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HEALTHCAREManagement 22 JANEIRO | FEVEREIRO 2013 healthcaremanagement.com.br 1 A gestão por mérito Eles mostram como uma OSS realiza a administração hospitalar agregando qualidade em todos os níveis dos serviços prestados

HealthCare Management 22a Edição

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Revista bimestral direcionada à area da saúde. Nesta 22ª edição da revista, destacamos a atuação de uma Organização Social da Saúde (OSS), além disso, você confere reportagens do segmento médico.

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A gestão por méritoEles mostram como uma OSS realiza a administração hospitalar agregando qualidade em todos os níveis dos serviços prestados

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EXPEDIENTE

A revista Healthcare Management é uma publicação bimestral do Grupo Mídia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional.

O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores, e não refletem, necessariamente, a opinião do Grupo Mídia.A reprodução das matérias e dos artigos somente será permitida se previamente autorizada por escrito pelo Grupo Mídia,

com crédito da fonte.

MATRIZRua Antônio Manuel Moquenco Pardal, 1027 - Ribeirão Preto-SP - Brasil

CEP: 14096-290 | Telelefone: + 5516 3629-3010

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eDIToRIAL PUBLISheREdmilson Jr. Caparelli

ReDAçÃo Priscila Soares [email protected] de Paula [email protected] [email protected] [email protected]

CoMeRCIAL Giovana [email protected] Del [email protected]

DePARTAMenTo De MARkeTInGErica Almeida Alves

ASSInATURAS e CIRCULAçÃ[email protected]

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ASSISTenTe CoMeRCIALCaroline [email protected]

FoToSBanco de imagensPriscila Soares Prado

GeRenTe CoMeRCIALMarcelo [email protected]

PReSIDenTe Edmilson Jr. Caparelli

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DIReToRA ADMInISTRATIVA Lúcia Rodrigues

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DIReToRA De MARkeTInG/ eVenToSErica Almeida Alves

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ConSeLho eDIToRIAL Edmilson Jr. Caparelli, Erica Alves, Jailson Rainer,

Lúcia Rodrigues e Priscila Soares Prado

eDIToRA eXeCUTIVAPriscila Soares Prado

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ReLAçÕeS InTeRnACIonAIS Jailson Rainer

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GeSToRA De ReCURSoS hUMAnoSGislaine Filipine

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Atenção: pessoas não mencionadas em nosso expediente não têm autorização para fazer reportagens, vender anúncios ou, sequer, pronunciar-se em nome do Grupo Mídia.

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EDITORIAL

a solução é evoluirCaro leitor,

Eis a fórmula exata para agregar resultados satisfatórios por meio do gerenciamento de uma instituição de saúde. Desenvolver estra-tégias e medidas que estimulem a excelência do atendimento tem sido o foco principal de CEOs, diretores e coordenadores de diver-sos hospitais brasileiros. Entre os principais assuntos desta publicação apresentamos os frutos de uma administração através da OSS (Organização Social de Saúde).

Esse modelo de gestão desenvolvido em várias instituições em todo o Brasil traz uma política, de benefícios e regras, a ser cumprida. Por meio de um contrato entre o Poder Público e a entidade, controla-se a atividade desempenhada pela OSS, sen-do publicados os balanços e a prestação de conta, dentre outras exigências.

Até que ponto vale buscar novas medi-das de posicionamento corporativo? Qual o momento certo para reformular o modo de gestão? Questões como essas se encaixam nas entrelinhas de algumas reportagens nas páginas a seguir. E é com inovação que conduzimos a editoria Escolha Certa, ao tra-zer um amplo conteúdo sobre os sistemas de esterilização implementados em consa-grados hospitais. Para reforçar esta temáti-ca, temos a participação do Presidente da Associação Brasileira de Esterilização (ABE) que avalia o cenário deste serviço no País e esclarece os benefícios da entidade.

Ainda nesse contexto de buscar fontes oti-mizadas para o atendimento de pacientes, contamos com uma reportagem sobre foto-terapia. A matéria aborda pontos inovadores desta prática que cresce a pas-sos largos no território nacional.

Na seção Health-IT divulgamos as novida-des de softwares implantados em hospitais como Albert Einstein e Real Hospital Portu-guês de Beneficência em Pernambuco.

Para mostrar o panorama dos bastidores da administração da saúde no Brasil teremos o especial “A Gestão das Instituições de Saú-de nos Estados Brasileiros”, que nesta edição destaca Minas Gerais, ao ressaltar importan-tíssimos centros médicos mineiros.

Também teremos uma reportagem com o Diretor Executivo da Casa de Saúde São José (RJ) que neste ano completa nove dé-cadas de história. Veja ainda como a sus-tentabilidade constrói valores dentro de uma gestão hospitalar diferentemente do tradicional modelo “fee for service”. Trata-se do Ciclo de Geração de Valor, o qual há um olhar para o pa-ciente e não para o custo.

Boa leitura!

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

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NESTA EDIÇÃO

JANEIRO - FEVEREIRO

PONTO DE VISTA

16 Em busca do tempo perdido Artigo de Carlos Goulart,Presidente-Executivo da ABIMED

ESPAçO MéDICO

COMEMOrAçãO

fOCO NA GESTãO

20 Nova gestãoSINDHOSP promete reforçar o papel ativo na sociedade enfatizando as atuações pela melhora na saúde

24 Credibilidade hospitalarA avaliação e o reconhecimento da ONA dão credibilidade às casas de saúde e contribuem para melhoria nos serviços

30 Pelo bom funcionamento

46 Integrações rápidas em TI: a garantia do andamento do negócio das organizações de saúde sem interrupções

36 Como vai a gestão universitária?

54 Equipamentos médicos conectados à rede e ao prontuário eletrônico. é chegada a hora!

56 Uma nova visão em TI

66 Carbono: A nova métrica gerencial

64 Humanização de ponta

72 Intercâmbio de conhecimentos

18 Nove décadas de comprometimento

48 Tecnologia de ponta a favor da saúde

51 Gestão Integrada

Logística ganha mercado no segmento hospitalar e contribui para o melhor funcionamento da instituição

Artigo de fernando Vogt, Diretor de Vendas para a área de saúde da InterSystems

Presidente da ABrAHUE comenta a evolução do cenário dos hospitais escolas do Brasil e conta como está a atuação da entidade de apoio

Artigo de Avi Zins, Consultor especialista no setor da saúde

Serviços implantados em hospital de SP garante o uso correto e eficaz de tecnologias médicas, ao garantir segurança para pacientes e usuários

Artigo de Márcia Mariani, especialista em gestão ambiental

Equipamentos que reinventam a tecnologia médica baseando-se na humanização provam o potente mercadoda Telemedicina no País

Hospital inova em atendimento harmonizado e em pesquisas clínicas com Universidades americanas

Casa de Saúde São José, no rio de Janeiro, completa 90 anos mantendo uma administração fortalecida e cada vez mais profissionalizada

Hospital em Pernambuco investe em tecnologia para oferecer melhor atendimento aos seus usuários

Investir em Engenharia Clínica de qualidade é tão importante quanto fomentar o parque tecnológicoda instituição hospitalar

HEALTH-IT

OLHAr NA CAPACITAçãO

SUSTENTABILIDADE

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80 A melhoria vem do investimento

86 Para agregar bons resultados

92 Governança corporativa

98 Apoio na limpeza é fundamental

102 O tom do crescimento

SUS completa 25 anos

104 fototerapia e o mercado

108 Eficiência tecnológica

Presidente da ABE analisa o setor de empresas que promovem serviços direcionados à esterilização e comenta o papel da entidade no Brasil

Coordenadora de enfermagem do Sírio-Libanês faz análise sobre utilização de métodos seguros de esterilização no setor de saúde

Promoção da melhoria da saúde norteia a atuaçãodas Organizações Sociais na administração hospitalar

Mais do que uma parceria, o apoio nos serviços de higiene e atendimento em hospitais é essencial para seu bom funcionamento

Distribuidora de produtos médico-hospitalares espera crescimento superior a 60%

Com mais de duas décadas, o Sistema Único de Saúde reflete falhas e evoluções

Avanços da medicina fototerápica exigem completaassessoria tecnológica para as instituições de saúde

Serviços contratados no setor de radiologia digital oferecem soluções de qualidade

Dra. Cristina ribeiro, Gerente Médica Home Care do Hospital Israelita Albert Einstein, relata como surgiu o serviço de home care na instituição e ressalta pontos positivos desta prática que se expande no território brasileiro

ALTA NOS NEGÓCIOS

110

ESCOLHA CErTA

MODELO DE ATENDIMENTO

saúde10pontuando a gestão

PoNTo FiNAl

76 A Gestão das Instituições de Saúde nos Estados Brasileiros - Minas Gerais

Especial apresenta avaliação de serviços de apoio nos Estados brasileiros

112

ESPECIAL

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DESCOBERTANovo vírus fatal de gripe ‘pode ser transmitido por contato humano’As autoridades sanitárias do Reino Unido constataram ter evidências de que uma doença respiratória aguda seja capaz de se alastrar por contato humano.A mais recente pneumonia atípica é causada por um vírus da família corona-vírus. No mundo, foram registrados 11 casos da doença desde os primeiros diagnósticos, no fim do ano passado.Embora este caso demonstre forte evidência de transmissão por contato pessoal, o risco de infecção na maior parte das circunstâncias ainda é consi-derado muito baixo, disse a autoridade britânica.Logo após os primeiros diagnósticos da nova gripe, a OMS ressaltou, através de seu Twitter e sua página na Internet, que o vírus é semelhante, mas não igual ao da Sars, e considerou “prematura” a sugestão de que a doença seja “a próxima crise de saúde global”.

QUEDAdiminui ritmo de crescimento dos medicamentos genéricos no PaísSegundo estudo feito pela PróGenéricos, o crescimento dos genéricos é o menor desde que a categoria de medicamentos chegou ao País, em 2001. O volume de unidades vendido em 2012 aumentou 17% em rela-ção a 2011, e chegou a 679,6 milhões, ante 580,8 milhões do ano anterior.Em valores, as vendas dos genéricos movimentaram cerca de R$ 11,1 bilhões em 2012, um resultado 40,6% maior do que os R$ 8,7 bilhões registrados no ano anterior. Os dados foram auditados pelo IMS Health – empresa que presta serviços de consultoria em marketing farmacêutico – com base em registros de preços feitos pelos laboratórios na Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Os dados não con-sideram descontos oferecidos pela indústria ao varejo.

DIASFotos: Divulgação

AVANÇOeua aprovam comercialização de primeiro olho biônico no mundoA Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou o primeiro olho biônico lançado no mercado, denominado Argus 2, já avaliado pelas autoridades européias e transplantado em cerca de 60 deficientes visuais em todo o mundo.Este dispositivo, desenvolvido pela empresa californiana Second Sight Medical Products, é composto de eletrodos implantados na retina e lentes equipadas com uma câmera em miniatura.O olho biônico permite às pessoas que sofrem de retinose pigmentar, uma rara doença genética que provoca a degeneração dos fotoreceptores da retina, recuperar parcialmente a visão, graças a uma prótese de retina que permite estimular o nervo óptico através de sinais de vídeo e de uma carga elétrica.Estima-se que nos EUA umas 100 mil pessoas sofram de retinose pigmentar.

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CURABebê recebe cura da aids nos estados unidosMédicos norte-americanos anunciaram que, pela primeira vez, um bebê teria sido curado de HIV. Uma evolução surpreendente que pode levar a um tratamento mais agressivo de bebês infectados no nascimento e uma forte redução no número de crianças que vivem com o vírus.A criança foi tratada com medicamentos anti-retrovirais cerca de 30 ho-ras após seu nascimento. Se o estudo mostrar que o método funciona em outros bebês, é praticamente certo que se modifique a forma como os recém-nascidos de mães infectadas são tratados em todo o mundo.A ONU estima que 330 mil bebês tenham sido infectados em 2011 e que mais de três milhões de crianças no mundo estão vivendo com HIV.

CONQUISTABrasil vai fabricar primeiro biológico 100% nacionalA ANVISA concedeu registro para o desenvolvimento de um medicamen-to biológico em território brasileiro. O Etanercepte, cujo nome comercial é Reumatocept, que trata de artrite reumatóide e outras doenças crônicas que afetam as articulações, será desenvolvido pela BioNovis (que congrega Hypermarcas, Aché, União Química e EMS) em parceria com os laboratórios públicos Instituto Vital Brasil e Biomanguinhos/Fiocruz. A parceria para o de-senvolvimento do produto foi articulada pelo Ministério da Saúde em 2012.O medicamento 100% nacional, em cinco anos, deverá custar 50% menos que o importado. A previsão é que o medicamento esteja pronto para comer-cialização em 2016.

TECNOLOGIA Governo brasileiro lança portal que possibilita “teleconsulta”O Ministério da Saúde lançou o Portal Saúde do Cidadão, por meio do qual pa-cientes poderão disponibilizar pela Internet histórico de doenças, internações, cirurgias, exames, uso de medicamentos, procedimentos de alta complexida-de para o acesso de médicos pelos quais estejam sendo acompanhados.Para ter acesso a esse sistema, o paciente deverá estar cadastrado no Sistema Cartão Nacional de Saúde (Cadsus Web), e registrar uma senha de acesso no portal. Por meio da página, também será possível a troca de e-mails entre mé-dicos e pacientes. Caso a pessoa permita o acesso livre a seus arquivos, outros especialistas poderão, eventualmente, entrar em contato com o paciente com informações adicionais.Na página, ainda estarão disponíveis dados sobre a rede do SUS, como locais de unidades de atendimento, informações sobre farmácias populares e medi-camentos.O ministério lançou também o software E-SUS, para o uso dos profissionais de saúde nas unidades básicas. Por meio desse programa, será possível fazer prontuários eletrônicos, armazenar e acessar dados sobre os pacientes e sobre a rede de saúde.

desTaQues

Do SeTor

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www.saudeonline.net.br

Dificuldades para contratar médicos O Presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM), Eduardo Tadeu, dis-se no mês de fevereiro, que os prefeitos têm enfrentado dificuldades para contratar médicos. O relato foi feito ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Durante uma reunião, a associação e outras entidades representativas entregaram carta endere-çada a presidente Dilma Rousseff em que pedem a adoção de medidas por parte do Governo Federal para resolver o proble-ma. Segundo Tadeu, as prefeituras tentam de várias formas contratar médicos, mas não conseguem preencher as vagas.

Avaliação periódica em hospitais A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado está pronta para votar um projeto de lei que torna obrigatória a ava-liação, a acreditação e a certificação de qualidade de hospitais de qualquer na-tureza, públicos ou privados, vinculados ou não ao SUS. A proposta altera a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/1990) para tornar obrigatória a avaliação periódica dos serviços hospitalares. Deve ser ainda criado um regulamento para estabelecer metodologias de avaliação além de indi-cadores e padrões de qualidade. Se for aprovado na CAS, o projeto deve seguir direto para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para votação no plenário do Senado.

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ReDeS SoCIAIS CeLULAR e TABLeT

Supercomputa-dor nos hospitaisUma empresa de TI que atua no Brasil conseguiu miniaturizar o su-percomputador Watson e preten-de comercializar o produto. A ideia é vender unidades do tamanho de caixas de pizzas para hospitais, que usariam a ferramenta para o auxílio na descoberta de diagnósticos desafiadores. Além da compra das unidades, hospitais poderão alugar o supercomputador e usar suas capacidades na área da me-dicina. O Watson original foi apresentado ao mundo em 2011 e, naquele ano, venceu competidores humanos em um programa de perguntas e respostas na TV.

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PoNTo

De viSTA

Vemos com grande oti-mismo a iniciativa do

governo de melhorar a efi-ciência e diminuir os cus-tos dos portos brasileiros. Esta medida é uma sinali-zação positiva dos rumos que o atual governo está buscando imprimir à eco-nomia para reduzir o cha-mado “Custo Brasil”, no qual a infraestrutura portu-ária tem sido um dos gran-des ofensores.

A eficiência dos portos está diretamente ligada aos propósitos do Plano Brasil Maior, que estabele-ce uma série de iniciativas orientadas à desoneração dos investimentos e das ex-portações. Esta ação vem ao encontro dos principais focos do programa, entre eles o estímulo à inovação e competitividade da indús-tria - pilares para elevar o Brasil à condição de grande exportador não somente de “commodities”, como tam-bém de bens industrializados.

O setor de cuidados à saúde é diretamente bene-ficiado por uma infraestru-tura eficiente, seja como garantia da entrada de tec-nologias de última geração no País, seja como estímu-lo às exportações. Uma

ArTIGO

política voltada às expor-tações é fundamental para alavancar a redução do déficit da balança comer-cial. Modelos baseados na substituição de importa-ção, barreiras políticas e medidas protecionistas já não encontram eco no atu-al mundo globalizado e ex-tremamente competitivo.

Temos um mercado de produtos para a saúde vi-goroso movido por uma demanda reprimida, au-mento da renda média, en-velhecimento populacio-nal e bônus demográfico (período em que a popula-ção economicamente ativa constitui a maior fatia da pirâmide etária). Estes in-gredientes fazem do Brasil

um terreno fértil para o de-senvolvimento socioeco-nômico e atração de novas tecnologias e o creden-ciam como potencial polo de exportação regional ou mesmo mundial.

No entanto, apesar do cenário favorável, a inser-ção do País no comércio internacional está condi-cionada ao estímulo a in-dústrias competitivas, am-biente favorável a novos investimentos, fomento à agregação de valor local e superação das principais ineficiências, entre elas a de infraestrutura portuária.

A adoção de políticas transparentes, regulamen-tações claras e objetivas, a redução da carga tri-butária, simplificação da burocracia e melhoria da infraestrutura, como deve ocorrer com esta medida de abertura de concessão dos portos à iniciativa pri-vada, são sinais positivos para inflexão dos rumos de nossa economia.

HCM

em Busca do TemPo PerdidoPor Carlos Goulart

Carlos Goulart é Presidente Executivo da ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equi-pamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares.

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NoVas

TÉCNiCAS

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casa de saúde

São joSÉ

COMEMOrAçãO

Ao longo de nove déca-das de história, ou seja,

desde 1923 a Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro (RJ), vem se consolidando como referência em qualida-de na prestação de serviços de saúde no Brasil. Entre os principais fatores que garan-tiram esse sucesso, está o fato da Casa de Saúde per-tencer à Congregação das Ir-mãs de Santa Catarina, com mais de quatro séculos de existência, presente em qua-tro dos cinco continentes, em diversos países, porém, com os mesmos valores e princípios norteadores.

“Esse fator faz sermos reco-nhecidos como uma institui-ção séria, respeitada, eficien-te, que cuida da saúde das pessoas, valorizando cada ser humano como único, buscando levar também um conforto espiritual nos mo-mentos mais difíceis”, ava-lia André Gall, Executivo da Casa de Saúde São José. Se-

Nove décadas de comprometimento casa de saúde são José, no rio de Janeiro, completa 90 anos mantendo uma administração fortalecidae cada vez mais profissionalizada

gundo ele, algo que não pode ser esquecido em toda esta trajetória é a constante pre-ocupação com o bem-estar e desenvolvimento de todos os seus profissionais, pró-prios ou parceiros, além de uma atenção constante com atualização tecnológica e de infraestrutura. “Todas essas características foram funda-mentais para a implantação de ferramentas de qualidade, que nos conferiu certificados, como a ONA nível III e Acredi-tação Canadense – esses são alguns dos fatores que garan-tem nosso reconhecimento”, acrescenta.

A Associação Congregação de Santa Catarina, mantene-dora da Casa de Saúde São José, implantou há alguns anos Governança Corporati-va em todas as suas Casas e com isso a gestão se mantém cada vez mais profissionali-zada e capacitada, para fazer com que os profissionais ga-rantam a eficiência e seguran-

ça na assistência, afim de ob-ter resultados assistenciais e econômicos para a instituição.

De acordo com o executivo, completar 90 anos é motivo de muito orgulho para a equi-pe da Casa de Saúde, pois ao longo dos anos muitas insti-tuições hospitalares faliram e encerrarem suas ativida-des, outras foram incorpora-das, adquiridas por grandes grupos, enquanto a Casa de Saúde São José manteve seu curso de crescimento e forta-lecimento no segmento.

ANDRé GALL, ExECUTIVO DA CASA DE SAúDE SãO JOSé

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“Transpomos barreiras regionais, ganhamos re-conhecimento nacional e internacional, mas o mais importante, fortalecemos nossa atuação, melhoran-do nossos resultados, para que consiga ampliar cada vez mais a função de gerar recursos contribuindo para que a mantenedora consiga ampliar a cada ano a abran-gência da assistência social que presta à milhares de brasileiros”, afirma Gall, ao dizer que esta atitude é o que mais motiva a equipe do hospital, para continuar firme e forte na caminhada.

Sobre as metas do hos-

pital para 2013, Gall afirma que a instituição visa dar continuidade ao seu pro-cesso de fortalecimento de posicionamento de merca-do, como hospital cirúrgico de alta complexidade, com tecnologia de ponta e in-fraestrutura que gere segu-rança, eficiência e conforto para seus clientes, contando ainda com ampliação de ser-viços de alta complexidade.

Nos últimos anos, a Casa de Saúde São José, reali-zou fortes investimentos em tecnologia médica de ponta, tornando-se um dos hospi-tais mais bem equipados do Rio de Janeiro, para a reali-

zação de cirurgias de alta e média complexidade.

Quanto à importância da contribuição dos serviços de apoio (terceirizados) para a instituição, o executivo diz que estes são de fun-damental importância para que a casa proporcione aos clientes a assistência com a qualidade e segurança, cer-tificadas pelos processos de acreditação hospitalar. “Buscamos somar parceria com empresas que tenham expertises comprovadas em suas áreas de atuação, tornando os processos as-sistenciais mais eficientes e seguros”, conclui.

Hospitais CeNTeNárioS

HCM

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Foco Na

PErSPECTIVAS 2013

GeSTão

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Nova gestão

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siNdHosP promete reforçar o papel ativo na sociedade enfatizando as atuações pela melhora na saúde

NovaPreSiDêNCiA

Para 2013, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas,

Casas de Saúde, Laborató-rios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado de São Paulo (SINDHOSP) aposta em várias vertentes a fim de fortificar sua atuação.

O novo Presidente da en-tidade, Dr. Yussif Ali Mere Jr., tomou posse do cargo substituindo o Dr. Dante Montagnana, que faleceu em dezembro de 2012. Entretanto, data de longo tempo sua participação no Sindicato. Há 16 anos ele participa da diretoria, sen-do oito anos exercidos na função de Vice-Presidente.

