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Healthcare Management 33ª Edição

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Líderes da Saúde eleitos pela Healthcare Management A nova edição da Healthcare Management traz o “Líderes da Saúde”, eleição que premia o setor de indústrias, serviços e fornecedores, além de Associações, Federações e empresas que fomentam o Negócio na Saúde. Os escolhidos são apresentados em 23 categorias, com três ganhadores em cada uma, sendo todos igualmente homenageados, ou seja, não foi estabelecido um ranking entre eles. A escolha desses importantes players foi feita por um corpo de jurados composto pelo conselho editorial das revistas Healthcare Management, HealthARQ e Health-IT, além do voto de gestores de importantes instituições de saúde de todo o Brasil. A nova edição também traz o exemplo de sucesso de governança corporativa do Biocor Instituto; a preocupação ambiental com o descarte correto de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) realizado pelo Hospital Albert Einstein e o modelo de gestão OSS na Clínica da Família Gardênia, no Rio de Janeiro.

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EDITORIAL

Homenagem à Liderança

Este ano foi o divisor de águas do Grupo Mí-dia. Em 2014, realizamos o “100 Mais In-fluentes da Saúde”, o “I Fórum Healthcare

Business”, o “Excelência da Saúde” e agora o “Líderes da Saúde”.

Não foi uma tarefa fácil, mas com muita de-dicação e empenho conseguimos levar para aqueles que fazem acontecer a nossa home-nagem e reconhecimento.

Também acompanhamos dia a dia o cres-cimento de nossas publicações Healthcare Management e HealthARQ. Além disso, pu-blicamos a Health-IT, que estreou com o pé direito durante o 1º HIMSS Latin America.

Diante de tantas conquistas, a nossa últi-ma edição de 2014 não poderia encerrar de maneira mais brilhante como a que estamos oferecendo ao nosso leitor.

Vamos mostrar quem são os “Líderes da Saúde” eleitos por um corpo de jurados for-mado pelo conselho editorial de nossas re-vistas e também por gestores de importantes instituições do país.

Distribuídos em 23 categorias, os três elei-tos em cada uma delas não são classificados, nem há ranking entre eles. Todos aqui são homenageados igualmente.

Além de empresas, também trazemos ca-tegorias como Associações, Federações e Negócios, pois sabemos da importância e in-fluência que esses líderes exercem na Saúde, proporcionando o espaço para o diálogo e aproximação com todos da comunidade.

E por falar em liderança, a matéria de capa traz uma instituição que é referência nacional e internacional e está prestes de completar 30 anos de muita dedicação para toda a so-ciedade: Biocor Instituto.

Mario Vrandecic, Fundador e Diretor do Biocor, explica o aprimoramento da gestão organizacional, com foco em prevenção e minimização dos riscos de modo a agregar e entregar valor para o paciente.

Além da estrutura moderna, da tecnologia de ponta, da gestão profissional e da equipe especializada, o Biocor se diferencia também pela sensibilidade no acolhimento e respeito aos pacientes, a começar pelo exemplo de seu fundador.

Vrandecic fala sobre suas visitas diárias a todos os pacientes, inclusive nos finais de semana e feriados, e da importância desta aproximação no processo de recuperação. Por outro lado, este diálogo também é uma importante ferramenta para a gestão do hos-pital, por permitir ouvir diretamente as recla-mações e sugestões dos pacientes.

E é justamente essa aproximação e diálogo direto que queremos manter em 2015 com toda a comunidade da Saúde. Afinal, nossas conquistas e avanços merecem ser comparti-lhadas e devidamente reconhecidas.

Aproveito para agradecer a todos que acre-ditaram no Grupo Mídia ao longo de 2014 e que estarão conosco em 2015 vivenciando novas conquistas.

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

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Consequências da vida longaQuais são as estratégias para reduzir os impactos do envelhecimento no caixa da Previdência, nas contas da saúde e na gestão hospitalar

NESTA EDIÇÃO

nOvEmbRO - DEzEmbRO

articulistas:

22 avi Zins | 28 David oliveira | 42 evaristo araújo | 54 márcia mariani 94 nubia Viana | 108 Claudia Laselva | 136 Carlos goulart

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Preservar a saúdeQuando a cultura de cuidar da doença dá espaço para o conceito de salvar vidas

a estratégia que dá certomais de 60 Clínicas da Família administradas pelo IaBaS levam promoção à Saúde em diversas comunidades no Rio de Janeiro

nada se perde, tudo se transformaResíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos do Hospital albert einstein somam mais de 9 toneladas somente neste ano. Modelo mostra eficiência e fluxos para o completo aproveitamento do material

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100% SUS com excelênciaentenda como o Inca consegue vencer desafios de sua gestão, ser referência no mundo todo e oferecer um atendimento inteiramente gratuito

O conforto do lar em um hospitalQuando tecnologia e arquitetura trabalhamjuntas para o bem-estar do paciente

O exemplo de atenção ao pacienteo carinho que move desde a Tecnologia até o atendimento ao paciente no Biocor Instituto

Código de Coresa HealthCare Management organiza suas editorias pelo código de cores abaixo:

Líderes e PráticasSustentabilidadeHealth ITmercadogente e gestãoIdeias e Tendênciasestratégia

PONTO FINALOs próximos anosPromessas e novos desafios para Saúde no Brasil

regiões do BrasilFazendo acontecer longe dos grandes centros do país

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138 Troca de experiênciasInstituto Weizmann firma parceria com aFapesp para estreitar conhecimento sobreas bases da igualdade e do benefício mútuo

Coroando o presente e discutindo o futuroI Fórum Healthcare Business e “excelênciada Saúde” reúnem gestores para debatertendências e aplaudir cases de sucesso

18 143106saúde10pontuando a gestão

PeRFIL

Análises ClínicasArquiteturaArquitetura de InterioresAssociaçãoConsultoriaDiagnóstico por ImagemDistribuidoresEngenhariaEngenharia ClínicaEnsino e PesquisaFederaçãoHomecareIndústria de EquipamentosIndústria FarmacêuticaIndústria de MateriaisIndústria MobiliáriaNegóciosOperadorasOSSServiços TerceirizadosTelecomunicaçãoTI HardwareTI SoftwareHomenagem Especial

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Paulo Fraccaro, Superintendente da Abimo, fala sobre importantes ações da associação

O olhar de Rodolfo More, Presidente da aBeClin, sobre a engenharia Clínica no país

No dia 14/11, o setor da Saúde perdeu uma de suas principais referências. Adib Jatene, médico e ex-ministro da Saúde, morreu, aos 85 anos, em decorrência de um infarto agudo do miocárdio. Jatene foi secretário

estadual de Saúde (1979-1982), e ministro nos governos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. Nesta última gestão, Jatene criou a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), convencendo deputados e senadores da importância do tributo para a Saúde. O médico era Diretor-geral do HCor e um dos pioneiros da cirurgia do coração no Brasil. Natural de Xapuri (AC), Jatene graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 1953. Sua pós-graduação foi feita no Hospital das Clínicas, sob a orientação do professor Euclydes de Jesus Zerbini.

O presidente da Unimed do Brasil, Eudes de Freitas Aquino, foi eleito primeiro vice-presidente da Cooperativa das Américas. O anúncio ocorreu durante a III Cúpula Cooperativa das Amé-

ricas, em Cartagena. “Trabalhar visando o desenvolvimento do coo-perativismo e a disseminação de nossas práticas em âmbitos diver-sos, tanto dialogando com nossos pares quanto criando pontes com aqueles que ainda não estão familiarizados com elas, é e sempre será uma missão valorosa”, afirmou. Eudes está em seu segundo mandato como presidente da Unimed do Brasil. No cooperativismo, é vice-presidente do International Health Cooperative Organization e membro do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Apren-dizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP).

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O campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, ganhou o Centro Satélite do Johnson & Johnson Medical Innovation Institute (JJMII), que funcionará em par-

ceria com a UFPE e o Hospital das Clínicas. Com capacidade para treinar cerca de mil médicos e estudantes de medicina por ano, o Centro atenderá as regiões Norte e Nordeste oferecendo educa-ção médica continuada apoiada em modernas tecnologias cirúrgi-cas. Todos os treinamentos são gratuitos. “Com isso, os profissio-nais de saúde estarão sempre atualizados com os mais modernos avanços técnicos por meio do aprimoramento de suas habilidades e compartilhamento de conhecimento”, explica o Diretor-médico do JJMII para a América Latina, Abner Lobão.

Johnson & Johnson inaugura centro de treinamento para médicos no nordeste

adib Jatene, o engenheiro do coração

eudes de Freitas aquino é eleito primeiro Vice-presidente da Cooperativa das américas

DIAS

PERDA

GESTÃO

INOVAÇÃO

A presidência da Aché está, agora, sob o comando de Paulo Nigro. A sua chegada encerra um ciclo de quase dois anos em que a empresa teve sua gestão liderada por um Comitê. “É com muito entusiasmo

que enfrento esse novo desafio na Aché, uma empresa inovadora, que vive um momento extremamente positivo. Contamos com uma equipe talento-sa para consolidarmos nossa posição e crescermos ainda mais no promis-sor mercado farmacêutico”, afirma Nigro. O executivo traz em sua trajetória profissional atuações na Philips, Goodyear, AGA e Tetra Pak. Para Jonas Siaulys, Presidente do Conselho do Aché, Nigro possui “as competências e valores que julgamos importantes para conduzir a empresa rumo ao alcan-ce e superação dos seus objetivos estratégicos”.

A Agfa Healthcare acaba de contratar Fabio Mattoso para o cargo de Dire-tor de Vendas no Brasil. Ele estará à frente do setor nas áreas de Imaging e IITS e ficará responsável por definir novas estratégias para aumentar a

participação da empresa no mercado. Com ampla experiência na América Lati-na, Fabio Mattoso vai contribuir de maneira decisiva para fortalecer a estrutura comercial da Agfa HealthCare no país, gerenciando a equipe de vendas direta e distribuidores. Além de ocupar diversas posições de liderança nas áreas co-mercial e de serviços em empresas de saúde, como GE e Philips Healthcare, o executivo possui grande conhecimento clínico e experiência em produtos de Healthcare IT e Diagnóstico por Imagem.

O novo Gerente-geral da Divisão de Diagnóstico da Abbott no Bra-sil é César Almeida Rodrigues. Graduado em Farmácia e em Bioquímica pela Universidade Federal de Minas Gerais, e com

MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, o execu-tivo traz em sua trajetória profissional 24 anos de experiência em em-presas da área de saúde. Depois de ter trabalhado na Abbott durante 15 anos, Rodrigues está de volta à companhia para assumir a Divisão de Diagnósticos e ampliar sua expansão no mercado. “Grande parte da minha experiência profissional foi adquirida na Abbott. É motivante estar de volta para liderar um negócio que possui em sua essência o cuidado com as pessoas e a inovação para melhorar a qualidade de vida e a saúde dos brasileiros.”

agfa HealthCare reforça equipe com nova contratação

Paulo nigro é o novo Diretor-presidente da aché Laboratórios

abbott com novo gerente geral para a divisão de diagnósticos

ESTRATÉGIA

NOVA DIREÇÃO

MUDANÇASFo

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Brasil

DIAS

A Emdeon, empresa que oferece soluções tecnológicas de gestão de pa-gamentos, conectando provedores, farmácias e pacientes nos Estados Unidos, comprou a Change Healthcare, empresa de transparência em

preços. Agora, a Emdeon poderá oferecer aos seus clientes ferramentas adi-cionais que integram custo e informações de qualidade dos consumidores. A compra da Change Healthcare foi de aproximadamente US$ 135 milhões em dinheiro mais um adicional de US$ 50 milhões sobre os ganhos do negócio adquirido até o final de 2017. “Vamos integrar a nossa conectividade com no-vas soluções de transparência e personalização, proporcionando mais valor nos serviços que nossos clientes oferecem para seus consumidores”, afirma Neil de Crescenzo, CEO da Emdeon.

Mais pacientes estão utilizando sites especializados de busca para procurar um médico. A pesquisa, realizada pelo site Software Advice, indicou que de 4.620 pessoas, mais de

42% estão usando a Internet em 2014, contra 25% registrado no ano passado, para este fim. Os pacientes estão usando a Internet para procurar seus médicos, “o que comprova que esta comunicação não pode ser desprezada pela comunidade médica”, afirma o estudo realizado no Texas (EUA). Outro dado interessante indica que 44% dos pacientes com planos afirmaram que procurariam outro médico que não pertencesse a sua rede caso ele tivesse vários comentários online, o que além de mostrar o crescimento da pesquisa online, também evidencia a importância do feedback dos pacientes.

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Engajada na luta contra o Ebola, a IBM desenvolveu um sistema colaborativo para que cidadãos compartilhem da-dos sobre a doença diretamente com o governo. A inicia-

tiva contou com o apoio do governo de Serra Leoa e permite que cidadãos possam reportar, via SMS ou mensagem de voz, qualquer informação sobre o Ebola. Com os dados coletados diariamente será possível traçar um mapa da doença e, conse-quemente, estudar novas estratégias no combate à epidemia. A medida também teve o apoio da operadora africana Airtel, que disponibilizou um número gratuito para coletar as mensagens enviadas pela população. A IBM também está criando um con-junto de dados sobre a doença a fim de oferecer para governos, organizações e pesquisadores o acesso a diversas informações que possam elucidar sobre o tema.

Tecnologia contra o ebola

emdeon compra Change Healthcare

Cresce número de pacientes que usam a Internet para procurar seus médicos

TRANSPARêNCIA

COMUNICAÇÃO

INOVAÇÃO

Mundo

O Centro de Políticas de Saúde da UCLA (Universidade da Califór-nia - EUA) criou uma nova ferramenta online que vai oferecer estatísticas completas sobre a Saúde do Estado de Los Ange-

les. A solução AskCHIS NE permite personalizar as pesquisas, com-parar áreas geográficas e mapear resultados do Estado. A ferramenta abrange vários dados, como seguros, doenças crônicas, hábitos de vida, qualidade de vida das crianças, acesso aos atendimentos de saúde, incluindo os tratamentos mentais. Os pesquisadores poderão rapidamente descobrir as características de um local específico e o que há sobre esses problemas na legislação de cada distrito. Assim, os hospitais poderão oferecer serviços específicos para cada região, traçando o perfil epidemiológico da área.

Com mais de 4 mil expositores de todo o mundo, a Feira Medica, que aconteceu em Düsseldorf, na Alemanha, recebeu mais de 130 mil visitantes de 120 países, reafirmando-se como o maior evento do setor do mundo. O Brasil também esteve presente na feira com as

50 empresas expositoras participantes do Brazilian Health Devices, projeto executado pela Abimo em parceria com a Apex-Brasil. Quanto aos negócios firmados pelas empresas brasileiras, foram fechados 3 mil contratos com mais de 100 países, totalizando US$ 2.292 milhões em negócios. Para os próximos 12 meses, a expectativa de geração de negócios de nossas empresas é de aproximadamente US$ 16 milhões, estimativa um pouco acima se comparada ao ano passado, que foi de US$ 15 milhões.

Após o registro completo de sua linha de produtos junto à FDA da China, o Biosafe Group está aumentando as atividades no país através de suas operações baseadas em Xangai, incluin-

do contratação de pessoal e consolidação das instalações. Com isso, a empresa terá maior apoio em seus novos investimentos dentro dos mercados de Banco de Sangue de Cordão Umbilical, Medicina Rege-nerativa e Bioprocessamento. Para Olivier Waridel, Executivo-Chefe do grupo, a expansão das operações reafirma o compromisso de coope-rar com a comunidade de terapia celular da China. Com sede na Suíça, a empresa opera através de subsidiárias regionais (Genebra, Houston, Hong Kong, Xangai e São Paulo) e está presente em mais de 50 países.

Feira MediCa gera excelentes negócios para empresas brasileiras

UCLa lança ferramenta para traçar perfil epidemiológico da região

Biosafe expande negócios na China

NEGóCIOS

DEMOCRATIZAÇÃO

AMPLIAÇÃO

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A última edição de 2014 da única revista especializada em ar-quitetura, construção e design hospitalar do Brasil, a HealthARQ, destaca o investimento que a Unimed-BH tem feito em saúde na capital mineira e sua região metropolitana. A matéria apresenta a proposta que rege os projetos de ampliação, retrofit e constru-ção de novos prédios da instituição. A edição destaca também o projeto do novo bloco do Imperial Hospital de Caridade, localiza-do em Florianópolis (SC), o primeiro hospital do Estado de Santa Catarina e a 3° Santa Casa do Brasil.

O Saúde Online foi até a cidade do Rio de Janeiro visitar o Ins-tituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, administrado pela OSS Pró-Saúde. Com pouco menos de um ano atendendo a po-pulação, a instituição já contabiliza mais de 1.000 procedimentos cirúrgicos. Em entrevista exclusiva, Ana Neves, Subsecretária de Unidades Próprias da Secretaria de Estado de Saúde-RJ; e José Donizetti, Diretor-executivo da unidade, explicam sobre a admi-nistração do Instituto, como é feita a gestão de pessoas e o que fazem para tornar este centro referência no país em tratamento neurocirúrgico de doenças do sistema nervoso central, como tu-mores, doenças vasculares e doença de Parkinson. Além disso, eles explicam sobre as metas estipuladas no contrato Estado-OSS e como alcançá-las. Confira o vídeo no portal Saúde Online.

www.portalsaudeonline.com.br

A Fundação São Francisco Xavier e a Usisaúde inauguraram um novo serviço de atendimento aos beneficiários do plano de saúde, o Usifamília. Com uma proposta diferenciada, ba-seada no modelo de Atenção Primária, o Usifamília atenderá 15 mil beneficiários e familiares. Instalado em uma unidade de atendimento exclusiva, o serviço compreende ao trabalho articulado de uma equipe multidisciplinar, composta por mé-dicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionista, farmacêutico e assistente social. Confira o lançamento da Usi-família no portal Saúde Online.

a excelência do instituto estadual do Cérebro Paulo niemeyer

revista HealtharQ lança 13ª edição

FSFX e Usisaúde inauguram o Usifamília

@SaudeOnlineBR instagran.com/saude_onlinewww.facebook.com/SaudeOnlineBRSIGA, CURTA E COMENTE

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Inauguração da Usifamília, em Ipatinga (MG)

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O ano se encerra com mais um grande desafio: pontuar quais são os “Líderes da Saúde”. A escolha

desses importantes players foi feita por um corpo de jurados composto pelos conselhos editoriais das revistas Healthcare Management, HealthARQ e Health-IT, além do voto de gestores de importantes instituições de saúde de todo o Brasil.

Juntos, elencamos aqueles que mais se destacaram nos últimos doze meses na comunidade da saúde, proporcionando inovação, tecnologia e qualidade para o segmento.

Além do setor de indústrias, serviços e fornecedores, vamos também premiar Associações, Federações e empresas que fomentam o Negócio na Saúde. Entendemos que esses players também exercem importante papel para a evolução do setor e, por isso, merecem estar entre os “Líderes da Saúde”.

