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HealthARQ 5a Edição- Grupo Mídia

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Revista segmentada para a área de arquitetura e engenharia hospitalar

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CARTA AO LEITOR

Caro leitor,

No cenário da construção e arquitetura do setor da saúde, a inovação é uma importantíssima ferramenta que gera excelentes resultados. Arquitetos e enge-nheiros em diversos projetos de hospitais e clínicas costumam impor técnicas de sofisticação, humani-zação e conforto, sendo estes elementos mais que necessários para erguer uma edificação exemplar. Nessa linha de pensamento, trazemos reportagens de conceituados projetos no seguimento hospitalar e corporativo.Na matéria de capa, abordamos as recentes obras das unidades do Hospital e Maternidade São Cristó-vão em São Paulo (SP), destacando o novo comple-xo hospitalar da Instituição – unidade Água Rasa. A estrutura predial do local se evidência com detalhes contemporâneos, a exemplo da fachada com vidros espelhados. Para descrever um pouco dessas obras, profissionais que participaram do processo constru-tivo relatam alguns pontos considerados diferenciais.Ainda nesta edição, teremos uma entrevista com a arquiteta e lighting designer Neide Senzi, citando a importância da elaboração de projetos que conciliam a técnica da iluminação e a arquitetura nos ambien-tes, fator fundamental na humanização do atendi-mento. A publicação ainda aborda o projeto de construção da unidade da Fiocruz no Estado do Ceará e também orienta os gestores das instituições de saúde sobre a aquisição de pisos e revestimentos que evitam o surgimento de bactérias, sendo algo primordial para reduzir os casos de infecção hospitalar.E devido ao grande número de projetos com concei-tos “verdes”, trazemos novamente o especial “Cons-truções Sustentáveis” que destaca uma inovadora obra do setor industrial e uma consagrada reformu-lação no segmento esportivo, ao elencar as curiosi-

dades da Arena Castelão, em Fortaleza (CE), que será sede da Copa de 2014.Vamos também apresentar dados sobre uma das gra-duações mais procuradas nas universidades brasilei-ras: Engenharia Civil. O curso vem se evidenciando nos últimos oito anos em decorrência da alta deman-da do setor. Hoje existem cerca de 430 faculdades de engenharia em todo o Brasil. Embora o número seja aparentemente considerável, ainda existe carência de engenheiros civis no mercado.

O segredo é inovar

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

Que todos tenham uma excelente leitura!

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Health

EXPEDIENTE

PRESIDENTE Edmilson Jr. Caparelli

[email protected]

EDIToRIal PUBlISHEREdmilson Jr. Caparelli

REDaÇÃo Carla de Paula [email protected] Soares [email protected] [email protected]

REVISÃoAdriana [email protected]

CoMERCIal MaTRIZ Giovana [email protected] Del [email protected] [email protected]

DEPaRTaMENTo DE CRIaÇÃoErica Almeida Alves

aSSINaTURaS E CIRCUlaÇÃ[email protected]

aTENDIMENTo ao [email protected]

PRoJEToS [email protected]

A revista HealthArq é uma publicação trimestral do Grupo Mídia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional.O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores.A reprodução das matérias e dos artigos somente será permitida se previamente autorizada por escrito pelo Grupo Mídia, com crédito da fonte.

MaTRIZRua Antônio Manuel Moquenco Pardal, 1027 - Ribeirão Preto-SP - Brasil

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SUCURSalAvenida Nova Independência, 1.061 - Brooklin - São Paulo-SP - Brasil

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CoNHEÇa oS oUTRoS PRoDUToS PaRa o MERCaDo DE SaúDE:

QUER FalaR CoM o MERCaDo Da SaúDE? FalE CoM a GENTE!

aDMINISTRaTIVo E FINaNCEIRoLúcia Rodrigues

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MaRKETING/ EVENToSErica Almeida Alves

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CoNSElHo EDIToRIal Edmilson Jr. Caparelli, Erica Alves, Jailson Rainer,

Lúcia Rodrigues e Priscila Soares Prado

EDIToRa EXECUTIVaPriscila Soares Prado

[email protected]

RElaÇÕES INTERNaCIoNaIS Jailson Rainer

[email protected]

GERENTE SUCURSal SÃo PaUloLeandro [email protected] FoToS

Banco de imagensPriscila SoaresJo Capusso (capa/matéria de capa)

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CAPA

ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA

Hospital e Maternidade São Cristóvão promete ser marco urbanistico para toda zona leste de São Paulo

108

ARQ entrevista

Neide Senzi, referência em projetos lighting desing, analisa o setor da iluminação em obras hospitalares

14CRIATIVIDADE

HOSPITAL DO CÂNCER DE BARRETOS

A proposta do irreverente layout, cheio de cores e alegria carrega assinatura da Enterprises Arquitetura

54

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NESTA EDIÇÃON.05 I SETEMBRO | OUTUBRO| NOVEMBRO I 2012

SUSTENTABILIDADE

Projeto de instalações elétricas da Arena Castelão no Ceará desenvolve medidas sustentáveis que atendem às demandas da certificação LEED

68

HUMANIZAÇÃO

Projeto de interiores do Hospital Alemão Osvaldo Cruz, assinado pela RoccoVidal P+W, proporciona ao usuário o conforto de um hotel

90

ARQ REFORMA

HOSPITALYS

A nova unidade da rede AMIL propõe infraestrutura com-pleta para oferecer excelência em trata-mento ortopédico

102

122 Novo conceito de hospital Dia

131 A comunicação visual como ferramenta de divulgação

140 Cliníca no Paraná traz uma arquitetura ímpar e tecnologia de ponta

144 Ano novo, hospital novo

156 O recomeço sob nova direção

160 Pavimentos higienizados

170 Ampliação da maternidade da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

180 Ampliação do Hosipital Monte Sinai em Juíz de Fora-MG

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Para seguir com as ações de melhoria da saúde pública em Rondônia, o governo do Esta-do não tem medido esforços para construir o Hospital de Urgência e Emergência de Porto Velho, que terá 254 leitos, sendo 30 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A construção do prédio irá custar aproximadamente R$ 80 milhões. A gestão e aquisição dos equipa-mentos do hospital serão através de parceria público-privada. O projeto e a maquete foram entregues ao governador Confúcio Moura no início de novembro em evento reali-zado no saguão do Palácio Getúlio Vargas, na capital.

Uma técnica para avaliar o risco de incêndios em hospitais de grande porte foi desenvolvida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP). O mo-delo denominado Método de Avaliação de Risco Incêndio Hospitalar (MARIH), partiu da ini-ciativa da arquiteta Adriana Venezia em sua tese de doutorado que trata de um assunto que necessita ter sua importância reconhecida por projetistas e empreendedores. Adriana explica que, no Brasil, é comum que medidas preventivas de segurança contra incêndio sejam pouco contempladas em projetos arquitetônicos e visem apenas cumprir exigências legais.

A Associação Internacional de Design de Interior (IIDA) premiou o Brooklyn Infusion Center, em Nova York (EUA), na categoria de Centro de Cuidado Ambulatorial (Ambulatory Care Centers) em seu novo Concurso de Design de Interiores na Saúde, devido às inovações empregadas como maximização do espaço e a criação de projetos de iluminação eficaz. No belo hall do prédio se encontra uma galeria de obras de artistas locais. No interior do Centro, pacientes que estão em tratamento de câncer têm um ambiente confortável e muito iluminado.

MAQUETE Projeto e maquete de hospital em Porto Velho (RO) são apresentados

PESQUISATécnica criada na USP visa diminuir risco de incêndio em hospitais

PREMIAÇÃOCentro de Infusão é premiado por Associação Internacional de Design de Interior

boletim ARQ

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A UFRJ trabalha no projeto de um novo Hospital Universitário, com obras que devem começar no ano em 2013. Com 450 leitos e área total de 80 mil m², o projeto, assinado pelo professor Mauro Santos, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da universidade, aposta na arquitetura sustentável, com atenção especial para a flexibilidade e conforto ambiental. O custo do hospital será de aproximadamente R$ 200 milhões, com verba proveniente do Ministério da Educação e outros órgãos do Governo Federal. Neste momento, o desenho do projeto básico está sendo ela-borado pela equipe do professor Mauro e, no ano que vem, a UFRJ abrirá licitação para o Projeto Executivo, que contempla as plantas para instalações elétricas, gás e estrutura das fundações.

Em agosto de 2013 deve acontecer o Encontro Brasileiro de Arquitetura de Informação (EBAI), voltado a profissionais, estudantes e interessados por esta área tão importante, conhecida pela sigla AI. O último evento sobre o assunto aconteceu em outubro de 2011. A Arquitetura da Informação está presente em uma série de soluções, serviços, produtos e processos, sendo mais conhecida por realizar a estruturação do conteúdo de websites e portais, além de softwares. Em suas edições anteriores, o EBAI já teve mais de 850 participantes e foi palco de mais de 50 apresentações. Mais informações no site: www.congressoebai.org

A ala pediátrica do Hospital Roberto Santos, em Salvador (BA), situada no quarto andar da unidade médica, foi completamente reformada por meio de parceria público-privada (PPP). Com a

ajuda de 30 arquitetos e decoradores, a unidade de pediatria foi redecorada e ganhou nova mo-bília, além de pisos, forro, paredes, enfermarias, equipamentos sanitários e de cozinha. A reforma foi viabilizada por meio de parceria entre a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e a empresa G10 Premium Decor, associação que reúne 26 lojas de segmentos ligados à decoração e arquitetura.

SUSTENTÁVELUFRJ terá novo Hospital Universitário com 450 leitos

SOLUÇÕESEncontro sobre Arquitetura da Informação será relizado em 2013

REFORMAUnidade pediátrica de hospital na Bahia é reformada

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ARQ coluna

O uso racional de água potável e a redução do volume de esgoto produzido

POR DR. DOMINGOS FIORENTINI

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O grande desper-dício de água potável em qual-

quer edificação e princi-palmente em hospitais é causado pela utilização desse precioso líquido, que nos é dado pela na-tureza, como elemento principal para remover e conduzir dejetos, tais como: fezes, urina, secre-ções, etc, através do es-goto. A nossa proposta é ra-

dical na não utilização de água potável como água motriz para este fim. Com isso, projetamos para este tipo de edifício, um sistema duplo de alimen-tação de água.O primeiro de água

potável que irá suprir chuveiros, lavatórios, bebedouros, pias de tra-tamento de água para hemodiálises, entre ou-

tras utilizações da água.O segundo de água

reciclada, (que iremos descrever mais adiante), destinada à água motriz usada em bacias sanitá-rias, despejos, mictórios, expurgos, isolamentos, irrigação de jardins e la-vagem de carros.Estas medidas adotadas

conseguem reduzir 50% ou mais do consumo de água potável, pois é co-nhecido que aproxida-mente 50% de toda água consumida no hospital é destinada para água mo-triz, assim sendo, a não utilização de água potá-vel como água motriz, re-duz 50% de sua deman-da.

DESCRIÇÃO DA ÁgUA RECICLADA Propomos em nossos

projetos, além da sepa-

ração da distribuição de água em dois sistemas: (água potável e água reciclada), a separação também em dois sis-temas da captação das águas servidas (esgoto), em esgoto negro ou fe-cal oriundo das bacias sanitárias, mictórios, ex-purgos e esgoto cinza ou esgoto reciclável oriundo de chuveiros, lavatórios, bebedouros e pias.O esgoto negro será

destinado à rede pública de captação ou à central de tratamento de esgoto do hospital, essa medida deveria ser expandida a todas as edificações da cidade, pois é conhecido que nos hospitais, como citado acima, a produ-ção do esgoto negro ou fecal corresponde a 50% da produção total de es-goto, com isso o custo POR DR. DOMINGOS FIORENTINI

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de tratamento do esgoto seria reduzido à metade, pois os outros 50% cor-respondente ao esgoto reciclável, serão coleta-dos coloridos artificial-mente (verde ou azul) para identificação de que não se trata de água po-tável evitando assim aci-dentes e a reutilização como água motriz, e en-tão, transformando-se em esgoto negro de tal maneira que todo esgoto negro será originado do esgoto reciclável.O grande problema para

a não utilização de água potável como água mo-

triz, deposita-se, no fato, de que, não poderá ha-ver descontinuidade no fornecimento de água motriz. Portanto, quem sugere a utilização de água de chuva, como fa-tor de economia de água potável, desconhece que, não é possível garantir-mos, volume suficiente, para abastecimento de edifícios, como hospital, sem que haja, alteração de incidências de chuvas na região. Não é possível termos garantia de distri-buição de água de chuva, sem haver períodos de estiagem, isto é, não te-

ARQ coluna

mos capacidade de pre-ver local, quantidade e perenidade de incidência pluviométrica suficien-te para nossa demanda, isto é, não chove onde eu quero, na quantidade que eu quero e nos dias em que eu quero.Portanto, a única forma

de garantirmos a redução de consumo de água po-tável e diminuição de pro-dução de esgoto, através, da reutilização do esgoto com menor carga bioló-gica, para tanto.Hoje temos funcionando

dezenas de hospitais com esse sistema.

DOMINGOS FIORENTINI, FORMADO EM MEDICINA E ARQUITETURA E URBANISMO

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ARQ entrevista

Perspectivas em projetos luminotécnicosNeide Senzi, referência em projetos de lighting design, analisao setor da iluminação em obras hospitalares e comenta sobre os traços particulares em seus cases de sucesso

14 Health ARQ

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Critérios como eco-nomia, técnica e conforto do pa-

ciente são pilares de di-versos projetos da ar-quitetura hospitalar. O mesmo ocorre nas con-cepções luminotécnicas, pois tais fatores também são guiados para satisfa-zer à diversidade de nor-mas e às compatibilida-des físico-funcionais do local. Além disso, outras exi-

gências que permeiam tais projetos são a busca pela inteligente instala-ção da iluminação artifi-cial, o aproveitamento da luz natural para controlar o consumo de energia e ter em mãos produtos de qualidade. Em entrevista exclusiva

à revista HealthArq, a arquiteta e lighting desig-ner Neide Senzi, uma das maiores especialistas do Brasil em iluminação hos-pitalar, analisa como está este setor nas obras de saúde do País, traçando perspectivas e desafios. Senzi carrega assinaturas em projetos luminotéc-nicos do Hospital Bene-ficência Portuguesa, do Pronto Socorro do Hos-pital Paulistano, dentre outros. Para ela, a grande aposta é a diferenciação através do uso de produ-tos com alto rendimento

e design moderno.

HealthArq: Qual avalia-ção a Sra. faz do setor de iluminação nas obras de saúde no País atualmen-te?Neide Senzi: Creio que es-tamos passando por um processo de entendimen-to de que a iluminação é parte inerente e impor-tante dentro do edifício hospitalar, tanto no que diz respeito aos custos operacionais e na eficiên-cia energética, quanto em relação da luz com o usuá-rio. Afinal, sabemos que a luz promove sensação de bem estar, agradabilidade e conforto, promovendo uma resposta emocional satisfatória e positiva, uma vez que o ambiente é pro-pício a stress e alta carga emocional negativa. Sen-do assim, a luz tem o po-der de cativar a percepção visual e atrai a atenção para o bem-estar do pa-ciente, do acompanhante e de toda a equipe médi-ca.

HealthArq: Quais as pre-ocupações que os pro-jetos das obras hospi-talares/clínicas devem ter em suas instalações quanto à iluminação?Senzi: É fundamental de-senvolver o projeto dentro da premissa de economia

de energia, utilizando sis-temas que proporcionam um melhor custo benefí-cio, alta vida útil, elevado rendimento e baixos cus-tos de manutenção, ofere-cendo a longa perenidade do sistema. Isso porque o uso hospitalar não possui ociosidade, sendo usado 365 dias, 24 horas por dia, portanto o desgaste do material, tanto de lumi-nária, lâmpadas e equipa-mentos auxiliares é muito intenso. Desta forma, a escolha de equipamentos de qualidade e com estas características diminuem sobremaneira os custos de trocas e manutenção e colaboram na redução de pontos de luz, evitando alta carga e potência ins-talada, otimizando o custo da conta de energia.

HealthArq: Quais os principais desafios que obras hospitalares/clíni-cas têm para a instalação da iluminação?Senzi: Sem dúvida, a com-patibilização das instala-ções, pois como o forro incorpora diversos siste-mas, há sempre a neces-sidade de se resultar em um maior pé direito possí-vel, a iluminação deve ser projetada para não tomar tanto espaço de entrefor-ro. Sendo assim, a escolha das luminárias que melhor

atendam esta premissa deve ser muito criteriosa.

HealthArq: Como estão atualmente os avanços tecnológicos quanto à iluminação hospitalar?Senzi: Nós temos a tec-nologia muito avançada hoje em dia, mas ainda há preços elevados e proibiti-vos para a grande maioria dos projetos hospitalares, como o LED e os sistemas de automação e controle. Portanto, temos que ajus-tar ao budget do cliente o que é imprescindível para manter um bom projeto de qualidade sem extra-polar os seus custos, tanto inicial, no ato da implan-tação, quanto nos custos operacionais. Sempre fa-zemos um estudo com-parativo entre os sistemas e tecnologias disponíveis no mercado, avaliamos os valores iniciais, os cus-tos operacionais, conta de luz e o payback de inves-timento. Assim, o cliente pode decidir pela melhor solução a ser adotada, tendo todas as informa-ções que necessita de for-ma mais imparcial e aber-ta possível.

HealthArq: Qual a de-manda do mercado pelo serviço de iluminação hospitalar?Senzi: Ainda é muito pe-

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ARQ entrevistaquena a demanda. Temos dentro do mercado al-guns clientes que reco-nhecem a importância de um projeto com profis-sional especializado em iluminação. Uma vez que estes nos contratam veri-fica-se uma grande dife-rença neste serviço, onde se considera o melhor uso da iluminação sob o pon-to de vista de interação das funções dos espaços, necessidades dos usuá-rios e a identidade visual do hospital.

HealthArq: Qual conse-lho a Sra. daria para os novos empreendedores

do setor de iluminação hospitalar?Senzi: Desenvolver pro-jetos com a consciência de eficiência e sustenta-bilidade, para um melhor resultado e entendendo a expectativa do merca-do de atualização de pro-dutos e melhoria da sua qualidade.

HealthArq: Quais carac-terísticas a Sra. carrega como identidade pesso-al em seus projetos?Senzi: Economia de ener-gia. Portanto o perfil dos meus trabalhos é promo-ver um resultado visual diferenciado, emocionar

os usuários e com esco-lha do menor número de pontos possível, resultan-do em uma quantidade mínima de luminárias, fa-cilitando o custo de com-pra e de manutenção.

HealthArq: A Sra. acre-dita que as obras das instituições de saúde têm contribuído para melhorar o setor de ilu-minação no Brasil? Por quê?Senzi: Em cada novo pro-jeto realizado que se des-taca do usual e trata a luz com maior importância, se desenvolve uma ade-quação da aceitação des-

tas novas ideias e propos-tas inéditas, resultando, assim, em uma referência de excelência para os no-vos projetos.

HealthArq: A Sra. fez o projeto luminotécni-co do Hospital Benefi-cência Portuguesa, do Pronto Socorro do Hos-pital Paulistano, dentre outros. Diante de tantos cases de sucesso, qual a Sra. destacaria? Por quê?Senzi: Em todos estes projetos tivemos a aber-tura dos clientes para a inovação tanto do ponto de vista visual, estético

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como também a ideia de proporcionar bem-estar aos pacientes que, sem dúvida, a luz proporciona. Além disso, apostamos na diferenciação através do uso de produtos com alto rendimento, design mais moderno e ainda o uso de cores de luz gerando maior interatividade nos ambien-tes. Assim, o resultado

sempre foi acima da média em relação ao mercado e os projetos tradicionais. Estas atuações, mesmo de-pois de anos, ainda podem ser consideradas revolu-cionários e “up to date”. Este é nosso papel, deixar os clientes satisfeitos in-clusive na pós-instalação, avaliando seu uso em todo esse tempo.

Neide Senzi, arquiteta e lighting designer

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Health

ILUMINAÇÃO

A luz para economiae conforto

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Se por um lado o es-curo é amedrontador, por outro, a luz tem o

poder de iluminar o íntimo do ser humano. Não por acaso ela é utilizada em diversas terapias e estuda-da cautelosamente para o ambiente de trabalho, tudo isso a fim de proporcionar conforto. Em se tratando de hospital, a preocupação com a iluminação se mul-

tiplica, pois o bem-estar é regra número um para que qualquer projeto arquite-tônico da saúde seja bem sucedido. O Hospital Paulistano,

da rede Amil, é um óti-mo exemplo em que foi possível conciliar normas técnicas com o primor da luz. De acordo com Ale-xandre Cabral, engenheiro de instalações do hospital,

e Rogério Coelho, arquite-to, para se chegar a esse perfeccionismo foi neces-sário muito estudo. “A ela-boração de um projeto de iluminação para hospitais é um trabalho complexo o qual sempre devemos atender às normas técni-cas e compatibilidades de funcionamento do local, além de analisar qual será o atendimento prestado

Materiais utilizados no projeto luminotécnico do Hospital Paulistano, da rede Amil, trazem bem-estar, tecnologia e economia para a instituição

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aos pacientes”, explicam.Obviamente, para o pro-

jeto obter o resultado es-perado é imprescindível a utilização de materiais com qualidade garantida. Para isso, a Vichenza Sistemas de Iluminação se preocupou em fornecer equipamentos que trouxessem inúmeras vantagens, tanto para o pa-ciente, quanto para o hos-pital. A empresa atua há 10 anos no mercado brasileiro, atendendo a demanda de arquitetos e engenheiros nos mais variados projetos

luminotécnicos, desde pos-tos de gasolina, prédios co-merciais, empresas, fábricas e obras do setor da saúde. “A Vichenza desenvolve na-cionalmente diversos pro-dutos com um custo que acaba gerando economia para o centro de saúde. No restaurante do hospital, por exemplo, conseguimos economizar cerca de R$ 100 mil”, comenta Phelipe Caltran, gerente de Canais e Talentos da empresa.Selecionar os materiais é

de extrema importância,

“A luz promove sensação de bem estar, agradabi-lidade e conforto, pro-movendo uma respos-ta emocional satisfatória e positiva, uma vez que o ambiente é propício a stress e alta carga emo-cional negativa” - Neide Senzi, arquiteta e lighting designer

ILUMINAÇÃO

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“A Vichenza desenvolve nacionalmente diversos produtos com um custo que acaba gerando econo-mia para o centro de saúde. No restaurante do hos-pital, por exemplo, conseguimos economizar cerca de R$ 100 mil”.

Phelipe Caltran, gerente de canais e talentos da Vichenza.

afinal eles devem propor-cionar o máximo de eco-nomia de energia, além de ter vasta vida útil, uma vez que o hospital é usado du-rante os 365 dias do ano, 24 horas por dia. “Optar por equipamentos de qua-lidade reduz sobremaneira os custos de trocas e ma-nutenção e colaboram na redução de pontos de luz, evitando alta carga e po-tência instalada, otimizan-do o custo financeiro”, ex-plica Neide Senzi, arquiteta e lighting designer.

Assim, os reatores, as lâm-padas e as luminárias fo-ram escolhidos de forma a alcançar a perfeita ilumi-nação do ambiente, como também responder a todas as exigências. “Entendemos que a luz fornecida por os nossos produtos contribui diretamente para que os pacientes atendidos nas unidades da rede Amil te-nham seu diagnóstico mais preciso, suas noites nos lei-tos mais confortáveis e até as refeições com mais sa-bor”, salienta Caltran.

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À LUz DA SUSTENTABILIDADE E HUMANIzAÇÃO

O desenvolvimento do projeto luminotécnico caminha lado a lado com a preocupação sustentável, sem deixar de proporcionar a humanização para o ambiente. Como bem ressalta Cabral, a ten-dência é oferecer ao paciente internado e seu acompanhante um local parecido com uma residência, contribuindo para um melhor tratamento. Para isso, recorreu-se à integração entre a iluminação natural e ar-

tificial, beneficiando, assim, o conforto visual e a redução de ener-gia. Pelo fato de o Hospital Paulistano ter janelas em todos os leitos e corredores, a luz natural foi muito bem explorada. Nos quartos, as janelas antigas foram substituídas por persianas entre os vidros, ou seja, o usuário pode controlar a incidência da luz. “Com este recurso implantado, o paciente não necessita ficar com as luzes do leito acesas durante o dia. Elas somente serão ligadas em casos de procedimentos médicos ou quando desejar”, explicam o engenhei-ro e o arquiteto do hospital.Atendendo ao projeto luminotécnico do hospital, o qual prima

pelo conforto e pelo melhor uso da luz, foram pensadas luminárias com “sistema inteligente de aletas de alumínio para não atrapalhar o paciente em seu repouso, proporcionando uma luz indireta, que utiliza a técnica wallwash, possibilitando ao médico total condição de verificar o estado clínico de seu paciente. Já o paciente, por sua vez, optará em ligar a luz direta durante suas refeições, por exem-plo”, ressalta Caltran.Segundo a arquiteta Senzi, deve-se entender que a iluminação

é parte inerente e importante do edifício hospitalar, tanto no que concerne aos custos operacionais, quanto à humanização. “A luz promove sensação de bem estar, agradabilidade e conforto, pro-movendo uma resposta emocional satisfatória e positiva, uma vez que o ambiente é propício a stress e alta carga emocional negativa.”Ao encontro deste pensamento está a opinião de Caltran, que

ressalta a economia como um dos pilares da sustentabilidade. “Os resultados devem incluir ganhos ambientais e sociais. Isso nos leva a considerar como parte integrante do nosso plano de negócio o desenvolvimento de fornecedores nacionais, que promovem um benefício social muito mais eficaz que o produto importado”.

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O impacto da luzInstituto do Coração (Incor) recebe iluminação LED durante exposição em homenagem ao Dr. Zerbini e ao centenário da Faculdade de Medicina da USP

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Espaços direcionados às exposições cultu-rais sempre necessi-

tam de uma iluminação diferenciada. O olhar para determinada obra de arte ocorre conforme o atrativo que a criação impacta ao visitante e na maioria das vezes, as luzes contribuem bastante para esse desta-que.Um exemplo desta uti-

lização de luminosidade foi na exposição “Zerbini: o homem, o cirurgião e o cientista” que esteve pre-sente no Instituto do Co-ração (Incor) em São Pau-lo (SP). A mostra realizada neste semestre, destacou o cardiologista Euryclides Zerbini, médico que é re-ferência no tratamento de doenças do coração. O evento fez parte da come-moração dos 100 anos da Faculdade de Medicina da USP.As obras ficaram expos-

tas no hall de entrada do hospital, por onde circu-lam diariamente cerca de 2 mil pessoas, e, para dar maior destaque aos obje-tos, equipamentos e foto-grafias, a instituição inves-tiu em um novo projeto luminotécnico. O corredor de 75 metros de compri-mento recebeu 94 luminá-rias com tecnologia LED, fornecidas pela Lâmpadas Golden, no lugar da haló-gena modelo Palito.

A escolha desta tecnolo-gia refere-se ao fato de a iluminação em LED ser li-vre da emissão de raios ul-travioleta e infravermelho, o que é essencial quando aplicado em áreas muse-ológicas e de exposição. Outro fator positivo é a vida longa, o que reflete na quase ausência de ma-nutenção.O intuito desta iniciativa,

desenvolvida pelo lighting architect Fernando Botte-ne da Via Luz, foi demar-car o longo corredor que dá acesso ao hospital, de forma a proporcionar um aumento da luminosidade. “Era necessário fazer uma luz que destacasse essa circulação e que ao mesmo tempo atuasse como um trilho de suporte para os spots que dariam evidência aos painéis”, explica.Para tanto, foi produzi-

da uma luminária custo-mizada, onde um trilho eletrificado embutido de 75 metros com formato “H” recebeu tubulares LED no meio, com uma cha-pa translúcida cobrindo a lâmpada, e suportes para spots deslizantes foram instalados nas laterais para colocar os modelos Ultra LED PAR30. As 50 luminárias com Ul-

tra LED PAR 30 da Golden de 10 watts que ilumina-ram diretamente a exposi-ção, foram escolhidas pela

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vantagem de se poder destacar objetos sensíveis a altas temperaturas, com um sistema avançado de dissipação de calor. Sua temperatura de cor branco quente valoriza as peças expostas, com uma expe-riência visual agradável e prazerosa. Já as 44 tubu-lares LED da Golden de 21 watts, centralizadas ao lon-go do corredor, distribuem de forma uniforme a lumi-nosidade no local e, gra-ças à longa durabilidade (40 mil horas), contribuem para reduzir os custos com manutenção e acidentes.O principal desafio do

projeto, segundo Botte-

ne, “foi criar um trilho comprido, permitindo a sustentação e fixação na estrutura existente”. A so-lução apresentada teve como meta aumentar o nível de iluminância com a tecnologia LED, propor-cionando melhor design, deixando o ambiente aconchegante e acolhe-dor para as pessoas que circulam pelo local. Se-gundo o arquiteto idea-lizador do projeto, Hen-rique Jatene, “o objetivo da criação desse espaço era poder humanizá-lo e acredito que a iluminação colaborou significativa-mente para isso”.

“O objetivo da criação desse espaço era poder humanizá--lo e acredito que a ilumi-nação colaborou significa-tivamente para isso”, relata o arquiteto idealizador do projeto, Henrique Jatene.

ILUMINAÇÃO

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Health

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Health

ILUMINAÇÃO

À luz da economiaEconomia, durabilidade e conforto são algumas das vantagens que um estudioso projeto luminotécnico pode oferecer à toda instituição

ILUMINAÇÃO

ILUMINAÇÃO

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Health

São vários os requi-sitos que devem ser relevados ao elabo-

rar um projeto luminotéc-nico. Dentre eles, pode-se citar a conciliação das es-pecificações de luminárias e equipamentos com os objetivos do cliente. Em se tratando de obras do cam-po da saúde, a questão do consumo de energia tam-bém é estratégica, sem deixar de proporcionar um ambiente aconchegante para os pacientes e funcio-nários. Segundo Paulo Sergio

Merende Rodrigues, ge-rente comercial da Trust Iluminação, cada projeto deve responder às necessi-dades da instalação. “Cada caso é diferente e deve ser tratado conforme determi-

nadas premissas, sempre atendendo às normas téc-nicas, mas, também, bus-cando manter a caracterís-tica da iluminação dentro da expectativa do cliente”, afirma.Atualmente, a empresa

trabalha conjuntamente com o arquiteto Fernan-do Guarniere na elabora-ção de propostas para o projeto luminotécnico do Instituto do Coração (In-cor), em São Paulo. Nele são sugeridas a introdução da tecnologia do LED em substituição das ferramen-tas atuais. “Além da redu-ção do consumo, estamos fazendo com que as pes-soas analisem, também, o desperdício de luz que vem atualmente ocorren-do”, ressalta Rodrigues.

Para isso, são oferecidos serviços de orientação e especificação, além do for-necimento de lâmpadas e luminárias. O projeto será executa-

do no setor de internação do Incor, apoiando-se em pilares como redução de consumo e conforto visu-al, a fim de evitar o ofus-camento ou a falta de ilu-minação, estética moderna e agradável para os am-bientes. “Com base nes-ses aspectos, indicamos os produtos, auxiliamos na sua distribuição na planta e, por fim, calculamos o resultado luminotécnico”, explica Rodrigues. Assim, será oferecido um amplo suporte técnico, tanto em produtos como em proje-tos.

