda as metas, que são solucionar problemas e/ou atender as novas necessidades. Como usuário final, você deverá pro-por e também ajudar a desenvolver novas aplicações ou aprimorar as já existentes. E como gerente, muito prova-velmente terá que administrar os recursos, principalmente humanos, para esse desenvolvimento.

É bem provável que encontremos várias soluções pron-tas no mercado, os chamados pacotes de software comer-ciais ou COTS (Commercial Off-The-Shelf), mas pode ser que não atendam às reais necessidades de uma dada organiza-ção, seja o seu preço ou as funcionalidades ausentes ou que sejam inconsistentes da maneira que é operacionalizada na organização. Também, quando se trata de atividade fim de uma organização, prefere-se não adquirir uma solução pronta para oferecer um diferencial tecnológico e de negó-cio, arrebanhando novos clientes e alavancando ainda mais os próprios negócios.

Só para citar um exemplo, você provavelmente deve pos-suir mais de uma conta corrente bancária, de bancos dife-rentes, e cada sistema financeiro faz muita coisa semelhan-te tal como sacar, depositar, consultar extrato e saldo, mas

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cada banco possui o seu Sistema de Informação próprio! Por qual razão, já que todos aparentemente fazem as mesmas coisas? A razão disso você comprovará até o final desta Unidade de Aprendizagem.

Por essas razões decide-se pelo desenvolvimento de um novo siste-ma para solucionar um desafio importante na empresa. No processo de desenvolvimento de novos sistemas, tal qual o Processo Unificado (RUP – Rational Unified Process) apresentado na Figura 1, muitas serão as esco-lhas de hardware e software, e terá de reprojetar processos de negócios e cargos a fim de maximizar o valor extraído do novo sistema.

A decisão mais importante que você terá de tomar envolve compreen-der exatamente o que a organização quer que o software faça e qual valor esta solução trará a esta mesma organização.

Nesta Unidade de Aprendizagem será apresentada uma metodologia para guiá-lo através do processo de resolução de problemas no desenvol-vimento de novos sistemas de informação, bem como uma maneira de avaliar o valor empresarial dos novos sistemas.

Também abordaremos nesta Unidade de Aprendizagem algumas ques-tões éticas e sociais em sistemas de informação, tal como o dilema ético que pode ocorrer ao implantar um novo sistema de informação que redu-za os custos trabalhistas e elimine cargos. Ao projetar uma solução, é ne-cessário estar ciente dos impactos negativos dos sistemas de informação, e precisa equilibrar esses impactos e as consequências positivas.

iniciação elaboracão construção transição

I1 E1 E2 C1 C2 C3 C4 T1 T2

modelagem de negócio

requisitos

análise e design

implementação

teste

implantação

FundAmentos

Um novo sistema de informação é desenvolvido para solucionar um pro-blema ou um conjunto de problemas que a organização reconhece estar

Figura 1. Visão Geral do RUP (Rational Unified Process).Fonte: Adaptado de http://www.infoescola.com/engenharia-de-software/rup/ (acesso em 07/07/2015)

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enfrentando, ou atender a uma oportunidade, alavancando assim o ne-gócio (LAUDON; LAUDON, 2007, p.341). Esta solução poderá já existir na forma de um pacote de software comercial, os COTS citados na seção an-terior, mas seu investimento poderá ser muito alto, ou não atender exa-tamente da maneira como a organização deseja ou necessite, ou ambos.

Uma metodologia para guiá-lo através do processo de resolução de problemas no desenvolvimento de novos sistemas de informação baseia--se no seguinte processo: definir e entender o problema, desenvolver soluções alternativas, escolher a melhor solução e implementar a solu-ção (Figura 2).

Escolher a melhor solução

Implementar a solução

Definir e entender o problema

Desenvolver soluções

alternativas

Na fase de definição e entendimento do problema, define-se o problema, identifica suas causas, identifica os objetivos de solução e identifica os requisitos de informação. No mundo dos negócios, os problemas de sis-temas de informação geralmente resultam de uma combinação de fatores humanos, organizacionais e tecnológicos, e os requisitos de informação de um novo sistema identificam quem precisa de qual informação, quan-do, onde e como.