Nossos escolhidos são apresentados em 23 categorias, com três ganhadores em cada uma, sendo todos igualmente homenageados, ou seja, não foi estabelecido

a Liderança e suas responsabilidades

Palavra da editora

um ranking entre eles.Encerramos o ano com esse rol de

ganhadores que, durante os últimos doze meses, fomentaram a Saúde com soluções inovadoras, tanto para o paciente, como também para os gestores. Além daqueles que estreitaram o diálogo entre as diversas partes do setor e lutaram por melhorias.

Já que a força motriz das próximas páginas é a Liderança, também vamos mostrar cases de sucesso em diversas frentes da gestão. Como é o caso do exemplo de governança corporativa do Biocor Instituto; da preocupação ambiental com o descarte correto de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) realizado pelo Hospital Albert Einstein e do modelo de gestão OSS na Clínica da Família Gardênia, no Rio de Janeiro.

São com esses exemplos de liderança que encerramos o ano de 2014. E junto com tantas inovações, vem também a responsabilidade. Tanto daqueles que nos inspiram, como a nossa de entregar em suas mãos, leitor, o melhor da Saúde.

Que venha 2015!

Carla de Paula Pinto,Editora da Revista HealthCare Management

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Como esta edição da Healthcare Ma-nagement traz as empresas “Líderes da Saúde”, trouxemos no espaço Saúde 10 a Abimo (Associação Brasileira da Indús-tria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Labora-tórios) que vem atuando há sete anos pela isonomia tributária da indústria brasileira.

Segundo Paulo Fraccaro, Superinten-dente da associação, a sanção da Lei 13043/2014, que prevê a isenção de PIS e COFINS, foi um dos grandes avanços con-quistados em 2014 para o setor.

Além da luta por uma isonomia tribu-tária, Fraccaro também destaca impor-tantes ações da Abimo que aconteceram neste ano, como a atuação das empresas associadas em projetos setoriais, a exem-plo do Brazilian Health Devices.

Contudo, Fraccaro ressalta a morosi-dade da Anvisa em conceder registros, ainda que a agência tenha mudado seus processos, e também o acesso às certifi-cações internacionais.

“As empresas ainda carecem de maiores recursos e de definições por parte do governo para otimizar seus processos produtivos”

Paulo Fraccaro,Superintendente da Abimo

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mo neste projeto?As empresas associadas à Abimo e que

fazem parte do projeto prepararam uma agenda especial para seus convidados, dis-tribuidores, parceiros e prospects, vindos de países como Alemanha, Argélia, Bolívia, Chile, Espanha, Índia, México, Peru, Rússia e Turquia, para assistir aos jogos do Mundial e participar de reuniões de negócios e visitas técnicas. Vemos em projetos como este uma oportunidade de colocar a indústria em uma vitrine, auxiliando o projeto Brazilian Health Devices na construção da marca para o se-tor e a percepção dos atributos que quere-mos destacar na indústria brasileira. O pro-jeto Copa do Mundo proporcionou através do futebol e do ambiente informal dos jogos que nossas empresas pudessem mostrar aos seus compradores que o brasileiro pode ser, ao mesmo tempo, alegre e simpático e cum-prir com seus compromissos assumidos.

Quais seriam os principais anseios da in-dústria nacional para o próximo governo?

Após a sanção da Lei 13043/2014, que pre-vê a isenção de PIS e COFINS, a luta deve ser no âmbito do CONFAZ, a fim de garantir uni-formidade de tratamento no território nacio-nal quanto à legislação do ICMS.

Como é possível a indústria brasileira sobrevi-ver e ser competitiva em meio a tantos tributos?

A indústria brasileira já deu inúmeras provas de sua competência, pois diariamente convi-ve com uma discrepância tributária extrema-mente desfavorável ao desencomendo local. O problema maior ocorre quando uma enti-dade pública ou filantrópica importa produtos com imunidade de impostos (IPI, PIS/COFINS e ICMS), ao passo que quando adquire esse mes-mo produto nacional, paga todos esses impos-

Como foi o ano de 2014 para a indústria brasileira do setor da saúde?

Foi um ano de bastante trabalho e estamos encerrando com boas perspectivas A sanção da Lei 13043/2014 foi uma grande vitória do setor produtivo brasileiro. Agora, temos as mesmas vantagens tributárias que os produtos importados. Pelos dados levantados em 2013 e no primeiro semestre de 2014, o setor vem se saindo bem, apesar de algumas dificulda-des competitivas, principalmente frente aos equipamentos importados. A indústria de transformação, que é o segmento econômi-co no qual estão inseridas as empresas asso-ciadas à Abimo, passou por maus momentos até 2011, quando entrou em um processo de recuperação que se estendeu até 2013. Em 2014, a indústria da transformação volta a passar por maus momentos, mas na contra-mão desse panorama, está o setor de equi-pamentos médicos e odontológicos. O bom desempenho dos números do setor esteve ancorado, desde o ano passado, no aumen-to da produtividade, elemento essencial para garantir a continuidade da expansão.

Os grandes eventos que aconteceram nes-te ano, como a Copa do Mundo e as Eleições, influenciaram nos negócios do setor?

Acreditamos que sim. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimen-tos (Apex-Brasil), entidades e empresas, jun-tos, aproveitaram comercialmente essa gran-de oportunidade por meio do Projeto Copa do Mundo, que trouxe 2.300 compradores, investidores e formadores de opinião estran-geiros ao Brasil para realizar agendas de ne-gócios e acompanhar os jogos do Mundial, através de seus projetos setoriais, entre eles o Brazilian Health Devices.

Como foi a atuação das empresas da Abi-

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tos. É essa falta de isonomia tributária nas com-pras públicas e filantrópicas que afetam muito as vendas do setor, uma vez que representam 65% das compras totais. Dessa forma, a in-dústria vive dos 35% que são comercializados para as empresas privadas e também de suas exportações, já que a expansão comercial no exterior certamente traz resultados positivos e importantes para a empresa.

E o que o governo tem feito para tentar amenizar esse problema?

Recentemente, o governo iniciou um pro-cesso de correção desta distorção, pois o Congresso aprovou a isenção de PIS e CO-FINS para as vendas a entidades públicas e fi-lantrópicas. É uma sinalização importe para o setor, mas não pode parar por aí, também pre-cisamos corrigir a incidência do ICMS, impos-to que mais impacta nos preços dos produtos.

Além da carga tributária, qual outro fator pesa muito na competitividade entre em-presas estrangeiras e brasileiras?

A morosidade da Anvisa em conceder re-gistros é, com certeza, um grande gargalo que afeta a competitividade das empresas, pois faz com que os lançamentos e inovações acabem demorando para chegar no mercado. Porém, temos que reconhecer que a agência vem buscando melhorar seus processos. O acesso a certificações internacionais também é um dos desafios de quem atua no setor de saúde. Mas, quando as empresas brasileiras ultrapassam essas barreiras, as oportunida-des surgem em todos os continentes.

Qual é a sua análise quanto ao diálogo en-tre governo x indústria x academia para o desenvolvimento do setor?

A parceria entre academia e indústria deve

sim existir, ou, melhor dizendo, ambos os la-dos devem coexistir e trabalhar juntos para inovar. São vários os pontos a serem debati-dos quando falamos a respeito de inovação e, para isso, é preciso abrir espaço para uma co-municação bastante ampla e eficiente com to-dos os envolvidos nestes processos. Ou seja, precisamos ouvir as universidades, os empre-sários, os profissionais da saúde, os prestado-res de serviço e, principalmente, o governo.

Mas ainda há dificuldade neste diálogo?Muitas vezes sim ou, ainda, uma dificulda-

de em saber o que os centros de pesquisa es-tão fazendo, o que está sendo desenvolvido pelas universidades, quais as necessidades e prioridades do sistema de saúde e, até mes-mo, o que as empresas precisam para serem eficientes em inovação.

E como podemos trazer mais inovação a nossa indústria?

A inovação deve ser um meio de fomen-to à indústria e à economia como um todo. Países inovadores em diferentes segmentos se destacam na economia mundial e ga-rantem melhor posição neste mercado. E é justamente por isso que a inovação deve ser tratada como uma prioridade no âmbi-to da política econômica pública. Para que universidades e empresas se entendam no que diz respeito à inovação, há a necessida-de de uma atuação forte e decisiva do go-verno sobre aspectos que fortaleçam o de-senvolvimento e ofereçam oportunidades a ambos os lados. Apesar de o governo e suas entidades trabalharem planos de incentivo, desoneração de impostos e menos entraves burocráticos, as empresas ainda carecem de maiores recursos e de definições por parte do próprio governo para otimizar seus pro-cessos produtivos.

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a saúde, as redes sociais e a inteligência

Saímos nas ruas hoje e vemos um monte de pessoas que an-dam pra lá e pra cá com seus

celulares, na maioria das vezes usan-do suas redes sociais e teclando, te-clando e teclando.Já não se pode mais viver sem ouvir

um monte daqueles toques de novas mensagens que chegam todos os dias, em todos os celulares a nossa volta.Este novo meio de comunicação e

de relacionamento entre as pessoas tem se transformado em um impor-tante instrumento de troca de infor-mações, melhoria de produtividade, empregabilidade, apoio a familiares e pacientes e até mesmo serviços (Ex. consultas) dentro da comunidade de saúde (pacientes, médicos, enfermei-ros, engenheiros clínicos, administra-dores, etc.)Mais do que isso, como as redes já

têm certa conotação de garantias de privacidade e segurança ao pacien-te, principalmente na percepção do usuário que ali coloca várias infor-mações pessoais espontaneamente,

parece ser este um excelente reduto para os trabalhos.Hoje, profissionais da área estão

usando as redes sociais para trocar informações sobre seus casos, com outros médicos, outros enfermeiros, outros prestadores em nível mun-dial, formando equipes médicas de relacionamento para tratar de seus pacientes em todas as necessidades especializadas, obtendo a segunda opinião, localizando oportunidades de trabalho (31% dos profissionais em 2011 já usavam as redes sociais para isso), entre muitas outras ativi-dades.Pacientes entram em redes sociais

que tratam da especialidade de suas enfermidades, familiares obtêm apoio e informação pelas redes para suportar as necessidades de enfer-midades específicas, consultas são marcadas e feitas, dentre outras inú-meras atividades.Enfim, há um mundo enorme de

oportunidades através da coleta de informação que vai sendo gerado

Artigo | avi Zins

Avi Zins

Head of Healthcare

Segment da Neoris

do Brasil, colunista da

revista HealthCare

Management

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em grande intensidade nestas redes. Isso vale para Operadoras de Saú-de, Hospitais, empresas de Medicina Diagnóstica, Secretarias de saúde, clínicas especializadas, órgãos regu-ladores, fornecedores deste merca-do, entre tantos outros. O pulo do gato é poder puxar infor-

mações e contextualizá-las em KPIs, ou indicadores-chave que permitem às empresas obter uma visão analí-tica e clara de quais decisões tomar

em seus negócios e ajudar no seu crescimento, eficiência e modelos de operação.Sem dúvida, uma solução de BI

(Business Intelligence) acoplada às várias redes sociais trarão inúme-ras vantagens e benefícios, tanto na satisfação de seus clientes finais, quanto na melhoria da eficiência na gestão, nas escolhas de marketing e vendas, e, consequentemente, em seus resultados finais.

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Líderes e Práticas

Entenda como o Inca consegue vencer os desafios de sua gestão, ser referência no mundo todo e oferecer um atendimento inteiramente gratuito

100% SUS com excelência

Em 2014, cerca de 576 mil novos casos de câncer surgiram no Brasil e 60% das pessoas tiveram o diagnóstico realizado já em estado avançado. Os dados são do Inca - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, um dos principais polos de tratamento, prevenção e pesquisa sobre a doença no país, localizado no Rio de Janeiro.

Referência nacio-nal e internacional, o Instituto, através da coordenação de ações estratégicas, consegue implantar uma série de proje-tos, campanhas, es-

tudos, pesquisas e experiências de ges-tão, com instituições governamentais e não governamentais, a fim de promover a cooperação em vá-rias frentes e formar

Projeto de arquitetura do Inca

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redes de conhecimento técnico e científico.A coordenação ainda assume o papel de pro-

mover, desenvolver e executar, em âmbito na-cional, ações de prevenção primária e vigilância epidemiológica, além de auxiliar no planeja-mento de saúde pública por meio de recomen-dações de medidas de prevenção e controle.

Para manter este modelo de desenvolvi-mento e atuação, garantir atendimento e tra-tamento 100% SUS e promover a pesquisa e o ensino, o Inca tem R$ 310 milhões de orça-mento total anual, sem considerar os gastos com pessoal, sendo R$ 290 milhões de cus-teio e R$ 20 milhões de investimento.

“Considerando que o Instituto desenvolve ações assistenciais, de pesquisa e de ensino, além de coordenar ações estratégicas, pode-mos afirmar que esse recurso é limitado. Para otimizar a utilização orçamentária, há um pro-cesso interno democrático que garante a par-

ticipação da força de trabalho na indicação e aprovação das prio-ridades de cada área para investimento”, explica Luiz Antonio Santini, Diretor-geral do Inca.

Desta forma, a ges-tão consegue valorizar as demandas dos tra-balhadores, qualificar as aquisições e garan-tir transparência à exe-cução orçamentária.

É com este plane-jamento que o Inca consegue realizar, anualmente, cerca de 10 mil procedi-

mentos cirúrgicos, 70 mil atendimentos em radioterapia, 80 mil atendimentos em quimio e hormonio-terapia e 270 mil con-sultas médicas. Tudo isso 100% SUS.

Mesmo com todo o sucesso que es-ses números repre-sentam, a instituição passa por alguns problemas internos. O principal deles re-fere-se ao sério dé-ficit de funcionários, que aumentou de 180 em 2011 para 333 em fevereiro de 2014, e

O pioneirismo do Inca em relação à cirurgia robótica no ser-viço público é um exemplo da busca contínua pela inovação e ações de excelência nas ativida-des que realizamos.

Luiz Antonio Santini, Diretor-geral do Inca

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Líderes e Práticas

deve chegar a 433 em março de 2015.Segundo Santini, a principal causa deste proble-

ma é a demora da administração pública em realizar concursos públicos para o preenchimento de vagas e reposição de servidores. “Não temos autonomia de gestão de pessoal. A solução é a mudança do mode-lo, de maneira que possamos gerir a nossa política de recursos humanos e organizar concursos públicos com agilidade”, sugere o diretor.

ConquistasA consolidação do Inca no cenário nacional e inter-

nacional deve-se, principalmente, à incorporação de novas tecnologias na assistência, muitas dessas iné-ditas no serviço público.

Como é o caso da hepatonavegação, que foi incor-porada ao arsenal terapêutico do Instituto em março de 2014. “Essa técnica consiste em um equipamento que permite a reconstrução tridimensional do fígado a partir de exames de tomografia ou ressonância”, ressalta Santini.

O Instituto também se destaca quanto às cirurgias robóticas, registrando 265 cirurgias desde que o sis-tema entrou em funcionamento, em março de 2012.

Além disso, está sob a coordenação do Inca o Re-gistro Nacional de Doadores de Medula óssea (RE-DOME), um banco de dados que conta com mais de três milhões de pessoas cadastradas. Este é o tercei-ro maior contingente no mundo, atrás apenas dos re-gistros de EUA e Alemanha.

O REDOME registrou um aumento de 30 mil, em 2003, para 3,2 milhões de doadores, em 2013. Com este cres-cimento, as chances de encontrar um doador não apa-rentado no Brasil passaram de 15% para mais de 80%.

A inovação e a excelência também estão no DNA do ensino e pesquisa realizados pelo Inca. A pós-gra-duação do Instituto teve o seu conceito elevado em dezembro de 2013 pela Capes, de 5 para 6, em uma escala que o máximo é 7.

“Somos a única pós em Oncologia do Brasil a apre-sentar este grau de excelência. Isso significa equipa-ração aos programas dos melhores centros de pes-quisa internacionais”, avalia Santini.

Por ano, o Inca realiza cerca de 10 mil procedi-mentos cirúrgicos, 70 mil atendimentos em radiote-rapia, 80 mil atendimentos em quimio e hormoniote-rapia e 270 mil consultas médicas.

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Artigo | david Oliveira

David Oliveira

Gerente corporativo de TI do SEPACO

Mais qualidade no atendimento à saúde

Não há dúvidas de que qualquer gestor de TI teve que rever seu planejamento para 2015, principalmente pelo atual momen-

to de incertezas nas organizações de saúde.Uma grande mudança no cenário atual é que

o orçamento de TI passa por uma fusão, no qual os investimentos são compartilhados com diversos setores, já que agora a TI está no negócio. Este orçamento compartilhado é mais difícil de administrar, porém, chegamos a teorias já consagradas de gestão que pode descrever o momento em que vivemos em TI na saúde.

Para quem conhece o tão consagrado Físi-co Matemático Eli Goldratt, deve ter lido um de seus livros de gestão chamado “Corrente Crítica”. Neste livro, fala-se exatamente sobre gerenciamento de incertezas e conflitos de recursos com “pulmões” menores. É comum nos depararmos com vários projetos nas en-tidades de saúde com recursos compartilha-dos, isso causa atrasos e muitas incertezas de um final feliz.

O que o Goldratt compartilha são 3 regras para se adequar ao cenário de incertezas com muitos projetos em andamento ou a se iniciar. São elas:

1. Limitar quantidade de projetos em execução, mesmo que isto signifique manter alguns recursos ociosos. A concentração de recursos em menos projetos, em um mesmo período de tempo, não apenas permite que sejam executados mais rapidamente, como também revela a capacidade excedente para poder absorver mais projetos.

2. Na execução, permitir que tarefas indi-viduais se atrasem em relação ao planejamen-to. Desta forma, as pessoas não terão que es-conder seguranças dentro de suas estimativas de duração e as tarefas serão executadas mais rapidamente porque o trabalho não terá que ser expandido apenas para preencher o tempo disponível (Lei de Parkinson).

3. Disponibilizar informação das priorida-des das tarefas em todos os departamentos e níveis de gestão. Quando as pessoas conhe-cem o que fazer e quando fazer, e trabalham nas mesmas prioridades, os projetos são exe-cutados muito mais rapidamente.

Neste sentido, a ordem máxima em 2015 é esperar, reorganizar os recursos (financeiros, pessoas, etc) e limitar os projetos para aquilo que realmente irá te trazer um retorno signifi-cativo. Restabelecido o “pulmão” às suas con-dições normais em 2015, é hora de ver as no-vas tecnologias para garantir, cada vez mais, a sustentabilidade do negócio. Em um mundo em que fazer mais com menos é um diferen-cial competitivo, aplique o que já funciona.

Nem tudo está perdido. É um momento de olhar a inovação. Aproveite 2015 para buscar e fomentar a inovação dentro da empresa. Fo-ram muitos projetos aplicados até o presente e, certamente, alguns desses projetos pode ser o ponto de partida para projetos inovadores.

Compartilhe os resultados e metas, deixe a co-criação fazer parte do todo, nunca esque-cendo que a cadeia funciona como uma cor-rente e que “a empresa é tão forte quanto seu elo mais fraco”. Goldratt. H

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OQuando tecnologia e arquitetura trabalham juntas para o bem-estar do paciente

O conceito do antigo hospital todo branco, frio e com cheiro de éter é completamente ultrapassado. A Saúde requer vida a esses ambientes, proporcionando o máximo de conforto e bem-estar aos pacientes.Investir na arquitetura, design, serviços de

apoio diferenciados, entre outras alternati-vas criativas são alguns dos elementos para que a instituição conquiste seus pacientes e mantenha-se competitiva no mercado.

