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Há um ditado que diz
Só há duas doenças
Que não têm cura
É a velhice e a Loucura.
Mas como eu não concordo
Pelo menos no que respeita
À velhice, atrevo-me a dizer
Velhice não é doença
Mas precisa tratamento
Cantar e passear
É um bom medicamento.
Somos todas de idade
Já houve alguém que o disse
Mas o grupo das avós
Faz uma finta à velhice.
E a velhice que se cuide
Gostamos de brincadeiras
Queremos ser até ao fim
Umas velhinhas gaiteiras
Maria M.
12
IIHSCJ – Centro Psicogeriátrico Nª Sª de Fátima Rua Machado dos Santos Nº2, 2775-236 Parede
Tel.: 214 569 600 Fax: 214 571 537 e-mail: [email protected]
Ano XVI Nº21 mai/jun. 2015
Ficha Técnica
Centro Psicogeriátrico Nª Sª Fátima Edição:
Dra. Amita Gonçalves e Dra. Ana Rute Mendes Coordenação:
Alice S., Ana de Jesus M., Elisa B., Gabriela P., Idalina G., Inês V., Redação:
Maria M., Teresa F.
: Equipa Coordenadora Arranjo Gráfico
“Mantenha os seus pensamentos positivos, porque seus
pensamentos tornam-se em palavras.”
(Gandhi)
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A nossa festa foi o culminar das festas dos santos populares: St. António, S. João
e S. Pedro. O primeiro festejado em Lisboa, o segundo no Porto e Braga, por
último, não menos importante o S. Pedro em Sintra.
Festividades estas vividas sempre acompanhadas de muito bailarico, sardinha
assada, alegria e boa disposição. Assim foi no nosso Centro no passado dia 30
de junho. Logo cedo começaram os preparativos relativamente aos espaços
onde iria decorrer o arraial. Eram colocadas fitas coloridas, balões,
bandeirinhas,… seguidamente, o som era instalado, montada a “banca” dos
“comes e bebes”, a “Tendinha” da Associação, as grelhas para assar as sardinhas,
as mesas e cadeiras, e claro não podia faltar a barraquinha das rifas.Tínhamos
algumas mesas e cadeiras novas, com chapéus-de-sol a condizer que realçavam
pela sua cor alegre, criando um ambiente convidativo e acolhedor.
Ao meio dia estava tudo a postos, e os primeiros “clientes” começavam a chegar
para almoçar. Pelas 14:30 horas iniciou a tarde recreativa com breves palavras
ditas pela nossa diretora, que pela primeira vez assistia a
este evento. Seguiu-se então a nossa marcha, com os
três santos a desfilar levando arcos airosamente
decorados, colaboradoras e utentes bem trajadas e
padrinhos a acompanhar. Embora curta de duração era
muito bonita, e todo o conjunto desfilou e marchou muito bem.
Outros convidados continuaram a festa com música e dança. O grupo de
cavaquinhos ARIM- Associação de Reformados e Idosos do Murtal; Grupo de
Convívio dos Bombeiros da Parede com canções populares; o Sr. Costa com os
tradicionais fados e o sempre bem-disposto, Sérgio, com a dança “Zumba”, que
pôs todos a dançar, novos e menos novos. Foram momentos de muita alegria. É
contagiante a forma como este jovem o faz, e apela para que o façam.
Bem depressa o dia chegou ao fim. Faço votos para que no próximo ano cá
estejamos, com saúde, para disfrutar uma vez mais esta festa dos santos
populares, que muita alegria nos traz. Um grande OBRIGADO a todos os que se
empenharam e realizaram uma festa tão bonita, tornando o nosso dia diferente
de todos os outros, com muita animação que tanto nos faz falta.
Inês V.
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Nesta Edição:
Editorial …………………………………...… 2
Homenagem à Mãe ………..………... 3
Festa de Aniversários ………………... 4
Andorinha ……………………….…....…… 5
Aniversariantes …….……...……………. 6
Dia Mundial da Criança …….………. 7
Dia de Santo António …….…….….… 8
Vai Acontecer: …………………….……... 9
Memórias de uma Viagem …...…. 10
As Nossas Festas Populares …..… 11
Velhinhas Gaiteiras ……………….…. 12
Ficha Técnica ……………….……...…... 12
EDITORIAL:
Caros Leitores,
Em tempo de férias e descanso,
eis que chega mais uma edição
do “O Nosso Jornal” trazendo
noticias sobre o que por cá
fizemos nos últimos tempos.
Destacamos para o mês de maio
a sempre animada festa de
aniversários, e uma bonita
homenagem a uma verdadeira
“Mãe Guerreira”, por ocasião do
dia da Mãe, também assinalado
aqui no centro no passado dia 04
de maio.
Em Junho, e como já vem sendo
hábito a festa dos santos
populares, trouxe um bom
momento de convívio e animação
para todos, não esquecendo a
participação do nosso Centro na
Peregrinação Hospitaleira do
Instituto, em Fátima.
