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Associação de Deficientes Visuais e Amigos - ADEVA - Ano VIII – nº 40 – maio/junho de 2007 O Conviva comemora dez anos de existência. Em seu primeiro editorial (julho de 1997), Cezar Yamanaka, jornalista res- ponsável pelo jornal em seus primórdios, entrevista uma das fundadoras e então presidente da entidade, Sandra Maria de Sá Brito Maciel. Ela fala de suas preferências (viajar, ler e ouvir livros falados, especialmente os de suspense e mistério), de seus filhos adolescentes, o Fernando e o Marcelo, e, principalmente, da ADEVA. Daqueles dias para cá, o mundo deu muitas voltas. A Sandra é a diretora vice- presidente, já não viaja tanto como gostaria, mas continua uma leitora voraz. Seus filhos cresceram. A ADEVA também já é adulta. Completa 29 anos no dia 9 de agosto. A motivação inicial da sua criação con- tinua a mesma, como a Sandra bem disse naquela entrevista. “Em 1978, doze amigos e eu decidimos criar a entidade com o obje- tivo de integrar os deficientes visuais (dvs) à sociedade, através da convivência entre eles e pessoas não-deficientes, pois víamos que a maioria das entidades eram grupos fechados de deficientes ou de prestadores de serviços. Queríamos que acontecesse uma convivência mais harmoniosa com a gente”. Atualmente, a entidade mantém um espaço próprio (na rua Brig. Tobias, 247, cj. 1116) e dois centros de treinamento, o Mário Covas, na Escola Estadual Lasar Segall (resul- tado de convênio firmado com o governo do Estado de São Paulo em outubro de 2000) e o da praça da Bandeira, 61, cj. 61, em imóvel alugado. Com a parceria de órgãos públicos e de empresas privadas, mais a contribuição dos associados, suas atividades se expandiram. Do trabalho pioneiro na ampliação de livros didáticos para o primeiro e segundo graus, das palestras, dos cursos de microinformática com sintetizador de voz (naquela época, o DosVox; hoje, também, o Virtual Vision, 5ª versão, e o Jaws) passou a uma grade cada vez mais diversificada de cursos para a capacitação e reciclagem profissional da pessoa com deficiência visual. São eles: digitação, Windows, Word, Internet, HTML, JavaScript, Lógica de progra- mação, SQL, Excel, Access, Delphi, manuten- ção de microcomputadores e instalação de rede, estenotipia, educação para o trabalho, habilidades didáticas, marketing pessoal, relacionamento interpessoal, qualidade no atendimento, telemarketing, técnicas de vendas por telefone, vendas externas, Telecurso (fundamental e médio), Braille, locomoção. Mantém, dentro do programa Acessa São Paulo (do governo estadual), um infocentro exclusivo para dvs. Oferece também impres- são Braille para terceiros em seu parque gráfico, que conta com três impressoras profissionais de médio porte. Uma equipe de profissionais com larga experiência na colocação dos dvs no mercado de trabalho presta consultoria e assessoria sobre empregabilidade da pessoa deficiente visual para órgãos públicos e empresas privadas, indo ao encontro do momento presente que, no depoimento da Sandra, já se prenunciava. “Os lugares tradicionais ocupados pelos deficientes são a montagem na indústria, a telefonia, a câmara escura, que já começam a ser ocupados por equipa- mentos automatizados, computadorizados. Por isso, acreditamos que as melhores opor- tunidades estejam nas atividades ligadas à microinformática. Ela está possibilitando ao deficiente acesso a uma gama maior de informações, ampliando suas possibilidades de inserção no mundo do trabalho – não sei precisar qual a dimensão desse mercado, mas acredito ser bem grande.” Tudo isso é uma realidade que a Lei de Cotas (nº 8.213 de 1991, estipulando pisos percentuais diferenciados de contratação de empregados com deficiência, de acordo com o tamanho da empresa) tem ajudado a concretizar. Mas ainda há muito que se fazer. Porque, como ela bem disse, “os dirigentes, os órgãos públicos e os empresários precisam acre- ditar na capacidade dos deficientes e criar oportunidades para que possamos mostrar o nosso potencial. Uma nação não pode ser considerada grande se dispensa o trabalho de seus cidadãos deficientes”. Há dez anos...

Há dez anos - adeva.org.br · 2000) e o da praça da Bandeira, 61, cj. 61, em imóvel alugado. ... Telecurso (fundamental e médio), Braille, locomoção. Mantém, dentro do programa

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Associação de Deficientes Visuais e Amigos - ADEVA - Ano VIII – nº 40 – maio/junho de 2007

O Conviva comemora dez anos de existência. Em seu primeiro editorial (julho de 1997), Cezar Yamanaka, jornalista res-ponsável pelo jornal em seus primórdios, entrevista uma das fundadoras e então presidente da entidade, Sandra Maria de Sá Brito Maciel.