O conforto do lar em um hospital

Estratégia

Isso explica as ino-vações que muitos serviços de hotelaria hospitalar vêm ofe-recendo, com muitas oportunidades de diferenciação e se-gurança para os pa-cientes. Para Fernanda Eyng

Antonello, Gerente de Hotelaria do Hos-pital Mãe de Deus, a organização desses serviços de apoio é de extrema impor-tância. “Essas ativi-dades devem estar alinhadas tanto com a estratégia da insti-

Foto: Eduardo Seid

Hospital Mãe de Deus

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O conforto do lar em um hospital

tuição, como entre si. Com essa estrutura sob a orientação de uma mesma gestão, a fluidez das demandas é mais ágil e resolu-tiva.” Entre as novidades de hotelaria, Fernan-

da destaca a área de nutrição que passou por uma evolução significativa na proposta de distribuição das refeições. Antes, este serviço era feito com a utilização de car-ros abertos, que deixavam as refeições ex-

postas ao ambiente. Hoje, estão dispo-níveis no mercado vários modelos de carros térmicos que asseguram o acon-dicionamento dos alimentos e man-tém a temperatura dos pratos em uma

zona segura e que o cliente aprecie. “É a tecnologia, aliada a propostas de gas-tronomia hospitalar, quebrando o para-digma de comida de hospital.” Outra tecnologia

pontuada por Paulo

Foto: Eduardo Seid

Estratégia

Roberto Cretella, Diretor-clínico do Hospital Villa-Lobos, são os sistemas de ar condicio-nado, com equipamentos mais sofisticados e controles computadorizados que garan-tem conforto e segurança.O suporte da tecnologia no gerenciamento

de leitos, através de tablets ou equipamen-tos mais modernos, também é uma impor-tante ferramenta. “Com isso, o tempo de espera na internação, que sempre gera an-gústia aos pacientes, seja agilizado. Ou seja, todos os processos melhoram e resultam em um maior conforto para os pacientes e rapidez nos serviços de suporte”, ressalta Domenico R. Forte, Gerente de Apoio e Pa-trimônio do Grupo Inal.Na gestão de enxovais, as lavanderias ter-

ceirizadas, com investimentos significati-vos em máquinas e logística, e no rastre-amento de enxoval, também contribuem para a agilidade nos procedimentos de ho-telaria. “Neste caso, as peças são melhores lavadas, monitoradas, há o correto descan-so das fibras, e todo o fluxo de atendimen-to aos leitos de internação se dá de forma correta”, explica Marconi Morais de Freitas, Gestor de Hotelaria do Hospital São Camilo - Unidade de Itu. Há também os equipamentos de lavagem

de piso tripulados, produtos de limpeza sem enxágue, compactadores e trituradores de resíduos, mobiliários e materiais de fácil ma-nutenção, controle de estoques e consumo de recursos, monitoramento CFTV, controle de acesso, entre outras opções.“Mas inovação não é somente investimen-

to em tecnologias e produtos, mas também uma mudança de processo. Devemos estar atentos às oportunidades de melhorias nos diferentes serviços e inovar com ideias. Mas, para isto, são imprescindíveis a per-meabilidade e flexibilidade na gestão”, res-salta Fernanda.

O conforto do ambiente

A união entre a ambientação, arquitetura, mobiliários e equipamentos resulta no con-forto e bem-estar do paciente e, consequen-temente, traz positivos indicadores de pro-cessos e resultados. “A escolha de materiais adequados, mobi-

liários com ergonomia e certificados de se-gurança e produtos de manutenção com li-beração para ambientes de saúde são alguns exemplos do quanto se pode contribuir para que haja a melhoria do ambiente, garantindo que a estadia do cliente seja a mais breve”, afirma Marconi Freitas.Há também a preocupação com a funcio-

nalidade do ambiente, de modo que todo o público fixo e circulante possa usufruir de locais seguros, confortáveis e acolhedores,

minimizando a sen-sação de estar em um hospital. Luiz Carlos Lazari-

ni, Diretor-executivo do Grupo Inal, afirma que tudo depende de um bom planejamen-to e de um projeto amplamente discu-tido. “O espaço aco-lhedor é aquele que se aproxima de um ambiente de hotel, reunindo bom gosto, sofisticação, cores variadas e suaves.

Podemos ter um am-biente funcional, por exemplo, nos ba-nheiros dos quartos de hospital que se-guem um padrão da vigilância sanitária com equipamentos e instalações espe-ciais a fim de evitar o risco de queda de pacientes. Mas isso não impede de in-cluir adornos, como espelhos e algumas cores para suavizar e manter a harmonia

Para que seja possível conci-liar espaços funcionais e acolhedo-res é fundamental a compreensão do funcionamento da operação de cada serviço existente no hospital e saber o que o cliente necessita e espera do espaço que o hospital propõe.

Fernanda Eyng Antonello, Gerente de Hotelaria do Hospital Mãe de Deus

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Estratégia

Há uma tendência na redução dos tem-pos cirúrgicos, com procedimentos menos inva-sivos e, consequentemente, com a diminuição da permanência dos pacientes nos hospitais. Isso deve trazer impacto na hotelaria, pois será possível projetar espaços menores para alguns andares e outras estruturas para receber pacien-tes com permanência mais longa.

Luiz Carlos Lazarini, Diretor-executivo do Grupo Inal

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no ambiente.”Lazarini também ressalta que, antigamen-

te, as UTIs eram colocadas em locais isola-dos e sem contato com o exterior. “Hoje, é fundamental que haja uma integração com o ambiente externo, com janelas e, em al-guns casos, disponibilidade de TV. A noção de quando é noite ou dia, dada pelas janelas, está comprovada que abrevia a internação do paciente.”Isso mostra que, cada vez mais, os hospitais

estão atualizando seus ambientes com re-quinte e aconchego, através de uma arquite-tura inovadora, com propostas de ambientes acolhedores, cores quentes e mobiliário di-ferenciado. “Proporcionar conforto é funda-mental para que o paciente e seus familiares

tenham uma experi-ência agradável no hospital. Trabalhar com serviço de hote-laria é proporcionar boas experiências, através de recep-ções e esperas agra-dáveis, circulações bem sinalizadas, boa iluminação, conforto térmico, apartamen-tos acolhedores, en-tre outros detalhes”, salienta Fernanda Antonello. Mesmo com toda

tecnologia e inova-ção, Marconi Freitas alerta sobre a im-portância do inves-timento em capital humano. “A gestão de pessoas tem pa-pel fundamental no sucesso das equi-pes, acarretando no reconhecimento público e, claro, em ótimos resultados quanto à assistência, ao setor financeiro e a outras ações estra-tégicas.” H

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Gente e Gestão

Consequências da vida longa

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AQuais são as estratégias para reduzir os impactos do envelhecimento no caixa da Previdência, nas contas da saúde e na gestão hospitalar

A longevidade já é uma realidade no Bra-sil de hoje e em grande parte do mundo. Os brasileiros passaram a ganhar cerca de três anos a cada dez graças à evolução das tecnologias médicas e ao maior acesso da população às informações sobre cuidados com a saúde. A longevidade, no entanto, não é a questão mais importante, mas sim a forma como a população deve enfrentar esta maior esperança de vida, que pode ser uma boa notícia para alguns e um desafio para outros. “Não basta viver mais, mas viver mais

com qualidade de vida”, afirma Paulo Mar-cos Senra Souza, Presidente do Conselho de Administração da Aliança para a Saúde Populacional (ASAP), ao relatar que para impulsionar a longevidade é fundamental a mudança de hábitos, pois junto com a ida-de avançada vêm as doenças crônicas, que são fruto de escolhas mal feitas ao longo da vida e que vão, aos poucos, incapacitan-do os indivíduos. “Esses males, para se ter uma ideia, respondem por 70% dos gastos com saúde no Brasil, de acordo com o Mi-nistério da Saúde, motivados pelo estresse da vida moderna, pelo sedentarismo e por maus hábitos alimentares cultivados ao lon-go de anos.”A maioria dos estudos que tem sido feita

e divulgada sobre os novos desafios que o aumento da longevidade pode representar para o ser humano está centrada em dois pontos: importantes cuidados que assegu-

rem uma boa saúde física e a necessida-de de garantir uma significativa reserva financeira, de forma que cada indivíduo possa assegurar que seja mantido o padrão de vida con-quistado. Mas é preciso tra-

balhar a necessida-de e importância de encontrar novos sen-tidos para uma exis-tência mais longa, segundo palavras de Renato Bernho-eft, Fundador e Pre-sidente do Conselho de Sócios da Hoft Consultoria que, as-sim como Senra, também acredita que a questão não é viver mais, mas sim viver com qualidade.“Este conjunto de

desafios vai exigir que cada um se rein-vente muito mais ve-zes ao longo da vida diante das questões para as quais não so-

mos preparados des-de a infância, e muito menos na fase adul-ta ou da meia-idade. Os modelos que nos educavam, quase que exclusivamente para a busca de uma estabilidade no mun-do profissional, bem como também nos demais papéis de ca-ráter pessoal, têm se mostrado inadequa-dos para estes novos paradoxos. E, em al-guns casos, podem até se tornar empe-cilhos para eventuais mudanças, ou refor-mulação, dos proje-tos de vida”, declara Bernhoeft.Para o consultor,

está claro que o re-treinamento para uma aposentadoria produtiva permite tornar a longevidade um fator de enrique-cimento não apenas para as pessoas, mas também para os países.

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Gente e Gestão

A longevidade e o sistema previdenciário

O crescimento do número de contribuintes para a Previdência, demonstrado pelas con-clusões da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), pode ter um efeito enganoso quando olhada na perspectiva de 20 ou 30 anos. Especialmente ao conside-rar o aumento da longevidade do brasileiro, que aponta para uma perspectiva de desca-samento entre o tempo de contribuição e o tempo do benefício.Está claro que o projeto de descansar antes

dos 60 anos se encontra cada vez mais dis-tante do trabalhador. A expectativa de vida vem aumentando e o contingente que já cruzou a faixa dos 60 anos soma uma média de 12% da população. Serão 30% em 2050, segundo perspectiva de mercado. Mais gen-te vivendo por mais tempo significa maiores

despesas. A mate-mática da longevida-de desafia o caixa da Previdência Social e da Saúde, dupla que deve sofrer os prin-cipais impactos da vida mais longa. De acordo com o

Ministério da Previ-dência Social, o Bra-sil paga cerca de 30 milhões de benefí-cios (contando com a assistência social) e recebe em média 60 milhões de con-tribuições. Cada vez

mais o número de contribuições e de pagamentos de be-nefícios se aproxi-mam. Para o economis-

ta e especialista em finanças públicas Raul Velloso três grandes grupos se-rão afetados pela longevidade nas contas públicas: a Previdência, a saú-de e a assistência social. Segundo cál-culos do especialis-ta, os gastos com a

Paulo Marcos Senra, Aliança para a Saúde Populacional (ASAP)

É fundamental que se promova uma grande aliança em busca de soluções integradas, com uma visão ampla da saúde da população, incentivando o envolvimento e a responsabilidade pessoal de todos os públicos participantes.

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Impactos no sistema saúde

Previdência e o funcionalismo federal po-dem chegar a 28,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2040. “Isso se nada for feito para frear os gastos. Com as despesas nes-sa proporção, ficam restritos os recursos para investimentos. É preciso fazer a refor-ma ou cortar gastos.”Já o consultor Amir Khair pondera que a

saúde do orçamento está ligada ao cresci-mento da economia. “As contas da Previ-dência só seriam explosivas no futuro se as despesas superassem a expansão do PIB.” Ele explica ainda que até 2021 o con-tingente crescerá na proporção de 4% ao ano para logo depois cair abruptamente para perto de 3% ao ano. Gradativamente, entre 2040 e 2050 atingirá o crescimento próximo a 1%. “O país tem potencial para crescer acima desse percentual”, diz. Medidas como a mudança das regras para

concessão de pensões e a queda do fator previdenciário, redutor das aposentado-rias, pela fórmula 85/95 que soma tempo de contribuição e idade para mulheres (85) e homens (95) estão entre as estratégias para reduzir os impactos do envelhecimen-to no caixa da Previdência, que também respingam nas contas da saúde e na gestão hospitalar.

Graças ao avanço da medicina, as pessoas estão vivendo mais. O principal problema são as doenças crônicas não transmissíveis, que representam a maior causa de mortes entre pessoas idosas, tanto em países desenvolvi-dos, quanto em desenvolvimento, e são tam-bém responsáveis pela perda de capacidade funcional, maior dependência, maior deman-da de cuidados, maior taxa de institucionaliza-ção e menor qualidade de vida. A faixa da população brasileira com 60 anos

ou mais já atinge mais de 10%. Na ci-dade de São Paulo, surgem 150 novos centenários a cada ano. Em 2010, eles já somavam 24.236 pessoas, segundo dados divulgados du-rante a HOSPITALAR Feira+Fórum 2013. Para enfrentar esse

processo é preciso repensar o modelo de atenção à pessoa idosa, incorporando novas estratégias e perspectivas de cui-dados, propõe Paulo Senra, da ASAP. “O centro da aten-

ção deve deixar de ser a doença e passar a contemplar o idoso, com envolvimento da família, do cuidador e da comunidade. O

atendimento e apoio devem incluir cen-tros-dia e centros--noite, cuidadores profissionais, cuida-dores comunitários e hospitais com leitos para pacientes crôni-cos temporários, en-tre outras medidas. É preciso também investir para preve-nir os problemas que vão afetar as pesso-as quando se torna-rem idosas”, diz o executivo.Os impactos do

envelhecimento, se-gundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, estão sendo sentidos es-pecialmente pelos países em desenvol-vimento, que ainda não contam com sis-temas de saúde com-patíveis com as ne-cessidades de suas populações. Os países desenvol-

vidos já alcançaram patamares mais es-táveis de envelheci-mento populacional e dispõem de redes de cuidados conso-lidadas. O aumento das doenças crôni-cas é o que mais im-pacta os custos da saúde.

A faixa da população brasileira

com 60 anos ou mais já atinge mais de 10%. Na cidade

de São Paulo, surgem 150 novos centenários a cada

ano. Em 2010, eles já somavam 24.236 pessoas, segundo dados

divulgados durante a HOSPITALAR

Feira+Fórum 2013

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Gente e Gestão

Sustentabilidade nos negócios

Os fatores que levam as empresas a atingir a longevidade e sustentabilidade em seus negócios são os seres humanos, sempre. Essa é a conclusão de Senra, que afirma que no Brasil existem empregadores cujos funcionários têm milhões de reais na mão em projetos que dependem de sua produti-vidade. “Se ele está produzindo através da correção de sua doença a empresa vai ga-nhar em produtividade e metas. Eu diria que hoje só faz gestão de qualidade quem faz a promoção da saúde.” Os gastos com assistência à saúde corres-

pondem ao segundo maior gasto das em-presas. Isso inclui tanto os custos com pla-nos privados de assistência à saúde, como

a queda de produti-vidade relacionada ao absenteísmo e ao presenteísmo, se-gundo Senra.O desafio para um

melhor resultado é criar uma estraté-gia e gestão da saú-de das populações corporativas para aumentar as possi-bilidades de impedir que casos perfeita-mente controláveis possam chegar à alta

complexidade.“Nem sempre os

gestores de recur-sos humanos detêm os esclarecimentos e estratégias ne-cessárias para que a gestão da saúde de seus funcioná-rios não seja apenas uma questão finan-ceira. Quando se age assim, o custo acaba ficando muito mais alto do que o necessário.”

Renato Bernhoeft, Consultor

Os modelos que nos educavam, quase que exclusivamente para a busca de uma estabilidade no mundo profissional, bem como também nos demais papéis de caráter pessoal, têm se mostrado inadequados para estes novos paradoxos.

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Neste contexto, o desenvolvimento de ações de Gestão de Saúde Populacional (GSP) é uma ferramenta estratégica para viabilizar o envelhecimento ativo da popu-lação e a sustentabilidade econômica do setor de saúde. Trata-se de uma linha con-dutora que auxilia na análise do impacto das determinantes de saúde e no conhecimento do risco de uma população, com o objetivo de definir melhores práticas e medir resulta-dos com base em indicadores. Estudos demonstram que os hábitos in-

fluenciam a saúde do indivíduo em 50%. Outros 20% são determinados pela gené-tica, mais 20% pelo ambiente e 10% pelas condições de acesso à assistência à saúde.

Ou seja, cerca de 70% da gestão da saúde está nas mãos do próprio ser.“É fundamental,

portanto, que se pro-mova uma grande aliança em busca de soluções integradas, com uma visão ampla da saúde da popula-ção, gerando informa-ção, conhecimento, resultado, evolução e incentivando o envol-vimento e a respon-

sabilidade pessoal de todos os públicos participantes. Assim, será possível ajudar os indivíduos a per-manecerem saudá-veis e os portadores de doenças crônicas a participarem de programas que con-tribuam para uma gerência eficiente das suas condições, promovendo o seu constante bem-es-tar”, conclui. H

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Diretor Administrativo da Abec Saúde (Associação Brasileira das Empresas Certificadas em Saúde) e sócio do escritório Araújo Advogados Associados.

e equipamentos, cumulado com as inova-ções que ano a ano se impõem, devemos ter melhores fluxos com a implementação do sistema de harmonização e as auditorias via organismos independentes, caso saiam do papel, porém, será necessária a revisão do modelo que exclui a certificação de boas prá-ticas para as classes de risco I e II.Tal medida, aplicada pela incapacidade da

Anvisa em inspecionar as empresas, gera um claro prejuízo à indústria nacional e im-plica em desestímulo para que empresas es-trangeiras venham a se instalar no país, pois além de não haver a necessidade de investir na certificação, estão isentas das fiscaliza-ções obrigatórias, sem falar que o próprio industrial brasileiro pode enxergar mais van-tagem em se instalar fora do país, diminuin-do seu custo de produção.Ou seja, trata-se de um retrocesso, imposto

pelo caos regulatório determinado por medi-das anteriores mal formuladas e que, com a reestruturação que vem passando a Agência, deverá ser revisto.Infelizmente, ainda há o viés da politização

excessiva das Agências Reguladoras, e a An-visa não é, de forma alguma, uma exceção. Por conta disso, os órgãos de controle e a sociedade civil como um todo deve fiscalizar as ações, propondo alternativas, discutindo medidas e normas de regulação como o fim único de fortalecer o sistema nacional de vi-gilância sanitária.

