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HÁBITOS ALIMENTARES SAUDÁVEIS NA ADOLESCÊNCIA:

PERSPECTIVA DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Nerezilda Maria Leceux1

Daniela de Maman2

RESUMO: Este trabalho faz parte das atividades propostas no Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE/2012, como proposição de desenvolvimento de práticas pedagógicas em sala de aula. Para tanto, nesta proposta de intervenção, optamos por definir o tema “Alimentação Saudável” nos Anos Finais na modalidade de Ensino Fundamental. A opção por esta temática se deve ao fato, principalmente, da interferência da mídia e a falta de informações adequadas sobre os aditivos, presentes nos alimentos, que interferem na nossa saúde, a carência de conhecimentos sobre nutrição e sua importância no organismo. Buscamos, com a elaboração e divulgação do trabalho desenvolvido durante os estudos do PDE, contribuir para aprendizagem, sensibilização e formação de novos hábitos alimentares, estimulando o consumo de alimentos saudáveis, formação pessoal, social e cultural do ser humano enquanto aluno da rede pública de ensino. Para tanto, apresentaremos no decorrer do texto, a fundamentação teórica desenvolvida, a abordagem metodológica utilizada, as sugestões de práticas pedagógicas diversificadas para a educação nutricional e recursos pedagógicos.

PALAVRAS-CHAVE: Alimentação Saudável; Sensibilização; Adolescência.

1 Professora de Ciências Biológicas atuante na Rede Estadual de Ensino do Estado do Paraná; 2 Docente na Unioeste – Campus de Francisco Beltrão/PR. Orientadora no Programa de

Desenvolvimento Educacional/PDE.

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1. INTRODUÇÃO

Este texto parte dos estudos realizados no PDE e contempla todas as

atividades realizadas nos anos letivos de 2012 e 2013. Tem como principal

preocupação os hábitos alimentares inadequados na adolescência que vêm

desencadeando o aumento de várias doenças degenerativas relacionadas à má

alimentação, transformando-se em problema de saúde pública.

Inicialmente, elaboramos um Projeto de Intervenção, posteriormente

aplicamos esta intervenção no ambiente escolar, neste caso especificamente, em

uma turma do 8º ano, do Colégio Estadual Marquês de Maricá Ensino Fundamental

e Médio. Para tanto, nesta proposta de intervenção, optamos por definir o tema

“Alimentação Saudável.” Este trabalho teve como objetivo levar ao aluno e a sua

família reflexões sobre alimentação equilibrada, identificando hábitos alimentares

praticados pelo educando; situações de risco relacionadas à saúde; bem como as

principais doenças ligadas ao sistema circulatório, causadas pela alimentação

inadequada.

Com a imersão em estudos bibliográficos direcionados à área em questão foi

possível perceber que influências se mostram mais diretivas em relação à

alimentação atual dos adolescentes e como deveria ser sua alimentação, levando

em conta a fase de desenvolvimento em que ele vive; as doenças mais comuns

causadas pela alimentação inadequada; a orientação, através da pirâmide alimentar,

para obter uma alimentação equilibrada que busca sensibilizar o aluno para o hábito

alimentar saudável, visando à saúde e qualidade de vida; a participação da escola

através de práticas pedagógicas diversificadas para a educação nutricional e a

promoção de uma alimentação saudável no ambiente escolar. Utilizamos a

modalidade de ensino por multímodos de representação e, como recursos, cartazes,

figuras, textos, maquetes e alimentos, buscando despertar o interesse dos

estudantes pelos conteúdos trabalhados, sensibilizando-os à prática de uma

alimentação saudável.

Durante as aulas, segundo um critério da metodologia, organizamos a

pesquisa pelos próprios alunos e posterior análise da mesma em momentos que

propiciaram a reflexão sobre os tipos de alimentos que estamos ingerindo e a

possibilidade de adquirirmos doenças causadas pelos mesmos. As atividades

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práticas foram associadas às teóricas para que o ensino de ciências passe a ser

completo e não mais fragmentado, numa concepção na qual os alunos passam

realmente a compreender o mundo da ciência no seu cotidiano.

A disciplina da área de Ciências, através da nossa ação enquanto docente,

possibilitando estudos fundamentados em pesquisas, práticas alimentares e

atividades didático-pedagógicas criativas (visitas e atuação na cozinha da escola),

disponibilizou aos estudantes informações atualizadas sobre alimentação saudável e

alimentação inadequada, doenças causadas pela má alimentação, estimulando

assim o consumo de alimentos saudáveis.