Em entrevista exclusiva à revista HealthCare Ma-nagement, Ali Mere Jr. en-fatizou o esforço da atual administração em divulgar ações do Sindicato. “Dare-mos mais publicidade, no sentido de tornar público, para todos os problemas que vivemos no setor da saúde. é preciso esclare-cer que nosso principal in-teresse é a saúde como um todo. Não analisamos uma clínica ou um hospital pelo o que eles geram de lucro,

mas sim o valor social da instituição”, explica.

Visando intensificar a atuação do SINDHOSP pe-rante a sociedade, a gestão estreitará laços com outras entidades, ainda que não sejam do segmento da saú-de, como a OAB e a FIESP. “A saúde envolve diversos setores de nossa socieda-de, por isso é imprescin-dível a aproximação com outras organizações.”

Dentre as metas do SIN-DHOSP, Ali Mere Jr. tam-bém aposta em novas relações no campo da edu-cação. “O Sindicato e, es-pecificamente, o Dr. Dante Montagnana, fundaram o IEPAS, Instituto de Ensi-no e Pesquisa na Área da Saúde e nossa gestão dará continuidade a esta ativida-

de, ampliando a capacita-ção profissional, treinando funcionários e promoven-do cursos em todas as re-gionais do Estado.”

Quanto à atuação po-lítica, o novo presidente afirma dedicar forças para resgatar o Projeto S da Saúde, que cria o Serviço Social da Saúde (SESS) e o Serviço Nacional de Aprendizagem da Saúde (SENASS). De acordo com o projeto de lei, as insti-tuições funcionarão nos moldes dos serviços de outros setores da econo-mia, como o SESI/SENAI (indústria), o SESC/SENAC (comércio), o SEST/SE-NAT (transportes) e o SE-NAR (agricultura). “Nossas empresas do setor da saú-de pagam o sistema S para

“O SINDICATO E, ESPECIFICAMENTE, O DR. DANTE MONTAGNANA, FUNDARAM O IEPAS – INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA NA ÁREA DA SAúDE E NOSSA GESTãO DARÁ CONTINUIDADE A ESTA ATIVIDADE, AMPLIANDO A CAPACITAÇãO PROFISSIONAL, TREINANDO FUNCIONÁRIOS E PROMOVENDO CURSOS EM TODAS AS REGIONAIS DO ESTADO”

DR. YUSSIF ALI MERE JR.

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o comércio, sendo que esse dinheiro deveria ser dire-cionado para a saúde. Isso injetaria investimentos no aprendizado e na melhoria do desempenho da capaci-tação profissional”, ressalta Ali Mere Jr.

DesafiosAcerca da saúde pública,

o presidente afirma que este será um ano desfavo-rável para melhorias signi-ficativas no SUS devido à instabilidade econômica, pois tais problemas pode-rão interferir na concessão de um aumento significati-vo para o setor.

Outra questão de longa data que está na pauta das

Foco Na

PErSPECTIVAS 2013

GeSTão

ações do sindicato é o rea-juste linear de procedimen-tos na tabela do SUS. “Essa medida é básica para o iní-cio de uma recuperação fi-nanceira do setor. Sem esse aumento o atendimento à população feito pela rede beneficente corre o risco de entrar em colapso. Por isso temos que dialogar com o

“DAREMOS MAIS PUBLICIDADE, NO SENTIDO DE TORNAR PúBLICO, PARA TODOS OS PROBLEMAS QUE VIVEMOS NO SETOR DA SAúDE. é PRECISO ESCLARECER QUE NOSSO PRINCIPAL INTERESSE é A SAúDE COMO UM TODO”

DR. YUSSIF ALI MERE JR., PRESIDENTE DA SINDHOSP

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Nova

PreSiDêNCiA

governo para atender a essa solicitação, que já se esten-de por mais de 10 anos”, afirma Ali Mere Jr.

Já quanto à saúde su-plementar, o SINDHOSP é favorável a instrução nor-mativa nº 49, a qual regu-lamenta os critérios para reajustes dos valores pra-ticados entre operadoras e prestadores de serviços em saúde. “é positiva a regula-mentação, entretanto, isso não significa que somos contra as operadoras. Pelo

contrário, é através delas que temos nossos pacien-tes, por isso é tão funda-mental o diálogo.”

Modelo de RemuneraçãoEste ano, cerca de 30

hospitais participarão do projeto “novos modelos de renumeração”, que implan-tará na gestão uma “diária compacta”. Isto é, em caso de internação, por exem-plo, todas as despesas se-rão cobradas por pacotes. Diferentemente do atual

modelo de remuneração dos hospitais, denominado “conta aberta por unidade de serviço” (fee-for-service), o qual cada item utilizado é detalhado na conta.

Segundo Ali Mere Jr., o SINDHOSP apoia a medida da ANS, uma vez que tal ação traz benefícios tan-to para a gestão hospita-lar, como também para o usuário final, sendo uma possível solução para o desafiante equilíbrio entre custos e desperdícios. HCM

Page 24: HealthCare Management 22a Edição

24 HEALTHCAREManagement 22 JANEIRO | FEVEREIRO 2013 healthcaremanagement.com.br

Foco Na

CErTIfICAçãO

GeSTão

a avaliação e o reconhecimento da oNa dão credibilidade às casas de saúde e contribuem para melhoria nos serviços

As acreditações recebi-das pelos estabeleci-

mentos de saúde, apesar de não obrigatórias, con-ferem à instituição maior credibilidade. A ONA (Or-ganização Nacional de Acreditação) homologou

credibilidade hospitalar

161 avaliações a hospitais no ano passado. Entre de-zembro de 2012 e fevereiro de 2013, 13 Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde receberam o re-conhecimento pela primei-ra vez. Para essas institui-

ções, não se trata apenas de um título, mas sim de um auxílio para reconhe-cer seus pontos fortes e fracos e permitir aprimo-rações para que o atendi-mento aos pacientes me-lhore ainda mais.

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Busca pelaCreDiBiliDADe

reconhecimento da oNa demonstra comprometimento com a assistência segura

A primeira acreditação surgiu em julho de 2008, quando o Hospital Unimed Natal resolveu avaliar a qualidade de sua prestação em relação à missão da instituição, que é oferecer assistência em saúde com segurança e qualidade aos seus usuários. Para isso, utilizou a metodologia de avaliação da ONA. A insti-tuição é a única a ter esta certificação no Estado do Rio Grande do Norte. “O reconhecimento para nós

vai além de um ‘título’. Demonstra o nosso com-prometimento com a as-sistência e segurança dos nossos clientes, tendo em vista que a busca pela qualidade nos faz utilizar conhecimentos diversos, trabalhando sempre com a interdisciplinaridade e mul-tidisciplinaridade”, diz José Gomes Neto Júnior, Super-visor de Gestão da Qualida-de do Hospital.

Os gestores do hospital reconhecem esta metodo-

logia como uma oportuni-dade contínua para melho-ria de seus processos, no que diz respeito a satisfazer os públicos interno e exter-no da casa de saúde, além de proporcionar um ama-durecimento nas relações de trabalho. “Para que ob-tivéssemos esse resultado final, passamos por etapas que favoreceram nosso aprendizado individual e coletivo, visando à obten-ção da certificação, além de uma mudança na cultu-

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Foco Na

CErTIfICAçãO

GeSTão

ra da organização”, explica o supervisor.

A avaliação analisou pon-tos essenciais para a se-gurança do paciente: ma-peamento dos processos; gerenciamento do fluxo do serviço; capacitação dos profissionais alinhados ao programa de educação permanente; dimensiona-mento dos colaboradores; condições operacionais e de infraestrutura para o desenvolvimento das atividades; critérios para utilização dos equipamen-tos médico-hospitalares; tecnologia da informação; avaliação e validação dos fornecedores externos; controle em cronograma das manutenções preventi-vas e corretivas das insta-lações prediais e de equi-pamentos; cumprimento das normas do controle de infecções hospitalares; sistema de notificação de eventos adversos e geren-ciamento dos riscos clíni-cos e não-clínicos.

Após a conquista da acre-ditação, a instituição tem avançado na gestão dos seus processos, guiados por indicadores estratégi-cos de qualidade e segu-rança, elevando os padrões dos seus serviços e redu-zindo os custos hospitala-res associados à diminui-ção dos danos ao paciente,

aumentando assim a satis-fação do usuário.

Além de investir nessa avaliação, o hospital pos-sui um Sistema de Gestão da Qualidade, criado para promover a mudança de cultura, estrutura e método de trabalho, incorporando medidas para elevar a se-gurança e a qualidade dos processos; gerenciando as interações sistêmicas dos processos, alinhando-os aos objetivos estratégicos da organização; analisando os indicadores dos proces-sos; promovendo ações de melhoria; estimulando a definição das respon-sabilidades dos profissio-nais para a execução das atividades; monitorando o exercício das atividades conforme responsabilida-des definidas; promovendo a interação entre as áreas e a melhoria de processos para alcançar a segurança dos produtos e serviços e estabelecendo padrões técnicos para a definição de indicadores.

O Hospital Unimed Natal atende, em média, 13 mil pessoas por mês, entre as clínicas Médica e Cirúrgi-ca, Pronto Atendimento e SADT, e busca ainda outras acreditações. Para isso, recebeu no mês de feve-reiro a visita de manuten-ção da Certificação Nível I

“O RECONHECIMENTO PARA NóS VAI ALéM DE UM ‘TíTULO’. DEMONSTRA O NOSSO COMPROMETI-MENTO COM A ASSISTêN-CIA E SEGURANÇA DOS NOSSOS CLIENTES, TEN-DO EM VISTA QUE A BUS-CA PELA QUALIDADE NOS FAz UTILIzAR CONHECI-MENTOS DIVERSOS, TRA-BALHANDO SEMPRE COM A INTERDISCIPLINARIDA-DE E MULTIDISCIPLINARI-DADE”

JOSé GOMES NETO JR., SUPERVISOR DA GES-

TãO DA QUALIDADE DO HOSPITAL UNIMED NATAL

e diagnóstico para Nível II da ONA e, em agosto, será submetido à nova visita da instituição acreditadora.

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Busca pelaCreDiBiliDADe

O Instituto de Oncologia do Vale (IOV) também foi acredi-tado pela ONA, em 2007, com o objetivo de conhecer suas falhas e melhorar o padrão de qualidade na assistência, aprendizado e validação dos processos. Para isso a insti-tuição abriu as portas para a avaliação do órgão e recebeu o importante reconhecimen-to de qualidade assisten-cial. “A acreditação funciona como uma chancela que dá garantias aos pacientes de que a instituição se preocu-pa com a qualidade dos ser-viços oferecidos”, esclarece Stela Coelho, Coordenadora de Qualidade do Instituto.

O resultado da primeira auditoria demonstrou que as rotinas de atendimento estavam bem estruturadas e que a preocupação constan-te com a qualidade já estava internalizada em todos os co-laboradores. Os principais fa-tores que contribuíram para estes resultados foram o en-volvimento da alta direção, constante investimento em tecnologia, educação con-tinuada, qualidade e com-prometimento no trabalho desenvolvido pela equipe. “Superamos o resultado es-perado, pois focamos sem-pre a qualidade e segurança

instituição conquista acreditações garantindo a qualidade dos serviços prestados

na assistência ao paciente visando oferecer o melhor tratamento. A cada visita re-cebemos sugestões que en-grandecem os nossos pro-cessos de assistência”, diz.

Hoje o IOV possui três ser-viços certificados em nível de Excelência da ONA, a matriz em São José dos Campos (SP) e duas filias em Tauba-té, dentre estas estão as duas unidades que representam a maior demanda de aten-dimentos, a unidade de São José dos Campos e uma das filias de Taubaté, situada dentro do Hospital Regional do Vale do Paraíba (HRVP), que totalizam uma média de 1.500 a 2.900 atendimentos/mês entre consultas da equi-pe multidisciplinar e trata-mento quimioterápico.

O próximo passo após o reconhecimento da ONA foi buscar a conquista da cer-tificação internacional de qualidade da Accreditation Canada, processo que foi iniciado no segundo semes-tre de 2010, a meta era con-quistar a certificação até o final de 2012, mas o resulta-do veio antes do esperado, sendo alcançado em maio de 2012. Um dos fatores que auxiliou na conquista da certi-ficação internacional foi o uso

da filosofia Lean, também conhecida como mentalida-de enxuta, que vem sendo empregada pela equipe do instituto para mapear o flu-xo e agregar o valor para os clientes desde 2008. “Em 2013, nossa meta será a sus-tentabilidade dos processos de qualidade com melhorias continua”, conta Stela.

O serviço possui também um escritório de qualidade, responsável por garantir a se-gurança e traçar projetos que agreguem valor para pacien-tes e colaboradores. Os de-safios estão diretamente as-sociados com segurança do paciente, mentalidade enxuta e a sustentabilidade do cui-dado das seis dimensões do cuidado traçadas pelo IOM (Institute of Medicine).

STELA COELHO, COORDENADORA DE QUALIDADE DO IOV

HCM

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Foco Na

CErTIfICAçãO

GeSTão

modelo de gerenciamento da saúde propõe conceito de ‘valor’ em que a qualidade do serviço acarreta na redução do custo financeiro de toda a operação

A qualidade de atendi-mento como alternativa

para a sustentabilidade na saúde traça o caminho por onde determinadas práticas devem ser valorizadas e re-duzidas. Trata-se de um pro-cesso em que há benefícios para todos os envolvidos, o qual os valores demons-tram-se muito além das questões financeiras.

De encontro a esse novo modelo de gestão estão as práticas exercidas há tempos em instituições de saúde, como o modelo de renume-ração baseado em “fee for

sustentabilidade construindo valores

service”. Tal sistema esti-mula o uso de diversos ser-viços e atendimentos sem corresponder, no entanto, à verdadeira necessidade e qualidade da assistência. “O mercado aprendeu, durante anos, a tratar a doença e ma-ximizar a utilização de recur-sos para efetivá-la. Quando nos deparamos com a rea-lidade do mercado e como a dificuldade financeira que foi gerada impacta a todos, temos que iniciar um movi-mento de ajuste e de forma imediata”, analisa Gabriel Palne Rodrigues, CEO do

Grupo Geriatrics.Acontece que o grande

gerador de custo do sistema é a doença em si, por isso, a urgência de maximizar o valor de todo o sistema, tra-zendo efetivos resultados para o usuário e instituição. “Se tratarmos o paciente de maneira que a sua condição de saúde seja maximizada, ele, provavelmente, terá me-nores recorrências de agra-vos e, portanto, trará menos custos ao sistema em um futuro breve.”

Trazendo a teoria para a prática entra em cena o im-

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NoVa

PreSiDêNCiA

portante papel das opera-doras de planos de saúde. Para isso, Rodrigues aposta no investimento em ações de prevenção e educação, juntamente com o controle de qualidade e garantia de resultados assistenciais. Esse novo olhar na gestão, o ciclo de geração de valor, reduz significativamente o uso de métodos mais custosos e, consequentemente, traz um excelente retorno para todo o sistema. “As operadoras deverão garantir que os re-cursos necessários sejam alo-cados nas terapias corretas, bem como os incentivos para se atingir metas de qualidade e resultados assistenciais su-ficientes para remuneração do investimento feito pelo provedor de serviços.”

Em outra ponta deste sis-tema estão os prestadores de serviços que, segundo Rodrigues, são os “agen-tes da mudança”. No ciclo, esses personagens são os produtores dos resultados clínicos, fonte que leva à re-dução inteligente dos custos assistenciais e, paralelamen-te, a possibilidade de uma melhor renumeração por parte das operadoras.

Ainda que haja uma tenta-tiva das operadoras de redu-zirem os custos assistenciais, tal medida tem a perspectiva do próprio custo da empre-sa, não do ‘valor’ ao pacien-

te. “Há uma busca pela ver-ticalização e negociação de menores tabelas. Com isso, ocorre uma pressão pela re-dução de gastos ao longo da cadeia, mas sem efetiva-mente consegui-lo, já que prestadores com menores margens ou em piores con-dições financeiras terão mais dificuldade em investir em programas de qualidade que garantam os melhores resul-tados aos usuários. Logo, pa-cientes em piores condições de saúde necessitarão de novas intervenções médicas, gerando mais custos ao sis-tema”, explica Rodrigues.

Ainda de acordo com o gestor, a atual crise de aces-so aos serviços de saúde privados não se resume apenas ao aumento do nú-mero de beneficiários se-gurados pelas operadoras. Faz-se necessário uma série de questionamentos a fim de chegar a uma conclusão da ineficiência do sistema. Saber quantas internações podem ser evitadas e como reduzir o tempo de perma-nência ao integrar serviços de saúde são algumas cha-

ves para o sucesso do ciclo de geração de valor.

O novo caminho guia-se pelo olhar para o ‘valor’, não para o custo. “Sendo assim, ao invés de forcar o custo para baixo, deve-se ten-tar empurrar os resultados para cima. Dessa forma, re-almente adicionamos valor, uma vez que com melhores resultados clínicos, haverá a redução de despesas.”

De acordo com Rodrigues, em todo o ciclo de geração de valor cada integrante desempenha determinada função. As operadoras de saúde, por exemplo, devem integrar a informação com prestadores, agilizar o pro-cesso de autorizações, boni-ficar resultados clínicos, etc.

Já os prestadores de servi-ços devem adotar medidas que qualifiquem as ações e processos, integrar ações com fornecedores, capacitar equipe. Por fim, os fornece-dores ao agilizar o acesso a terapias e tecnologias com-provadamente mais resolu-tivas e participar diretamente na qualificação da operação dos prestadores.

“SE TRATARMOS O PACIENTE DE MANEIRA QUE A SUA CONDIÇãO DE SAúDE SEJA MAxIMIzADA, ELE, PROVAVELMENTE, TERÁ MENORES RECORRêNCIAS DE AGRAVOS E, PORTANTO, TRARÁ MENOS CUSTOS AO SISTEMA EM UM FUTURO BREVE”

GABRIEL PALNE RODRIGUES, CEO DO GRUPO GERIATRICS

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logística ganha mercado no segmento hospitalar e contribui para o melhor funcionamento da instituição

A logística hospitalar é um importante ponto

para o sucesso na adminis-tração da instituição. A pre-ocupação com o assunto tem crescido entre os cen-tros de saúde porém, ainda não é tratada com a impor-tância devida. Os maiores desafios enfrentados pelo setor estão relacionados à própria prioridade dada ao uso de materiais e medica-mentos. Questionamentos

Pelo bom funcionamento

Foco Na

CErTIfICAçãO

GeSTão

relacionados ao uso de pro-tocolos, medicina baseada em evidência, avaliação técnica e uso adequado, in-dicação adequada, prescri-ções e validações.

“Em uma instituição hos-pitalar, os suprimentos representam aproximada-mente 30% do total das despesas, e essa fatia pode ser ainda maior dependen-do do controle ou da falta dele”, explica Tatiana Tem-

pel, Gerente de Projetos, responsável por desenvol-vimentos de novos negó-cios da Logimed, empresa especializada no segmento.

Uma das dificuldades apresentadas para o investi-mento neste setor está rela-cionada à sustentabilidade financeira, que desafia os atuais modelos de gestão, relegando a importância da área de suprimentos e logís-tica a segundo plano. “Há

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Busca pelaCreDiBiliDADe

uma clara defasagem se comparados com as boas práticas de mercado no que se diz respeito a cobertura de estoque, lead time, pla-nejamento de demanda, lenta movimentação, des-carte e controle de SKUs. Com a pressão dos custos de mão de obra, também se torna necessário planejar investimentos em automa-ção”, relata Carlos Oyama, Diretor de Suprimentos e Logística do Hospital Israe-lita Albert Einstein.

As intituições públicas vêm investindo no setor, por meio das Parcerias Pú-

blico Privada (PPP´s). Histo-ricamente a área de saúde apresenta muitas neces-sidades de investimento, grande custo de manuten-ção e alta demanda reprimi-da. As PPP’s tiram das mãos do governo a responsabili-dade de investir na infraes-trutura necessária ao aten-dimento da demanda por serviços de saúde no País e ao mesmo tempo realizam a manutenção dos já exis-tentes propiciando melhor aproveitamento dos recur-sos financeiros existentes.

“Acreditamos que a logís-tica hospitalar sofrerá uma

alavancagem significativa com a evolução das PPPs no mercado de saúde”, analisa Mayuli Fonseca, Diretora de Novos Negócios da Unihe-alth, empresa especializada em logística hospitalar. Ta-tiana tem a mesma visão de Mayuli quanto ao aqueci-mento do setor. “O modelo de logística hospitalar ainda é pouco profissionalizado no Brasil, muitas vezes sem a gestão e os controles ne-cessários. Para o setor da saúde, isso ainda pode ser considerado ‘novidade’, mas as PPP’s estão fomen-tando nossa área”, afirma.

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Foco Na

CErTIfICAçãO

GeSTão

loGísTica coNTriBui com Bom FuNcioNameNTo

Uma logística hospitalar eficiente é composta de processos que garantam que o paciente receberá o medicamento certo, no lugar adequado e na hora indicada, tudo isso com se-gurança. Também, é função do setor otimizar os proces-sos a fim de diminuir os cus-tos da instituição. “Quando se trata de vidas, temos que estruturar os serviços em um alto nível de exigência. A área de Suprimentos e Logística tem um papel fun-damental”, diz Carlos Oya-ma, Diretor de Suprimentos e Logística do Hospital Isra-elita Albert Einstein.

Entre os principais pro-blemas causados por uma logística ruim está a falta de medicamentos. Com a gestão dos estoques e dos consumos é possível rea-lizar um planejamento de compras de curto, médio e longo prazo. Isso permite a melhor negociação com os fornecedores, gerando significativa redução de custos e um melhor fluxo de recebimento dos insu-mos evitando as faltas de medicamentos. “Garantir a rastreabilidade por toda a cadeia de abastecimento, a qualidade do atendimen-to ao paciente, gerar redu-ções de custos e atender

a todas as exigências dos órgãos regulatórios é o mí-nimo que se pode exigir de uma logística hospitalar eficiente”, comenta Mayuli Fonseca, Diretora de No-vos Negócios da Uniheal-th, empresa especializada em logística hospitalar que atua hoje em mais de 80 instituições de saúde por todo o Brasil, além de uma atuação junto ao Ministério da Saúde de Angola.

A logística bem estrutu-rada facilita também a ação dos gestores em tempo há-bil para evitar a perda de medicamentos e permitir a troca dos produtos com os fornecedores ou com outras instituições. “O desperdício é outro problema enfrenta-do pelos hospitais. O prin-cipal motivo que leva a esta perda é a distorção da me-todologia de remuneração entre os participantes da ca-deia de saúde”, explica.