O ano de 2014 fecha um ciclo de seis anos da Agência Nacional de Vigilância Sani-tária – Anvisa. Neste período, muitas al-

ternâncias de entendimento, mudanças de re-gras e tentativas de ajustes foram vistos, mas a escalada de problemas, judicialização dos atos, filas e insegurança jurídica quanto aos Marcos Regulatórios foram uma constante. Os últimos dois anos, principalmente, refletiram quase a criação de uma nova Anvisa, a qual deveremos notar com maior clareza a partir de 2015.Será a primeira diretoria colegiada que não

conta com profissional da saúde desde a ins-tituição da agência em 1999. Dentro do mo-delo atual, tal fato não gera nenhuma preocu-pação significativa, pois o sistema de gestão proposto, mais racional para a coordenação e controle regulatório, não implica em neces-sidade de técnico em cargo de gestão, o que é salutar, na medida em que evita eventuais interferências nas rotinas processuais.A criação das supervisões deve auxiliar os

diretores na interlocução com as áreas técni-cas e, assim, limitar ações personalistas que travam o sistema e impedem o fluxo dos pro-cessos de maneira adequadas, o que gerou nos últimos anos a visão do mercado de que a Anvisa tem deficiências e atravanca o de-senvolvimento de indústria mais forte, afas-tando investimentos.Na área de produtos para saúde, talvez uma

das mais complexas para aplicação de políti-cas sanitárias, visto a variedade de materiais

Artigo evaristo araújo

Evaristo Araújo

Perspectivas para 2015

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Estratégia

AO carinho que move desde a Tecnologia até o atendimento ao paciente no Biocor Instituto

o exemplo de atenção ao paciente

Mario Vrandecic apli-cou toda a sua expe-riência, adquirida no Brasil e nos Estados Unidos, como médico cirurgião, professor

e pesquisador com mais de 16 patentes aprovadas pelo ór-gão norte-americano FDA – Food and Drug Administration.

A um passo de completar 30 anos de histó-ria, o Biocor Instituto começou sua trajetória com um grupo de médicos experientes e es-pecializados liderado por Mario Vrandecic. Hoje, a instituição é referência nacional e in-ternacional.

HEALTHCARE Management 33 novembro | dezembro 2014 healthcaremanagement.com.br 45

De lá pra cá, a instituição cresceu estrutural-mente, bem como seu corpo de colaborado-res, mantendo, contudo, o carinho e a atenção especial com cada um dos pacientes. Mais do que conceitos e regras de um atendimento hu-manizado, o Biocor preza pelo estreitamento da relação com o paciente. O Diretor e Fundador do Instituto, Mario

Vrandecic, é o primeiro a dar este exemplo para a sua equipe. “Todos os dias de cada pa-ciente do Biocor começa com uma visita mi-nha, pessoalmente, junto com representantes do Corpo Clínico e da Enfermagem. Essa ativi-

dade me faz sentir fiel aos meus princípios e valores éticos e pro-fissionais. O olhar de cada paciente, todos os dias, inclusive sá-bados, domingos e feriados, renova mi-nhas energias e re-afirma a relação de confiança médico--paciente”, diz.Facilitar a comunica-

ção passa a ser um meio para minimizar os riscos e zelar pelo bem-estar dos pa-cientes, estreitando os laços de confian-ça entre as partes envolvidas na assis-tência à saúde. Isso porque, durante as visitas diárias, são atualizadas as infor-mações assistenciais

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Estratégia

que os próprios pacientes informam à equipe. “Com isso temos não só a qualidade dos ser-viços e de toda equipe, mas também o com-pleto acolhimento pessoal e humanizado.”

À frente de seu tempoDesde a criação do Biocor, o norte da gestão

sempre se guiou pela constante atualização tanto do parque tecnológico, como também dos profissionais e investimentos continua-dos em pesquisa. “A ciência, o desenvolvimento tecnológico,

aliados a um corpo clínico de notória experi-ência foram responsáveis pela boa aceitação da sociedade que sempre pedia mais e mais,

levando a Instituição a crescer e tornar-se um hospital geral de referência em alta complexidade”, sa-lienta Vrandecic.A dedicação da ges-

tão na melhoria assis-tencial, no aprimora-mento e na atualização das tecnologias são alguns elementos de um planejamento pré-vio apoiado em uma política de sustentabi-

lidade, a fim de man-ter um crescimento positivo. Essa estratégia mos-

tra que o Instituto vem traçando o caminho certo. Não por aca-so, o Biocor traz uma série de importantes reconhecimentos, inclusive internacio-nais, além dos selos de qualidade, acre-ditações e inúmeros prêmios em saúde,

Com os meus mestres aprendi, entre ou-tras coisas, a ouvir melhor o paciente, a interagir com ele no momento do exame, a ler melhor os exames. A confiança e a adesão do paciente ao tratamento são alguns dos diferenciais que le-vam aos bons resultados.

Mario Vrandecic, Fundador e Diretor do Biocor Instituto

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O Biocor Instituto é referência na-cional em especialidades de alta complexidade, como a cirurgia car-diopediátrica, destacando-se no atendimento de cardiopatias congê-nitas, além da cardiologia e cirurgia cardíaca de adultos.

tornando-o referência no setor. Através de um constante investimento no

aprimoramento da gestão organizacional, com foco em prevenção e minimização dos riscos, a instituição atua com base em processos (principais e de apoio) bem estruturados, inte-grados e previamente definidos.Atestando essa qualidade, o sistema de ges-

tão do Biocor possui a certificação pela ISO 9002, desde 1997. A melhoria contínua dos procedimentos também já conquistou ONA Nível III de Excelência, integrou as certifica-ções ISO 9001 e 14001, bem como o OHSAS 18001 para, em seguida, alcançar a certifica-ção americana National Integrated Accredita-

tion for Healthcare Or-ganizations – NIAHO. “Contudo, qualidade

tem hora apenas para começar. A partir de 2010, anualmente, ob-tivemos a Certificação de Conformidade Le-gal, além da conquis-ta da certificação da ISO 31000 (gestão de riscos) e conformida-de a ISO 27001 (segu-rança da informação) e ISO 50001 (eficiência

energética), entre ou-tras acreditações e prêmios nacionais e internacionais”, res-salta Vrandecic.E justamente por

essa importante atu-ação na Saúde, a ins-tituição vê crescer a demanda por seus serviços constante-mente. De acordo com pesquisas inter-nas que ouviram os usuários, 99,7% dos

Estratégia

pacientes e familiares se disseram satisfeitos com o atendimento do Biocor. Outro índice mostra que o crescimento médio vem se man-tendo em torno de 16% a.a. “Des-de 2012, registramos um aumen-to de, aproximadamente, 11% da nossa força de trabalho, aliado a soluções na tecnologia e mecani-zação de processos.”

Excelência em TecnologiaO Biocor Instituto é um hospital

geral distinguido pela sua visão estratégica e pelo seu modelo de gestão, aliado a um corpo clínico autônomo de notória experiência e capacidade profissional.A modernização da estrutura fí-

sica, máquinas e equipamentos nas áreas assistenciais e de apoio é um importante pilar na gestão. Isso explica os contínuos investi-mentos no Data Center, por exem-plo, que foi certificado com medi-das de segurança da informação, e no Business Intelligence (BI). Outro destaque que rendeu à ins-

tituição o reconhecimento como “Excelência da Saúde”, pela re-vista Healthcare Management, na categoria Tecnologia, foi a so-lução de TI Biocor Balance. A fer-ramenta busca dados no software corporativo transformando-os em informações estratégicas sobre a saúde financeira da instituição, com agilidade e eficácia.Assim, todas as contas hospita-

lares são selecionadas conforme seu mês de competência pelo banco de dados central e disponi-bilizadas em um modelo de dados

Heliponto do Biocor Instituto

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Biocor em dados

O Biocor Instituto conta com 320 leitos, somando--se as 12 salas de cirur-gia, CTI (adulto e infantil), PA, hemodinâmica, me-dicina nuclear, banco de sangue, laboratórios pró-prios, completo setor de imagenologia, heliponto, apenas para citar alguns itens da estrutura física. São mais de 32.000 m2 de área construída.Reúne cerca de 40 es-

pecialidades médicas. Anualmente, a instituição vem registrando uma mé-dia de 14 mil internações e 350 mil atendimentos externos. A taxa média de ocupação geral é de 80%. A média de perma-nência gira em torno de cinco dias. O corpo clínico autôno-

mo possui cerca de 350 médicos cadastrados in-tegrados com mais de 1.150 colaboradores, 70 operadoras de planos de assistência à saúde, se-guradoras e empresas de autogestão.

multidimensional. Esta análise crítica foi montada possibilitando visualizar os dados em diversas “dimensões” (ou perspectivas) di-ferenciadas. O sistema provê aos gestores rapidez na disponibiliza-ção de informações de uma forma integrada, agilizando a tomada de decisões.Entre outras recentes atualiza-

ções do parque tecnológico do Instituto também estão a Tomo-grafia Computadorizada Multislice de 64 canais, modelo Brilliance da Phillips/Essence já em operação; novos equipamentos de Hemodi-nâmica; moderno sistema para ci-rurgia robótica cardíaca e torácica; sistemas anestésicos digitais, mo-dernos equipamentos de ecocar-diografia, sistema de imagenologia digital; revascularização miocárdi-ca com uso do Heart Laser CO2; rede sem fio; etc. Todo o maquinário na lavanderia

também foi renovado, com no-vos e modernos equipamentos que estão alinhados a ISO 14.001 (meio ambiente) e 50.001 (eficiên-cia energética). Uma nova ressonância magnéti-

ca é aguardada para os próximos dias, entre outras inovações.

Agilidade com segurançaA moderna administração apoia-

da no avançado parque tecnológi-co do Biocor e na especialização do corpo clínico contribuem, além da qualidade no atendimento, para a rapidez dos procedimentos. O índice recorde do tempo por-

ta-balão, de 56 minutos, coloca

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Estratégia

o Instituto em destaque junto aos melhores centros de referência dos Estados Unidos e da Europa. Para organismos de controle e performance internacionais, o tempo médio na literatura é de 90 minutos. Trata-se de um processo desafiador, por

envolver vários setores, e determinante para as decisões que precisam ser tomadas, pois esse tempo irá interferir na evolução do paciente.Mais uma vez desponta-se, aqui, a gestão

pautada no planejamento estratégico e seus sistemas integrados. São mais de 700 indi-cadores acompanhados de perto por toda

a equipe, ou seja, há um rápido compar-tilhamento de infor-mações, fator im-prescindível para a agilidade nos proces-sos. Assim, o médico tem todos os dados na mão que permi-te analisar onde se pode ganhar tempo ou, ainda, qual estru-tura do hospital será melhor utilizada.

Mario Vrandecic e Erika Vrandecic

H

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A

Líderes e Práticas

Quando a cultura de cuidar da doença dá espaço para o conceito de salvar vidas

Preservar a saúde

A segurança como valor nas instituições hospitalares e no cuidado ao paciente. Essa é a questão central que permeia a criação da Fundação para Segurança do Paciente (FSP). O objetivo é fomentar, facilitar e dis-cutir estratégias sobre a necessidade de in-dicadores relacionados a eventos adversos.

“O primordial é fomentar uma cultura de compreensão dos mecanismos e proces-

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sos envolvidos na cadeia de eventos ad-versos, e não medidas de punição do erro”, salienta Enis Donizetti Silva, Presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP).

Ainda de acordo com Donizetti Silva, a FSP está em fase de discussão pública de seu Es-tatuto. “A Fundação buscará a compreensão e a conferência dos vários atores envolvidos no cuidado ao paciente, dentro e fora do am-biente hospitalar. Será um fórum de coope-ração das Políticas de Segurança e, principal-mente, da busca de mecanismos globais que possam identificar estes adventos.”

Além de debates e atualização dos profis-sionais, a cultura preventiva também se apoia nos equipamentos mais seguros, materiais com uma garantia maior e oriundos de boas práticas de fabricação. “A atualização tecno-

lógica deve ser com-preendida dentro de um modelo estrutural nas instituições de saúde. Modelos de decisão multidiscipli-nar e multiprofissio-nal, embasados em prática com evidên-cia em saúde, podem minimizar os erros e investimentos errô-neos na incorporação de novas tecnologias leves e pesadas.”

A gestão de pes-soas também é fator essencial dentro des-te contexto. A defini-

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A Fundação para Seguran-ça do Paciente traz a esperança de trabalharmos de maneira colabo-rativa, voltada para objetivos prag-máticos, embasada por informa-ções reais do nosso país.

Enis Donizetti Silva, Presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo

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ção de processos de trabalho e a criação de procedimentos operacionais padrão, além da motivação e esclarecimento da equipe quanto à im-portância de medi-das simples trazem bons resultados para a gestão da institui-ção. “Cuidar com carinho e atenção, portanto, resgatar o humanismo. Essa vi-são holística do cui-dado é fator primor-dial diante das ações de segurança.” H

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Na verdade, as expectativas internacionais estão voltadas para a convenção do clima de 2015 – COP 21, que será realizada na cidade de Paris. A COP de Paris terá a missão de revalidar o acordo iniciado em 1997 no Japão, o que cha-mamos de Protocolo de KYOTO, uma brilhante estratégia que contou com a ajuda do brasileiro Dr. Luiz Gylvan Meira Filho, uma verdadeira su-midade no assunto mudanças climáticas.

As bases do que for acordado neste encontro entrarão em vigor a parir de 2020. Um dos pon-tos altos a serem discutidos será a responsabi-lidade de todos os países, tanto os desenvolvi-dos como os em desenvolvimento. É o princípio da responsabilidade comum, mas diferenciada, ampliada para todas as nações.

O Brasil precisará lidar com a redução do des-matamento da Amazônia, que além das conse-quências climáticas, também tem influenciado no regime de chuvas na região Sudeste, pro-vocando a imensa crise de falta de água. Esse fato deve servir de alerta para as consequên-cias advindas da crise ambiental antrópica, ou seja, criada pelo próprio homem.

Para o nosso setor, os hospitais precisam, ur-gentemente, conhecer suas emissões de Gases de Efeito Estufa. No Brasil, até o momento, pou-cas organizações hospitalares realizam seus in-ventários, contudo possuem um alto padrão de emissão de carbono em toda sua operação.

Não podemos nos esquecer de que aquecimen-to global é um problema de todos e para todos.

Em nossa área pergunto: Como promover Saúde sem promover um

meio ambiente saudável?

Neste final de 2014, especificamente na cida-de de Lima, em Peru, foi o palco escolhido para tratar de temas imprescindíveis sobre a conti-nuidade da civilização com o cenário a que es-tamos habituados.

Esta importância se deve à realização do encontro internacional da COP-20 – Reunião Anual sobre Mudanças Climáticas.

Teoricamente, esta reunião é o marco da cor-rida mundial para evitarmos a elevação média da temperatura do planeta em 2 graus Celsius, o que infelizmente os especialistas acreditam já ser uma tarefa muito difícil.

Hoje, estamos atingindo a marca de 0,8 graus Celsius de aumento de temperatura média glo-bal. Podemos argumentar dizendo que 1, 2, 3 ou 4 graus, afinal não faz tanta diferença assim. Esta variação, pensamos, ocorre vários dias ao ano. Porém, a realidade é totalmente diferente e muito mais catastrófica do que podemos pensar.

Primeiramente, precisamos pensar que esta-mos nos referindo a um valor médio, isto signifi-ca, em termos básicos, desequilíbrios extremos de calor ou de frio, de seca ou de chuva intensa.

O comportamento da temperatura é um dos principais elementos dos fenômenos meteo-rológicos, como furacão, tornados, secas e enchentes. Para saber a importância deste assunto, basta pensarmos um pouco nas con-sequências catastróficas dos eventos citados.

Precisamos de um amplo acordo global so-bre o comprometimento a respeito das emis-sões de Gases de Efeito Estufa (IPCC Brasil) e a conscientização das responsabilidades de cada nação.

Artigo Márcia Mariani

encontro silencioso, mas vital

Márcia MarianiGerente ambiental e de projetos do INDSH (Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano) e Membro do Projeto Nossa Terra (projetonossaterra.com.br)

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Sustentabilidade

Resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos do Hospital Albert Einstein somam mais de 9 toneladas somente neste ano. Modelo mostra eficiência e fluxos para o completo aproveitamento do material.

nada se perde, tudo se transforma

JJunto com os avanços e da imensa diver-sidade tecnológica, deve estar, também, a preocupação com o descarte de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, conhe-cidos como REEE. Estes materiais são con-siderados potencialmente perigosos porque possuem componentes tóxicos e metais pe-sados que, se entrarem em contato com os seres humanos sem as devidas precauções, podem ocasionar graves doenças. Isso sem contar os riscos ambientais de contamina-ção de solo e da atmosfera. No caso da Saúde, os hospitais têm contri-

buído de forma significativa para o problema do lixo eletrônico. Afinal, a medicina se tor-na, ano após ano, mais dependente de no-vas tecnologias, consumindo e descartando equipamentos, sobretudo na área de diag-nósticos.E se por um lado uma instituição hospita-

lar tem como propósito levar saúde às pes-soas, seria um contrassenso expor a saúde humana aos riscos devido a uma prática não responsável da gestão como o descarte im-próprio de REEE.Pensando nisso, o Hospital Israelita Albert

Einstein (HIAE) iniciou suas primeiras ações para o correto e sustentável destino desses

materiais. Em 2012, com o programa “Desa-pega”, foi possível identificar os equipamen-tos que não estavam sendo mais usados nos departamentos. Nesta ação, ao longo de uma semana, foram

descartados papéis, móveis e equipamentos que não tinham mais serventia. Nos dois pri-meiros anos, 2012 e 2013, foram descartados cerca de 15 toneladas de equipamentos, uma média de sete toneladas por ano. Neste ano de 2014, apenas até o mês de outubro, já fo-ram descartadas mais de nove toneladas.“Analisando criticamente este cenário, en-

tendemos que era necessário estabelecer um processo sistemático para favorecer o reaproveitamento de nossos REEE ao máxi-mo e, quando isso não fosse possível, pro-videnciar o descarte ambientalmente mais adequado desses resíduos”, explica Vanessa Torres, Consultora de Sustentabilidade do hospital. Desta forma, criou-se o Comitê de Desa-

tivação de Equipamentos, formado por um grupo multidisciplinar composto por repre-sentantes dos departamentos Jurídico, Tec-nologia da Informação, Engenharia Clínica, Manutenção, Sustentabilidade e Instituto de Responsabilidade Social.

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O comitê realiza a avaliação dos equipa-mentos a serem descartados para, assim, dar o destino que cause o menor impacto possível. A lógica destes procedimentos segue um fluxo, passando por reaproveita-mento (venda ou doação) e, por fim, o enca-minhamento para reciclagem.“A avaliação técnica é feita exclusivamen-

te pela Engenharia Clínica ou pelo setor de TI. Sempre que o equipamento recebe a classificação ‘sucata’ verifica-se a possibi-lidade de remoção de peças para aplicação em outros equipamentos similares antes da destinação final”, salienta Vanessa.Quando não há nenhuma possibilidade de

reaproveitamento, o equipamento segue para uma cooperativa que faz uma nova triagem, desmontando os componentes e enviando as partes e peças para a reciclagem de acordo com o tipo de material.

