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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2012 Especial H7 anos é o prazo previsto para o investimento de R$ 42 bilhões em rodovias, enquanto os R$ 91 bilhões destinados a ferrovias devem ser desembolsados em 30 anos Fóruns Estadão BRASIL COMPETITIVO 25 Um pacote de logística de R$ 133 bi Pacote anunciado mês passado pelo governo criou a estatal EPL, para promover a integração da infraestrutura no País l Governo vai passar para a iniciativa privada um pacote de concessões de rodovias e ferrovias que demandarão R$ 133 bilhões em investimentos nos próximos 30 anos AS NOVAS CONCESSÕES INFOGRÁFICO/AE PRINCIPAIS ASPECTOS DA CONCESSÃO l Concessão seguirá modelo de Parcerias Público-privadas (PPPs) l Contratos serão assinados até outubro de 2013 l Concessionárias terão de permitir a passagem de trens de qulalquer empresa PRINCIPAIS ASPECTOS DA CONCESSÃO l Leilão deve ocorrer até abril de 2013 l Vence a licitação quem oferecer a menor tarifa de pedágio l Cobrança só começa depois de 10% das obras concluídas l Nos primeiros cinco anos serão feitas duplicações, contornos e travessias l Não haverá cobrança de pedágio em áreas urbanas FONTE: MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES 7,5 mil quilômetros divididos em nove lotes concedidos em cinco Estados e no DF 10 mil quilômetros de trilhos divididos em 12 novos empreendimentos BR-101 BA BR-262 ES/MG BR-153 TO/GO BR-050 GO/MG BR-163 MT BR-163 MS, BR-262 MS, BR-267 MS BR-060 DF/GO, BR-153 GO/MG, BR-262 MG BR-116 MG BR-040 DF/GO/MG Ferroanel SP – Tramo norte Ferroanel SP – Tramo Sul Acesso ao Porto de Santos Lucas do Rio Verde - Uruaçu Uruaçu – Corinto - Campos Rio de Janeiro - Campos - Vitória Belo Horizonte – Salvador Salvador - Recife Estrela d’Oeste – Panorama - Maracaju Maracaju – Mafra São Paulo – Mafra - Rio Grande Açailândia – Vila do Conde Investimentos RODOVIAS FERROVIAS TOTA R$ 79,5 BI R$ 23,5 BI R$ 18,5 BI R$ 56 BI R$ 35 BI R$ 53,5 BI PRIMEIROS 5 ANOS PRIMEIROS 5 ANOS 25 ANOS RESTANTES 25 ANOS RESTANTES PRIMEIROS 5 ANOS 25 ANOS RESTANTES RODOVIAS FERROVIAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 PA MT GO MS RS SC SP MG RJ ES BA SE AL PE PR DF MA 6 7 8 9 R$ 133 BILHÕES R$ 42 BILHÕES R$ 91 BILHÕES Carlos Dias ESPECIAL PARA O ESTADO Pressionado pelos graves pro- blemas da infraestrutura no Brasil, em agosto o governo fe- deral anunciou o Programa de Investimentos em Logística. Um pacote de concessões pa- ra investimentos em infraes- trutura com recursos de R$ 133 bilhões para reformas e construções de ferrovias e ro- dovias federais. Os investimentos serão reali- zados com utilização de Parce- rias Público-privadas (PPPs) e a expectativa é que esse modelo também seja replicado para os portos e aeroportos em propos- ta que deve ser feita em breve pelo Palácio do Planalto. No caso das rodovias, serão 13 trechos divididos em 9 lotes, o equivalente a 7,5 mil quilôme- tros. O investimento previsto é de R$ 42 bilhões em 25 anos, dos quais R$ 23,5 bilhões nos primei- ros cinco anos de concessão. Já as ferrovias terão 12 trechos entre novas obras e remodela- gem. No total serão 10 mil quilô- metros, com investimento pre- visto de R$ 91 bilhões em 30 anos, dos quais R$ 56 bilhões nos primeiros cinco anos. Um grande avanço, celebrado pelo setor privado, foi a criação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), responsável pe- lo planejamento, desenvolvi- mento, prestação de serviços e pesquisas na área. A EPL tam- bém tem como tarefa o financia- mento do Trem de Alta