Ela fala de suas preferências (viajar, ler e ouvir livros falados, especialmente os de suspense e mistério), de seus filhos adolescentes, o Fernando e o Marcelo, e, principalmente, da ADEVA.

Daqueles dias para cá, o mundo deu muitas voltas. A Sandra é a diretora vice-presidente, já não viaja tanto como gostaria, mas continua uma leitora voraz. Seus filhos cresceram. A ADEVA também já é adulta. Completa 29 anos no dia 9 de agosto.

A motivação inicial da sua criação con-tinua a mesma, como a Sandra bem disse naquela entrevista. “Em 1978, doze amigos e eu decidimos criar a entidade com o obje-tivo de integrar os deficientes visuais (dvs) à sociedade, através da convivência entre eles e pessoas não-deficientes, pois víamos que a maioria das entidades eram grupos fechados de deficientes ou de prestadores de serviços. Queríamos que acontecesse uma convivência mais harmoniosa com a gente”.

Atualmente, a entidade mantém um espaço próprio (na rua Brig. Tobias, 247, cj. 1116) e dois centros de treinamento, o Mário Covas, na Escola Estadual Lasar Segall (resul-tado de convênio firmado com o governo do Estado de São Paulo em outubro de 2000) e o da praça da Bandeira, 61, cj. 61, em imóvel alugado.

Com a parceria de órgãos públicos e de empresas privadas, mais a contribuição dos associados, suas atividades se expandiram. Do trabalho pioneiro na ampliação de livros didáticos para o primeiro e segundo graus, das palestras, dos cursos de microinformática com sintetizador de voz (naquela época, o DosVox; hoje, também, o Virtual Vision, 5ª versão, e o Jaws) passou a uma grade cada vez mais diversificada de cursos para a capacitação e reciclagem profissional da pessoa com deficiência visual.

São eles: digitação, Windows, Word, Internet, HTML, JavaScript, Lógica de progra-mação, SQL, Excel, Access, Delphi, manuten-ção de microcomputadores e instalação de rede, estenotipia, educação para o trabalho, habilidades didáticas, marketing pessoal, relacionamento interpessoal, qualidade no atendimento, telemarketing, técnicas de vendas por telefone, vendas externas, Telecurso (fundamental e médio), Braille, locomoção.

Mantém, dentro do programa Acessa São Paulo (do governo estadual), um infocentro exclusivo para dvs. Oferece também impres-são Braille para terceiros em seu parque gráfico, que conta com três impressoras profissionais de médio porte.

Uma equipe de profissionais com larga experiência na colocação dos dvs no mercado de trabalho presta consultoria e assessoria sobre empregabilidade da pessoa deficiente visual para órgãos públicos e empresas privadas, indo ao encontro do momento presente que, no depoimento da Sandra, já se prenunciava. “Os lugares tradicionais ocupados pelos deficientes são a montagem na indústria, a telefonia, a câmara escura, que já começam a ser ocupados por equipa-mentos automatizados, computadorizados. Por isso, acreditamos que as melhores opor-tunidades estejam nas atividades ligadas à microinformática. Ela está possibilitando ao deficiente acesso a uma gama maior de informações, ampliando suas possibilidades de inserção no mundo do trabalho – não sei precisar qual a dimensão desse mercado, mas acredito ser bem grande.”

Tudo isso é uma realidade que a Lei de Cotas (nº 8.213 de 1991, estipulando pisos percentuais diferenciados de contratação de empregados com deficiência, de acordo com o tamanho da empresa) tem ajudado a concretizar.

Mas ainda há muito que se fazer. Porque, como ela bem disse, “os dirigentes, os órgãos públicos e os empresários precisam acre-ditar na capacidade dos deficientes e criar oportunidades para que possamos mostrar o nosso potencial. Uma nação não pode ser considerada grande se dispensa o trabalho de seus cidadãos deficientes”.

Há dez anos...

2 Maio/Junho

Hiperlinks: um recurso muito útilNo caderno Informática do jornal Folha de S.Paulo (Canal

aberto, 18/4/2007), li sobre um recurso do Microsoft Word muito útil. Certamente, a matéria passou desapercebida pela maioria das pessoas com deficiência visual por acha-rem difícil seu uso com os leitores de tela. Trata-se do uso de hiperlinks em um documento do Word, apontando para partes do próprio documento.