Parcerias para a sustentabilidadeO descarte de REEE vem recebendo des-

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taque nas discussões de políticas públicas, mobilizando bastante o setor. Exemplo dis-so são iniciativas como a publicação na nor-ma ABNT NBR 16.156, que surgiram em de-corrência desses debates.“Como grandes consumidores de equipa-

mentos elétricos e eletrônicos, acreditamos que essas medidas sejam um grande avanço por possibilitar um ciclo produtivo susten-tável, em que, desde a concepção desses produtos, seu destino final já seja pensado, tonando a cadeia de valor colaborativa e cir-cular.”Despontam-se, então, as parcerias com for-

necedores a fim de encontrar soluções con-juntas e eficazes para a destinação de resí-duos. “Estas parcerias devem se tornar uma praxe no setor de eletroeletrônicos, a par-tir da regulamentação de acordos setoriais que estão sendo discutidos. Esperamos que com isso seja possível melhorar ainda mais a nossa prática de destinação dos resíduos tecnológicos.”

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Todo aproveitamento possível, seja de equipamentos completos ou de suas partes, é estudado pela equipe de Engenharia Clínica. O conhecimento técnico desta equipe fez toda a diferen-ça. Isso possibilitou tornar o processo mais eficiente, sem gerar desperdícios e, consequentemente, minimizando as perdas financeiras.

Vanessa Torres, Consultora de Sustentabilidade do HIAE

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Líderes da SaúdePelo segundo ano consecutivo, projeto especial homenageia quem fez a diferença no setor

A revista Healthcare Management encerra o ano de 2014 trazendo para os leitores um especial ins-pirado na Liderança. Não se tra-ta de um posto fácil. Ser líder

requer habilidades de vencer as volatilidades diárias do mercado, saber que as incertezas e descontinuidades são a única constante em meio à competitividade.

Ser líder é também ser exemplo inspira-dor, é criar um modelo que está dando cer-to e que tem o voto de confiança da grande maioria. E quando o assunto é ser líder na Saúde, quesitos como segurança e qualida-de andam lado a lado, não como um diferen-cial, mas como regra.

E para louvar aquelas empresas que são grandes exemplos, o leitor poderá conferir nas próximas páginas a segunda edição dos “Líderes da Saúde”. A primeira eleição foi re-alizada em 2013 e, após um ano, é possível perceber que o mercado mudou, que outras empresas ampliaram sua atuação, renovan-do o setor da Saúde.

MetodologiaParticiparam da eleição do “Líderes da

Saúde” os conselhos das revistas Healthca-re Management, HealthARQ, Health-IT, todas publicações do Grupo Mídia. Além disso, ges-tores de importantes instituições de saúde também deram seu voto, completando o júri oficial.

Além de pontuar quais empresas os gesto-res consideram as líderes em determinadas categorias, eles também explicam quais são os fatores que pesam na escolha de uma em-presa.

No total, são 23 categorias que trazem três líderes em cada uma delas. Importante sa-lientar que não foi estabelecido um ranking entre as empresas eleitas. Todos os líderes ocupam a mesma posição de destaque, não sendo colocados como primeiro, segundo ou terceiro lugar.

Ainda de acordo com a metodologia esta-belecida para o “Líderes da Saúde”, a empre-sa que não respondeu dentro do prazo es-tabelecido foi automaticamente substituída por outra, também eleita pelo júri.

Além das 69 empresas eleitas “Líderes da Saúde”, o especial também traz um homena-geado especial que o leitor poderá conferir a seguir.

Critérios para ser o líderAlém de pontuar os líderes, os gestores

também explicam quais são os principais cri-térios que determinam na escolha da empre-sa. Além disso, eles avaliam o mercado de fornecedores do país e os principais valores que o produto e serviço devem conter.

Para Mario Vrandecic, Fundador e Diretor do Biocor Instituto, a qualidade, o preço e o prazo de entrega são os principais critérios na escolha de uma empresa. “Um bom for-necedor é aquele que está disposto a te aju-dar a fazer seu negócio crescer. Temos uma política de reavaliação constante de nossos fornecedores para assegurar que estamos bem atendidos”, afirma.

Além desses pontos, Sérgio Ruffini, Con-sultor de Qualidade e Acreditação do Sis-tema de Saúde Mãe de Deus, afirma que a tecnologia também tem grande peso na escolha das empresas. “Acredito que as em-

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“As empresas fornecedoras estão em um bom patamar no Brasil, porém quesitos como suporte e tempo de atendimento ain-da necessitam ser melhorados”

Sérgio Ruffini, do Sistema de Saúde Mãe de Deus

“A responsabilidade ética e os valores da empre-sa devem estar alinhados com a nossa política”

Claudio Enrique Lubascher, Diretor-geral do Hospital Marcelino Champagnat

presas fornecedoras estão em um bom pata-mar no Brasil, porém quesitos como suporte e tempo de atendimento ainda necessitam ser melhorados”, alerta.

O Hospital Sírio-Libanês, que também par-ticipou do júri oficial, explica que elegeu em-presas com fornecimento consagrado para a instituição. E essas parcerias mantêm-se por tanto tempo por causa da tecnologia robusta e promissora que tais empresas for-necem, além de boas práticas e certificações de processo, ambientais, saúde e segurança do trabalhador.

A Santa Casa de Maceió também parti-cipou do júri oficial do “Líderes da Saúde”. “Adotamos o critério que utilizamos para avaliar a performance de nossos fornecedo-res que envolve questões administrativas e técnicas. Com isso, percebemos uma melho-ria bastante significativa na cadeia medica-mentosa, uma vez que os fornecedores para se manterem na instituição devem apresen-tar um índice de conformidade superior a 95%”, explica Humberto Gomes de Melo, Provedor da instituição.

Sobre o mercado de fornecedores, Melo

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acredita que há uma necessidade de melho-rias substanciais em questões como logísti-ca, prazo de entrega, atraso de fornecimen-to e rupturas de produção que implicam em oscilações de preços bastante substanciais. “Mas, o grande problema enfrentando pelos hospitais é a falta de concorrência que ocor-re em alguns segmentos”, pontua.

Além da eficiência dos serviços e quali-

dade, o Hospital Marcelino Champagnat também pondera as normas e diretrizes da empresa, bem como os termos de conduta que são exigidos pelos processos de acre-ditação.

Para Claudio Enrique Lubascher, Diretor--geral do Hospital Marcelino Champagnat, a responsabilidade ética e os valores da empresa são importantes na escolha. O

“Temos uma política de reavaliação constan-te de nossos fornecedores para assegurar que estamos bem atendidos” Mario Vrandecic, Fundador do Biocor Instituto

“Para se manterem na instituição, os forne-cedores devem apresentar um índice de con-formidade superior a 95%”

Humberto Gomes de Melo, Provedor da Santa Casa de Maceió

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executivo considera ainda que o mercado de fornecedores é carente no Brasil, e que também há uma concorrência desleal entre as empresas nacionais e estrangeiras.

O Hospital viValle também está entre as instituições que fizeram parte do júri oficial do “Líderes da Saúde”. A gestão do hospital prima por realizar visitas técnicas às empre-sas para avaliar o serviço prestado e toda a infraestrutura. “Escolhemos a empresa que possui um setor de qualidade e já está prepa-rada para as exigências da acreditação hos-pitalar. Se a empresa é idônea, possui exper-tise no negócio e já trabalha com programas de qualidade, dificilmente ela proporcionará um serviço ruim”, ressalta Ana Carina Bacha, Gerente de Operações do Hospital viValle.

NovidadesEntre as reformulações que o “Líderes da

Saúde” passou de sua primeira edição para esta, destacam-se a reformulação de cate-gorias, bem como a inclusão de novos atores da cadeia da saúde.

Isso porque, além de premiar as indústrias, empresas de serviços e fornecedores, neste ano também foram premiadas Associações, Federações e empresas que fomentam o di-álogo e proporcionam encontros e debates para intensificar os Negócios do setor.

O objetivo é premiar essas entidades que contribuíram para o setor, lutando por cau-sas determinantes para o sucesso de seus representantes, levando as exigências e an-seios de mudança para toda a sociedade.

“Escolhemos a empresa que possui um setor de qualidade e já está preparada para as exi-gências da acreditação hospitalar. Se a empre-sa é idônea, possui expertise no negócio e já trabalha com programas de qualidade, dificil-mente ela proporcionará um serviço ruim”

Ana Carina Bacha, Gerente de Operações do Hospital Vivalle

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Grupo Fleury

Biofast

Laboratório Sabin

A maior conquista de 2014 pelo Grupo Fleury foi o for-talecimento quanto à excelência técnica, médica e em atendimento. Também trouxe inovação com a geração de novos serviços, como o Centro Integrado Cardiológico e Neurovascular. Nesse espaço, os exames são realizados em sequência, em um ambiente equipado, com moder-nas tecnologias e amparados por médicos especializados, em tempo integral, com o objetivo de apoiar o médico do cliente no diagnóstico mais rápido e preciso. “O cliente médico tem um serviço de excelência em apoio diagnósti-co, com abordagem completa e integrada”, explica Carlos Marinelli, Presidente do Grupo. Os avanços foram obtidos de forma alinhada com o processo de rentabilização e for-talecimento dos processos de gestão.

A expansão dos serviços para a área privada, com a aber-tura de nove unidades de atendimento, nas cidades de São Paulo, Guarulhos e no ABC, foi um dos destaques da Biofast durante 2014. Além disso, a empresa fortaleceu sua governança corporativa através da reestruturação da direção e do organograma, além da instituição das áreas de suply chain, administração de contratos e con-troladoria. “Mudamos nosso sistema LIS, o que permitiu proporcionar aos clientes uma robusta ferramenta de gestão”, ressalta o Presidente do Grupo Biofast, Rogé-rio Saladino. Para 2015, as expectativas são a expansão da marca, com a abertura de cinco unidades durante o ano, e investimentos na área de imagem para ampliar os serviços e atender à demanda de operadoras de saúde.

O Laboratório Sabin consolidou, neste ano, novas ope-rações com a reestruturação dos Núcleos Técnicos Operacionais e com a padronização dos processos de automação, qualidade e inovação. Em 2014, foram aber-tas 30 novas unidades do Grupo. No total, são 138 sedes em quatro regiões do país. “Mesmo em processo de ex-pansão, continuamos com o plano de crescimento or-gânico nas regiões onde atuamos”, afirmam as sócias--fundadoras, Janete Ribeiro Vaz e Sandra Soares Costa. A expectativa do Grupo para o ano de 2015 é a conclu-são da obra da nova sede nacional que vai sustentar o crescimento da empresa pelos próximos 20 anos. “A nova sede terá modernas plataformas de automação laboratorial da América Latina”, destacam.

Carlos Marinelli, Presidente do Grupo Fleury

Rogério Saladino,Presidente do Grupo Biofast

Janete Ribeiro Vaz e Sandra Soares Costa,Sócias-fundadoras do Laboratório Sabin

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raFiorentini arquitetura de Hospitais

L+M

raF arquitetura

Com 40 anos de atuação, a Fiorentini Arquitetura de Hos-pitais traz em seu portfólio mais de 500 projetos realiza-dos no Brasil, Chile, Paraguai, Portugal e Angola. Em 2014, destacam-se projetos de três hospitais realizados através de parceria público-privada, entre o governo do Estado de São Paulo e Construcap, que juntos somam mais de 105.000 m². Outro case é o hospital, também de parceria público-privada, entre o Governo do Estado do Ceará e Marquise, com área de 37.000 m². Vale ressaltar o retrofit do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Para 2015, a arquite-ta Paula Fiorentini, Diretora do escritório, ressalta a con-cretização de importantes projetos. “As perspectivas são excelentes, principalmente devido ao investimento públi-co na área da saúde.”

Acompanhando a evolução de áreas como tecnologia, gestão e manutenção, a L+M se consolidou este ano como uma empresa que entrega os ambientes de saú-de prontos para funcionar, devido as suas diversas fren-tes de trabalho. “Seja para expandir o número de leitos, abrir novas salas de cirurgia, inaugurar uma ala, aumen-tar a capacidade, construir um hospital ou um centro de pesquisa, cuidamos desses ambientes etapa por etapa, o que envolve consultoria, arquitetura e construção”, explica Lauro Miquelin, Diretor-geral da L+M. Em busca desta eficiência, a empresa cria espaços integrados, in-vestindo em processos bem desenhados, em operação ágil e avanços tecnológicos. Também em 2014, a L+M inaugurou uma nova sede, em São Paulo, para receber mais de 100 colaboradores.

A RAF Arquitetura completou 25 anos de fundação neste ano, registrando em sua trajetória importantes cases na Saúde. Entre eles destacam-se o projeto no Instituto Nacional de Câncer - INCA e em unidades da Rede D’Or. O crescimento da RAF se deu em seus dois escritórios, um em São Paulo e outro no Rio de Janei-ro. Para Flávio Kelner, Presidente da RAF Arquitetura, mesmo com o cenário econômico desfavorável de 2015, o escritório aposta no crescimento de suas atu-ações. “Pretendemos implementar um novo projeto de gestão da produção e qualidade para nos preparar-mos para os próximos anos. A troca de experiências entre os dois escritórios será fundamental para o nos-so posicionamento entre as principais empresas de ar-quitetura do mercado sul-americano.”

Paula Fiorentini, Diretora da Fiorentini Arquitetura de Hospitais

Lauro Miquelin,Diretor-geral da L+M

Flávio Kelner,Presidente da RAF Arquitetura

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res MW arquitetura

Teresa Gouveia arquitetura

Há 20 anos atuando no mercado brasileiro, a MW Arqui-tetura traz em seu portfólio importantes projetos de ar-quitetura, design de interiores, reformas e consultoria em planejamento de espaços corporativo. Em 2014, de acordo com a Diretora do escritório, Moema Werthei-mer, houve uma crescente procura por projetos relacio-nados ao setor da saúde. “Em 2015, vamos colher esses frutos. Será o ano dos resultados, da concretização de todo o trabalho feito ao longo de 2014. Trata-se de proje-tos desafiadores na área da saúde.” Entre os cases assi-nados pela MW Arquitetura estão atuações no Hospital Samaritano (SP), Hospital e Maternidade São Luiz e no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Em 2014, a Teresa Gouveia Arquitetura comemorou 10 anos de atuação no mercado e, durante este tempo, o escritório assinou importantes projetos na Saúde. Foram diversos cases para setores específicos, como hemodiá-lise, hemodinâmica, centro de diagnóstico por imagem, centros cirúrgicos, UTI, ortopedia, pronto atendimento, entre outras áreas de apoio e de laboratórios de análises patológicas e clínicas. Destaca-se também o Master Plan para um hospital localizado no Nordeste, com foco em hemodiálise. O crescimento foi de 18% em relação ao ano passado e, segundo a arquiteta Teresa Gouveia, a meta é expandir ainda mais a atuação. “Conquistamos novos clientes e trabalhamos cerca de 30 mil m² de projetos em 2014”, salienta.

aCr arquitetura e Planejamento A ACR Arquitetura e Planejamento assinou importantes projetos em 2014, entre eles duas novas unidades do Gru-po Fleury. Além disso, duas novas parcerias deram seus primeiros passos neste ano. Uma delas com a empresa DR Consulta Clínicas Médicas, projetando e construindo a imagem das unidades de consultórios médicos para clas-ses C e D. Outra parceria foi firmada com o grupo Alliar Medicina Diagnóstica, posicionando a ACR como forne-cedor exclusivo para projetos de arquitetura de suas uni-dades de atendimento em todo o país. “Realizamos uma ampla pesquisa de materiais e sistemas construtivos, custos, acabamentos e padrões para padronizar todos os centros diagnósticos”, explica Antonio Carlos Rodrigues, Sócio-fundador do escritório.

Moema Wertheimer,Diretora da MW Arquitetura

Teresa Gouveia,Arquiteta

Antonio Carlos Rodrigues,Sócio-fundador da ACR Arquitetura e Planejamento

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Entre as importantes ações da Abimed - Associação Bra-sileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para a Saúde – realizadas neste ano estão as discussões de novas regulamentações, como a redução do tempo de registro de produtos; divulgação das políticas industriais e seu importante papel como elo entre as empresas e os Minis-térios. Também houve o fortalecimento das Setoriais da associação para discussões específicas de cada uma das áreas (Imagem, Cardiovascular, Audiologia, Ortopedia, Oftalmologia e Cirurgia Geral). “Nossa missão é contribuir para um maior entrosamento da cadeia do setor de Saúde, além de fomentar um ambiente transparente de competi-ção e promoção da ética”, explica Fabrício Campolina, Pre-sidente do Conselho de Administração da Abimed.

Neste ano, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) realizou dois seminários e um fórum internacional focados no tema Governança Clínica. Destaca-se também o ‘Livro Branco: Brasil Saúde 2015 - A Sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro’, documento com propostas para a sustentabilidade do sistema brasileiro de saúde. “Também comemoramos a chegada de 13 novos hospitais membros de diversas regiões do Brasil, alcançando, as-sim, a marca de 68 hospitais”, salienta Francisco Balestrin, Presidente da Anahp. Vale ressaltar o Grupo de Estudos sobre Compliance. O resultado deste trabalho foi o Códi-go de Conduta Empresarial - Compliance para os Hospitais Privados, que contempla as diretrizes gerais para conduta empresarial no setor hospitalar.

Este ano foi de bastante trabalho para a Abimo que encer-ra 2014 com a melhor das notícias: a conquista da isonomia tributária com os importados nas compras públicas. “Essa bandeira já era um antigo pleito. Foram meses e meses de reuniões, encontros, compromissos em agências governa-mentais, na Câmara e Senado, em busca de apoio de parla-mentares”, lembra Franco Pallamolla, Presidente da Abimo. Outra importante conquista foi a permanência da desone-ração da folha de pagamento e a margem de preferência do setor. “Agora, a nossa luta muda de rumo e deve ser no âmbito do CONFAZ, a fim de garantir uniformidade de trata-mento no território nacional quanto à legislação do ICMS”, comenta Pallamolla sobre as perspectivas para 2015.

Fabrício Campolina,Presidente da Abimed

Francisco Balestrin,Presidente da Anahp

Franco Pallamolla,Presidente da Abimo

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Em 2014, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) ob-teve o grau de Acreditação, na categoria Organização, da International Society for Quality in Healthcare (ISQua). O atendimento aos padrões de acreditação da ISQua possi-bilitou ao CBA a completa revisão e atualização dos prin-cipais documentos orientadores de seu negócio e proces-sos empresariais, incluindo o Planejamento Estratégico e o Mapa de Gestão de Riscos. Outro destaque é o aumento de 50% no número de avaliações de acreditação apenas em 2014, registrando o dobro de avaliações do que foi realiza-do em 2013, superando o número de 60 instituições acredi-tadas. Segundo Maria Manuela Alves dos Santos, Superin-tendente do CBA, as metas para 2015 é manter este ritmo de crescimento.

A IQG conseguiu solidificar importantes parceiras nacio-nais e internacionais em 2014. Foram cinco hospitais inter-nacionais acreditados pela nova metodologia internacio-nal “QMentum” e outras duas instituições que também tiveram sua linha de cuidado do AVC acreditada pela em-presa. No Brasil, foram certificadas com distinção as duas primeiras UTIs do Brasil, os três primeiros serviços de hi-giene hospitalar, além de vários serviços de hemodinâmi-ca. “Firmamos como a maior instituição acreditadora da América Latina, com mais de 280 centros acreditados so-mando as metodologias ONA e Canadense. Nossa meta é continuar crescendo acima de dois dígitos e expandir nos-sas forças e conceitos para outros países.”, afirma Rubens Covello, CEO do IQG Group.