Velocida- de (TAV). Entre os empresários o senti- mento predominante é que o pa- cote é muito bem-vindo, embo- ra muito abaixo das reais necessi- dades do país para diminuir o dé- ficit em infraestrutura. Concessões. O pacote do go- verno prevê que nove lotes de ro- dovias serão concedidos à inicia- tiva privada. Os trechos são: BR-101, na Bahia; BR-262, no Es- pírito Santo e em Minas; BR-153, em Tocantins e Goiás; BR 050, em Goiás e Minas Gerais; BR-163, no Mato Grosso; BR-163/BR-262/BR-267, no Mato Grosso do Sul; BR-060, no Distri- to Federal; BR-153, em Goiás e Minas; BR-262, em Minas; BR-116, em Minas; BR-040, no Distrito Federal e em Goiás e Mi- nas. O governo quer a duplica- ção de toda a BR 116 no trecho que passa pelo Estado de Minas Gerais e também no trecho en- tre Juiz de Fora e Brasília da BR-040. O governo espera que, com as novas concessões, seja criado um grande corre- dor de ferrovias, capaz de escoar mais de 5 mi- lhões de toneladas de grão e minérios. A Valec, estatal do setor fer- roviário, comprará a capacidade integral de ferrovias em todo o País e fará uma oferta pública dessa capacidade, assegurando o direito de passagem dos trens em todas as malhas, dentro da perspectiva de modicidade tari- fária. A Valec deve vender parte dessa capacidade aos usuários que quiserem transportar car- gas, aos operadores independen- tes e aos concessionários. Dos 10 mil quilômetros de fer- rovias, 2,6 mil já estão mais avan- çados em termos de informa- ções e estudos disponíveis, co- mo o Ferroanel São Paulo tre- chos Norte e Sul, acesso ao Por- to de Santos, Lucas do Rio Verde a Uruaçu, Estrela d'Oeste/Pano- rama/Maracaju e Açailândia/Vi- la do Conde. As licitações devem ser feitas em abril e os contratos assinados entre maio e julho. Os demais segmentos, que configuram 7,4 mil quilômetros de rodovias, são: Uruaçu/Corin- to/Campos, Salvador/Recife, Rio de Janeiro/Campos/Vitória, Belo Horizonte/Salvador, Mara- caju/Mafra e São Paulo/Mafra/ Rio Grande. A indústria tem pressa, o Brasil não pode esperar. A agenda CNI para a competitividade contempla 12 áreas de atuação: Segurança Jurídica Tributação e Gasto Público Financiamento Relações do Trabalho Infraestrutura Educação Inovação Comércio Exterior Meio Ambiente Burocracia Micro e Pequena Empresa: um Caso Especial Macroeconomia do Alto Crescimento CNI. A FORÇA DO BRASIL INDÚSTRIA. Mais infraestrutura para acelerar a construção de uma indústria forte. Hoje o Brasil investe 2% de seu PIB em infraestrutura. Isso corresponde, por exemplo, a 1/3 do que a China investe e metade do que é investido na Índia. Apesar dos avanços com o início da construção de vários empreendimentos importantes, ainda precisamos melhorar a oferta dos serviços de áreas estratégicas como aeroportos, hidrovias, ferrovias, portos, navegação de cabotagem, gás natural, energia elétrica, saneamento básico e mais e melhores estradas. E precisamos intensificar esse processo, realizando mais no menor tempo possível, para que o ritmo do nosso crescimento não seja afetado. Afinal, a competitividade, em um mundo de economia globalizada, não espera. Um país com melhor infraestrutura faz com que você tenha acesso a melhores serviços. Investir mais em infraestrutura impulsiona a competitividade da indústria nacional. Ter uma boa infraestrutura atrai investimentos que estimulam o nosso crescimento econômico. Brasil com melhor infraestrutura é igual a indústria mais competitiva, que é igual a Brasil mais desenvolvido para você. Opine e veja mais informações sobre o tema em: www.aindustriatempressa.com.br