Votos de Boas Leituras!
Boas Férias…
Logo cedo, começou a azáfama: a sala do piano ia sendo alterada de
modo a estar preparada para a eucaristia de ação de graças pelo Dom
da vida dos aniversariantes. Gostei muito, sobretudo dos cânticos que
foram entoados com lindas vozes e ao som do pequeno órgão.
Após o almoço retornamos à mesma sala para uma tarde muito
animada. O grupo da casa dançou, e encantou todos os que assistiam
à festa. As palmas foram imensas e merecidas, pois para além de
dançarem de forma graciosa estavam muito bem trajadas. O grupo
coral, por se tratar do mês de maio, mês de
Maria, dedicou cânticos a Nossa Senhora.
Também foram declamados poemas
alusivos a este mês tão especial.
Por fim, um grande bolo surgiu na sala, e
todos juntos cantamos os Parabéns. Logo de seguida entregaram-se
os presentes às aniversariantes e “rapidamente” saboreámos o
apetitoso bolo.
Foi um dia muito bem passado, gostei imenso, e agradeço bastante
por nos proporcionarem momentos tão bons.
Muito obrigado às Irmãs, aos colaboradores que dinamizam estas
atividades, e a todos aqueles que estão presentes nestes momentos
dando mais alegria e cor à nossa festa. Um grande bem-haja!
Idalina G.
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nacionalidades – que vão assistir ao desfile na Avenida da Liberdade.
São feitas de cor, animação, música popular, coordenação dos
participantes e rivalidade. Os participantes treinam, o ano inteiro, para
impressionarem os juízes e alguns dos bairros contam com a presença
de padrinhos ou madrinha, que costumam ser pessoas conhecidas.
Durante a noite de Santo António há vários arraiais nos bairros da
cidade – Alfama e Madragoa são dos que mais gente concentram –
com música popular e bailes pela noite fora. As esplanadas e os
fogareiros estão montados, para se provarem os pratos típicos das
festas: caldo verde, sardinha assada e sangria para acompanhar. O
cheiro a manjerico, a planta ligada ás festas, sente-se em todo o lado.
Por ser considerado um santo casamenteiro, nesta data são realizados
os Casamentos de Santo António, em que vários casais casam no
mesmo dia e na mesma igreja. É já uma tradição com muitos anos,
como conta a história da iniciativa.
Ana M.
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JULHO:
27 – Churrasco dos Avós
30 – Festa de Aniversários
AGOSTO:
13 – Tarde de Cinema
27 – Festa de Aniversários
Sob o tema: “Toda a gente tem vocação… caminh@comsentido”,
rumamos, no passado dia 25 de Junho até ao Santuário de Fátima
para mais uma peregrinação
hospitaleira.
O que mais gosto nestas
peregrinações, são os encontros e
reencontros de uma grande família,
a Família Hospitaleira.
Do programa fazem sempre parte
as Eucaristias, que, gosto muito.
A seguir ao almoço temos a tarde cultural, outro momento muito
agradável e animado, porque cada centro se faz representar de
acordo com um determinado sub-título que completa o tema da
peregrinação e que pode ser, em texto, poema, representação teatral,
canção, mímica… enfim a imaginação criativa de cada centro é o
limite!.
Este ano o desafio colocado ao
nosso centro foi: “Vocação é
Compromisso.”
Foi um momento muito bonito e
tanto quanto me pôde aperceber,
muito aplaudido!
É sempre bom caminhar até Fátima,
por isso para o ano espero poder lá
voltar…
Um bem-haja a todos quantos tornaram possível a
caminhad@comsentido.
Elisa B.
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Hoje gostava de partilhar com os leitores do “O Nosso Jornal” uma
bonita mensagem por ocasião do dia da mãe, em 1969:
“ Numa cama, há muitos anos
Uma mulher gemia
Eram gritos de dor
Eram gemidos de amor
Acabava de dar ao mundo
Aquilo que este tanto precisa
Um homem.
Assim ela pensava, e assim procurou fazer
Mas o futuro tentou,
Tentou apenas frustrar-lhe os pensamentos.
Ao lado duma cama, há poucos anos
Uma mulher gemia
Esse homem estava, assim o parecia
Reduzido a um farrapo.
Ironias do futuro.
Alegra-te Mulher, não há nenhum trapo
Mas, isso sim, um homem
Um homem que desafia o mundo,
Apesar das dificuldades que terá que vencer
Esse homem, mulher, é teu FILHO.”
Esta homenagem foi-me atribuída pelo meu filho, Fernando, que quis
Deus leva-lo para seu lado antes de mim e foi escrita, quando se
encontrava no Centro de Recuperação de Alcoitão, na sequência de
uma queda que o tornou dependente de terceiros. Eu estava com ele
sempre que me era permitido e esta foi a forma que ele encontrou
para reconhecer tudo o quanto fiz por ele.