Maria Manuela Alves dos Santos,Superintendente do CBA

Rubens Covello, CEO do IQG Group

PlanisaA Planisa alcançou o crescimento de 23% neste ano em rela-ção a 2013. Grande parte dos investimentos foi direcionada para a atualização tecnológica de produtos para apuração e gestão de custos com o lançamento de uma solução de baixo custo e alta escalabilidade, a HECOS. Também houve a amplia-ção de sua atuação em OSS no Rio de Janeiro, Pernambuco e Pará. Vale destacar também a conquista de clientes como o Complexo Hospitalar do Hospital das Clínicas de São Paulo, Hospital São Paulo, Hospital Edmundo Vasconcelos e Rede de Hospitais Adventistas da América do Sul, com unidades na Argentina, Paraguai, Peru, Chile e Equador. Para 2015, João Luís Romitelli, Diretor de Relações Empresariais, afirmou que a Planisa está planejando um crescimento de 15%. João Luis Romitelli,

Diretor de Relações Empresariais da Planisa

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Entre as principais conquistas da Agfa Healthcare, neste ano, foi o lançamento dos sistemas da Radiologia Direta (DR), com duas opções distintas: a Digitalização da Radio-logia Analógica, existente em clínicas e hospitais, através das placas de digitalização e formação de imagens na es-tação de trabalho de Raios-X; e o Sistema de Radiologia Direta, como o DX-D 100, um equipamento de Raios-X Di-gital portátil. “Consolidamos nossa posição no mercado brasileiro no segmento de Sistema de Informação Radio-lógica (RIS) e Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens (PACS). Também obtivemos grandes conquistas em projetos de teleradiologia e no segmento de Sistema de Gestão Hospitalar”, explica José Laska, CEO da Agfa Healthcare.

Em 2014, a Siemens passou a produzir equipamentos de ultrassom no Brasil, na fábrica Joinville (SC). A iniciativa faz parte de um pacote de R$ 50 milhões destinados para a área de Healthcare. Também se destaca a iniciativa firma-da com Hospital Sírio-Libanês para a criação de um centro de excelência na área de imagem cardiovascular com com-partilhamento de tecnologia e conhecimento de ponta, baseado na capacitação profissional, elaboração de novos protocolos de exames e diagnósticos e desenvolvimento de novas técnicas. “Em 2015, pretendemos expandir os negócios e ampliar estudos e soluções para o mercado na-cional que tem grande representatividade no cenário glo-bal”, afirma o Diretor do Setor de Healthcare da Siemens no Brasil, Armando Lopes.

José Laska, CEO da Agfa Healthcare

Armando Lopes,Diretor Healthcare da Simens do Brasil

Ge HealthcareEm 2014, os negócios da GE Healthcare tiveram como foco, no Brasil, as áreas de diagnóstico por imagem, além do crescimento da área de equipamentos de suporte à vida. Destacam-se também a parceria com o Senai-SP para for-mação técnica e superior em manutenção e operação de equipamentos de radiologia, e a produção nacional, com a inclusão de novas linhas de ultrassom, ressonância mag-nética e de arco cirúrgico na unidade de Contagem (MG). “Com a produção nacional, hospitais e clínicas podem con-tar com a linha de financiamento Finame do BNDES, com taxas de juros de 4,5% e 6% ao ano, bastante atrativas em vista dos 16% a 23% de juros ao ano praticados pelos bancos comerciais”, explica Luiz Verzegnassi, Diretor-comercial Brasil da GE Healthcare.

Luiz Verzegnassi,Diretor Comercial Brasil da GE Healthcare

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Neste ano, a Bace passou a integrar o Grupo HARTMANN da Alemanha, empresa mundial do segmento médico-hos-pitalar. Isso trouxe novos desafios, reestruturação inter-na, mas também boas perspectivas de negócios. “A inte-gração a um grupo que tem, entre seus valores, princípios como liderança e comprometimento, somente pode agre-gar e consolidar o trabalho que a Bace vem desenvolvendo desde a sua fundação, isto é, trazer soluções inovadoras para o mercado, atendendo às necessidades e exigências de cada cliente”, afirma Ronald Lorentziadis, CEO da Bace. Para 2015, além de consolidar o trabalho já desenvolvido no eixo São Paulo - Rio de Janeiro, especialmente na linha de tratamento de feridas, a empresa pretende expandir seus negócios em âmbito nacional.

Em 2014, a Mafra registrou um crescimento nas vendas de 25%. Assim, foi possível realizar diversos investimentos em sua infraestrutura, o que acarretou no aumento da capaci-dade de armazenagem com a ampliação total de 6.800 m². Nestes últimos doze meses, também foram realizados in-vestimentos da frota própria da empresa, com extensão de entrega até o Rio Grande do Sul. “Acredito no potencial do setor hospitalar. Os cuidados com a saúde e o acesso a novas tecnologias têm aumentado cada vez mais o consu-mo de produtos para a saúde. Por meio de uma logística eficiente que prestamos, nossa empresa atende ao mais exigente cliente no mercado hospitalar”, salienta Carlos Alberto Mafra Terra, Presidente da empresa.

Ronald Lorentziadis,CEO da Bace

Carlos Alberto Mafra Terra,Presidente da Mafra

expressaEm 2014, a Expressa completou 30 anos de atuação, dan-do seus primeiros passos rumo a sua internacionalização, proporcionando serviços que englobam desde a operação logística, até o suporte para novos entrantes no mercado brasileiro de alta complexidade. “Este ano foi emblemáti-co para nós. Investimos em nosso modelo de Governança Corporativa e reestruturamos a nossa empresa para nos adequarmos às referências internacionais, como a lei ame-ricana Sarbanes-Oxley e a F.C.P.A.”, ressalta Mariana Braga Aitken, Diretora e Sócia da Expressa. Ainda de acordo com a executiva, 2015 promete a concretização de grandes pro-jetos, como a implementação de um novo ERP e a conti-nuidade do avanço e consolidação das técnicas e modelos operacionais.

Mariana Braga Aitken,Diretora e Sócia da Expressa

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Para se destacar em um mercado tão competitivo como é a Saúde, a Afonso França Engenharia investiu em con-tratações e tecnologias em 2014. Com isso, foi possível estar à frente de novas demandas e responder às rígidas exigências dos clientes com excelência. “É importante que o mercado olhe a construção civil de forma diferente. Não apenas como uma commodity de concreto e aço. Estamos em constante inovação, o que requer investimento em planejamento, pesquisa de novas tecnologias, produtos e métodos construtivos para garantir a entrega e o alcan-ce dos objetivos do cliente”, ressaltam os sócios Cláudio Afonso e Estevam França. O objetivo para 2015 é continuar ampliando o portfólio da empresa, buscando novos seg-mentos e intensificar a atuação na Saúde.

Em 2014, a MHA colheu bons resultados de investimen-tos realizados na gestão e em profissionais. A plataforma BIM, por exemplo, gerou um diferencial no mercado com a realização de diversos projetos de hospitais, indústrias, shoppings e laboratórios. Na Saúde, foram desenvolvidos projetos para o IAMSPE, Hospital Emílio Ribas e Hospital Regional de Jundiaí. Também foram concluídas importan-tes obras, como Hospital Sírio-Libanês e Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Em 2015, a MHA completará 40 anos de atu-ação já com o caminho da perenidade estabelecido. “Pro-fissionais que fazem carreira conosco farão parte da ges-tão, mantendo a sinergia entre a experiência e as novas visões e processos”, afirma Eduardo de Brito Neves, Sócio da MHA Engenharia.

Estevam França e Cláudio Afonso,Sócios da Afonso França

Eduardo de Brito Neves,Sócio da MHA Engenharia

Método engenhariaExecutando obras de alta complexidade desde 1973, a Mé-todo Engenharia, presidida por Hugo Marques da Rosa, é reconhecida pela inovação e pelas tecnologias aplicadas nos sistemas construtivos. Em 2013, anunciou faturamen-to de R$ 1.506.827, representado um crescimento de 94% perante 2012. “Temos como missão fornecer soluções in-tegradas de engenharia, construção e manutenção con-tribuindo com o sucesso de nossos clientes. A Método é uma empresa que atua de forma ética, sustentável e comprometida com o futuro do setor e do mundo”, afir-ma Hugo Marques da Rosa.

Hugo Marques da Rosa,Presidente da Método Engenharia

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Neste ano, a Equipacare iniciou importantes trabalhos na região Sul do país. Também em 2014, a empresa firmou par-cerias com escritórios de arquitetura e construção. Para Guilherme Fernandes Xavier, Sócio-diretor da empresa, esta estratégia foi essencial, uma vez que soma-se à “nossa atuação mais forte que é a gestão de projetos de equipa-gem de novos hospitais”. Outro destaque é a consolidação do laboratório de calibração, que alcançou uma notável participação para o resultado da empresa. Para 2015, está previsto a retomada de nove projetos de construção hos-pitalar, que já teve a participação da Equipacare na fase de planejamento-concepção e que agora atuará na etapa de implantação. “Também vamos publicar um guia para servi-ços de engenharia clínica em parceria com a ABEClin.”

A Tecsaúde conseguiu obter, em 2014, um crescimento de 30%, reforçando a atuação da empresa no mercado de Saúde. Neste ano, houve também uma intensa profissiona-lização da gestão através de ações como a implantação de gestão orçamentária e conselho consultivo para o apoio nas decisões estratégicas. Para 2015, as expectativas são manter o crescimento de 30% e iniciar o programa de en-sino a distância para os colaboradores. “Também temos como meta fortalecer a relação com a Endeavor, organis-mo internacional para o desenvolvimento do empreende-dorismo, realizando projetos para o desenvolvimento em diversas áreas da TecSaúde”, afirma Zeev Katz, Diretor de Operações da Tecsaúde.

Guilherme Fernandes Xavier,Sócio-diretor da Equipacare

Zeev Katz,Diretor de Operações da Tecsaúde

engebioA Engebio viu crescer sua atuação no país durante os últi-mos doze meses, ampliando seus serviços e atividades para além das fronteiras de São Paulo. A empresa participou de importantes projetos no Estado de Espírito Santo, e atuou, junto com a Construcap, em diversos projetos de parcerias público-privadas. Essa conquista refletiu em um crescimen-to de 20% no número de clientes atendidos pela empresa. Além disso, a Engebio conquistou o selo ISO 9001, o que demonstra, ainda mais, o alto nível de profissionalização de toda a equipe. “O maior valor que entregamos para os clien-tes são os nossos profissionais, pois só assim é possível ofe-recer serviços de qualidade para este exigente mercado”, ressalta Rodolfo More, Sócio da Engebio. Rodolfo More,

Sócio da Engebio

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O Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE) abrange programas de ensino formal - Ensino Técnico, Graduação, Pós-graduação, Residência Médica e, mais recentemente, Residência Multiprofissional, além de cursos de curta e média duração, programas in company e eventos científicos de caráter nacional e internacional. Houve uma evolução nesses campos devido à criação de novas propostas e formatos de cursos. A disponibilização de horários e de novas unidades duplicou o número de alu-nos matriculados nos cursos de pós-graduação. “O IIEPAE também possui centros dedicados à pesquisa experimen-tal, clínica e pré-clínica, além do Centro de Educação em Saúde Abram Szajman”, salienta Claudio Luiz Lottenberg, Presidente do Einstein.

Em um cenário em que a educação profissional tem sido cada vez mais apontada como um dos motores para a transformação social e econômica do Brasil, o Senac vem protagonizando esse grande desafio. Especificamente para a área da Saúde, a instituição ofereceu, em 2014, pro-gramações variadas em diferentes níveis, com 23 cursos de Formação Inicial e Continuada, 20 cursos de Habilitação Técnica e 25 títulos de Especialização Técnica, além de seis cursos de Graduação e 26 de Pós-Graduação. “Em 2015, daremos continuidade aos grandes programas nacionais, como a Rede Nacional de Cursos a Distância, que apresen-ta um portfólio diverso, como o curso de Gestão de Or-ganizações Hospitalares”, ressalta Sidney Cunha, Diretor--geral do Departamento Nacional do Senac.

Claudio Luiz Lottenberg,Presidente do Einstein

Sidney Cunha,Diretor-geral do Senac

FGVEntre os destaques da atuação da FGV para o setor da Saú-de está o Centro de Estudos em Planejamento e Gestão da Saúde da FGV-EAESP. O objetivo principal é aproximar da prestação de serviços, de maneira a colaborar com quem tem a missão de melhorar o acesso da população a serviços de qualidade, no Sistema Único de Saúde (tanto no subsis-tema público, quanto privado). “Nossa principal missão é aumentar a qualidade de ensino, transformando a capaci-dade de conhecimentos e pesquisa, atualmente disponível na FGV, em um conjunto cada vez mais acessível pela popu-lação em geral”, ressalta Carlos Ivan Simonsen Leal, Presi-dente da FGV.

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Carlos Ivan Simonsen Leal,Presidente da FGV

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Em 2014, a Federação Brasileira de Administradores Hospi-talares - FBAH contribuiu de maneira decisiva na melhoria da Gestão da Saúde no Brasil. Em cooperação com a HOS-PITALAR Feira + Fórum, realizou o 37º Congresso Brasilei-ro de Administração Hospitalar e Gestão em Saúde com o Tema Central “Os desafios do Sistema de Saúde: Cená-rios e Oportunidades”. Para Valdesir Galvan, Presidente da FBAH, trata-se de um capítulo inédito na história dos mais de 40 anos da Federação. “Foram quatro dias de intensos debates, que reuniram mais de 1200 lideranças da saúde, consolidando a proposta da FBAH de disseminar e com-partilhar as novas tecnologias e conhecimentos.” Também neste ano a FBAH filiou-se à Federação Internacional de Hospitais – IHF, na Suíça.

A Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (FENAESS) representa, atualmente, 21 sindicatos em diversas regiões do país. Sua forte atuação está, prin-cipalmente, em proporcionar eventos que visam discutir a evolução e melhoria do setor. “São encontros em que podemos tratar temas relevantes para os gestores da área de saúde e que foram realizados com muito sucesso. Te-mos mais de 30 anos de existência e, sem dúvidas, uma trajetória importante que contribuiu para estreitar o diá-logo entre diversas partes”, salienta Breno de Figueiredo Monteiro, Presidente da FENAESS. Para o ano de 2015, a IV edição do Congresso Brasileiro FENAESS, a ser sediada em Brasília/DF, promete grandes discussões para a comunida-de da saúde.

A Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (FEHOSP) estreitou ainda mais seu re-lacionamento com as mais de 300 associadas, possibilitan-do sua atuação em prol das reivindicações do setor. Entre as conquistas estão a promoção de cursos, como o projeto Educasus, e a parceria com o governo do Estado para pro-fissionalizar a captação de recursos das instituições. “O ‘Dia Nacional de Luto pela Crise das Santas Casas e Hospi-tais Filantrópicos’ também foi um exemplo de nosso êxito. Tivemos mais de 60% de adesão nacional. Conseguimos sensibilizar a sociedade sobre os problemas enfrentados pelo setor e cobrar do governo um posicionamento quan-to ao orçamento da Saúde”, afirma Edson Rogatti, Diretor--presidente da FEHOSP.

Valdesir Galvan,Presidente da FBAH

Breno de Figueiredo Monteiro,Presidente da FENAESS

Edson Rogatti,Diretor-presidente da FEHOSP

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No ano de 2014, a Unit Care consolidou-se no segmento AAA de alta complexidade, apresentando um crescimento de 213% em relação a 2013. Esses fatores firmam a empresa entre os principais nomes no atendimento domiciliar de pacientes de alta complexidade técnica e social. “Nosso crescimento em 2014 foi acima do esperado. As metas anuais foram alcança-das em junho, com base no trabalho em equipe e na excelên-cia técnica-operacional. Também investimos maciçamente em pesquisa e desenvolvimento, buscando tecnologias que facilitem a operação e gestão”, salienta Luiz Tizatto, CEO da Unit Care. Também neste ano, a Unit Care ganhou o prêmio “Social System Innovation Award”, no The 18th ISfTeH Inter-national Conference, no Japão, pelo seu trabalho de monito-ramento remoto de pacientes crônicos.

Neste último ano, a Geriatrics aumentou seus serviços de Homecare e Office Care (gerenciamento de populações específicas), além do fortalecimento do Clinic Care como unidade de internação. “Todos esses setores apresenta-ram resultados impressionantes de efetividade, como as baixíssimas taxas de rehospitalização que aferimos no ano em Homecare, de 4,92%; Office Care, de 3,63%; e Clinic Care, com 3,91%”, explica Gabriel Palne, CEO do Grupo Ge-riatrics. Também houve a consolidação do Centro de Exce-lência em Atenção Domiciliar (CEAD) que contribuiu para a formação da equipe qualificada do grupo. Para 2015, o setor de Homecare deverá ser reformulado baseado em conceitos de autocuidado e em novas modalidades de atendimento.

A Home Doctor começou 2014 realizando parcerias com o grupo espanhol Vitalia. Com isso, foi possível trazer para o país uma nova opção de cuidado para a terceira idade: o Centro-Dia Vitalia Brasil, um espaço de convivên-cia preparado especialmente para receber esse público. “Fechamos 2014 com o lançamento da GO Emergências Médicas, que tem a missão de ser referência em urgên-cia e emergência móvel, oferecendo os serviços de APH (atendimento pré-hospitalar), remoções (transporte inter-hospitalar terrestre), orientação médica telefôni-ca, área protegida e cobertura de eventos”, explica José Eduardo Ramão, Sócio da Home Doctor. Para 2015, a ex-pectativa é ampliar a atuação com uma nova unidade na cidade de Volta Redonda (RJ).

Luiz Tizatto,CEO da Unit Care

Gabriel Palne, CEO do Grupo Geriatrics

José Eduardo Ramão, Sócio da Home Doctor

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Uma das importantes conquistas da Fanem foi o recebi-mento do Prêmio Inova Saúde 2014. O título oferecido pela Abimo foi conquistado pela criação da Unidade Híbri-da Duetto® 2386. A Fanem também venceu uma licitação do Ministério da Saúde do Governo da Etiópia. Com isso, até o início de 2015 serão entregues 2.625 equipamentos neonatais para o governo etíope, entre incubadoras de cuidado intensivo, fototerapias para tratamento de icte-rícia neonatal e CPAP de bolhas para tratamento de pato-logias respiratórias. “Este negócio é consequência de um grande empenho da nossa parte para atender demandas de países com grandes necessidades no campo da saúde, como ocorre na África em geral”, ressalta Djalma Luiz Ro-drigues, Diretor-executivo da Fanem.

O ano de 2014 excedeu as expectativas da Dräger. As vendas aumentaram significativamente e, até agora, todas as metas foram atingidas. Durante esses últimos doze meses, a empresa lançou o equipamento Evita V300, ventilador mecânico que trouxe inovação para o segmento e que já registrou um alto grau de aceitação no mercado. A Dräger prevê um mercado aquecido e tem perspectivas de expansão para 2015, porém de for-ma gradual. “Por conta da situação econômica do Brasil, temos de ter cuidado com as metas. Contudo, estamos extremamente otimistas com as nossas novas estraté-gias e ações de marketing para o próximo ano e, assim, repetir o sucesso de 2014”, salienta Holger Johannsen, Presidente da empresa.