Alguém poderia perguntar... mas qual a utilidade disso?

Com a popularização do uso do computador, cada vez mais temos textos, monografias, livros, etc. sendo digitali-zados e disponibilizados por meio da internet e CD-ROMs, dentre outras formas de acesso ao mundo digital. Com isso, nos deparamos com documentos enormes no formato do Microsoft Word. É verdade que esse programa oferece várias formas de navegação por um documento (a busca, ir para e a barra de rolagem), que com o mouse se pode avançar e voltar rapidamente por uma grande quantidade de páginas, mas a pessoa cega não consegue tirar proveito delas.

Portanto, um ótimo recurso são os hiperlinks. Úteis em documentos extensos, são pouco usados. Vamos, então, mostrar como os cegos podem tirar proveito de tal recurso e também incentivar os leitores sem deficiência visual a prestarem mais atenção nele.

Assim como acontece com as páginas da internet, o Word nos permite criar hiperlinks, que com um clique nos leva para um site ou mesmo para um capítulo específico do documento onde o hiperlink se encontra. Para isso, localizam-se capítulos, seções ou mesmo partes do texto onde se quer chegar rapidamente e cria-se um indicador para cada ponto escolhido.

Um indicador é uma área ou local do documento que se nomeia para fins de referência. Depois disso, associa-se cada indicador a um hiperlink que deve estar na primeira página funcionando como um índice. Como se pode concluir, o uso desse recurso só faz sentido em documentos extensos, onde a localização de um conteúdo é mais difícil.

Para se criar um hiperlink, é preciso seguir os seguintes passos:

1. Abrir o documento desejado.

2. Localizar o ponto do texto onde se deseja chegar quando o hiperlink for acionado e marcá-lo (pode selecionar o texto com o mouse ou usar as teclas control + shift + seta para a direita, ou ainda, se for uma linha inteira, usar shift + seta para baixo).

3. Criar um indicador nesse ponto (para isso, vá até inserir, digite alt + I ou mesmo pressione o alt da esquerda e vá com a seta direita até o menu inserir, desça com a seta até indicador e pressione enter, ou pressione a letra r para abrir a caixa de diálogo onde se definirá o indicador).

4. Em nome do indicador, digite ou selecione um nome; você pode criar quantos indicadores quiser (no local do indicador, não aparecerá nenhum elemento visual); para andar entre os

campos, clique com o mouse ou, no caso de ser usuário de leitor de tela, navegue com a tecla tab e, para concluir, clique em adicionar.

5. Para criar outros indicadores, repita do passo 2 ao 4.

Ao final, tem-se um texto com indicadores prontos a serem acionados por um hiperlink ou mesmo pelo localizar. Para acioná-los por meio do ir para, que é uma aba do localizar, clique em ir para, ou digite control + y. Na janela que se abre, escolha o indicador com o mouse, ou pressione shift + tab, desça com a seta até indicador e pressione tab para digitar o nome do indicador que deseja procurar. Uma vez que o nome esteja correto, você será levado para o local do documento onde ele foi criado.

No entanto, se criar um hiperlink na primeira página do documento, é possível chegar ao indicador com apenas um clique, evitando assim os passos indicados acima.

Para criar um hiperlink, siga os seguintes passos:

1. Escreva uma palavra, ou linha, no começo do documento que deixe claro o ponto para onde deseja ir e que já tenha criado um indicador.

2. Selecione o texto como já indicado no item 2 da criação de indicadores acima descrito.

3. Vá ao menu inserir e desça até hiperlink, ou simplesmente digite control + k e uma caixa de diálogo será aberta.

4. No painel vincular a, na parte esquerda da janela, clique em colocar neste documento. Na lista que aparece, selecione o indi-cador ao qual você deseja vincular o texto e pressione O.K.

No caso do usuário de leitor de tela, navegue com o tab e setas para localizar o indicador desejado – ele aparecerá com o nome que foi criado –, depois navegue até o botão O.K. e dê enter.

Para criar outros hiperlinks, repita do passo 1 ao 4.

O texto usado como hiperlink ficará na cor azul. Para acioná-lo, ou seja, navegar até o local do indicador associado a ele, mantenha a tecla control pressionada enquanto clica no hiperlink com o botão esquerdo do mouse.

Usuários de leitores de tela

Para os usuários de leitores de tela, a operação dependerá do leitor que estiver sendo usado: com o Jaws, leve o pon-teiro do mouse (insert + menos do teclado numérico) até o hiperlink, segure a tecla control e pressione a barra do teclado numérico (que simula o botão esquerdo do mouse).