A Escola, na qual atuamos, conta atualmente, com um programa que

promove alimentação saudável no ambiente escolar, oferecendo ao aluno subsídios

para que ele desenvolva habilidades no cuidado da própria saúde e na prevenção de

doenças, contribuindo assim para melhorar a alimentação de jovens e adolescentes

e, consequentemente, a sua saúde e qualidade de vida. O trabalho de sensibilização

em relação aos hábitos alimentares na adolescência representa um desafio aos

educadores, pois os estímulos para o consumo, através da mídia, os fatores

sócioeconômico-culturais são contínuos no dia-a-dia de nossos adolescentes.

2. HÁBITOS ALIMENTARES NA ADOLESCÊNCIA

Para tanto, realizamos ao longo deste tempo estudos bibliográficos sobre esta

área de conhecimento, tais como:

2.1 Alimentação dos adolescentes

Segundo pesquisa de Gambardella, Frutuoso e Franch (1999), a adolescência

é o período da vida em que ocorrem várias transformações físicas, mudanças

psicológicas, sentimentais, de comportamento e atitudes, tornando o adolescente

mais independente, com responsabilidades, influenciando também na sua

alimentação que pode sofrer efeito levando em conta vários fatores: autoimagem,

preferências, hábitos familiares, mídia, amigos, entre outros. O período que

caracteriza a adolescência é entre os 10 a 20 anos de idade. Nesse período, os

adolescentes ainda não estão no mercado de trabalho e muitas vezes ficam por

horas na frente da TV, o que leva ao sedentarismo e hábitos de consumo alimentar

nem sempre nutritivos. As autoras observaram que, geralmente, os adolescentes

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adquirem o hábito alimentar de sua família, não levando em conta as

consequências, que podem ser prejudiciais a sua saúde. Quando o adolescente

começa a passar maior tempo fora de casa, na escola, com amigos, também sofre

influência na alimentação, sendo o lanche o mais consumido, inclusive no horário

das refeições principais e também entre elas. Com isso, estão sujeitos a ingerir uma

grande quantidade de um só nutriente e ter deficiência de outros. Nesta fase, o

adolescente costuma “pular” refeições, ocorrendo assim uma alimentação irregular

com carência de alimentos ricos em vitaminas, fibras e minerais e excesso de

açúcares e gorduras. A alimentação torna-se também inadequada quando não

praticam o desjejum, consomem poucas hortaliças, frutas e fontes de cálcio e no

jantar ingerem poucos alimentos com proteínas e energia.

A alimentação adequada desde a infância diminui muito o fator de risco

para algumas doenças como a osteoporose, anemia, diabetes, colesterol,

obesidade, doenças cardiovasculares, entre outras, contribuindo também para o

bom funcionamento dos órgãos e manutenção do organismo em geral.

De acordo com Gambardela, Frutuoso e Franch (1999, p.62):

A prática alimentar dos adolescentes estudados é inadequada já que há baixo consumo de hortaliças e frutas, principalmente no jantar, além de inadequado consumo de cálcio. Há também menor consumo de alimentos fontes de energia e proteína no jantar, em relação ao almoço. O almoço constituiu-se na refeição que a maior parte dos adolescentes ingeriram em conformidade com o padrão estabelecido, ao contrário do desjejum que foi a mais negligenciada, seguida pelo jantar. É preciso conhecer o consumo alimentar entre as três principais refeições e sua importância na dieta de adolescentes.

Desta forma, buscar alimentos torna-se, ou mesmo caracteriza-se, como uma

das primeiras tarefas que o ser vivo tem que ser capaz de desempenhar para se

manter vivo, produzir energia e exercer suas atividades. Quando nos alimentamos,

incorporamos a energia que possibilita o crescimento, o desenvolvimento e a

renovação de células e dos tecidos do organismo. Sendo assim, a adolescência é a

fase em que devemos ter maior atenção, pois é nessa época que o organismo está

em pleno desenvolvimento com mudanças físicas e psicológicas que exigirão uma

boa alimentação e, para isso, devemos manter uma relação equilibrada entre os

nutrientes.

2.2 Alimentação e nutrição

Segundo Salinas (2002), alimentação é o recurso empregado pelo ser

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humano para adquirir substâncias que, ingeridas, garantam a energia necessária

para a sua sobrevivência, bem como a manutenção do organismo, permitindo aos

seres vivos o crescimento e também a reparação de células, tecidos, órgãos que

sofrem desgastes no decorrer da vida.