Djalma Luiz Rodrigues, Diretor-executivo da Fanem

Holger Johannsen, Presidente da Dräger

CovidienEm 2014, a Covidien adquiriu a WEM Equipamentos Ele-trônicos, fabricante de geradores, produtos e acessórios para eletrocirurgia. A aquisição faz parte da expansão em mercados emergentes, atendendo melhor as necessida-des específicas do segmento. Outra novidade foi o Sonici-sion®, primeiro dispositivo de dissecção ultrassônica sem fio. Destaca-se também a inauguração do Centro Covidien de Inovação (CCI Brasil), em São Paulo. O CCI tem capaci-dade de oferecer 120 cursos e treinar 2.000 profissionais por ano. “Médicos brasileiros e latino-americanos terão treinamentos gratuitos, com a última palavra em tecno-logia, habilitando-os a realizar uma grande variedade de procedimentos clínicos”, ressalta Ermano Moraes, Vice--presidente e Gerente-geral da Covidien Brasil. Ermano Moraes,

VP e Gerente-geral da Covidien Brasil

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A Pfizer adotou, nestes últimos doze meses, uma nova estrutura comercial global com três unidades de negó-cio: GEP (Negócios Globais de Produtos Estabelecidos), GIP (Negócios Globais de Produtos de Inovação) e VOC (Vacinas, Oncologia e Consumo). O objetivo é atender às crescentes demandas e buscar novas formas de maximi-zar o portfólio. De acordo com Victor Mezei, Presidente da Pfizer Brasil, a empresa registrou um crescimento de 25,5% em valores, segundo o IMS, ao comparar dados de janeiro a setembro de 2014 com o mesmo período do ano passado. “Este também foi um ano de investimentos, vis-to que direcionamos mais de R$ 50 milhões para grandes iniciativas, entre elas a ampliação da produção da planta de Itapevi, em São Paulo.”

O Grupo Sanofi tem se destacado no mercado farmacêu-tico nos últimos doze meses pelo trabalho de suas empre-sas Sanofi Farma, Medley, Sanofi Pasteur, Genzyme e Me-rial. A filial brasileira do Sanofi Farma é uma das maiores operações do Grupo nos mercados emergentes, empre-gando 5.200 funcionários no país. Em agosto deste ano, o grupo reforçou o seu portfólio de medicamentos para diabetes e os monitores de glicemia. No primeiro trimes-tre, firmou parceria com a Nestlé para a linha Optifast, produtos para gerenciamento de peso e reeducação ali-mentar de pacientes com sobrepeso e diabetes associado. A Sanofi Pasteur também se destaca no mercado nacional de vacinas, principalmente contra a dengue.

A Roche Brasil se destaca no segmento de diagnóstico in vitro e na comercialização de medicamentos nas áre-as de oncologia, virologia e sistema nervoso central. A empresa tem como pilar a busca permanente por co-nhecimento científico e uma visão de negócio de longo prazo, que pressupõe o crescimento sustentável das ati-vidades e um olhar criterioso para as necessidades não atendidas dos pacientes. Atualmente, a Roche Brasil está investigando 69 drogas potenciais nas áreas de oncolo-gia, imunologia, doenças infecciosas, neurociências e oftalmologia. “Queremos continuar crescendo de forma sustentável, com foco no paciente e resultados consis-tentes nas áreas financeira e socioambiental”, ressalta o Presidente da Roche Brasil, Rolf Hoenger.

Victor Mezei, Presidente da Pfizer Brasil

Unidade industrial em Suzano

Rolf Hoenger, Presidente da Roche Brasil

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A inovação foi o motor de crescimento e progresso em cada área da B. Braun em 2014. A empresa investiu em uma nova máquina automatizada para a sua produção chamada D.I.V.A. (Double IV-Sets Assembly machine), para atender a demanda. Também iniciou-se a constru-ção da nova fábrica em Guaxindiba (RJ). Até 2018, serão construídos uma nova fábrica e um novo prédio adminis-trativo. De acordo com Otto Philipp Braun, Diretor-presi-dente da B. Braun Brasil, este ano também foi concluído o planejamento estratégico para até 2020. “Constatamos que nos últimos seis anos investimos mais de 155 milhões de euros no Brasil. Decidimos continuar com esta forte atuação, contribuindo continuamente para a melhora da saúde em todo o país.”

A Cremer avançou bastante em 2014, atingindo cerca de 7% da receita líquida vinda de produtos lançados nos últi-mos 24 meses. Neste ano, também foi iniciado um novo modelo de relacionamento com hospitais privados, a fim de trazer soluções para gestão de materiais descartáveis, além do fornecimento de produtos que podem atender até 32% do que um hospital compra hoje. “Nossa propos-ta visa não só oferecer um amplo portfólio, mas também melhorar o nível de serviço, a redução de estoques e me-lhores prazos de pagamento para liberação de capital de giro. Já temos cerca de 10 parcerias assinadas”, afirma Le-onardo Byrro, CEO da Cremer. Destaca-se também a inau-guração do novo Centro de Distribuição em Pouso Alegre (MG), com 15 mil m².

Otto Philipp Braun, Diretor-Presidente da B. Braun Brasil

Leonardo Byrro, CEO da Cremer

BdEm 2014, a BD apresentou crescimento global de 4,9%, trazendo aos Brasil novos produtos, como a BD Nano Ul-tra-Fine PentaPoint, agulha de 4 mm que oferece mais conforto e menos dor ao diabético; o BD Max™, equipa-mento que detecta patógenos bacterianos, virais e para-sitários capaz de liberar um diagnóstico em até 2,5 horas; entre outras inovações. A sede da empresa no Brasil, em São Paulo, recebeu a certificação LEED na categoria Sil-ver concedido pelo Green Building Council a prédios sus-tentáveis. “Todas as nossas estratégias foram focadas no nosso propósito de ajudar as pessoas a viverem de forma saudável e proporcionar produtos de alta tecno-logia e qualidade ao mercado de saúde”, afirma Diretor--geral no Brasil, Walter Baxter. Walter Baxter,

Diretor-geral no Brasil da BD

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Linet

Neste ano, a Hill-Rom investiu no aprimoramento dos serviços pós-venda, na assistência técnica e educação continuada dos colaboradores para obter excelência em suas operações. Destaca-se também a aquisição da Trumpf Medical feita pela empresa. “Conseguimos o re-conhecimento do mercado e de nossos clientes quanto à relação custo x benefício, aliado ao trabalho que vem sendo feito ultimamente”, salienta Bernardo Medra-do, Diretor-comercial da Hill-Rom no Brasil. Para 2015, a empresa trará diferentes sistemas de controle do fluxo hospitalar a fim de auxiliar os profissionais a tomar de-cisões com mais segurança. “Além disso, vamos ampliar as possibilidades de conectividade dos leitos com a rede hospitalar e novos produtos voltados ao segmento VIP.”

A Linet aumentou de forma significativa a sua presença no Brasil e em toda América Latina neste último ano. “Es-tamos cada vez mais próximos de nossos parceiros e clien-tes. Também conseguimos desenvolver novas parcerias muito interessantes, incluindo referências importantes de nossa região”, aponta Zbyněk Frolík, Presidente da Linet. Para o ano de 2015, o executivo espera uma maior inten-sificação de parcerias de longo prazo. “Queremos contri-buir para a melhoria contínua da segurança do paciente, prevenção de risco de acidente, controle de risco de infe-ção, entre outros. Vamos também incentivar a pesquisa científica e estudos clínicos, trazendo exemplos e experi-ências do mundo inteiro para as instituições brasileiras.”

Bernardo Medrado, Diretor Comercial da Hill-Rom no Brasil

Zbyněk Frolík, Presidente da Linet

MetahospitalarUma das principais conquistas da Metahospitalar este ano foi a nova unidade fabril, no Parque Industrial, com mais de 7.000 m² e 5.000 m² de área construída. Além dis-so, a empresa também recebeu com sucesso mais uma auditoria de Certificação de Equipamentos Eletromédi-cos conforme a Portaria nº 350 do INMETRO, confirman-do o compromisso com a qualidade, segurança e eficácia de seus produtos. Para Kilder Vieira de Melo, Presidente da empresa, em 2015 haverá a continuidade nos investi-mentos em novas tecnologias e a ampliação da atuação. “Em 2015, a Metahospitalar irá expandir seus horizontes, iniciando seu Plano de Internacionalização com a parti-cipação na Feira FIME - International Medical Expo, em Miami (EUA).” Kilder Vieira de Melo,

Presidente da Metahospitalar

Neg

ócio

s apex-Brasil

HOSPiTaLar Feira+Fórum

A atuação da Agência Brasileira de Promoção de Exporta-ções e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com a Abi-mo, trouxe para a Saúde o Projeto Setorial Brazilian Health Devices. Atualmente, o projeto reúne 169 empresas do se-tor e tem como principais mercados-alvo Estados Unidos, Colômbia, Chile, México e Turquia. A presença em grandes eventos internacionais colocam as empresas brasileiras em destaque para todo o mundo. “Em 2014, aumentaram as oportunidades em alguns mercados do Oriente Médio, por meio de ações como a feira Arab Health; a expansão de ações de promoção para o segmento odontológico; e o aumento do número de empresas participantes”, expli-ca André Limp, Gestor do Projeto Setorial Brazilian Health Devices na Apex-Brasil.

Há mais de 20 anos na agenda da Saúde, a HOSPITALAR Feira+Fórum sempre trouxe em cada edição uma inovação para o setor. Este ano, a grande novidade foi a ampliação do CISS – Congresso Internacional de Serviços de Saúde, evento que acontece durante a feira. Além disso, hospitais expositores também marcaram presença na HOSPITALAR, como HC, HCor, Einstein, Sírio-Libanês, Mãe de Deus e Te-xas Medical Center. “Também oferecemos um espaço ex-clusivo para o setor farmacêutico e uma nova área para fornecedores de componentes para a indústria de produ-tos e equipamentos médico-hospitalares, a CompoHealth. Ou seja, estamos agregando, cada vez mais, etapas da ca-deia produtiva da saúde”, ressalta Dra. Waleska Santos, Fundadora e Presidente da HOSPITALAR.

André Limp, da Apex-Brasil

Dra. Waleska Santos, Fundadora e Presidente da HOSPITALAR

SebraeO Sebrae vem investindo na segmentação do atendimen-to, através de pesquisas, produtos customizados e canal de interlocução com os empresários. Em 2012, existiam mais de 148 mil estabelecimentos de serviços na área de saúde, sendo 99% de pequenos negócios. Desde 2010, existem ações para fortalecer o setor e, desde então, mais de 31 mil empresas foram atendidas, participando de capacitações, consultorias, workshops e missões técnicas nacionais e internacionais. “Nosso objetivo é promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável desses empreendimentos de micro e pequeno porte”, afirma o Presidente do Sebrae, Luiz Barretto. Atualmente, o Se-brae possui 14 projetos de atendimento coletivo aos em-preendimentos que prestam serviços em saúde. Luiz Barretto,

Presidente do Sebrae

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Central Unimed

Mais de dois mil novos pontos de atendimento foram aber-tos no último ano pela Amil, totalizando mais de 37.390 prestadores credenciados. Os números incluem novos hospitais, garantindo aos pacientes serviços médicos de qualidade. “Também investimos em novas ferramentas on-line e mobile, fornecendo aos consumidores o acesso a informações sobre o plano de saúde e a novas opções de autoatendimento”, explica o Diretor-corporativo, Norber-to Birman. A Amil também lançou, em 2014, o Americas Medical City, complexo médico-hospitalar do Rio de Janei-ro que reúne diversas especialidades. “Por fim, moderni-zamos os nossos hospitais e investimos em tecnologia de ponta para assegurar que os médicos possam oferecer o melhor atendimento aos seus pacientes.”

A Central Unimed obteve um crescimento de 12% no núme-ro de vidas em carteira, totalizando mais de 1,6 milhão de clientes e um aumento de 33% na receita. Houve também um investimento de R$ 39 milhões, sendo R$ 16,2 milhões em TI; inauguração do Data Center da Unidade Pamplona; criação de nuvem digital entre os Data Center da Alameda Santos e da Unidade Pamplona; entre outras ações. “Nos-sa estimativa é um crescimento na casa dos dois dígitos, tanto na carteira de clientes quanto em faturamento. Pla-no de saúde é um dos principais objetos de desejo dos bra-sileiros, contudo três quartos da população ainda não têm este benefício. Por isso, este mercado incorporará gran-des contingentes de consumidores”, afirma o Presidente da Central, Mohamad Akl.

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Norberto Birman, Diretor-corporativo da Amil

Mohamad AKI, Presidente da Central Unimed

Grupo notredame intermédicaO Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) atende uma po-pulação de mais de 3 milhões de associados. Integrado pelas empresas Intermédica Sistema de Saúde, especiali-zada em planos de saúde corporativos, Interodonto Sis-tema de Saúde Odontologica, NotreDame Seguradora, especializada em Seguro Saúde, e pela RH Vida, divisão especializada em medicina ocupacional. O GNDI ofere-ce uma estrutura completa de atendimento, composta por uma rede credenciada, com 10 hospitais próprios, incluindo oito maternidades e 11 prontos-socorros, além de centros clínicos próprios, com cerca de 60 unidades em funcionamento.

Irlau Machado Filho,Presidente do GNDI

OSS

Pró-Saúde

iaBaS

indSH

A excelência alcançada pela Pró-Saúde em 2014 refletiu di-retamente na satisfação dos usuários assistidos pela enti-dade. Entre as conquistas estão a Acreditação ONA Nível I para o Hospital de Urgência da Região Sudoeste (GO); a re-novação da ONA Nível II para o Hospital Regional da Transa-mazônica (PA) e Hospital Estadual do Baixo Amazonas (PA). No Rio de Janeiro, o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes e o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer conquis-taram o Prêmio Qualidade Rio de Janeiro, concedido pela Fundação Nacional da Qualidade. “Vamos investir, cada vez mais, na qualidade de nossos colaboradores, implantando processos que visam segurança e humanização do atendi-mento”, ressalta João Pimentel, CEO da Pró-Saúde.

Em 2014, o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS) alcançou a marca de mais de 1.500.000 pacientes assistidos em cerca de 80 centros de saúde sob sua gestão. Hoje, o IABAS está presente na cidade do Rio de Janeiro e de São Paulo, gerindo atenção primária, com 262 equipes de saúde da família, incluindo desde o acompanhamento domiciliar de pacientes idosos, até o atendimento de ur-gências em cinco Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e a gestão de duas unidades hospitalares. “Para atingir essa marca contamos com um time de mais de 4000 pro-fissionais competentes e comprometidos, empenhados na missão de realizar um trabalho de qualidade, totalmente voltado para as necessidades do cidadão”, ressalta Lucia-no Artioli, Vice-presidente do IABAS.

Três novas unidades passaram a fazer parte do portfólio de administração do Instituto Nacional de Desenvolvimen-to Social e Humano (INDSH): o Hospital Regional do Leste do Pará; Unidade de Pronto Atendimento Santa Paula (PR); e Hospital Municipal de Araucária (PR). Outro destaque é o lançamento do livro “A Saúde do Brasil – do Descobri-mento aos dias atuais” pelo INDSH. A obra traz a completa trajetória do Brasil, desde o início das preocupações com a saúde até os dias atuais. “Acreditamos que a Saúde será preservada de eventuais cortes de investimento em 2015. Dessa forma, acreditamos em um crescimento de novas atividades em relação ao INDSH, com mais conquistas e expansão de parcerias”, comenta José Carlos Rizoli, Presi-dente do Instituto.

João Pimentel,CEO da Pró-Saúde

Luciano Artioli,Vice-presidente do Iabas

José Carlos Rizoli,Presidente do INDSH

Serv

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zado

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Sodexo

Tejofran

Durante os últimos anos, a Gocil vem registrando um cres-cimento e em 2014 essa tendência se solidificou ainda mais. Houve a expansão dos serviços em todo o país, com filiais em Brasília e em Pernambuco. O ano fecha para a Gocil com a aquisição de novas contas e participação em gran-des eventos. “Acredito que 2015 será um ano turbulento para a economia brasileira. Contudo, contemplamos em nosso planejamento o crescimento real de 10% na receita através de novas contas, a permanência dos atuais con-tratos e a expansão dos mesmos. Também está previsto a abertura da filial de Santa Catarina”, pontua Washington Umberto Cinel, Presidente da Gocil. Além disso, está no planejamento o investimento em novas tecnologias para dar suporte e integrar as operações.

Em 2014, a Sodexo se consolidou ainda mais no mercado com a entrega de ofertas integradas. Nos últimos dozes meses, manteve-se como referência na saúde em serviços de alimentação e limpeza técnica. Neste ano, conquistou novos clientes, entre os quais o Grupo Santa Lúcia (Hos-pitais Santa Helena, Maria Auxiliadora e Pronto Norte), em Brasília; o Hospital Leonardo da Vinci, no Ceará; e a Unimed Sul Capixaba, no Espírito Santo. Além disso, a em-presa ampliou a presença nas instituições de saúde que já atendia, como no Hospital Sino Brasileiro, em São Paulo. “Este ano, foi importante para mostrarmos ao mercado o quanto a oferta integrada leva qualidade de vida às pes-soas”, afirma Sandra Passos, Diretora do Segmento Saúde da Sodexo On-site.

Em 2014, a Tejofran incluiu 45 grandes clientes na car-teira de segmento de limpeza convencional, higiene hospitalar e vigilância. O Grupo também investiu em sua estrutura de RH, com ações focadas em programas de desenvolvimento de lideranças internas em contratos, de supervisores para o aprimoramento da gestão dos contratos, e o programa RH em loco, com o objetivo de levantar as necessidades internas, promovendo ações estratégicas. Para 2015, a empresa estipula um cresci-mento de 12% para a área da Saúde e a implantação de tecnologia que, em conjunto com dispositivos de RFID instalados estrategicamente em unidades hospitalares, permitem o rastreamento das atividades e das equipes de higiene em tempo real.

Washington Umberto Cinel,Presidente da Gocil

Sandra Passos,da Sodexo On-site

Antônio Dias Felipe, Presidente da Tejofran

Tele

com

unic

ação

algar Telecom

Telefônica

A Algar Telecom obteve conquistas importantes durante esses últimos doze meses. Com o seu projeto de expan-são, a empresa passou a atender 192 municípios em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janei-ro, São Paulo e Distrito Federal, com foco na proximidade com os clientes e na qualidade de serviços de TIC. “Espe-ramos crescer e se firmar cada vez mais como uma marca de telecomunicações próxima dos clientes, com soluções e produtos de TIC de qualidade”, diz Divino Sebastião de Souza, Presidente da Algar Telecom. Há estudos em curso para novas ampliações da rede de ultra banda larga, com possibilidade de estender o produto a novas cidades. Ou-tra perspectiva para o próximo ano é oferecer o serviço de 4G.