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O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 17 DE SETEMBRO DE 2012 Especial H7

anos é o prazo previsto para o investimento de R$ 42 bilhões em rodovias, enquantoos R$ 91 bilhões destinados a ferrovias devem ser desembolsados em 30 anos

Fóruns Estadão BRASIL COMPETITIVO

25

Um pacote de logística de R$ 133 biPacote anunciado mês passado pelo governo criou a estatal EPL, para promover a integração da infraestrutura no País

l Governo vai passar para a iniciativa privada um pacote de concessões de rodovias e ferrovias que demandarão R$ 133 bilhões em investimentos nos próximos 30 anos

AS NOVAS CONCESSÕES

INFOGRÁFICO/AE

PRINCIPAIS ASPECTOS DA CONCESSÃO

l Concessão seguirá modelo de Parcerias Público-privadas (PPPs)l Contratos serão assinados até outubro de 2013l Concessionárias terão de permitir a passagem de trens de qulalquer empresa

PRINCIPAIS ASPECTOS DA CONCESSÃO

l Leilão deve ocorrer até abril de 2013l Vence a licitação quem oferecer a menor tarifa de pedágiol Cobrança só começa depois de 10% das obras concluídasl Nos primeiros cinco anos serão feitas duplicações, contornos e travessiasl Não haverá cobrança de pedágio em áreas urbanas

FONTE: MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

7,5 mil quilômetros divididos em nove lotes concedidos em cinco Estados e no DF

10 mil quilômetros de trilhos divididos em 12 novos empreendimentos

BR-101 BABR-262 ES/MGBR-153 TO/GOBR-050 GO/MGBR-163 MTBR-163 MS,BR-262 MS,BR-267 MSBR-060 DF/GO,BR-153 GO/MG,BR-262 MGBR-116 MGBR-040 DF/GO/MG

Ferroanel SP – Tramo norteFerroanel SP – Tramo SulAcesso ao Porto de Santos Lucas do Rio Verde - UruaçuUruaçu – Corinto - CamposRio de Janeiro - Campos - VitóriaBelo Horizonte – SalvadorSalvador - Recife Estrela d’Oeste – Panorama - MaracajuMaracaju – MafraSão Paulo – Mafra - Rio GrandeAçailândia – Vila do Conde

Investimentos

RODOVIAS

FERROVIAS

TOTA

R$ 79,5 BI

R$ 23,5 BI R$ 18,5 BI R$ 56 BI R$ 35 BI

R$ 53,5 BI

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PRIMEIROS 5 ANOS

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R$ 133 BILHÕES

R$ 42 BILHÕES R$ 91 BILHÕES

Carlos DiasESPECIAL PARA O ESTADO

Pressionado pelos graves pro-blemas da infraestrutura noBrasil, em agosto o governo fe-deral anunciou o Programa deInvestimentos em Logística.Um pacote de concessões pa-ra investimentos em infraes-trutura com recursos de R$133 bilhões para reformas econstruções de ferrovias e ro-dovias federais.

Os investimentos serão reali-zados com utilização de Parce-rias Público-privadas (PPPs) e aexpectativa é que esse modelotambém seja replicado para osportos e aeroportos em propos-ta que deve ser feita em brevepelo Palácio do Planalto.

No caso das rodovias, serão 13trechos divididos em 9 lotes, oequivalente a 7,5 mil quilôme-tros. O investimento previsto éde R$ 42 bilhões em 25 anos, dosquais R$ 23,5 bilhões nos primei-ros cinco anos de concessão.

Já as ferrovias terão 12 trechosentre novas obras e remodela-gem. No total serão 10 mil quilô-metros, com investimento pre-visto de R$ 91 bilhões em 30anos, dos quais R$ 56 bilhões nosprimeiros cinco anos.

Um grande avanço, celebradopelo setor privado, foi a criaçãoda Empresa de Planejamento eLogística (EPL), responsável pe-lo planejamento, desenvolvi-mento, prestação de serviços epesquisas na área. A EPL tam-bém tem como tarefa o financia-mento do Trem de Alta Velocida-

de (TAV).Entre os empresários o senti-

mento predominante é que o pa-cote é muito bem-vindo, embo-ra muito abaixo das reais necessi-dades do país para diminuir o dé-

ficit em infraestrutura.