De acordo com Wikipédia (2012), alimentar-se significa ingerir substâncias

que proporcionem a nutrição do organismo. Muitas vezes não é o que acontece com

os adolescentes, pois ingerem alimentos ricos em gorduras, açucares e sal, como

salgadinhos, refrigerantes, bolachas recheadas, etc. deixando de lado as vitaminas,

sais minerais e proteínas que são essenciais ao completo desenvolvimento de seu

organismo, não levando em conta que uma alimentação equilibrada nos proporciona

saúde e previne doenças.

Para Ferreira (2001), nutrição é o conjunto de processos que vão desde a

ingestão dos alimentos até a sua assimilação pelas células, assegurando sua

manutenção, desenvolvimento e produção de energia.

De acordo com a Grande Enciclopédia Brasileira de Consultas e Pesquisas,

v.VII, (1987/1988), de maneira geral, o ser humano se mantém ingerindo alimentos

de origem animal, vegetal, e mineral. Os de origem vegetal, como verduras, legumes

e frutas em geral, são considerados menos calóricos. Os de origem animal, como

carnes, ovos, leite, banha, possuem mais calorias. E os minerais são essenciais

para o fortalecimento de certos órgãos e servem de transporte dos nutrientes para

as células, contribuindo para que ocorram as reações físicas e químicas em nosso

corpo, que permitem a assimilação e desassimilação das substâncias necessárias

para a manutenção da vida. Um exemplo disso é água e o sal de cozinha (cloreto de

sódio). Além dos alimentos, o organismo necessita de vitaminas, que atuam em

dose mínima e ajudam no crescimento, como por exemplo: a vitamina A, encontrada

na gema do ovo, na manteiga, no óleo de fígado de bacalhau e outros, que previnem

doenças como beribéri e pelagra; vitaminas do complexo B encontradas na cutícula

de cereais, no levedo de cerveja, e outros, que previnem doença como escorbuto;

vitamina C, encontrada no limão, laranja, abacaxi, caju, e outros, que previnem o

raquitismo; vitamina D encontrada na gema do ovo, óleo de fígado de bacalhau e de

cação.

Assim, Ortigoza (2008) afirma que toda a alimentação saudável deve ser

estimulada; resgatada a partir de valores culturais, afetivos e comportamentais;

apresentar sabor e custo acessível, dando prioridade às pequenas propriedades que

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produzem alimentos orgânicos como legumes, verduras, tubérculos e frutas que

contêm todos os nutrientes necessários a uma alimentação adequada, garantindo

que os alimentos sejam seguro, livre de contaminação. Para tanto, podemos afirmar

neste estudo, que uma das formas de auxiliar na escolha de uma alimentação

saudável é o uso da pirâmide alimentar.

2.3 Pirâmide alimentar

A orientação para obter uma alimentação adequada, muitas vezes se torna

difícil para a maioria das pessoas. A pirâmide alimentar mostra, de forma bem

esclarecida, que é possível suprirmos as necessidades calóricas e nutricionais

utilizando os alimentos que consumimos no dia-a-dia. Ela serve para indicar a

importância de introduzir em nossa alimentação, variedades de alimentos, ingerindo

menos gordura, açúcares e nos habituarmos ao maior consumo de frutas, legumes e

grãos.

De acordo com Vila Equilíbrio, Bem Estar (2008), na base da pirâmide

encontram-se os alimentos que devemos ingerir em maior quantidade e, à medida

que os níveis subirem, deve ser diminuído a frequência ou quantidade dos alimentos

nas refeições. Todos os grupos da pirâmide são importantes, por isso é necessário

que todos façam parte da nossa alimentação diária, buscando o funcionamento

adequado de nosso organismo. A necessidade de energia relacionada com a idade,

peso, estatura e atividade física são indicativas para a quantidade de porções de

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cada grupo, sugerida para cada indivíduo.

Devido às grandes mudanças no cotidiano das populações, a alimentação e

saúde sofrem grandes impactos. Com a falta de conhecimento do problema,

encontram-se muitos obstáculos para soluções adequadas. Levando em conta a

escassez do tempo que se tem para preparar o alimento, a força da mídia, o

ingresso das mulheres no mercado de trabalho, a cultura, ritmo da vida, religião,

geografia, genética, e outros, o fast-food é considerado, como afirma Ortigoza

(2008), um apoio para suprir essas necessidades, interferindo na alimentação da

população, e, automaticamente, também interferem na saúde pública, incluindo

doenças causadas pela carência de nutrientes ou pelo excesso de alguns,

provocando desequilíbrio energético.