Especificamente na área da logística hospitalar, a cultura do desperdício foi altamente fomentada pela inexistência de protocolos assistenciais institucionais definidos, a falta de con-trole e responsabilização dos profissionais assisten-ciais pelo uso otimizado dos produtos e o excesso de insumos disponíveis,

porém, com a mudança do cenário macroeconô-mico, a necessidade de se controlar esse desperdí-cio passou a ser essencial para a sobrevivência das instituições de saúde.

Para auxiliar na extinção deste e de outros proble-mas, existem várias inova-ções tecnológicas na área, a grande maioria baseada em automação. A tecnologia é essencial para gestão dos fluxos dos insumos, sem utilização de softwares espe-cializados como, Datamatrix, RFID, PDAs e dispensários, entre outros, é quase impos-sível garantir a rastreabilida-de necessária que certifica a eficiência na gestão da logís-tica hospitalar.

A tecnologia aplicada à logística hospitalar pode proporcionar benefícios não só a gestão da casa de saúde, mas também ao paciente. As inovações na área tendem a levar maior segurança ao usuário du-rante sua permanência na instituição. Além de garan-tir que o paciente receberá a medicação correta, dentro do seu prazo de validade e no horário adequado pres-crito pelo médico, essas garantias asseguram que o tratamento recebido é o tra-tamento correto.

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TecNoloGia a FaVor da loGísTica

A caminho da difusão no segmento hospitalar, a área de logística está apostando na tecnologia para oferecer às instituições garantia de bom gerenciamento. “Reali-zar um diagnóstico correto e formalizar processos são etapas iniciais para preparar e planejar ações estratégicas de curto, médio e longo pra-zo, a softwares que auxiliem nos processos são sempre bem vindos”, afirma Carlos Oyama, Diretor de Supri-mentos e Logística do Hos-pital Israelita Albert Einstein.

Procurando estar sempre à frente, no que diz respeito à logística hospitalar, a Lo-gimed, criada em 2008 pelo Grupo Andrade Gutierrez tem sido responsável por

introduzir práticas inovado-ras de controle e otimização de processos no estado de São Paulo. A empresa leva a informação em tempo real para os gestores hospitala-res através de ferramentas de BI, pela qual estes po-dem acompanhar tudo o que está acontecendo em sua instituição no que diz respeito a suprimentos e a logística hospitalar.

Uma logística hospitalar eficiente precisa ter infor-mação e a tecnologia con-tribui para isso diretamente. A utilização de softwares modernos e especializados torna os processos de con-trole claros e bem definidos, cobrindo toda a cadeia - do recebimento de materiais

até a dispensação - orienta-do a rastreabilidade; e com o suporte para tecnologias móveis, que fornecem um alicerce firme para a execu-ção dos serviços, reduzindo desperdícios e minimizando processos de logística rever-sa. “Nós aplicamos os con-ceitos logísticos das mais diferentes indústrias e tam-bém trouxemos para a saú-de métodos de avaliação, como por exemplo, o Cen-tro de Controle Operacional (CCO), responsável por mo-nitorar toda a cadeia logísti-ca, em tempo real, do forne-cedor até o paciente”, conta Tatiana Tempel, Gerente de Projetos, responsável por desenvolvimentos de novos negócios da empresa.

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Algumas inovações tec-nológicas neste setor têm contribuído ainda mais. A adoção de TAGs RFID para identificação ativa de produ-tos e armários RFID, refrige-rados ou não, são exemplos de soluções que serão cada vez mais adotadas em so-luções logísticas, especial-mente no ambiente da casa de saúde. Além de manter o material com acesso res-trito e controlado, fazem o gerenciamento automático do estoque. Essa tecnolo-gia beneficia toda a cadeia e com ela, é possível reduzir evasão, perdas de estoque por vencimento ou por falta de controle das condições ambientais. Também agili-zam a reposição e auxiliam no controle de materiais consignados, ampliando a visibilidade e interatividade com canais de distribuição e clientes.

Um importante ponto no qual a logística bem estrutu-rada pode colaborar, é com o fim do desperdício, possí-vel por meio do controle de estoque através do planeja-mento de itens, de valida-

des e de armazenamento, garantindo que o primeiro que vence será o primeiro a sair. Outra inovação que a empresa implantou nas Ins-tituições nas quais gerencia a logística foi a utilização da pulseira de identifica-ção com código de barras. Um sistema que permite o reconhecimento imediato do paciente através da lei-tura dos dados nela conti-dos. Sua integração com o sistema de dispensação que administra a farmácia, possibilita a administração segura dos medicamentos administrados para um de-terminado paciente.

Através de equipamentos móveis é realizada a captura do código de identificação da pessoa bem como, dos medicamentos, separados e entregues ou aplicados por horário de administra-ção, em embalagens indivi-dualizadas com etiqueta au-tocolante contendo o nome do paciente, andar, horário da administração e código de barras com dados para coleta a beira do leito.

O sistema emite alertas

Foco Na

CErTIfICAçãO

GeSTão

para medicamentos não dispensados para o pacien-te, troca de embalagem, e administrações fora da ja-nela. Todas as operações de administração medica-mentosa são visualizadas em uma tela de monitoria, que permite a qualquer tempo, verificar quais pa-cientes receberam – ou não – a sua medicação correta, na quantidade certa.

Neste mesmo equipa-mento é possível ainda con-sultar o lote de fabricação e a data de validade de cada medicação administrada, informações de extrema importância, garantidas pelo sistema de gestão em uso na farmácia e almoxari-fado que registra e mantém estas informações do rece-bimento até a dispensação. “Pensando na logística hos-pitalar, é de grande impor-tância saber se o paciente certo,está recebendo a me-dicação certa, na dose cer-ta, no horário certo, no tem-po certo, na validade certa, com a abordagem certa e com o registro certo”, expli-ca Tatiana.

“PENSANDO NA LOGíSTICA HOSPITALAR, é DE GRANDE IMPORTâNCIA SABER SE O PACIENTE CERTO,ESTÁ RECEBENDO A MEDICAÇãO CERTA, NA DOSE CERTA, NO HORÁRIO CERTO, NO TEMPO CERTO, NA VALIDADE CERTA, COM A ABORDAGEM CERTA E COM O REGISTRO CERTO”

TATIANA TEMPEL, GERENTE DE PROJETOS DA LOGIMED

HCM

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olHar

NA CAPACiTAÇão

ADMINISTrAçãO

como vai a gestão universitária?

Presidente da aBraHue comenta a evolução do cenário dos hospitais escolas do Brasil e conta como está a atuação da entidade de apoio

Dentre as instituições bra-sileiras de saúde, é no-

tável a qualidade dos hos-pitais universitários do País. Esse destaque vai para os centros médicos de ensino na região Sudeste que, na maioria das vezes, contam com avançada infraestrutu-ra e apoio necessário para a realização dos atendimen-

tos. Mesmo tendo concei-tuados hospitais escolas, ainda há muito a ser feito no Brasil quanto ao supor-te aos universitários da área médica, principalmente no Norte e Nordeste.

Para o Dr. Hugo da Costa Ribeiro Junior, Presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de

Ensino (ABRAHUE), apesar de todas as adversidades dos HU’s do setor público, eles se mantiveram como hospitais de referência para o SUS e como centro de excelência para a popula-ção brasileira. “Inúmeros avanços foram alcançados com os aperfeiçoamentos significativos dos proces-

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Fonte do eNSiNAmeNTo

sos gerenciáveis em nossa gestão”, completa.

De acordo com o presi-dente, a principal missão da entidade é congregar e re-presentar os interesses dos hospitais de ensino, promo-vendo ações para o desen-volvimento do ensino, pes-quisa, assistência e gestão.

Ele relata que entre os principais benefícios que a Abrahue oferece às insti-tuições universitárias está no trabalho de zelar pelo interesse comum dos as-sociados junto aos órgãos públicos e suas associa-ções. Outro foco é servir de instrumento de representa-ção, visando à defesa dos direitos de natureza institu-cional, cooperando com ór-gãos e entidades educacio-nais e de saúde.

“Também promovemos o contínuo aperfeiçoamento, por meio de intercâmbio e divulgação de informações e experiências. Além de rea-lizar encontros com vista ao aprimoramento do sistema de prestação de serviços das instituições”, detalha.

Ainda sobre os benefí-cios da associação, como explica Ribeiro Junior, eles são bem mais próximos do associado e menos formal, pois foca na participação nas reuniões da diretoria, com periodicidade mensal, e que os diretores têm a

oportunidade de ter contato pessoal com seus parceiros e também trocar informa-ções do dia a dia. “Estes en-contros têm um conteúdo amplo para todos os hos-pitais de ensino – federais, estaduais, municipais e fi-lantrópicos. “

Nestes aprimoramentos se incluem as ações que Abrahue vem desenvolven-do como a realização do congresso bienal, reuniões com o Ministério da Saúde com vistas à revisão dos tetos da contratualização, nova portaria de certifica-ção, além de outras ações. Cada segmento tem a opor-tunidade de ser contempla-do em assuntos de seu in-teresse por meio dos seus vices que os representam.

Integração A ABRAHUE promove

mensalmente reuniões da diretoria, conselho fiscal e em ano de congresso, reu-niões da comissão científica. Bienalmente realiza o con-gresso brasileiro de hospi-tais de ensino, em 2013 será realizado em Salvador (BA), no segundo semestre. Esse evento da associação tem como objetivo bem mais que debater, mas sim de acrescentar algo que possa ser aplicado no cotidiano dos hospitais de ensino, que vivem uma realidade dife-

renciada das instituições de saúde assistenciais.

Sempre com parceria com a ANVISA, MEC, Ministério da Saúde, Ministério do Pla-nejamento e outras institui-ções, em todo congresso o primeiro dia é destinado a cursos pré-congresso que abordam temas específicos de suma importância para o andamento pleno de um hospital. O evento sempre ocorre com a temática de mesas redondas nos quais os participantes podem de-bater, tirar dúvidas e buscar soluções com pessoas que estão a frente de determi-nados assuntos e assim po-dendo levar melhorias para cada hospital de ensino.

“INúMEROS AVANÇOS FORAM ALCANÇADOS COM OS APER-FEIÇOAMENTOS SIGNIFICATI-VOS DOS PROCESSOS GEREN-CIÁVEIS EM NOSSA GESTãO”

DR. HUGO DA COSTA RIBEIRO JR., PRESIDENTE DA ABRAHUE

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olHar

NA CAPACiTAÇão

ADMINISTrAçãO

No sul de Minas Gerais, um jovem hospital escola tem se destacado na assistência, no ensino e na pesquisa. Com 20 anos de fundação o Hospital Universitário Alzira Velano, em Alfenas, que também faz parte da ABRAHUE é referên-cia pelos serviços prestados à comunidade e na forma-ção acadêmica. Sua história é marcada por avanços e conquistas, e permanente tra-balho conjunto em busca da excelência dos serviços e no cuidado humanizado.

Criado para ser uma ins-tituição de saúde de ensino do curso de Medicina da

Unifenas, no início dos anos 90, o hospital ultrapassou as fronteiras municipais. A insti-tuição é referência em todo Sul e Sudoeste do Estado e tem expressão no cenário da saúde em Minas. Conforme a diretoria da entidade, ser um hospital de ensino é a sua principal qualidade, sendo o que lhe confere valor, define sua missão e o seu olhar.

O Alzira Velano tem como missão firmar-se como cen-tro qualificado de atenção hospitalar, pesquisa e for-mação de recursos humanos para a saúde, baseando-se numa assistência de elevado

padrão de qualidade, segu-rança e humanização. Neste contexto, o hospital busca a excelência no atendimento com humanização, aplica-ção de tecnologias no conhe-cimento da saúde, inovação, investimento em recursos humanos e cumprindo sua responsabilidade social.

O hospital é um moderno complexo hospitalar forma-do pelo hospital central, as clínicas especializadas em Fisioterapia, Fonoaudiologia, Oftalmologia, Reabilitação Motora, Terapia Renal Subs-titutiva - hemodiálise, Labo-ratórios de Análises Clínicas,

GraNdes marcas No eNsiNo

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Fonte do eNSiNAmeNTo

Anatomopatológico e sete ambulatórios localizados em bairros da cidade que aten-dem à população de Alfenas.

O Alzira Velano atende pacientes de 26 municí-pios da região. Os casos com doenças de alta com-plexidade vêm de cerca de 100 cidades, chegando a 1 milhão de pessoas que são beneficiadas com os servi-ços especializados e o aten-dimento humanizado.

Os números são expres-sivos e atestam não só o crescimento, mas a capaci-dade gerencial e a qualidade dos serviços prestados. São mais de 35 mil procedimen-tos ao mês, somando 420 mil ao ano, uma média apro-ximada de 1.200 procedi-mentos ao dia. O prontuário eletrônico está implantado em 97% do hospital.

No Pronto Socorro, com atendimento 24 horas, atra-vés do acolhimento com classificação de risco, pelo protocolo de Manchester, são feitos em torno de dez mil atendimentos mensais. De janeiro a agosto de 2012 já foram realizados 285.237 mil procedimentos, sendo

138.525 exames; 4.720 cirur-gias e 141.992 atendimentos, o que significa uma média mensal de 35.654 procedi-mentos. Desse total, 86% são realizados gratuitamente, através do SUS. A materni-dade, totalmente humaniza-da, foi a primeira do Estado a implantar o sistema PPP (pré parto, parto, pós parto), incentivando o parto normal e o aleitamento materno.

A instituição é um hospital geral, com CTI adulto, UTI pediátrica e UTI neonatal, e 150 leitos de internação. é referência regional em Saúde Auditiva, Gestante de Alto Risco, Urgência e Emergência, Politraumatis-

mo, Neurocirurgia, Cirurgia Bucomaxilofacial, Deformi-dades Craniofaciais, Lesões Labiopalatais.

O Alzira Velano tem cre-denciadas Residências Médi-cas em nove especialidades: Pediatria, Nefrologia, Cirur-gia Geral, Neurocirurgia, Clí-nica Médica, Anestesiologia, Obstetrícia e Ginecologia, Medicina de Família e Comu-nidade, Radiologia e Diag-nóstico por Imagem.

No processo assistencial e operacional, o modelo de gestão do hospital oferece inclusão e participação de todos que compõem o pro-cesso de produção do cui-dado, da atenção e do ensi-

“O HOSPITAL ALzIRA VELANO VEIO PREENCHER IMPORTANTE LACUNA ASSISTENCIAL NA CIDADE DE ALFENAS. LOGO TORNOU-SE UMA UNIDADE DE SAúDE UNIVERSITÁRIA E DE ENSINO DE ALTO NíVEL, OFERECENDO O QUE HÁ DE MELHOR NO ENSINO MéDICO EM GRADUAÇãO E NA RESIDêNCIA”

DR. ANTôNIO CARLOS LOPES, PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CLíNICA MéDICA - SBCM

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no em saúde.Dentro dessa dinâmica, vá-

rios instrumentos que pressu-põem conhecimento, criativi-dade, sensibilidade e ousadia são utilizados e articulados com o objetivo de desenhar uma estratégia que permitirá a orientação da alocação de recursos e fornecerá subsí-dios para acompanhamen-to e avaliação, contribuindo para o desenvolvimento do projeto institucional.

O hospital, em parceria com a Unifenas, proporciona a implantação de novos ser-viços, rumo ao objetivo que é o ensino e a referência de serviços junto à população locorregional.

O grande desafio para a concretização desses obje-tivos está na construção de estratégias de superação de problemas que envolvem o modelo de assistência e a formação profissional, arti-

culação com a rede de saú-de, lideranças, processos de trabalho, quadro de colabo-radores, uso do espaço físi-co, sistema de informação e gerenciamento de materiais e comunicabilidade.

Qualidade reconhecida O valor do Alzira Velano

é reconhecido hoje pela comunidade alfenense, e por gestores, especialistas e autoridades da região de Minas e outros Estados. Para o médico Antônio Carlos Lopes, Presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica - SBCM, “O hospital veio preencher importante lacuna assis-tencial na cidade de Alfe-nas. Logo tornou-se uma unidade de saúde univer-sitária e de ensino de alto nível, oferecendo o que há de melhor no ensino médi-co em graduação e na resi-

dência . Seu corpo clínico, sua infraestrutura tecnoló-gica e seus recursos huma-nos e materiais são com-paráveis aos melhores do País. Para ele, “Não poderia ser diferente, pois segue o que foi idealizado pelo seu inesquecível fundador, o Prof. Edson Velano”.

O Presidente da Fundação Mário Penna, que adminis-tra o hospital com o mesmo nome em Belo Horizonte, Dr. Cássio Resende, afirma que “o Hospital Alzira Ve-lano tem sido um suporte fundamental para o apoio às atividades e aprendizado do setor de saúde da Uni-versidade de Alfenas, bem como um Centro de Alta Complexidade de extrema relevância para a preven-ção da saúde e tratamento de pacientes, sobretudo do SUS, de toda a região do Sul de Minas Gerais.”

olHar

NA CAPACiTAÇão

ADMINISTrAçãO

ANTôNIO CARLOS LOPES, PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE

CLíNICA MéDICA- SBCM

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Fonte do eNSiNAmeNTo

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No camiNHo da eVolução

Um dos 126 hospitais universitários brasileiros associados à ABRAHUE é o Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto (SP), que é o hospital de ensino da Faculdade Regional de Medicina de Rio Preto (FA-MERP), avaliada entre as cinco melhores universida-des do País.

A unidade é um puro exem-

plo de como cultivar uma gestão direcionada a médi-cos residentes com sucesso, seriedade e credibilidade.

Ao avaliar o atendimento do hospital nos últimos dois anos, Dr. Horácio José Ra-malho, Diretor Executivo da instituição afirma que hou-ve uma grande evolução. Segundo ele, o local saiu da “era do papel” e entrou

na era da tecnologia. “Infor-matizamos nosso complexo hospitalar de uma só vez. Não foi fácil, enfrentamos vários desafios, mas hoje esta informatização hospi-talar é uma realidade e um modelo a ser seguido pelos demais hospitais”, enfatiza.

Entre os benefícios da implantação do sistema de TI para os pacientes, está a informatização das recei-tas, que inclui prontuários, resultados de análises e agendamento por e-mail de exames e consultas pelas Unidades Básicas de Saú-de (UBS). A informatização permitiu aos gestores terem acesso aos indicadores com mais rapidez e precisão, oti-mizando o tempo das ativi-dades de assistência médi-ca, ensino e pesquisa.

“Trabalhamos para ser re-ferência em medicina, ao buscar reconhecimento em gestão interna e eficiência. Assim, concluímos o maior processo de informatização pelo qual uma instituição de saúde do seu porte já reali-zou no Brasil de uma só vez”, relata ao citar que esta foi a maior informatização hospi-talar em termos de números.

De acordo com Ramalho, também houve investimos fortemente na humaniza-ção, o que resultou na pre-

olHar

NA CAPACiTAÇão

ADMINISTrAçãO

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miação da melhor mater-nidade do Estado de São Paulo, eleita pelos usuários do SUS.

E falando em humani-zação o diretor ressalta a importância da tecnologia, educação e cultura para proporcionar bem-estar aos pacientes. “Implantamos uma rede de Internet sem fio em todo o complexo e também uma biblioteca li-terária. Com isso, minimiza-mos a ‘condição de interna-do’ de um paciente, quanto mais confortável ele se sen-tir em um hospital, melhor é a resposta ao tratamento.”

Segundo o Diretor, pro-

mover a gestão de um hos-pital universitário, a exem-plo do HB, nunca será fácil, tendo que vencer uma luta diária. Ele conta que, atual-mente, mais de 4 mil pes-soas fazem parte do quadro de colaboradores, por isso a direção exige muita quali-dade e agilidade no atendi-mento e ao mesmo tempo a busca pelo equilíbrio dos gastos e custos. “Temos que correr incansavelmente atrás de recursos financei-ros e lembrar que somos formadores de recursos hu-manos, que irão trabalhar no SUS, cuidar de nossa comunidade”, acrescenta.

Cerca de 500 médicos re-sidentes e estagiários em di-versas áreas veem todos os anos de vários Estados do Brasil atuar na instituição. O local proporciona ensino e especialização para diver-sas áreas da saúde. Desta forma, um dos focos é o acesso ao conhecimento científico e um dos recursos utilizados é o Portal Capes e o Up To Date em todos os computadores, que é uma rede mundial, a qual é com-binado o conhecimento clínico mais recente com a tecnologia de ponta, além de newsletter científico.

O HB é referência para

“TRABALHAMOS PARA SER REFERêNCIA EM ME-DICINA, AO BUSCAR RECONHECIMENTO EM GES-TãO INTERNA E EFICIêNCIA. ASSIM, CONCLUíMOS O MAIOR PROCESSO DE INFORMATIzAÇãO PELO QUAL UMA INSTITUIÇãO DE SAúDE DO SEU PORTE JÁ REALIzOU NO BRASIL DE UMA Só VEz”

DR. HORÁCIO JOSé RAMALHO, DIRETOR ExECUTIVO DA HOSPITAL DE BASE DE

SãO JOSé DO RIO PRETO

Fonte do eNSiNAmeNTo

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olHar

NA CAPACiTAÇão

ADMINISTrAçãO102 municípios na região de São José do Rio Preto, sen-do que 70% destas cidades têm menos de 10 mil habi-tantes e na maioria das ve-zes tem somente um posto de saúde para simples aten-dimentos, gerando toda a demanda para o HB. “Assim convivemos constantemen-te com internações acima da capacidade.”

Entre os maiores desafios de administrar uma institui-ção deste porte, o diretor

aponta a procura pela mão de obra qualificada e es-pecializada e a busca por recursos financeiros para reformas, manutenções e modernizações.

Sobre a contribuição dos serviços de apoio (tercei-rizados) para a instituição, ele conta que o hospital possui auxílio nos seto-res de limpeza, segurança, esterilização de materiais, construção civil e impres-sões gráficas. “É importante

a qualidade dessa mão de obra especializada, já que eles realizam o serviço que não é do nosso campo de atuação”, acrescenta.