SISTEMA ARTLIGHT - FORMAÇÃO DE MOSAICO COM LUMINÁRIA FLUORESCENTE

ILUMINAÇÃO

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Health

SISTEMA TWISTAR - EMBUTIDO COM ABA PARA 3 SPOTS HALóGENAS E EMBUTIDO LINEAR PARA FLUORESCENTES

Conforme Neide Senzi, arquiteta e lighting desig-ner, “é fundamental de-senvolver o projeto dentro da premissa de economia de energia, utilizando sis-temas que proporcionam um melhor custo benefí-cio, alta vida útil, elevado rendimento e baixos cus-tos de manutenção, ofere-cendo a longa perenidade do sistema”.Para atender a essa de-

manda, Rodrigues explica que é oferecido uma equi-pe técnica preparada para a especificação de produ-tos e desenvolvimento de peças especiais. Outro di-

ILUMINAÇÃO

ferencial está em orientar o cliente quanto ao produ-to que está sendo adquiri-do, expondo vantagens e desvantagens das diversas tecnologias de iluminação. Segundo Senzi, expor ao

cliente todas as informa-ções acerca do produto é fundamental para um bom andamento do projeto. “Sempre fazemos um es-tudo comparativo entre os sistemas e tecnologias dis-poníveis no mercado onde avaliamos os seus valores iniciais, seus custos opera-cionais, conta de luz e seu payback de investimento. Assim, o cliente pode de-

SISTEMA TWISTAR - EMBUTIDO LINEAR SEM ABA COM MóDULOS PARA FLUORES-CENTES E SPOTS PARA HALóGENAS

cidir pela melhor solução a ser adotada, tendo todas as informações que neces-sita da forma mais impar-cial e aberta possível.”Desde 1974, a Trust Ilu-

minação vem oferecendo para o mercado ferramen-tas inteligentes e projetos luminotécnicos. Agora, a empresa busca atender o nicho hospitalar com os mais modernos equipa-mentos. “Utilizamos tec-nologias de iluminação que reduzem o consumo, além de produtos eletrôni-cos que não interferem nos equipamentos hospitala-res”, ressalta Rodrigues.

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FLEXIBILIDADE

Racionalidade na construçãoNova Unidade da Fiocruz no Ceará utiliza a adoção de espaços verdes como garantia de comodidade e bem-estar dos trabalhadores e usuários

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Ritmos e simetrias são preciosas ca-racterísticas que se

destacam no projeto de arquitetura da Unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Ceará. Inte-gram o projeto, o uso de transparências em um jogo de cheios e vazios, além da utilização de materiais e técnicas construtivas com foco na redução dos im-pactos ambientais.Alguns elementos locais

se evidenciam ao aprovei-tar as condições naturais (ventos e insolação). A ins-tituição contará com uma praça central com espaços de convívio, serviços e an-fiteatro. A tecnologia incorpora-

da na unidade tem como meta aumentar a eficiência energética e racionalizar o uso dos recursos natu-rais. Um exemplo disso é a adoção de espaços verdes como garantia de humani-zação, conforto, bem-estar e saúde dos trabalhadores e usuários. Outro elemento de des-

taque é a arquitetura, de caráter simbólico, marcan-te e elegante que busca representar a inauguração de uma nova Unidade da Fiocruz no Nordeste, fo-cada na cultura de pesqui-sas. Mas que também deve servir como suporte fun-cional de qualidade para as atividades de ensino e pesquisa de ponta que se-

rão realizadas em parceria com instituições públicas e privadas.A obra surgiu a partir do

desenvolvimento de um Plano Diretor que já trazia diretrizes de sustentabi-lidade econômica, social e ambiental. Em função das circunstâncias de im-plantação da edificação às margens da Lagoa da Precabura (Eusébio/CE) e diante dos compromissos da Fiocruz com a questão ambiental, foi lançada esta missão. A proposta é a certifica-

ção do empreendimento a partir do processo Aqua, nas fases de programa, concepção e execução. O Aqua é um selo de susten-tabilidade originalmente francês que é representa-do e emitido no Brasil pela Fundação Vanzolini. O pro-jeto de arquitetura, então, materializa um conjunto de diretrizes e compromis-sos que farão da Fiocruz Ceará o primeiro empre-endimento do Estado com esse tipo de certificação. Entre os desafios do pro-

jeto está a articulação das ações da Fiocruz para adequá-las aos ritmos de implantação do Pólo In-dustrial e Tecnológico da Saúde (PITS), onde a mes-ma será instalada. Outro obstáculo foi a cria-

ção de mecanismos de co-municação eficientes. A di-reção geral da Fiocruz está

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Health

no Rio de Janeiro (RJ), e o escritório que coordena os projetos de arquitetura, engenharia e instalações é do Ceará e trabalha em parceria com escritórios de Salvador (BA) e Vitória (ES). Além disso, as empre-sas que prestam assessoria para o projeto acústico e para o processo de certi-ficação ambiental são de São Paulo (SP). O Pólo de Tecnologia em

Saúde no município de Eu-sébio contará com a Fio-cruz Ceará e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer - CTI Nor-deste (Ministério de Ci-ência e Tecnologia) como âncoras para o seu desen-volvimento. O Comitê Ges-tor do Polo foi constituído

FLEXIBILIDADE

com a participação do Es-tado do Ceará, da Fiocruz, da Prefeitura, da Federação das Indústrias do Ceará e do Presidente da Câmara Setorial da Saúde.Fernando Carvalho, chefe

de gabinete da Fiocruz, in-forma que essa nova cons-trução contribuiu não só na busca da nacionalização da fundação, mas também para o avanço do Estado do Ceará, no sentido de desenvolver um pólo tec-nológico e industrial vol-tado para a área da saúde.Para Fernando, entre

as vantagens dessa nova unidade está o fato de a Fiocruz já contar com um Mestrado Profissional em rede no campo da saúde da família, com cerca de

FIOCRUZ CEARÁ - ENTRADA

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100 alunos no estado do Ceará. Além disso, a nova Fiocruz realizará as ativida-des próprias da Instituição e estimulará, junto com o CTI Nordeste, o desenvol-vimento de um Polo que fortalecerá o Complexo In-dustrial da Saúde no Brasil.A Fiocruz Ceará trabalha-

rá dentro das linhas pró-prias de pesquisa, ensino e produção. Serão priori-zados o fortalecimento e a qualificação da atenção básica à saúde no SUS,

onde o Estado tem se des-tacado. “Contratamos para de-

senvolvimento do projeto de arquitetura, estrutura, instalações e urbanização a empresa Architectus S/S, que tem sede no Ceará, o que nos propiciou um in-tercâmbio direto e eficien-te com os órgãos com-petentes locais, parceiros também nesta iniciativa, como Adece, Sesa, Sema-ce, Seinfra e Prefeitura de Eusébio.”

RICARDO SABóIA, ELTON TIMBó E ALEXANDRE LANDIM, SóCIOS-PROPRIETÁRIOS DA ARCHITECTUS

FIOCRUZ CEARÁ - LABORATóRIOS

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Health

FLEXIBILIDADE

Há dois anos a Amil investe em deze-nas de ações no

Rio de Janeiro (RJ) que le-varão o Estado a se tornar referência em serviços de saúde no País. Sempre inovadora, característica que a diferencia desde a

Reformulação inteligenteReestruturação de hospitais do Rio de Janeiro utiliza tecnologias inovadoras para suprir necessidades como tratamentos mais complexos

sua fundação, a opera-dora atentou-se à falta de leitos nos hospitais da cidade e resolveu investir neste segmento. Além da construção do

Hospital das Américas, um centro integrado de saúde diferenciado na

Barra da Tijuca, a Amil promove, ainda, reformas em hospitais tradicionais do Rio de Janeiro como o Samaritano e o Pró-Cardí-aco, todos na Zona Sul da cidade. O Pró-Cardíaco, fundado

em 1959, possui 89 leitos

Hospital Pró-Cardíaco

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Health

Hospital Pró-Cardíaco

Hospital Pró-Cardíaco

e é a principal referência carioca em atendimen-to cardiológico e vascu-lar. Com relação à estru-tura física, se destaca o aumento do número de leitos do hospital, de 89 para 130, um projeto a ser realizado até o final de 2013. Para atender à demanda de pacientes, a instituição conta com uma nova hotelaria, aten-dimento personalizado e qualificado, inclusive nos quartos da área VIP, ou-tro setor recente com 14

leitos. No projeto arquitetôni-

co do local, a construto-ra teve, desde o início, a necessidade de ultrapas-sar os limites físicos para acomodar uma diferen-ciada tecnologia e uma nova unidade de atendi-mento. A empresa seguiu premissas inovadoras para alcançar um passo à frente no serviço de alta comple-xidade que foi proposto.Desta forma, os profis-

sionais da Projob Enge-nharia tiveram constantes

desafios, como por exem-plo a ampliação e a evolu-ção física do edifício sem interferir ou por em risco toda uma estrutura em funcionamento, interliga-da em vários aspectos. “Com o Grupo Amil, es-

tamos novamente diante deste desafio: fazer com que o hospital cresça em ritmo adequado, sem prejudicar o cotidiano do local que é bastante com-plexo”, relata o arquiteto José Carlos Tuton Pereira, sócio-diretor da empresa

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Health

FLEXIBILIDADE

Hospital Pró-Cardíaco

construtora do hospital.Segundo Pereira, a equi-

pe do escritório está cum-prindo etapa por etapa para chegar ao nível de crescimento desejado para estes próximos dois anos. “Costumamos dizer que é como se estivéssemos sempre trocando o pneu, mas com o carro em mo-vimento.”O sócio-diretor aponta

que o desafio da obra não é apenas o crescimento quantitativo do hospital,

traduzindo-se em uma ampliação do número de leitos. Ele afirma que trata-se, principalmente do crescimento qualitati-vo, em que a toda hora é preciso incorporar novas tecnologias de tratamento e diagnóstico e fazer com que determinadas áreas se renovem e se adaptem a diferenciados conceitos nos cuidados com a saúde.O roteiro de obras do

Pró-Cardíaco, integra a Sala Híbrida, um espaço

cirúrgico com um apare-lho de hemodinâmica com braço robótico, associado a vários equipamentos de alta tecnologia que fazem aferições simultâneas. A sala possibilitará a tomada de decisão em momentos diversos, por diferentes cirurgiões e equipes que estiverem cuidando do mesmo paciente. “Elabora-mos esse projeto, tudo isto cercado de um enorme aparato de infraestrutura predial.”

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Health

Já no Samaritano, foi inaugurada recentemente a entrada do hospital, com uma nova recepção para acolhimento de pacientes, acompanhantes e visitan-tes e uma área de emer-gência, garantindo maior capacidade de atendimen-to com mais conforto e qualidade. Dentro do pro-grama de modernização, o hospital entrega inovado-res apartamentos extrema-mente diferenciados em termos de atendimento. Esta última obra ganhou

uma recepção, que além

de melhorar e agregar as necessidades do hospital, serviu para unificar e dar um novo sentido à plan-ta. Com a nova emergên-cia anexada a esta ampla recepção, foi possível re-adequar tudo em grande sintonia. “Hoje, o hospital conta com uma entrada principal totalmente revi-gorada.”Ainda neste percurso de

obras, a equipe de arquite-tura trabalha na instalação de mais uma tecnologia de ponta. A instituição con-tará com uma nova sala

DETALHES DO HOSPITAL SAMARITANO

de cirurgia atendida por robótica que viabilizará procedimentos minima-mente invasivos e de alta precisão. “Quando falamos do Samaritano, estamos nos referindo também ao hospital que é pioneiro em novas tecnologias e proce-dimentos.” Pereira considera o Sa-

maritano uma instituição de saúde que nasceu e cresceu de forma atípica. Um hospital de longa tra-jetória, com excelência, através do seu competen-te corpo clínico e atendi-

Hospital Samaritano

mento diferenciado, fatores fundamentais para garantir o reconhecimento perante a classe médica do Rio de Janeiro.Conforme o arquiteto, o

local é um complexo hos-pitalar formado por vários prédios agregados ao corpo principal em épocas distin-tas e que, a cada nova ex-pansão, provocava uma re-volução na infraestrutura da edificação. “Surgia então, a necessidade de se elaborar um ‘plano diretor’, um pro-jeto que juntasse e coroasse estas diversas fases.”

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Health

TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE

Pereira descreve que a chegada do Grupo Amil permitiu à Pro-job dar continuidade e introduzir novas tecnologias e medidas de sustentabilidade na construção das edificações. Segundo o profissional, as obras passaram a adotar medidas simples, mas de grande impacto ambiental, como a utilização de lâm-padas de LED. E num projeto pioneiro, está a implementação do aproveitamento da água da chuva para alimentação das torres de refrigeração do sistema de ar condicionado, além da captação de energia solar para o aquecimento da água de consumo dos usuários.

Hospital Samaritano

FLEXIBILIDADE

FICHA TÉCNICA

Hospital Pró CardíacoExecutivo responsável: Robson SzigethyArquitetos responsáveis: Silvia Sampaio / Fábio GalloEngenheiros responsáveis: Paulo Costa / Andrea Souza Interiores: Solange Medina Construtora: Projob EngenhariaCoordenação da obra: Escritório Amil Projetosgerenciamento de licitação: Escritório Amil Projetos

Hospital SamaritanoExecutivo responsável: Robson SzigethyArquitetos responsáveis: Gabriela Correa Engenheiros responsáveis: Ramiro TapadaInteriores: Solange Medina Colaboradores: Fernanda CarvalhoConstrutora: ProjobCoordenação da obra: Escritório Amil Projetosgerenciamento de licitação: Escritório Amil Projetos

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Health

Hospital Samaritano

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FLEXIBILIDADE

A tecnologia na arquitetura

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Health

A cada dia novas tecnologias são apresentadas ao

mercado para os inúme-ros campos da medicina, o que acarreta direta-mente no planejamento arquitetônico de um hos-pital ou de uma clínica. Afinal, para acolher novos equipamentos faz-se ne-cessário a adaptação de toda infraestrutura. Por este caminho trilhou a concepção da Clínica Of-talmológica de Votupo-ranga, nova unidade do Hospital Instituto de Mo-léstia Oculares (HIMO), de São José do Rio Preto

Nova Clínica Oftalmológica de Votuporanga (SP) propõe flexibilidade e sustentabilidade em seu projeto arquitetônico

(SP). Assinado pelo escritó-

rio Verroni Arquitetos Associados, os espaços físico-funcionais da clíni-ca foram traçados para-lelamente com a moder-nização dos aparelhos. “A arquitetura do local acompanhou as exigên-cias tecnológicas, aten-tando-se aos cuidados especiais como fluxos dos serviços e procedimen-tos dos tratamentos. Para tanto, a equipe se apro-fundou no conhecimento de métodos clínicos para suprir a demanda do pro-jeto”, explica o arquiteto

Luiz Fernando Verroni.O investimento da cons-

trução é de aproximada-mente R$ 6 milhões, já os equipamentos correspon-dem ao montante de R$ 30 milhões. “Vamos ten-tar oferecer a melhor tec-nologia de forma direta, transparente, honesta e amiga”, afirma Luiz Kazuo Kashiwabuchi, proprietá-rio do HIMO. Serão duas salas de cirurgias com apoio de três salas de re-cuperação, tudo isso com um corpo clínico formado por 12 médicos em todas as subespecialidades da oftalmologia.

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Diante de tamanha com-plexidade, o projeto focou especialmente na escolha dos materiais aplicados, das técnicas construtivas e dos fluxos de serviços. “A busca do rigor nos colocou a pensar na mo-dernização destes equi-pamentos, como será a medicina oftálmica daqui cinco ou dez anos. Es-tes questionamentos são importantes para antever como serão estes espaços futuramente, para que o prédio não fique antiqua-do”, ressalta Verroni.Todavia, a criação da

Clínica Oftalmológica de Votuporanga não se li-mitou à dedicação da flexibilidade do local. A sustentabilidade também foi um dos pilares do projeto. Para isso, foram desenhadas grandes áre-as envidraçadas a fim de proporcionar iluminação natural, além de ser um meio de integração do ambiente interno com o externo. Outro fator foi a ventilação cruzada, pen-sada de forma a melhorar o clima através da troca de ar. “A orientação do edifício com relação ao sol é outra característica importante. O projeto foi guiado de forma a evitar a incidência do sol e calor, diminuindo a necessidade de climatização artificial”, comenta Verroni.

FLEXIBILIDADE

“A busca do rigor nos colocou a pensar na modernização destes equipamentos, como será a medicina oftálmica daqui cinco ou dez anos. Estes questionamentos são importantes para antever como serão estes espaços futuramente, para que o prédio não fique anti-quado” - arquiteto Luiz Fernando Verroni.

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Health

Ainda de acordo com a sustentabilidade, a água da chuva será captada, tratada e armazenada em tanques no subsolo (água de reuso) com capacidade de 100 mil litros, sendo utilizada para regar jardim e na descar-ga dos vasos sanitários. A energia solar também será aproveitada, no aqueci-mento da água na primeira etapa e depois no forneci-mento de aproximadamen-te 60% da energia elétrica. Quanto ao conforto e

bem-estar do paciente fo-ram pensadas alternativas

que oferecessem um local relaxante, amenizando o stresse dos tratamentos. De acordo com Verroni, “foram criados ambientes que in-teragissem com exterior, abrigando jardins e visu-ais de qualidade, evitando os ambientes fechados e escuros, que aumentam a tensão e o desconforto”. A conclusão da Clínica

Oftalmológica de Votupo-ranga está prevista já para o começo do primeiro se-mestre de 2013. A capa-cidade da nova unidade é de 10 mil consultas por

mês. Kashiwabuchi acredi-ta que o centro de saúde trará para a população um atendimento diferenciado. “A cidade carece de clínica e hospital do nível técnico que estamos tentando ins-talar.”Ao longo dos seus 20

anos de história, a Verroni Arquitetos Associados acu-mulou ampla experiência na arquitetura hospitalar, desenvolvendo inúmeros projetos para clínicas, hos-pitais e outras instalações como, inclusive, o próprio HIMO.

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Health

PLANEJAMENTO

Ampliação planejada

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Health

Quando uma edi-ficação funcio-nalmente he-

terogênea nos permite compreender e vivenciar suas qualidades espaciais, amplitude, luminosidade, cores, volume e articula-ções, podemos denomi-ná-la de complexo arqui-tetônico. É o caso dos edifícios, principalmente, relacionados à saúde, que possuem níveis de desem-penho diretamente liga-dos com sistemas e pro-

Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama, aumenta área edificada para 17.700 m², com a meta de oferecer maior comodidade aos pacientes

cessos de trabalho. Dessa forma, o planejamento é algo determinante para a obtenção de serviços de alta qualidade.Ainda nesse contexto,

os projetos de arquite-tura no setor hospitalar devem responder às ne-cessidades contemporâ-neas, trabalhar com tec-nologia e buscar soluções diferenciadas. Além disso, criar um lugar participati-vo, democrático e pronto para receber as inovações

futuras. Nesse sentido, foi elaborado as obras de ampliação do Hospital e Maternidade Dr. Christó-vão da Gama (HMCG), em Santo André (SP). A reestruturação do hos-

pital consistiu na constru-ção de um prédio de oito pavimentos em várias eta-pas, sendo a inicial com a operação de dois subsolos para estacionamento, o térreo para pronto atendi-mento, e o primeiro andar para UTI neonatal e pedi-

Ampliação planejada

átrica. Já o segundo pavi-mento será destinado para UTI clínica e cirúrgica, e o terceiro pavimento para internação. Na etapa ini-cial todos os pisos foram edificados, e as fachadas concluídas, faltando so-mente as instalações elé-tricas, hidráulicas, gases, lógica e os acabamentos internos dos demais an-dares para a segundo fase do empreendimento.Com o novo prédio, o

HMCG passa dos atuais

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7.700m² de área constru-ída para 17.700m². Todo este projeto, além de ga-rantir maior comodidade e conforto aos pacientes se-gue o conceito de susten-tabilidade aliado a mais moderna infraestrutura e tecnologia. De acordo com o arquiteto Gustavo Pinto, da GP Arquitetu-ra, a equipe do escritório projetou o novo edifício analisando os problemas de fluxos internos existen-te no local e ao mesmo tempo buscou a melhor solução para dificuldades

com novas propostas na ampliação. “As circulações verticais e os corredores foram projetados afim de separar os fluxos internos da equipe médica e de funcionários, dos pacien-tes e visitantes”, explica.Também nessa linha ar-

quitetônica, a maioria das vezes, os projetos de ampliação e retrofit são precedidos de um plano diretor, o qual orienta as etapas de implantação e a realização de um crono-grama de execução. “No caso da ampliação deste

hospital e construção da nova edificação, tivemos um cronograma de 24 meses, distribuído entre novas obras e reformas no prédio existente, para fun-cionamento de novas uni-dades e equipamentos.” Gustavo Pinto diz que

entre os desafios para a execução desse projeto de arquitetura está a missão de promover organização e planejamento das eta-pas de implantação e co-ordenar o funcionamento dos novos espaços e uni-dades com as que já estão

em funcionamento.SUSTENTABILIDADE –

Todos os projetos da GP Arquitetura são elabora-dos pensando no melhor aproveitamento dos re-cursos naturais existentes no terreno. As edificações são implantadas aprovei-tando a topografia, e as aberturas buscam melhor insolação e ventilação.No caso do Hospital e

Maternidade Dr. Christó-vão da Gama, o prédio conta com a integração dos sistemas de instala-ções para otimizar energia

“Acredito que a sinergia entre o hospital e nossa empresa de arquitetura está na busca pela eficiência dos programas de controle físico-financeiro nos projetos em execução. Este objetivo permite a criação e construção de espaços de saúde funcionais e inovadores”, arquiteto Gustavo Pinto.

PLANEJAMENTO

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e consumo de água. Além da captação de águas pluviais e drenagem para reutilização, instalação de placas solares de aqueci-mento de água, utilização de LEDS e sensores de presença nas iluminações principais e uso de equi-pamentos de climatização automatizados. “A especificação de re-

vestimentos fabricados dentro de conceitos de sustentabilidade também contribuem para uma edi-ficação ambientalmen-te correta. A eficiência energética de um prédio é algo prioritário no su-cesso da administração das novas edificações da saúde”, completa Gustavo Pinto.O escritório da GP Arqui-

tetura procura desenvol-ver prédios que possuam a alma de seus idealizado-res, e a eles, dar forma, uti-lizando as mais avançadas tecnologias construtivas e novidades do setor. “Tra-balhar em conjunto com a equipe do Hospital e Ma-ternidade Dr. Christovão da Gama no desenvolvi-mento das ampliações, retrofit e atualizações tecnológicas das suas ins-talações prediais é uma realização profissional. O planejamento e a busca pela excelência também são nossos princípios de trabalho”, conclui.

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Health

ESPECIAL

Harmonia do somInstalações hospitalares deverão seguir a nova Norma de Desempenho 15.575 que estabelece nível mínimo de isolamento acústico nas obras.

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Health

ACÚSTICA

Qualquer obra da saúde, seja um complexo hospital

ou clínica, deve ter uma infraestrutura capaz de proporcionar um ambiente com perfeita acústica, pois o excesso de ruídos pode causar desconforto nos pacientes, podendo inter-ferir na recuperação de-sejada. Entretanto, apesar da crescente relevância do fator som nas edificações hospitalares, ainda há mui-to o que ser feito. Essa é a perspectiva do

presidente da Associação Brasileira para a Qualida-de Acústica-Proacústica, Davi Akkerman. Para ele,

uma das razões para que as obras da saúde não ofe-reçam qualidade acústica é a falta de investimento. “Infelizmente, a melhoria acústica e as ações no sen-tido de melhorar o bem--estar do usuário só são levadas em conta quando existe exigência das auto-ridades.”Todavia, Akkerman acre-

dita que o combate da poluição sonora vem con-quistando espaço na so-ciedade. “Com a revisão das normas de acústica e a entrada em exigibilidade da Norma de Desempenho (NBR 15.575) para as edifi-cações, em março de 2013,

o assunto emerge como um dos mais emblemáti-cos, impulsionando a in-dústria da construção civil, e toda sua cadeia produti-va”, ressalta. Se por um lado a preocu-

pação com a acústica está engatinhando no País, por outro, empresas procuram desenvolver produtos de alta tecnologia para supe-rar as exigências. A Prima Ferragens, por exemplo, produz soluções para ve-dação de portas e janelas, garantindo o controle da qualidade do ar e da po-luição sonora, protegendo o ambiente de elementos que causem mal a saúde e

ao conforto das pessoas. Segundo André Affonso,

gerente industrial, a em-presa disponibiliza produ-tos específicos para a ar-quitetura hospitalar como veda porta automático, max veda porta, vedação acústica perimetral, veda-ção ajustável para porta vai e vem, bem como bor-rachas auto-adesivas e as de engate. Isso acaba por evitar a entrada do som de corredores, máquinas de exames, salas de esperas em ambientes como quar-tos de internação, centro cirúrgicos, salas de consul-tas, UTIs entre outros.“Além da funcionalidade acústica,

MAX VEDA PORTA, INSTALADO EXTERNAMENTE

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os produtos reduzem a contaminação do ambien-te, pois evitam a entrada de insetos, de água, de vento e fumaça, perdas de ar condicionado e calefa-ção, além da passagem de luz”, explica Affonso.Akkerman considera que,

atualmente, há no Brasil uma grande variedade de materiais e de produtos disponíveis no mercado que oferecem qualida-de acústica para as obras hospitalares, além de pro-fissionais competentes na área de projeto. O proble-ma, segundo ele, é a falsa ideia de que é necessário vultosos investimentos

para obter esse confor-to. “Precisamos quebrar o mito de que o bem-estar acústico e as novas tecno-logias para melhorar esse desempenho acarretam em grandes custos. Isso não é verdade”, comenta.A preocupação com o som

de um ambiente hospitalar deve existir não apenas para a obediência de uma norma, mas também como fator interferente no trata-mento do paciente. “O ru-ído em excesso, ao longo do tempo, pode ocasionar sérios danos à saúde dos pacientes bem como dos profissionais da área de saúde”, ressalta Affonso.

DAvI AKKERMAN, PRESIDENtE DA ASSO-CIAÇÃO BRASILEIRA PARA A QUALIDADE ACúSTICA-PROACúSTICA

LAJES COM MANTAS ACúSTICAS PARA REDUÇÃO DE RUíDOS DE IMPACTO

Contrapiso flutuante Manta em laje

ESPECIAL

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Health

NOVA NORMADe acordo com a nova Norma de Desempenho (NBR 15.575), os sistemas deverão apresen-tar um nível mínimo de isolamento acústico, de tal forma que os ruídos máximos admissí-veis por ambiente atendam ao conforto acústico.A regra foi vista com bons olhos pela associação, uma vez que poderá impulsionar o mer-cado deste setor. Conforme Akkerman, o “principal vetor que impulsionará a qualidade acústica nas edificações no Brasil será a Norma de Desempenho, que exigirá atuações mínimas dos sistemas construtivos em relação ao conforto acústico. Consequentemente, diversas tecnologias e novas soluções surgirão”.A norma entrará em vigor em março de 2013, mas, até lá, a entidade atua desde já na co-laboração do desenvolvimento das normas técnicas, em especial nos trabalhos de revisão e adequação para a nova regra, de leis para materiais e aplicações acústicas,“bem como na busca contínua de padrões de desempenho que resultem em melhor qualidade de vida”, explica o presidente.Affonso considera imprescindível o trabalho de conscientização da sociedade e de órgãos governamentais quanto ao problema do ruído. Por outro lado, oferecer soluções por meio de equipamentos de larga vida útil e de alta tecnologia facilita, ainda mais, o devido cum-primento da nova norma.

Manta em laje

ACúSTICA

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CRIATIVIDADE

Além de proteger, itens como bate-macas e corrimãos levam colorido ao Hospital de Câncer de Barretos

Proteção e arte

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Health

O projeto desen-volvido para o Hospital de Cân-

cer de Barretos pode ser considerado um dos maiores exemplos de ousadia nas cores. Sem medo de apostar em tons vivos, os corredores do centro de saúde ganha-ram vida e alegria.A proposta do irreve-

rente layout carrega a assinatura da Enterprises Arquitetura, responsável pela instalação de pro-teção nas paredes como bate-macas, faixas viníli-cas e cortinas divisórias de leito. Todos os equi-pamentos se identificam juntamente com a cor de cada setor. “A aparência não é de um hospital. O projeto foi trabalhado intensivamente de forma a priorizar o aspecto hu-mano”, comenta Sergio Augusto Novaes, sócio--proprietário da empre-sa.A pintura de corredores

e salas ganhou desenhos geométricos em formato de ondas. Para este efei-to, Novaes explica que foram colocadas faixas de vinil em dois tons de cores, cortadas a laser. O projeto debruçou em todos os setores do hos-pital, em corredores e sa-las. Além disso, também foram instalados corri-mãos, que além de obe-

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decer às normas de se-gurança compatíveis com a ANSI (American Natio-nal Standards Institute), também contribuem para o colorido do ambiente.A colocação das bate-

-macas também seguiu os mesmos parâmetros, atendendo aos requisi-tos da Classe NFPA (Na-tional Fire Protection As-sociation) de incêndios. Dentre vários benefícios, a resistente proteção ab-sorve e distribui o impac-

CRIATIVIDADE

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to, protegendo a parede e reduzindo, assim, o custo com manutenções. O re-curso também proporcio-na a prevenção de arra-nhões e quebras causados por carrinhos, aparelhos móveis, cama e cadeiras de transporte, ou seja, di-minuem-se futuros danos e custos para o hospital.Já as cortinas divisórias

de leito têm alta resistên-cia e durabilidade, além de oferecer privacidade ao paciente, proporcio-

nam várias vantagens para a unidade de saúde como a facilidade de lavar e a baixa manutenção com tratamentos retardante de chamas, incombustível, antiaderente, antifungos e bactérias. Mesmo com as lavagens, as cortinas não encolhem e não se defor-mam.Esse não foi o primeiro

projeto da Enterprise dedi-cado ao Hospital de Cân-cer de Barretos. Segundo Novaes, a parceria já dura

seis anos e alguns esboços já foram executados em outras unidades. “Já reali-zamos diversos trabalhos para a Fundação Pio XII como Jales, Fernandópolis e em Rondônia.”A empresa é distribuido-

ra e importadora da InPro Corporation (IPC) no Brasil há mais de 15 anos, pres-tando plena assessoria em projetos de instalação e layout, além de toda assis-tência técnica autorizada pela IPC.

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CRIATIVIDADE

Projetado para os pequenos

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Setor da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Vita Curitiba possui cores aleatórias como diferencial estético e ambiental

Cuidados especiais com as crianças são requisitos mais que

primordiais em centenas de hospitais do Brasil. De-vido a essa preocupação, muitas instituições bus-cam aprimorar o espaço físico para oferecer um atendimento de qualida-de. É o caso do Hospital Vita Curitiba, que recen-temente concluiu a am-pliação de sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica - a única ex-clusivamente privada da capital paranaense. Tam-bém um dos privilegiados

hospitais do País a dispor de cirurgiões pediátricos 24 horas por dia. Com essa expansão, a

unidade conta com 10 leitos divididos em boxes, com infraestrutura ne-cessária para receber pa-cientes e acompanhantes. Atualmente, a institui-ção realiza cerca de 300 procedimentos por mês, além de 3 mil atendimen-tos no pronto-socorro in-fantil. O local tem como foco o tratamento de be-bês a partir de 28 dias e adolescentes com até 16 anos.

O procedimento da con-cepção de transformar parte da UTI cardiológi-ca do hospital em espaço exclusivo para pediatria foi um dos desafios dessa obra. O projeto de arqui-tetura procurou compar-tilhar as áreas de apoio da UTI atual com a nova unidade infantil. Os dois locais, compartilham re-cepção, salas de espera, administração, vestiários e DML, tendo cada uma a sua Unidade de Trata-mento Intensivo exclusi-va, com enfermarias, iso-lamento e BMCs próprios.