Complementa a autora: a falta de limites no consumo de determinados tipos

de alimentos tem preocupado muito a saúde pública mundial, pois milhões de

pessoas morrem vítimas de fome. Isso acontece devido à diferença de renda entre a

população, que ainda é bastante marcante. A alimentação, mesmo em crise

econômica, é a última que deixamos de consumir. Devido ao avanço global, o

consumo também necessita de aperfeiçoamento, muitas vezes impondo à

população alguns comportamentos de consumo, devido à escassez do tempo.

Para uma boa saúde devemos ingerir alimentos de qualidade e na quantidade

certa, proporcionando uma alimentação equilibrada no nosso dia-a-dia e prevenindo

várias doenças, inclusive a obesidade que pode ser prevenida já na infância.

Segundo Ortigoza (2008, p.92):

Um dos principais caminhos para estimular a autonomia das pessoas frente às escolhas alimentares mais saudáveis é a educação em saúde e a disponibilização de informação. Assim sendo, seriam incorporadas a toda dinâmica sócio- espacial e as novas relações espaço-tempo (amplamente discutidas nesse artigo) produtos e serviços que atendessem a necessidade de se cumprir os princípios básicos da “boa alimentação”, ou seja, o da variedade, da moderação e do equilíbrio.

A disciplina de Ciências, através de estudos fundamentados em pesquisas,

vídeos, práticas alimentares e atividades diversas, disponibilizou aos estudantes

informações atualizadas sobre alimentação saudável e alimentação inadequada,

doenças causadas pela má alimentação, estimulando assim o consumo de

alimentos saudáveis. A Escola, como parceira na prática educacional, já promove

alimentação saudável no ambiente escolar, oferecendo ao aluno subsídios para que

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ele desenvolva habilidades no cuidado da própria saúde e na prevenção de

doenças, contribuindo assim para melhorar a alimentação de jovens e adolescentes

e, consequentemente, a sua saúde e qualidade de vida.

2.4 Doenças mais comuns causadas pela alimentação inadequada

Segundo os autores Peres e Moreira (1993), as causas mais prováveis de

obesidade, colesterol e doenças cardiovasculares são o sedentarismo, abuso de

açúcares e gorduras. Para que haja alguma mudança nos hábitos alimentares é

necessária uma intervenção dos pais, professores e agentes de saúde. A compulsão

alimentar é considerada um dos fatores responsáveis por certas doenças

degenerativas crônicas, sendo preocupante na área da saúde pública e tem

prioridade na sua prevenção.

Mesmo com o avanço das ciências da nutrição, complementam os autores,

ainda sofremos muita carência de conhecimentos no que diz respeito à alimentação.

Quanto aos alimentos, mesmo sabendo sua composição, ainda existe pouca

informação sobre o seu efeito nutricional nos seres humanos e a importância das

interações entre os alimentos que compõem uma refeição. O grande conhecimento

dos padrões alimentares de populações sadias tem enriquecido muito as teorias de

alimentação saudável, com o objetivo de conhecer os seus efeitos na biologia

humana e ampliar o saber sobre seu valor nutricional. Considera-se o fato de que a

doença coronária isquêmica e as doenças metabólicas degenerativas venham se

construindo desde a vida intrauterina e só se agravam ou se manifestam

dependendo do hábito alimentar e dos demais hábitos no decorrer da vida.

2.4.1 Colesterol

Segundo Castanho (1969) há algum tempo a grande ocorrência de enfarte em

pessoas com vida sedentária era atribuída à tensão nervosa, pois essas pessoas

geralmente trabalhavam em escritórios ou eram os chamados homens de negócios.

Em pesquisas e estudos microscópicos com as artérias coronárias dessas pessoas,

descobriu-se uma espécie de gordura existente na parte interna das artérias

coronárias, chamada colesterol, responsável pela morte prematura dessas pessoas.

Verificou-se que o tipo de alimentação que se usa, a base de gorduras animais, é

que influi na degeneração da coronária. Por isso, desde criança, devemos adquirir

hábitos saudáveis de alimentação para evitarmos a formação dessa gordura dentro

das artérias.

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O colesterol é considerado um dos elementos essenciais do sangue sendo

fabricado pelo fígado e também absorvido através de alguns alimentos que o

contém: manteiga, gema de ovo, creme de leite, entre outros que são ricos em

gordura animal e são considerados mais saturados, permitindo assim a elevação do

colesterol. Para evitar as consequências dessa disfunção, devemos abandonar ou

ao menos restringir o uso dos alimentos ricos nessa substância.