Ao desenvolver soluções alternativas, identificam-se soluções alternativas.Na escolha da melhor solução, avaliam-se as alternativas e escolhe-se

a melhor solução. Para isso faz-se um estudo de viabilidade para deter-minar se cada solução proposta é viável, ou exequível, do ponto de vista financeiro, técnico e organizacional (LAUDON; LAUDON, 2007, p.343).

E na implementação da solução, criam-se especificações de projeto de-talhadas, seleciona-se e adquire-se o hardware necessário, desenvolve-se ou adquire-se o software, testa-se o sistema, prepara-se o treinamento e a documentação (embora esta é elaborada desde a definição e entendi-mento do problema), converte-se o sistema se necessário e avalia-se a so-lução de sistema. O projeto de sistemas mostra como a solução escolhida deve ser concretizada.

Os três primeiros passos da resolução de problemas – identificar o pro-blema, reunir informações, delinear soluções alternativas e tomar uma decisão sobre a melhor solução – são chamados de análise de sistemas.

Figura 2. Processo genérico de desenvolvimento de um SI.Fonte: Adaptado de LAUDON; LAUDON (2007, p.342)

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atençãoA Análise de Sistemas consiste em identificar o problema, reunir informações, delinear soluções alternativas e tomar uma decisão sobre a melhor solução. (LAUDON; LAUDON, 2007, p.342.)

O sistema deve ser exaustivamente testado para se assegurar que está produzindo os resultados corretos e esperados. O processo de teste exige o teste detalhado de cada programa de computador, chamado teste de unidade, assim como o teste de integração e de sistema, que testa o fun-cionamento do sistema de informação como um todo, inclusive de suas interfaces com os usuários e com outros sistemas de informação. O teste de aceite ou homologação provê a certificação final de que o sistema está pronto para ser usado em ambiente de produção. Para isso, é necessário elaborar um plano de teste, que inclui todos os preparativos para a série de testes, ou seja, as várias condições a serem testadas, os requisitos de cada condição testada e os resultados esperados. Planos de teste reque-rem entradas tanto de usuários finais quanto de especialistas em siste-mas de informação (LAUDON; LAUDON, 2007, p.345).

O treinamento e a documentação são imprescindíveis para o bom e cor-reto uso do novo sistema de informação. Deve ser preparada uma detalha-da documentação sobre o funcionamento do sistema, tanto do ponto de vista técnico, quanto do ponto de vista do usuário final (help on-line muito bem documentado sobre a operacionalização do sistema, por exemplo).

A conversão é o processo de passagem do sistema antigo para o novo (LAUDON; LAUDON, 2007, p.345). Há três principais estratégias de conver-são: em paralelo, direta e da abordagem em fases.

Na conversão em paralelo, tanto o sistema antigo quanto o seu substi-tuto, são executados juntos durante algum tempo, até que todos estejam seguros de que o novo funciona corretamente. O sistema antigo conti-nua disponível como reserva, para o caso de problemas. A estratégia de conversão direta substitui completamente o sistema antigo pelo novo em uma data determinada, implicando o risco de que não há outro sistema de reserva ao qual recorrer caso surjam problemas. A abordagem em fa-ses introduz o novo sistema em fases.

atençãoA Análise de Requisitos, parte integrante da Análise de Sis-temas em definição e entendimento do problema, define

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cuidadosamente os objetivos do sistema modificado ou do novo sistema e desenvolve uma descrição detalhada das funções que o novo sistema deve desempenhar. (LAUDON; LAUDON, 2007, p.342)

E após a instalação do novo sistema e uma vez concluída a conversão, diz--se que o sistema está em produção. Mudanças em hardware, software, documentação ou procedimentos de um sistema em produção para cor-rigir erros, atender a novos requisitos ou melhorar a eficiência do proces-samento são chamadas de manutenção (LAUDON; LAUDON, 2007, p.346).