“Isso requer conhecimento de todas as normas regentes e muita criatividade e inovação”, afirma o arquiteto Luiz Henrique Dias, ao falar das obras no setor da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Vita Curitiba

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Outra inovação da UTI pediátrica do Hospital Vita é a utilização de cores como diferencial estético e ambiental. A composi-ção conta com tons pastel, azul, verde e rosa em or-dem aleatória nas paredes. Já no piso foram aplicados revestimentos vinílicos em placas de duas cores formando desenhos geo-métricos que demarcam a circulação. O resultado é um espaço agradável e aconchegante, que foge do aspecto comumente frio das alas hospitalares e busca aproximar-se de um jardim de infância. A maioria dos materiais

utilizados nesta edificação são recicláveis, como pa-redes e forros de drywall, entre outros. Já a técnica de humanização está pre-sente no tratamento es-tético do lugar através da diferenciação das cores ao espaço típico hospitalar.Na avaliação do arqui-

teto Luiz Henrique Dias, entre os destaques para a execução desse projeto de arquitetura estão os projetos de revitalização e ampliação hospitalar, pois a equipe de obras teve que melhorar o espaço fí-sico dentro de estruturas normalmente delimitadas. “Isso requer conhecimen-

to de todas as normas re-gentes e muita criativida-de e inovação”, acrescenta.O projeto foi desenvol-

vido em três meses com a participação do corpo clí-nico e equipe de logística da instituição em todos os estágios da obra.

Ligação profissional Para a diretoria do es-

critório Luiz Henrique Ar-quitetos, poder participar dos projetos das obras do Hospital Vita Curitiba contribui para a melhoria da estrutura de um esta-belecimento acreditado internacionalmente. “É um orgulho para nossa

equipe”, relata o arquite-to. Essa parceria do escri-tório com o hospital sur-giu a partir dos contatos realizados pela equipe de manutenção da institui-ção para adequar arquite-tonicamente alguns seto-res às normas da Anvisa. Essa parceria e confiança fortaleceu-se e a empre-sa passou a desenvolver novos projetos de revita-lização e ampliação da ar-quitetura hospitalar. Além da UTI pediátrica, foram desenvolvidos projetos para os setores de hemo-dinâmica, lactário, banco de sangue e ala de inter-nação.

CRIATIVIDADE

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DESIGN

Modernidade em todos os traçosEm parceria com a Clínica Delfin, a nova infraestrutura do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Português esbanja tecnologia e conforto para seus pacientes

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Health

Quando o assunto é arquitetura da saúde o profis-

sional já sabe que trará à flor da pele o seu dom de conciliar inúmeros fatores. Uma verdadeira orquestra, sincronizando os diver-sos ambientes envolvidos, os vários serviços presta-dos naquele mesmo local, como uma consulta médi-ca e limpeza. Afora todas as considerações, há de se relevar a circulação dos pa-cientes que, muitas vezes, não é interrompida duran-te das obras. Assim foi o trabalho reali-

zado pela Pepe Arquitetura e Design na ampliação do Serviço de Medicina Nu-clear do Hospital Portu-guês, em Salvador (BA). A nova infraestrutura é resul-tado da parceria de suces-so da instituição filantró-pica com a Clínica Delfin. A criação do projeto teve que trabalhar lado a lado com o funcionamento do local. “Além de projetar a reforma, tivemos que estu-dar junto à equipe de obra, a relocação de áreas de funcionamento provisó-rio e pessoal, isso significa analisar e envolver vários

setores”, como explica a arquiteta Cristiane Pepe.Todavia, esse não foi o

único empecilho que cru-zou o caminho do projeto. Trata-se de uma obra loca-lizada no térreo de um pré-dio, cuja construção data a década de 50 e tudo isso requer árduo trabalho. “Foi necessário escavar, mudar pé direito e cadastrar es-truturas antigas”, ressalta a projetista. O período para todo esse estudo inicial durou dois meses, o mes-mo tempo para o projeto final. Já a arquitetura de interiores do restante do

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andar está em andamento de acordo com o avanço das obras.A proposta era trazer um

ambiente totalmente fu-turista. “Estamos falando de tecnologia de ponta. A imagem a ser passada, e esse é o meu trabalho, é de modernidade, conforto e humanização”, avalia Pepe. Para isso, foram escolhi-dos a dedo os materiais de acabamento. Priorizou-se a iluminação hermética, a fim de evitar o acúmulo de sujeira, utilizando lu-minárias com fechamento em difusor de acrílico e vi-dro. Já para os pisos, bate-

-macas, protetores, dentre outros produtos, foram usados materiais com cer-tificação devido à qualida-de que proporcionam.Não é para menos a im-

portância de se trazer mo-dernização para o ambien-te, afinal o local abrigará equipamentos de última geração PET/CT, destinado à tomografia por emissão de pósitrons; aparelho de Gama Câmara para a rea-lização do exame de cinti-lografia, dentre outras tec-nologias.Além dos quesitos mo-

dernidade, praticidade e qualidade, outro impor-

Trata-se de uma obra localizada no térreo de um prédio, cuja construção data a década de 50 e tudo isso requer árduo trabalho. “Foi necessário escavar, mudar pé direito e cadastrar estruturas antigas”

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Foto

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o D

iniz

tante elemento consi-derado no projeto foi a sustentabilidade. Para a forração das paredes foi usado Vescon, um ma-terial produzido com o mínimo de poluição am-biental, cuja fabricação tem um menor consumo de energia e água de for-ma eficiente. A tinta utili-zada também é ambien-talmente correta, à base de água e sem solventes, com baixo odor, o que evitou a interdição pro-longada das áreas pinta-das. “Essa tinta tem uma resistência a manchas e mofos, indicada para lo-cais em que a limpeza com produtos químicos é frequente, como UTI’s, enfermarias e consultó-

rios odontológicos.”Vale ressaltar também

que o piso escolhido para o projeto é de natureza vinílica. Trata-se de um material direcionado para o uso hospitalar, 100% reciclável, fabricado com matéria-prima renová-vel, com baixo impacto ambiental durante todas as fases do ciclo de fa-bricação. Tudo isso foi pensado a fim de trazer humanização para o lo-cal. A fineza na escolha das cores completa esse fator, com pinceladas de tons pastéis, tornando a clínica um ambiente mais aconchegante para os pa-cientes. A decoração também

foi estudada de maneira

a proporcionar um maior bem-estar. Para isso foram usados materiais que imi-tam madeira, como a recep-ção, no intuito de remeter o inconsciente à natureza. Pai-néis vinículos com fotogra-fias de paisagens naturais completam a harmonia do ambiente.Para a Dra. Adelina San-

ches de Melo, especialista e líder do Serviço de Me-dicina Nuclear do Hospital Português, o resultado con-seguiu otimizar a humani-zação do atendimento aos pacientes. “Além de ampliar a humanização e segurança da assistência, todos esses investimentos elevam a ca-pacidade da instituição de absorver a demanda social nessa área”, destaca.

“Além de projetar a reforma, tivemos que estudar junto à equipe de obra, a relocação de áreas de funcionamento provisório e pessoal, isso significa analisar e envolver vários setores”, arquiteta Cristiane Pepe

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Para eliminar fungose bactériasTintas com desempenho antibacteriano garantem qualidade nas pinturas de novas obras e na manutenção das edificações do setor da saúde

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DESIGN

Em projetos de arquite-tura do setor da saúde, um quesito inevitável é

a decisão de qual tinta esco-lher para os ambientes. Di-versos gestores têm como preocupação construir es-paços com características que contribuam para a re-cuperação dos pacientes. Nesse sentido, centenas de substâncias líquidas com técnicas inovadoras são fre-quentemente desenvolvi-das no mercado.Como muitos sabem, exis-

tem práticas tradicionais de higienização e sanitização para o controle dos micror-ganismos hospitalares que são eficazes, porém qual-quer desvio desses proce-dimentos pode provocar surtos de doenças ou ou-tros resultados indesejáveis. Portanto, todo e qualquer

sistema que auxilie na pre-venção destes problemas deve ser considerado.Um exemplo dessa idéia é

a linha Hygienic, da Annetta, que já foi utilizada por hos-pitais como o Emilio Ribas (São Paulo, SP), Imesa (Alfe-nas, MG) e muitos outros. O produto é ideal para a pin-tura de locais que precisam de uma proteção higiênica especial, pois não permite a proliferação de bactérias e fungos nas superfícies pintadas. Estas tintas cum-prem a norma japonesa JIS Z 2801, cujo requisito é a eliminação de pelo menos 99% das bactérias. Este po-der biocida permanece en-quanto houver película de tinta na superfície.“Por serem à base de água,

estas pinturas podem ser aplicadas em espaços fe-

chados sem interdição do local e interrupção das ati-vidades”, explica Gabriel Marcelo Annetta, químico responsável pela empresa. Ele conta que a linha é for-mada por tintas acrílicas, epóxi-acrílicas, epóxi puras, esmaltes e complementos. Cada classe de produto oferece um grau diferente de resistência, devendo ser escolhido de acordo com o tipo de ambiente e as exi-gências de higiene. “São resistentes a limpeza com produtos de uso doméstico ou hospitalar.”Ao falar dos cuidados na

aplicação, Gabriel informa que a pintura de qualquer superfície necessita de um perfeito preparo do subs-trato. Neste caso, ele conta que se devem tomar cui-dados especiais na escolha

“Somos testemunhas da aparição de diversos microrganismos que provocam surtos a nível mundial e todos os cuidados são poucos para evitar essas ocorrências”, comenta o químico Gabriel Marcelo Annetta.

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dos produtos corretos. Por exemplo, em salas cirúrgi-cas deve-se trabalhar com tintas de maior resistência a limpezas frequentes com lí-quidos agressivos, como as epóxi. Já nos azulejos, que apresentam uma superfície muito lisa, a aderência des-te produto é mais compli-cada e deve se prestar es-pecial atenção na escolha. Por outro lado, os pintores não estão acostumados a trabalhar com esse tipo de tintas com dois componen-tes e devem ser treinados. A Annetta oferece uma

linha completa de tintas à base de água ou sem conte-údo de solventes orgânicos

voláteis, que são apropria-das para uso em ambientes de saúde. Em muitos casos, estas também podem ser adaptadas e convertidas em aquelas com caracte-rísticas higiênicas, ou seja, que não permitam a pro-liferação de bactérias, fun-gos e algas. “Produzimos também o Affaclean Líqui-do Fungicida, substância utilizada para limpeza das superfícies mofadas antes da pintura e para realizar a manutenção higiênica regular”, diz o químico res-ponsável.Na opinião do profissio-

nal, a cada vez mais é pre-ciso investir na pesquisa e

desenvolvimento de novos produtos com a meta de cultivar a sustentabilidade, o cuidado do meio am-biente e a prevenção de doenças. “Somos testemu-nhas da aparição de diver-sos microrganismos que provocam surtos a nível mundial e todos os cuida-dos são poucos para evitar essas ocorrências”, acres-centa.Gabriel acredita que este

tipo de tintas, que atual-mente são mais emprega-das a nível hospitalar ou para locais públicos, serão utilizadas em todas as resi-dências em um futuro pró-ximo. Ele ainda afirma que

estes produtos inovadores, ajudam a combater a for-mação de mofo tão comum no Brasil devido às condi-ções úmidas, evitando mui-tos problemas de saúde.Lançada em 2007, o uso

dessa linha foi se incremen-tando nos hospitais. Atual-mente, a maior parte dos estabelecimentos do setor da saúde especifica este tipo de produto na pintu-ra de obras novas ou na manutenção de suas insta-lações. Um dos principais motivos da escolha desse modelo de pintura é o fa-tor de não conter solventes nem substâncias cataloga-das como cancerígenas.

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ESPECIAL CONSTRUÇõES SUSTENTÁVEIS

Escalação naturalProjeto de instalações elétricas da Arena Castelão no Ceará, desenvolve medidas sustentáveis que atendem às demandas da certificação LEED

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Quem já teve a opor-tunidade de ir à Fortaleza, no Esta-

do do Ceará, com certeza conheceu as características marcantes do local. São praias paradisíacas em uma cidade ampla, moderna e agitada. Outro ponto que, a partir dos próximos meses irá contribuir ainda mais nas referências turísticas da capital cearense, será o Estádio Governador Plácido Castelo, o Castelão. A arena foi totalmente reestrutura-da para receber jogos da Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mun-do de 2014.Com capacidade para 67

mil pessoas, foi investido um total de R$ 518,6 mi-lhões. De acordo com o terceiro balanço do Gover-no Federal sobre os prepa-rativos dos eventos espor-tivos mundiais, o local será o primeiro a ter toda a obra concluída. A previsão é que fique pronta em dezembro deste ano.Conforme relatório do

consórcio responsável pela reformulação, a arena fe-chou o mês de outubro com 92,83% do trabalho concluído. As cadeiras já começaram a ser instaladas nas arquibancadas. O plan-tio da grama foi feito em novembro. A montagem da carenagem (estrutura metálica que envolve o es-tádio) também foi finaliza-da.

Entre as inovações do es-tádio está o projeto de ins-talações elétricas. A equipe responsável por essa parte teve como meta desen-volver sistemas eficientes, modernos e seguros, para atender às necessidades atuais e futuras, bem como facilidades de operação do estádio.Dos desafios deste item da

obra, se destacam o atendi-mento às normas da certi-ficação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) do Green Building Council, e os requerimen-tos da FIFA (Federação In-ternacional de Futebol) que nortearam a equipe de elétrica a desenvolver soluções mais sustentáveis possíveis.Os sistemas eletrônicos

e de telecomunicações do estádio são de última ge-ração e utilizam o concei-to de redes convergentes, permitindo alta disponibili-dade e velocidade para os serviços de comunicação, automação, imagem e mul-timídia, necessários para o funcionamento de uma arena moderna. “Um estádio deste porte

é sempre muito dinâmico, e sofre muitas alterações, tanto por solicitação da FIFA como pelas necessida-des da obra”, salienta Ed-naldo Costa, diretor da Te-chna Engenharia, empresa que elaborou o projeto de instalações elétricas.

Segundo Ednaldo, a sus-tentabilidade foi uma pre-missa fundamental durante toda a obra. As lâmpadas são de alta eficiência e o controle de iluminação é setorizado e ligado ao sis-tema de automação pre-dial. O sistema de geração de energia usa o gás natu-ral, um combustível menos nocivo ao meio ambiente.O diretor conta que a par-

te elétrica do Castelão foi concebida com distribuição interna de energia em mé-dia tensão e dotado de su-bestações rebaixadoras em locais estratégicos. Com isto, foi possível obter os menores níveis de quedas de tensão possíveis, o que além de atender aos requi-sitos do LEED, evita desper-dício de energia elétrica. “Este conceito permite uma operação mais simples e mais segura, uma vez que as centrais de utilidades estão localizadas em posi-ções que facilitam o acesso para manutenção.”Ao falar da participação

nesta obra que visa otimi-zar o uso dos materiais e a criação de uma identida-de própria, Ednaldo Costa diz que a empresa sempre busca usar soluções ino-vadoras. “O Castelão es-timulou ainda mais nossa equipe a criar diferenciais. As peculiaridades da arqui-tetura e da estrutura metá-lica levaram-nos a pensar em detalhes que facilitem

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a execução dos sistemas”, declara. A diretoria da Techna in-

formou que o apoio do Go-verno do Ceará e a gestão do Consórcio Galvão-An-drade Mendonça fizeram toda a diferença para que a arena seja não apenas o estádio mais adiantado do Brasil em prazo de execu-ção, mas também um dos mais modernos e eficien-tes. “O Ceará merece um presente como esse”, res-salta Ednaldo Costa.

ESPECIAL CONSTRUÇõES SUSTENTÁVEIS

“Ficamos muito orgulhosos de fazer parte desta história. Os novos estádios brasileiros representam uma mudança de conceito muito grande, abrindo novas possibilidades para a operação das arenas”, declara Ednaldo Costa, di-retor da Techna Engenharia, empresa que elaborou o projeto de instalações elétricas e sistemas eletrônicos da Arena Castelão.

RECONHECIMENTO DE LONgA DATAA Techna Engenharia está

no mercado de projetos e consultoria em instalações prediais e sistemas ele-trônicos há 12 anos. No início, a empresa atuava apenas com instalações prediais. A partir de 2002, foi criada uma divisão de sistemas eletrônicos, para atender a uma demanda crescente do mercado. A Techna passou a atuar for-temente em automação e

segurança predial, siste-mas de CFTV e segurança patrimonial, de controle de acesso, redes estru-turadas convergentes de voz, dados e imagem. A empresa atua nas áreas de fiscalização, assesso-ria e consultoria à obra, o que permite aos clientes a possibilidade de receber apoio durante a implan-tação dos projetos, o que garante que o escopo e os objetivos sejam alcança-dos.

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ESPECIAL CONSTRUÇõES SUSTENTÁVEIS

Inovação no corporativoCentro comercial e logístico é o primeiro condomínio de galpões modulares multiusuários a ganhar a certificação LEED na América Latina

Considerada como um dos maiores polos industriais e

logísticos do Brasil, a re-gião de Jundiaí é ocupada por cerca de 500 indús-trias e diversos centros de distribuição. A apenas 60 quilômetros da capital

paulista, a cidade é des-tino para um número de indústrias cada vez maior. O município conta com o Centro Comercial e Logís-tico GR, sendo o primeiro condomínio de galpões modulares multiusuá-rios a receber a certifica-

ção LEED pelo USGBC na América Latina.Com uma área constru-

ída de aproximadamente 40.000 m², em um terreno de 65.000 m², o condomí-nio conta com 21 módu-los e permite a locação de áreas que variam de 1.821

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a 39.765 m². Cada galpão possui 240 m² de meza-nino para a instalação de escritórios e pé-direito li-vre de 12 metros. O piso é de alta resistência, nivela-do a laser e capaz de su-portar até seis toneladas por m².A inovação do projeto de

arquitetura da sede da GR Jundiaí se destaca, desde o princípio, pelo envolvi-mento da instituição nos detalhes e a preocupação

com o produto final, pro-pondo um conceito dife-rente do que existe atual-mente no mercado.Na avaliação da arquite-

ta e urbanista Aline Roos, gerente de projetos da MV Escritório de Projetos (empresa que elaborou o plano da obra) um dos grandes desafios foi tra-balhar em uma área ainda desconhecida e mistifica-da pelo mercado em ge-ral. Segundo ela, foram

necessárias muitas pes-quisas para que todos os conceitos pudessem ser absorvidos pelo projeto sem torná-lo inviável.As medidas sustentáveis

utilizadas foram as refe-rentes à economia, tanto de água, quanto de ener-gia, e o uso de materiais e revestimentos menos agressivos ao meio am-biente. “A importância é de inserir nas pessoas uma ‘cultura’ de susten-

PARA ATENDER AS NECESSIDADESAlém de um altíssimo padrão de infraestrutura dos galpões

e das áreas de apoio, incluindo salas de reunião, e treina-mento, cozinha industrial, refeitório, cafeteria e ambulatório, o empreendimento destaca-se por seu forte padrão de se-gurança. Preparado para atender às necessidades de inquili-nos que trabalham com produtos de alto valor agregado, o GR Jundiaí será pioneiro na obtenção da certificação mun-dial TAPA (Transported Asset Protection Association). Assim, procedimentos operacionais e elementos de segurança serão altamente aprimorados, o que trará ainda mais conforto aos ocupantes do condomínio.

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tabilidade”, destaca Aline, ao dizer que esta iniciati-va traz baixos custos na operação, pois gasta-se menos energia, reutiliza--se a água, reduz-se a utilização de ar condi-cionado, incentiva-se a reciclagem de resíduos e, no final, gera-se um bem--estar e orgulho nos usu-ários.Ao falar das contribui-

ções da Green Building Council (GBC) Brasil, a gerente enfatiza que a obtenção da certificação deve-se a um conjunto de fatores e iniciativas que juntos geram o resultado final. “Só a presença do ‘verde’ não seria suficien-

te para que o projeto fos-se considerado susten-tável, mas também itens não usuais, como a insta-lação de um bicicletário, o que incentiva os usuá-rios a utilizar um modo de locomoção alternativo e não poluente”, completa a arquiteta.Para o desenvolvimen-

to de todo este plano de obras, foi necessário um ano de trabalho, desde a concepção até a entre-ga do projeto executivo finalizado. A equipe de arquitetura que esteve envolvida diretamente, em etapas diferentes, foi de aproximadamente oito pessoas.

Aline Roos, gerente de projetos da MV Escritório de Projetos

ESPECIAL CONSTRUÇõES SUSTENTÁVEIS

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FONTE DE APERFEIÇOAMENTO

Aline Ross comenta que esse trabalho trouxe muita satisfação para toda equipe do escritório da MVEP e, principalmente, muito amadurecimento em relação à viabili-dade da sustentabilidade nos empreendimentos para comercialização. Ela diz que todos entenderam que é possível, mesmo quando o retorno financeiro é importan-te no empreendimento, fazer um projeto que alie qualidade, rentabilidade e preo-cupação com o meio ambiente. “Obviamente, isso só se tornou realidade porque houve, por parte dos envolvidos, o comprometimento com a filosofia, para que os primeiros obstáculos não se tornassem uma justificativa para mudanças no rumo do projeto.”

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HUMANIZAÇÃO

A ousadia das coresNúcleo de Oftalmologia, em Fortaleza (CE), inova conceito de humanização do ambiente, a começar pelas cores diferenciadas

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Como toda regra tem a sua exceção, são justamente

os casos peculiares que mais se destacam entre os outros, principalmen-te quando tais exemplos carregam consigo alter-nativas inovadoras. Assim é o Núcleo de Oftalmo-logia, em Fortaleza (CE), projeto assinado pelo arquiteto Eduardo Teixei-ra, da Arquitec Arquite-tos Associados, que além de oferecer um ambien-te clean e aconchegante, foge às tradicionais ilumi-nações branca e fria que envolvem as atmosferas hospitalares.

A clínica se localiza no 15º andar da Torre Saú-de, do Complexo São

Mateus, na capital do Ce-ará. O projeto foi conce-bido desde o marco zero, quando o local se resumia a apenas pisos, paredes e teto, sem nenhum acaba-mento. A missão de Tei-xeira, que contou com a colaboração de Aline Fer-ro e Marisa Montenegro, era trazer humanização a esse ambiente.

Entretanto, para se che-gar à perfeita matemática dos desenhos e contor-nos do projeto, foi neces-sário que o resultado pas-sasse pela concordância final de todos. “Sem dú-vida, nosso maior desafio foi conseguir a aprovação unânime do grupo de só-cios, todos com ampla experiência profissional,

que traziam em sua ba-gagem as mais variadas demandas. Foi um verda-deiro trabalho de contor-cionismo”, comenta Tei-xeira. O projeto executivo foi desenvolvido em cinco meses, contando desde a assinatura do contrato até a aprovação dos sócios.

Depois de muitos diá-logos, a nova estrutura exibe em seus traços, que foi possível conciliar os pedidos do grupo às exi-gências técnicas, espaço e humanização. “Tanto o corpo clínico, como o de apoio administrativo e, principalmente, os usu-ários são unânimes em considerar os espaços ex-tremamente agradáveis, transformando o tempo

“Sem dúvida, nosso maior desafio foi conseguir a aprovação unânime do grupo de sócios, todos com ampla experiência profissional, que traziam em sua bagagem as mais variadas de-mandas. Foi um verdadeiro trabalho de contorcionismo”

Arquiteto Eduardo Teixeira

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de permanência na clíni-ca, a princípio tenso, em momentos leves e de re-laxamento”, declara o ar-quiteto.

Vale ressaltar que o projeto foi aprovado em todas as instâncias da Vigilância Sanitária lo-cal, seguindo as devidas exigências como a RDC 50, resolução que dispõe sobre o regulamento téc-nico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimen-tos de saúde, ordenan-do parâmetros para tais construções.

Como dito anteriormen-te, o projeto se destaca por não ser um tradicio-nal ambiente clínico, ge-ralmente despersonaliza-do. A ideia era trazer uma maior humanização do local para, assim, propor-cionar aos pacientes um maior conforto e bem-es-tar. “Fugimos da ilumina-ção branca e fria, do ver-de ‘hospital’, tão comum em estabelecimentos de saúde. Adotamos tons com os quais os usuários podem se relacionar mais intimamente e que são relaxantes, principalmen-te pelo fato de ser um ambiente para pacientes oftalmológicos”.

Houve algumas limi-tações quanto a medi-

das sustentáveis por se tratar de um projeto ar-quitetônico para um lo-cal fechado e acabado. Mesmo conscientes da importância deste fator, os arquitetos recorreram a ações como a utiliza-ção de materiais de fácil acesso na região (reapro-veitando-os durante a obra), equipamentos de baixo consumo elétrico, iluminação econômica e reciclagem.

Estava, então, concre-tizado o sonho de cinco profissionais oftalmolo-gistas. O resultado prova que foi possível encon-trar um equilíbrio en-tre as exigências de um ambiente clínico com aspectos humanizados, distribuindo essas carac-terísticas em toda área disponível.

Por fim, Eduardo consi-dera de extrema impor-tância a contratação de profissionais especiali-zados para a elaboração de projetos hospitalares. Segundo ele, esse fator é de vital importância para o bom desenvolvimen-to do empreendimento, desde a sua concepção até o detalhe final. O ar-quiteto aconselha seguir os próprios mandamen-tos dos médicos: “Na dú-vida, procure um espe-cialista!”.

HUMANIZAÇÃO

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FICHA TÉCNICA

NÚCLEO DE OFTALMOLOgIAEndereço: Av. Santos Dumont, 5753/ 15º andar – Torre Saúde Complexo São Mateus – Fortaleza-CE Data do Projeto: 2009Obra: 2010Área total construída: 490,00 m2

Nº pavimentos: 01Vagas estacionamentos: 03 pavimentos de vagas disponibilizadas pela Torre Saúde São MateusPronto-atendimento: NãoServiços Diagnósticos: OftalmologiaFisioterapia: NãoNº consultórios: 5

Adicional (áreas de apoio, salas de treinamento, dentre outros): 2 salas de exames01 sala de exame de campo visual01 sala de lente de contato2 salas de cirurgia, pré e pós operatório com 03 leitos01 apartamento, Central de Material Esterilizado.

Empresas sub-contratadas: Não

Nomes dos arquitetos ou empresasArquitetura: Arquitec Arquitetos Associados.Interiores: Arquitec Arquitetos Associados.Coordenação: Eduardo de B. Teixeira – Arquiteto MSc. CAU nº 13.113-0Colaboradores: Arquitetas Aline Ferro e Marisa Montenegro

Projetos:Ar-condicionado: Newton MaranhãoElétrico e hidráulico: MIP EngenhariaENgº Elétrico: Marcílio Alves BezerraFornecimento de gases Medicinais: Linde GasesLuminotécnico: Arquitec Arquitetos AssociadosPrevenção e Combate a Incêndio: Engº. Alberto Pinto

Obra:Construção: Engª Silvana Fialho

Detalhes da Obra:Luminárias: Facho de LuzPiso Vinílico: Art Piso – Piso Fademac

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HUMANIZAÇÃO

Uma fórmula humanizadaObras do Hospital Unimed Pindamonhangaba, em SP,aplicam medidas inovadoras como um corredor para receber visitantes e serviços de apoio

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Existem pessoas que precisam ficar inter-nadas em Unidades

de Tratamentos Intensi-vos (UTIs), mas que estão totalmente conscientes, no entanto costumam ter “vizinhos” em estado ter-minal. Para mudar este conceito, no projeto de obras do Hospital Uni-med Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, os pacientes não terão contato uns com os ou-tros (nem mesmo visual), o que garantirá uma qua-lidade importante para a recuperação do paciente.Além disso, fundamen-

tais características se evi-denciam no projeto de engenharia e arquitetura dessa edificação. No lo-cal, o fluxo físico opera-cional, em especial o da

UTI, possui um conceito em que os pacientes ficam internados em “box”, que tem o fechamento fron-tal de vidro. Essa opção permite o monitoramento visual pela equipe técnica e ao mesmo tempo pro-porciona privacidade aos usuários. Outro atributo interes-

sante será o corredor de visitantes e serviços que circulará todo o períme-tro da unidade, assim os visitantes somente terão acesso ao paciente com o qual têm relação direta. Já os profissionais de limpe-za e manutenção também utilizarão esta circulação. Desta forma, a estrutura física colaborará com os procedimentos de con-trole de infecção hospi-talar.

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HUMANIZAÇÃO

O engenheiro Célio Meli-lo, responsável pela obra, cita que a edificação con-tará com um estilo mais contemporâneo, pois o lo-cal irá cultivar a tecnologia aliada à saúde. “Portanto, buscamos utilizar elemen-tos construtivos e decora-tivos bem atuais”, salienta.Na opinião do profissio-

nal, um dos desafios para a execução deste projeto de arquitetura/engenha-ria é o curto prazo para o cumprimento das etapas da obra. Por este motivo, foram especificadas todas as divisórias dos diversos ambientes em “dry-wall”. Outra reformulação que ocorreu nesta edificação

foi a iluminação e a ven-tilação, que buscaram se-guir medidas sustentáveis.De acordo com o escritó-

rio de engenharia, os pro-jetos do hospital já foram desenvolvidos e as obras seguem em andamento, com término previsto para o primeiro semestre de 2013.

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RECONHECIMENTO

Há 24 anos a empresa de Célio Melilo atua na área de Saúde Pública, pois ele é sanitarista concursado do Governo do Estado de São Paulo, e atua, desde 1989, como engenheiro da Vigilância Sanitária Estadual no escritório de Tau-baté. Durante estes anos, foram desenvolvidos inúmeros projetos na área de saúde, o que contribuiu para o prestígio do trabalho na região. Os médicos de Pindamonhangaba tiveram mais proximidade com o trabalho da empresa, quando foram desenvolvidos os projetos da UTI Adulto, UTI Neonatal e Cen-tro Cirúrgico da Santa Casa do município. “Participar do projeto de obras do Hospital Unimed Pindamonhangaba se trata de um trabalho satisfatório, pois temos condições para desenvolvermos um bom trabalho”, finaliza.