O diretor executivo elen-ca que a equipe do hospital observou melhorias após a contratação dos serviços de apoio. Conforme ele, houve acordo de empresas qualifi-cadas que apresentam fun-cionários já treinados e com experiência, sendo algo que agiliza todo o processo.HCM

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Fonte do eNSiNAmeNTo

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ArTIGO

HEALTH-IT

Muito se fala sobre inte-grações entre diferentes

sistemas de TI. O mercado já sabe que as plataformas que possibilitam essa integração permitem a conexão rápida entre vários sistemas, servi-ços e processos, fornecendo acesso fácil e mais rápido a informações estratégicas, o que agiliza a tomada de de-cisão. Sabe-se também que à medida que a quantidade de informação aumenta, as bases de dados ficam ainda mais volumosas, fazendo da integração um item indispen-sável para a continuidade do crescimento das organiza-ções de saúde.Apesar dessa consciência,

muitos ainda preferem tra-balhar com dados espalha-dos em diversas planilhas e bases, por receio de que a integração desses siste-mas paralise ou prejudique os negócios em andamento, podendo impactar o atendi-mento ao paciente. A meu ver, essa é uma opção bem arriscada, pois atuar com in-formações dispersas em di-versas fontes compromete o ritmo das decisões, refletindo diretamente no desempenho da organização. Como, então, implantar

essas plataformas sem in-

terromper os processos em execução?Isso é um mito que precisa

ser esclarecido. Hoje, já te-mos disponíveis ferramentas inovadoras desenvolvidas com tecnologias flexíveis que possibilitam uma integração acelerada. Basta escolher um fornecedor de TI que ofere-ça uma solução com essas características, garantindo que a implantação seja bem sucedida e sem impacto ao negócio.Projetos que utilizam

softwares de integração que não são um pacote de partes separadas, ou seja, que foram criados como um pacote de tecnologia único e de forma arquitetural consistente, o que inclui servidor de integração, servidor de dados, servidor de aplicativo, e software de desenvolvimento de portal,

são normalmente finalizados na metade do tempo necessário se comparados com as gerações anteriores dos produtos de integração, por exemplo. Isso só é possível porque

esses sistemas oferecem adaptadores já pré-construídos com flexibilidade e inteligência para promover as integrações muito rapidamente e entre qualquer tipo de software. Essa característica é a grande chave para reduzir tempo, custo, complexidade e habilidades requeridas para integrar sistemas. Com esses adaptadores pré-definidos pode-se preservar os investimentos no legado, enquanto se implementa iniciativas de integração de alto impacto. Por todas essas razões, in-

vestir na integração rápida entre sistemas é a garantia de negócios mais ágeis. Padro-nização de processos, acesso fácil a informações e agilidade na tomada de decisão - sem interrupção dos processos - é o caminho para que seu negócio não pare e continue evoluindo, tornando-se cada vez mais competitivo. HCM

Por Fernando Vogt

integrações rápidas em Ti: a garantia do andamento do negócio das organizações de saúde sem interrupções

Fernando Vogt é Diretor de Vendas para a área de saúde da InterSystems.

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oPiNião

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AVANçO

HEALTH-IT

Tecnologia de ponta a favor da

saúdeHospital em Pernambuco investe em tecnologia para oferecer melhor atendimento aos seus usuários

Os avanços tecnológi-cos implantados no

Real Hospital Português fa-zem parte de um sistema denominado SmartHealth, fornecido pela MedicWare, primeira empresa brasileira a desenvolver na plataforma Windows uma solução para gestão de unidades hospita-lares. O software é a combi-nação de todos os recursos encontrados nas Soluções Smart, que possibilitam o controle e a integração das áreas do hospital.

Nos laboratórios a atuação é do Smartlab, encontrado em mais de 60 unidades de referência na área laborato-rial. Ele facilita a rotina des-

ses ambien-tes, pois possibilita o controle completo de seus diversos serviços. Aten-dimento ao paciente, coleta

de material e identificação na localização das amos-tras, passando pelo interfa-ceamento com aparelhos, análise, crítica, liberação de resultados, até a emissão e entrega dos laudos, seja na própria unidade, nos postos de coleta ou via web, para acesso dos médicos soli-citantes ou pacientes. “Já com diversos clientes certi-ficados, o Smart tem todos os recursos que otimizam o processo de certificação nas unidades ainda não cer-tificadas, possibilitando as-sim uma redução efetiva no tempo de preparação para a certificação”, diz Marcelo

Kutter, Diretor Comercial.Para gestão, o Smart

possibilita o controle das diversas áreas, seja na própria unidade ou através de acesso via web. Atendi-mento, gerenciamento de hospitalidade, admissão de pacientes, pré-inter-

nação com controle de

autoriza-ção de

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SiSTemA

OPME, urgências e emer-gências, centro cirúrgico, es-toque e farmácia, financeiro, faturamento, tanto de convê-nios como do SUS, contabi-lidade, custos, gestão, entre outras áreas essenciais ao pleno funcionamento da uni-dade hospitalar.

A solução integrada, Smart PEP, auxilia diretamente no diagnóstico, história clínica dos pacientes, tomada de decisão dos médicos, além de permitir e facilitar o uso dessas informações por uma equipe multiprofissional du-rante o atendimento. Outro diferencial está na integra-ção, tanto de equipamen-tos de diagnóstico quanto à acessibilidade destas infor-

mações pelo corpo clínico em tempo real, via web, em diversos dispositivos móveis como SmartPhones, Tablets e envio de SMS aos pacien-tes e médicos.

Para melhor tomada de decisão, gestores e colabo-radores estão integrados ao BI (Business Intelligence). Os indicadores configurados es-pecificamente para cada área monitoram e permitem uma efetiva e rápida correção nas distorções encontradas. Isso possibilita a melhor gestão nos resultados, verificando e monitorando diretamen-te cada setor do hospital, abrangendo as informações médicas, financeiras, contá-beis e demais indicadores de

resultado. A manutenção, Engenharia Clínica, lavan-deria, esterilização e demais serviços também são aten-didos através do SmartHe-alth, completando a ampla gama de soluções à unida-de hospitalar.

Além dos sistemas já im-plementados no hospital, está em fase de homologa-ção uma solução para valida-ção do profissional de saúde, administração de medica-mentos e informações dos sinais vitais realizados pela equipe médica e de enferma-gem na atividade beira leito do paciente, através do iPod, com leitor de código de bar-ra. A aplicação foi construída exclusivamente para esta

“JÁ COM DIVERSOS CLIENTES CERTIFICADOS, O SMArT TEM TODOS OS RECURSOS QUE OTIMIzAM O PROCESSO DE CERTIFICAÇãO NAS UNIDADES AINDA NãO CERTIFICADAS, POSSIBILITANDO ASSIM UMA REDUÇãO EFETIVA NO TEMPO DE PREPARAÇãO PARA A CERTIFICAÇãO”

MARCELO KUTTER, DIRETOR COMERCIAL DA MEDICWARE

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tecnologia e poderá ser feito download através do iTunes. Por meio de painéis com in-formações online, visíveis por toda equipe da área, os gestores monitoram as ativi-dades, possibilitando a cor-reção imediata dos desvios. Também no RHP, alinhado com as ações e áreas es-tratégicas do hospital, foi implementado uma solução para o controle de “tem-pos e movimentos” para o grupo de higienização e maqueiros, possibilitando controle em tempo real da localização mais próxima ao

INOVAçãO

HEALTH-IT

paciente e reduzindo o tem-po do leito vazio, apoiando com eficiência a disponibi-lidade de leitos, mantendo os mais altos padrões de qualidade em serviço.

Apesar da implantação do Smart oferecer tantos bene-fícios aos hospitais, algumas dificuldades foram encontra-das na hora da implementa-ção do sistema. Entre elas, a fase inicial da implantação, pois o hospital não pode pa-rar de funcionar para que o processo ocorra, alinhamen-to do modelo de gestão e governança, dificuldade em

perseguir a metodologia, e em aderir aos fluxos de ro-tinas propostas, além da al-teração de escopo. “Esses desafios foram superados e, hoje, 10 anos após a implan-tação, a Solução continua sendo utilizada em todo o hospital e aderente às roti-nas e procedimentos na uni-dade. Foram ajustadas tan-to as práticas operacionais como desenvolvidas imple-mentações para melhorar a utilização do Smart no dia a dia do Real Hospital Portu-guês”, conta Marcelo Kutter, Diretor Comercial. HCM

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SiSTemA

Gestão integrada

investir em engenharia clínica de qualidade é tão importante quanto fomentar o parque tecnológico da instituição hospitalar

Dentre os vários fatores que influenciam o êxito

de uma gestão hospitalar estão, além da capacitação profissional, a integração e a comunicação entre os di-versos setores, assistencial, médico e tecnológico, este sendo conhecido como en-genharia. Neste panorama destacam-se os serviços de Engenharia Clínica, uma vez que tais conhecimentos abrangem a gestão e a ma-nutenção dos equipamen-tos médicos visando o total controle do parque tecnoló-gico da instituição.

Atuando em conjunto com as equipes adminis-trativas, de enfermagem e clínica dos hospitais, a qualidade dos serviços de

Engenharia Clínica eviden-cia-se através de todas as etapas das resoluções tec-nológicas. “Este segmento é um elo de uma corrente que deve ser sólida para dar o suporte adequado aos pacientes. A Engenha-ria Clínica atua, dentro de um EAS (Estabelecimen-to Assistencial de Saúde), desde a especificação e ne-gociação técnica para aqui-sição de um equipamento médico como por toda sua vida com manutenções, treinamentos, etc. até o seu descomissionamento. Portanto, esse ramo é fun-damental para garantir a me-lhor qualidade no tratamento do paciente”, afirma Marcial da Conceição Martins, Presi-

dente da ForMedical.A especialização e a seg-

mentação das atividades dentro dos EASs é uma alternativa para garantir o melhor desempenho do profissional e, paralelamen-te, o melhor atendimento para o paciente. Assim, ter uma equipe de Engenharia Clínica residente torna o atendimento às tecnologias médicas mais rápido e efi-caz, diminuindo o impacto causado ao paciente.

Além da gestão do par-que tecnológico, outro su-porte oferecido por uma Engenharia Clínica são as Manutenções Preventivas e Corretivas e a Calibração e Testes de Segurança Elétri-ca dos equipamentos médi-

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cos. O trabalho realizado no Grupo São Luiz, por exem-plo, dispõe de uma equipe responsável por todo o par-que tecnológico da entida-de a fim de garantir alto ín-dice de disponibilidade dos equipamentos para atender os pacientes, sendo tudo baseado em normas nacio-nais e internacionais.

Todavia, mesmo com uma equipe de Engenharia Clíni-ca integrada e capacitada, o sucesso do trabalho re-alizado decorre, também, da importância de escolher equipamentos de qualidade para os ambientes de saúde. “Na assistência ao paciente, nenhuma falha é aceitável ou suportável, portanto a palavra de ordem é confian-ça. Seja na equipe médica e assistencial, seja nas tec-nologias empregadas e na Engenharia Clínica. Logo, a qualidade deve vir em pri-meiro lugar, antes até das questões financeiras, para que o atendimento seja o melhor”, relata o presidente.

Rumo à Acreditação HospitalarCom o constante avan-

ço tecnológico e diante da necessidade de gerenciar os equipamentos médicos cada dia mais evoluídos e guiar a utilização adequada de cada aparelho, a Enge-nharia Clínica se reinventa e evolui de forma exponen-

INOVAçãO

HEALTH-IT

cial. O investimento para obter este inteligente siste-ma integrado acarreta não apenas na qualidade do serviço, como, também, em seu devido reconhecimen-to, tanto da equipe direta-mente envolvida, quanto da entidade que investiu para ter o sistema.

Sob esta perspectiva, a acreditação da ONA, des-de seu nível mais básico, I e também nos níveis II e III, considera, dentre os seus requisitos, itens que são de responsabilidade direta e/ou indireta da Engenha-ria Clínica no hospital. Evi-dencia-se, assim, o papel fundamental que este setor conquistou dentro das ins-tituições de saúde, devido ao seu valor relevante e estratégico desempenhado dentro do hospital. “A bus-ca pela qualidade hospita-lar cresce à medida que os pacientes se tornam mais exigentes. Atualmente, há um significativo crescimen-to deste mercado e, conse-quentemente, uma maior necessidade de atender os mais exigentes clientes através da prestação de ser-viços especializados e do fornecimento de produtos de excelência aos principais hospitais.”

Visando levar qualidade às instituições, a ForMedical, que está há mais de 20 anos

no mercado de saúde e há mais de 15 anos prestando serviços de Engenharia Clí-nica, Calibração e Seguran-ça Elétrica, sendo pioneira neste segmento, presta ser-viços e fornece produtos para diversas instituições em São Paulo como o Gru-po São Luiz; Hospital Israe-lita Albert Einstein; Hospital Sírio Libanês; Hospital 9 de Julho; Grupo Fleury S/A, dentre outros. E também atuações em outros Estados como no Hospital Santa Ma-ria (DF); Hospital Espanhol (BA) e Hospital Nossa Se-nhora Auxiliadora (MS).

“ESTE SEGMENTO é UM ELO DE UMA CORRENTE QUE DEVE SER SóLIDA PARA DAR O SUPORTE ADE-QUADO AOS PACIENTES”

MARCIAL DA CONCEIÇãO MARTINS, PRESIDENTE DA

FORMEDICAL.

HCM

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equipamentos médicos conectados à rede e ao prontuário eletrônico. é chegada a hora !

Por Avi zins

Equipamentos médicos como ventilação, bom-

bas de infusão, de medição e tudo que trabalha direta-mente junto ao paciente, que em sua maioria fica com as informações estan-ques e necessita que enfer-meiros e assistentes passem os dados para papéis, que por sua vez acabam sendo redigitados para entrar no prontuário eletrônico do pa-ciente, podem e devem ser interligados nas redes de TI permitindo assim a passa-gem direta, em tempo real, das informações de monito-ração do usuário ao prontu-ário eletrônico.

Mesmo assim, o desafio é grande, já que não é tão sim-ples ligarmos os equipamen-tos médicos à rede. Há uma série de preocupações que devem ser levadas em conta:

1. Riscos de interferência entre os sinais dos equipa-mentos e os da rede, princi-palmente se esta for wireless. (Ex. IEC 60601-1-2 que ajuda a determinar se há interferência entre os equipamentos médi-cos e a rádio frequência).

2. Protocolos e padrões que permitam que as comu-nicações se estabeleçam de maneira correta e satisfatória.

3. Integridade dos dados (é vital que as informações que passam dos equipamentos para o prontuário sejam ab-solutamente confiáveis).

4. Identificação correta do paciente.

5. Segurança das informa-ções (também é vital que não haja nenhum tipo de va-zamento de informação ou até perda de parte delas).

6. Software preparado para interligar as informa-ções com o prontuário e também garantir integridade e segurança da informação.

A boa notícia por trás dis-so é que já há soluções no mercado que trazem estes requisitos. Soluções que permitem praticamente, e de maneira flexível, integrar

todo e qualquer equipamen-to médico com o seu prontu-ário eletrônico. De qualquer maneira, sempre é impor-tante encarar este tipo de solução como um projeto e tratar com cuidado e plane-jamento todos os detalhes que incluirão esta conectivi-dade. Tudo isso para evitar e mitigar todos os riscos e ga-rantir a operação da melhor forma possível.

Agora, ao invés de esperar em fila para uma enfermeira nos chamar para a triagem de um pronto atendimento e nos ligar os manguitos, ter-mômetros e outros tantos, além de fazer todas aquelas perguntas que já são padrão, e que em muitos casos, por protocolo, se repetem mes-mo em nossos retornos ou por falta de acesso ao pron-tuário eletrônico do paciente no local, ou ainda, no caso de uma internação aquele volume de picadas, medi-ções feitas de madrugada e em qualquer hora do dia da sua pressão arterial, satura-ção de oxigênio, temperatu-ra, açúcar e muitas outras, possam ser substituídas por conexões já estabelecidas com o paciente desde o iní-cio e em tempo real.

ArTIGO

HEALTH-IT

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paciente.5. Amplia o foco de ter a

informação correta do pa-ciente em tempo real e em qualquer lugar que se tenha o acesso permitido a ela.

6. Reduz custos de infraes-trutura.

Sem dúvida, um avanço importante na troca de in-formações nos hospitais, na melhoria do atendimento e no foco cada vez maior no paciente.

Avi zins, Sócio Diretor da CareI Strategic Consulting, colunista da revista HealthCare Management.

HCM

Isso sem falar nos equi-pamentos de beira de leito, de ventilação, monitores de sinalização de sinais vi-tais, bombas de infusão e muitos outros que podem estar transmitindo, em tem-po real, as informações ao prontuário.

E os benefícios são muitos e importantes:

1. Reduz o tempo de traba-lho dos médicos e principal-mente enfermeiros no papel de transcrever e repassar as informações de um sistema a outro, permitindo maior

tempo destes profissionais com o paciente.

2. Permite um menor nú-mero de erros (transcrição e visualização, além de ADEs - Adverse Drug Events) fa-zendo com que as informa-ções provenientes dos equi-pamentos sejam os dados mais precisos e seguros.

3. Facilita a adoção de sis-temas de prontuário eletrô-nico e de prescrição médica eletrônica, já integrando to-das as informações.

4. Garante melhor cuida-do e maior segurança ao

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INfOrMATIZAçãO

HEALTH-IT

uma nova visão em Tiserviços implantados em hospital de sP garante o uso correto e eficaz de tecnologias médicas, ao garantir segurança para pacientes e usuários

Avançar no atendimen-to por meio dos ser-

viços de TI, tem sido um dos grandes desafios para a excelência de dezenas de instituições do seg-mento da saúde no Brasil. Soluções e softwares ino-vadores são desenvolvi-dos constantemente com meta de gerar uma nova vertente no serviço das

instituições médicas bra-sileiras. Vários casos de redução de filas, agilidade nos processos e emissão rápida de protocolos tem ocorrido graças às medi-das tecnológicas implan-tadas nestes complexos ambientes.

Um case referência no território nacional, quando o assunto é preocupação

com o paciente por meio de novas medidas infor-matizadas é o Hospital Is-raelita Albert Einstein em São Paulo (SP). A institui-ção leva ao usuário toda a infraestrutura necessária para um tratamento segu-ro e ao mesmo tempo não desgastante.

Em entrevista à revista Healthcare Mangement,

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açõesCoNeCTADAS

o Gerente da Engenharia Clínica do Albert Einstein, Antonio Gibertoni Junior, faz uma análise sobre a manutenção dos sistemas informatizados da insti-tuição. Como ele explica, para cada sistema infor-matizado ou equipamento, após sua instalação é rea-lizado o Teste de Aceita-ção e Cadastro no sistema de gerenciamento. Além disso, juntamente com o registro é feito o plano de manutenção preventi-va para os equipamentos classificados de alto risco. “Tanto as atividades a se-rem realizadas durante as manutenções preventivas, como a periodicidade, são estabelecidas de acordo com o manual do fabri-cante ou quando existir recomendações através de normas”, esclarece.

Ao fazer uma avaliação dos sistemas de gestão avançada de tecnologia médica, o gerente rela-ta que a cada dia novas

tecnologias surgem, ofe-recendo maravilhas e às vezes seduzindo com custos baixos. “Para não cair em tentações e evitar prejuízos gigantes como, por exemplo, adquirir um equipamento de Resso-nância Magnética de R$ 3 milhões e depois este equipamento ficar para-do por não ter instala-ções adequadas para seu funcionamento, é funda-mental ter uma equipe de Engenharia Clínica capaci-tada para gerenciar”, sa-lienta.

Sobre a Engenharia Clí-nica da instituição, ele diz que este serviço tem como objetivo garantir o uso seguro e eficaz de tec-nologias médicas, ou seja, garantir que cada equipa-mento funcione ou realize sua função no momento que se deseja e com se-gurança para pacientes e usuários. “Além disso, a Engenharia Clínica desen-volve um plano de ges-

tão”, detalha.Assim, com o avanço

crescente das tecnologias médicas e sua dependên-cia no exercício da medi-cina, aliado ao contínuo aumento de gastos com manutenção de equipa-mentos, a Engenharia Clínica tem papel funda-mental na otimização de recursos, garantia da qua-lidade, segurança de pa-cientes, redução de custos e gestão de novas tecno-logias. Conforme explica-do por Gibertoni Junior, o Hospital Israelita Albert Einstein tem atualmente, aproximadamente 17 mil equipamentos, todos ca-dastrados e seguem o pla-no de gerenciamento de tecnologias médicas.

Quanto à maximização dos recursos econômicos alocados no hospital, o gerente conta que anual-mente é feito um estudo pela equipe de Engenharia Clínica sugerindo os equi-pamentos que devem ser

“PARA NãO CAIR EM TENTAÇõES E EVITAR PREJUízOS GIGANTES COMO, POR ExEMPLO, ADQUIRIR UM EQUIPAMENTO DE RESSONâNCIA MAGNéTICA DE R$ 3 MILHõES E DEPOIS ESTE EQUIPAMENTO FICAR PARADO POR NãO TER INSTALAÇõES ADEQUADAS PARA SEU FUNCIONAMENTO, é FUNDAMENTAL TER UMA EQUIPE DE ENGENHARIA CLíNICA CAPACITADA PARA GERENCIAR”

ANTONIO GIBERTONI JUNIOR,GERENTE DA ENGENHARIA CLíNICA DO ALBERT EINSTEIN

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substituídos no próximo ano. “Esse estudo consi-dera a vida útil dos equi-pamentos cadastrados, o nível de falhas, quantida-de de horas que o equipa-mento ficou improdutivo e finalmente os gastos de manutenção. Assim, o es-tudo é apresentado para cada área”, finaliza.

A gestão de equipamen-tos no Albert Einstein tem início na elaboração do orçamento para substi-tuição e aquisição de no-

vos produtos. Em segui-da, a Engenharia Clínica participa de todo o pro-cesso de seleção e aqui-sição ou seja, a compra do equipamento. “Depois instalamos e treinamos os colaboradores. Na se-quencia são realizadas as manutenções preventivas, inspeções, calibrações e conservações corretivas”, completa.

Para armazenar e regis-trar todas as ocorrências é utilizado no hospital um

sistema informatizado. O programa permite lançar tudo que é realizado no equipamento, bem como todas as despesas gastas com cada equipamento. Mensalmente são extra-ídos diversos relatórios que permitem estabelecer indicadores e metas. São realizadas mensalmente aproximadamente 3 mil serviços de manutenção preventiva e rondas diá-rias também chamadas de rotas de inspeção.