No caso dos usuários do Virtual Vision, navegue até o hiperlink desejado. Em seguida pressione control + alt + 4 do teclado reduzido para posicionar o mouse, pressione control + alt + 5 para focar e dê um enter para ir para o indicador correspondente.

O DosVox não trabalha diretamente com documentos do Microsoft Word. Existem outros leitores de tela, mas, por serem pouco usados no Brasil, não faremos referência a eles.

Laercio Sant’Anna

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O site da cidade é acessível, disponível em: <www.santanadeparnaiba.sp.gov.br>. Os demais itens são do tempo da mineração paulista: não há guias, intérpretes de libras, banheiros acessíveis para cadeirantes e tampouco folhetos de informações turísticas em braille.

Acessibilidade Como chegarDe trem, a partir da estação ferroviária da Barra Funda; de carro, pela Rodovia Presidente Castelo Branco SP 280 (pedagiada).

Você já se imaginou voltando ao tempo do Brasil colônia? Já se viu andando em ruas estreitas, calçadas de pedras, entre casarões com altas portas e largas janelas? Pois tudo isso parecerá real se você for a Santana de Parnaíba.

Afinal, essa cidade, que nasceu às margens do rio Tietê, concentra um dos mais importantes conjuntos arquitetô-nicos do estado, com 209 edificações tombadas, em 1982, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico de São Paulo (Condephaat).

O melhor é que as construções coloniais de Santana de Parnaíba estão muitíssimo bem restauradas e preservadas, proporcionando aos visitantes uma volta ao passado para apreciar tanto a arquitetura colonial de suas edificações como o estilo colonial das mobílias em seus antiquários. Alguns exemplos são a Casa da Cultura, no largo da Matriz, um sobrado construído por volta do século XVIII, exemplar típico das construções paulistas, com paredes estruturais em taipa de pilão, cobertas com telhas capa canal, portas altas e pé direito elevado.

Também aí se encontra o Museu Casa do Anhangüera – residência bandeirista urbana, construída na segunda metade do século XVII, em taipa de pilão e taipa de mão, onde, dizem, residiu o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera. Representa a tradição urbana das primitivas moradas paulistas.

Ali mesmo no centro histórico, na praça 14 de Novembro, parei para assistir uma apresentação de música regional em um coreto. Era o coreto Maestro Bilo, um cartão de visitas da cidade, construído em 1892, um belo monumento histórico da cidade, hoje usado pelo projeto Música na Praça, que acontece todos os domingos, das 15h às 17h.

E já que eu estava na praça, aproveitei para dar uma voltinha na feira de artes e artesanato que acontece aos domingos, das 10h às 17h. Lá tem de tudo, desde artesanato hippie, mosaico, pintura em madeira e tecido, patchwork, toalhas pintadas, quadros, vasos, plantas ornamentais, roupas, tapeçaria em barbante, biscuit, até guloseimas. Lá, provei e aprovei um saboroso pão-de-mel.

Saindo do centro histórico, ali bem próximo, cheguei à Estrada dos Romeiros, onde existe área de camping, pes-queiros com chalés e até é possível, em uma das fazendas, fazer um curso de vôo livre ou um salto duplo de para-pente (esporte radical de vôo livre com um tipo específico de pára-quedas).

Também na estrada, está localizada a barragem Edgard de Souza, inaugurada em 1901, a primeira usina hidrelétrica a abastecer a cidade de São Paulo para, na época, suprir as necessidades energéticas dos bondes, dos motores das fábricas e da iluminação, antes atendidos precariamente por uma usina provisória a vapor, instalada na rua São Caetano.

Para quem quiser esticar um pouquinho o passeio, tem a Rota da Cachaça, onde é possível visitar um dos tradicionais engenhos produtores da região ou tirar umas fotos do alto do Morro Voturuna, localizado entre Santana e Pirapora do Bom Jesus, ponto de partida dos bandeirantes e núcleo minerador da Capitania de São Vicente.

Aliás, em Santana de Parnaíba começa o Roteiro dos Bandeirantes, um percurso turístico histórico-cultural, englo-bando oito cidades que margeiam o rio Tietê. São museus, fazendas, trilhas e caminhos dignos de serem explorados por quem deseja diversão e cultura, sem a ambição por ouro ou esmeraldas, nem a busca de escravos indígenas, como era próprio dos bandeirantes.