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HUMANIZAÇÃO

Projeto da Clínica Paranaense de Assistência agrega características técnicas que asseguram funcionalidade e mais conforto aos usuários

Com estilo contem-porâneo, destacan-do-se pelo volume

central, em “structural glazing”, e uma arquite-tura de interiores e pai-sagismo que garante humanização – a Clínica

Paranaense de Assistên-cia Médica (Clinipam) será um hospital comple-to no sentido de concen-trar todas as necessida-des em um mesmo local. Desde o atendimento de pronto-socorro até a in-

ternação, centro cirúrgi-co, UTI e centro de diag-nósticos. A distribuição das alas

dessa edificação foi pro-jetada com a intenção de favorecer o fluxograma e proporcionar segurança e

Sob a ótica da humanização

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Health

conforto ao usuário.No projeto, característi-

cas asseguram a funcio-nalidade sem esquecer o bem-estar dos pacientes. Segundo a arquiteta Ca-rolina Helm, o ambiente do hospital deve oferecer a sensação de confiança, pois já foi comprovado que o psiquismo é fator determinante na recupe-ração do paciente. Para isso, as cores, formas, ambientação, som, luz, cheiros e jardins são mo-tivadores do espaço deste hospital. “Neste projeto, a arquitetura hospita-lar procura soluções que

Elevação Frontal Rua Mateus Leme

Elevação Lateral

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harmonizem os aspectos fisiológicos (funciona-mento) e anatômicos (es-trutura), mas sempre sob a ótica da humanização”, declara.Este projeto contou

com medidas sustentá-veis através do aproveita-mento da luz natural em muitos espaços, pois é fator fundamental na re-cuperação dos pacientes. É comprovado que existe uma redução no tempo de internação, quando o paciente tem noção de temporalidade e pode observar a variação da luz durante o dia. Outra ca-racterística do projeto é a

flexibilidade dos espaços internos. Com o uso de divisórias drywall, o des-perdício de material é re-duzido em 15%, e se pre-cisar ampliar o espaço, é mais fácil a execução. Foi previsto também o uso racional de água através de vasos sanitários com caixas acopladas e tornei-ras pressurizadas.Carolina acredita que os

fluxos dentro do hospital necessitam de uma arqui-tetura voltada à seguran-ça e bem-estar de seus usuários, tanto como a especificação certa dos materiais utilizados. “Portanto, é importante

decidir-se pela sustenta-bilidade já nas fases pre-liminares do planejamen-to, para que a construção já seja projetada com essa visão.”Ao falar sobre a impor-

tância do correto agru-pamento dos setores e dos fluxos que ocorreram neste projeto, Carolina reforça a ideia de que a funcionalidade do hos-pital só acontece com a adequada reunião dos ambientes. “Para a dis-tribuição dos espaços, o hospital ficou com a área administrativa e serviços (que não interagem dire-tamente com os pacien-

Capacidade de atendimento da Clinipam após a construção

• Pronto Socorro com 12 salas de atendimento

• Centro cirúrgico com cinco salas

• Ala com 18 apartamentos

• Um andar com 36 leitos de enfermaria

• Último andar com 10 leitos de UtI e oito leitos de enfermaria / Acoplado a isso, um laboratório com atendimento 24 horas para todos os exames clínicos e, anexo ao hospital, a construção de um Centro de Imagem.

HUMANIZAÇÃO

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tes) no subsolo”, diz. Divisão – No 1º pavi-

mento, com acesso direto do público com a rua Ma-teus Leme, está o pronto--socorro. No 2º pavimen-to (meio do edifício) está o centro cirúrgico, com acesso fácil para a emer-gência e leitos acima. E no 3º e 4º pavimentos estão os apartamentos. Só no 5º pavimento (úl-timo andar), está a UTI, mais reservada. No edi-fício-anexo, com dois an-dares, estão o centro de diagnóstico e o espaço café, com acesso à rua

Albano Reis. Estes dois volumes são interliga-dos por uma passarela e entre eles está o espaça-mento das rampas com acesso para todos os an-dares. Para todo o com-plexo, também existem dois elevadores, além das escadas protegidas.O Clinipam é uma obra

essencialmente de esta-belecimento assistencial de saúde que tem a fina-lidade de atender bem à demanda da região. Por este motivo, o projeto arquitetônico atende a requisitos específicos da

área de saúde, adequado integralmente às normas da Anvisa. Mais preci-samente segue à RDC – 50/2002 e às normas de acessibilidade univer-sal, elaborado de acordo com a NBR 9050. Tam-bém houve a preocupa-ção na escolha de mate-riais impermeáveis, pois, os produtos adequados para o revestimento de paredes, pisos e tetos de ambientes de áreas críti-cas e semicríticas devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetan-tes.

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FICHA TÉCNICA

Hospital CLINIPAMEndereço: Rua Mateus Leme, 2600Data do Projeto: 2011Obra: 2012Área do terreno: 2.458,00m²Área total construída: 4.733,54 m²Nº pavimentos: 5 pavimentosVagas estacionamentos: 50 vagasPronto-atendimento: simServiços Diagnósticos: simNº consultórios: 06 consultóriosNomes dos arquitetos ou empresasArquitetura: Carolina Helm Arquiteta LtdaInteriores: Carolina Helm Arquiteta LtdaCoordenação: Newton Gonçalves - Administrador do Hospital Ônix / ClinipamColaboradores: EngªLuciana Costin (PROvISA), Arq.ª Juliana Loss, Arq.ª Kelen Keith, Arq.º Felipe e o Designer Gustavo Ziliotto.

Projetos:Elétrico e hidráulico: Engº Marcelo Ketschkesch

Obra:Construção: Construtora BaggioDetalhes da Obra:Esquadrarias metálicas: ABA Esquadriasguarda Corpo: Biffe Estruturas MetálicasRevestimento vinilico de parede: FADEMAC ou FORBOPiso Vinílico: FADEMAC ou FORBORevestimento Cerâmico: INCEPA, ROCCA.POrcelanato: ROCCARevestimento Fachada: PORTINARIMão de Obra Civil: Construtora Baggio

Fornecedores de Equipamentos:Louças: INCEPAMetais sanitários: DECA

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VERTENTE RENOVADA

O diretor administrativo da Clinipam, Cadri Massuda, conta que a instituição foi criada visando que-brar um paradigma dos modelos de estabelecimentos atuais, os quais normalmente são sisudos, frios, com projetos modulares e quadrados e em seu interior a utilização de cores pálidas e sem vida. “Este projeto foi idealizado com o objetivo de humanizar o ambiente hospitalar partindo para algo

que envolvesse o lúdico, com cores harmoniosas na sua pintura. Além da utilização de obras, paisa-gismo e toda a sua decoração voltada para a tranquilidade e conforto do paciente e seus familiares.”Para Massuda, o fato de ser localizado em uma região carente de unidades de saúde, este complexo

beneficiará os bairros vizinhos como também as cidades mais próximas do local como Colombo, Almi-rante Tamandaré e Rio Branco do Sul.Com este novo centro médico, Curitiba ganhará mais 10 leitos na cidade. Serão oferecidos atendi-

mentos de pronto-socorro para emergências médicas, cirúrgias ortopédicas e eletivas de pequeno, médio e grande porte. “Os beneficiários do nosso plano de saúde terão acesso a um novo conceito de hospital, com tecnologia de ponta, novos equipamentos e estrutura por um valor muito acessível”, afirma o diretor.O investimento previsto para a execução da obra é de R$ 15 milhões. A entrega da obra está dividida

em três etapas. A primeira parte, o hospital em si, será entregue em março de 2013. A segunda parte, a qual envolve estacionamento e fundação do prédio em anexo, será em julho de 2013. E a última parte, a finalização do centro de imagem, será em 2014. O atendimento do hospital terá início no segundo semestre de 2013.

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HUMANIZAÇÃO

Projeto de interiores do Hospital Alemão Oswaldo Cruz proporciona ao usuário o conforto de um hotel

O layout do bem-estar

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Cerca de 450 pági-nas registram os esboços do projeto

de arquitetura de interio-res criado para o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Para isso, o es-critório RoccoVidal P+W debruçou nos estudos por dois anos. Atualmente, a obra encontra-se em fase de finalização. Todo esse elaborado

processo atentou-se em primar pleno conforto e bem-estar em uma área construída de 15.000 m². “A ideia principal foi criar um hospital diferenciado, que se assemelhasse com o aspecto de um hotel sofisticado, por meio de ambientes aconchegan-tes”, explica Luiz Fernando Rocco, sócio fundador da empresa. Para trazer todo esse re-

quinte ao hospital, priori-zou-se o estilo contempo-râneo em toda a instalação. “Usamos alguns recursos que nos remetessem a situações menos estres-sante, como é o caso da madeira nas áreas comuns (recepção e atendimento) a fim de criar um ambien-te de maior afinidade, que proporcionasse locais de aprazíveis permanências”, diz Rocco. Além disso, também foram explorados materiais como pedras e revestimento vinílico no projeto arquitetônico. Toda essa preocupação

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HUMANIZAÇÃO

objetivou conceber um hospital que oferecesse o bem-estar característico dos hotéis. Para isso, a hu-manização foi detalhada-mente estudada no espaço como um todo. “Preocu-pamos em trazer uma ilu-minação mais acolhedora, abordando o uso das co-res em tons mais quentes e estimulantes, de texturas diversificadas, sem perder a função e o cuidado com a manutenção, além de toda

assepsia que o local exige”, ressalta Douglas Tolaine, sócio da empresa. Ou-tra solução para oferecer maior conforto aos usuá-rios foi a criação de espaços de espera visando propor-cionar privacidade aos fa-miliares dos pacientes que se encontram em situações delicadas. O hospital-hotel, além de

enfatizar a humanização do ambiente, também empre-gou em seus traços medi-

das sustentáveis. Conforme explica o arquiteto Jaime Malvezzi, a sustentabilidade “era uma premissa da cria-ção do projeto, pois tanto o edifício quanto o seu inte-rior foram elaborados para conseguirmos obter o cer-tificado LEED GOLD, criado pelo U.S. Green Building Council e verificada pelo Green Building Certification Institute (GBCI). A certifi-cação reconhece projetos, construções e operação de

Sala de Espera

Corredor da UTI

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edifícios sustentáveis (ver-des) de alto desempenho. A beleza e o conforto fo-

ram consolidados através das necessidades do hos-pital, afinal, trata-se de um local frequentado por pes-soas com necessidades es-pecíficas. “O desafio foi sa-ber conciliar as exigências do centro de saúde com as normas técnicas. É o binô-mio fundamental na vida de um arquiteto: design e funcionalidade”.O Hospital Alemão Oswal-

do Cruz é um dos vários projetos que carregam a assinatura RoccoVidal P+W. “Desenvolvemos duas uni-dades do Grupo Fleury Me-dicina e Saúde, sendo que uma foi concebida desde a aquisição do terreno até a concepção do edifício para a sua finalidade”, lembra Rocco acerca dos cases de sucesso da empresa.

Luiz Fernando Rocco, sócio fundador da RoccoVidal P + W

Quarto

Térreo

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Sofisticação equilibrada

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Obras do Complexo Hospitalar da Santa Casa de São Paulo impõem leveza e promovem captação de elementos que valorizam o espaço já construído

Espaços agradáveis para pacientes, fun-cionários e visitan-

tes. A ótima qualidade da estrutura física e equipa-mentos hospitalares colo-ca o Complexo Hospitalar da Santa Casa de São Pau-lo no nível dos grandes hospitais do Brasil. O local é composto pelo Hospital Santa Isabel (HSI) unida-des I e II.O projeto de arquitetu-

ra da segunda unidade procurou, numa proposta contemporânea: captar elementos que de alguma forma se harmonizassem com o espaço já cons-truído. Para isso, foram

utilizados na obra da fa-chada, tons similares aos predominantes na Santa Casa, embora os materiais utilizados sejam diferen-tes. Alguns frontões fo-ram criados para rebater os existentes no entorno, porém com formato e di-mensões diferentes. Já o paisagismo do local tem a assinatura de Gilberto Elkis.O edifício do HSI II possui

arcos metálicos colocados na cobertura da entrada com a ideia de proporcio-nar a penetração de luz natural (através de vidro curvo), a visão externa de parte do prédio e a inter-

na, do térreo. Com isto, se criou uma cinestesia posi-tiva para quem faz o per-curso no hospital.No projeto do Centro

Médico do local, o maior desafio para a equipe de arquitetura foi a mudança de uso, já que o edifício foi projetado primeiramente para fins comerciais, sen-do necessário reciclá-lo para criar uma unidade de saúde. Isto implicou na instalação de elevadores com condições que per-mitam, por exemplo, o uso por cadeirantes, sanitários para deficientes e ram-pas para vencer desníveis. Também houve alterações

DR. EMíLIO GUEDES, ARQUITETO

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PLANEJAMENTOO Centro Médico faz parte de todo o planejamento dos últimos anos da San-ta Casa em ampliar o Hospital Santa Isabel, que fica na vila Buarque, região central de São Paulo. Em 2010, R$ 50 milhões foram investidos na obra da Unidade Jaguaribe que, atualmente, tem 80% de ocupação de seus 118 leitos e onde são feitas 500 cirurgias eletivas por mês.

no layout de todos os an-dares onde introduziram os 48 consultórios com diversificadas especialida-des médicas.A UTI do HSI II traz um

conceito de humanização com janelas, relógio, tele-visão e música ambiente em todos os leitos. Apre-senta ainda, quadro com fotos da família do pa-ciente e recados em frente

à cama, experiência posi-tiva que já existe no HSI I. Tudo isso, com a propos-ta de diminuir os traumas dos usuários. Neste complexo de saú-

de, o contato com a luz do dia e da noite, gradativa-mente, coloca o paciente nos parâmetros normais, o que não se consegue nas unidades escuras e sem relação com os elemen-

tos naturais. O local ainda possui a individualização dos leitos, colocando-os em ambientes protegidos dos sons múltiplos emiti-dos por outros pacientes e pelos intensivistas. Segundo o Dr. Emílio

Guedes, responsável pela arquitetura do local, a em-presa procura com todos os clientes, dar o máximo de esforço para atingir

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os objetivos. “Ao sermos solicitados para desen-volver trabalhos para a Santa Casa, nos sentimos prestigiados pelo que ela representa e pelo sucesso que estamos propiciando: o Hospital Santa Isabel - Jaguaribe, com um ano e pouco de abertura, está funcionando com toda a fluidez.”Embora não se tenha

buscado nenhum tipo de acreditação sustentável neste projeto, algumas medidas foram previstas. Estas ações renderiam pontos em uma possível certificação ambiental, ao confirmar a utilização de jardins, espelho de água em movimento, ilumina-ção natural, tipologia das luminárias, etc.Guedes diz que a parce-

ria do seu escritório com a instituição surgiu por vários fatores. Primeiro, devido a projeção da pro-ximidade física entre as unidades do Complexo. Já o segundo motivo, é o fato de ter sido possível transformar um hotel em uma unidade hospitalar de alto nível. “Esta foi a primeira ta-

refa que realizamos para a Santa Casa e que nos credenciou para a realiza-ção de outras, das quais destacamos um Centro Médico com consultórios e diagnóstico e a nova Fa-culdade de Ciências Médi-

cas”, relembra.O provedor da Santa

Casa, Kalil Rocha Abdalla, informa que foram inves-tidos R$ 20 milhões na unidade, para que ela es-tivesse equipada e pronta para atender a crescente demanda. O Centro Médi-co estará unido à Unidade Jaguaribe do HSI por uma passarela e, dessa forma, um médico ou paciente poderá transitar de um edifício ao outro, sem a necessidade de sair na rua. “É um conceito moderno que fizemos questão de implantar por aqui”, expli-ca o diretor do HSI, Laér-cio Martins.Também participaram da

obra o engenheiro Raul Guedes Pinto e os arqui-tetos Luiz Carlos Farias e Ricardo Leite. PREOCUPAÇÃO O corpo clínico preci-

sa ter ótimas condições para desenvolver múlti-plas atividades, sempre visando o bem estar do paciente. Essas condições vão desde a disponibili-zação de espaços e cir-culações bem definidos, até a preocupação com o descanso e comodidade do usuário. O último an-dar do Hospital Santa Isa-bel – Jaguaribe dispõe de piscina, sauna, academia, lanchonete, vestiários, TV, computadores, entre ou-tras opções de lazer e co-modidade.

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Do gerenciamento da obra à entrega das chavesAtitude Projetos e Gerenciamento de Obras realiza completa administração nas reformas do Centro de Oncologia Rede D’Or, na Barra da Tijuca (RJ), comprovando sua qualidade em assessoria técnica e direção de projeto.

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Para que um proje-to cresça além das linhas demarcadas

pelo compasso e esquadro é imprescindível um perfei-to gerenciamento durante toda a construção. Só as-sim será possível dar vida à planta desenhada. É com essa visão que a Atitude Projetos e Gerenciamen-to de Obras comandou as reformas no Centro de On-cologia Rede D’Or, Barra da Tijuca (RJ), administrando desde a demolição até a assistência técnica após a inauguração.Segundo o arquiteto An-

derson Garcia, diretor do grupo, o segredo de um bom gerenciamento está

em saber ouvir cada seg-mento. “O projeto de ar-quitetura só foi definido após a décima proposta do anteprojeto e a opinião de todos os envolvidos, entre eles o setor médico, enfermagem, administrati-vo e financeiro, sendo que todas as sugestões foram equalizadas junto às nor-mas vigentes pelos órgãos responsáveis”, comenta. Todo esse diálogo entre os diversos profissionais foi de extrema importância para trazer compatibilidade ao projeto quanto à sua arqui-tetura, estrutura e instala-ção.Outra etapa para a exe-

cução do trabalho foi a es-

colha e a contratação das empresas prestadoras de serviço. Por 30 dias, par-ticiparam do processo de licitação o grupo, a direto-ria e o setor administrativo/financeiro da instituição. Garcia explica que nesta fase se avalia tanto a capa-cidade técnica, quanto os preços justos para execu-ção dos trabalhos. “A nossa maior responsabilidade é com a equalização da par-te técnica nas propostas, o qual as empresas descre-vem como executaram os serviços e quais os tipos de materiais e equipamen-tos serão empregados na obra”, ressalta o arquiteto. Em se tratando de edifício

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comercial, os obstáculos são maiores para a exe-cução do trabalho, ainda mais quando se há pré-dios residenciais como vi-zinhos. “Nestas condições, só é possível a execução dos serviços à noite/ma-drugada e finais de sema-na, sendo que os serviços com muito barulho, como demolições e perfurações, só podem ser feitos em dias úteis, das 20h às 22h, e aos sábados, das 14h às 22h. Ainda temos que nos enquadrar em horários

para entrega de materiais e retirada de entulho, fa-zendo com que toda a obra se torne mais longa, cara e desgastante.” Mesmo com tantos obstá-

culos, o resultado final pro-va que o gerenciamento foi executado com maestria, através de uma administra-ção do cronograma físico--financeiro, da quantidade e da qualidade dos mate-riais empregados, dentre outros fatores. Foram 120 dias para execução da obra e 30 dias para instalações

ARQ reforma

de todos os equipamentos complementares e ajustes finais. “Acompanhamos e gerenciamos a execução de tudo. Desde a demolição, até a disposição dos equipa-mentos. Também continua-mos dando apoio técnico à unidade durante um perío-do após a sua inauguração, a fim de assegurar que tudo esteja funcionando perfei-tamente e de acordo com que tinha sido solicitado”.Nesta obra, o grupo ofe-

receu um vasto pacote de serviços como o projeto de

“A nossa maior responsabilidade é com a equalização da parte técnica nas pro-postas, o qual as empresas descrevem como executaram os serviços e quais os tipos de materiais e equipamentos se-rão empregados na obra” - Anderson Garcia, diretor da Atitude Projetos e Ge-renciamento de Obras.

arquitetura, de marcenaria de móveis, de instalações elétricas, de telefonia e rede de dados, de hidro-sanitá-rias, de ar condicionado e de gases medicinais. Segun-do Garcia, esse é justamen-te o diferencial, proporcio-nar uma “assessoria técnica e o domínio na prestação de serviços diversos, des-de a área de planejamento e projetos de arquitetura, passando pelo setor de ins-talações, acompanhando e gerenciando a obra até a entrega das chaves”.

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TRAJETóRIA

O grupo possui um vasto portfólio em arquitetura da saúde. Desde 2005, prestando serviços de gerenciamento para construções de outras unidades de tratamento onco-lógico para a Rede D’Or, além de clínicas de hemodiálise, de infusão de medicamentos, odontológicas, etc. Quanto ao Centro de Oncologia Rede D’Or, a empresa já prestava seus serviços antes

mesmo da clínica ser adquirida pela instituição. O destaque e confiança no mercado foram pontuais para a contratação na ampliação do Centro. “Em 2010 conquistamos espaço para executar todos os projetos de intervenções e construções necessárias”, lembra o arquiteto. Mesmo com essa vasta experiência como projetistas, o projeto entra para a história da

empresa como a primeira unidade de tratamento de quimioterapia. A tarefa foi seguir novas normas e exigências técnicas, e, sobretudo, conciliá-las à criação de ambientes que primassem pelo conforto de pacientes e acompanhantes. Recentemente, o grupo foi habilitado na área de construção, isto é, já pode executar

suas próprias obras. Para isso, foi montada uma equipe qualificada que prestará essa maior gama de serviços em 2013.

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A Associação Brasileira Beneficente de Rea-bilitação (ABBR), lo-

calizada no Jardim Botânico (RJ), reabrirá as portas para o público, alugando par-te de suas edificações para a rede Amil. O Hospitalys, novo nome do hospital, ati-vará sua nova estrutura para o atendimento de pacientes adultos com lesões ortopé-

Expectativas integradasHospitalys, nova unidade da rede Amil, propõe infraestrutura completa para oferecer excelência em tratamento ortopédico

dicas simples e complexas.Conciliar o acesso ao hos-

pital com as construções foi uma tarefa que exigiu inú-meros esforços. “Um dos maiores desafios foi a res-peito da própria localização do centro de saúde, na zona sul do Rio de Janeiro, que já nos impõem uma série de restrições quanto à circula-ção externa de entrada e sa-

ída de materiais e de equi-pamentos”, explica Wilians Medeiros, diretor técnico da Engeziler Construções e Empreendimentos.A empresa já assinou pro-

jetos de outras unidades da rede Amil como o Hospital Pasteur, CID Leblon (Ser-gio Franco Leblon), Unida-de Médica de Nova Iguaçu e de Campo Grande. No

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Expectativas integradas

caso do Hospitalys, a obra está sendo feita em fases que devem ser entregues pela Engeziler até o final de 2012. “Há uma grande pre-ocupação na manutenção harmônica entre a execução da obra e a operação de um hospital voltado para aces-sibilidade, recuperação e reabilitação de pessoas com dificuldades de se locomo-verem”, comenta Medeiros.A concepção da obra le-

vou em conta a valorização de montagens, ou seja, evi-tar os revestimentos tra-dicionais e argamassas e priorizar painéis de gesso

acartonado, substituindo o revestimento e a própria alvenaria. Tudo isso acarreta em uma série de vantagens como agilizar a reforma e a redução de falhas de execu-ção. Vale ressaltar que foram seguidas todas as normas, os regulamentos técnicos, as portarias e as resoluções elaboradas pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sani-tária - Anvisa, pertinentes à elaboração e análise de pro-jetos de edifícios de saúde.O projeto também incluiu

em seus traços a sustentabi-lidade, uma vez que a cons-

trução civil é um dos setores que mais causa impactos ambientais. “Realizamos o gerenciamento dos resídu-os que, além da separação dos materiais descartados (demolições), os separamos por classes, de acordo com a última norma do Conse-lho Nacional do Meio Am-biente - CONAMA”, ressalta Medeiros. De acordo com a resolu-

ção 448/2012, o lixo deve ser segregado conforme sua natureza, por exemplo, plásticos, papelões, gessos, tintas, solventes, restos de construções, dentre outros.

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“Há uma grande preocupa-ção na manutenção harmôni-ca entre a execução da obra e a operação de um hospital voltado para acessibilidade, recuperação e reabilitação de pessoas com dificuldades de se locomoverem” - Wilians Medeiros, diretor técnico da Engeziler Construções e Em-preendimentos

A empresa que desobede-cer à norma poderá ser enquadrada na Lei dos Crimes Ambientais que prevê a aplicação de mul-tas. Medeiros ainda lembra que, hoje, apenas recebem licenciamento ambiental da prefeitura os empreen-dimentos que apresentam um projeto de gerencia-mento de resíduos. “Mes-mo após a aprovação, são feitas fiscalizações ao lon-go da obra para verificar se todas as exigências estão sendo cumpridas”, conclui.O Hospitalys ocupa uma

área de cinco mil metros quadrados com previ-

são de concluir todas as obras até 2014. Quanto à reforma do novo hospital, Alberto Zilberman, presi-dente da construtora, se considera honrado e mo-tivado pela tarefa de dar uma nova infraestrutura ao local. “Agregamos alto co-nhecimento de engenharia e atuamos como prestado-res de serviço, mas, conco-mitante em outros empre-endimentos residenciais, comerciais e hospitalares. Também somos proprie-tários o que nos facilita entender a real necessida-de de nossos clientes”, co-menta.

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CAPA

Os belos traçosda arquitetura contemporânea Hospital e Maternidade São Cristóvão promete ser ummarco urbanístico e social para toda zona leste de São Paulo.

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A grandiosa expan-são do Hospital São Cristóvão, localizado

na zona leste de São Paulo, promete trazer uma signifi-cativa melhora e agilidade quanto ao atendimento dos pacientes. Além disso, sua nova arquitetura espelha a atual identidade da institui-ção através da exploração de conceitos como contem-poraneidade e tecnologia. A moderna infraestrutura conta com um novo Centro Ambulatorial e de Diagnós-tico Américo Ventura II, o Instituto de Ensino e Pes-quisa Maria Patrocínia Pe-reira Ventura – Dona Cica e o Complexo Hospitalar Uni-dade Água Rasa. A concep-ção de tais projetos é fruto

Idealizar, poder realizar e crescer

da expansão do Hospital São Cristóvão, localizado na zona leste de São Pau-lo. Toda a remodelação e a reforma das dependências visam à melhoria e agilida-de no atendimento aos pa-cientes, além de trazer uma atual identidade à nova in-fraestrutura. Renomados arquitetos

e engenheiros com vasto portfólio em construções na área da saúde atuam para concretizar as novas instala-ções. Os esboços prometem proporcionar para um espa-ço multifuncional, como é um centro de saúde, toda a flexibilidade, otimização de fluxo de pessoas e, acima de tudo, conforto e bem-estar para os usuários.

Atualmente, o Hospital e Maternidade São Cristóvão possui em suas dependên-cias cinco elevadores loca-lizados estrategicamente para a melhor circulação de pacientes e funcionários. Entretanto, com a crescente demanda houve a necessi-dade de ampliar este servi-ço. De acordo com o hospital,

“o novo elevador propor-ciona um melhor aproveita-mento do fluxo de trabalho. Com isso serão centraliza-dos os elevadores sociais para as áreas de atendimen-to ao público, oferecendo

mais conforto e rapidez nos acessos”.A autoria do projeto carre-

ga a assinatura do escritório DK9 Arquitetura. Para tan-to, grandes desafios foram vencidos pela equipe por envolver uma complexa lo-gística da obra. “Estamos realizando esta torre metá-lica no “coração” da área de serviço do hospital, nosso maior objetivo durante a execução é a segurança do trabalho e dos funcioná-rios”, explica a arquiteta Da-niela Falceta Cavalcanti. Cer-ca de 90% do cronograma já está concluído. O novo

elevador tem a capacidade para transportar 25 pessoas, o equivalente a 1.875 Kg. Além disso, a DK9 também

atuou na autoria, no desen-volvimento e na coorde-nação do projeto do novo Complexo Hospitalar São Cristóvão – Unidade Água Rasa. O edifício será desti-nado ao centro de diagnós-tico, ambulatório e inter-nação pediátrica, tudo isso em dez andares e quatro subsolos, totalizando uma área edificada de aproxima-damente 15.887 m² cons-truídos. O projeto encontra-se na

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fase do executivo e na ela-boração dos esboços com-plementares. O início das obras está previsto para o início de 2013. A estimativa é que a primeira etapa da construção civil dure dois anos e a segunda fase, de decoração e implantação dos equipamentos, previsto para o semestre seguinte. Em se tratando de arqui-

tetura hospitalar, quesitos como flexibilidade e ex-pansibilidade caminharam juntos durante toda a con-cepção. De acordo com a arquiteta, “as plantas con-seguiram distribuir toda a estrutura, privilegiando as

lajes livres para setorização com divisórias internas em dry wall”. Convergindo também

para a melhor utilização do espaço físico-funcio-nal do hospital, foram planejados corredores cen-trais amplos e integrados. “Teremos elevadores in-teligentes, setorizando os fluxos e, assim, priori-zando as necessidades de pacientes e funcionários.” A identidade do novo

hospital carrega traços da arquitetura cont emporâ-nea, através de um mix de linhas retas e sinuosas alian-do conceitos como funcio-

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nalidade, estética e medidas sustentáveis. Segundo Fal-ceta Cavalcanti, houve uma grande preocupação em economizar recursos, sem deixar de utilizar materiais atuais e modernos. “Essa é a tendência atual e mundial de sustentabilidade e cons-trução green. Propusemos, por exemplo, uma volume-tria que visa a transparência e a permeabilidade dos es-paços através das claraboias de iluminação natural sobre todo o prédio, trazendo economia dos recursos elé-tricos.”Soma-se a essa preocupa-

ção sustentável a utilização

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de LEDs de última geração para diminuir ainda mais os gastos, uma vez que tais materiais possuem alto ren-dimento. “O objetivo princi-pal é criar ambientes claros e confortáveis para a me-lhor performance dos pro-fissionais e conforto dos pa-cientes”, explica a arquiteta.Em se tratando de bem-

-estar dos usuários, um dos principais pilares do projeto, diversas ferramentas serão aplicadas para levar huma-nização a todo o ambiente. No térreo, por exemplo, foi projetado com pé direi-

to duplo, fechamento da fachada frontal em vidro transparente e um sinuoso jardim interno iluminado por uma cobertura envidra-çada, com ventilação zenital no topo do edifício. “Todo esse espaço está integrado ao espaço kids (brinquedo-teca), a confortáveis lounges e à área do café. Trata-se de ambientes decorados com o objetivo de trazer confor-to”, esclarece Falceta Caval-canti. Planeja-se trazer para o

local um paisagismo har-mônico com a leveza da

edificação e orgânico em suas formas por meio de es-pelhos d’água, fonte e áreas verdes. A beleza não está apenas no interior do hos-pital. A marcante arquitetura traz uma fachada em pele de vidro auto-portante, con-ferindo ainda mais o estilo contemporâneo ao comple-xo. “Esta obra terá um gran-de impacto e proporcionará uma valorização de toda a região, incentivando o inte-resse para a ocupação co-mercial e, consequente, para a valorização imobiliária”, co-menta a arquiteta.