INfOrMATIZAçãO

HEALTH-IT

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açõesCoNeCTADAS

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HEALTH-IT

iNTeGração VisioNÁriaAinda nesse contexto da

informatização, no Hospi-tal Albert Einstein, é válido destacar que a instituição conta com sistemas ele-trônicos que gerenciam as dependências da Unidade Morumbi e suas unidades avançadas. Os sistemas eletrônicos tratam-se de uma solução integrada dos sistemas de Circuito Fe-chado de Televisão (CFTV), Controle de Acesso, Alar-me Perimetral, Automação Predial, Detecção e Alarme de Incêndio e O&M (Opera-ção e Manutenção).

Esta solução “ tecno-

lógica” foi personalizada e alinhada às “pessoas” e “procedimentos” definidos pelo hospital, garantindo um equilíbrio nestas três perspectivas. “Um exem-plo é o posicionamento das câmeras. Nesse ambien-te, elas não devem ser tão evidentes a ponto de ferir sensibilidades e, ao mes-mo tempo, precisam estar visíveis para coibir eventu-ais más intenções”, analisa Alexandre Gushiken, Ge-rente Geral da Servtec Sis-temas de Automação.

Ele afirma que quando o assunto é a preservação da saúde humana, a atenção aos detalhes para garantir a máxima qualidade e efi-

ciência em tratamentos e serviços é fundamen-

tal. “Por isso, clínicas e hospitais deman-dam soluções de engenharia altamente espe-cializadas, que precisam ser totalmente con-fiáveis”, explica.

Gushiken co-menta que o

Grupo Servtec conta com a Tec-

ser, setor que aten-de à área de saúde

no desenvolvimento de soluções de Engenharia

Clínica e Hospitalar, pres-tando serviços que abran-gem, sendo, a Gestão e Manutenção de Facilida-des, Gestão e Manutenção de Equipamentos Médicos, Gestão Avançada de Tec-nologia Médica.

Com vasta experiência neste segmento, a organi-zação atende alguns dos maiores hospitais do Brasil, como: Hospital Albert Eins-ten, Hospital Sírio-Libanês, Hospital das Clínicas, Hos-pital do Coração, entre ou-tros. Atua também no pla-

INfOrMATIZAçãO

“POR ISSO, CLíNICAS E HOSPITAIS DEMANDAM SOLUÇõES DE ENGENHA-RIA ALTAMENTE ESPE-CIALIzADAS, QUE PRECI-SAM SER TOTALMENTE CONFIÁVEIS”

ALExANDRE GUSHIKEN, GERENTE GERAL DA

SERVTEC SISTEMAS DE AUTOMAÇãO

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serviçoeSSeNCiAl

nejamento, implantação, operação e manutenção de soluções para instalação da infraestrutura predial para hospitais, que abran-ge desde o planejamento para aquisição, até seu co-missionamento. Ainda tem a preservação do investi-mento feito no parque para reduzir sua degradação. O grupo promove também a maximização dos recur-sos econômicos alocados e a garantia da qualidade, eficácia, adequação e se-gurança dos serviços as-

sistenciais entregues ao paciente.

Assim, garantindo um perfeito funcionamento dos sistemas que compõem sua infraestrutura, com tran-quilidade e segurança para focar-se em sua atividade; a fim de cuidar e preservar a saúde da população.

Ao explicar como é rea-lizada a maximização dos recursos econômicos aloca-dos nas instituições de saú-de, Gushiken diz que a gera-ção de resultado econômico que maximiza valor nas ins-

tituições de saúde é um dos pressupostos fundamentais do trabalho desenvolvido pela Servtec. Nesse senti-do, o uso pelos gestores, de modelos de custeio e de gestão por atividades, pro-porciona visualização mais claro do uso de recursos (serviços, equipamentos hospitalares e de apoio), maximização no prologa-mento da vida útil do ativo e também maior exatidão do custeio, permitindo melhor avaliação nas decisões com foco econômico.

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PLATAfOrMA

HEALTH-IT

Mudar o cenário de um es-paço desatualizado, eliminar problemas de performance em períodos críticos, substi-tuir o sistema de folha para ponto e manter estabilidade com a área de RH e demais usuários devido à substitui-ção de sistemas legados. Todos esses desafios refe-rem-se ao serviço de imple-mentação SAP RH e Upgra-de introduzidos no Hospital Israelita Albert Einstein.

Conforme explica Valde-mir Marques, Diretor Co-mercial para o Setor Público na SAP Brasil, proporcionar uma plataforma tecnológica na instituição é uma grande satisfação, pois garante tec-nologia capaz de garantir a expansão do negócio. “O grande desafio do hospital

era unificar a entrada de da-dos e fazer a migração com cautela”, relembra.

Marques afirma que o di-ferencial do SAP NetWea-ver, software de gestão em-presarial, é o fato de ele ser capaz de sustentar o cresci-mento do negócio. No caso dos hospitais, o faturamen-to vem aumentando a uma taxa significativa. Esse pro-grama surge para gerenciar as informações, com maior disciplina nos processos, controle de resultados e de-finição das melhores práti-cas para conferir ao sistema a mesma excelência reco-nhecida no atendimento ao paciente.

Ele diz que o sistema médi-co está integrado à solução SAP, de forma que qualquer

procedimento assistencial seja lançado ao sistema da empresa – permitindo, por exemplo, que a fatura de uma internação hospitalar seja gerada rapidamente, a qualquer momento do dia.

Além da integração, da unificação da entrada de dados, do maior controle operacional e do espírito de cooperação dos funcioná-rios na migração, a solução SAP traz benefícios à rastre-abilidade e à precisão das informações. O fato de ter unificado a entrada de infor-mações permite um ponto de corte preciso. “é possí-vel, por exemplo, procurar na solução um medicamen-to aplicado em um determi-nado dia e hora, e checar como esse serviço foi baixa-

o elemeNTo da ProduTiVidade

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receita para AvANÇAr

do no estoque e na conta do paciente.”

Ao elencar os principais benefícios do software, Marques aponta que imple-mentar o SAP ERP sob a plataforma SAP NetWeaver, garante entre outras facili-dades, como trazer a fun-cionalidade de integração SAP NetWeaver XI (Exchan-ge Infrastructure) e garantir ao segmento de hospitais a convivência com o software de gestão empresarial. “A rastreabilidade das informa-ções e a melhoria da gestão de recursos são grandes vantagens”, ressalta.

Quanto às ações que a solução proporciona para reduzir erros estão a unifica-ção da entrada de dados e a garantia na precisão e qua-

lidade das informações. Se-gundo o diretor, todas essas medidas visam diminuir a duplicidade de dados, esta-belecer melhores práticas e disciplinar as rotinas, dando suporte ao crescimento dos negócios.

Sobre a capacitação dos profissionais das institui-ções para o uso do SAP NetWeaver Portal, o diretor relata que, para realizar a ca-pacitação dos profissionais das instituições, a SAP ofe-rece diversos treinamentos, incluindo e-learing e aulas presenciais. Atualmente, todos os profissionais com acesso ao computador nas empresas que possuem o sistema SAP via a solução podem ver as informações sobre tudo o que aconte-

ce na instituição, de forma instantânea. A informação é exibida na primeira tela no monitor, logo após a auten-ticação do usuário.

Hoje, com o RDS (rapid Deployment Solutions), a SAP consegue entregar de forma muito rápida e minimizar riscos junto aos parceiros que adotam essa metodologia. O deadline dos projetos depende de variáveis – sendo assim, possui projetos executados que vão de 2 meses (como no caso de projetos de mo-bilidade) a projetos de 4 a 7 meses (como no caso de planejamento orçamentá-rio e projetos com entre-gáveis durante o tempo de implementação para dar sustentação).

“A RASTREABILIDADE DAS INFORMAÇõES E A MELHORIA DA GESTãO DE RECURSOS SãO GRANDES VANTAGENS”

VALDEMIR MARQUES, DIRETOR COMERCIAL PARA O SETOR PúBLICO NA SAP BRASIL

HCM

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AVANçOS TECNOLÓGICOS

HEALTH-IT

Humanização de

pontaequipamentos que reinventam a tecnologia médica baseando-se na humanização provam o potente mercado da Telemedicina no País

Se por um lado a humaniza-ção norteia o atendimen-

to ideal para o usuário, por outro, a tecnologia propor-ciona inúmeras ferramentas que auxiliam o profissional a buscar este fim. Basta um pe-queno olhar para comprovar as grandes inovações tecno-lógicas que são dedicadas para suprir os estudos cientí-ficos da área médica. Afinal, a tecnologia na saúde busca sensíveis soluções confortan-tes aos usuários e inovadores para as instituições.

Seguindo este pensamen-

to, inúmeros equipamentos auxiliam a humanização com qualidade através da tecno-logia. A Hi Technologies, por exemplo, lançou em 2011 o oxímetro de pulso Milli, fo-cado para atender todas as esferas da assistência médi-ca: profissional, paciente e família. O aparelho mede in-dicadores como a quantida-de de oxigênio no sangue de um paciente, e transfere as informações para o compu-tador. “Além de monitorar os sinais vitais, o equipamento pode ser usado como uma

plataforma de telemedicina para homecare, abreviando o retorno do assistido para o seu lar”, explica Marcus Figueredo, Diretor Executivo da Hi Technologies.

Já para os pacientes que não podem deixar o hospi-tal, a ferramenta de moni-toramento pode ser usada como um tablet médico, ou seja, o usuário pode na-vegar na Internet, acessar as redes sociais, conversar com a família e, até mesmo, brincar com jogos e aplica-tivos, enquanto a tecnologia

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TecnologiaDe PoNTA

médica cumpre com seu pa-pel. “As crianças, por exem-plo, podem brincar com o equipamento durante a monitorização. Além da hu-manização, a medida reduz enormemente o problema de remoção dos sensores e os falsos alarmes, comum em pacientes pediátricos.”

Mesmo com a grande va-riedade de equipamentos modernos, muitas vezes, a tecnologia não atende plenamente aos requisitos quanto a interface, design, conectividade e transferên-cia de dados. “Hoje, o pro-fissional da saúde pode veri-ficar facilmente a frequência cardíaca de um paciente. Todavia, caso tente enviar essa informação para outro profissional através de um e-mail, descobrirá que não é possível, pois os monito-res de sinais vitais não ofe-recem acesso à Internet. Na verdade, tais ferramentas foram projetadas em uma era ‘pré-Internet’”, explica Figueredo.

A necessidade de conectar o profissional com a moder-nização foi a inspiração para a criação do Milli, primei-ro monitor de sinais vitais humanizado e conectado da história, capaz de mo-nitorar quatro sinais vitais diferentes. Além disso, o equipamento traz um design premiado, Wi-Fi, Bluetooth,

touchscreen, webcam e, cla-ro, acesso à Internet.

Semelhante a um smart-phone, o Milli permite aos médicos baixarem e instala-rem novos aplicativos, agre-gando novas funcionalida-des ao equipamento. “Eles também podem comparti-lhar informações médicas de seus pacientes através da In-ternet, do Bluetooth ou por e--mail. Outra vantagem é que os relatórios podem ser im-pressos utilizando conexões sem-fio. Assim, todos os si-nais vitais do paciente são transmitidos pela Internet, ou seja, o médico poderá moni-torar com um notebook, um tablet ou um smartphone”, ressalta o diretor.

A ferramenta também é utilizada para auxiliar no exame de detecção de car-diopatias em recém-nasci-dos, o chamado “teste do coraçãozinho”. “Desenvol-vemos um software especí-fico para atender este pro-tocolo. A partir daí, o Milli se tornou o único oxímetro de pulso do mundo com uma versão específica para esse teste. Isso é, inclusive, uma patente nossa.”

Já em Curitiba, por exem-plo, instituições de saúde utilizam o dispositivo para monitorar remotamente pacientes em casa. “Des-sa forma, é possível detec-tar potenciais usuários do

serviço de oxigenoterapia domiciliar. Em geral, esses pacientes não têm condi-ções físicas de ir até uma unidade de saúde para rea-lizar o diagnóstico”, destaca Figueredo.

Milli ganhou espaço nas instituições do Brasil e do mundo. Em menos de um ano, a tecnologia estará presente em 13 Estados brasileiros por hospitais, empresas de homecare, serviços de emergência, etc. Consumidores além--mar também já recorrem à ferramenta. Através da Arab Health, Medica e Fime, prin-cipais feiras do setor médi-co e hospitalar do mundo, o produto está sendo ne-gociado para países como Alemanha, Estados Unidos, Japão, Indonésia, Arábia Saudita, Irã, Turquia, Líba-no, Síria, Iraque, entre ou-tros tamanha sua aceitação pelo mercado.

Para a Feira Hospitalar deste ano, a Hi Technolo-gies promete apresentar a evolução da plataforma Milli, com mais sinais vitais, telemedicina e inovações. “Reinventamos a tecnologia médica inspirando-se na hu-manização, e levamos isso bem a sério. Só criamos pro-dutos que representam uma inovação e que contribuam para a humanização da saú-de”, finaliza Figueredo. HCM

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ArTIGO

SuSTeNTABiliDADe

A elaboração do in-ventário de gases de

efeito estufa, além de ser uma importante ação para o combate às mudanças climáticas, é também uma ferramenta de essencial im-portância para se conhecer o perfil estrutural da orga-nização e com esta infor-mação estabelecer metas e estratégias para a redução das emissões. A elaboração do inventário

permite a visualização de oportunidades na remode-lagem de processos visan-do eficiência ecônomica, energética e/ou operacional como pode também propi-ciar inovação e abrir cami-nho para novos negócios.A economia de baixo car-

bono propicia eficiência energética e operacional garantindo assim a efici-ência econômica, além de demonstar transparência que hoje é extremamente valorizada pelo mercado e pelos investidores.Existem diversas metodo-

logias para apuração corpo-rativas dos gases de efeito estufa, dentre estas iremos discorrer sobre “The Gre-enhouse Gas Protocol- A Corporate Accounting and repoting Stantard (O Pro-tocolo de Gases de Efeito

Por Márcia Marianicarbono : a nova métrica gerencial

Estufa– Um Padrão Corpo-rativo de Contabilização e Reporte), conhecido como GHG Protocol, lançado em 1998 e revisado em 2004.O GHG Protocol foi desen-

volvido pelo WrI- World resources Institute em par-ceria com empresas, orga-nizações não governamen-tais, governos entre outros parceiros.A metodologia do GHG

Protocol é compatível com as normas da Internation Organization for Standardi-zation (ISO) e com as me-todologias elaboradas pelo IPCC- Painel Intergoverna-mental sobre Mudanças Cli-máticas.Podemos apontar como

benefícios do inventário :• Ferramenta de combate

às Mudanças Climáticas;• Conhecer o perfil das emis-

sões através do diagnóstico;• Estabelecer estratégias,

planos e metas para redu-ção e gestão das emissões;• Visualizar oportunidades

de novos negócios no mer-cado de carbono;• Atrair novos investimen-

tos;• Demonstrar transparência

e responsabilidade social; • Planejar eficiência ener-

gética, econômica e/ou ope-racional;• Facilitar a transição da

economia brasileira para uma economia de baixo carbono;•Melhorar as relações com

os públicos de interesse (stakeholders);• Atender princípios inter-

nacionalmente aceitos, pro-movendo assim a compara-bilidade das informações;• É a ferramenta mais utili-

zada mundialmente por em-presas, entidades e governos para entender, quantificar e gerenciar suas emissões.Os gases a serem inclusos

no inventário de emissões são os reconhecidos inter-nacionalmente pelo Proto-colo de Kyoto a saber :1. Dióxido de carbono (CO2)2. Metano ( CH4)3. óxido Nitroso ( N2O)

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oPiNião

4. Hexafluoreto de enxofre (SF6)5. Hidrofluorcarbonos (HFCs)6. Perfluorcarbonos (PFCs).A elaboração deve contem-

plar os seguintes princípios :1. Relevância2. Integralidade3. Consistência4. Transparência5. ExatidãoO próximo passo deve ser

o estabelecimentos dos li-mites geográficos, organi-zacionais e operacionais. Findo esta etapa, resta

apenas estabelecer as mé-tricas desejadas e colher as

informações pertencentes ao escopo escolhido .• Escopo 01- Combus-

tão estacionária ou móvel, emissões provenientes de processos físicos ou quí-micos, emissões fugitivas e agrícolas.• Escopo 02 –Aquisição de

energia elétrica ou térmica (este nível pode apresentar significativa oportunidade de redução de custos e de emissões).• Escopo 03 – Outras emis-

sões indiretas.As grandes organizações

já visualizaram as oportuni-

dades contidas nesta nova métrica.E sua organização já pen-

sou a respeito ??

• GHG Protocol ( www.ghgprotocol.com.br).

Márcia Cristina Mariani é formada em administração hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo, mestre em Liderança pela Unisa, especialista em gestão ambiental e desenvolvimento sustentável pela FAAP, Gerente ambiental e de projetos do INDSH- Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano e Social e Membro do Projeto Nossa Terra (www.projetonossaterra.com.br)

HCM

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rADIOPrOTEçãO

cuidados e segurança assistência técnica torna-se essencial para clínicas e centros de medicina nuclear a fim de garantir uma perfeita infraestrutura aos usuários

SuSTeNTABiliDADe

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medicinaNuCleAr

Na medicina nuclear a se-gurança e a saúde são

fatores fundamentais para o pleno atendimento. Afinal, uma pequena negligência pode causar graves aciden-tes, tanto para pacientes, quanto para o corpo clínico. Em se tratando de radiação ionizante a atenção deve ser maior, uma vez que tal perigo não se evidencia através dos sentidos humanos.

De acordo com Isabel Car-rasco, Diretora Técnica da Ambientis Radioproteção, para detectar a radiação io-nizante é necessário mate-riais específicos. “Qualquer equipamento necessita de calibração para transmitir ao usuário um valor medido cor-reto. Deve-se garantir que o paciente receba a quantidade exata de radiação prescrita pelo médico, nem a mais, o que poderia causar um dano, nem a menos, que poderia oferecer um resultado nulo

do tratamento.”A completa assistência

prestada para os centros de saúde que utilizam radiação ionizante abrange o transpor-te de material radioativo, cur-sos, elaboração e verificação da documentação associada à radioproteção, bem como a realização de testes de con-trole de qualidade nos diver-sos equipamentos utilizados no serviço.

“Na medicina nuclear, por trabalhar com material radio-ativo na forma líquida, essa assistência envolve também a orientação na aquisição e cuidados de manutenção dos diversos EPI`s necessários para proteger o trabalhador da radiação ionizante”, expli-ca a diretora. Além disso, re-alizam-se visitas técnicas para a organização de documen-tos e a orientação em proce-dimentos visando atender ao, mesmo tempo, as exigências da legislação e a necessidade

do paciente.No que diz respeito ao

transporte radioativo, tal ser-viço é realizado diariamente, conforme a produção dos radioisótopos e de sua meia vida. O Flúor-18 (FDG), por exemplo, deve ser recolhido imediatamente após a produ-ção, isso porque a meia vida deste produto é de apenas 107 minutos. “Realizamos o transporte de materiais radio-

ativos e radiofármacos. Esse serviço requer uma licença específica da ANVISA”, sa-lienta a diretora.

Já durante as inspeções são feitos testes de controle de qualidade nos diversos equipamentos, até a orienta-ção e treinamento dos fun-cionários. “Essa orientação é fundamental para que o profissional se sinta seguro na utilização da radiação ioni-zante transmitindo confiança ao paciente no procedimento solicitado pelo médico.”

“A RADIAÇãO, AO CONTRÁRIO DO QUE MUITOS PENSAM, é ExTREMAMENTE IMPORTANTE E SUA APLICAÇãO é MUITO VASTA. QUANDO TRATADA COM RESPEITO E SEGURANÇA, OU SEJA, QUANDO OS PRINCíPIOS DE RADIOPROTEÇãO SãO DEVIDAMENTE APLICADOS, AS VANTAGENS NA SUA UTILIzAÇãO SERãO SEMPRE MAIORES DO QUE QUALQUER RISCO INTRíNSECO A SUA NATUREzA” - ISABEL CARRASCO - FíSICA, SUPERVISORA EM RADIOPROTEÇãO CREDENCIADA NA COMISSãO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN) NAS ÁREAS DE INDúSTRIA E TRANSPORTE DE MATERIAIS RADIATIVOS. DIRETORA TéCNICA DA AMBIENTIS RADIOPROTEÇãO.

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rADIOPrOTEçãO

SuSTeNTABiliDADe

Para intensificar ainda mais a segurança são realizados treinamentos em radioprote-ção de todos os profissionais envolvidos na utilização de ra-diação ionizante, com instru-tores credenciados pela Co-missão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Com isso, funcionários tornam-se aptos a executarem suas funções com segurança, minimizando a ocorrência de acidentes e transmitindo confiança aos pacientes.

“A radiação, ao contrário do que muitos pensam, é extremamente importante e sua aplicação é muito vasta. Quando tratada com respeito e segurança, ou seja, aplicar devidamente os princípios de radioproteção, as vantagens na sua utilização serão sem-pre maiores do que qualquer risco intrínseco à sua nature-za”, ressalta Isabel.

A busca pelo novoEntender a verdadeira ne-

cessidade de cada centro de saúde e oferecer a solução mais adequada em termos de radioproteção são objetivos principais para a supervisora. “Visamos encontrar um equi-líbrio entre o que é solicitado pela legislação e a rotina já estabelecida nos diversos procedimentos de um hospi-tal ou clínica médica.”

Em 2012, foram firmadas importantes parcerias com

fornecedores mundiais de equipamentos de radiopro-teção. A Polimaster, empresa bielorussa, e a francesa Sa-phymo, selaram laços com a Ambientis, e para 2013 está prevista também trabalhos em conjunto com a Lan-da, da Espanha. “Com isso poderemos ampliar nosso atendimento através de uma assistência técnica local, com laboratório próprio e creden-ciado pelos fornecedores”, afirma a diretora.

FiscalizaçãoA radiação ionizante na área

médica é controlada pela Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (ANVISA) e pela Comissão Nacional de Ener-gia Nuclear (CNEN).

A Agência cuida de todos os procedimentos médicos e odontológicos que utilizam radiação, editando portarias que estabelecem diretrizes a serem seguidas pelos centros

de saúde. Já a CNEN gerencia a uti-

lização de material radioati-vo. Isabel Carrasco destaca a norma CNEN NN-3.01, que estabelece as “Diretrizes Bási-cas de Proteção Radiológica”. “Outra norma da CNEN muito importante é a NN-5.01 que dispõe sobre o ‘Transporte de Materiais Radioativos’. Tal cumprimento, juntamente com as demais disposições legais que envolvem o trans-porte de materiais radioati-vos, por exemplo, Licença do IBAMA, garante que o ma-terial recebido pelo hospital atenda a todas as recomen-dações de radioproteção.”