Sidney Tobias de Souza

CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

INSCRIÇÕES ABERTAS NA ADEVA

Informações: 11 3667-5210 (Sandra) e 3151-5761 / 3151-4125 (Edvando)

Santana de Parnaíba

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4 Maio/Junho

PRONTO-SOCORRO DO TEXTO

Elaboração e Revisão de textos em Língua Portuguesa

Egle & Liane

Telefones: 11 8160-1830 / 5572-5933

www.blogblogs.com.br – desenvolvida no Brasil, é um endereço de referência a blogs, com inúmeras páginas listadas: blogueiros, blogosfera, tags, desenvolvedores, weblog.

www.legendanacional.com.br – site da campanha nacio-nal pela legenda em filmes nacionais (amparada pelo Art. 215 da Constituição), encabeçada por Marcelo de Carvalho Pedrosa, deficiente auditivo. Para participar, basta clicar no link “abaixo-assinado”.

www.tadificil.com.br – espaço para os blogueiros rela-tarem suas experiências frustrantes com produtos que não cumprem o que prometem, seja uma embalagem que não abre como deveria ou uma máquina de lavar roupa que não funciona já na primeira lavagem. Se propõe ser a linha de frente na defesa do consumidor.

Em geral, as pessoas morrem em torno dos trinta anos e, são sepultadas por volta dos sessenta ou setenta. Leva quarenta anos para os outros perceberem que aquelas pessoas estão mortas.

Lembre-se: a vida é sempre incerta.

Somente o que está morto é certo, é sólido. Tudo o que está vivo muda sempre e se movimenta, é fluído, líquido, flexível, capaz

de se mover sem qualquer direção. Quanto mais você se torna seguro, mais está perdendo a vida. Viver é arriscado e morrer não tem nenhum risco. Viver é sempre perigoso

porque viver significa conviver com o desconhecido.

Morrer é muito, muito seguro.

Na verdade, não há nenhum lugar tão seguro para o homem quanto um túmulo. Nada mais pode

acontecer a uma pessoa que está em um túmulo. Nada mesmo pode acontecer, nenhum acidente,

nenhum azar. Esta é a segurança do túmulo. E as pessoas têm desejado tanto a segurança que

elas estão mesmo prontas a morrer por ela.

Deseje a insegurança, pois isso é desejar a vida.

Busque a insegurança, procure os caminhos ainda não trilhados e navegue por mares ainda não navegados, porque esse é o caminho da vida.

Quando as mudanças começam a ocorrer, as pessoas ficam com medo. Então, algumas vezes, elas se agarram

às misérias, porque elas lhes parecem familiares.

Mas o crescimento é sempre um jogo arriscado. A pessoa tem que perder aquilo que conhece em troca de algo que ainda não conhece. Tem

que perder aquilo que está em suas mãos em troca de algo que ainda não está.

Na vida real não há nenhuma segurança, nenhuma promessa, nenhuma garantia. Exceto a certeza da morte. Esta é a beleza da vida real. É por isso que há tanta emoção.

A vida só é alcançada por um alto preço. O risco é o preço.

Se você observar as pessoas, verá muita gente buscando um tipo arriscado de vida, à sua maneira. Essas são as pessoas vivas.

As outras já estão mortas. Podem ser sepultadas mais tarde, mas já estão mortas.Osho

A certeza da insegurança

“Há que se desejar a insegurança, pois certezas

e tranqüilidade estão nos túmulos.”

TELEMENSAGENS AMOR E CARINHO

Emocione a qualquer momento, em todas as ocasiões, de uma forma diferente.

Mensagens de bom dia, aniversário, reconciliação, congratulações, ro-mânticas, de otimismo, dea saudade e para datas especiais.

Ligue 4667-5848, com Edvando

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Para quem quer ser atendido com cortesia e hora marcada, fazer o melhor trajeto, viagens, levar o filho à escola ou ir às compras, ligue: 11 9683-9040 e fale com o Manuel.

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da ADEVABanco Real

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Em 2004, as norte-americanas RR Donnelley e Moore Wallace fundiram-se, formando a maior indústria gráfica do planeta, com cerca de 45 mil funcionários, espalhados por 125 fábricas e 600 escritórios presentes em 132 países da América do Norte, Europa, Ásia e América Latina. A fusão unificou duas empresas líderes em seus segmentos de atuação, com soluções e produtos complementares, formando uma nova companhia de liderança global em soluções gráficas, a RR Donnelley Moore.

“É uma empresa que trabalha com diversos produtos gráficos, desde o mais simples para o uso de relatórios de materiais, contabilidade etc., até os mais sofisticados na sua construção e tratamento gráfico, como notas fiscais, produção de livros e revistas”, explica Marcos da Cunha Ribeiro, presidente da Donnelley Moore no Brasil desde 2003, com 22 anos de casa.