“Esta obra terá um grande impacto e proporcionará uma valorização de toda a região, incentivando o inte-resse para a ocupação comercial e, consequente, para a valorização imobiliária”

arquiteta Daniela Falceta Cavalcanti

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Progresso e modernidade aos moldes arquitetônicos

Outra expansão do Hos-pital São Cristóvão dedi-ca-se ao Centro Ambu-latorial e de Diagnóstico Américo Ventura II, cujo término das obras está previsto para fevereiro de 2013. São dois pavimentos (térreo e 1º andar) frutos de minuciosos estudos elaborados pelo escritório Verzino Arquitetura. A princípio, foram feitas

inúmeras reuniões com equipes técnicas, enfer-magem, hotelaria, área ad-ministrativa, presidência, setor de projetos e obras, manutenção e médicos, enfim, todos expondo as necessidades do local e quais seriam as especiali-

dades. “A partir daí foram realizadas visitas ao local, onde existia uma casa an-tiga térrea com área de aproximadamente de 350 m². Após a realização de estudos, juntamente à presidência do hospital, chegamos ao projeto final direcionado para constru-ção de dois pavimentos com área total de 700 m²”, explica a arquiteta Cibeli Bagnato. O projeto desenha pers-

pectivas visando futuras mudanças que por ventu-ra possam ser feitas. “Tudo foi elaborado na possibi-lidade de ampliação para mais um andar, sendo toda a estrutura preparada para

isso. Os consultórios, por exemplo, foram definidos para cardiologia, dermato-logia e pediatria. Entretan-to, esses locais poderão atender outras especiali-dades.”Todo este planejamento

também prioriza diversas soluções sustentáveis. Se-gundo a arquiteta, várias medidas serão aplicadas como o piso intertravado em toda a área externa para reduzir a absorção de água, mobiliário de ma-deira reflorestada, dentre outros. “Também utiliza-remos economizadores de energia nos consultó-rios através de um leitor. Será colocado o cartão do

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médico ao entrar na sala, quando há a retirada do mesmo automaticamente o ar e toda energia do lo-cal é desligada.”A iluminação também

guiou-se pela preocupa-ção com o meio ambiente. Além de atender as nor-mas técnicas, foram esco-lhidos materiais de última geração, como luminárias com tablets em LED, pois tais equipamentos pos-suem uma vida útil muito maior. Quanto à humanização,

a Verzino Arquitetura uti-lizou o paisagismo como

ferramenta para o bem--estar e conforto dos usu-ários. “Utilizaremos o cha-fariz que foi uma exigência do hospital como conexão à identidade do edifício do Hospital e Maternida-de São Cristóvão”, explica Bagnato. A arquiteta co-menta ainda que será de-dicado um espaço para a construção de um jardim com plantas resistentes e de pouca manutenção.Outro aspecto para in-

tensificar o bem-estar é a utilização de tons claros e coloridos, com detalhes decorativos para deixar

o ambiente ainda mais aconchegante. Na ala da brinquedoteca, por exem-plo, a aposta são desenhos com temática de fundo do mar, com brinquedos edu-cativos e interativos. Os consultórios da ala infan-til serão decorados com painéis de personagens e detalhes de iluminação colorida. Para a arquiteta, a pro-

posta do Centro Ambu-latorial e de Diagnóstico Américo Ventura II inova em vários aspectos, prin-cipalmente na elaboração da fachada que contempla

detalhes diferenciados e de difícil execução. “Com-pondo com o tema fun-do do mar, criamos uma fachada em pele de vidro com tons de azul e deta-lhes orgânicos inspirado em algas marinhas, des-tacados por iluminação em LED. O uso desta cor remete ao tema propos-to e também à identidade do hospital. Estruturamos toda esta pele de vidro com elementos metálicos modernos. A opção por utilizar a estrutura “Spider” compôs a leveza e moder-nidade da proposta.”

“Tudo foi elaborado na possibilidade de ampliação para mais um andar, sendo toda a estrutura preparada para isso. Os consultórios, por exemplo, foram definidos para cardiologia, dermatologia e pediatria. Entretanto, esses locais poderão atender outras especialidades.”

arquiteta Cibeli Bagnato

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A edificação do Centro

Depois de muita concor-rência com diversas em-presas, avaliações quanto a questões como valores e qualidade na prestação de serviço, a L. Tavares Cons-trutora foi escolhida para atuar nas obras do Centro Ambulatorial e de Diag-nóstico Américo Ventura II do Hospital São Cristóvão. O importante trabalho

desenvolvido começou desde a demolição até o acabamento final. Em to-das essas etapas priorizou--se o uso de mão-de-obra qualificada a fim de obter como resultado final o prestígio da concretização

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de um moderno Centro. Normas técnicas como

NBR 9050 e regras da Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (ANVISA) estão presentes desde os primeiros pilares da in-fraestrutura. De acordo com Leandro Tavares da Silva, diretor da empresa, o maior obstáculo desta complexa construção refe-re-se ao prazo. “Iniciamos uma obra de 300 m² e es-tamos finalizando a obra com 700 m² de área cons-truída, tudo isso sem gran-des acréscimos no prazo, porém é um desafio que realizamos com grande or-

gulho”, ressalta.De acordo com o hospi-

tal, o centro terá capaci-dade para atender até 15 mil beneficiários por mês, ampliando o número de pacientes mensais e redu-zindo o tempo de espera no agendamento.A nova edificação terá

dois pavimentos com 13 consultórios voltados para três especialidades como cardiologia, dermatologia e pediatria, além de brin-quedoteca, sala de vaci-nação, sala de inalação pediátrica e ampla sala de espera integrada com a área externa. O espaço

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contará ainda com esta-cionamento para 24 vagas proporcionando maior co-modidade aos beneficiá-rios.Vencendo o tempo sem

se esquecer das medidas de sustentabilidade, a L. Tavares Construtora re-correu a soluções como a captação da água da chu-va para o reuso. Vale res-saltar que este elemento da natureza foi muito uti-lizado pelo projeto como ferramenta de decoração e humanização para os usu-ários. “O projeto explora o

potencial da água em em-belezar o ambiente, bem como o poder que ela tem de acalmar as pessoas.”Quanto aos principais

aspectos da obra, o enge-nheiro ressalta a ilumina-ção toda em LED a fim de proporcionar maior econo-mia nos recursos energéti-cos. Também em relação aos pontos inovadores, o engenheiro destaca a tec-nologia de ponta utilizada pelo centro de saúde. “O que consideramos inova-dor é o fato do hospital São Cristóvão abrir um

novo e amplo centro de atendimento ambulato-rial, com equipamentos modernos, medidas de sustentabilidade e foco no cliente final.”“O diferencial da L. Tava-

res é o comprometimento e agilidade ao aceitar um projeto, seja ele de pe-queno, médio ou grande porte. O mais importante é ter uma obra rentável, com o prazo combinado e profissionais altamente qualificados para atender nossos clientes”, finaliza o engenheiro.

“O que consideramos inovador é o fato do hospital São Cristóvão abrir um novo e amplo centro de atendimento ambulatorial, com equipamentos modernos, medidas de sustentabilidade e foco no cliente final” Leandro Tavares da Silva, diretor da L.Tavares Construtora

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Instituto de Ensino e Pesquisa Maria Patrocínia Pereira Ventura - Dona Cica

Previsto para maio de 2013, o Instituto de Ensino e Pesquisa Maria Patrocí-nia Pereira Ventura - Dona Cica foi criado com fins de fomentar e promover ações de educação, ensi-no e pesquisa do Hospital São Cristóvão. O projeto contempla a integração do CEMOB (Centro de Estudo e Pesquisa Moacir Boscar-din), atualmente localizado no piso térreo do Hospital e Maternidade São Cristó-vão.Assinada pela Verzino Ar-

quitetura, a proposta traz um projeto diferenciado por meio de materiais e tecnologia de última gera-

ção. “Todas as salas de aula se comunicam por meio de divisórias retrateis para au-mentar ou diminuir os es-paços conforme a neces-sidade”, conforme explica Bagnato. O primeiro passo foi re-

conhecer o imóvel, uma vez que ele existia com outras funções. A inten-ção era aumentar esse lo-cal em dobro. Portanto, foi necessário contratar uma equipe de engenharia para que, junto com a equi-pe de obras, descobrisse onde estavam os pilares e vigas. “Foi uma exploração no prédio todo, até conse-guir entender a estrutura.

A partir disso foram feitos os projetos de estrutura armada, onde está sendo unificada com uma cons-trução metálica até a co-bertura.”Por estar localizado em

um terreno bastante incli-nado houve a necessidade de realizar adequações en-tre o prédio existente e o novo devido aos níveis de cada pavimento. Foi preci-so abaixar um metro o ní-vel do subsolo para a nova instalação. Os esboços traçaram ca-

minhos objetivando eco-nomia, sem deixar de le-var beleza ao ambiente. A iluminação, por exemplo,

Estudo de fachada do Instituto de Ensino e Pesquisa Maria Patrocínia Pereira Ventura - Dona Cica

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será feita com lâmpadas de LED. Haverá, também, detalhes decorativos com ilhas acústicas nas salas e saguão, intercaladas com spots de iluminação, tudo isso controlado por siste-ma de automatização. Para o conforto dos usuá-

rios foram recorridas diver-sas soluções como utilizar um mobiliário confortável e sofisticado desenhado pela Verzino Arquitetura, dar preferência à proje-ção de ambientes claros, aproveitando ao máximo a luz natural, dentre outros. “Detalhes de acabamento e revestimento como piso com paginação diferencia-da, o forro com detalhes

de rebaixo, sancas para iluminação indireta e focos de luz pontuais dão todo o charme à unidade”, com-pleta a arquiteta. A nova infraestrutura traz

como inovação a automa-tização de toda a ilumi-nação, som, imagem e ar condicionado. Para isso, tecnologia de ponta abas-tecerá todo o prédio por meio de telas interativas que se interagem entre to-das as salas, saguão prin-cipal e centro cirúrgico do hospital, quando houver necessidade. Trata-se de salas multifuncionais, sis-tema de vídeo wall, design moderno sempre atenden-do à acessibilidade.

Estudo de fachada do Instituto de Ensino e Pesquisa Maria Patrocínia Pereira Ventura - Dona Cica

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O fundo do mar e sua beleza

Além de modernidade, a decoração do Centro também é outro diferen-cial da construção. Em se tratando do setor da ala pediátrica, os corredores, a brinquedoteca e até mesmo os consultórios convidam os pequenos pacientes a mergulhar em um mundo a parte. Isso porque a ousada

aposta dedica-se em co-lorir o ambiente inspiran-do-se no tema fundo do mar. Este trabalho contou com a dedicação da equi-pe da Espaço Arte, encar-regada de trazer criativi-dade para o local.

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De acordo com o hos-pital, o tema da decora-ção foi explorado em seu todo através de cores, mobiliário, forro e ilumi-nação. Conforme explica Alexandre Buslik Manara, diretor da empresa, fo-ram utilizados diversos materiais, desde madeira, impressão digital em alta definição, fórmica texturi-zada, espumados, corvim, dentre outros.A principal diretriz do

projeto direciona para a humanização do hospi-tal. “Visamos transportar o pequeno paciente para um mundo a parte, onde

ele não se sinta dentro de um hospital, fugindo da maioria dos centros de saúde que oferece um ambiente comum, con-fortável e decorado sin-gelamente”, explica o di-retor.A cenografia infan-

til proposta pela Espaço Arte objetiva caracterizar o ambiente de forma lú-dica e alegre, pois, assim, diminui-se a tensão que, normalmente, esse local traz. Com isso, Manara acredita que a decoração possa interferir positiva-mente no tratamento. “O usuário poderá interagir

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com as brincadeiras e cenários que a proposta oferece e, desta forma, ter maior entrosamento com seu pediatra, já que o ambiente lúdico o deixa mais confiante, seguro e à vontade.” Muito além de produ-

tos, a atuação da em-presa na brinquedoteca preocupou-se em levar conceitos e soluções para concretizar o sucesso da proposta, ou seja, conju-gar criatividade, beleza e humanização para a uni-

dade. Acerca do trabalho rea-

lizado, o diretor da em-presa lembra que não há terceirização dos serviços em nenhuma etapa do projeto. ”São designers, marceneiros, escultores, adesivadores, serralhei-ros, engenheiro, dentre outros profissionais, mo-vidos por nosso combus-tível inesgotável: a criati-vidade. Tudo isso somado a um grande e principal diferencial que é a segu-rança.”

“Visamos transportar o pequeno paciente para um mundo onde ele não se sinta dentro de um hospital”

Alexandre Buslik Manara, diretor da empresa

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CAPAFICHA TÉCNICA

Hospital Maternidade São CristóvãoELEVADOR DE SERVIÇOArquitetos responsáveis: Daniela Falceta CavalcantiEngenheiros responsáveis: Divo Montagnana, Wagner MontagnanaConstrutora: DK9 ArquiteturaCoordenação da obra: Engenharia Hospitalar do São Cristóvão Saúde e DK9 Arquiteturagerenciamento de licitação: Engenharia Hospitalar do São Cristóvão SaúdeAprovação: CEO do Grupo São Cristóvão Saúde- Engº Valdir Pereira Ventura

CENTRO AMBULATORIAL E DE DIAgNóSTICO AMÉRICO VENTURA II (CAAV II)Arquitetos responsáveis: Cibeli Bagnato.Engenheiros responsáveis: Tibério Hidalgo, Joaquim Pereira e William RibeiroConstrutora: L. Tavares Construtora. Interiores/ Paisagismo: Verzino Arquitetura.Colaboradores:Paisagismo: Marisa FloresAr condicionado: EcothermSondagem: EngsondaMarmores e granitos: Guarani MarmoresCenografia infantil: Espaço ArteForros e divisórias: Vetor Pisos e DivisóriasMobiliários: LafaieteDivisória: MarcetexIluminação: LarongCorian: Studio Vitty3form: Hunter DouglasCoordenação da obra: Engenharia Hospitalar do São Cristóvão Saúde e Verzino Arquiteturagerenciamento de licitação: Engenharia Hospitalar do São Cristóvão SaúdeAprovação: CEO do Grupo São Cristóvão Saúde- Engº Valdir Pereira Ventura

IEP- INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA MARIA PATROCÍNIA PEREIRA VENTURA- DONA CICA Arquitetos responsáveis: Cibeli BagnatoEngenheiros responsáveis: William Ribeiro, Tibério Hidalgo, Joaquim Pereira, Divo Montagnana e Wagner MontagnanaConstrutora: Equipe de Projetos e Obras do São Cristóvão SaúdeInteriores/ Paisagismo: Verzino ArquiteturaColaboradores: Em fase de cotaçãoCoordenação da obra: Engenharia Hospital do São Cristóvão Saúde e Verzino Arquitetura gerenciamento de licitação: Engenharia Hospital do São Cristóvão SaúdeAprovação: CEO do Grupo São Cristóvão Saúde- Engº Valdir Pereira Ventura

PROJETO - NOVO COMPLEXO HOSPITALAR SÃO CRISTóVÃO- UNIDADE ÁgUA RASA Arquiteto responsável: Daniela Falceta CavalcantiEngenheiro responsável: Wagner MontagnanaConstrutora: Dk9 ArquiteturaInteriores: Karla di Schiavi Paisagismo: Dk9 ArquiteturaComunicação visual: Ponto 10 RMC ComunicaçãoColaboradores: Divo Montagnana, arq. Karla di Schiavi, arq. vinicius Delgado e arq. Rodrigo NunesCoordenação de obra e gerenciamento da obra: Wagner Montagnana e Daniela Falceta Cavalcantigerenciamento de licitação: Divo MontagnanaAprovação: CEO do Grupo São Cristóvão Saúde- Engº Valdir Pereira Ventura

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Novo conceito de hospital Dia

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Com aproximada-mente 2.000 m² distribuídos em

quatro edifícios interliga-dos, foi inaugurado nes-te ano em Ribeirão Preto (SP), o Hospital RDOVI-VER.O grande desafio do

projeto desenvolvido pelo escritório Joel Pe-reira Arte Arquitetura foi a transformação de uma casa em um complexo hospitalar, preservando as áreas verdes existen-tes e integrando-as aos novos edifícios. Fora a especificidade do pro-grama do Hospital Dia, foram agregados os ser-viços de diagnóstico por imagem, centro de infu-são oncológico, labora-tório de análises clínicas e fisioterapia (reabilita-ção com uso de pilates).Para o desenvolvimento

do projeto e execução da obra foram necessários dois anos e meio de tra-balho.O projeto de arquitetu-

ra, pensando na susten-tabilidade e eficiência energética, trouxe a luz

Novo conceito de hospital Dia

Hospital RDOVIVER é inaugurado no interior de SP, com projeto inovador e infraestrutura de ponta que aposta na humanização dos ambientes

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do dia para os ambien-tes, garantindo a integra-ção com as áreas verdes - sensações que minimi-zam o estresse dos usu-ários. O bem-estar, con-forto e acolhimento foram palavras chaves. O centro cirúrgico conta

com três salas, seis leitos de recuperação e infraes-trutura invejável, eficien-te sistema de filtragem absoluta do ar e central de material esterilizado com equipamentos de alta tecnologia.A área do Café, um es-

paço super charmoso com terraço, e vista para belo jardim, sombreado por uma generosa árvo-re Pau-Ferro. Esse local é mágico, para não dizer “poético”. Assim se configuram as

áreas de recepção, estar e de permanência pro-longada do paciente, a exemplo da sala de apli-cação de quimioterápico, abertas para o exterior e emoldurados por gran-des painéis. “Exploramos o uso das cores, formas e texturas”, afirma Joel Pe-reira.O grande painel de cha-

pa de aço oxidado da fa-chada, enquadra a paisa-gem: cartão de visita do Hospital RDOVIVER.

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É fato que materializar um projeto arquitetônico exige muito esforço e de-terminação de engenhei-ros e equipes. Quando a proposta envolve um centro de saúde, o tra-balho necessita de um amplo empenho para a garantia de excelência da edificação. Foram com

O SEgREDO DA ADEQUAÇÃO

essas características que a construtora respon-sável pela execução das obras do Hospital RDO VIVER, a Pontes & Pon-tes, concretizou este em-preendimento. No decorrer da obra a

equipe técnica da em-presa, esteve lado a lado com os gestores da ins-

tituição e dos profissio-nais que desenvolveram os projetos de arquitetu-ra, elétrica, hidráulica, ar condicionado e outros. A meta da construtora foi transformar em realidade o plano elaborado pelos projetistas envolvidos.Na análise do engenhei-

ro civil Ricardo Seixas

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Pontes, um dos maiores desafios deste novo em-preendimento foi adap-tar uma residência em um centro de saúde de altíssimo padrão. “Para criar um hospital deste modelo, foi preciso alte-rar os ambientes existen-tes, a exemplo da remo-ção de alguns elementos estruturais”, ressalta.Pontes relembra que

para a execução deste projeto a empresa rece-beu acompanhamento do engenheiro Alexandre Henriques, responsável pelo projeto estrutu-

ral, para avaliar o local e conferir quais elementos poderiam ser removidos e os devidos reforços que eram necessários. “Dependemos muito de estudos e projetos para fazer qualquer interven-ção. Um detalhe tirado do espaço exato, pode alterar toda a proposta arquitetônica.”Ainda nesta parte es-

trutural, destaca-se no hospital o centro de in-fusão, que foi planejado de modo a oferecer o máximo de aconchego, através do contato com

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um jardim vertical. Antes neste espaço, existia uma piscina que foi removida e aterrada para viabilizar a construção deste novo ambiente. “Esta é a úni-ca construção totalmente nova de toda essa edifi-cação. Os outros ambien-tes foram todos remode-lados”, completa.Segundo os gestores

Mario Rovery, médico ginecologista e diretor do Viver Hospital Dia de Ribeirão Preto, e Ricar-do Manoel de Oliveira, médico imunologista e diretor do RDO Diagnós-

Foto: Cassia Batarra

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ticos Médicos, o proje-to foi milimetricamente planejado para atender todas as áreas da saúde e suas necessidades e garantir funcionalidade, segurança e atendimento em menor tempo e má-xima qualidade. “Priori-zamos o caráter susten-tável da construção, para que nosso paciente es-teja próximo à natureza em diferentes ambientes, afinal, esse contato ajuda muito nos tratamentos”, comenta Rovery. Pontes avalia como po-

sitiva a participação dos

gestores durante o pe-ríodo de execução das obras. “Isso foi muito im-portante, porque conse-guimos edificar a expec-tativa de nosso cliente”, declara.

INSTALAÇÕESBastante complexas, to-

das as instalações exis-tentes tiveram que ser descartadas e novos pro-jetos elétricos, hidráuli-cos e de ar condicionado foram elaborados por profissionais de grande referência na cidade de Ribeirão Preto e região.

Ficando a execução das mesmas a cargo da Pon-tes & Pontes e seus cola-boradores.“Foram projetos minu-

ciosos que seguiram as mais rígidas normas vi-gentes, prevendo a ins-talação de equipamentos de última geração.’’ Ele conta também que para garantir o conforto tér-mico dos ambientes, foi implantado um sistema complexo de climatiza-ção, tanto para a área do centro cirúrgico como para os demais ambien-tes.

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FICHA TÉCNICA

HOSPITAL RDOVIVERArquitetura: Joel Pereira Arte ArquiteturaÁrea: aprox. 2.000m²Ano: 2012Localização: Ribeirão Preto – SPExecução da obra: Pontes e Pontes Construções LTDACoordenação da obra: Engenheiro Rodolfo Rocha AugustoProjeto Estrutural: Engenheiro Alexandre HenriquesHidráulica: Dimensional ProjetosElétrica: Cadlif Engenharia ElétricaAr Condicionado: Engelux Engenharia & ProjetosPaisagismo: Arquiteta Fernanda Mansur

DESTAQUE NO INTERIOR DE SP Experiente em diversos segmentos da construção civil, alguns cases de

sucesso como esse consolidam a Pontes & Pontes como referência no interior de São Paulo, também em obras na área da saúde como clínicas, hospitais, e laboratórios de Ribeirão Preto (SP). Entre os destaques estão a recepção e a UTI Pediátrica do Sinhá Junqueira – Hospital Materno Infantil, as recepções do Hospital São Paulo e Santa Casa de Misericór-dia local, a Emergência do Hospital São Francisco e o Instituto de Olhos Reinaldo Rezende.

“Muita gente não acreditava nesta ideia de trans-formar uma residência em um hospital. No en-tanto, com muito esforço toda essa proposta foi possível ser concretizada”, afirma engenheiro civil Ricardo Seixas Pontes.

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FUNCIONALIDADE

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A estratégia fundamentalComo a comunicação visual pode se tornar uma importante ferramenta para divulgar a imagem de um centro de saúde.

Impossível imaginar um hospital sem placas de sinalização que in-

diquem onde as pessoas devem ir, quais recintos são exclusivos para funcio-nários ou mesmo a locali-zação de salas de exames, de consultas, dentre tantos outros serviços. Para isso, regras e normas devem ser cumpridas a fim de pro-porcionar uma perfeita er-gonomia visual, tanto para os pacientes, quanto para

os trabalhadores do local.Investir em uma comuni-

cação visual eficaz é fator condicional para obter um pleno funcionamento de um centro de saúde, isso porque neste ambiente circulam pessoas de várias idades, diversos graus de instrução e de limitação, afora o estado de descon-forto físico e emocional. Apostar em sinalização não é apenas estratégico, e sim fundamental.

“As instituições de saúde vêem a importância de ter uma comunicação voltada para as necessidades dos seus diferentes usuários. Isso reflete na crescente preocupação destas ins-tituições em desenvolver um sistema de sinalização autoexplicativo e eficien-te.” Assim ressaltam Deo-dato de Mello Freire Jr, só-cio-diretor da DuoDesign Comunicação Visual, e Yuji Kawasaki, sócio-diretor

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FUNCIONALIDADE

da Estúdio 196 Branding e Design. Ambos profis-sionais consideram que a comunicação visual vem avançando nos últimos anos, entretanto, ainda é necessária uma maior dis-seminação desta cultura de projeto na área de saú-de. As empresas carregam em

seus portfólios os projetos de comunicação visual do Hospital Santa Catarina, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, do

Hospital Geral Vila Nova Cachoeirinha, dentre ou-tros. Mas, os diretores destacam o trabalho re-alizado no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP, por se tra-tar de um hospital público, frequentado por todas as classes sociais. “Atender a este complexo programa de forma adequada foi um desafio recompensador para nós.”O projeto de comunica-

ção visual em hospitais e

clínicas é um extenso tra-balho que possui etapas imprescindíveis para a sua execução. Primeiramente, diagnosticam-se as neces-sidades operacionais e de deslocamento, levando em conta o perfil dos usuários e a arquitetura do local. De-pois disso, elabora-se um fluxograma de circulação de toda a área de interven-ção, definindo conceitos e diretrizes que balizarão o projeto visual. “Após ajus-tes e complementos, ini-

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ciamos o detalhamento e as especificações técnicas para execução do projeto. Aqui a experiência faz dife-rença, o conhecimento dos processos produtivos e da viabilidade construtiva é fundamental para possibi-litar uma correta implan-tação do projeto”, comen-tam.Além da própria comple-

xidade do projeto, é ne-cessário que o profissional seja multidisciplinar, com pleno entendimento da legislação vigente e dos

processos produtivos. Se-gundo Freire Jr e Kawasaki, “a demanda por escritórios e profissionais com boa formação cresce, contri-buindo para o setor de design gráfico e comuni-cação como um todo”. Ain-da de acordo com os pro-jetistas, não basta um bom conceito de comunicação visual se neste houver in-viabilidade construtiva ou incompatibilidade com as normas. Os diretores acreditam

que a procura por proje-

tos bem desenvolvidos tem aumentado constan-temente. Para eles, isso se justifica pela “crescente percepção dos gestores de que a comunicação vi-sual pode valorizar signi-ficativamente seu empre-endimento e contribuir diretamente para o funcio-namento mais eficiente do hospital ou clínica”. Vale ressaltar que para

conquistar a acreditação hospitalar o local precisa obedecer a uma série de exigências quanto à sina-

Deodato de Mello Freire Jr., sócio-diretor da DuoDesign e Yuji Kawasaki, sócio-diretor da Estúdio 196

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lização. Como também é o caso do selo LEED - Le-adership in Energy and Environmental Design, o qual avalia a consonân-cia de diversos elementos que compõe a arquitetura com questões de susten-tabilidade. “Se o projeto for alinhado aos valores de sua marca, a instituição tem uma forte ferramenta para divulgá-los e reforçá--los. Caso contrário, uma

concepção que negligen-cie este ponto poderá de-por contra sua imagem.” Uma sinalização estraté-

gica auxilia a circulação e informação das pessoas que ali estão, facilitando o trabalho de todos ao re-duzir as interações desne-cessárias com os funcio-nários para obter dados de localização. Além de organizar, os profissionais ressaltam que a lingua-

gem visual também cola-bora para a valorização da arquitetura. “Se a comuni-cação visual for projetada em consonância com os conceitos arquitetônicos, os efeitos destes serão potencializados. No caso específico de instalações da área de saúde, a cons-tituição de um ambiente humanizado pode ser um dos principais ganhos”, explicam.

“SE O PROJETO FOR ALINHADO AOS VALORES DE SUA MARCA, A INSTITUIÇÃO TEM UMA FORTE FERRAMENTA PARA DIVULGÁ-LOS E REFORÇÁ-LOS. CASO CONTRÁRIO, UMA CONCEPÇÃO QUE NEGLIGENCIE ESTE PONTO PODERÁ DEPOR CONTRA SUA IMAGEM”.

FUNCIONALIDADE

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ENGENHARIA

Tudo pela comodidadeObras do Hospital Guaporé aplicam ações sustentáveis ao criar área de vegetação, instalação de placas coletoras de energia solar e iluminação LED

Um dos princípios básicos de reno-mados projetos de

obras é a aliança entre a sustentabilidade e a co-modidade. Essa proposta está presente no Hospi-tal de Guaporé, no Rio Grande do Sul, que pos-sui leitos automatizados e equipamentos eletrôni-cos. Além disso, a unidade

conta com vidros transpa-rentes, cores pastéis e re-vestimentos melamínicos amadeirados que confe-rem todo o conforto aos ambientes.Para proporcionar traços

humanizados à obra, o projeto prevê a aplicação de adesivos com pensa-mentos de escritores re-gionais e fotos de pontos

turísticos da cidade nos quartos. Também foi cria-da uma aconchegante sala de estar para pacientes e familiares. Já a segunda etapa do projeto (que está em execução), prevê área com deck e vegetação para contemplação.Uma questão interessan-

te do projeto é a localiza-ção geográfica do hospi-

tal, que está posicionado longe dos grandes cen-tros urbanos, no entanto, em uma região carente de serviços de saúde e com grande fluxo de pessoas. Com a reforma, a tendên-cia é impulsionar o cres-cimento do número de atendimentos, de forma que a instituição fique cada vez mais reconheci-

Leito de Internação - Hospital Guaporé

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da.O Hospital Manoel Fran-

cisco Guerreiro (Guaporé) é um caso típico de mui-tas instituições hospitala-res do Brasil. O local conta com uma edificação antiga e dimensionada para uma realidade ultrapassada em termos de espacialidade e funcionalidade. Houve também na instituição ao longo dos anos, alguns problemas estruturais em função de ampliações e reformas.Para o engenheiro Valdir

Fiorentin, entre os desa-fios da execução deste projeto estão os condi-cionantes técnicos que o prédio estabelecia. Por se tratar de uma obra exis-tente com estrutura auto--portante, foi preciso mui-ta cautela na remodelação dos ambientes. “Além dis-so, todas as alvenarias que foram construídas são em bloco de concreto celular, que é um material resis-tente, com bom desem-penho termo-acústico e, principalmente, bem mais leve que as convencio-nais”, explica.O profissional destaca

que todos os ambientes da Unidade de Interna-ção possuem iluminação através de SuperLEDs, o que proporciona uma economia significativa de energia. Também diz que foi desenvolvido um es-tudo que simulava a utili-

NOS ÚLTIMOS AJUSTESO engenheiro valdir Fiorentin afirma que a primeira etapa

da Unidade de Internação já está concluída e a segunda já está em fase de finalização. Existem alguns projetos que já estão aprovados e aguardam a liberação de recursos para a construção, que são os de urgência/emergência, diag-nóstico e áreas administrativas.A direção da A3 Arquitetura.Engenharia, escritório res-

ponsável pelo projeto, relata que reformular o hospital como um todo é algo desafiador e estimulante. O contato da empresa com a instituição começou na elaboração do Plano Diretor, em que foi adaptado um programa de ne-cessidades, visando a alteração do uso de muitos espaços que serão totalmente reestruturados com a preocupação do aproveitamento máximo das instalações existentes.

Leito de Internação - Hospital Guaporé Circulação- Unidade de Internação - Hospital Guaporé

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ENGENHARIA

zação dessa lâmpada, em que calculado o Pay-back, concluiu-se que todo o investimento inicial seria recuperado em pouquíssi-mo tempo. Ainda em relação às

medidas sustentáveis, destaca-se a instalação de placas coletoras de energia solar para aque-cimento da água dos chu-veiros. Segundo Fiorentin, elas funcionam como um subsistema que contribui

com o sistema principal de aquecimento, que é a gás. Ainda vale ressaltar que toda a cobertura do hospital foi substituída por telhas galvanizadas dupla do tipo sanduíche, com recheio em EPS. Essa telha melhora considera-velmente o desempenho térmico dos ambientes e reduz a demanda de ar condicionado.De acordo com a arquite-

ta Adriana Silva, a conclu-

são de cada etapa sempre se dá em função das prio-ridades da instituição, o que de certa forma, con-diciona o ritmo da exe-cução dos projetos. Ela detalha que, no decorrer da obra, surgem novos conceitos e adequações, referentes ao surgimen-to constante de novas tecnologias na área da saúde. “Nosso cronogra-ma de trabalho é pontual para cada unidade.”

Posto de Enfermagem -Unidade de Internação - Hospital Guaporé

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CONSTRUÇÃO

Identidade instantânea

Escolher o terreno ide-al, desenhar toda a estrutura e estudar

ferramentas que confe-rem uma identidade con-temporânea ao centro de

Clínica Quanta Diagnóstico e Terapia traz à população de Curitiba uma arquitetura ímpar com tecnologia de ponta

saúde. Assim foi a atuação da Sakaguti Arquitetos no projeto da Clínica Quanta Diagnóstico e Terapia, em Curitiba (PR). O primeiro passo foi es-

colher estrategicamente o lugar onde seriam ergui-dos os alicerces da mo-derna instalação de saúde. Elegeu-se, então, como novo endereço da clíni-

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ca, um terreno de esquina onde se localizavam duas casas que foram reforma-das em dois pavimentos e um subsolo para garagem. “Em Curitiba, a legislação é bem restritiva e por isso, a escolha do terreno é pre-cedida de consultas pré-vias e avaliações técnicas”, explica Adolfo Sakaguti, diretor da empresa.O projeto debruçou-se de

modo a conferir uma fa-chada ainda mais contem-porânea a fim de mostrar a sintonia da instituição com a tecnologia. “Utilizamos uma caixa de vidro trans-parente protegida por um sistema de brises. O for-mato ondulado foi adota-do para dar movimento e identidade à obra, saindo dos previsíveis elementos horizontais. A fixação das fitas de alumínio deu-se em posições pré-determi-nadas formando a ondu-lação.”Segundo Sakaguti, alme-

jou-se obter um hall de en-trada bem iluminado, com pé direito duplo e contro-le térmico. “A presença do brise externo permite ob-ter a luz sem o calor do sol. Outro detalhe é que a in-clinação adotada e a altura da primeira faixa permitem aos usuários uma visão de dentro para fora, sem a im-pressão de clausura”. Para Ademar Ferreira,

gerente administrativo da Quanta Diagnóstica e Te-rapia, o projeto da clínica traduz tecnologia e bem--estar. “O resultado é a união de uma arquitetura moderna aliada a sofistica-dos e complexos equipa-mentos, sem esquecer de oferecer o máximo de con-forto para pacientes e mé-dicos.” Por isso, flexibilida-de e expansibilidade estão presentes no layout atra-vés de salas que permitem algumas adaptações para futuras mudanças. Além disso, a planta também permite a mobilidade dos aparelhos que, neste caso, têm consideráveis dimen-sões.A beleza da clínica tam-

bém extravasa para o seu interior. A transparência da sala de espera aliada ao projeto paisagístico pro-porcionam um local acon-chegante aos usuários. Ademais, o uso de cores quentes juntamente com o uso de madeira intensifica ainda mais a humanização do centro de saúde. Ferrei-ra considera que o projeto arquitetônico “conseguiu criar uma identidade para o prédio, que acabou ten-do uma repercussão junto à comunidade médica lo-cal”.