“Qualquer instalação mé-dica que utilize radiação io-nizante, seja para radiodiag-nóstico ou terapia, seguir as recomendações tanto da ANVISA quanto da CNEN para obter a licença de fun-cionamento”, salienta a di-retora. HCM

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medicinaNuCleAr

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intercâmbio de conhecimentosHospital inova em atendimento harmonizado e empesquisas clínicas com universidades americanas

Um novo complexo hos-pitalar promete ser o

mais completo centro de saúde na cidade de Uber-lândia (MG). A proposta visa realizar trabalhos em parcerias com universida-des americanas com as de

Duke, Miami e Havard, além do Baptist Hospital, tam-bém nos Estados Unidos.

De acordo com os mé-dicos Alexandre Menezes e Roberto Botelho, ide-alizadores do novo hos-pital, o complexo deverá

contar com 500 médicos e 300 consultórios. O pro-jeto visa oferecer teleme-dicina, além do centro de pesquisas acadêmicas e clínicas.

Segundo o Dr. Salvador Borges Neto, Professor

esPaço

mÉDiCo

INOVAçÕES

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Hospital inova em atendimento harmonizado e empesquisas clínicas com universidades americanas

de Radiologia na Univer-sidade de Duke, também serão feitas visitas peri-ódicas e intercâmbio en-tre alunos e professores a fim de fomentar ainda mais as trocas de conhe-cimentos. “Serão ofereci-dos simpósios educativos e palestras com o objetivo de levar o know-how ame-ricano para o Brasil. Além disso, a cada ano um pro-fissional fará um acompa-nhamento na institui-ção ameri-cana para ap render as novas técnicas”, explica.

Também estão en-volvidos no projeto o Dr. Roberto Cury, Cardiologis-ta e Coordenador do Nú-cleo de Cardiologia e da Tomografia e Ressonância Cardíaca do Hospital Sa-maritano, e o Dr. Ricardo Cury, do Baptist Hospi-tal de Miami. Conforme eles explicam, a parceria agregará expertise para a área de Imagem Cardíaca (tomografia e Ressonân-cia Cardíaca). “O objetivo é criar um valor único ba-seado em três pilares de excelência médica, unin-do profissionais renoma-dos de Uberlândia, Miami

e São Paulo, oferecendo, assim, um atendimento com qualidade e atenção diferenciada aos nossos clientes”, explicam.

Esta parceria foi moti-vada por vários fatores, como o crescimento do País e alguns entraves na conjectura interna ameri-cana. “Atualmente, as in-dústrias farmacêuticas dos Estados Unidos estão rea-lizando pesquisas em ou-

tros países devido ao alto custo das pesquisas. Por outro lado, o Brasil está crescendo significativa-mente, sendo um grande polo para investimentos”, comenta Borges Neto.

O potencial brasileiro de abrigar campos de pesqui-sa e tecnologia também é enfatizado por Roberto e Ricardo Cury. “Ainda há grandes oportunidades para melhorar a qualidade de saúde com uma com-binação única, aliando a tecnologia com as pesso-as certas, ou seja, médi-cos altamente qualifica-

dos nos melhores centros. Além disso, o novo centro responde ao anseio de tra-zer conceitos novos que vivenciamos nos EUA para o Brasil, com o intuito de melhorar o cuidado com o paciente.”

O projeto também bri-lhou aos olhos da Univer-sidade de Harvard que, através da Faculdade Poli-técnica, transmitirá o curso anual de pesquisa clínica.

“Em um só espaço c o n c e n -t r a remos e n s i n o , p e s q u i s a e assistên-cia. Pro-duziremos c o n h e c i -

mento, publicações cien-tíficas e patentes. Essa mesma informação forma-tará o padrão assistencial compatível com os melho-res níveis de acreditação mundial”, explica Botelho.

A dose certa da tecnologiaApesar de ser positivo o

quadro brasileiro quanto ao acesso às tecnologias, especialistas alertam que é primordial saber usar devidamente este bene-fício, ao contrário do que vem acontecendo nos Es-tados Unidos. Isso porque, com todo potente parque

“SERãO OFERECIDOS SIMPóSIOS EDUCATIVOS E PALESTRAS COM O OBJETIVO DE LEVAR O KNOW-HOW AMERICANO PARA O BRASIL. ALéM DISSO, A CADA ANO UM PROFISSIONAL FARÁ UM ACOMPANHAMENTO NA INSTITUIÇãO AMERICANA PARA APRENDER AS NOVAS TéCNICAS”

DR. SALVADOR BORGES NETO, PROFESSOR DE RADIOLOGIA NA UNIVERSIDADE DE DUKE

aprimoramentoTeCNolÓGiCo

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tecnológico que a medicina dispõe naquele País, o tra-tamento de pacientes traz, muitas vezes, um exagero de exame. “Usar a tecno-logia descontroladamente acarreta em inúmeros preju-ízos para a instituição, afinal aumentam os desperdícios, como ocorre atualmente no cenário americano”, analisa Borges Neto.

Entretanto, o modelo americano traz também ou-tros importantes aspectos quanto ao tratamento ofe-recido. “Nos Estados Uni-dos estamos vivenciando uma mudança significativa no sistema de saúde. Com o ‘Obama Care’ foca-se na

qualidade do atendimento ao paciente para atingir um melhor resultado ou prog-nóstico”, explicam Roberto e Ricardo Cury.

Outro diferencial está na subspecialização, ou seja, em hospitais menores há equipes de radiologistas generalistas. Com a Tele-radiologia e Telemedicina, por exemplo, aliam-se pro-fissionais experientes para a consulta mais subespecia-lizada, a fim de atender os casos mais complexos.

Afora a necessidade de sa-ber usar devidamente a tec-nologia, Borges Neto des-taca também a medida do Ministério da Educação em

apoiar instituições de ensino interessadas em abrir cur-sos de medicina em deter-minados municípios. Entre os vários procedimentos ne-cessários, será considerada, principalmente, a demanda social por médicos em cada unidade da Federação.

Neste sentido também está a escolha da instalação do novo centro em Uberlân-dia, que foge do circuito São Paulo e Rio de Janeiro. “Tra-ta-se de uma das principais cidades do interior de Minas Gerais, com alto índice de desenvolvimento e qualida-de de vida. No entanto, não há saturação de serviços”, analisa Borges Neto.

esPaço

mÉDiCo

INOVAçÕES

HCM

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aprimoramento TeCNolÓGiCo

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esPecial

A Gestão das instituições de Saúde nos estados Brasileiros - minas Gerais

ADMINISTrAçãO

especial apresenta avaliação de serviços de apoio nos estados brasileiros

maior eficiência

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PANorAmA

A partir desta edição, a re-vista Healthcare Mana-

gement trará o especial “A Gestão das Instituições de Saúde nos Estados Brasilei-ros”, com o intuito de fazer uma avaliação nos serviços de apoio prestados den-tro destes estabelecimentos no País. O primeiro Estado abordado é Minas Gerais.

Uma avaliação feita pela Secretaria de Saúde do Estado, no final de 2012, apontou que Minas Gerais possui mais de 31 mil esta-belecimentos cadastrados que oferecem atendimento pelo SUS, entre os quais, aproximadamente 600 são hospitais. Foram realizadas mais de 1,2 milhão de in-ternações, 175 mil partos, 50,5 milhões de consultas e aproximadamente 21 mil cirurgias oncológicas de alta complexidade durante o ano.

O número de profissionais envolvidos nesses aten-dimentos, tanto no SUS quanto nas casas de saúde privadas, abrangem não so-mente médicos e enfermei-ros, mas também aqueles que cuidam dos serviços de apoio, como a limpeza, por exemplo. O Hospital Santa Rita, de Contagem (MG), aderiu à prática de delegar as tarefas que não são mé-dicas a outras empresas, por acreditar que a partir

da terceirização é possível garantir a qualidade de ser-viços distintos, de variadas naturezas, uma vez que são realizados por pessoas es-pecializadas.

A 330 km de Contagem, a Santa Casa de Alfenas, também terceiriza boa parte de seus serviços de apoio. A coleta dos resíduos é uma delas e trouxe melho-ra significativa no cotidiano do hospital. “Sem sombra de dúvidas, reflete até no atendimento do hospital. A importância desta pres-tação, é justificada no tripé de: Economia, Qualidade e Celeridade, que mostra sua importância no hospital”, comenta Aécio Lourenço de Assis, Diretor Administrativo da instituição hospitalar.

Diferente dos demais hos-pitais citados, a Associação

maior eficiência

Evangélica Beneficente de Minas Gerais, localizada na capital do Estado, Belo Ho-rizonte, ainda não viu van-tagem em terceirizar seus serviços. Com apenas a co-leta e o estacionamento de-legados a outras empresas, a instituição acredita que este seja um bom caminho para melhoria de algumas atividades, porém no seu caso em especial ainda não apresenta excelência. “Para as entidades filantrópicas, cujo custo de mão de obra é menor do que as empresas comuns devido à isenção da contribuição patronal para o INSS, a terceirização pode trazer um aumento de custos que torna a adoção da medida inviável”, expli-ca, Neander Teixeira Men-donça, Diretor Comercial da AEBMG.

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esPecial

A Gestão das instituições de Saúde nos estados Brasileiros - minas Gerais

BALANçO

Parceria Para o Bom aTeNdimeNTo

Seguindo a tendência de agregar parceiros de empresas de apoio para aumentar a eficiência dos serviços prestados, a Ins-tituição Hospital Mater Dei, referência em saúde na cidade de Belo Hori-zonte, tem acreditado na idéia e delega cada vez mais tarefas à empresas terceirizadas.

Para o Gerente Adminis-trativo da instituição, José Henrique Dias Salvador, os serviços de apoio rea-

lizados por empresas es-pecializadas permitem que a organização hospitalar tenha parceiros que auxi-liem a realização do melhor atendimento possível aos pacientes. “Fornecedores que compartilham a cultura do hospital e que trabalhem visando atender às nossas necessidades se tornam um importante elo na cadeia, na medida em que propor-cionam à organização hos-pitalar, focar em sua ativida-de fim, que é o atendimento

ao paciente”, diz.Esses fornecedores pos-

suem expertise em suas áreas de atuação e con-seguem incorporar mais facilmente tecnologias inovadoras adotadas pelo hospital, além de oferecer mão de obra qualificada, pois o serviço que prestam é sua razão de existir. Se os fornecedores conseguem apresentar preços compe-titivos e níveis adequados aos hospitais, a parceria tende a ser duradora.

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PANorAmA

uNiFormes são imPorTaNTe iTem do seTor de aPoio

A qualidade de todos os serviços prestados à uma instituição de saúde é extre-mamente importante para o resultado final do atendi-mento aos pacientes, por isso, a qualidade do trabalho oferecido pelas empresas que compõem o setor de apoio do ramo hospitalar são essenciais. Uma prestadora que atua no segmento há 25 anos e já ganhou know-how na confecção de uniformes é a NC Uniformes.

Parceiros do Hospital Ma-ter Dei, a empresa ganhou a confiança do centro hos-pitalar pelo bom trato com a administração e a qualida-de dos produtos oferecidos, que permite à instituição de saúde tranquilidade em re-lação à vestimenta de seus profissionais. A parceria de sucesso tem sido vantajosa para os dois lados, pois a NC conquistou um cliente que consome de forma expressi-va seus produtos e o hospital poupa dores de cabeça com uniformes. “Temos como critério fazer as peças com qualidade, pensando que o público que os usa deve se sentir confortável e bem ves-tido, portanto é muito satis-fatório saber que a parceria está dando certo e por isso temos uma avaliação positi-va”, comenta Carlos Eduardo

Morais Vasconcelos, Sócio Gerente da NC.

Além do Mater Dei, a em-presa confecciona também, em menor escala, uniformes para postos e casas de saú-de menores, além de labo-ratórios de saúde animal. O número de peças produzidas varia de acordo com o mês e o tipo solicitado, como por exemplo, se são ou não uni-formes exclusivos, pois o tempo de confecção está ba-seado no tipo da demanda.

Para fabricar as vestimen-tas direcionadas à área da saúde a empresa visa o con-forto do profissional, assim como sua praticidade e fa-cilidade para os cuidados com a roupa, além de utilizar materiais que proporcionem maior durabilidade. Cada área requer um tipo de teci-do diferente. “Por exemplo, no caso dos uniformes hos-pitalares, é ideal usarmos tecidos com tratamento anti-microbiano. Normalmente as peças são compostas por te-cidos 100% poliéster, 100% algodão ou mistos ( algodão / poliéster ) ”, explica.

A tecnologia colabora na hora da produção. No corte dos tecidos é utilizado o sis-tema CAD e plotter para risco dos moldes, já a costura é fei-ta por máquinas eletrônicas, mas apesar de contar com

equipamentos modernos, as costureiras de qualidade são peça fundamental para rou-pas bem costuradas e aca-badas, diferencial das peças confeccionados pela empre-sa. “Desde o recebimento do tecido passando pelo corte e depois costura, procuramos tratar do uniforme como uma roupa que você compra em uma loja para o seu uso pessoal”, conta Vasconcelos.

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ESTErILIZAçãO

a melhoria vem do

investimento Presidente da aBe analisa o setor de empresas que promovem serviços direcionados à esterilizaçãoe comenta o papel da entidade no Brasil

escolHa

CerTA

é possível garantir que o setor de esterilização do

Brasil, tanto de empresas processadoras, hospitais e clínicas, viva em um proces-so de qualificação indepen-dente do seu porte. Essa é a análise elaborada pelo Presi-

dente da Associação Brasi-leira de Esterilização (ABE), Roberto D’ Assunção, para o setor de esterilização, em 2013, no País.

Para ele, a melhoria somen-te ocorre a partir do aprimora-mento do conhecimento e o

investimento em tecnologias. “Isso, para as maiores institui-ções, já estava ocorrendo há alguns anos, mas somente se fortaleceu com as de peque-no porte a partir das revisões e publicações de legislações nacionais e de novos estudos

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PanoramaDo SeTor

relacionados a esterilização.”Ao comentar sobre bene-

fícios da entidade, Assunção cita o amparo e defesa dos di-reitos e os interesses dos as-sociados perante aos órgãos do Poder Público. Ele ainda cita que a organização realiza, por si ou por terceiros, estu-dos ou serviços de utilidade para seus associados. “Tam-bém estabelecemos normas técnicas capazes de discipli-nar as atividades comerciais de nossos associados visan-do a qualidade em todos os sentidos”, salienta, ao dizer que a associação visa promo-ver a expansão da prestação de serviços de esterilização.

A ABE também oferece a congregação de pessoas fí-sicas e jurídicas interessadas em técnicas de processa-mento de produtos para saú-

de. Além disso, contribui nos processos de esterilização de artigos passíveis como fator geral de desenvolvimento sustentável e integrados à saúde e ao meio ambiente em todo o Brasil.

Questionado sobre a atual participação das 18 institui-ções de saúde e fabricantes associados na ABE, Assun-ção diz que há uma grande integração dos membros nos encontros. Ele conta que a entidade realiza duas reuniões gerais anuais dos associados para relatos e dis-cussão sobre status do pro-cessamento de produtos de atenção à saúde no Brasil e no mundo.

Ao fazer uma avaliação so-bre a atual gestão da ABE, Assunção, afirma sobre o re-lacionamento com a Associa-

ção Brasileira de Normas Téc-nicas (ABNT) e participação dos associados e integrantes da Direção e Conselhos Téc-nicos e Fiscal nos diferentes grupos de trabalho do CB26. Conforme ele ressalta, essas ações melhoram o relaciona-mento e os diálogos técnicos com a ANVISA e contribuem para a certificação de qualida-de das empresas associadas.

Ele também comenta que dentre os principais desafios para manter uma associação deste porte em atividade es-tão a distância entre os as-sociados e as diferentes rea-lidades do Brasil na área de esterilização. “Também tudo que envolve o seu processo – recepção, limpeza, inspeção, empacotamento, selagem, esterilização, armazenamen-to, distribuição”, acrescenta.

“...ESTABELECEMOS NORMAS TéCNICAS CAPAzES DE DISCIPLINAR AS ATIVIDADES COMERCIAIS DE NOSSOS ASSOCIADOS, VISANDO O CRESCENTE CONCEITO”,

ROBERTO D’ ASSUNÇãO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇãO BRASILEIRA DE ESTERILIzAÇãO (ABE)

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ESTErILIZAçãO

escolHa

CerTA

a saída é o descarTÁVel

Preocupar com a escolha de materiais descartáveis é algo mais que necessá-rio nos ambientes do seg-mento da saúde. O Brasil conta com diversas empre-sas que fabricam produtos médicos que podem ser descartados após o uso. Portanto, a escolha de um fabricante confiável é pri-mordial para a garantia do controle de contaminações e também de segurança para os pacientes.

Ao seguir este modelo exemplar de produzir ca-pas, campos e conecto-res cirúrgicos que podem ser descartados, algumas

empresas se destacam no mercado brasileiro da saú-de pela excelência. Um exemplo é a Esterili-Med, que com quase duas déca-das de tradição possui uma linha comercial com rigoro-sos critérios de qualidade.

De acordo com Rober-to Daniel Angeletti, Sócio--Fundador da empresa, o principal diferencial da or-ganização no mercado está na ótima relação custo/be-nefício, sendo este um dos principais pilares. “Essa fi-losofia difunde-se desde os menores processos até os mais críticos, como os que envolvem matérias-primas.

Tudo isso é para garantir um produto com qualidade irretocável e a satisfação to-tal de nossos clientes”, as-segura.

Outros fatores de grande sucesso do serviço forneci-do pela fabricante é a com-petitividade, flexibilidade comercial e capilaridade da atuação, que hoje abrange todo o território nacional através de uma rede de dis-tribuição ou mesmo ven-das diretas a mais de 1.500 instituições públicas e pri-vadas, todas com parece-res técnicos e avaliações favoráveis. A empresa atua nos principais hospitais do

“ESSA FILOSOFIA DIFUNDE-SE DESDE OS MENORES PROCESSOS ATé OS MAIS CRíTICOS, COMO OS QUE ENVOLVEM MATéRIAS-PRIMAS. TUDO ISSO é PARA GARANTIR UM PRODUTO COM QUALIDADE IRRETOCÁVEL E A SATISFAÇãO TOTAL DE NOSSOS CLIENTES”

ROBERTO DANIEL ANGELETTI, SóCIO-FUNDADOR DA ESTERILI-MED

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serviços De APoio

Brasil, seja de forma dire-ta ou através de distribui-dores localizados em cada canto do País e agora, tam-bém no Mercosul.

Benefícios Ao elencar as principais

vantagens das capas e campos descartáveis pro-duzidos pela Esterili-Med, Angeletti diz que todos os produtos são fabricados em filmes plásticos com maté-ria-prima 100% virgem e são acondicionados em pa-pel grau cirúrgico e esterili-zados em óxido de etileno, o que garante uma maior confiabilidade. “Esses são extremamente recomen-dados e sistematicamente aprovados para quaisquer tipos de procedimentos, mas principalmente aqueles em que é necessária uma maior resistência à penetra-ção de líquidos”, salienta, ao apontar que os produtos são fabricados dentro das mais restritas normas e exi-gências de instalação de to-dos os órgãos reguladores.

Quanto à expectativa de crescimento da empresa em 2013, Angeletti afirma que há um grande inves-timento em infra-estrutura e equipamentos visando atender a alta demanda re-cebida do setor. Ele conta que em receita, é previsto um crescimento de 30%

em relação a 2012 no mer-cado interno. “Isto para nós será um grande desa-fio, dada a competitivida-de do segmento.”

Segundo o sócio funda-dor, a empresa ainda tem uma série de ações e nego-ciações sendo realizadas em diversos países do Mercosul que começam a dar resul-tado e passarão, cada vez mais, a compor a base de clientes e área de atuação.

Ao analisar o mercado atual de produtos descar-táveis para a saúde no Bra-sil, Angeletti salienta que

a busca pelas melhores práticas e excelência no atendimento à saúde está passando por uma transfor-mação, onde cada vez mais, se procura minimizar riscos de quaisquer natureza. Para ele, dentro deste contexto, o mercado de descartáveis vem ocupando um espaço cada dia mais significativo e se adaptando as mais dife-rentes necessidades.

Outro ponto comentado por ele, é que com uma maior fiscalização por parte dos órgãos reguladores em termos qualitativos perante este segmento, assim como uma melhor análise de cus-to x benefício realizada por estas instituições, é natural que, gradativamente, este mercado cresça e seja mais exigente com relação à qualidade. “A inovação tra-zida pelos fabricantes, que através de uma leitura cor-reta do mercado, apresen-ta alternativas econômicas. Superando, assim, diversas expectativas”, conclui.

“A INOVAÇãO TRAzIDA PELOS FABRICANTES, QUE ATRAVéS DE UMA LEITURA CORRETA DO MERCADO, APRESENTAM CONSTANTEMENTE ALTERNATIVAS VIÁVEIS ECONôMICA E TECNICAMENTE, ATENDEM E MUITAS VEzES SUPERAM AS ExPECTATIVAS”

ROBERTO DANIEL ANGELETTI

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ESTErILIZAçãO

escolHa

CerTA

coNTrole sisTemaTiZadoInovadoras tecnologias e

soluções aplicadas ao am-biente hospitalar vem toman-do espaço no mercado da saúde nas últimas décadas. Diversos recursos para con-trole de bactérias são desen-volvidos em alta frequência com a missão de minimizar as infecções hospitalares.

Essas inovações refletem em produtos de esterilização como as lavadoras termode-sinfectoras e ultrassônicas, autoclaves de alta tempera-tura, esterilizadora de bai-xa temperatura, sistema de automatização para carga e descarga e o sistema de ras-treabilidade computadoriza-do que controla o processo, evitando a contaminação.

Atualmente é comum ouvir sobre a central de monitora-ção em UTI’s e centros cirúr-gicos, sistemas de operação e controle em farmácias, digitalização de imagens, in-tegração e conectividade de um modo geral, desde a en-trada do paciente no hospital até sua saída.

Ao avaliar os sistemas in-formatizados no processo de esterilização, Soraya Capelli, Brazil Sales Manager da Ste-ris, comenta que a rastreabi-lidade chega como mais uma forma de proteger o hospital e o paciente no controle de

infecção e produtividade dos processos na central de este-rilização. “A visualização dos instrumentais processados e esterilizados na Central de Material e Esterilização (CME) vem como uma das peças deste quebra-cabeça na bus-ca do controle e eficiência desta operação”, analisa.