papo técnicoHá diferentes abordagens de desenvolvimento de siste-mas. O mais antigo é o ciclo de vida de sistemas tradicional, também chamado “cascata”, cuja estratégia é o desenvol-vimento sequencial (não passar para outra fase do desen-volvimento antes de concluir a atual). Aliado a esse para-digma é fortemente recomendado o uso da Prototipagem, que consiste em montar um protótipo (sistema experimen-tal) rapidamente com a intenção de submeter à avaliação do cliente e usuários finais. Outra abordagem é o Processo Unificado, que consiste de quatro grandes fases (concepção, elaboração, construção e transição), mas de forma cíclica, evolutiva e incremental. Em cada ciclo de duração fixa entre 2 e 8 semanas, faz-se com mais ou menos intensidade aná-lise, projeto, implementação, teste e validação com o cliente e usuário final. Nas fases iniciais do processo, mais análise, e nas fases finais do processo, mais implementação e teste.

1. valOr empresarial dOs sistemas de infOrmaçãOOs sistemas de informação nos proporcionam custos e benefícios. Espera--se sempre que os benefícios sempre excedam os custos. Os custos po-dem ser de implantação ou operacionais, e os benefícios em tangíveis e intangíveis (LAUDON; LAUDON, 2007, p.347).

Custos de implantação são com hardware, telecomunicações, software e pessoal. Os custos operacionais são com tempo de processamento com-putacional, manutenção, equipe de operação, tempo do usuário, custos de formação continuada e custos de infraestrutura.

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Os benefícios tangíveis podem ser quantificados e pode-se atribuir a eles um valor monetário. Dentre os benefícios tangíveis podemos citar produtividade aumentada, custos operacionais mais baixos, força de tra-balho reduzida, despesas mais baixas com computadores, custos mais baixos de fornecedores externos, custos burocráticos e profissionais mais baixos, taxa reduzida de crescimento de despesas, custos de infraestrutu-ra reduzidos e vendas aumentadas.

Quanto aos benefícios intangíveis, ou seja, benefícios que não podem ser quantificados imediatamente, mas podem tornar-se bons investimen-tos caso gerem ganhos quantificáveis no longo prazo, podemos citar me-lhor utilização de ativos, controle de recursos melhorado, planejamento organizacional melhorado, maior flexibilidade organizacional, informação mais oportuna, mais informação, aprendizagem organizacional melho-rada, cumprimento de exigências legais, aumento da boa vontade dos funcionários, aumento da satisfação com o trabalho, processo de decisão melhorado, operações melhoradas, maior satisfação do cliente e melhor imagem corporativa.

Organizações sólidas e prósperas elaboram um plano de sistemas de informação. O plano contém uma declaração de metas corporativas e es-pecífica como a tecnologia de informação apoia a realização dessas me-tas. O plano de sistemas de informação é um mapa que indica a direção do desenvolvimento de sistemas, suas razões de ser, a situação atual, a estratégia administrativa, o plano de implementação e o orçamento.

Uma vez tenha determinado o rumo geral do desenvolvimento de sistemas por meio do plano de sistemas de informação, a análise de carteira ou portfólio ajudará os dirigentes da organização a avaliar alter-nativas de projetos de sistemas. A análise de carteira faz um inventário de todos os ativos e projetos de sistemas de informação da empresa, incluindo infraestrutura, contratos de terceirização e licenças (LAUDON; LAUDON, 2007, p.349).

As empresas devem examinar sua carteira de projetos em termos de benefícios potenciais e riscos prováveis (Figura 3). Certos tipos de projeto devem ser totalmente evitados (baixo benefício potencial para a empre-sa e alto risco do projeto – quadrante vermelho) e outros, desenvolvidos rapidamente (alto benefício potencial para a empresa e baixo risco do projeto – quadrante verde). Já os que possuem altos benefícios potenciais para a empresa e altos riscos do projeto precisam ser examinados pru-dentemente (quadrante laranja), e os de baixo benefício potencial para a empresa e baixo risco do projeto, são os considerados projetos de rotina (quadrante amarelo).