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FICHA TÉCNICA

Clínica Quanta – Medicina Nuclear Alto da XVEndereço: Rua Professor Brandão, 118Data do Projeto: 2008Obra: Clínica de diagnóstico e terapiaÁrea do terreno: 1.275,16m²Área total construída: 1.389,23m²Nº pavimentos: 2Vagas estacionamentos: 25Pronto-atendimento: Serviços Diagnósticos: - Exames diagnósticos de cintilogra-fia, Internamento para iodoterapia no tratamento de câncer de tireoide,tomografia computadorizada, PEt-Ct e tratamento de dor ósseaNº consultórios: 2Adicional: salas de comando, sala de laudos, administração, tesoura-ria, sala de indução e recuperação anestésica, sala de doses, espera de injetados, salas de doses, laboratório de manipulação, expurgo, dml, anfiteatro, arquivo administrativo, secretaria, central de agendamen-to, gerência, sala de pesquisa, refeitório, conforto médico, posto de enfermagem, sala de utilidades, almoxarifado, quarto de recuperação, rouparia, copa, vestiários e banheiros.

Arquitetura: Adolfo Sakaguti Arquitetos AssociadosInteriores: Iara Beatriz de Araújo

Projetos:Ar-condicionado: Michelena Climatização Elétrico e hidráulico: Vectra Engenharia LtdaProjeto de fundações e contenções: Ensolo Estrutura de concreto: ProCalc Estruturas S/C Ltda.Impermeabilização: Saneplan Prevenção e Combate a Incêndio: Vectra Engenharia LtdaAssessoria Legal: Adolfo Sakaguti Arquitetos Associados

Obra:Construção: Sustentábil Fornecedores de Material e Serviço:Ar-condicionado: Good Serv Concreto: AMNM Divisórias e Portas: Sincol

Detalhes da Obra:Esquadrarias madeira: SincolEsquadrarias metálicas: ABA Esquadrias / SMD Estrutura metálica: Marquises e brises: Ghama.Instalações Hidráulicas e Elétricas: BuilderPaisagismo execução: PolyantaPorcelanato: IncepaRevestimento Fachada: Pastilhas Strufaldi

Fornecedores de Equipamentos:Louças e Metais sanitários: Deca

CONSTRUÇÃO

Adolfo Sakaguti, diretor da Sakaguti Arquitetos Associados

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Desde 2007, a Quanta Diagnóstica e Terapia possui acordo de cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica da ONU para desenvolver pesquisas. Con-forme explica João Vítola, cardiologista nuclear e diretor geral da clínica, a parceria visa o desenvolvimento e a expansão do uso pacífico da energia atômica. “A ONU está interessada em ajudar os países que necessitam adquirir conhecimento na área de Me-dicina Nuclear. A clínica é referencial na América Latina para protocolos de pesquisa”. A nova clínica é a segunda unidade da Quanta Diagnóstica e Terapia na cidade de

Curitiba. Para a nova instalação foram investidos cerca de R$ 4 milhões. Para Sakaguti, a elaboração do projeto conjugou os objetivos do cliente, técnica, burocracia e tudo sob o manto da estética, além de trazer conforto aos pacientes. “Muitas das vezes as instalações de equipamentos se resolvem por si mesmas, entretanto, se nos concen-trarmos mais no atendimento e na criação de ambientes acolhedores, teremos resul-tados terapêuticos mais eficazes.”

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Health

CONSTRUÇÃO

Ano novo, hospital novoHospital Infantil de Vitória (ES) será completamente reformado, propondo a perfeita conciliação entre infraestrutura e meio ambiente

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Já no primeiro se-mestre de 2013 será dado os primeiros

passos para a constru-ção do Hospital Infan-til de Vitória (ES). Toda a antiga infraestrutura será totalmente demoli-da dando espaço para o novo centro de saúde de alta complexidade, com a

promessa de trazer à po-pulação os melhores ser-viços em uma moderna instalação. O projeto executivo leva

o nome do escritório FG Arquitetura, incluindo a elaboração junto à di-reção do Hospital e da Secretaria de Estado da Saúde do programa bá-

sico a ser seguido. O grupo se especializou no seguimento da saúde em 1998 e, desde então, carrega em seu portfólio atuações no Hospital da Unimed Vitória (CIAS), na criação do Hospital da Unimed Noroeste Capi-xaba e o Plano Diretor da Unimed Sul Capixaba.

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Health

CONSTRUÇÃOJá a concepção do Hos-

pital Infantil de Vitória semeou suas primeiras ideias desde 2005 peran-te a necessidade de re-formar o local. Entretan-to, foi apenas em março de 2010 a elaboração do programa e da definição dos terrenos, sendo con-cluído em dezembro de 2011. “O novo centro de saúde se tornará um dos mais modernos do país. A unidade terá 180 leitos, sendo 70 intensivos, e

será uma das mais com-pletas e humanizadas do país”, afirma José Tadeu Marino, secretário de es-tado da saúde do estado do Espírito Santo.Em um local com mais

de 15.545,57 m² será er-guida uma estrutura divi-dida em três blocos, nove pavimentos e 26.828,95 m² de área construída. Primeiro, serão erguidos os conjuntos 2 e 3 e só depois será construído a torre 1, ou seja, o hospital

existente funcionará du-rante um período da re-forma. “Pela importância do trabalho desse hos-pital é inviável sua para-lisação e a transferência temporária de seus seto-res durante a obra para outras instituições do Es-tado”, explica a arquiteta Fabíola Maia Girelli. Trata-se de uma obra de

alta complexidade devi-do a diversos fatores. A começar pela sua locali-zação, em uma área ur-

Brinquedoteca

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bana consolidada onde precisará ser feito um desmonte de muitas ro-chas. Por isso, o acesso a algumas ruas será in-terceptado, reajustando o tráfego do local. “Por se tratar de um conjun-to de três terrenos, com acessos distintos para três ruas e uma topo-grafia acidentada, com afloramentos rochosos e grandes desníveis, foram realizados intensos estu-

dos sobre o melhor fluxo para o local”, explica Gi-relli. Toda essa equação ma-

temática almeja um úni-co resultado: o confor-to. “Além de criar uma unidade hospitalar am-pla, condizente com as demandas e anseios do hospital, planejamos um edifício rico em luz e cor, desde sua fachada com brises coloridos, até o seu interior. O bem-estar

do usuário, seja ele pa-ciente, funcionário ou médico, foi considerado primordial. O centro de saúde foi planejado para acolher.”A humanização, con-

forme explica a arqui-teta, foi uma premissa perceptível em todos os detalhes do projeto. A iluminação natural, por exemplo, foi explorada voltando as empenas dos consultórios, enfermarias

Enfermaria

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e boxes de UTI, preferen-cialmente, para o sol da manhã. Além disso, todas as unidades de interna-ção, fisioterapia e am-bulatório de especiali-dades possuem acesso a uma varanda direcionada também para a nascente do sol. Outro detalhe é a transformação de uma antiga rua cedida pela prefeitura em jardim. O projeto também traz

soluções a fim de otimi-

zar o fluxo de pessoas. É o caso da passarela que, além de interligar os blo-cos, favorecerá a entrada de luminosidade. Já as enfermarias terão janelas de correr, com vidro es-pelhado. Outra fonte que favorecerá a entrada de luz natural será a facha-da do bloco 1, com nove andares, que ganhará pele de vidro structural glazing, produzida com vidros laminados de oito

“Houve uma grande preocupação em respeitar ao máximo a topografia existente, como também otimizar o uso de luz e ventilação naturais, que foram cuidadosamente estudadas, resultando na adequação do edifício ao meio ambiente...” - arquiteta Fabíola Maia Girelli

milímetros, colados com silicone estrutural em perfis de alumínio.Segundo Girelli, “houve

uma grande preocupação em respeitar ao máximo a topografia existente, como também otimizar o uso de luz e ventilação naturais, que foram cui-dadosamente estudadas, resultando na adequa-ção do edifício ao meio ambiente, com eficiência energética e condições

CONSTRUÇÃO

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adequadas de iluminação e sombreamento”. Ainda visando aliar humaniza-ção à sustentabilidade, será utilizado um sistema de coletor solar e apro-veitamento de águas das chuvas.Em se tratando de um

hospital infantil, os esbo-ços do projeto não pode-riam deixar de desenhar espaços especiais para as crianças. “Tudo o que se refere ao universo da criança nos sensibiliza e nos permite trabalhar com o lúdico”, ressalta a arquiteta. Assim, brin-

quedotecas serão cria-das em todos os setores do centro de saúde (am-bulatórios, emergência, diagnóstico, internações, CTQ, fisioterapia, etc). “O novo hospital man-

terá o seu perfil de refe-rência estadual em alta complexidade nas áreas de Oncologia, Traumato-logia e Ortopedia pedi-átrica, Queimados, Neu-rocirurgia, Osteogênese Imperfeita, Infectologia e Aids pediátrica, Asma Grave e Fibrose Cística e Doenças Metabólicas”, ressalta Marino.

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CONSTRUÇÃO

Dentre tantos projetos do Hospital Infantil de Vitória, a BK Engenharia debruçou--se sobre diversos setores como o elétrico, o de sis-temas de dados e voz, de chamada de enfermagem e sonorização, de seguran-ça, de drenagem pluvial, o hidrossanitário e a preven-ção e combate a incêndio, dentre outros. Com ampla atuação, todos os estudos se direcionam em oferecer aos usuários o melhor re-sultado, trabalhando com as mais adequadas solu-ções.Conforme salienta Elio

Monteiro Berlinck, diretor da empresa, todos os es-paços são criados holis-ticamente, considerando

todas as particularidades que uma unidade de saúde possui. “Estamos presentes desde o início do processo, participando do projeto es-tratégico do hospital. Desta forma conseguimos encon-trar inteligentes alternativas para a funcionalidade, sem se esquecer da otimização dos recursos para a cons-trução da obra e dos custos operacionais.”Partindo dessa premissa o

empreendimento torna-se viável em todas as etapas, tanto da fase da constru-ção, como na operação. Para este resultado final fo-ram necessárias inúmeras reuniões que possibilitaram ajustar o projeto com as características modernas,

presentes na identidade do hospital. “Todo o tra-balho somado consumiu um tempo de aproximada-mente nove meses”, conclui Berlinck.Um dos pilares do pro-

jeto apoiou-se em adotar medidas sustentáveis para a obra. Para isso, a BK En-genharia utilizou-se de soluções como o reuso de água das chuvas e drenos, aquecimento solar, utiliza-ção de luminárias de LED devido ao baixo consumo de energia, controles do sistema de ar condicionado para minimizar gastos, etc. Quanto aos desafios da

obra, Berlinck pontua a to-pografia do local, por se tratar de um terreno com

SOLUÇÕES EFICIENTES

elevações de rochas, des-nivelado e localizado em uma área urbana. “Houve a necessidade do uso de recursos específicos de co-nhecimentos de arquitetura e engenharia, fundamental para se viabilizar a implan-tação da construção.”Ao analisar o diferencial do

projeto, o diretor ressalta a eficiência como caracterís-tica principal de todo o tra-balho. No primeiro momen-to, o engenheiro lembra que, na fase da construção, deve-se saber administrar os custos, uma vez que “a verba tem de ser destina-da com equidade para que todas as demandas possam ser atendidas, sem faltar o devido recurso”.

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Posteriormente, há a pre-ocupação com a etapa da operação. “Os custos com os insumos como água, energia, reposição de peças e acessórios, manutenção, entre outros, devem caber no orçamento de forma a não faltar para as demais áreas do hospital.” O diretor salienta ainda

que todas estas diretrizes convergem para respon-sabilidade social. “Além do respeito e dedicação somos uma empresa que se renova o tempo todo em busca de novas possibilidades tecno-lógicas que tragam benefí-cios concretos aos nossos clientes”, finaliza Berlinck.

““Houve a necessidade do uso de recursos específicos de conhecimentos de arquitetura e engenharia, fundamental para se viabilizar a implantação da construção.”

Elio Monteiro Berlinck, diretor da BK Engenharia

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Em se tratando de cen-tros hospitalares, é pri-mordial para todo o ambiente um ar limpo e asséptico. Pensando nisso, a BioClima desen-volveu o sistema de ar condicionado do Hospital Infantil de Vitória, recor-rendo às avançadas tec-nologias de climatização que minimizam ao má-ximo o risco de infecção para os usuários. Foram seis meses para

a elaboração de todo o

CLIMATIzAÇÃO EFETIVA

projeto. Segundo Augus-to Cézar Guttierrez, ge-rente de engenharia, a concepção foi desenvol-vida de forma integrada e simultânea com projetos desenvolvidos em para-lelo, aumentando, assim, a precisão da compatibi-lização e redução custos de engenharia e retraba-lhos.Todo o esboço conduz

em aliar eficiência ener-gética com confiabilida-de operacional a fim de

proporcionar uma melhor qualidade do ar interno. Tudo isso por meio de equipamentos atualiza-dos e adequados ao perfil da edificação.O diferencial da propos-

ta é integração do rea-proveitamento de energia e de água condensada dos climatizadores. Além de economia, o sistema é uma solução sustentá-vel para toda construção, uma vez que o reaprovei-tamento de água conden-

CONSTRUÇÃO

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sada contribui significati-vamente para reduzir o consumo de água neces-sária ao resfriamento do sistema de ar condicio-nado. “Outra questão peculiar

é a utilização de equipa-mentos adequados em áreas específicas para tratamento de queima-dos o que permite, além da filtragem com filtros absolutos, o controle ati-vo da umidade e tempe-ratura”, explica Guttierrez acerca do projeto. Quanto à segurança que

o sistema de ar condicio-nado proporcionará para

o hospital, o engenhei-ro explica como se dá o controle de contamina-ção. Em caso de paciente com doença infectocon-tagiosa com transmis-são possível pelo ar, por exemplo, o sistema, atra-vés da automação, con-verte um quarto para in-ternação de pacientes em isolamento com pressão negativa, de modo que, nenhum ar contaminado saia de dentro desta uni-dade.Dessa forma, o sistema

de automação e super-visão tem o controle de toda a climatização que

terá acesso via internet para médicos cadastra-dos, ou via terminal exis-tente, em áreas de UTI e centro cirúrgico. Essa facilidade proporciona alterar a temperatura e umidade desejadas. “Al-guns médicos preferem diferentes temperaturas dependendo do procedi-mento e do paciente. Isto reduz as chamadas aos operadores da automa-ção e aumenta a satisfa-ção do usuário. Já os res-ponsáveis pela operação poderão fazê-lo e super-visioná-lo de qualquer local”, finaliza Guttierrez.

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FICHA TÉCNICA

Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da glória (Hospital Infantil de Vitória)Endereço: Alameda Mary Ubirajara, 205, Bairro Santa Lúcia, Vitória - ESData do Projeto: Dezembro/2011Obra: Em processo de licitação, previsão de início 2013Área do terreno: 15.545,57m²Área total construída: 26.828,95m² Nº pavimentos: 9Vagas estacionamentos: 485

Pronto-atendimento: Pronto-socorro com classificação de risco, 10 leitos de observação vermelha e 20 leitos de obser-vação amarela e 6 leitos de aplicação de medicamentos.Serviços Diagnósticos: Serviços de diagnóstico com Ressonância, tomografia, Ultrassom, Raio-X, Eletroneuromiografia. Fisioterapia: Serviços de fisioterapia e reabilitação.Ambulatórios: Ambulatórios de Asma, Infectologia/Aids, Fisioterapia, Oncologia/Hematologia, Especialidades, Hospi-tais-dia Asma/Fibrose cística/ Osteogênese imperfeita, Infectologia/Aids, Oncologia/Hematologia, Internações oncolo-gia, clínica, infectologia, cirúrgica, Centro de tratamento de Queimados, UTI, Semi-intensiva e Centro Cirúrgico, totali-zando 180 leitos.Adicional (áreas de apoio, salas de treinamento, dentre outros): Área destinada ao ensino e pesquisa, auditório, farmácia, CME, laboratório, CRIE(vacinas), salas de classe escolar, lanchonetes, brinquedotecas, área de apoio ao volun-tariado.Empresas sub-contratadas: Bioclima Engenharia (Ar Condicionado); BK Engenharia (Elétrico, cabeamento estruturado, SPDA, Incêndio, Hidrossanitário e Instalações de segurança); Vertiko Engenharia Estrutural (Projeto estrutural e funda-ções); MB Projetos e Montagens(Gases Medicinais).

Nomes dos arquitetos ou empresas:Arquitetura: FG Arquitetura e Colsultoria – Arq. Fabíola Maia GirelliInteriores: FG Arquitetura – Arq. Fabíola Maia GirelliCoordenação: Arq. Fabíola Maia GirelliColaboradores: Arq. Andréa Rodrigues de Souza, Arq. Luciana Bandeira de Oliveira, Arq. Silvia Caser Spolaor, Larissa Soares Souza.gerenciamento de licitação: Governo de Estado do Espírito Santo

Projetos:Ar-condicionado: Bioclima EngenhariaElétrico e hidráulico: BK Engenhariagases Medicinais: MB Projetos e MontagensProjeto de fundações e contenções: Vertiko Engenharia EstruturalEstrutura de concreto: Vertiko Engenharia EstruturalLuminotécnico: FG Arquitetura e ConsultoriaPrevenção e Combate a Incêndio: BK Engenharia

Obra:Construção: em processo de licitaçãoFerragens de portas: La Fontegranito: Granito branco cristal e Piso de alta resistência produzido com comportos minerais EcoartPinturas: Tinta acrílica linha Hospitalar Sherwin WilliamsPiso Vinílico: FademacRevestimento Cerâmico: ElianePorcelanato: ElianeRevestimento Fachada: Fachada Ventilada Hunter Douglas, cerâmica e porcelanato Eliane, pele de vidro, ACM.Louças: DecaMetais sanitários: Fabrimar

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CONSTRUÇÃO

O recomeço sob nova direçãoAtual administração do Hospital São Camilo, antigo Hospital de Siderúrgica, reforma toda sua infraestrutura do centro de saúde

Desde agosto de 2012, o antigo Hos-pital de Siderúrgica,

localizado na cidade de Coronel Fabriciano, região do Vale do Aço (MG), vem sendo administrado pela Sociedade Beneficente São Camilo. O Hospital São Ca-milo, novo nome da unida-de, passa por reformas em uma área de aproximada-mente 2.800 m².

Para as obras foram in-vestidos cerca de R$ 3,5 milhões, já a compra de novos equipamentos so-mam R$ 2,6 milhões. A previsão é de que o novo centro de saúde finalize suas modificações ainda no começo de 2013. A órbita Engenharia, em-

presa responsável pela construção, dedicou cerca de oito meses para a cria-

ção e alteração do projeto. Ao lembrar-se dos obstá-culos enfrentados, Felipe Mazzoco, diretor técnico da empresa, cita o curto prazo e a precária condição que se encontrava a antiga unidade. “Realizar a refor-ma em 65 dias úteis foi um grande desafio, além de outros empecilhos como a degradação da edificação, visitas da comunidade,

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dentre outros”.Mesmo assim, o suces-

so da reforma brilha aos olhos. “Os revestimentos e instalações são de primei-ra linha. Foram colocados pisos de porcelanato em todos os cômodos de cir-culação. Nas salas do blo-co cirúrgico, o piso condu-tivo evita acidentes com pacientes que passam por procedimentos cirúrgicos”, detalha Mazzoco.Outros recursos foram

utilizados para construir a identidade do novo hos-pital. Exemplo disso são os tons avermelhados nos balcões de atendimento, os mesmos que represen-tam a Sociedade Benefi-cente São Camilo. Para a fachada, um revestimento especial de alumínio com-posto, também de cor pró-pria da instituição, destaca o centro de saúde. Os esboços também se

preocuparam em trazer sustentabilidade em seus traços. Uma das soluções, conforme explica o dire-tor técnico da órbita En-genharia, foi pintar a co-bertura metálica na face superior de branco. “Isso impede que raios ultra-violetas emanem calor à vizinhança e também que o local absorva a tempera-tura. Assim, não se força a ventilação mecânica no in-terior do hospital.”

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Outra medida sustentá-vel foi o aquecimento a gás GLP da água para ba-nho de pacientes ao invés de chuveiros elétricos, di-minuindo, portanto, os gastos de energia elétrica da instituição. Além disso, uma área será revitalizada na última fase, sendo ela arborizada, com ventila-ção e iluminação natural.Tudo isso para atender

cerca de 2.700 pessoas por mês, 1.040 pacientes--dia internados. Hoje, o centro de saúde atende uma população estima-da em 250 mil pessoas, correspondendo a oito cidades no entorno da microrregião de Coronel

Fabriciano. “O hospital é fundamental para a assis-tência em saúde, já que funciona 100% pelo SUS. O Hospital São Camilo faz parte de um direito da co-munidade em ter serviços de qualidade”, comenta Érica Dias de Souza Lopes, diretora administrativaA gestora considera ain-

da que o projeto edificou um respeitoso trabalho. “As empresas que aqui estiveram, dentre elas a órbita Engenharia, são nossas parceiras acima de tudo. Foi realizado um trabalho sério e eficaz, onde praticamente, foi reconstruído um hospital em um período de dois

meses.”De acordo com a ava-

liação de Mazzoco, “par-ticipar da revitalização do Hospital São Camilo é de suma importância para nós, sendo um clien-te potencial para o nosso portfólio, ainda mais se tratando de uma obra de alta complexidade.”A órbita Engenharia

carrega em sua história projetos no Hospital Már-cio Cunha (Fundação São Francisco Xavier), Hospi-tal Escola de Itajubá – MG (Fundação Doutor Sebas-tião Pereira Rennó) e Uni-dades de Pronto Atendi-mento do Município de Contagem / MG.

CONSTRUÇÃO

Equipe doa Hospital São Camilo

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Health

FICHA TÉCNICA

Reforma e Revitalização do Hospital São Camilo Endereço: Rua Maria Matos, 58 – Centro – Coronel Fabriciano - MGData do Projeto: 04/06/2012Obra: Reforma e Revitalização do Hospital São Camilo Área do terreno: 4.000,00Área total construída: 3.400,00Nº pavimentos: 02Nº consultórios: 04Adicional: Auditório, vestiário de funcionários, manutenção, doca de carga e descarga, capela ecumênica

Empresas sub-contratadas:Soluções Convergentes de Engenharia, Tesla Engenharia e Instalações Elétricas, Metalúrica JM, F&L Instalações Hidrosanitárias, E&D Design, Arcon Engenharia de Climatização, Gasmec Instalações de Gases Medicinais

Arquitetura, Interiores e Coordenação: Lígia AraújoColaboradores: Engº Felipe Mazzoco, Engº Luiz Roberto Sobreira, Adm. Ismael Martins Engº Edson Pereira gerenciamento de licitação: Érica Dias Lopes

Projetos:Ar-condicionado: Arcon Engenharia de Climatização Elétrico e hidráulico: SM Engenharia e Projetosgases Medicinais: Gasmec Instalações de Gases MedicinaisProjeto de fundações e contenções: órbita Engenharia e Construções Estrutura de concreto: órbita Engenharia e ConstruçõesLuminotécnico: Tesla Engenharia e InstalaçõesImpermeabilização: órbita Engenharia e ConstruçõesPrevenção e Combate a Incêndio: SM Engenharia e ProjetosAssessoria Legal: Soluções Convergentes de Engenharia Ltda.

Obra:Construção: órbita Engenharia e Construções Ltda

Fornecedores de Material e Serviço:Aço: Metalúrgica JMAço Inox: Dunox Industria e comércio de produtos de aço inoxAndaimes: Visão AndaimesAr-condicionado: Arcon Engenharia de Climatização LtdaConcreto: Cauemix Divisórias e Portas: Marmoraria Elite | Marmoraria Ipatinga

Detalhes da Obra:Drywal : Minas Dry WallEsquadrarias madeira: E&D Design Esquadrarias metálicas: Aluvidros Estrutura metálica: Metalúrgica JMFerragens: E&D Design Ferragens de portas: E&D Design Fios: Loja Elétricagranito: Marmopedraguarda Corpo: Dunox Industria e comércio de produtos de aço inoxImpermeabilização: JR Impermeabilização Instalações Hidráulicas e Elétricas: F&L Hidráulica / Tesla Engenharia e Instalções ElétricasLuminárias: RPC RepresentaçõesPinturas: WA Pintura Revestimento Cerâmico: Eliane Revestimentos Cerâmicos Porcelanato: Eliane Revestimentos Cerâmicos Revestimento Fachada: Art Visão Vidros: Aluvidros Comércio de VidroMão de Obra Civil: órbita Engenharia e Construções Ltda.

Fornecedores de Equipamentos:Distribuição de água quente e fria: Hidráulica Moraes geradores: Stemac Remoção de entulho: Papa Entulho Placas de Dry wall: Gypsum

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Health

ACABAMENTO

Pavimentos higienizadosPiso recomendado para estabelecimentos de saúde possui superfície autodesinfetante composta por duas linhas de defesa contra bactérias

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Health

Infecções hospitala-res são questões cor-riqueiras e um dos

principais fatores deste problema é a alta proli-feração de bactérias no local. Qualquer pessoa que fica internada em um ambiente hospitalar para tratamento médico ou procedimento cirúrgi-co está sujeita a contrair uma infecção hospitalar. O representante dos pa-

cientes na Organização Mundial de Saúde (OMS), Liam Donaldson, afirma que ir a um hospital é mais perigoso do que an-dar de avião.Para reduzir a infecção

hospitalar que atinge 15% dos pacientes internados em países em desenvolvi-mento, a Revitech tem em sua gama de produtos a

linha Unique SK. O piso possui uma superfície autodesinfetante com-posta por duas linhas de defesa.A primeira linha de de-

fesa é a NanoSilver, a qual as bactérias podem ser destruídas sem o uso de produtos químicos. Já a segunda linha de defesa é o NanoTiO2, que ajuda a decompor os germes, transformando substân-cias nocivas em compos-tos inofensivos por meio do processo de oxida-ção química. Além de ser um piso autolimpante, ele também purifica o ar através de fotocatá-lise, ou seja, por acele-ramento de uma reação com a luz natural ou ar-tificial, eliminando assim os odores desagradáveis,

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Health

como o da nicotina. “O piso Unique SK con-

segue agir e manter a ação de aniquilador de bactérias e seu poder autolimpante quando associado às radiações do espectro UV, seja luz natural ou artificial. Eu recomendo este produ-to, um grande aliado aos ambientes que precisam estar sempre limpos”,

Experiência comprovada Com mais de 10 anos atuando na maioria dos Estados bra-

sileiros, a Revitech Pisos tem como prioridade apresentar soluções personalizadas a cada projeto desenvolvido. Seus produtos atendem a todas as certificações – ISO 9000, ISO 14000 e FloorScore® - e pontuam para o LEED (Leedership in Energy and Environmental Design), sistema criado pelo U.S. Green Building Council (GBC) para fortalecer e facilitar o projeto de construções de edifícios ecologicamente cor-retos. A Revitech oferece ainda um atendimento exclusivo a arquitetos e especificadores. O portfólio de produtos da empresa atende às necessidades do segmento hospitalar, educacional, corporativo e industrial, além de ambientes de áreas comerciais, de transportes, entre outros.

destaca o arquiteto João de Deus Cardoso, respon-sável pelo projeto hospi-talar do Serviço de Onco--Hematologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da USP. Mais um diferencial do

piso Unique SK é a preo-cupação com a poluição sonora, por isso ele tem propriedades acústicas que reduzem o impacto

sonoro equivalente a 17 decibéis. Com todas es-sas qualidades e preocu-pações com o conforto, Unique SK foi desenvol-vido para ambientes que necessitam estar sempre livres de bactérias, como hospitais, laboratórios, consultórios. Este tam-bém é recomendado para áreas de educação, recep-ções, entre outros.

ACABAMENTO

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Health

ACABAMENTO

Na harmonia das necessidades Prédio da Unidade Perdizes do Hospital Albert Einstein possui pisos inovadores com resistência a manchas e tratamento bacteriostático

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Health

Buscar referências urbanas associando funções de um cen-

tro de serviços voltado à saúde, com um ambien-te leve, clean, seguro e sofisticado. Estes são os pontos de destaque no projeto de arquitetura e acabamento da Unida-de Perdizes, do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em São Paulo (SP).A instituição conta com

pisos de alta qualidade, ideal para estabeleci-mentos do setor hospita-lar. De acordo com Bruno Sedky, gerente de ma-rketing da Forbo Pisos, os materiais utilizados no local são os modelos Sarlon Tech Sparkling e o

Na harmonia das necessidades

Colorex. Como ele expli-ca, estes revestimentos possuem propriedades bem diferentes, que ga-rantem a proteção neces-sária aos mais variados tipos de ambientes.O Sarlon Tech Sparkling

é um piso feito com íons de prata que garante um controle antibacteriano mais eficaz em meios hospitalares. Além de ser acústico e ambiental-mente saudável, possui a função overclean que é a primeira solução do mer-cado resistente à Betadi-na e à Eosina, sendo este bastante eficaz nas áreas médicas.Já o Colorex é um mate-

rial que proporciona con-

dutividade durante toda a vida do produto, resis-tente a cargas pesadas, com grande propriedade higiênica, alta densidade e sem poros, sendo um piso de fácil restauração.Na opinião do gerente,

o mercado de pisos no Brasil está muito aque-cido e com muitas no-vidades. “Todos os fa-bricantes sérios lançam produtos acompanhando as tendências da arquite-tura atual”, afirma Sedky.Para ele, houve vários

desafios durante a exe-cução desse projeto, no entanto, agradáveis, pois se trata de um excelente trabalho onde a arquiteta utilizou com sabedoria as

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Health

cores do piso em harmo-nia com as necessidades do hospital e de seus pa-cientes.Sedky ainda conta que

essa coleção utilizada é a mais atual no quesito de resistência a manchas e tratamento bacterios-tático. O Hospital Albert Einstein foi a primeira instituição nas Américas a utilizar o Sarson Tech Sparkling.

ACABAMENTO

“Todos os sérios fabricantes lançam produtos acompanhados das tendências da arquitetura atual”, Bruno Sedky, gerente de marketing da Forbo Pisos.