A CME é uma das áreas mais democráticas do hos-pital, muitas tecnologias po-dem ser incorporadas neste ambiente, sem que tenha de ser substituída por outra, dado o volume de diferentes materiais processados nesta área. Conforme Soraya ex-plica, esta central é uma área de custo para o hospital e não um setor de receita, com isto, em cada projeto o obje-tivo é aumentar sua capaci-dade produtiva ao máximo no menor custo operacional possível.

Questionada sobre a evo-lução neste modelo de siste-ma, Soraya cita um exemplo, de termodesinfectoras que processam materiais em 20 minutos incluindo secagem. Também comenta da exis-tência de lavadoras de carros com capacidade de liberar 48 carros em oito horas e ainda automatização de métodos na lavagem que garantem alta produtividade na primei-

ra etapa do processo, esteri-lização de baixa temperatura por vapor e a rastreabilidade para completar o ciclo.

Sobre os materiais e pro-dutos médico-hospitalares da fabricante multinacional que garantem maior efici-ência nos processos de hi-gienização/esterilização dos ambientes de saúde, a pro-fissional menciona a lava-dora termodesinfectora que atua com uma tecnologia de detergentes ultra concentra-dos com diluição 10 vezes menor que os produtos do mercado.

Além disso, a empresa con-ta com indicadores químicos e biológicos para monitora-ção dos processos, esteriliza-doras de alta temperatura de 100 a 900 litros e um produto especial que é a VPRO – este-rilização de baixa temperatu-ra por vapor de peróxido de hidrogênio, entre outros.

Ela detalha que a fabricante possui tecnologias totalmen-te voltadas aos benefícios dos processos, como as de lavagem que trabalham ci-clos de 20 minutos e o menor consumo de água do merca-do para equipamentos com a mesma capacidade. “A nossa esterilizadora de baixa tempe-ratura por vapor de peróxido de hidrogênio, apresenta di-

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sistemasiNovADoreS

ferenciais no que tange maior produtividade e custos com-parado aos competidores do mercado”, salienta.

Conforme a executiva, a empresa é a única do mer-cado a trabalhar com um portfólio completo de pro-dutos desde consumíveis a equipamentos de grande porte. Além de contar com uma equipe multidisciplinar que apoia com um alto nível de informação técnica, apre-sentando ao cliente a relação custo x benefício para aqui-sição de equipamentos para uma central de esterilização.

Soraya ainda frisou sobre a sustentabilidade, que tem sido um do temas mais dis-cutidos no nosso dia-a-dia, inclusive na área da saúde. “Todo nosso trabalho é de-senvolvido sob os conceitos sustentáveis. Menos água, menos energia, produtos biodegradáveis e equipa-mentos feito de material 100% reciclável”, acrescenta ao reforçar que a sustentabi-lidade não é somente uma maneira de contribuir com o meio ambiente, mas tam-bém uma forma de reduzir custos significativos de pro-

cessos em uma área crítica como a CME.

Consagrados hospitais bra-sileiros já contam com es-ses produtos e sistemas, a exemplo do Albert Einstein, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz, Grupo Amil, Grupo Do’r, Santa Casa de São Paulo, Santa Casa de POA, Hos-pital Aliança em Salvador, Unimed Vitória, Hospital Astrogildo Azevedo, e recen-temente um projeto de uma CME referência no Nordes-te no Hospital Português de Recife, o qual será instalado ainda este ano. HCM

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ESTErILIZAçãO

escolHa

CerTA

Muito se discute nos bas-tidores do mercado de

saúde sobre qual método ideal e modelo de serviço de esterilização devem ser seguidos pelas instituições médicas. Conceituados hos-

Para agregar bons resultados coordenadora de enfermagem do sírio-libanês faz análise sobre utilização de métodos segurosde esterilização no setor de saúde

pitais brasileiros contam com atividades e práticas inovadoras que garantem a segurança dos processos. Ações que identificam as mudanças econômicas e tecnológicas e seu reflexo

na assistência à saúde da população permitem a com-preensão de novos desafios para a Central de Material e Esterilização (CME).

No Hospital Sírio-Libanês (HSL), na capital paulista,

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sistemasiNovADoreS

por exemplo, alguns méto-dos diferenciados são uti-lizados na esterilização de instrumentos e equipamen-tos. Segundo Andréa Alfaya Acuna, Coordenadora de Enfermagem do hospital, o local conta com uma área de 600 m² para a limpeza, desinfecção, esterilização e distribuição dos artigos mé-dico hospitalares. “Sempre quando planejamos a CME devemos considerar os nú-m e r o s de leitos na inter-nação e nas uni-d a d e s críticas. Também o núme-ro das salas de cirurgias, hospital dia, entre outras caracterís-ticas para que possamos di-mensionar”, explica.

A coordenadora comenta que muito tem se falado na CME nas últimas décadas, devido ao impacto da ocor-rência e gravidade das infec-ções hospitalares, microor-ganismos multirresistentes e a revolução tecnológica dos produtos médico-hospi-talares que demanda novos desafios para esta unidade.

Todos os artigos médicos hospitalares utilizados nos procedimentos cirúrgicos do Hospital Sírio-Libanês

são submetidos a um rigo-roso processo de limpeza, seguido de esterilização. As técnicas aplicadas são extremamente criteriosas e passam por controles espe-cíficos para cada etapa do processo, garantindo a se-gurança no processamento deste artigo.

Um ponto a ser abordado é a limpeza, desinfecção e a esterilização desses artigos que são vistos, frequente-

mente, como um simples processo, na maioria das vezes não recebendo a aten-ção devida, o que é um ris-co, se considerar a gravida-de de uma infecção.

De acordo com a profis-sional, o processo de certi-ficação de qualidade trou-xe ao hospital condições e processos de trabalho que focam na organização insti-tucional e na segurança de colaboradores e pacientes.

Andréia detalha que a lim-peza dos artigos médico hos-pitalares é uma das etapas importantes no processo de esterilização e deve ser rea-

lizada em uma área própria denominada expurgo, sendo considerada a infraestrutura para instalações de pias com dispositivos especiais que os maquinários exigem para um trabalho qualificado.

Para ela, é muito importan-te o conhecimento técnico--científico que baseia na atu-ação quanto aos processos realizados na área. “Observa--se hoje a Central de Material e Esterilização com uma tec-

nologia avança-da, com e t a p a s do tra-b a l h o automa-tizadas, equipa-mentos

de esterilização complexos o que exigem um trabalhador melhor qualificado.”

Atualmente o mercado conta com diversos equipa-mentos disponíveis quanto aos processos de limpeza e esterilização. O equilíbrio en-tre segurança e viabilidade econômica deve ser perse-guido com subsídios técni-cos bem fundamentados no planejamento desta área. “O conceito de sustentabilida-de deve ser considerado no projeto com aquisição de tecnologias limpas, gestão de resíduos e reciclagem de materiais”, finaliza.

“SEMPRE QUANDO PLANEJAMOS A CME DEVEMOS CONSIDERAR OS NúMEROS DE LEITOS NA INTERNAÇãO E NAS UNIDADES CRíTICAS. TAMBéM O NúMERO DAS SALAS DE CIRURGIAS, ‘HOSPITAL DIA’, ENTRE OUTRAS CARACTERíSTICAS PARA QUE POSSAMOS DIMENSIONAR”

ANDRéA ALFAYA ACUNA, COORDENADORA DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL SíRIO-LIBANêS

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rasTreaBilidade

ESTErILIZAçãO

escolHa

CerTA

De acordo com Regina Marins Alves Lima Affon-so, Presidente da Steri-leno, o mercado conta com algumas inovações neste serviço, como a uti-lização de lançamentos (dispositivos e insumos)

auxiliadores no processo de validação, tais como desafiadores de processo de limpeza, testes espe-cíficos para detecção de resíduos orgânicos e os sistemas automatizados para carga e descarga de

equipamentos. Ao falar do funciona-

mento do processo de esterilização por gás óxi-do de Etileno, Regina diz que são utilizados agen-tes químicos e físicos para destruir todas as for-

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medidas deProTeÇão

mas de microrganismos presentes em um mate-rial, seja vírus, bactérias, fungos, protozoários ou esporos. “O processo de esterilização por ETO tem como mecanismo de ação uma reação conhe-cida como ‘alquilação’, ou seja, alquilação proteica, DNA e RNA prevenindo o metabolismo celular nor-mal e a replicação micro-biana”, detalha.

Um exemplo desta pre-ocupação com os pro-

cessos de esterilização é o Hospital Sírio-Libanês, que há nove anos conta com o serviço da Sterile-no, referência no quesito qualidade nos sistemas de limpeza e esterilização de seus artigos. A institui-ção médica conta com a coleta e entrega dos arti-gos em local estabeleci-do; lavagem dos artigos através de limpeza manu-al; limpeza mecânica em lavadora termodesinfec-tadora e lavadora ultras-

sônica com jato pulsátil. Ainda promove a seca-gem com ar medicinal; rastreabilidade de pro-duto; preparo e acondi-cionamento; inspeção; embalagem, selagem e rotulagem; esterilização por gás óxido de etileno e aeração forçada.

No segmento da saú-de há 28 anos, a Sterile-no dispõe de rigorosos padrões em Gestão da Qualidade de reconheci-mento internacional e há

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ESTErILIZAçãO

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CerTA

sete anos possui Certifica-ção ISO 9001:2008 - reco-nhecido pela “DNV”. Com profissionais de vasta ex-periência, a empresa pro-move o Protocolo Teste com Contaminação Desa-fio - conforme a Resolu-ção RE no 2606.

Além disso, a empresa realiza pesquisas científi-cas, valorização da logís-tica para melhor atendi-mento de seus clientes e preocupação com o meio ambiente através de Tra-

“O PROCESSO DE ESTERILIzAÇãO POR ETO TEM COMO MECANISMO DE AÇãO UMA REAÇãO CONHECIDA COMO ‘ALQUILAÇãO’ OU SEJA, ALQUILAÇãO PROTEICA, DNA E RNA PREVENINDO O METABOLISMO CELULAR NORMAL E A REPLICAÇãO MICROBIANA”

REGINA MARINS ALVES LIMA AFFONSO, PRESIDENTE DA STERILENO

tamento de Efluente e Gerenciamento de Resí-duos. Possui ainda, con-trole de qualidade através de análises laboratoriais, controles químicos (inte-gradores químicos) e bac-teriológicos (indicadores biológicos). Além de teste de esterilidade, cromato-grafia residual e a rastrea-bilidade total do processo.

A organização inaugurou recentemente uma nova unidade industrial “Quali-ty Central de Esterilização

Ltda.”, especializada em serviços de esterilização por óxido de Etileno para a indústria fabricante de produtos para saúde, a qual oferece coleta e en-trega de material no local estabelecido; sala limpa para manipulação de pro-dutos; esterilização por gás óxido de Etileno; ae-ração forçada; controle de qualidade, validação de carga dentro de normas nacionais e internacionais, entre outros. HCM

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medidas deProTeÇão

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ALTErNATIVA

escolHa

CerTA

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caPaoSS

Promoção da melhoria da saúde norteia a atuação das organizações sociais na administração hospitalar

Governança corporativa

De acordo com a Lei 9.637/98, podem-se

qualificar como Organi-zações Sociais de Saúde (OSS) pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais atendam a algumas finalidades, dentre elas, a promoção da saúde. Esse é o caso do Instituto Na-cional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), que atua desde 1959 e, hoje, está qualificado nos Estados da Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

O trabalho realizado visa à prevenção da doença, à promoção da saúde e a sua recuperação via hospitali-zação. “Trabalhamos inten-samente na administração de aparelhos públicos hos-pitalares do Estado, atuan-do com um know-how apli-cado na gestão”, explica José Cleber do Nascimento Costa, Diretor Geral do Ins-tituto.

O INDSH é uma entida-de filantrópica, sem fins lucrativos, que faz todo o

trabalho de gestão hospita-lar. Conforme explica José Carlos Rizoli, Presidente do INDSH, “o governo nos entrega um hospital, esta-belece metas e nos paga um valor para realizar essa gestão desde que as me-tas sejam alcançadas”. A execução do trabalho baseia-se nos pilares da governança corporativa (equidade, transparência, prestação de contas e res-ponsabilidade corporativa) e na gestão profissional de hospitais públicos, priva-dos, filantrópicos, materni-dades e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Primeiramente, elabora--se o Plano Diretor de Me-dicina, ou seja, um estudo epidemiológico a fim de compreender a deman-da do local. A partir disso, analisa-se o perfil da comu-nidade e, assim, pontuam--se os serviços, as espe-cialidades médicas mais requeridas, os serviços de diagnóstico, dentre outros.

A logística, segundo José Cleber, é fator fundamental para uma administração de

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ALTErNATIVA

escolHa

CerTA

qualidade. “O controle efi-ciente na área de materiais e logística é sinônimo de uma boa gestão hospitalar. Por isso, deve-se estudar minuciosamente como uti-lizar os recursos em medi-camentos e materiais, ga-rantindo uma assistência segura, eficaz e com quali-dade”, ressalta.

Uma logística bem feita influencia diretamente na redução de desperdício que, segundo Rizoli, é um dos maiores inimigos de uma gestão hospitalar. “O planejamento é de extre-ma importância e, acima de tudo, colocá-lo em prá-tica para, então, dinamizar ainda mais a complexa lo-

gística. Afinal, a eficiência dos sistemas logísticos acarreta diretamente em uma diminuição dos cus-tos, otimizando o desem-penho adequado.”

“Planejar é a atividade preliminar que organi-za todo o tecido social do hospital, proporcionando o comando eficaz. Sem isso não se consegue controlar, organizar ou comandar a gestão. Algumas institui-ções até fazem o planeja-mento, mas muitas vezes não conseguem executá--lo. Por isso a importância da criação de um plano de ações, com metas e objeti-vos bem traçados”, salien-ta José Cleber.

Profissional x Infraestrutura Outro importante fator

na gestão hospitalar é a atenção quanto à seleção das equipes multiprofissio-nais como, por exemplo, um bom corpo de enfer-magem. “Sabemos que o médico está presente no hospital, às vezes, durante 24 horas, como é o caso de UTI´s. Porém, em todo o hospital quem está presen-te em período integral, em vários setores, é a enferma-gem. Por isso, investimos muito tanto no treinamento quanto no aperfeiçoamento desses profissionais”, afir-ma José Cleber.

Segundo Rizoli, o investi-mento no aprimoramento

“O INVESTIMENTO NO APRIMORAMENTO PROFISSIONAL E TREINAMENTO DAS EQUIPES DEVEM SER CONSTAN-TES, DE FORMA A GARANTIR UM ATENDIMENTO EFI-CIENTE, HUMANIzADO E COM QUALIDADE”

JOSé CARLOS RIzOLI, PRESIDENTE DO INDSH

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caPaoSS

profissional e treinamen-to das equipes devem ser constantes, de forma a ga-rantir um atendimento efi-ciente, humanizado e com qualidade.

Nesse sentido, José Cle-ber ressalta a dificuldade muitas vezes encontrada no momento da formação da equipe que irá atuar na uni-dade de saúde. “Apesar de investirmos em treinamen-to e aperfeiçoamento, isso acontece a médio e longo prazo, e precisamos, em curto prazo, de profissio-nais, sobretudo, médicos e enfermeiros especializados que possam atender a de-manda de atendimento da

comunidade. Além disso, sabemos que fora dos gran-des centros esse tipo de profissional é mais escasso. Essa lacuna é ainda maior quanto se trata de profissio-nais qualificados para ges-tão hospitalar”.

A Engenharia Clínica também é outro fator que merece atenção na admi-nistração. De acordo com o presidente, não se as-sume nenhuma instituição sem dar atenção especial a esse setor. “A área de engenharia clínica é res-ponsável pelo apoio ao diagnóstico e tratamento, portanto é fundamental a existência de equipamen-

tos modernos e com a ma-nutenção em dia para que estejam sempre disponí-veis para o uso”, salienta.

“O hospital é um dos es-tabelecimentos mais com-plexos para se administrar. Além do atendimento as-sistencial, temos os servi-ços de hotelaria, lavande-ria, nutrição, manutenção, entre outros. A eficiência do atendimento depen-de que tudo isso funcione perfeitamente, portanto a gestão deve cuidar de to-dos os segmentos, duran-te 24 horas por dia, o ano todo”, ressalta Rizoli a res-peito da complexidade da gerência hospitalar.

“PLANEJAR é A ATIVIDADE PRELIMINAR QUE ORGA-NIzA TODO O TECIDO SOCIAL DO HOSPITAL, PRO-PORCIONANDO O COMANDO EFICAz. SEM ISSO NãO SE CONSEGUE CONTROLAR, ORGANIzAR OU COMANDAR A GESTãO”

JOSé CLEBER DO NASCIMENTO DA COSTA, DIRETOR GERAL DO INDSH

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Gestão Estratégica A execução do Plano Di-

retor de Medicina pontua as necessidades da unida-de hospitalar através do diagnóstico e planejamen-to estratégico baseados no BSC (Balanced Scorecard). é com base nesse programa que se institui diretrizes, ob-jetivos e metas para todos os departamentos, criando procedimentos que permi-tam o perfeito funcionamen-to dessa verdadeira engre-nagem que é um hospital.

Na opinião de Rizoli, a ad-ministração de um hospital por uma OSS traz inúmeras vantagens tanto para a ins-tituição e, sobretudo, aos usuários. “Há uma enorme burocracia em instituições públicas que muitas vezes dificultam o gerenciamento. Por meio das OSS há maior facilidade em modificar a estrutura administrativa de forma a atender às neces-sidades da população, por meio da flexibilização na contratação de funcioná-

rios, na agilidade na com-pra de materiais, medica-mentos e equipamentos, além da administração dos recursos financeiros de acordo com as prioridades estabelecidas no planeja-mento realizado com base nas demandas da popula-ção. Isso tudo realizado de forma transparente e fisca-lizada pelo Poder Público”, explica o presidente.

Esse modelo de gestão permite maior agilidade nas soluções de problemas que toda unidade de saúde en-frenta, principalmente em cidades menores e distan-tes. “A administração de uma instituição de saúde por uma OSS permite uma parceria muito produtiva com o poder público e be-néfica para a população; enquanto a OSS garante o atendimento à população, o poder público investe na prevenção de doenças e promoção da saúde, além de implantar programas es-pecíficos como os de DST/

ALTErNATIVA

escolHa

CerTA

AIDS, campanhas de va-cinação, programas para atendimento de usuários de drogas, para pacientes psi-quiátricos, dentre outros. O hospital é o guardião da saúde de uma comunida-de, mas, para isso, são ne-cessários profissionais ca-pacitados, equipamentos, medicamentos e materiais, logística e estrutura ade-quadas e nós podemos ga-rantir isso de forma mais rá-pida e menos burocrática”, afirma José Cleber.

Organização Social da Saúde - oSS

As Organizações Sociais foram instituídas a partir da aprovação do Programa Nacional de Publicação (Lei Federal 9.637/98) com a fi-nalidade de eliminar as defi-ciências perante os tradicio-nais moldes entre Estado e sociedade. Com isso, o Executivo Federal foi autori-zado a transferir a execução de serviços públicos nas áreas de ensino, pesquisa

“O CONTROLE EFICIENTE NA ÁREA DE MATERIAIS E LOGíSTICA é SINôNIMO DE UMA BOA GESTãO HOSPITALAR. POR ISSO, DEVE-SE ESTUDAR MINUCIOSAMENTE COMO UTILIzAR OS RECURSOS EM MEDICAMENTOS E MATERIAIS, GARANTINDO UMA ASSISTêNCIA SEGURA, EFICAz E COM QUALIDADE”.

JOSé CLEBER DO NASCIMENTO DA COSTA, DIRETOR GERAL DO INDSH

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HEALTHCAREManagement 22 JANEIRO | FEVEREIRO 2013 healthcaremanagement.com.br 97

caPaoSS

científica, desenvolvimen-to tecnológico, proteção e preservação do meio am-biente, cultura e saúde para tais entidades.

O Governo do Estado de São Paulo também inovou em 1998 ao encaminhar à Assembléia Legislativa um Projeto de Lei que pronta-mente foi votado e aprovado pelos deputados, iniciando assim um processo de par-ceria com instituições filan-trópicas na área de saúde, que mais tarde foi copiado por outros Estados e até hoje

continua bastante moderno. Alguns municípios também

seguiram estes exemplos.Existem princípios que de-

vem ser seguidos para a ha-bilitação à qualificação de OSS, como comprovar a finalidade não lucrativa e a obrigatoriedade de investi-mento de seus excedentes financeiros no desenvolvi-mento das próprias ativida-des, além de não remunerar sua diretoria estatutária.

Firma-se, então, o con-trato de gestão entre o Po-der Público e a entidade. A

partir disso são estipuladas metas a serem atingidas e os respectivos prazos para a execução, tudo isso sen-do avaliado mediante crité-rios indicadores de qualida-de e produtividade.

é por meio do contrato de gestão que o Poder Público controla, acompanha e cobra a atividade desempenhada pela OSS, pois através desse termo estabelecem a assis-tência que será oferecida, a publicação obrigatória de ba-lanços e a prestação de con-ta, dentre outras exigências.

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APOIO

escolHa

CerTA

mais do que uma parceria, o apoio nos serviços de higiene e atendimento em hospitais é essencial para seu bom funcionamento

apoio na limpeza é fundamental

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HEALTHCAREManagement 22 JANEIRO | FEVEREIRO 2013 healthcaremanagement.com.br 99

ParceriaCerTA

A contratação de em-presas prestadoras

de serviços para executar tarefas ligadas à conser-vação, limpeza, segurança e vigilância em hospitais, tornou-se comum e neces-sária, especialmente nas instituições públicas, após o Decreto-Lei nº 200 de 25 de fevereiro de 1967, ainda em vigor. “O sétimo pará-grafo do artigo prevê que a administração deixa de ter obrigação direta sobre as tarefas executivas, para po-der desempenhar melhor o planejamento, coordena-ção, supervisão e controle”, explica Fernanda Fernan-des de Freitas, Gerente da Gestão de Contratos e Con-vênios do Hospital de Clíni-cas da Universidade Federal de Uberlândia (MG).

A casa de saúde tercei-rizou seus serviços de re-cepção, portaria, maquei-ros, vigilância, lavanderia hospitalar, manutenção de elevadores, desratização e desinsetização, limpeza de caixa d’água e de calhas, manutenção em equipa-mentos e coleta de resí-duos. Tais serviços são de suma importância à gestão hospitalar porque, apesar de não ser uma atividade--fim do hospital, sem eles se tornaria impossível a realização de sua missão, que é atender aos usuários.