Concessões. O pacote do go-verno prevê que nove lotes de ro-dovias serão concedidos à inicia-tiva privada. Os trechos são:

BR-101, na Bahia; BR-262, no Es-pírito Santo e em Minas; BR-153,em Tocantins e Goiás; BR 050,em Goiás e Minas Gerais;BR-163, no Mato Grosso;BR-163/BR-262/BR-267, no Mato

Grosso do Sul; BR-060, no Distri-to Federal; BR-153, em Goiás eMinas; BR-262, em Minas;BR-116, em Minas; BR-040, noDistrito Federal e em Goiás e Mi-nas. O governo quer a duplica-

ção de toda a BR 116 no trechoque passa pelo Estado de MinasGerais e também no trecho en-tre Juiz de Fora e Brasília daBR-040.

O governo espera que, comas novas concessões, sejacriado um grande corre-dor de ferrovias, capazde escoar mais de 5 mi-

lhões de toneladas de grãoe minérios.A Valec, estatal do setor fer-

roviário, comprará a capacidadeintegral de ferrovias em todo oPaís e fará uma oferta públicadessa capacidade, assegurandoo direito de passagem dos trensem todas as malhas, dentro daperspectiva de modicidade tari-fária. A Valec deve vender partedessa capacidade aos usuáriosque quiserem transportar car-gas, aos operadores independen-tes e aos concessionários.

Dos 10 mil quilômetros de fer-rovias, 2,6 mil já estão mais avan-çados em termos de informa-ções e estudos disponíveis, co-mo o Ferroanel São Paulo tre-chos Norte e Sul, acesso ao Por-to de Santos, Lucas do Rio Verdea Uruaçu, Estrela d'Oeste/Pano-rama/Maracaju e Açailândia/Vi-la do Conde. As licitações devemser feitas em abril e os contratosassinados entre maio e julho.

Os demais segmentos, queconfiguram 7,4 mil quilômetrosde rodovias, são: Uruaçu/Corin-to/Campos, Salvador/Recife,Rio de Janeiro/Campos/Vitória,Belo Horizonte/Salvador, Mara-caju/Mafra e São Paulo/Mafra/Rio Grande.

A indústria tem pressa, o Brasil não pode esperar.

A agenda CNI para a competitividadecontempla 12 áreas de atuação:

SegurançaJurídica

Tributaçãoe Gasto Público

Financiamento Relaçõesdo Trabalho

Infraestrutura Educação Inovação ComércioExterior

MeioAmbiente

Burocracia Micro e Pequena Empresa:um Caso Especial

Macroeconomia doAlto Crescimento

CNI. A FORÇA DO BRASIL INDÚSTRIA.

Mais infraestrutura para acelerara construção de uma indústria forte.

Hoje o Brasil investe 2% de seu PIB em infraestrutura. Isso corresponde, por

exemplo, a 1/3 do que a China investe e metade do que é investido na Índia.

Apesar dos avanços com o início da construção de vários empreendimentos

importantes, ainda precisamos melhorar a oferta dos serviços de áreas estratégicas

como aeroportos, hidrovias, ferrovias, portos, navegação de cabotagem, gás natural,

energia elétrica, saneamento básico e mais e melhores estradas. E precisamos

intensificar esse processo, realizando mais no menor tempo possível, para que

o ritmo do nosso crescimento não seja afetado. Afinal, a competitividade, em um

mundo de economia globalizada, não espera.

• Um país com melhor infraestrutura faz com que você tenha acesso

a melhores serviços.

• Investir mais em infraestrutura impulsiona a competitividade da indústria nacional.

• Ter uma boa infraestrutura atrai investimentos que estimulam o nosso

crescimento econômico.

Brasil com melhor infraestrutura é igual a indústria mais competitiva,

que é igual a Brasil mais desenvolvido para você.

Opine e veja mais informações sobre o tema em: www.aindustriatempressa.com.br