Renata Gomes, arquiteta da Levisky Arquitetos Associados

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Health

VOLUMETRIA DA OBRAO projeto de arquitetura da Unidade Perdizes visa valorizar sua inserção urbana em um lote de esquina

(entre a Av. Sumaré e a Rua Apiacás). A volumetria horizontal tira partido desta inserção urbana, trazendo o espaço público para dentro do lote através do paisagismo. Essa iniciativa gera uma composição de volu-mes “conectados” através de reentrâncias verticais em vidro que coincidem com algumas áreas de espera e circulação interna do complexo, trazendo claridade e iluminação natural aos ambientes.Para Renata Gomes, da Levisky Arquitetos Associados, o aproveitamento horizontal facilita a queda do

fluxo da organização dos serviços e atividades. “Com isso, acabamos otimizando toda a edificação.”Vale também destacar que esta unidade adotou soluções de fachada e de divisões internas, que per-

mitem alterações e adequações futuras. O “cubo de vidro serigrafado” proposto nessa área é fixo, com a função de abrir, o que traz a condição de ventilação permanente a maior parte dos ambientes. Segundo Renata, na parte interna, a equipe de arquitetura buscou aplicar um caráter mais convidativo,

com um conforto maior para o paciente. Além disso, os ambientes contam com áreas ventiladas e ilumi-nação natural. “Esses detalhes representam as características de espaços mais humanizados.” A arquiteta Adriana Levisky elenca pontos que foram decisivos para realização desta obra. Um destes é

uma mudança constante e muito rápida dentro de um programa bastante completo. Como ela explica, a unidade é um edifício compacto com bastante flexibilidade, com lajes e estrutura moduladas. “Ainda pos-sui uma circulação que facilita esse acesso”, acrescenta a profissional.Renata afirma que este projeto buscou garantir a certificação LEED (Leadership in Energy and Environ-

mental Design) direcionada aos “Edifícios Verdes”. Conforme ela explica, a arquitetura e as instalações foram desenvolvidas neste foco, de proporcionar medidas mais sustentáveis.

Foto

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Adriana Levisky, arquiteta da Levisky Arquitetos Associados

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Health

FICHA TÉCNICA

Unidade Avançada Perdizes – Hospital Albert EinsteinLocal: Avenida Sumaré com Avenida Apiacás, Perdizes – São PauloData do projeto (ano): 2008 a 2009Data da conclusão da obra (ano): 2010Área do terreno: 2.503,90m2

Área construída: 20.000,00m2

Cliente: Soc. Bras. Beneficente Israelita Hospital Albert EinsteinArquitetura: Levisky Arquitetos AssociadosArquiteta: Adriana LeviskyEquipe/colaboradores: Renata Gomes, Flávia Sousa, Lílian Braga, Tatiana Antonelli, Julianny Rafea, Carina Terra, Raquel Abdian, Luciana Magalhães, Lígia Gonçalves, Rosangela do Nascimento.Co-autoria: Kahn do BrasilArquiteto: Arthur BritoEquipe: Eleonora Zioni, Carolina Botelho, Adriana Salles e Carlos Eduardo FurtadoLayout Hospitalar: Kahn do BrasilLevisky Arquitetos AssociadosComplementares e ConsultoriaEstrutura: ETCPL – engenheiro César Pereira LopesEngenheiro: Orlando StranieriEstrutura Metálica: Cia de ProjetosFundação: Infraestrutura Engenharia LtdaInstalações: Grau Engenharia / Selten EngenhariaAr condicionado: Grau Engenharia / Enthal – Engenharia de Tratamento e Controle do Argases Medicinais: Grau Engenharia / White MartinsAcústica: Harmonia AcústicaLuminotécnica: Esther Stiller Consultoria SCEsquadrias: QMD ConsultoriaPaisagismo: Fany Galender Arquitetura e Paisagismo LtdaImpermeabilização: PROASSP - Assessoria e Projetos S/C LtdaHeliponto: Escritório Técnico Carlos Freire LtdaCertificação: CtE - Centro de tecnologia de EdificaçõesAprovação: Levisky Arquitetos e Pan ServiçosElevadores: VertecBombeiro: Engepoint - Gerenciamento e Consultoria LtdaMaquete eletrônica: Visualize Arquitetura DigitalMaquete volumétrica: Maquetaria da VilaFotografia: Nelson Kon

Unidade Perdizes, implantação

ACABAMENTO

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Health

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Health

AMPLIAÇÃO

Sustentabilidade e humanização caracterizam o projeto de ampliação da maternidade da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

A racional expansão

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Health

Não é racional de-molir para expan-dir. Foi assim que

se guiou o plano diretor do complexo hospitalar da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, elaborado pela equipe do DPJ Arquitetura e Enge-nharia. Para isso, o projeto se orientou pela flexibili-dade de toda a estrutura, uma vez que os progres-sos da medicina exigem constantes mudanças físi-cas do ambiente. Segundo o arquiteto

José Freire da Silva Ferrei-ra, autor do plano diretor e coordenador dos proje-tos, os estudos estabele-ceram diretrizes de cresci-mento futuro do hospital.

“Avaliamos a relocação das unidades funcionais, respeitando suas relações de complementaridade, bem como a funcionalida-de dos espaços internos e externos”. O projeto dedicou-se a

uma área de 43.356,14 m², sendo 25.018,94 m² de reforma e adequações e 18.337,20 m² referentes aos projetos executivos de arquitetura e comple-mentares da nova mater-nidade. O hospital foi ela-borado com o objetivo de atender média e alta com-plexidade.Justamente pelo plano

diretor ter sido concebido de forma a atender de-mandas no futuro, a ma-

ternidade foi expandida transformando-se em um Hospital Materno Infan-til. Assim, foram incluídos espaços de atendimento pediátrico, UTI pediátri-ca e a ampliação de mais 20 leitos de UTI Neonatal e 17 leitos de internação, sendo um deles de isola-mento. O arquiteto Joaquim

Passarinho, secretário de Obras Públicas do Estado do Pará, e o engenheiro Marcelo Nagano, secre-tário adjunto, consideram a obra de extrema im-portância, pois além de adequar o espaço à de-manda de atendimento, “proporciona a usuários e colaboradores melhores

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Health

condições de trabalho e bem-estar”. Vale ressal-tar que a reforma segue a RDC nº 50, prescrição técnica estabelecida pela Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária- ANVISA. A grandeza do proje-

to da maternidade foi guiada por princípios de sustentabilidade. Para a coleta da água da chuva, por exemplo, foi constru-ído um reservatório espe-cial no pavimento técnico sob a cobertura. “A partir da recuperação de águas pluviais será gerada água fria não potável para o abastecimento das bacias sanitárias, mictórios, siste-ma de ar condicionado e lavagem de piso dos esta-cionamentos do subsolo”, explica Freire. Outra solução ecologi-

camente correta é o uso

AMPLIAÇÃO

de energia solar para o aquecimento de água de todos os chuveiros e pon-tos especiais do prédio. Para tanto, foi previsto sistemas conjugados de placas solares posiciona-das nas coberturas para a geração de água quen-te com a utilização de re-sistências elétricas como fonte de energia. Visando garantir temperaturas ide-ais de consumo foi criado sistemas de retorno de água quente interligado a motobombas de recircula-ção, acionadas através de termostatos.Também foram utilizados

brises para o sombrea-mento das fachadas, re-duzindo, assim, a radiação solar nos ambientes inter-nos e, também, potenciali-zando o condicionamento de ar.

“Avaliamos a relocação das unidades funcionais, respeitando suas relações de complementaridade bem como a funcionalidade dos espaços internos e externos”, Arquiteto José Freire da Silva Ferreira, diretor da DPJ Arquitetura.

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Health

Além de proporcionar o melhor espaço físico--funcional para o Hospital Materno Infantil, o projeto carrega uma notável pre-ocupação quanto à hu-manização do ambiente. Conforme salienta Freire, foram concebidos amplos espaços de estar e espe-ra sempre com materiais adequados ao conforto visual, sonoro e lumínico, além de adequadamente coloridos. O arquiteto ainda explica

que também foram inclu-ídos refeitórios para pa-cientes e acompanhantes em todos os pavimentos de internação, além de es-

paços especiais para estar, repouso e higienização das mães. “Neste quesito, vale salientar a funcionali-dade proposta para o Ban-co de Leite que valorizou os espaços das doadoras, além das áreas técnicas la-boratoriais”, complementa Freire.O mesmo ocorreu no

projeto das enfermarias especiais “Mãe Canguru”, equipadas com todos os itens necessários ao con-forto das mães e crianças internadas, assim como na área de parto normal do Centro Obstétrico, bus-cando maximizar a huma-nização do parto.

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Health

AMPLIAÇÃO

Joaquim Passarinho, secretário de Obras Públicas do Estado do Pará

Marcelo Nagano, secretário adjunto

A DPJ Arquitetura e Engenharia carrega em seu portfólio mais de dois milhões de metros quadrados projetados, seiscentos mil dos quais em obras de estabelecimentos assistenciais de saúde, entre estes mais de 40 projetos para Hospitais mais cerca de 40 projetos para estabelecimentos assistenciais de saúde. Dentre tais concepções estão os Hospitais Regionais do Pará, em Santarém, Altamira,

Redenção e Tucuruí; o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência de Belém; os Hospitais Regionais do Amapá, em Santana, Serra do Navio, Oiapoque e Amapá, o da Criança e do Adolescente, os Hospitais Geral e Materno Infantil de Altamira e o de Especialidades Dr. Alberto Lima em Macapá. Diante de tantos cases de sucesso, Freire considera que o projeto hospitalar “deve ser

uma obra aberta para poder incorporar os vertiginosos progressos da medicina, assim, nas decisões tomadas hoje devem ser consideradas situações futuras”. Em 2005, o arquiteto José Freire da Silva Ferreira foi indicado como personalidade do

ano da Arquitetura Hospitalar Brasileira pelo departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos do Brasil, pelo Centro Universitário São Camilo e pela Associação Brasi-leira do Desenvolvimento do Edifício Hospitalar.

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AMPLIAÇÃO

Reformulação contemporâneaCom previsão de entrega para 2016, a obra de ampliação do Hospital Dona Helena tem como meta a qualificação e modernização da área física

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Health

As obras de amplia-ção do Hospital Dona Helena, em

Joinville (SC) tem previsão de término em 2016, ano de comemoração do cen-tenário da instituição. A área existente, mais a parte que será ampliada, tota-lizam 40.466,67 m², com 399 vagas de estaciona-mento.

Uma das características da instituição hospitalar é preservar as áreas verdes disponíveis contribuindo para a qualidade e habi-tabilidade dos ambientes. Além disso, o prédio da

instituição conta com um sistema de coleta d’água da chuva que é armazena-da num reservatório infe-rior, próprio para a utiliza-ção nos jardins e floreiras.

Todas as esquadrias des-ta edificação estão recua-das com o intuito de per-mitir um sombreamento nas áreas internas dos am-bientes. Além de garantir a proteção contra incêndio, pois a instituição visa sem-pre a segurança dos pa-cientes, da equipe técnica e dos funcionários.

O arquiteto da obra, Pe-dro Luiz Granzotto, diz que

ao montar um projeto para a área da saúde, a grande preocupação é que seja algo flexível. Segundo ele, deve ser um projeto que admita expansões e altera-ções de uso que acompa-nhem a evolução da tec-nologia médica. “Para isso, é de vital importância ade-quar os fluxos e perceber que as diferentes unidades que compõem o complexo hospitalar ocupam deter-minada posição no espa-ço”, explica o arquiteto a respeito da anatomia do hospital. Para ele, a fisiolo-gia do mesmo é que possi-

POSTO DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL SANTA HELENA

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Health

bilitará que a área física se estruture de forma a per-mitir uma adequada con-dição de funcionamento.

Trajetória – A caminhada de parceria da Granzotto Arquitetos com o Hospital Dona Helena foi iniciada no ano de 1989, quando a instituição necessitava de reestruturação para am-pliar suas atividades. Nessa época, a necessidade ime-diata era a elaboração de um projeto de um pronto--atendimento.

A partir de então foi su-gerido um Plano Diretor (PD), pois a maior compe-titividade do mercado de assistência à saúde aliada

QUARTO MATERNIDADE

AMPLIAÇÃO

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Health

às constantes necessida-des de incorporação de novas tecnologias e de aprimoramento das ins-talações físicas, levou o hospital a buscar meios de organizar e direcionar seus investimentos. Nesse sen-tido, o plano destaca-se como importante instru-mento de direcionamento de ações por ser o elo en-tre o planejamento estra-tégico e a arquitetura do empreendimento.

Uma vez que o objetivo da instituição era tornar--se referência no Sul do País, especialmente para a região de Joinville e de ou-tros municípios do Estado

de Santa Catarina, foi ela-borado no ano de 1990 o PD fruto do trabalho dos médicos, direção, funcio-nários e arquitetos.

A partir da década de 90, com a implantação grada-tiva do PD de área física, a instituição passou por re-formas e inauguração de novos serviços, como o centro pediátrico e o pron-to atendimento 24 horas, além da reformulação e ampliação das unidades de apoio técnico e logístico.

A modernização de equi-pamentos e o aperfeiço-amento do corpo clínico emergiram a necessidade de diversas obras no hos-

pital. Por isso, o Plano Di-retor foi revisto e reavalia-do diversas vezes ao longo dos 23 anos de serviços prestados pela Granzotto Arquitetos.

“A Granzotto Arquitetos orgulha-se por fazer par-te da história do Hospital Dona Helena, que é uma instituição que oferece serviços de excelência com conhecimento e tecnolo-gia de ponta, destacan-do que toda alteração na área física, inclusive toda a ampliação, tem a carac-terística de integrar a área já existente com a nova”, afirma Pedro Granzotto, responsável pelo projeto.

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Health

AMPLIAÇÃO

Arquitetura inteligenteHospital Monte Sinai, em Juiz de Fora (MG), amplia sua área de 16 mil m² para 71 mil m², registrando traços marcantes e ousados em seu novo projeto

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Health

Trazer um estilo con-temporâneo a uma unidade de saúde

com tecnologia de pon-ta através de soluções funcionais e sustentáveis, tudo isso convergindo para uma maior humani-zação no ambiente. Assim foi desenhado o projeto da ampliação do Hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora (MG), assinado pelo escritório Pompeu Arqui-tetura de Hospitais. Além da reforma da instalação existente e a concepção do edifício da ampliação do complexo hospitalar, tam-bém foram esboçados as construções do centro mé-dico anexo. Um dos pilares do pro-

jeto foi oferecer aos pa-cientes e funcionários um ambiente acolhedor, onde o conforto e bem-estar fossem palavras-chaves para a criação da nova instalação. “A grande pre-

ocupação da Pompeu e de sua equipe é minimizar os aspectos negativos que marcam e caracterizam os edifícios hospitalares con-vencionais, criando solu-ções arquitetônicas que se assemelham a edifícios ho-teleiros de categoria”, diz Carlos Eduardo Pompeu, arquiteto responsável. Essa preocupação teve

como resultado diversas operações práticas, como projetar espaços especí-ficos para pacientes em maca e funcionários, dife-renciar o local de circula-ção do público visitante e do paciente. Outro exem-plo é o hall de espera de elevadores que possuem dupla entrada com acesso ao hall público ou ao fun-cional.O hospital se localiza no

topo de um terreno de alta declividade, por isso foi necessária uma aten-ção especial a fim de ex-

plorar e planejar de forma inteligente todo o centro de saúde. Assim, um mi-nucioso estudo concluiu as interligações entre o Complexo Hospitalar com os dois edifícios do cen-tro médico (consultórios e de parte das unidades de serviços auxiliares de diag-nóstico e de tratamento). Com isso, foi criado um

bloco de conexão entre a antiga torre reformada e o novo prédio. Tal bloco é onde se localiza a entrada “nobre” do hospital e di-versas salas de espera dos andares superiores, bem como toda a circulação vertical adicional do com-plexo. “Desta forma, a pro-posta aborda também o desafio de minimizar o im-pacto ambiental dos novos edifícios, criando ambien-tes internos e externos que garantam o conforto físico e psíquico do usuário e do pessoal funcional, a efi-

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ciência energética e seus sistemas, a possibilidade de utilização de energia limpa, a sustentabilidade e a integração com a pai-sagem do entorno” explica Pompeu.Em números, a ampliação

da área física do hospital foi de 16 mil m² para 71 mil m². Isto trouxe a dupli-cação do número de leitos, a criação de dois prédios para instalação de clínicas e consultórios, mais 120 apartamentos e estaciona-mento para 850 veículos.Com uma história de

40 anos, a Pompeu Ar-quitetura, especializada em projetos hospitalares, carrega em seu portfólio mais de 220 projetos na

“A grande preocupação da Pompeu e de sua equi-pe é minimizar os aspectos negativos que marcam e caracterizam os edifícios hospitalares convencio-nais, criando soluções arquitetônicas que se asse-melham a edifícios hoteleiros de categoria”, Carlos Eduardo Pompeu, arquiteto responsável.

área da saúde. Entre eles estão o Hospital do Co-ração – SP (Hcor); Hospi-tal Tiradentes – SP; Hos-pital São Luiz – Unidade Morumbi - SP; Hospital do Instituto de Cardio-logia Dante Pazzanese – SP; Hospital Regional de Campo Grande – MS; Natal Hospital Center de Cardiologia – RN; nova Ala Lane do Hospital Sa-maritano – SP; Maternida-de Sinhá Junqueira – SP; Hospital do Coração – DF; Hospital e Maternidade Assunção – SP; Hospital Regional de Araguaína – TO; Hospital Estadual de Bauru – SP; Hospital Mon-te Sinai – MG; Hospital do CECMI – SP, entre outros.

AMPLIAÇÃO

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Health

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AMPLIAÇÃO

No primeiro se-mestre de 2012, a cidade de Bom

Jesus (PI), recebeu a inauguração da reforma e ampliação do Hospital Regional Manoel Sou-sa Santos, administrado

Reformulado para as urgênciasHospital Regional Manoel Sousa Santos recebe reformas nas instalaçõescom a finalidade de promover a potencialização da atenção à saúde

pelo Governo do Piauí. A instituição conta agora com uma área específica para o setor de urgência e emergência, ampliando a capacidade de atendi-mento da unidade. Entre as principais van-

tagens desta obra está a excelência nos serviços, além de atender às ne-cessidades de pacientes que moram na região ex-tremo sul do Estado. Ou-tro objetivo é desafogar o sistema público da ca-

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Health

Reformulado para as urgências

pital piauiense, otimizan-do recursos ao reduzir o número de transferências de usuários para o poder público. O hospital visa promover

a potencialização da aten-ção à saúde, ao fortalecer as prioridades do SUS e aprimorar a gestão hos-pitalar/financeira. Com a reforma, o prédio dobra o seu número de leitos pas-sando de 48 para 83. Esta reformulação inclui

a adequação do serviço de lavanderia, com máquina de lavar com barreira, se-cadora rotativa/calandra, além dos serviços de nu-trição/dietética. Na emer-gência, foi erguida uma sala de higienização do usuário, uma de classifica-ção de risco, uma de ob-servação com oito leitos de cuidados semi-críticos e uma de estabilização para pacientes críticos.

A obra ainda contou com a reforma de um abrigo de detritos e um necro-tério na consolidação do plano de gerenciamento de resíduos. De acordo com a empresa de enge-nharia responsável pela concretização deste espa-ço, houve um cuidado es-pecial durante a execução do projeto, para que não atrapalhassem os aten-dimentos da instituição. “Tudo transcorreu de for-ma harmônica entre nos-sos colaboradores e a po-pulação atendida”, afirma o engenheiro Luciano Gil, da LG Engenharia.Quanto aos principais

desafios para o processo construtivo, Luciano Gil reforça o fato de atuar em um ambiente hospita-lar sem haver paralisação, ou seja, que continuasse atendendo os usuários. “Foi uma grande experi-

ência essa missão. A em-presa agora ganha mais este acervo de trabalho, com todo serviço executa-do em tempo hábil”, avalia o engenheiro.

SOB REgRAS O projeto de engenha-

ria do Hospital Regional Manoel Sousa Santos foi desenvolvido seguindo às normas da RDC 50 da ANVISA. “Estabelecemos no prédio condições de segurança contra incên-dio, conforme os itens da norma. Fizemos também os circuitos da iluminação, que são totalmente distin-tos das tomadas, desde a fonte de entrada. Isso foi feito para evitar interfe-rências eletromagnéticas nos equipamentos”, acres-centa. A norma ainda exige a

utilização de equipamen-tos do tipo monitores

multiparamédicos, apare-lho biomédico na Unida-de de Internação Intensi-va (UTI), contando o fato de existência de ambas as voltagens, 110v e 220v, e portas encostadas e não bloqueada ou chaveadas. E ainda, exige o uso de portas de correr ou gira-tórias.

REFERêNCIA NO NOR-DESTENo ano de 2013 a LG En-

genharia completa quatro anos de existência, ten-do vários serviços feitos nos Estados do Piauí e Pernambuco. Além desta obra, a empresa já atuou na construção de creches, de quadras poliespor-tivas, de pavimentação poliédrica e também em serviços de elaboração de projetos para órgãos pú-blicos e privados.

FICHA TÉCNICA

Hospital Regional Manoel Sousa SantosArquiteto responsável: Napoleão JuniorEngenheiro responsável: Luciano Gil Mendes CoelhoConstrutora: LG Jaicos Engenharia LtdaColaboradores: Gilson Granjeiro e Técnicos da Sesapi (HPP)gerenciamento de licitação: Comissão de licitação constituída tendo como responsável o contador Jardel Santos Miranda.

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ESTRUTURA

Contemporaneidade das estruturasRecentes obras no Hospital Monte Sinai (MG) contam com o uso do aço, o que permite rápida execução e amplo impacto visual na arquitetura

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Tendências interna-cionais se eviden-ciam no projeto

estrutural das recentes obras do Hospital Mon-te Sinai, em Juiz de Fora (MG). A edificação foi concebida no emprego de estruturas em aço, permitindo soluções le-ves e práticas de rápida execução, com grande impacto visual e arquite-tônico. Outro ponto em destaque é a concepção adotada, o que possibili-tou a sua execução sem grandes prejuízos na ro-tina da instituição.Em 2011, a nova UTI

Adulto, além de mais am-pla e moderna, inaugurou um novo conceito de hu-manização para o setor. O espaço de 1.100m² alia evolução tecnológica a uma inovadora utilização da área física, inserindo recursos da arquitetura,

como aproveitamento da luz natural, contro-le térmico, redução do stress acústico e outros diferenciais. O foco desse desenho é o acolhimen-to físico e emocional do paciente.Neste ano, a grande no-

vidade é a obra do Cen-tro Médico Monte Sinai, que completará o projeto de ampliação do comple-xo da instituição. O local terá 315 consultórios, de 36 a 50 m² com 24 lo-jas reagrupadas em 184 conjuntos de salas. Todo o prédio terá ambiente climatizado, um sofistica-do isolamento acústico e praça de alimentação.A execução da parte es-

trutural está no detalha-mento do projeto, de-senvolvido internamente pela equipe da Inusa. Dentre os desafios, está a fabricação e a monta-

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gem do arco de susten-tação da passarela exter-na. Outro obstáculo foi a criação de soluções para o trafego local durante as obras, sem gerar prejuízo na segurança do hospital.Neste contexto, a ado-

ção de procedimentos quanto ao bem-estar da sociedade e a proteção do meio ambiente são características políticas da empresa que elaborou o projeto. Toda a maté-ria-prima utilizada é cer-tificada em padrões de

sustentabilidade nacio-nais e internacionais, as-sim como a utilização de iluminação natural, cole-ta seletiva, tratamento de afluentes, dentre outros. “A política está emprega-da tanto na fabricação e montagem da estrutura do Hospital Monte Sinai”, declara Wagner Peluzo Novelino, diretor e presi-dente da Inusa.Ele afirma que a maior

preocupação da empresa neste projeto foi no sen-tido de minimizar impac-

Presente na história

A Inusa é uma empresa que atua há 41 anos promovendo o desenvolvimento da cidade. O empreendimento elabora projetos, fabricação e montagem de estruturas metálicas e caldeiraria. Com um currículo técnico consistente, ao longo de sua existência, já executou obras em diversos Estados brasileiros, destacando-se pela qualidade de seus serviços e rigorosa obediência aos prazos contratuais. Prova disso é o padrão de excelência reconhecido através da certificação ISSO 9001:2008. “Participar de mais este projeto, marco em construção e arquitetura para nossa cidade, é motivo de orgulho e satisfação de toda equipe”, afirma.

tos na rotina do hospital, sem afetar os procedi-mentos médicos e de saú-de recomendados para a situação.A parceria da Inusa com

o Hospital Monte Sinai surgiu através da indica-ção dos funcionários en-volvidos nesta obra (ges-tor do projeto/equipe de engenharia). A instituição de saúde considerou a tra-dição e a participação da Inusa no mercado de Juiz de Fora como algo essen-cial para a contratação.

ESTRUTURA

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Referência para vários municípios brasileiros, o Monte Sinai, em Juiz de Fora (MG), é um hospital moderno e com conceito máximo em estrutura físi-ca. Pioneiro em métodos e novidades tecnológicas, a instituição oferece os recursos mais avançados para todo tipo de trata-mento e atendimento às urgências, com uma equi-pe altamente qualificada.Com a mais recente fase

de ampliação de sua es-trutura física, o estabe-

UMA OBRA CONSOLIDADA

lecimento passa a sediar um dos projetos mais inovadores na arquitetura hospitalar do País, o Cen-tro Médico Monte Sinai. O local irá reunir em um mesmo espaço, produtos serviços e profissionais da área da saúde. Duas torres com apro-

ximadamente 40 mil m² completam este centro hospitalar. O empreendi-mento nasce aliado à qua-lidade conquistada pela marca de uma instituição que fez dos investimentos

em tecnologia de ponta e excelência no atendimen-to, uma constância e tor-nou-se referência em alta complexidade para cerca de 2,2 milhões de habitan-tes.A obra do Centro Médi-

co Monte Sinai foi realiza-da sem objetivo de lucro, visto que o hospital é um empreendimento que tem como meta a consolidação de um núcleo hospitalar, com sinergia entre profis-sionais médicos, clínicas e hospital.

O complexo conta com 184 conjuntos de salas, reunindo clínicas e espe-cialistas de todas as áreas da Medicina. Além de um auditório com 250 lugares, salas de conferência e um foyer para eventos cientí-ficos, com portarias inde-pendentes para cada torre. Os prédios terão ambien-tes climatizados, um sofis-ticado isolamento acústi-co, praça de alimentação e área de desembarque fora da via pública. De acordo com o Dr. Ri-

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cardo Campello, diretor administrativo do Hospi-tal Monte Sinai, desde a expansão iniciada com o plano diretor do complexo hospitalar, elaborado em 2000, o investimento em estrutura e equipamentos foi da ordem de R$ 160 milhões. Neste enfoque, o custo total investido inclui o terreno, a construção dos prédios e o acabamen-to das áreas de uso co-mum, passarelas, obras de melhorias do condomínio, paisagismo e acabamento das salas e lojas.Campello afirma que o

Hospital Monte Sinai ofe-rece, hoje, 175 leitos de internamento, 42 de tera-pia intensiva adulta – inclu-sive unidade neurointensiva, com setor exclusivo e pio-neiro para traumas e AVCs - 10 leitos na unidade co-ronoariana, além de outros 10 na UTI NeoNatal. “Até 2013, serão mais 10 leitos de UTI Neo e 100 novos leitos de internamento”, afirma.

Evidência O conjunto de passare-

las do Monte Sinai rece-beu menção honrosa do

Prêmio ABCEM 2012 – As Melhores Obras em Aço. O projeto, que concorreu na categoria Obras Especiais, é assinado pelo arquiteto José Lopes Esteves, da EFE Arquitetura e Urbanismo. A premiação ocorreu du-rante o Congresso Latino--Americano da Construção Metálica (Construmetal), considerado o maior even-to do setor na América Latina, realizado em agos-to, na capital paulista. As passarelas premiadas pela Associação Brasileira da Construção Metálica (AB-CEM) somam 70 mil m².

“Até 2013, serão mais 10 leitos de UTI Neo e 100 novos leitos de internamento, Dr. Ricardo Campello, diretor administrativo do Hospital Monte Sinai

ESTRUTURA

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FICHA TÉCNICA

Hospital Monte SinaiFornecedores de material e serviço de:Aço: Acellor MittalConcreto: SuperMixAndaime: Alumac Ar Condicionado: Hitachi, Ar Master e Enconar Movimento de Terra: Nivelar TerraplenagemContenção: Sotege EngenhariaEsquadria de Alunímio do Prédio: Alubras Esquadria de Alumínio das Passarela: Confiança Portas: Roden Portas e PainéisEstrutura da Passarela: Inusa Elevadorres: ThyssenkruppProjeto Arquitetônico: Khan do Brasil e Pompeu ArquiteturaProjeto Fundação: Engenheiro Celso PratesProjeto Estrutural: Klaus Jakobi Projetos e ConsultoriaDetalhamento de Projeto: EFE Arquitetos gerenciamento Técnico: RHR Engenharia e Consultoriagerenciamento do Condomínio: PLENA Administração de Obras e Condomínio

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CLIMATIZAÇÃO

Em busca da temperatura ideal

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Algo primordial para garantir a como-didade de pacien-

tes e profissionais em um hospital é o projeto de cli-matização dos ambientes. Muitos usuários necessi-tam de uma temperatura ajustável conforme o seu problema de saúde. Por causa desta preocupa-ção, diversos engenheiros e arquitetos introduzem este quesito no roteiro de obras, durante a projeção das instituições.

No Brasil, centenas de estabelecimentos do setor da saúde buscam ofere-cer espaços, que além de agradáveis, sejam segu-ros quanto à qualidade interna do ar. Mas, para isso, devem seguir alguns requisitos necessários no projeto e execução das instalações dos aparelhos de ar-condicionado, de acordo com as normas da ABNT NBR 7256.

Projeto de climatização amplia o conforto e a tranquilidade de usuários das alas do Hospital Amparo Maternal, na capital paulista

Essa regra foi elabora-da no Comitê Brasilei-ro de Refrigeração, Ar--Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABNT/CB-55) e pela Comissão de Estudo de Condicio-namento de Ar na área da saúde (CE-55.002.01). Este regulamento circu-lou em Consulta Nacional, conforme edital nº 06, de 30/06/2004, com o núme-ro de Projeto NBR 7256. A norma visa definir os

ambientes com os con-

ceitos adotados das re-soluções e regulamentos técnicos da ANVISA e es-tipula requisitos mínimos de tratamento de ar, se-gundo uma classificação de risco ambiental. Tam-bém utiliza uma seleção de filtros finos baseada na eficiência fracionária (con-tagem de partículas).Além disso, o princípio

estabelece providências a adotar em caso de obras

ou reformas no espaço médico. Solicita, ainda, requisitos mínimos para a proteção contra incêndios referentes às instalações de tratamento de ar.Neste contexto, atesta-

-se que a climatização hospitalar serve como um complemento dos com-ponentes que garantem o conforto do espaço. No Hospital Amparo Mater-nal, em São Paulo (SP), os gestores tiveram essa preocupação em oferecer

aos usuários da instituição um ambiente agradável. O local recebeu uma infraes-trutura completa quanto à ventilação, ao ser instala-do um projeto de ar con-dicionado em várias alas. Essa medida contribuiu para reforçar os pilares de qualidade da instituição.De acordo com o enge-

nheiro Duilio Terzi, diretor da Fundament-AR, empre-sa responsável pelo proje-

“Nossa meta é servir na área térmica, com as nossas possibilidades de serviços, em enge-nharia consultiva”, afirma o engenheiro Duilio Terzi, diretor da Fundament-AR, responsável pelo projeto do sistema de ar condicionado e ventilação do Hospital Amparo Maternal.