2.4.2 Obesidade

De acordo com Ortigoza (2008), as tendências de obesidade, tanto em adultos

como em crianças, demonstram a mudança nos hábitos alimentares, no tempo e

espaço. Antigamente, as pessoas mais obesas eram consideradas portadoras de

maior renda. Atualmente o excesso de peso se caracteriza nas populações de baixa

renda, levando em conta a falta de orientação, atividades físicas reduzidas, falta de

condições financeiras, que levam a aquisição de alimentos mais baratos e calóricos.

A obesidade também pode acontecer por fatores genéticos.

A alimentação é considerada um dos fatores de maior gasto na família,

tornando-se mais frequente as refeições fora de casa, pela comodidade, falta de

tempo, favorecendo o crescimento do comércio de refeições prontas. Levando em

conta que os produtos oferecidos podem ser de qualidade ou ricos em açúcares e

gorduras, devemos ficar atentos. Na Escola, as cantinas oferecem alimentos

saudáveis para não prejudicar a saúde dos adolescentes.

2.4.3 Diabetes

Conforme coloca Vila Equilíbrio, Bem Estar (2008), diabetes é uma doença

caracterizada pela falta ou excesso de insulina que controla a glicose no sangue. A

glicose é a principal fonte de energia do organismo, porém quando em excesso,

pode trazer várias complicações à saúde. Quando não tratada adequadamente, a

diabetes causa doenças como infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência

renal, problemas visuais e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações.

2.4.4 Hipertensão

De acordo com Vila Equilíbrio, Bem Estar (2008), a hipertensão ocorre

quando os níveis de pressão arterial encontram-se acima dos valores de referência

para a população em geral. Causa diversos problemas ao coração e às artérias.

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Geralmente não apresenta sintomas, portanto, só um exame médico pode

diagnosticá-la. A hipertensão resulta do uso excessivo de cloreto de sódio (sal de

cozinha) nos alimentos que ingerimos, do consumo de álcool, tabagismo,

sedentarismo e fatores hereditários.

Segundo Castanho (1969, p.16), “as moléstias de nutrição no homem

civilizado são, em sua maior parte, resultantes da má orientação da alimentação

moderna”. Muitas vezes, os hábitos poucos saudáveis são fruto de falta de

informação e da indução provocada pela mídia, que induz especialmente os jovens,

a um consumo de alimentos que está atrelado a um determinado padrão de beleza e

desejo estabelecido por empresas com caráter mercadológico. Geralmente, as

propagandas são incentivadoras e não esclarecedoras.

2.5 Alimentação e mídia

De acordo com Ortigoza (2008), a mídia influencia muito na alimentação,

principalmente de crianças e adolescentes, devido à valorização da praticidade no

ato de comer lanches como Fast Food, salgadinhos industrializados, doces

confeitados, refrigerantes, alimentos de preparo instantâneo, pães e enlatados. Esta

“monotonia alimentar” recomenda que sejamos cautelosos em nossas refeições

procurando manter uma refeição colorida e variar sempre.

Segundo informações postadas no blog da nutricionista Fernanda (2012), nos

anúncios e propagandas sobre alimentos, oferecidos pela televisão, revistas, jornais,

internet, e outros meios, predominam os de alimentos não saudáveis, induzindo as

crianças a acreditarem que não sejam prejudiciais à saúde. A falta de honestidade

nos anúncios fere a ética publicitária, pois omite a presença de aditivos prejudiciais à

saúde. Ao ver a propaganda, a criança sente vontade de comer e pede aos pais

para comprar, por isso, os pais devem ser orientados, pois eles também servem de

influência aos filhos. Concordamos com a nutricionista Gisele (2012) quando afirma

que: “Não se deve proibir o uso de certos alimentos, mas orientá-los a usar com

moderação ou substituir por outros menos calóricos”. De acordo com Ortigoza

(2008), espera-se que a mídia também venha a ser cobrada no sentido de

sensibilização e incentivo à alimentação saudável, ajudando a estimular a autonomia

das pessoas na escolha correta de alimentos mais variados e menos calóricos.

Devido à necessidade, muitas vezes de comer fora de casa, complementa a autora,

o comércio alimentício se aperfeiçoou e criou novas formas de servir os clientes:

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- Restaurante por quilo;

- Prato feito;

- O delivery: serviço extra de entrega em casa ou escritório;

- O drive thru: comer dentro do carro;

- Restaurantes a La carte;

-Comércio de rua (embora exija muito cuidado e vigilância para evitar a

contaminação e problemas de saúde à população);

- Food service: mercado de refeições prontas.