Teresa F.
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Com dificuldades e obstáculos encontrados
Muita dúvida e hesitação
Por vezes, perdeu o equilíbrio e vacilou.
Mas lá foi, sua vida, continuando.
Em silêncio enquanto o tempo ia passando
Para si, ia murmurando:
Na verdade, nunca consegui chegar às alturas
Mas talvez tivesse alegrado as criaturas
Com minha presença e humilde gorjear!
Quem sabe? Poderia ter feito, feliz, alguém
Embora sendo fraca, como ninguém.
E, assim, sem esquecer o acontecido
Sonhando com o Criador, terá adormecido.
Gabriela P.
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O dia Mundial da criança é oficialmente o
dia 20 de novembro, data que a ONU,
reconhece como Dia Universal das Crianças
por se tratar da data em que foi aprovada a
Declaração dos Direitos da Criança em 1959
e a Convenção dos Direitos da Criança em
1989. Porém, a data efetiva de comemoração
varia de país para país. Em Portugal, o dia das crianças é festejado no
dia 1 de junho.
Esta efeméride assinalou-se pela primeira vez em 1950 por iniciativa
das Nações Unidas, com o objetivo de chamar a atenção para os
problemas que as crianças então enfrentavam. Neste dia, os Estados-
Membros reconheceram que todas as crianças, independentemente
da raça, cor, religião, origem social, país de origem, têm direito a
afeto, amor e compreensão, alimentação adequada, cuidados
médicos, educação gratuita, proteção contra todas as formas de
exploração e a crescer num clima de Paz e Fraternidade.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o Dia Mundial da
Criança não é só uma festa onde as crianças ganham presentes.
É um dia em que se pensa nas centenas de crianças que continuam a
sofrer de maus-tratos, doenças, fome e discriminações (discriminação
significa ser-se posto de lado por ser diferente).
Alice M.
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Joaquina A.
Fátima A.
M. Lucette A.
Beatriz R.
Maria P.
Zelinda M.
A Equipa do “O Nosso Jornal” deseja felicidades às
aniversariantes que completaram mais uma primavera
nestes meses.
Santo António ou António de Lisboa, também conhecido como Santo
António de Pádua, de sobrenome incerto mas baptizado como Fernando,
foi um Doutor da Igreja que viveu na viragem dos séculos XII e XIII.
Primeiramente, foi frade Agostinho no Convento de São Vicente de Fora,
em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em
Coimbra, onde aprofundou os seus estudos religiosos. Tornou-se
franciscano em 1220 e viajou muito, vivendo inicialmente em Portugal,
depois na Itália e na França. Faleceu em Pádua com 36 anos.
A sua fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Católica
pouco depois de falecer.
Santo António de Lisboa é também tido como um dos intelectuais mais
notáveis de Portugal. Tinha grande cultura, documentada pela colectânea
de sermões escritos que deixou.
O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras da Igreja
Católica do seu tempo. Lecionou em Universidades italianas e francesas e
foi o primeiro Doutor da igreja franciscano. São Boaventura disse que ele
possuía a ciência dos anjos.
Hoje é visto como um dos grandes Santos do Catolicismo, recebendo larga
veneração e sendo o centro de rico folclore.
Existem outras cidades portuguesas que celebram as festas de Santo
António mas, em Lisboa, as festividades contam com a presença de
milhares de locais e visitantes. Todos os anos em Junho, Lisboa acolhe as
festas antoninas, dedicadas a Santo António.
No dia 12 de Junho saem à rua as Marchas Populares que representam os
bairros de Lisboa. São milhares de pessoas - de várias idades e
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Era uma vez uma pequena andorinha
Que, sem forças, começou a voar baixinho
Ao mesmo tempo que ia pensando consigo:
Foi sempre, meu sonho, desde muito novinha
Como a águia, vir a ser, quase ao céu,
chegar
E, para ela, olhava com certo
pezar
Por não o poder fazer.
Quando já mais crescidinha
Essa andorinha inocente
Pensou em ir para um lugar diferente
Onde mais alto pudesse subir.
Para seu sonho, realizar, conseguir.
Então com a forte águia foi falar
Para ela lhe ensinar
O caminho que tinha de percorrer
E, como ela, conseguir voar.
Ela lhe respondeu: Tontinha!
Estás enganada, completamente.
O Criador te criou para outro destino
Não tens forças para entrar neste caminho
E, aí, continuarás a voar baixinho
Pois é, esse, teu lugar.
Então a andorinha teve de se conformar
E seus conselhos seguir.
Foi então que, com a ajuda de um andorisco
Que muito bem a tratou e ajudou
No beiral de um, solarento, telhado
Humilde, mas acolhedor e abrigado
Seus filhos criou e, a voar, ensinou.
Não foi fácil sua decisão.
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