Porém, encontrar a pres-tadora adequada requer al-guns cuidados. De acordo com Fernanda, as empresas que ganham as licitações, deveriam ser especializa-das no segmento, mas nem sempre estão preparadas para atender as necessida-des dos órgãos Públicos. Mas não é este o caso da prestadora que atende atu-almente a instituição.

A ética Conservação & Higienização está no mer-cado há mais de uma dé-cada e além do Hospital de Clínicas da Universida-de Federal de Uberlândia atua em mais oito casas de saúde. “Eles já possuem um certo conhecimento e vem, a cada dia, melho-rando e aprendendo com as particularidades do hos-pital. Mas mesmo assim, acompanhamos os servi-ços, sugerindo correções e melhorias onde e quando é necessário”, conta a Geren-te da Gestão de Contratos e Convênios do hospital.

Para a empresa de apoio, atender ao HC foi um desa-fio e, especialmente para isso, criou a ética Divisão Hospitalar, que conta com uma equipe altamente ca-pacitada, formada por en-fermeiros e técnicos em hi-gienização em saúde, para gerenciar todos os procedi-mentos preconizados junto a CCIH e Gestão de Con-tratos. “Acompanhamos as melhores práticas nesse tipo de serviço, por isso e pelo excelente trabalho de-senvolvido dentro do HC, nos tornamos referência nas atividades de limpeza e higienização de ambientes na área de saúde”, diz Fran-cisco Eduardo de Almeida Duarte, Diretor da empresa.

Como os serviços de lim-peza e desinfecção no am-biente hospitalar são de fun-damental importância para a redução de nocivos agen-tes biológicos, a empresa foca em profissionais alta-mente capacitados e cons-cientizados que preparam

“ACOMPANHAMOS AS MELHORES PRÁTICAS NESSE TIPO DE SERVIÇO, POR ISSO E PELO ExCELENTE TRABALHO DESENVOLVIDO DENTRO DO HC, NOS TORNAMOS REFERêNCIA NAS ATIVIDADES DE LIMPEzA E HIGIENIzAÇãO DE AMBIENTES NA ÁREA DE SAúDE”

FRANCISCO EDUARDO DE ALMEIDA DUARTE, DIRETOR DA éTICA CONSERVAÇãO E HIGIENIzAÇãO

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APOIO

escolHa

CerTA

o local para as atividades diárias, mantendo a ordem e conservação de equipa-mentos e instalações para o uso de pacientes, fami-liares e funcionários.

Há um profissional de al-moxarife, locado dentro do HC, que faz semanalmente uma avaliação minuciosa em todos os itens relacio-nados à higienização. Além disso, alguns cuidados são tomados para normatizar a metodologia de limpeza, como definir áreas a serem trabalhadas e seus respon-sáveis, criar documentos que servem de suporte para avaliação e controle

sistemático da assepsia e o trabalho em conjunto com a CCIH e Gestão de Contra-tos, criando e elaborando normas que evidenciam todos os procedimentos de limpeza e higienização hospitalar.

A preocupação com a qualidade do serviço pres-tado é extremamente im-portante, porém, não é a única da prestadora, que está se adequando ao pro-cesso de certificação da ISO 14001, norma interna-cionalmente reconhecida, que define o que deve ser feito para estabelecer um Sistema de Gestão Am-

biental (SGA) efetivo. A norma é desenvolvida

com o objetivo de criar o equilíbrio entre a manu-tenção de rentabilidade e a redução do impacto ambiental, com o com-prometimento de toda a organização. “Os produ-tos químicos utilizados no processo de limpeza e hi-gienização de ambientes já estão certificados com o Selo Verde e contamos com a parceria de empre-sas que fazem o recolhi-mento das embalagens para reciclagem”, conta o Gestor Hospitalar, Ales-sandro José Borges.

FRANCISCO EDUARDO DE ALMEIDA DUARTE, DIRETOR DA éTICA CONSERVAÇãO E HIGIENIzAÇãO E ALESSANDRO JOSé BORGES, GESTOR HOSPITALAR

HCM

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ParceriaCerTA

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distribuidora de produtos médico-hospitalares espera crescimento superior a 60%

o tom do crescimento

alTa Nos

NeGÓCioS

PErSPECTIVA

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Grande do Sul, Santa Cata-rina e Paraná, tornaram a empresa referência em seu segmento. “Esse destaque na distribuição de produtos médico-hospitalares surge devido às ações focadas na excelência e no comprome-timento”, finaliza.

Diante do mercado al-tamente competitivo,

uma das grandes decisões dos gestores é saber es-colher a empresa fornece-dora de produtos médico--hospitalares. No Brasil, dezenas delas se sobres-saem ao oferecer linha completa que atenda as necessidades internas de um complexo de saúde.

Uma empresa que se evi-dencia no mercado nacio-nal é a Medilar, que atende inúmeros hospitais con-ceituados em todo o País, o que soma mais de 3 mil clientes cadastrados. “Esse cenário se dá pela qualida-de na prestação dos servi-ços realizados pela nossa empresa”, afirma Roberto Henrique Arend, Diretor Executivo da distribuidora.

Ao relatar sobre a expec-tativa de crescimento da empresa, o executivo afir-ma que a instituição atua desde 2007 e vem cres-cendo a níveis superiores a 60% ao ano, consolidan-do-se como a distribuidora hospitalar que mais cres-ce no Sul do Brasil. “Para 2013 as expectativas con-tinuam muito otimistas, devido aos importantes in-vestimentos, como a inau-guração do novo e moder-no Centro de Distribuição em Porto Alegre (ao lado

Balanço2012

do Aeroporto Internacio-nal Salgado Filho).”

Segundo Arend, essa nova unidade dará maior velocidade ao atendimen-to. Ele também destaca o foco em tecnologia na logística interna – auto-mação; na contínua pros-pecção de novos nichos e mercados, expandindo-se a nível nacional, bem como na ampliação do portfólio de produtos e no início da divisão Medical Devices. “Atualmente, a Medilar pos-sui mais de 7 mil itens (en-tre medicamentos e mate-riais hospitalares)”, revela.

O diferencial Alguns fatores sempre di-

ferenciaram a empresa no mercado: a sua logística efi-caz e o atendimento presta-do aos seus clientes. Isso, somado à amplitude de seu mix de produtos, aos investimentos em eventos de educação continuada (Superdosagem Medilar) e na equipe técnica comercial que atua nos Estados do Rio

HCM

“PARA 2013 AS ExPECTATIVAS CONTINUAM MUITO OTIMISTAS, DEVIDO AOS IMPORTANTES INVESTIMENTOS, COMO A INAUGURAÇãO DO NOVO E MODERNO CENTRO DE DISTRIBUIÇãO EM PORTO ALEGRE (AO LADO DO AEROPORTO INTERNACIONAL SALGADO FILHO)”

ROBERTO HENRIQUE AREND,DIRETOR ExECUTIVO DA MEDILAR

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Fototerapia e o mercadoavanços da medicina fototerápica exigem completaassessoria tecnológica para as instituições de saúde

Estudos e inovações acerca da Medicina

Fototerápica fomentam, a cada dia, o mercado tec-nológico e científico. No Brasil, a procura por equi-pamentos para este tra-

modelo

De ATeNDimeNTo

fOTOTErAPIA

tamento vem crescendo, além da preocupação das instituições em buscar ser-viços que ofereçam pós venda e manutenção pre-ventiva.

A análise é de Augusto

Pires, Diretor da Prolumi-na, que também afirma o avanço tecnológico neste ramo. “As soluções em-pregadas para a fabrica-ção, automação e controle desses equipamentos vêm

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avanços da medicina fototerápica exigem completaassessoria tecnológica para as instituições de saúde

soluções aCurTo PrAZo

HCM

evoluindo em passos lar-gos, buscando atender às solicitações dos dermato-logistas e profissionais da área.”

O grande marco desta evolução deve-se ao sur-gimento da fabricação de lâmpadas que concentram a emissão de luz ultraviole-ta no comprimento de onda de 311 nanômetros. Com o uso dessa terapia, não se faz necessário a associação do uso de psoralênicos, reduzindo, assim, a indis-posição dos pacientes ao

tratamento a taxa zero. Hoje, diversos equipa-

mentos trazem aplicações cada vez mais específicas com soluções mais com-pletas aos médicos. São materiais que tratam des-de uma lesão localizada, como vitiligo pontual, até mesmo uma cabine para

procedimentos simultâne-os de corpo inteiro.

Outro material muito procurado é o Professional Misto. “é uma solução para o tratamento de diversas dermatoses e com possi-bilidade de escolha entre terapia com UVB Narrow-band e UVA. Trata-se de

“OS PROFISSIONAIS E AS INSTITUIÇõES DEVEM BUSCAR UM PARCEIRO QUE TRABALHE NA ExECUÇãO DE TRAzER ESSE SERVIÇO à INSTITUIÇãO. DESSA FORMA, TERãO MAIS CONFIANÇA NOS PRODUTOS E NA ASSISTêNCIA”

AUGUSTO PIRES, DIRETOR DA PROLUMINA

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fototerapia também é es-sencial para que se defina, exatamente, os modelos necessários, o local ade-quado para a montagem e o treinamento de uso e aplicação dos equipamen-tos. “Os profissionais e as instituições devem buscar um parceiro que trabalhe na execução de trazer esse serviço à instituição. Dessa forma, terão mais confiança nos produtos e na assistên-cia”, explica Augusto Pires.

Ainda há a possibilidade de levar a fototerapia para a casa do paciente. O tra-tamento de psoríase, por exemplo, pode ser reali-zado a nível domiciliar se houver orientação dos mé-dicos no manejo dos equi-

modelo

De ATeNDimeNTo

fOTOTErAPIA

pamentos e fidelidade em tal execução por parte dos pacientes. A vantagem está na diminuição do tempo de deslocamento do paciente entre a sua residência e o consultório. Vale ressaltar que nestes casos a comer-cialização é feita apenas quando há garantia de su-pervisão médica.

A Prolumina oferece pro-dutos e soluções a institui-ções como a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Hospital de Clínicas de São Paulo, Hospital de Clínicas de Ribeirão Preto (SP), Fun-dação Fac. de Medicina de São José do Rio Preto (SP), Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS), den-tre outras.

uma cabine de corpo inteiro com 42 lâmpadas, sendo 21 lâmpadas do tipo UVB NB e outras 21 lâmpadas do tipo UVA. Assim, o médico tem a flexibilidade para iniciar seu serviço de fototerapia com apenas um equipa-mento e com solução para 90% das aplicações.”

De acordo com o Dr. Vir-gílio Aleixo de Oliveira, pe-diatra do Hospital Mater Dei, a grande tendência da evolução tecnológica neste ramo caminha na melhora do modo de usar os apa-relhos, tais como teclados mais funcionais, controle de ajuste de irradiação, me-didores de horas de trata-mento, etc.

Independentemente do uso ao qual se destina o aparelho, a manutenção preventiva cumpri papel es-sencial na obtenção de uma terapia eficaz. Desse modo, alguns materiais podem chegar a 30 anos de vida, até porque muitos permi-tem a atualização tecnoló-gica constante, não sendo necessária a substituição integral. Além disso, o pro-fissional deve atentar-se ao cumprimento de regu-lamentações por parte dos fabricantes, como a RDC 59 da ANVISA, acerca das Boas Práticas para Fabrica-ção de Produtos Médicos.

O auxílio à implantação da

HCM

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soluções aCurTo PrAZo

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modelo

De ATeNDimeNTo

fOTOTErAPIA

serviços contratados no setor de radiologiadigital oferecem soluções de qualidade

O modelo Business Pro-cess Outsourcing (BPO)

vem se tornando uma das soluções recorridas pela ges-tão hospitalar no País. Atra-vés deste serviço, os gran-des centros obtêm inúmeras vantagens como a redução de custos operacionais e agi-lidade no resultado final.

A Radiologia Digital tam-bém pode ser administrada nos moldes do BPO, atra-vés do fornecimento de prestação de serviço que envolve todos os setores, desde o equipamento de digitalização de Rx (CR), à central de laudo.

De acordo com Paulo An-tônio Müller Jr., Diretor Exe-cutivo da Ascalon, o hospital será cobrado em modalidade pay-per-use, isto é, paga-se

uma mensalidade em função do volume de exames reali-zados mensalmente. “Com isso permite-se uma perso-nificação quase que única do projeto às necessidades do cliente. Incluindo o digi-talizador de Rx (CR), servido-res, sistemas operacionais, software de radiologia (RIS/PACS), estações de consulta, de laudo, ou seja, todas as questões de Tecnologia da Informação (Hardware e Sof-tware), inclusive o próprio Data Center, telecomunica-ções e os serviços de supor-te e atendimento”, explica.

Primeiramente, deve-se analisar as necessidades do hospital como a natureza e o volume dos exames reali-zados, a necessidade de ter uma central de laudo e de

mão de obra técnica e médi-ca para o trabalho realizado. Com os dados em mãos, faz--se um projeto de dimensio-namento dos equipamentos, infra-estrutura de energia e tecnologia da informação, montagem de ambientes e outros aspectos para colocar em prática o serviço.

“Altera-se toda a dinâmica do atendimento do serviço de radiologia. Alguns hospi-tais públicos de São Paulo, por exemplo, implantaram esta filosofia de atendimen-to. Os exames que levavam cerca de dois a três meses para ter seu laudo, hoje le-vam, no máximo, duas ho-ras”, ressalta Paulo Müller.

As vantagens são inúme-ras e bastante significativas para a instituição. “O resul-

eficiência tecnológica

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soluções aCurTo PrAZo

tado é agilidade, controle sobre custos, redução/elimi-nação de produtos químicos para revelação, atualização tecnológica do serviço de radiologia, dentre outros. To-davia, o mais significativo é depositar a responsabilidade em um único fornecedor, ou seja, acaba com o “empurra empurra” entre provedores de serviço, pois todos estão em um único lugar.”

Afora benefícios econômi-cos, este modelo de servi-ço também beneficia todo o corpo clínico, ao conferir agilidade ao atendimento, garantir a disponibilidade de

exames anteriores a fim de facilitar o laudo evolutivo e a possibilidade de integração com quaisquer sistemas de prontuário eletrônico.

Os usuários também são beneficiados com este mo-delo. “O custo pode redu-zir significativamente, uma vez que há o controle sobre quando, onde e porque um paciente faz um exame. Um dos problemas é que o pa-ciente, ao se sentir inseguro com a opinião de um médi-co, recorre a outro profissio-nal, refazendo boa parte dos exames. Isso faz o custo da medicina suplementar cres-

cer. O pleno controle dos exames evita o desperdício.”

Ainda de acordo com Paulo Müller, já foi possível aumentar em quase 50% a eficiência operacional de um serviço de radiologia tradi-cional através da melhora da performance da equipe e da redução de custos. “é impor-tante dizer que, segundo da-dos da Associação Paulista de Radiologia, o desperdício de material em Rx chega a quase 30% por conta de er-ros de exposição, de revela-ção, etc. Com este serviço, esse índice pode chegar a perto de zero”, finaliza. HCM

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O serviço de home care da instituição está disponível ape-nas para a cida-

de de São Paulo? Atualmente os serviços são oferecidos dentro do territó-rio do município de São Paulo (SP), porém já existem pers-pectivas de ampliação da área de atuação para os próximos meses, incluindo Alphaville e entorno.

Como é for-mada a equipe do Home Care Einstein?Além da gerência

médica, coordenação assis-tencial e assistentes adminis-trativos, a equipe é composta por médicos, enfermeiros se-niores e plenos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fo-noaudiólogos, assistentes so-ciais, nutricionistas, motoris-tas, entre outros.

No home care não adianta ter apenas os cuida-dores, mas sim uma estrutura

saúde10pontuando a gestão

AVANçOS NO HOME CArE

enfermagem. Finalmente tam-bém foi possível solicitações para a internação domiciliar como continuidade da atenção hospitalar na residência para pacientes mais complexos, com necessidade de estrutura de enfermagem 24 horas, visi-tas médicas, atuação da equi-pe multidisciplinar, além do fornecimento de equipamen-tos, materiais, medicamentos, oxigenoterapia, transporte e central dia/noite. O home care tem sido visto pela instituição como uma ferramenta estra-tégica para o processo de de-sospitalização segura.

Quais são os principais resul-tados positivos observados com esta modalida-

de continuada de presta-ção de serviços na área da saúde?Personalização da atenção, sa-tisfação dos usuários, custo efe-tividade, sustentabilidade para a desospitalização, redução do tempo de permanência no ambiente clínico, giro do leito hospitalar, menor risco de infec-ções e de reinternações hospi-talares, entre outros benefícios.

Qual avaliação a Sra. faz da pro-cura pelo servi-ço de home care da instituição?

A procura por serviços de Home Care no Sistema de Saúde Público e Privado do Brasil e particularmente no Hospital Israelita Albert Einstein é crescente nos úl-timos anos. Para atender às especificidades da demanda da instituição, oferecemos produtos especializados por idade, complexidade clínica, tipo de necessidade e pers-pectivas de tempo para sua utilização.

Como surgiu a ideia de im-plantar o home care no Albert Einstein?

O serviço passou a ser ofe-recido em 1998, para atender a demanda dos clientes por acompanhantes de enfer-magem e como a evolução surgiu a procura por pro-cedimentos de enfermaria no domicílio, como infusão venosa de medicamentos, curativos, orientações, pós operatórios e plantões de

Uma alternativa que deu certo no mercado da saúde foi o home care. é uma maneira inteligente e ao mesmo tempo confortável para a realização do tratamento dos

pacientes. O Brasil possui dezenas de empresas que estão implementando esta modalidade ao oferecer o atendimento aos usuários. Um case de excelência no segmento médico que adota esta prática é o Hospital Israelita Albert Einstein, ao promover uma média de 1.800 atendimentos mensais. Em entrevista à reportagem, a Gerente Médica Home Care do hospital, Dra. Cristina Ribeiro, relata como surgiu este serviço na instituição e também ressalta pontos positivos desta prática que se expande em larga escala no território brasileiro.

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O Home Care Einstein conta com uma varie-dade de produ-tos para atender

as diferentes necessidades de usuários. Quais são es-tes produtos?São vários como o de Pediatria – Programa Baby Care, Idosos – Programa Family Care, Pós-ci-rúrgicos e Maternidade – Home Care Agudo, Procedimentos Do-miciliares, Programas de Preven-ção de Quedas, Monitoramento de Diabetes, Serviço de Acompa-nhantes Hospitalares, Domicilia-res e para Realização de Exames, Internação Domiciliar, Cuidados Paliativos, entre outros.

diretamente pela instituição.

Quanto à huma-nização, quais os principais benefícios que o home care da

instituição proporciona?A oferta de atenção persona-lizada, focada em um único paciente, dentro de seu am-biente e junto aos seus fami-liares, são características da modalidade de home care que muito contribuem para a melhora, segurança, confor-to e humanização do atendi-mento.

completa de equipamentos, entre outros para a realiza-ção do atendimento. Como é a estrutura do Home Care Einstein?Além da estrutura especia-lizada de recursos humanos o serviço dispõe de toda a tecnologia necessária para a continuidade customiza-da da atenção no domicílio, como equipamentos, mate-riais, medicamentos, trans-porte. O destaque é que contamos com a central 24 horas para suporte aos pro-fissionais que estão atuando nos domicílios.

Como funciona a montagem/instalação dos equipamentos necessários do

Home Care Einstein? A estrutura de materiais e medicamentos é própria e de equipamentos e oxige-noterapia por empresas do mercado selecionadas e va-lidadas pela Engenharia Clí-nica do hospital. A qualidade deste processo é monitorada pela equipe do nosso serviço.

A instituição conta com o apoio de alguma empresa para montagem/ins-

talação dos equipamen-tos nos domicílios? Temos empresas credencia-das e validadas que são res-ponsáveis por parte deste processo, a Engenharia Clí-nica e a central de serviços do hospital oferecem supor-te para os itens oferecidos

“A OFERTA DE ATENÇãO PERSONALIzADA, FOCADA EM UM úNICO PACIENTE, DENTRO DE SEU AMBIENTE E JUNTO AOS SEUS FAMILIARES, SãO CARACTERíSTICAS DA MODALIDADE DE HOME CARE QUE MUITO CONTRIBUEM PARA A MELHORA, SEGURANÇA, CONFORTO E HUMANIzAÇãO DO ATENDIMENTO”

DRA. CRISTINA RIBEIRO, GERENTE MéDICA HOME CARE DO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN

Dra. Cristina Ribeiro

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Participe! Escolha o próximo entrevistado do “Saúde 10”. é simples! Envie sua sugestão para o e-mail: [email protected] indicação pode ser publicada na coluna!

saúde

pontuando a gestão

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O mesmo levantamen-to revelou também alguns pontos de evolução, como a cura de casos novos de tuberculose e hanseníase; o aumento de partos normais; a diminuição no número de óbitos em menores de 15 anos, que foram internados em Unidades de Terapia Intensiva e durante inter-nações por infarto agudo do miocárdio. Nota-se com isso, que o Sistema encon-tra-se em aprimoramento. Apesar de apresentar muitas falhas, os resultados apon-tam que o caminho percorri-do possivelmente é o corre-to. Basta seguir melhorando a cada passo dado.

PoNTo FiNAl

O Sistema único de Saú-de completa 25 anos de

prestação de serviços em 2013. O programa foi criado pela Constituição Federal de 1988 com o objetivo de ofe-recer atendimento médico à população em geral, visto que seu antecessor, o INAMPS restringia cada vez mais seu atendimento. O Sistema ofe-rece prestação médica de todas as especialidades, e conta com centros e postos de saúde, hospitais, inclusive os universitários, hemocen-tros, laboratórios, Vigilância Epidemiológica, serviços de Vigilância Sanitária, além de alguns institutos de pesqui-sas, como o Vital Brazil.

sus completa 25 anoscom mais de duas décadas, o sistema únicode saúde reflete falhas e evoluções

HCM

MUDANçAS

Porém, uma avaliação fei-ta, no ano passado, pelo Mi-nistério da Saúde, o IDSUS, revelou que ainda há muito a ser melhorado para que o Sistema possa atender plena-mente à população. Em uma escala de zero a dez a nota média para o desempenho do SUS no Brasil foi equi-valente a 5,47. A pontuação mais alta, foi da região Sul, com 6,12, seguida do Sudes-te com 5,56, Nordeste com 5,28, Centro-Oeste com 5,26 e, por fim, Norte com 4,67. O resultado vem de um cru-zamento de 24 indicadores, sendo 14 que avaliaram o acesso e outros dez mediram a efetividade dos serviços.

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