Para ele, essas mais de duas décadas coincidiram e alinharam seu plano de vida pessoal à sua carreira e realização profissional. Marcos tem sempre presente como elemento fundamental o que os clientes querem e esperam. Uma das características da Donnelley Moore, segundo ele, é atender ao cliente de forma igual, não importando seu tamanho. “Enquanto eu tenho clientes satisfeitos, que elegem nossa empresa e compram nossos produtos e serviços, tudo é viável”, lembra. Dentre seus mais de 50.000 clientes, só no Brasil, estão o Grupo Pão de Açúcar e o Grupo Silvio Santos.

A empresa concentra seu trabalho social nos que precisam daquilo que é parte do seu cotidiano – o papel. Sendo assim, associações como a ADEVA são beneficiadas com a doação de formulários e papéis para a escrita e impressão em braille. Para a primeira entidade atendida (localizada em Juiz de Fora – MG), trabalharam nas características do papel (gramatura e medidas), possibilitando sua utilização na impressão e escrita do braille. “Atendemos a necessidade deles com um papel de 240 cm por 11 cm, com gramatura 120, que guardamos como experiência e conhecimento”, conta.

Com a ADEVA, o primeiro contato se deu em 2000, quando a Moore fez uma doação de papéis formulários e folhas soltas para aulas de braille. Com o fim do estoque, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) patrocinou a compra e a oferta de mais um lote. Em 2005, a Donnelley Moore e a ADEVA se reaproximaram. “Quando deliberamos seguir adiante com uma ação organizada, além do trabalho de responsabilidade social interno da empresa, a ADEVA foi uma das entidades escolhidas, pois o feedback que ela nos deu, de 2005 para cá, é parcela importante do seu significado. Podemos dizer com orgulho que agora firmamos uma parceria”.

Lucia Nascimento

RR DONNELLEY MOORE: uma gigante no segmento gráfico

6 Maio/Junho

GRUPO SENSUS – O grupo mantém em cartaz, até 25 de novembro, três espetáculos: Sensorial e Horizontal, performances com dez atores, onde os espectadores, de olhos vendados, sentem odores, são levemente tocados e ouvem poesias (de Jorge Luis Borges, Júlio Cortázar e Eduardo Galeano) ao pé do ouvido; e Jardim Interior, peça baseada nos poemas de Mário Quintana (1906-1994). Espaço Magma, R. Aspicuelta, 227, V. Madalena. Reservas: 11 9130-2261.

CLICK – Michael Newman é um arquiteto workaholic, que descobre um controle remoto universal. Com ele, Michael pode avançar ou voltar no tempo e controlar as situações de sua vida pessoal e profissional. O objeto passa a ser um problema quando começa a controlar também suas escolhas. EUA, 2006. Nas locadoras.

ACESSO PARA TODOS – Programa que trata de aces-sibilidade nas cidades, apresentado pela vereadora Mara Gabrilli (que é tetraplégica). Vai ao ar às 2ªs feiras, das 16h às 16h30, com reapresentação aos sábados às 13h. Eldorado AM, 700 kHz.

DESAFIOS – CD instrumental, um dos grandes trabalhos do grupo Brasilian Trombone Ensemble, com a apresen-tação de 12 faixas, entre elas: Fantasia carnavalesca, Feira de mangaio, Frevo sanfonado e Duda no frevo. Gravadora CPC-UMES, 2003.

H2O – O tema água é abordado de forma abrangente, dentro

das mais diversas situações e ecossistemas do mundo: do abastecimento das grandes cidades, da poluição dos mares e rios, da pesca, de ONGs afins, turismo, fauna e esportes radicais. TV Cultura, às 6ªs, 8h.

Não ser pontual. Ao recusar um prato, dar como razão “eu não gosto” ou “me faz mal”. Basta

recusar simplesmente.

Abrir os braços e alargar os cotovelos ao

cortar os alimentos.

Pôr os cotovelos

sobre a mesa.

Levantar da mesa antes de terminada a refeição.

Quando se é anfitrião, acabar de comer antes dos convidados.

Fonte: Bárbara Virginia. Poder pode mas... não deve. São

Paulo: ed. Loyola, 2000.

Chamar a atenção de crianças e

empregados diante de outras pessoas.

Pedir a repetição de qualquer prato.

Deve-se esperar que nos ofereçam.

Limpar o rosto ou o queixo com o

guardanapo.

Responder por monossílabos

a qualquer observação que

nos fazem.

Falar em segredo diante de outras

pessoas.

Entrar em um evento cultural depois do espetáculo começado.

Sair antes que tenha terminado. Falar durante a

apresentação.

Falar com demasiada franqueza, o que quase sempre

equivale a falta de educação.