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Um outro método para se chegar a uma decisão quanto a alternativas de sistemas é o modelo de pontuação (scoring). Nesse método, atribui-se às alternativas uma pontuação única, baseada no grau de atendimento a objetivos selecionados.

risCo Do projeto

alto baixo

be

ne

fíCi

o p

ote

nCi

al

altoExaminar

prudentementeIdentificar e desenvolver

baixoEvitar Projetos

de rotina

Por exemplo, seja avaliar as alternativas de sistema X e Y de uma empre-sa a partir desse modelo de pontuação na forma de uma tabela (Tabela 1), onde a primeira coluna apresenta critérios que os tomadores de deci-são usam para avaliar os sistemas (funções), tais como: processamento de pedidos, facilidade de uso e custos. Cada função dessa com os seus respectivos requisitos: processamento de pedidos com inserção de pe-dido on-line, rastreamento de pedidos e assim por diante. A segunda coluna apresenta os pesos que os tomadores de decisão atribuirão aos critérios numa escala de 1 a 5, por exemplo. As terceira e quinta colunas mostram a porcentagem de atendimento de cada requisito de cada fun-ção, e por último, as colunas quarta e sexta a pontuação de cada alterna-tiva, calculada multiplicando-se a porcentagem de requisitos atendidos para cada função pelo peso atribuído a essa função (LAUDON; LAUDON, 2007, p.349).

critério peso sistema x %

pontuação do sistema x

sistema y %

pontuação do sistema y

processamento de pedidos

inserção de pedidos online 5 67 335 83 415

rastreamento de pedidos 5 81 405 87 435

... ... ... ... ... ...

processamento de pedido total 1.298 1.487

Figura 3. Uma carteira de sistemasFonte: Adaptado de LAUDON; LAUDON (2007, p.349)

Tabela 1. Exemplo de um modelo de pontuação para os sistemas de uma empresa.

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critério peso sistema x %

pontuação do sistema x

sistema y %

pontuação do sistema y

facilidade de uso

... ... ... ... ... ...

... ... ... ... ... ...

facilidade de uso total 851 1.148

custos

... ... ... ... ... ...

... ... ... ... ... ...

custos totais 549 911

pontuação total 2.698 3.546

Por este exemplo observa-se que o sistema Y possui uma maior pontua-ção total, portanto sendo o melhor a ser escolhido.

O ideal seria aplicar o modelo de pontuação (scoring) entre sistemas semelhantes em combinação com a análise de carteira (portfólio) para estabelecer prioridades de qual sistema desenvolver, ou examinar pru-dentemente, se é de rotina ou não, ou evitar terminantemente (baixo be-nefício potencial e alto risco de projeto).

conceitoO sucesso ou fracasso de um novo sistema de informação depende, em grande medida, do papel dos usuários, do grau de respaldo da administração, do nível de risco e complexi-dade do projeto de implementação e de como o processo de implementação em si é gerenciado. (LAUDON; LAUDON, 2007, p.351).

2. QUestões étiCas e sOCiais em sistemas de infOrmaçãOComo gestor ou funcionário, você terá de decidir por si mesmo o que constitui uma conduta ética e legal apropriada. Para isso passemos o con-ceito de ética: refere-se ao conjunto de princípios que estabelece o que é certo ou errado, e que os indivíduos, na qualidade de agentes livres, utilizam para fazer escolhas que orientam o seu comportamento (LAU-DON; LAUDON, 2007, p.373). Portanto, ao usar sistemas de informação, é essencial perguntar-se: “Qual é a atitude ética e socialmente responsável a ser tomada?”.

Há pelo menos quatro tendências tecnológicas que suscitam questões éticas: a capacidade de computação dobra a cada 18 meses, custos de armazenagem de dados estão declinando rapidamente, análise de dados está progredindo e avanço das redes e a Internet.