As diversas formas de comércio acabam criando nos hábitos alimentares,

novos comportamentos. Levando em conta a escolha entre os diversos tipos de

comércio o cliente leva em consideração o tempo de deslocamento, tempo de

preparo da alimentação, distância, meio para deslocar, valor da refeição, qualidade e

higiene.

Em Santa Izabel do Oeste, Município do interior do Estado do Paraná, as

famílias que trabalham fora de casa procuram alimentar-se em restaurantes,

principalmente no almoço devido à falta de tempo para preparar sua refeição. Os

adolescentes e jovens geralmente procuram lanches, por ser mais prático e não leva

em conta a importância de ingerir vários nutrientes em uma refeição.

A escola, onde atuo como docente, e que inspirou a elaboração deste estudo,

oferece lanche o mais saudável possível, como: pastel assado, lanches salgados

acompanhados de saladas, a complementação com frutas e alimentos que

contenham fibras, proporcionando, na prática, uma educação alimentar no sentido

de orientar as mudanças de hábitos para uma melhor qualidade de vida e saúde.

Segundo Alves, et al. (2010, p.15,16):

A alimentação saudável e consciente coloca-se em estreita relação com a agroecologia e o sistema de cultivo orgânico. Por isso, é importante estar bem informado de todo processo, desde a produção até o consumo.

Descubra a origem e a composição do alimento, procurando no rótulo;

Mantenha uma alimentação diversificada;

Evite alimentos transformados, industrializados e embutidos;

Evite alimentos altamente refinados;

Evite adição de açúcar, fermento e sódio;

Escolha alimentos com menor gordura;

Consuma os alimentos crus após lavados;

Prefira os produtos sem corantes e conservantes artificiais;

Opte por produtos integrais e ricos em fibras;

Prefira os óleos virgens;

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Escolha a cocção a vapor, que não precisa nem de água nem de gordura vegetal ou animal;

Evite colocar bicarbonato de sódio durante a cocção, pois ele tira as vitaminas e minerais dos vegetais.

A alimentação correta é o ponto de partida para uma vida saudável, livre de

algumas doenças físicas e psicológicas causadas pela má distribuição de nutrientes

no organismo. Na atualidade, torna-se necessário discutir sobre a importância de se

promover hábitos alimentares saudáveis, devido à interferência da mídia e a falta de

informações adequadas sobre os aditivos, presentes nos alimentos, que interferem

na nossa saúde. Por isso, a escola, através de estudos, tem o dever de orientar e

proporcionar práticas pedagógicas, a fim de desmistificar o que é apresentado pela

mídia como natural no que se refere à alimentação, produzindo uma provocação que

pode levar a uma tomada de consciência que sensibilize os alunos ao hábito da

alimentação saudável, sendo ela o local ideal para mais esclarecimentos, pois é

onde os adolescentes passam boa parte de seu tempo e buscam respostas para

suas dúvidas.

A pesquisa bibliográfica e a intervenção didático-pedagógica sobre “Hábitos

Alimentares Saudáveis na Adolescência: Perspectivas de Saúde e Qualidade de

Vida” foram utilizadas com a intenção de trabalhar a sensibilização dos adolescentes

em relação aos hábitos alimentares saudáveis, identificando situações de risco

relacionadas à saúde, bem como as principais doenças do sistema circulatório

causadas pela alimentação inadequada.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Inicialmente foi realizada a divulgação do Projeto de Intervenção Pedagógica

na escola com apresentação aos professores, direção, equipe pedagógica e demais

funcionários da escola, na semana pedagógica do início do ano letivo 2013 para que

todos ficassem cientes e conhecessem o trabalho a ser desenvolvido. Todos

consideraram interessante o tema abordado e firmaram sua contribuição, cada um

em seu momento oportuno.

A divulgação e apresentação do Projeto de Intervenção Pedagógica aos pais

foram feitas em uma reunião em que os mesmos foram convidados a participar a fim

de conhecerem o projeto a ser trabalhado com seus filhos, levando em consideração

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a importância de sua contribuição com a prática do dia-a-dia em sua alimentação.

Todos os pais participantes demonstraram interesse em continuar com a prática em

casa e agradeceram por nos preocuparmos com a saúde e qualidade de vida de

seus filhos.

O desenvolvimento das ações aconteceu em 32 horas-aula, práticas e

teóricas, no conteúdo sobre “Alimentação Saudável,” distribuído em três aulas

semanais, nos meses de fevereiro, março, abril e maio, no período da manhã. A

apresentação do Projeto de Intervenção Pedagógica aos estudantes foi de extrema

importância, pois são eles o público-alvo inserido para a realização e idealização do

projeto.