Só falar em assuntos que nos dizem respeito.

Fazer graça à custa dos outros.

Ocupar mais espaço que o permitido em um

transporte coletivo.

Servir-se com freqüência das

relações para pedir favores.

Comer com a faca ou levá-la à boca.Assoar-se ruidosamente.

Assobiar ou cantar à

mesa.

Beber demais qualquer bebida alcoólica.

Apontar para pessoas ou

objetos.

7

Para a medicina oriental, agulhadas nos pontos certos reequilibram a energia do corpo. Hoje, sabe-se que essas “espetadelas” estimulam substâncias que mandam um recado de bem-estar para o organismo. Segundo os antigos chineses, criadores da acupuntura, a energia viaja em canais invisíveis, os meridianos, onde existem pontos ligados a funções do organismo.

“A acupuntura muda o jeito das pessoas verem o mundo. Os pacientes ficam mais otimistas e livres das tensões”, diz Jou Eel Jia, do Instituto Brasileiro de Pesquisa Holística em Medicina (Ibraphema), em São Paulo.

A ciência das agulhas atua liberando as famosas subs-tâncias neurotransmissoras: as endorfinas, que eliminam boa parte das dores orgânicas; as serotoninas, que dão uma gostosa sensação de prazer; e as encefalinas, que têm ação calmante básica.

A acupuntura pode tratar qualquer mal. Coadjuvante de prestígio no ataque a excesso de peso, a acupuntura diminui o estresse, a ansiedade, a depressão. Sem contra-indicações, elimina dores musculares e males digestivos que atrapalham a dieta.

Às vezes, os efeitos são imediatos. “Os melhores resulta-dos são obtidos nas doenças reumáticas, nas tendinites, nas artroses, nas Lesões de Esforço Repetitivo (LER) e em dores nas costas”, observa o Dr. Hong Jin Pai, médico formado pela Universidade de São Paulo e pós-graduado na faculdade de medicina tradicional chinesa de Guangzhou, na China.

A técnica também resolve muito bem problemas psicos-somáticos, como gastrites, asmas, colites, tensão pré-mens-trual, bruxismo e alergias. “Mas em alguns casos, como nas infecções, o ideal é aliar a acupuntura à medicina ocidental para apressar o tratamento”, opina o especialista.

A acupuntura é um método invasivo, e, portanto, faz-se necessário observar as regras básicas de esterilização, a fim de evitar a transmissão de doenças. Atualmente as agulhas utilizadas são descartáveis, o que aumenta a segurança para os pacientes, prevenindo doenças como a hepatite e a Aids.

Desde que realizada por profissional devidamente habilitado, a acupuntura é um procedimento seguro e desprovido de efeitos colaterais. Reações adversas estão em geral associadas à má formação de quem a pratica. É importante ter em mente que embora a acupuntura esteja livre das dependências e dos efeitos colaterais associados ao uso dos medicamentos, constitui um procedimento que exige conhecimentos de anatomia topográfica, fisiologia e, sobretudo, clínica médica.

A elaboração de um diagnóstico, inclusive diferencial, o estabelecimento de prognóstico e a instituição do trata-mento adequado, são fatores imprescindíveis para se evitar o simples mascaramento de sinais e sintomas, com todas as conseqüências negativas que isso possa acarretar. Em todos os casos, o paciente deve manter seu médico e farmacêutico informados sobre os medicamentos de que faz uso, se está

ou suspeita estar grávida, ou se usa marca-passo ou implantes cosméticos.

Procedimento doloroso

A sensação de dor geralmente está associada a inserção das agulhas, que têm um diâmetro muito pequeno, seme-lhante ao de um fio de cabelo, sendo de pequena intensidade, rápida e, na maior parte das vezes, imperceptível. Após a inserção, pode ocorrer uma sensação discreta de choque elétrico, peso ou dolorimento, o que é decorrência da ativa-ção de terminações nervosas responsáveis pela condução do estímulo do tratamento oriental.

Já a acupuntura auricular atua apenas nos casos mais simples, como complemento da sistêmica. Ela é boa porque o cliente vai com umas sementinhas presas à orelha para casa. E, massageando as sementinhas, ele faz uma acupuntura doméstica diária. Precisa de uma média de 10 sessões, de 40 minutos cada, feitas duas vezes por semana. Depois de três semanas começam a aparecer os resultados.

É bom que se saiba que os médicos especialistas nas agu-lhas não têm absolutamente nada contra a técnica ocidental, e inclusive se utilizam dela nas primeiras consultas.