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As escolhas éticas são decisões tomadas por indivíduos que são res-ponsáveis pelas consequências de seus atos. Responsabilidade significa que a pessoa aceita os custos, os deveres e as obrigações potenciais pelas decisões que toma. Outros conceitos básicos de uma análise ética dos sistemas de informação e daqueles que os administram são prestação de contas, obrigação de indenizar e devido processo legal.

Prestação de contas (accountability) significa que há mecanismos a pos-tos para determinar quem realizou a ação responsável, ou seja, quem é responsável por ela. A obrigação de indenizar (liability) é uma caracterís-tica de sistemas políticos nos quais há um conjunto de leis que permite que os indivíduos reparem os danos causados a eles por outros agentes, sistemas ou organizações. E devido processo legal, processo cujas leis são conhecidas e entendidas e no qual existe a possibilidade de apelar a au-toridades superiores para garantir que elas sejam aplicadas corretamente (LAUDON; LAUDON, 2007, p.378).

Os sistemas não causam “impactos” por si sós. Quaisquer que sejam os impactos dos sistemas de informação, eles são produtos de ações e com-portamentos institucionais, organizacionais e individuais. A responsabilidade pelas consequências da tecnologia recai sobre as instituições, as organiza-ções e os administradores que adotam essa tecnologia. Usar tecnologia de informação de maneira “socialmente responsável” significa que você pode ser e será apontado como responsável pelas consequências de suas ações, e que em uma sociedade ética e política, as pessoas e instituições podem ressarcir-se de danos que sofreram (indenizados) por meio de um conjunto de leis denominado devido processo legal (LAUDON; LAUDON, 2007, p.378).

Assim que surge uma situação que envolve questões éticas, deve ser feita uma análise ética. A análise ética envolve um processo de cinco está-gios: identificação e descrição clara dos fatos, definição do conflito ou dile-ma e identificação dos valores de ordem mais elevada envolvidos, identi-ficação dos interessados, identificação das alternativas razoáveis a adotar e identificação das potenciais consequências das suas opções.

Após essa análise ética, há seis princípios ou regras éticas que deverão ser usadas para tomar uma decisão. A primeira delas é a regra de ouro: “faça aos outros o que você gostaria que fizessem a você”, ou seja, pensar na “equidade” do processo de decisão. A segunda é “se uma ação não é correta para todos, então não é correta para ninguém”, também chamada de imperativo categórico de Immanuel Kant. A terceira é “se uma ação não puder ser realizada repetidamente, então não deve ser realizada nunca”, ou regra da mudança de Descartes. A quarta é denominada de princípio utilitário: “realize a ação que produza o valor mais alto ou maior”. A quin-ta é o princípio da aversão ao risco: “realize a ação que causar o menor

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dano ou que tenha o menor custo potencial”. E por último a sexta regra ética denominada “o almoço nunca é de graça”: “pressuponha que pratica-mente todos os objetos tangíveis e intangíveis pertençam a alguém, salvo declaração em contrário” (LAUDON; LAUDON, 2007, p.379).

Na área de Tecnologia da Informação, há alguns códigos de conduta profissional criados por associações de profissionais tais como a Associa-tion of Information Technology Professionals – AITP (Associação dos Profis-sionais em Tecnologia da Informação) e a Association of Computing Machi-nery – ACM (Associação de Máquinas de Computação). Códigos de ética são promessas de autorregulamentação feitas por profissionais visando ao interesse geral da sociedade.

A Figura 4 apresenta dois grupos de valores, os ocidentais e os não oci-dentais, e como eles convergem para apoiar três valores éticos comuns:

→ Respeito pela dignidade humana; → Respeito pelos direitos básicos; e → Cidadania.