Iniciei a aula conversando com os alunos sobre alimentação saudável,

solicitei que eles contribuíssem oralmente com seu conhecimento prévio. A

contribuição que eles fizeram no primeiro momento demonstrou o conhecimento

empírico que eles possuem, para então poder realizar um aprofundamento mais

amplo do tema abordado.

Em seguida, receberam um questionário para sondagem diagnóstica de seus

hábitos alimentares, que responderam juntamente com os pais, destacando os tipos

de alimentos mais consumidos durantes as suas refeições diárias e quais as

doenças mais conhecidas relacionadas à alimentação. O levantamento de

informações que conseguiram por meio do questionário e a investigação sobre as

doenças mais comuns em meio a seus familiares, relacionadas com a alimentação,

diagnosticaram a real situação alimentar de suas famílias, e com isso se pôde

orientá-los a mudanças de hábitos alimentares, a fim de amenizar, ou até impedir,

que se repitam os mesmos problemas de doenças provocadas em consequência da

alimentação inadequada. Após responderem o questionário, estimulei um debate

com a turma, referente aos dados coletados, possibilitando trocas de ideias e

informações orientando-os de forma clara e adequada, para construírem argumentos

e tornar suas opiniões mais seguras.

Disponibilizei o texto “Alimentação dos adolescentes”, do qual os alunos

fizeram leitura coletiva e reflexão, destacando que na adolescência devemos ter

maior atenção, pois é nessa época que o organismo está em pleno desenvolvimento,

com mudanças físicas e psicológicas, que exigirão uma boa alimentação e, por isso,

devemos manter uma relação equilibrada entre os nutrientes. Na sequência, fizeram

uma produção textual destacando suas análises críticas sobre a leitura, incluindo as

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opiniões sobre as dificuldades que impedem que se concretizem as orientações

sobre alimentação saudável aos adolescentes, propondo alternativas para sanar

dificuldades. Para finalizar esta ação, socializaram as produções textuais com a

turma através de apresentação oral, aprofundando assim seu conhecimento.

Conhecendo a fundamentação teórica sobre “Alimentos e Nutrição e Pirâmide

Alimentar”, disponibilizei aos alunos os textos, para fazerem a leitura e análise dos

mesmos, concluindo que a alimentação ideal, ou seja, saudável, precisa estar

constituída de variedades de alimentos e quantidades limitadas, dentro de uma

proporção saudável, suficiente para as necessidades nutricionais do organismo,

evitando assim desequilíbrios que possam, consequentemente, transformar-se em

doenças degenerativas, comprometendo a saúde e a qualidade de vida.

Complementando essa ação, os alunos, em grupos, fizeram a montagem de uma

pirâmide alimentar, usando diferentes materiais, conforme a criatividade de cada

grupo. Após, os grupos apresentaram e explicaram suas pirâmides para os demais

alunos da turma. Essas pirâmides foram expostas na feira de ciências da escola que

se realizou no mês de setembro do corrente ano. Ficará exposta permanentemente,

próxima à cantina da escola, uma pirâmide alimentar, para melhor socialização com

os demais alunos, estimulando o hábito de consumo de lanches saudáveis.

Para o conhecimento sobre algumas doenças relacionadas à alimentação,

apresentei o texto “Doenças mais comuns causadas pela alimentação inadequada”,

para leitura e debate, o que foi desenvolvido com grande empenho e participação

dos adolescentes, que sanaram suas dúvidas e contribuíram com seu conhecimento

sobre o assunto. Depois dessa atividade, proporcionei uma pesquisa em grupos

sobre as doenças causadas pela má alimentação, a fim de subsidiar e fundamentar

o tema estudado. Para complementar este estudo, construíram cartazes com

ilustrações referentes às doenças pesquisadas, com apresentação oral para os

alunos da turma e exposição no mural da escola, para socializar o conhecimento e

sensibilizar os demais adolescentes da escola.

Com a intenção de esclarecer a influência da mídia na alimentação dos

adolescentes, proporcionei a leitura e debate coletivo do texto “Alimentação e mídia”,

em que os alunos interagiram com suas opiniões e críticas relacionadas à

importância da mídia na divulgação dos produtos alimentícios, considerando que ela

também poderia alertar sobre a presença de produtos químicos e a grande

concentração de sais, açúcares e gorduras nos alimentos dos quais fazem

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divulgação e que podem ser prejudiciais à saúde. Complementando essa atividade,

proporcionei sugestões de receitas saudáveis para os alunos e suas famílias,

sugerindo a eles uma aula de educação nutricional com preparo e montagem de

pratos saudáveis, com o propósito de contribuir com o desenvolvimento da prática

do educando, para melhor fixação do conhecimento do tema “Alimentação Saudável.”