Ainda não há regulamentação para a acupuntura e não existem pessoas proibidas de exercê-la. Mas um projeto de lei sobre o assunto está no Senado para ser votado. Desde 1995, o Conselho Federal de Medicina reconhece a técnica como especialidade médica e defende que apenas profis-sionais de saúde possam praticá-la.

Lúcia NascimentoFontes: Farmácia on-line. Disponível em: <http://www.farmacia.med.br/farmacia/principal/conteudo.asp?id=1387>. Acesso em: ago. 2007; Lincx. Disponível em: <http://www.lincx.com.br/lincx/saude_a_z/

med_alternativa/10_perguntas.asp>. Acesso em: ago. 2007.

Acupuntura: eficiente e segura

8 Maio/Junho

EXPEDIENTE - Jornalista responsável: Liane Constantino (MTb 15.185). Colaboradores: Celso de Oliveira, Laercio Sant’Anna, Lúcia Nascimento (MTb 29.273), Mara Alves, Márcio Spoladore, Markiano Charan Filho, Sandra Maciel, Sidney Tobias de Souza. Correspondência: Praça da Bandeira, 61, cj. 61- CEP 01007-020 - São Paulo (SP) - Telefones: 11 5084-6693, 5084-6695 - Fax: 11 5084-6298 - E-mail: [email protected] Site: http://www.adeva.org.br. Editoração: Fernanda Lorenzo. Revisão: Célia Aparecida Ferreira. Fotolitos e Impressão: cortesia Garilli Artes Gráficas Ltda. - Tel.: 11 6694-3288 - E-mail: [email protected] - Tiragem: 1.000 exemplares. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

Nossos parceiros

Gráfica brailleA ADEVA conta com uma gráfica e oferece a impressão

de textos em braille e em caracteres ampliados. Todos os recursos obtidos com a produção desse serviço são rever-tidos para a manutenção da entidade. Os valores pagos podem ser deduzidos do imposto de renda de pessoas jurídicas. Mais informações pelos telefones: (11) 3101-7502 ou 3667-5210 (com Márcio ou Sandra).

PalestrasCom o objetivo de promover o desenvolvimento pessoal e

profissional de empregados e empregadores, e conscientizar a sociedade sobre o potencial da pessoa com deficiência, a ADEVA oferece palestras sobre temas como estresse, etiqueta empresarial, o trabalho e o valor do trabalhador, mitos e reali-dades sobre o deficiente.

Para agendar dia e horário, entre em contato com Sandra Maciel ou Márcio Spoladore, pelo telefone 11 3101-7502 ou pelo e-mail: [email protected]. As palestras podem ser ministra-das in company e seu valor abatido do imposto de renda de pessoas jurídicas.

Livro acessívelAlgumas normas legais brasileiras existem mas não “pegam”.

Uma delas diz respeito à Lei nº 10.753/03, que permite a reprodução de obras em formatos acessíveis para pessoas com deficiência visual. Um movimento nacional pela transparência nas discussões sobre a regulamentação da conhecida Lei do Livro está aberto à adesão de todos os interessados. É coordenado por Naziberto Lopes de Oliveira, um psicólogo cego que, quando estudante universitário, teve negado pela editora Atlas o acesso a livros digitais. Basta enviar nome completo e número de identidade pessoal ou CNPJ para o e-mail: [email protected] até agosto de 2007. As reivindicações do movimento serão entregues ao Conselho Nacional de Defesa das Pessoas com Deficiência (Conade) e aos coordenadores da Frente Parlamentar de Apoio às Pessoas com Deficiência, do Congresso Nacional.

Tecnologias da informação

A versão eletrônica do livro Tecnologias da informação e sociedade: o panorama brasileiro está acessível para download no endereço: <http://www.camara.gov.br/internet/infdoc/Publicacoes/html/pdf/tecnologia_info.pdf.>. Encaminhado pela Câmara dos Deputados, o documento traça um cenário brasileiro do uso da informática e das novas tecnologias como ferramenta de inclusão social. A publicação (da editora Plenarium) apre-senta conceitos, pesquisas e métricas interna-cionais de avaliação de programas, mecanismos de financiamento, o perfil da indústria, o papel do poder público, as experiências em governo eletrônico, a atuação do terceiro setor, a legis-lação atual e os novos marcos regulatórios em discussão nessa área.

Considerada uma das mais abrangentes obras já editadas sobre tecnologias da informação, serve como fonte de consulta e guia para os especialistas que militam na área e que buscam democratizar o acesso às tecnologias a todos os brasileiros.

Fonte: Rede Saci. Disponível em: <http://www.saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=20112

>. Acesso em: ago. 2007.