• Liberdade individual

• Igualitarismo

• Participação política

• Direitos humanos

• Respeito pela dignidade humana

• Respeito pelos direitos básicos

• Cidadania

valores ocidentais

valores não-ocidentais

valores comuns

• Kyosei (japonês): viver e trabalhar juntos para o bem comum

• Dharma (hindu): o cumprimento do dever herdado

• Santutthi (budista): a importância dos desejos limitados

• Zakat (mulçumano): a obrição de dar esmolas para os muçulmanos pobres

Os ocidentais são:

→ Liberdade individual;

Figura 4. Valores éticos ocidentais e não ocidentais Fonte: Adaptado de O’BRIEN, 2001, p.413.

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→ Igualitarismo; → Participação política; e → Direitos humanos.

Os não ocidentais são:

→ Kyosei (japonês): viver e trabalhar juntos para o bem comum; → Dharma (hindu): o cumprimento do dever herdado; → Santutthi (budista): a importância dos desejos limitados; e → Zakat (mulçumano): a obrição de dar esmolas para os muçulma-

nos pobres.

dicaCaro aluno! Foram apresentados os principais passos de re-solução de problemas para desenvolver novos sistemas de informação, assim como avaliar modelos para mensurar o valor organizacional dos sistemas de informação. Também foram abordadas questões éticas e sociais em sistemas de informação.

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antena pArAbóliCA

A ChoicePoint, empresa fornecedora de dados pessoais, fornece informações pessoais de pelo menos 145.000 pessoas a criminosos que se fazem passar por pequenas empresas. Hackers roubaram informações pessoais de 32.000 pessoas que utilizam o banco de dados Lexis-Ne-xis. O Bank of America perdeu fitas de back-up contendo 1,2 milhão de registros de funcionários federais. Pratica-mente todos os dias há registro de um novo incidente de roubo de dados pessoais (muitas vezes, o roubo ocorre sem que seja registrado) seguido de uma nova rodada de perguntas: os fornecedores de dados deveriam se submeter a algum tipo de regulação? O roubo de infor-mações sobre identificação pode prejudicar o comércio eletrônico? De que forma os indivíduos podem se prote-ger? Leia o artigo “Você sabe onde está sua identidade? Roubo de dados pessoais escapa às soluções fáceis” no endereço http://www.wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewArticle&id=955&language=portuguese.

Boa leitura!

e AgorA, José?

Acabamos de abordar o como desenvolver e gerenciar sistemas de informação, assim como as questões éticas e sociais em sistemas de informação.

No início desta UA vimos os principais passos de re-solução de problemas para o desenvolvimento de novos sistemas de informação e, antes de iniciarmos a imple-mentação da solução é necessário determinar se um sis-tema de informação é de fato um bom investimento para a empresa, calculando seus custos e benefícios. Também vimos que as principais causas de fracasso de sistemas de informação deve-se a participação inadequada ou in-suficiente do usuário no processo de desenvolvimento do sistema, a falta de apoio da alta administração, al-tos níveis de complexidade e risco e gerenciamento de

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projeto deficiente. Em seguida vimos também que existe uma série de métodos para o desenvolvimento de siste-mas de informação, cada um com as suas próprias ca-racterísticas, e também não menos importante, a análise das relações entre as questões éticas, sociais e políticas pelos sistemas de informação.

Ressalto mais uma vez a mensagem seguinte:

lembre-seO sucesso ou fracasso de um novo siste-ma de informação depende, em grande medida, do papel dos usuários, do grau de respaldo da administração, do nível de risco e complexidade do projeto de imple-mentação e de como o processo de imple-mentação em si é gerenciado.

O próximo assunto que você estudará será sobre a Segu-rança da Informação. Antes disso, exercite mais o assun-to abordado nesta lição na próxima seção.

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glossárioRUP: Rational Unified Process.

reFerênCiAsLAUDON, KeNNeth C.; LAUDON, JANe P. �Sistemas

de informações gerenciais. 7.ed. São Paulo:

Pearson Prentice Hall, 2007. Capítulos 11 e 12.

O’BRIeN, JAmes A.� Sistemas de informação e as

decisões gerenciais na era da Internet. São

Paulo: Saraiva, 2001. Capítulos 10 e 12.