Após a atividade prática, encerramos com apreciação e degustação dos alimentos

preparados pelos alunos.

4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos citar, nesta etapa de fechamento deste texto, que a partir do

trabalho realizado no Projeto de Intervenção “Hábitos Alimentares Saudáveis na

Adolescência: Perspectivas de Saúde e Qualidade de Vida,” foi possível diagnosticar

os hábitos alimentares dos adolescentes, os quais não se apresentam totalmente

corretos, em vista de preferirem alimentos rápidos como frituras, massas, embutidos,

enlatados, seguidos do consumo de doces, e as doenças mais conhecidas por eles,

relacionadas à alimentação que envolve seus familiares, tais como, diabetes,

colesterol, hipertensão e gastrite.

Em vista disso, e a partir dos conceitos, construídos/organizados em sala de

aula pelos adolescentes, sobre a importância de uma alimentação equilibrada e

sobre as doenças mais comuns causadas pela má alimentação, podemos afirmar

que, posteriormente as práticas pedagógicas implementadas, manifestaram-se mais

críticos e conscientes de que se deve utilizar na alimentação diária todos os grupos

de nutrientes, dentro de uma proporção saudável, evitando assim desequilíbrios que

possam se transformar em doenças degenerativas, comprometendo nossa saúde e

qualidade de vida.

Com os esclarecimentos sobre a influência da mídia na alimentação dos

adolescentes, os alunos interagiram com suas opiniões e críticas relacionadas à

importância da mídia na divulgação dos produtos alimentícios, considerando que ela

também poderia alertar sobre a presença de produtos químicos e a grande

concentração de sais, açúcares e gorduras nos alimentos dos quais fazem

divulgação, que podem ser prejudiciais à saúde, e não somente mostrar a

praticidade de consumir alimentos prontos, que muitas vezes são desnecessários.

Embora a mídia tenha certa influência em nossos adolescentes, acreditamos que os

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amigos e a família podem amenizar, ou até reverter essa situação, incentivando e

proporcionando hábitos alimentares saudáveis, pois eles também têm uma grande

participação no seu dia-a-dia.

As sugestões de receitas saudáveis, proporcionadas aos alunos e seus

familiares, criaram um vínculo entre a escola e a família, o que é indispensável para

que a teoria e a prática concretize, de forma positiva, o real objetivo que é

sensibilizar os adolescentes da importância de hábitos alimentares saudáveis, para

a melhoria na saúde e qualidade de vida.

Durante a aula prática com a montagem de pratos saudáveis os alunos

mostraram grande interesse em aprender como prepará-los e encerramos com a

apreciação e a degustação dos alimentos preparados pelos alunos.

Entendemos que a educação é contínua, e, com este projeto, esperamos

contribuir com a melhoria na saúde e qualidade de vida dos alunos, familiares e

comunidade em geral. A escola, enquanto instituição com o grupo de profissionais

envolvidos cotidianamente com o ensino, de um modo geral, contribuiu para o

desenvolvimento de todas as atividades, tanto em termos pedagógicos, como

estruturais, sempre incentivando, a fim de obter o melhor resultado possível. Torna-

se fundamental também que a família e a escola intervenham cada vez mais cedo

na mudança de hábitos alimentares a fim de diminuir o número de adolescentes e

adultos com problemas cardíacos.

Por fim, o cumprimento do Projeto de Intervenção foi muito significante no

sentido de enriquecer nossos conhecimentos, mostrando a diversidade de métodos

que podemos utilizar para tornar nossas aulas mais atrativas. A ocasião foi oportuna

para conhecer e estudar diversos autores e pesquisas acadêmicas sobre

alimentação dos adolescentes, conhecendo assim a realidade global. Foi muito

gratificante poder socializar as pesquisas com os adolescentes, através da leitura e

das atividades desenvolvidas, considerando que a teoria e a prática devem ser

trabalhadas juntas para que ocorra uma possível transformação social.

5- REFERÊNCIAS

ALVES, Adilson Francelino; GAIOVICZ, Elaine Fabiane; CANDIOTTO, Luciano Z. P.; et al. Agroecologia e Consumo Consciente. Francisco Beltrão: SETI, USF, 2010.

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Imagem

Disponível em: (http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=5&letter=P&min=30&orderby=titleA&show=10). Acesso em 04/07/2012.