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ARQUITETURA DA OBRA As obras do Centro Cirúrgico Professor Dr. Pedro Augusto Marcondes de Almeida, do Hospital

Amparo Maternal, foi entregue em 2012. De acordo com o engenheiro clínico da instituição, An-tônio Barroqueiro, as salas são equipadas com ar condicionado de fluxo laminar, mesa cirúrgica, gases medicinais, equipamento de anestesia, berço aquecido e instrumental cirúrgico adequado à baixa e média complexidade materno-infantil. “Todos os equipamentos são modernos e alta-mente eficientes. Em relação à qualificação profissional, toda a equipe é altamente capacitada e profissionalizada”, informa.Segundo Barroqueiro, este projeto seguiu um plano diretor de obras e intervenções, alinhado

com o plano estratégico aprovado pela entidade, envolvendo toda uma equipe multidisciplinar composta por arquitetos, engenheiros, médicos, enfermeiros, entre outros. O projeto trabalhou com um conceito de buscar não somente a inovação, mas resolver deficiências que limitam as operações do edifício hospitalar. “A ideia principal de planejamento consiste em uma nova unida-de, que pudesse realizar procedimentos com maior valor agregado.”Externamente, a arquitetura do Amparo Maternal preservou o estilo da edificação, conforme o

início do século passado. Internamente, o partido foi executar um “retrofit total” das instalações, seguindo as prerrogativas da legislação e a flexibilidade. “Feito o diagnóstico, passou-se a estudar os gargalos e opções técnicas de viabilidade, para a formatação dos layouts”, acrescenta.

CLIMATIZAÇÃO

to de ar condicionado, a proposta foi oferecer um serviço que atendesse à demanda de temperaturas do hospital. “Nossa meta é servir na área térmica, com as nossas possibilida-des de serviços, em enge-nharia consultiva”, acres-centa.Segundo Terzi, a empre-

sa está apta a oferecer ao mercado, projetos e assessoria, nas áreas de refrigeração industrial, ar condicionado, hidráulica e economia de energia. “Fa-zemos ainda o serviço de assessoria técnica, manu-

tenção de utilidades, co-geração de energia elétri-ca e retrofit de sistemas de ar condicionado”, finaliza.

Referência na saúdeVários estabelecimentos

do setor da saúde já re-ceberam os serviços da Fundament-AR. Entre as empresas de destaque, estão os hospitais Green Line, Santa Catarina e Sa-maritano. A lista de clien-tes ainda conta com a Es-cola Paulista de Medicina, o Hospital IGESP, o Labo-ratório Delboni Auriemo e o Laboratório Fleury.

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FICHA TÉCNICA

Hospital Amparo MaternalArquitetos responsáveis: Ênio ShimabuKuro - ESH Ar-quiteturaEngenheiros responsáveis, Instalações e Utilidades: João Luiz Noronha Grassi e Arnaldo Girardelli Jr. - AGM EngenhariaAr condicionado: Duílio Terci - Fundament -AR Enge-nhariaCálculo estrutural: Waldir Silva da Cruz - Sócálculo Pro-jetosFundações: José Vicente - BerfacConstrutora: Pacto Engenharia e Metalsano Estruturas MetálicaColaboradores: Equipe multidisciplinar (administrativo/médicos/enfermeiras/técnicos/apoio)Coordenação da obra: Equipe própriagerenciamento de licitação: Equipe própria

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Health

CLIMATIZAÇÃO

Em fase final de es-truturação, o Hospi-tal Metropolitano da

Unimed Vale do Aço, em Coronel Fabriciano (MG), começou a ser construído em 2009. Toda etapa de fundação foi concluída no início do segundo semes-tre de 2010. Quase 200

Hospital Metropolitano da Unimed Vale do Aço, em MG, contará com eficaz sistema de climatização, conforme normas do Ministério da Saúde

Climatização de novos leitos

trabalhadores e sete em-presas terceirizadas (entre construtora e fornecedores de materiais de constru-ção) estão envolvidos na sua execução do empreen-dimento.A obra tem mais de 10

mil m² de área construí-da e oferecerá 110 leitos

convencionais, além de 10 leitos de UTI e oito salas de cirurgia. Totalmente ba-seado em recursos finan-ceiros próprios, a diretoria da cooperativa prevê um investimento de aproxima-damente R$ 30 milhões na construção e na entrega do novo empreendimento.

Hospital Metropolitano - Unimed Vale do Aço

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O trabalho de instalação do sistema de climatização da instituição está sendo desenvolvido pela Arcon Engenharia. Na avaliação de Jorge Vello, diretor exe-cutivo da empresa, está sendo positivo participar da elaboração deste pro-jeto, pois a climatização de um hospital necessita de várias especificações. “A diretoria do Metropolita-no, preocupada com essa questão, vem disponibili-zando o necessário para o desenvolvimento de um excelente trabalho”, com-pleta.

Este projeto de climati-zação foi elaborado com base em normas técnicas e utilização de equipamen-tos de alta tecnologia e performances, atendendo, assim, a todas as exigên-cias. Entre elas, a garan-tia máxima de conforto e qualidade do ar aos usuá-rios, para uma recuperação mais rápida. O equipamento que será

instalado neste novo hos-pital é dotado de alta tec-nologia. O produto, com-posto por filtros especiais, terá capacidade para 450 TRs (Tonelada de Refrige-

ração), com distribuição em uma rede de dutos de 35 toneladas de chapas. Uma das preocupações

da Arcon na montagem de projetos direcionados à área hospitalar é o atendimento às exigências do Ministé-rio da Saúde. “Nossa meta é oferecer uma proposta sustentável, onde o gasto de energia e o desperdício de material na execução da obra seja o mínimo possível. Também temos que propor-cionar conforto aos usuá-rios, tornando a temperatu-ra do ambiente agradável”, afirma.

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198 ARQ

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CLIMATIZAÇÃO

LADO A LADO PELA QUALIDADEA parceria da Arcon Engenharia com a Unimed Vale do Aço surgiu na construção do

Hospital Metropolitano, onde a empresa observou uma grande oportunidade de de-senvolvimento para região, gerando empregos em parceria com a cooperativa médica. “Com isso procuramos a diretoria da instituição, e, após varias discussões sobre proje-tos, apresentamos nossa proposta e conseguimos chegar ao fechamento do negócio”, relembra. Fundada em 1988, a Arcon acumula uma vasta experiência na área de engenharia de

projetos, isolamentos térmicos, quadros elétricos de comando e sistemas de automa-ção, tendo instalado equipamentos em diversos setores da indústria nacional. Além da área industrial da Usiminas, a Arcon instalou também o sistema de climatização do Hospital Márcio Cunha, que também utiliza uma central de ar condicionado de alta performance.

“A diretoria do Metropolitano, preocupada com o conforto dos pacientes, vem disponibilizando o necessário para o de-senvolvimento de um excelente trabalho”, afirma Jorge vello, diretor executivo da Arcon Engenharia.

Hospital Metropolitano - Unimed Vale do Aço

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FICHA TÉCNICAHospital Metropolitano Unimed Vale do AçoEndereço: Av. Rubens Siqueira Maia, 2030, Bairro Santa Terezinha - Cel. FabricianoData do Projeto: Março de 2008Obra: Março de 2008Área do terreno: 40.150 m²Área total construída: 20 mil m²Nº pavimentos: 2 pavimentos na área administrativa e 1 pavimento Vagas estacionamentos: 160Pronto-atendimento: SimServiços Diagnósticos: laboratório de análises clínicas e um centro de diagnóstico por imagem composto de equipamentos para hemodinâmica, mamografia, ultra-som, endoscopia, raio-x, tomografia e Fisioterapia.Nº consultórios: 7 consultórios de especialidades Adicional: confortável recepção, auditório com capacidade para 200 pessoas.

Empresas sub-contratadas:Arquitetura: Fiorentini Arquitetura

Projetos:Ar-condicionado: Arcon

Fornecedores de Material e Serviço:Ar-condicionado: ArconConcreto: Valemix

Esquadrarias metálicas : ABA Esquadrias

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CLIMATIZAÇÃO

Eficiência e economia conduzem o projeto de condicionamento de ar do Hospital Prado Valadares, na Bahia

Excelência técnica

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201ARQ

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Alinhando-se aos pa-râmetros da NBR-7256 e também às

diretrizes da Agência Na-cional de Vigilância Sanitá-ria (ANVISA), RDC 50 e RDC 67, o projeto de condicio-namento de ar do Hospital Geral Prado Valadares, em Jequié (BA), se concretizou. Com a integração entre ar-quitetura e engenharia foi possível plena montagem e operação do sistema. A elaboração de um pro-

jeto de Heating, Ventila-tion and Air Conditioning (HVAC), ou seja, aqueci-mento, ventilação e ar con-dicionado, possui etapas complexas que envolvem diversas interfaces com outras especialidades téc-nicas. “Dessa forma, a con-tratação e a coordenação racional devem conside-rar a necessidade de aliar equipes, conhecimentos e experiências”, explica Fran-cisco José do Espírito San-to, engenheiro mecânico diretor da FJS Consultoria e Projetos. Para a concepção foi fei-

to um relatório de solução a ser adotada (RSA), ferra-menta de gestão de pro-jetos que permite analisar quantitativa e qualitativa-mente o custo e o consumo do sistema a ser aplicado. “Após essa análise, opta-mos por uma climatização através de resfriadores de líquido (expansão indireta)

e climatizadores de ar tipo fan-coils, padrão hospita-lar.”Após esse primeiro estudo

o projeto foi desenvolvido em três etapas. Inicialmen-te, o hospital foi orientado quanto às condicionantes locais que poderiam in-fluenciar no sistema. Em seguida, foram analisados os diversos sistemas viáveis a serem aplicados, relevan-do pontos como investi-mentos, força e reserva de água e espaços ocupados. Por fim, a equipe da FJS começou efetivamente a definir o projeto através de zoneamento de ambientes, elaboração de cálculos, de-terminação das dimensões dos equipamentos e, con-sequentemente, das áreas necessárias para a implan-tação. O projeto de condiciona-

mento de ar do Hospital Prado Valadares propor-ciona elevada otimização energética e alto grau de confiabilidade, uma vez que tal instalação deve fun-cionar 24h por dia, duran-te todo o ano. Para isso, recorreu-se a um sistema de expansão indireta, com dois resfriadores de líquido com capacidade unitária de 100 TR´s cada. A conden-sação é a ar, com circuito hidráulico divido em anéis primário e secundário, e a utilização de bombas cen-trífugas monitoradas por

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variadores de frequência. “Na configuração dos am-bientes críticos foi adotada a solução de climatizado-res modulares fan-coil´s, padrão hospitalar, com a filtragem de acordo com a NBR-7256 e distribuição de ar através de rede de dutos”, explica o engenheiro.O sistema carrega uma

lógica de controle e au-tomação que monitora e gerencia toda a climatiza-ção do hospital através de schedule (agendamento) do funcionamento dos apare-lhos. Esse modo também controla a temperatura dos ambientes supridos pe-los climatizadores fan-coils e modula a vazão destes

equipamentos através de inversores de frequência instalados nos motores dos ventiladores (modulação de vazão através do índice de saturação dos filtros). De acordo com Francisco

José, tal sistema propor-ciona o rodízio de funcio-namento das bombas pri-márias e secundárias, bem como a possibilidade de ge-renciar a vazão do circuito secundário através da mo-dulação dos inversores de frequência destas bombas em função da variação de pressão deste anel hidráu-lico. “Para os equipamentos resfriadores de líquido foi estabelecida uma progra-mação de partida e controle

CLIMATIZAÇÃO

de capacidade através da análise de demanda térmi-ca do prédio, garantindo o melhor ponto de eficiência energética da instalação.”Para o engenheiro, efici-

ência e economia são os principais objetivos do sis-tema a fim de obter a me-lhor integração à arquitetu-ra e às diversas disciplinas como instalações elétricas e hidro-sanitárias, segurança, combate a incêndio, dentre outros. “Investimos também na tecnologia Building Infor-mation Modeling (BIM Pro-grams) para propiciar uma maior confiabilidade nas compatibilizações e interfa-ces com as demais normas de projeto.”

“A contratação e a coordenação racional devem considerar a necessidade de aliar equipes, conhecimentos e experiências”, Francisco José do Espírito Santo, engenheiro mecânico diretor da FJS Consultoria e Projetos.

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EXPANSÃO

O perfeito equilíbrio entre beleza e funcionalidade

Hospital de Olhos Santa Luzia amplia sua área em mais de 2 mil m² proporcionando amplas salas de espera e ambiente aconchegante a seus pacientes

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A elaboração de um projeto arquitetô-nico de hospitais

é um complexo processo em que englobam inú-meros fatores. Deve-se pontuar desde as con-dições climáticas regio-nais, por exemplo, até a correta comunicação dos diversos setores hospita-lares, afinal, trata-se de um ambiente multiface-tado. Esta razão justifica a importância de se ter uma perfeita compati-bilidade físico-funcional no ambiente. Todo esse minucioso trabalho visa, especificamente, levar conforto a seus usuários. Foi com essa missão, de conjugar bem estar e me-lhoria da saúde do pa-ciente, que a equipe do

escritório Russo Ventura Arquitetura dedicou-se à ampliação do Hospital de Olhos Santa Luzia, loca-lizado na Zona Norte de Recife (PE).Essa parceria começou

com pequenas reformas até firmar na ampliação de 2.460m², projeto este que durou dois anos, considerando o período de concepção e a devida aprovação nos órgãos. São cinco novos pavi-mentos que serão ocupa-dos por etapas e de acor-do com as necessidades. Além disso, há dois pavi-mentos que se encontram em estágios iniciais de construção. Trata-se de uma expansão gradativa, planejada entre cinco a dez anos, uma vez que o

hospital possui uma área de 1 mil m² que ainda pode ser utilizada.Na ampliação do Hospi-

tal de Olhos Santa Luzia foram relevados impor-tantes pontos projetu-ais para a sua harmônica concretização. Um de-les se refere ao quesito expansibilidade, pois, o avanço tecnológico dos equipamentos acarreta, muitas vezes, na neces-sidade de redimensionar o espaço. Com o intuito de tornar a ampliação um projeto expansível, foram estudados os materiais, os sistemas construtivos e as escolha e localização das unidades funcionais visando uma adaptação mais econômica e menos dolorosa para a instituição.

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A reforma trouxe para as novas instalações grandes vãos estruturais, tornan-do o local flexível para qualquer tipo de espaço, instalação, tecnologia e, principalmente, para a acessibilidade do pacien-te. Para isso, foram utili-zadas lâminas de 500m² sem vigas e pilares, todas locadas na periferia. O sistema construtivo foi de pilares, vigas e lajes pré--moldados, fatores que agilizam a obra. De acordo com Mariana

Russo e Fernanda Ven-tura, sócias do escritório Russo Ventura Arquite-tura, o projeto é flexível

desde a sua raiz. “Concen-tramos no centro da plan-ta baixa todos os serviços de banheiros públicos, de depósito de material de limpeza e de circulações verticais que deixam li-vres para a implantação de qualquer serviço no restante da lâmina. E isso se repete em todos os pa-vimentos, agregando uma legibilidade de planta de fácil acesso para os usu-ários e visitantes”, expli-cam. Outra questão funda-

mental que pontuou o projeto foi a busca pela excelência no atendimen-to e conforto do paciente.

Com esse objetivo, as no-vas instalações oferecem amplas salas de espera em ambientes claros e acon-chegantes com vista para o exterior, afinal a beleza do local não poderia ser descartada, uma vez que a região é o bairro mais ver-de da cidade. É importan-te ressaltar que o projeto também foi pensado para aqueles que trabalham no hospital, proporcionando uma perfeita interação entre os ambientes. A sustentabilidade tam-

bém é um dos pilares da ampliação, afinal, por ser um local onde há aten-dimento durante as 24h

EXPANSÃOdo dia, faz-se necessá-rio a adoção de medidas para evitar o desperdício. Pensando nisso, adotou--se um diferenciado siste-ma de ar condicionado, à base de água, o qual pos-sui uma maior eficiência energética. As locações das janelas também fo-ram estrategicamente es-tudadas a fim de diminuir a incidência solar em áre-as de poente, garantindo uma insolação menor nos horários mais quentes.Além disso, todo o proje-

to se preocupou quanto à manutenção e segurança preditiva, visando garantir maior controle da vida útil

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dos equipamentos. Ou seja, a ampliação conside-rou a demanda das atuais tecnologias o que, con-sequentemente, acarreta também na qualidade da segurança do edifício em relação à prevenção de in-fecções. Por isso o projeto traça desde a sua planta uma clareza a fim de evi-tar futuras manutenções corretivas. As novas instalações do

Hospital Santa Luzia dese-nham um estilo contem-porâneo de linhas retas e arquitetura limpa, com o toque da modernidade de paredes envidraçadas. “Mas na medida certa ao nosso clima quente, pois não poderíamos criar um edifício estufa. Criamos um edifício funcional aci-ma de tudo”, explicam.As arquitetas consideram

como grande diferencial do projeto a preocupa-ção de agregar moderni-dade e tecnologia à nova estrutura. “Unir o antigo e o novo de forma a ser um só edifício, tanto es-teticamente, quanto fun-cionalmente”, comentam. Ainda sobre a ampliação, elas lembram que o maior desafio foi realizar a cons-trução durante o hospital em funcionamento, afe-tando o mínimo da área antiga e modernizando tais áreas após a ocupa-ção do novo local.

FICHA TÉCNICA

Ampliação do Hospital de Olhos Santa LuziaEndereço: Estrada do encanamento, 909 Casa Forte. Recife - PEData do Projeto: 2007/2008 Obra: 2010Área do terreno: 948m²Área total construída: 2.460m² (área da ampliação) o hospital possui aproximadamente 5 mil m²Nº pavimentos: 5 pavimentos Vagas estacionamentos: 150 vagasPronto-atendimento: sim Serviços Diagnósticos: simFisioterapia: não Nº consultórios: 20 consultórios atuais e possibilidade de mais 15 na expansão futura

Adicional (áreas de apoio, salas de treinamento, dentre outros)Possui lanchonete , área de exames e um bloco cirúrgico de 5 salas de cirurgia

Empresas sub-contratadas:Estruturas pré moldadas: T&A Esquadrias: Squadra Instaladora de ar condicionado: Soclima Projeto Luminotécnico fachada e exterior: Via iluminação

Nomes dos arquitetos ou empresas:Arquitetura: RussoVentura arquitetura Interiores: RussoVentura arquiteturaCoordenação: RussoVentura arquitetura

Projetos:Ar-condicionado: Interplan Elétrico e hidráulico: Schvartz engenharia Gases Medicinais: Linde Gases Projeto de fundações: GeobetonLuminotécnico: Via Arquitetura (externa e fachada) Estrutura de concreto: T&A pré moldadosImpermeabilização: Casimper Prevenção e Combate a Incêndio: AndesusAssessoria Legal: Russo Ventura aquitetura

Fornecedores de Material e Serviço:Aço Inox: Metalmad Ar-condicionado: Soclima

Detalhes da Obra: Drywal: Albino SilvaElevadores: Thyssenkrupp Esquadrarias metálicas: Squadra (alumínio)Granito: Marmopedras Guarda Corpo: SquadraImpermeabilização: Casimper Luminárias: LuminiRevestimento vinilico de parede: Fademac Piso Vinílico: FademacPiso premoldado: Terragran Revestimento Cerâmico: PamesaRevestimento Fachada: Pastilha Jatobá Mão de Obra Civil: Schvartz Engenharia

Fornecedores de Equipamentos:Acabamentos de elétrica: SchineiderCombate a incêndio: AndesusGeradores: CummisLouças: Celite Metais sanitários: Docol

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EXPANSÃO

Edificação do futuro Novo Centro Integrado de Oncologia e Hematologia doHospital Albert Einstein tem como missão oferecer modelo inovador de assistência

Imagine um núcleo médico com espa-ços aconchegantes,

a exemplo da recepção composta por móveis so-fisticados, iluminação di-ferenciada e paredes de tons amadeirados. Den-tro de cada ala, painéis

com imagens de pontos turísticos e florais refor-çam a humanização dos ambientes. Além disso, o paisagismo complementa a sensação de conforto e tranquilidade. Todos es-ses atributos compõem o projeto de arquitetura

do novo Centro Integrado de Oncologia e Hemato-logia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em São Paulo (SP).O local tem como pre-

missa a integração das atividades de prevenção, diagnóstico e tratamen-

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to. Desta forma, o usuá-rio terá um acolhimento privativo, completo e se-parado das demais áreas. A unidade também irá estimular a prática mul-tiprofissional, em que o paciente receberá assis-tência de especialistas de vários setores.Alguns detalhes deste

ambiente foram desen-volvidos para suprir às demandas clínicas onco-lógicas. Prova disso, são as instalações que in-cluem acolhimento social, espiritual e emocional do usuário, com áreas de ati-vidades para familiares, biblioteca, áreas para te-rapias integradas, apar-tamentos individuais de sessão infusional com vis-tas externas, entre outros.O projeto de arquitetura

é do escritório internacio-nal Albert Kahn, detalha-do por seu escritório no Brasil, Kahn São Paulo. A obra é de responsabilida-de da construtora Afonso França Engenharia.A linguagem arquite-

tônica prioriza aspectos técnicos e funcionais sem menosprezar formas es-téticas e o conforto dos usuários. Os ambientes possuem um estilo mais contemporâneo, já que os interiores privilegiam a aparência clean, sem adornos desnecessários que afetariam a manuten-ção e a limpeza.

Eleonora Zioni, diretora de desenvolvimento de negócios da Kahn, consi-dera inovadora a abran-gência de vários detalhes como às janelas maiores para contato com o am-biente externo. Outro ponto são os quartos, es-paços de quimioterapia e consultórios integrados as salas de exames, que permitem maior proximi-dade do médico com a família do usuário. “O lo-cal conta ainda com uma área exclusiva para pa-cientes pediátricos, com interiores diferenciados, projetados especialmente para as crianças”, afirma.A obra apresenta um

relativo grau de comple-xidade por se tratar de reformulação interna de uma área hospitalar em funcionamento. Todavia, a experiência da Afon-so França Engenharia em projetos similares, várias destes realizados para o próprio Albert Einstein possibilita uma racio-nalização dos trabalhos e uma maior eficiência operacional, minimizando os transtornos causados à operação do hospital e possibilitando uma rigo-rosa evolução dentro do cronograma previsto.Na opinião de Eleono-

ra, entre as vantagens do centro estão os conceitos do Planetree e as terapias alternativas que compro-

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vadamente auxiliam o processo de recuperação, integradas ao tratamento médico e diagnóstico. Ela afirma que conveniências como lojas de acessó-rios, salas de meditação e massagem, espaço ecu-mênico, salas de entre-vistas, bibliotecas e locais de informação estão pre-sentes no projeto. “Tere-mos ainda, uma entrada exclusiva, preservando o paciente em momentos

mais delicados”, acres-centa. Após ser pioneiro na

construção hospitalar sustentável, com a certifi-cação LEED Gold do Pavi-lhão Vicky e Joseph Safra, o Albert Einstein passou a aplicar conceitos de sus-tentabilidade em todas as suas obras. Nesta, por exemplo, é feito o uso de louças e metais econo-mizadores de água, uso de iluminação com baixo

consumo de energia, uso de tintas que não emitem compostos voláteis, entre outros componentes.O centro tem grande in-

tervenção em quatro an-dares distintos, com áreas ocupadas e sendo libe-radas para execução dos serviços de forma parcial. Atualmente a construtora trabalha em cerca de 50% da área total, e à medi-da que são concluídas as etapas, novos espaços se-

Espaço Quimioterapia - Centro de Oncologia - Hospital Albert Einstein

Biblioteca - Centro de Oncologia

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rão liberados, até a entre-ga total em 2013.As áreas em obra são

totalmente isoladas dos demais ambientes com tapumes especiais, e ocorre mudança total do layout, com demolição do existente. Ainda, se-rão feitas novas divisões de ambientes, instalações completas de elétrica, hi-dráulica, ar condicionado e gases medicinais, subs-tituição de revestimento de pisos, forros, paredes e esquadrias. A equipe deste projeto

também é composta pe-los engenheiros Oscar Fa-vero Jr (diretor de obras da Afonso França), Patrí-cia Chiaradia (gerente do contrato) e José Luiz Bar-ros Fontes (engenheiro de produção) e pela ar-quiteta Fernanda Tenório.

Recepção - Centro de Oncologia

Exame - Centro de Oncologia

SAIBA MAISCuriosidades do PlanetreeO Planetree é a certificação para humanização e o Hospital Israelita Albert Einstein é o primeiro a ser certificado na Amé-

rica Latina. Com a humanização, a atenção é centrada na pessoa e a interação entre o paciente, acompanhantes e a equi-pe multi-profissional de saúde são essenciais para o atendimento, pois a necessidade do suporte emocional da família e amigos é compreendida, e o contato humano é valorizado. O acesso à informação como o conhecimento do prontuário com explicação e conscientização sobre o diagnóstico, prognóstico, terapia, prevenção e reabilitação é incentivado. A inserção de terapias alternativas e complementares como comentado também é parte da humanização. A compreensão de todos os sentidos do ser humano, a sinestesia, abrange a importância da nutrição e a boa alimen-

tação. O papel da espiritualidade na vida de cada um, sem preconceitos de religião, mas como uma compreensão da existência e seu propósito. A inserção da arte e da beleza inclusive nos espaços planejados com arquitetura especializada analisando a cor, luz, forma e função, dentre vários fatores favorece a integração com as comunidades saudáveis.

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FICHA TÉCNICA

Centro Integrado de Oncologia do Hospital Israelita Albert EinsteinEndereço: Avenida Albert Einstein, 627- Morumbi- São PauloData do Projeto: abril/2012Obra: iniciadaÁrea total construída: reforma de 5.000 m2Nº pavimentos: 4

Nº consultórios:Adicional (áreas de apoio, salas de treinamento, dentre outros): Consultórios, Salas de cirurgia, Internação, Quimoterapia, Radioterapia, Diagnósticos completos com 3 aceleradores lineares, Terapias complementares.Empresas sub-contratadas: Construtora Afonso França.

Nomes dos arquitetos ou empresasArquitetura: Kahn do Brasil Ltda.Interiores: Kahn do Brasil Ltda.Coordenação: Kahn do Brasil LtdaColaboradores: vide www.albertkahn.com

Projetos:Ar-condicionado: ClimacleanConsultoria de caixilhos: QMDElétrico e hidráulico: PolitécnicaLuminotécnico: Esther StillerImpermeabilização: ProasspPrevenção e Combate a Incêndio: EngepointAssessoria Legal: PAN

Obra:Construção: Afonso França

Detalhes da Obra:Esquadrarias metálicas: ABA Esquadrias

EXPANSÃO

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FORMAÇÃO

Qualificação para novas obras Brasil tem cerca de 400 universidades com o curso de Engenharia Civil. A graduação tem sido uma das mais procuradas devido à demanda do setor

O salto positivo no cenário da cons-trução de novos

prédios no Brasil, nos últi-mos dez anos, é algo bas-tante perceptível. A bus-ca pelo desenvolvimento tem sido o fator principal para a contribuição dessa nova vertente do espaço

urbano. As exigências de acreditações como as exis-tentes no setor da saúde e regulamentos de impor-tantes eventos esportivos como a Copa do Mundo são grandes fatores para esse avanço nas edifica-ções.Diante dessa demanda, a

necessidade da contrata-ção de profissionais quali-ficados aumenta de forma significativa. Para suprir a falta desses trabalhadores no mercado, muitas facul-dades de engenharia civil surgem nas instituições brasileiras. A maioria des-ses cursos proporciona a

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Qualificação para novas obras

estrutura ideal, ao ponto de se consagrarem como referência nacional.Hoje existem cerca de 430

faculdades de engenharia em todo o Brasil. Embora o número seja aparentemen-te considerável, ainda exis-te carência de engenheiros civis no mercado.Nesse conceito, algo im-

portante ao escolher um escritório de engenharia para elaborar projetos de obras é conhecer o nível de ensino da instituição que os engenheiros e ar-quitetos cursaram. Esse dado faz a diferença, pois, com base na infraestrutura da universidade, pode-se ter ideia da capacitação do profissional.No Ceará, a Universidade

de Fortaleza (Unifor) pos-sui ex-alunos do curso de Engenharia Civil contra-

tados para projetar obras em hospitais e clínicas. En-tre as de destaque estão a reforma dos prédios da Maternidade Escola Assis Chateaubriand da Univer-sidade Federal do Estado e a construção do edifício do Hospital Unimed da capital cearense.A Unifor oferta dois cur-

sos presenciais na área de Engenharia Civil. O de ba-charelado, com duração de cinco anos, e o de gradua-ção tecnológica em Cons-trução de Edifícios, tendo duração de três anos.Segundo o professor Al-

meida Júnior, diretor do Centro de Ciências Tecno-lógicas (CCT) da Instituição, as disciplinas obrigatórias do curso são na modalida-de presencial, porém algu-mas como a de Produção de Texto Técnico podem

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ser a distância. Já matérias optativas como Educação Ambiental são somente em ambiente virtual.Com um corpo docente

qualificado, formado em sua totalidade por mestres ou doutores, além de serem profissionais de mercado, a Unifor possui uma estrutu-ra de laboratórios renova-dos periodicamente, com reconhecimento de entida-des de classe. A Universi-dade promove o programa trainee em parceria com conceituadas construtoras. A iniciativa prepara os futu-ros profissionais com prá-

ticas de gestão, tecnologia e de negócios, para serem aplicadas no mercado de trabalho. Em cada semestre, são

abertas 200 vagas para o bacharelado em Engenha-ria Civil, sendo 100 vagas no período diurno e 100 vagas no noturno. Para o curso de graduação tec-nológica em Construção de Edifícios, são abertas 50 vagas no período noturno. Outro benefício é o progra-ma de iniciação científica e intercâmbio internacional.Conforme o professor Al-

meida Júnior, nos últimos

anos a expansão do crédi-to e os investimentos em infraestrutura, devido à Copa do Mundo da FIFA, têm impulsionado o mer-cado da construção civil, cujo crescimento gerou dificuldades até no abas-tecimento de materiais e mão de obra qualificada nos diversos patamares. “Esta ‘explosão da constru-ção civil’ atraiu a atenção não somente de estudan-tes do ensino médio, mas também de profissionais já graduados e estudantes de outras especialidades”, completa.

FORMAÇÃO

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ARQUITETURA

Ainda no setor de construções, a Unifor oferece o curso de Arquitetura e Urbanismo. Com uma matriz curricular distribuída por dez semestres, possui um currículo flexível e atual às exigências do mercado, contemplando também vários diferenciais no sentido de contribuir proativamente com a formação dos seus alunos. Neste sentido, o curso atua por meio de metodologias educacionais ativas e da inter e transdisciplina-

lidade, ao investir em atividades extracurriculares como visitas técnicas nacionais e internacionais, assim como em ações de intercâmbio em parcerias com diversas universidades de outros países.Com uma formação generalista, o aluno graduado em Arquitetura e Urbanismo possuirá habilitação

para conceber, planejar e desenvolver projetos nas áreas de planejamento urbano, arquitetura, paisa-gismo, comunicação visual, entre outras. Além de estar apto a elaborar orçamentos, executar e fiscalizar obras e serviços.Atualmente, a Unifor contabiliza 5.340 alunos matriculados no CCT, onde 45% desse efetivo compõem

os cursos de Engenharia Civil e de Arquitetura e Urbanismo.

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