O lançamento de produtos de e-Health para o setor da Saúde público e privado, como o Vivo Gestão de Imagens Médicas, Vivo Gestão de Demandas Multicanal (URA e web), Vivo Gestão de Saúde Populacional e Vivo Gestão de Atenção Primária são os grandes destaques da Telefônica durante o último ano. Houve também uma estruturação da equipe de e-Health. Para 2015, as metas são avançar com devices conectados, wearebles e monitores de saú-de conectados. “A empresa ainda irá liderar a ‘Healthca-re Cloud’ no Brasil, alavancando os ativos e produtos nas áreas de IT Cloud e Segurança da Informação. Está previs-to também a criação de novos produtos e serviços, como Telemedicina e Hospital Digital”, afirma Roberto Piazza, Diretor de Negócios Digitais da Telefônica.

Divino Sebastião de Souza,Presidente da Algar Telecom

Roberto Piazza,Diretor de Negócios Digitais da Telefônica

embratelEntre os destaques da Embratel no setor da Saúde está a implantação de uma solução computacional na nuvem que traz como principal benefício a adoção de um siste-ma econômico/financeiro diferenciado, sendo mais flexí-vel, justo e eficiente. “Assim, o cliente pode contratar o que realmente precisa, trocando investimento e custo fixo por despesa variável conforme necessidade. Outro fator importante é a terceirização da tecnologia, que permite mais espaço para assuntos relacionados à essência do ne-gócio”, explica Raquel Possamai, Diretora de Vendas da Embratel. A empresa também anunciou novidades em seu portfólio de TI e Telecomunicações, ampliando sua oferta com novas soluções corporativas que incluem serviços de voz e dados móveis. Raquel Possamai,

Diretora de Vendas da Embratel

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are Kyocera

Samsung

Entre as principais conquistas da Kyocera em 2014 desta-cam-se o crescimento da venda de multifuncionais A3 em cores devido à expansão da atuação neste segmento, lan-çamento de soluções inovadoras para o gerenciamento e otimização de funções para a produção e armazenamen-to de documentos. Essas estratégias vêm fortalecendo a atuação da empresa como provedora de soluções totais em documentos. Para o Presidente da Kyocera, Tom Toyo-fuku, apesar de a economia brasileira não ter apresentado um crescimento representativo, a empresa manteve bons resultados durante seu ano fiscal. “Estamos otimistas para o ano de 2015, por isso apostaremos na ampliação de nossa atuação no mercado através de ações direcionadas que já estamos desenvolvendo”, afirma.

A Samsung atuou fortemente na área médica, em 2014, tendo como foco principal a ultrassonografia. Apenas neste ano foram lançados quatro equipamentos nessa linha, com destaque para os produtos em Ginecologia e Obstetrícia. Segundo Denilson Kuratomi, Diretor de Ne-gócios da Área de Saúde da Samsung no Brasil, as expec-tativas para 2015 visam ampliar o portfólio de produtos para a área médica. “Temos como objetivo melhorar as experiências do paciente e o ambiente de trabalho dos profissionais da saúde por meio da aplicação de soluções móveis integradas, dispositivos analíticos especialistas e telas médicas.” Atualmente, a Samsung atende o segmen-to com diversas soluções, como monitores profissionais, ar condicionado, tablets, smartphones, entre outros.

Tom Toyofuku,Presidente da Kyocera

HPO Brasil está entre os 15 países focos da HP, onde a corpo-ração espera obter em torno de 70% de seus resultados. “Isso significa que estamos recebendo um apoio incondi-cional da corporação para fazer investimentos, renovar fá-bricas e produzir equipamentos em todas as frentes. Hoje já produzimos várias linhas de produtos aqui e a lista ten-de a crescer”, afirma Luciano Corsini, Presidente da HP no Brasil. Recentemente, foi lançado o Sprout, computador que cria uma categoria até então inexistente no mercado ao oferecer uma plataforma de computação imersiva que combina o mais avançado all-in-one desktop com uma in-terface natural, derrubando as barreiras entre os mundos digital e físico. Também foi feito o anúncio de uma nova tecnologia de impressão 3D.

Luciano Corsini,Presidente da HP no Brasil

TI S

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are Benner

TOTVS

Nos últimos doze meses, o Grupo Benner implantou o pro-jeto de BPO (Business Process Outsourcing) na área de saúde. O contrato, firmado com a Postal Saúde-Caixa de Assistência e Saúde dos Empregados dos Correios, inte-grou toda a rede e unidades vinculadas e, ainda, convergiu a Central de Regulação para que tudo tivesse acesso on--line. Para Severino Benner, CEO do Grupo, o ano de 2015 será bastante difícil economicamente, porém o executivo aposta na inovação. “Durante os períodos de crises são ge-radas as melhores oportunidades, principalmente pelo de-safio de redução de custos administrativos e da sinistrali-dade do segmento. Estamos fortemente empenhados em criar produtos que possibilitem às empresas enfrentarem essas questões críticas.”

Em 2014, a TOTVS realizou a primeira entrega de soluções desenhadas dentro da Aliança Estratégica em Saúde para o Hospital Restinga e Extremo-Sul, administrado pelo Hospital Moinhos de Vento (RS). Também lançou a nova versão web do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) que, segundo Marcelo Souccar, Head dos segmentos de Saúde, Serviços e Jurídico da TOTVS, “traz uma interface mais amigável e leve, tornando o sistema ainda mais ade-rente ao dia a dia de enfermeiros e médicos”. A TOTVS também manteve a forte parceria com as Unimeds, pro-porcionando soluções que trazem ganhos expressivos de performance às rotinas. “Para 2015, teremos o lançamen-to de uma solução de gestão hospitalar world class com múltiplos módulos e recursos”, afirma Souccar.

Severino Benner, CEO da Benner

Marcelo Souccar, Head dos segmentos de Saúde, Serviços e Jurídico da TOTVS

PhilipsEm 2014, a combinação da tecnologia xMATRIX com equi-pamentos de imagem de ponta e os equipamentos Inge-nia 1.5T e 3.0T renderam à Philips importantes premiações internacionais. “Com relação à nossa presença em hospi-tais, podemos afirmar que toda grande instituição possui algum tipo de solução da Philips. Somente com o Tasy, nosso software de gestão hospitalar, estamos presentes em 700 hospitais no Brasil, como no Hospital Samaritano São Paulo (SP) e o Hospital Santa Catarina Blumenau (SC)”, afirma Daniel Mazon, Vice-presidente sênior da Philips He-althcare para América Latina. Para 2015, a empresa dará um passo à frente com a consolidação de seu portfólio para cuidados com a saúde, desde a prevenção até o pós--tratamento.

Daniel Mazon, VP da Philips Healthcare para América Latina

Homenagem especialA Tecnologia como Negócio

Tornar a Tecnologia estratégica para o Ne-gócio, e não um setor de custos. Fortalecer o profissional de tecnologia, integrando-o com toda a cadeia da saúde. Unir CIOs e diminuir o gap existente no setor ao compararmos com outros segmentos, e até mesmo com outros países. Incentivar e promover espaços e en-contros para o diálogo, proporcionando o compartilhamento de conhecimentos.

Essas são algumas justificativas que levam a ABCIS – Associação dos CIO Saúde a ser a homenageada especial no “Líderes da Saú-de”. Com pouco mais de dois anos de atua-ção, a entidade já conseguiu realizar grandes feitos para a comunidade da saúde, propor-cionando um amplo campo de discussões para a evolução do setor.

Idealizada por gestores de cinco hospitais da grande São Paulo, a ABCIS iniciou suas atividades em 2012 tendo como missão pro-mover o intercâmbio de conhecimento e prá-ticas em Tecnologia da Informação no seg-mento de Saúde, sendo um agente ativo de

transformação para a melhoria do setor.Prova disso está na parceria realizada com

o HIMSS que trouxe, pela primeira vez, o HI-MSS Latin America, evento realizado em São Paulo que contou com a presença de mais de 900 participantes, sendo 521 congressistas e 26 palestrantes de diversos países.

“A ABCIS nos ofereceu uma oportunidade que não poderia recusar de forma alguma, que é a possibilidade de combinar os líderes de TI em Saúde do Brasil com a nossa melhor prática internacional. A HIMSS foi desenhada para servir os líderes que buscam trazer para dentro de suas respectivas instituições um verdadeiro ROI. E nada melhor do que poder combinar a convocação desses gestores por parte da ABICS com a nossa oferta de novas ferramentas de trabalho”, ressalta Jeremy Bonfini, VP da HIMSS.

Por todos os esforços da ABCIS em reestru-turar a tecnologia como um todo e desenvol-ver avanços de TI no hospital a entidade ganha esta homenagem especial pelo Grupo Mídia.

André Almeida,Presidente da ABCIS

90 HEALTHCARE Management 33 novembro | dezembro 2014 healthcaremanagement.com.br

P

Líderes e Práticas

Mais de 60 Clínicas da Família administradas pelo IABAS levam promoção à Saúde em diversas comunidades no Rio de Janeiro

a estratégia que dá certo

Prevenir a doença, promover a saúde e le-var informação à população. Essa é a missão que o IABAS – Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde, instituição qualificada como Organização Social de Saúde (OSS), vem desempenhando, junto com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, com excelência através de unidades como a Clíni-ca da Família Padre José de Azevedo Tiúba.

A gestão tem como base a Estratégia da Saú-de da Família (ESF), programa desenvolvido pela SMS, que tem como objetivo trabalhar a prevenção e a promoção da saúde do cidadão. Nesse sentido, as clínicas representam um marco na reformulação da atenção primária.

No total, são 64 clíni-cas da família sob a administração do IA-BAS, espalhadas por toda a cidade do Rio de Janeiro, o que con-tribuiu para ampliação da ESF, cuja cobertu-ra na cidade passou de 3,5% em janeiro de 2009 para 45% em dezembro de 2013.

Trata-se de um mo-delo assistencial de atenção básica desen-

volvido por equipes mult iprof issionais formadas por mé-dicos, enfermeiros, dentistas, agentes comunitários, fisio-terapeutas, profes-sores de educação física, entre outros.

“Oferecemos uma assistência às famí-lias de modo indivi-dualizado. Para tan-to, a organização do trabalho das equipes

HEALTHCARE Management 33 novembro | dezembro 2014 healthcaremanagement.com.br 91

é centrada nas necessidades daque-la região, cuja missão é levar saúde à população”, afirma Luciano Artioli, Vice-presidente do IABAS.

E para saber quais são essas princi-pais demandas da comunidade aten-dida, os profissionais realizam um le-vantamento completo da região. Com isso, é possível estabelecer vínculos entre a clínica e o usuário e, conse-quentemente, oferecer uma assistên-cia mais completa e direcionada.

“Vamos a campo para fazer o cadas-tro dos pacientes, identificar quais são as condições de moradia, como as crianças estão se alimentando, entre outros pontos. Tudo isso para termos um acompanhamento com-pleto”, explica Cintia Regina, Agente Comunitária de Saúde da Clínica Pa-dre José de Azevedo Tiúba, mais co-nhecida como Clínica da Gardênia.

Para criar e manter essa aproxima-ção com o usuário, Marcelo Andrade, Supervisor técnico de ESF do IABAS, explica que os agentes comunitários são da própria comunidade. “Isso permite a atuação direta de nossas estratégicas e também a implantação de diversos programas que visam a promoção da saúde.”

Entre os programas desenvolvidos na Clínica da Gardênia estão grupos voltados para o adolescente, mulhe-res grávidas, idosos, antitabagismo, entre outros.

Destaca-se também o Programa Aca-demia Carioca, que tem como objetivo desenvolver práticas de atividades fí-sicas e ações educativas. “A principal missão é incentivar a mudança de há-bito e levar saúde para a população”, afirma Ágata Reis Pereira, Professora de Educação Física da clínica.

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Líderes e Práticas

Rejane Corrêa Lopes, Gerente-técnica da unidade, comemora o sucesso alcançado pe-los programas. “São 897 pessoas participando apenas da Academia Carioca. Por meio deste projeto conseguimos levar mais qualidade de vida ao cidadão, que antes tomava muitos medicamentos e tinha uma vida sedentária, e, hoje, é uma pessoa ativa e saudável.”

Uma equipe diferenciadaAlém de contar com médicos, enfermeiros e

agentes comunitários, a equipe da Clínica da Gardênia traz um diferencial em seu corpo de colaboradores.

Isso porque a qualidade e a segurança dos procedimentos se intensificam com o apoio de médicos residentes em Medicina da Família.

“Grande parte de nossa equipe é composta por residentes de Medicina da Família. Aqui, podemos formá-los para a atenção primária com qualidade e resolubilidade”, ressalta Vi-viane Jacob, Médica Preceptora da clínica.

Os residentes cumprem uma carga-horária

de 20 horas semanais e são acompanhados pelos preceptores. Todas as atividades inerentes ao trabalho médico na unidade são feitas por eles, como atendimento aos pacientes, visitas domiciliares e parti-cipação em grupos educativos.

Pesquisas realiza-das pelo Instituto Bra-sileiro de Administra-ção Pública e Apoio Universitário do Rio de Janeiro (IBAP-RJ) comprovam essa qualidade no atendi-mento. Mais de 96% da população apro-vam os serviços pres-

tados nas clínicas da família administra-das pelo IABAS.

O levantamento também aponta que 89,6% das pessoas afirmaram estar sa-tisfeitas com o atendi-mento recebido e que 84,4% destacaram a facilidade em marcar visitas médicas.

Para Cristina Boa-retto, Superintenden-te Médica do IABAS, o modelo OSS é o grande responsável por levar essa quali-dade e promoção da saúde com excelên-cia para a população. “Através de progra-mas de atenção bási-

ESF no IABAS

Unidades administradas: 64Total da população coberta pela ESF: 834.900Equipes de Saúde da Família: 262Equipes de Saúde bucal: 113Total de Colaboradores: 4.484

HEALTHCARE Management 33 novembro | dezembro 2014 healthcaremanagement.com.br 93

ca em saúde somos capazes de resolver pro-blemas menos complexos, mas que, se não tratados, podem causar grandes gastos aos cofres públicos. Além disso, proporcionamos prontamente tudo o que é necessário naquele exato momento, desde materiais até profissio-nais qualificados, sem ter que passar pelas bu-rocracias de um serviço público.”

Comunicação direta com o colaboradorManter a excelência na assistência, preven-

ção e promoção à saúde requer a dedicação e qualificação das equipes envolvidas. Neste contexto, a valorização de pessoas é um dos pilares principais na gestão adotada.

Para tanto, o instituto possui um canal de comunicação direto com o colaborador, onde ele pode fazer suas exigências, tirar dúvidas

e, assim, ter todas as ferramentas neces-sárias para que seu trabalho seja desem-penhado da melhor forma possível.

“Além desse diálo-go, também investi-mos na capacitação e treinamento de nossa equipe. Só com pro-fissionais motivados e engajados consegui-mos levar qualidade de atendimento para a po-pulação”, ressalta Ga-briela Costa, Diretora de Gestão de Pessoas. H

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Fatores de sucesso para a implementação de prontuários eletrônicos

Os gestores da área de saúde têm vá-rios questionamentos sobre qual é o melhor modo de administrar seu

negócio. As dúvidas mais comuns tratam do porque alguns projetos não alcançam os objetivos planejados, do motivo pelo qual algumas implementações demoram mais que o inicialmente definido ou a ra-zão de alguns orçamentos estourarem.

Apesar de disporem de tantas metodolo-gias e padrões de gerenciamento de pro-jetos, sabemos que não existe uma fórmu-la para o sucesso, a chamada “receita de bolo”. Provavelmente, porque as respos-tas já conhecidas muitas vezes não são li-das, seguidas e aprendidas. Ou então por não ser fácil para as organizações assu-mirem erros cometidos e transformá-los em oportunidade para se atingir as metas estabelecidas. O segredo é entender, mo-nitorar, controlar e rever os planejamentos aprovados e ainda entender onde houve falha, postura que implica em maturidade organizacional.

É importante que o gestor compreenda que errar faz parte de qualquer processo decisório e que não existe resolução com 100% de acerto. Monitorar com firmeza os caminhos escolhidos, assumir que al-gumas diretrizes podem não ter sido as melhores e redesenhar novos modelos no intuito de atingir os resultados esperados são as partes mais difíceis. Para isso, é es-

sencial ter como base alguns fundamen-tos sólidos. São eles:

Escolha das pessoas certasÉ primordial que a escolha de toda a

estrutura organizacional do projeto seja bastante criteriosa, reunindo os profissio-nais mais capacitados para a missão, nos diversos níveis hierárquicos. As equipes operacionais precisam estar vinculadas aos processos que serão impactados, sendo responsáveis pela elaboração de documentos mais específicos, como, por exemplo, scripts de testes, treinamento, homologação. Assim, ao formar comitês executivos, responderão por tomadas de decisão em situações críticas, que devem impactar nas dimensões de gestão de mu-dança, custo ou prazo do projeto.

Identificar os principais patrocinadores ou mesmo os formadores de opinião e tê-los como aliados na iniciativa são ele-mentos que também auxiliam no sucesso do projeto. Já no caso da mudança de tec-nologia deve-se dar uma abordagem top-down, que consiste na formulação de uma visão geral do sistema, partindo de uma instância final para a inicial, como uma engenharia reversa, em que cada nível vai sendo detalhado, do mais alto ao mais baixo, de forma a se chegar às especifica-ções dos níveis mais básicos do elemento abordado, vinculada ao planejamento es-

Artigo | nubia Viana

Nubia Viana

Country Solution Manager para o segmento Enterprise IT da Agfa Heatlhcare

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tratégico da organização. Sem o envolvi-mento direto das diretorias, a mensagem de transformação pode não ficar clara em todos os níveis organizacionais.

Processos bem modeladosTransformar fraqueza em oportunidade

deve ser um lema para as organizações de saúde. As instituições que atuam nesse se-tor são, por natureza, orgânicas e mudam conforme as necessidades do mercado, motivadas por diversas razões de caráter regulatório, aprimoramento, adoção de no-vas tecnologias, implantação de novos ser-viços, aspectos epidemiológicos e aporte de conhecimento. Deste modo, processos que hoje funcionam, podem não ter o êxito esperado se não forem devidamente ajus-tados pelas mudanças sofridas.

Imaginar que os processos que dão cer-to sem a inserção de tecnologia da infor-mação (TI) serão similares, no entanto, é um erro comum. A TI vem para provocar mudanças que passam por adequação. Ter um novo olhar sobre a instituição, a forma como ela trabalha, o que se alme-ja aperfeiçoar, onde se pretende reduzir desperdícios, o que se espera melhorar em produtividade, passa pela revisão dos métodos aplicados. Um exemplo comum desta prática é a informatização dos docu-mentos em papel no meio eletrônico.

Padronização do conteúdo clínicoUniformizar a forma como a instituição

utiliza a nomenclatura da área de saúde e procurar adotar padrões existentes é um passo importante e precisa ser tratado como uma das metas da implementação do prontuário eletrônico.

A padronização do conteúdo clínico traz inúmeros benefícios, que facilitarão ou funcionarão como catalizadores para o mercado de saúde:

a. InteroperabilidadeAlgumas definições1:“Intercâmbio coerente de informações e

serviços entre sistemas. Deve possibilitar a substituição de qualquer componente ou produto usado nos pontos de interligação por outro de especificação similar, sem comprometimento das funcionalidades do sistema.” (governo do Reino Unido).

“Habilidade de dois ou mais sistemas (computadores, meios de comunicação, redes, software e outros componentes de tecnologia da informação) de interagir e de intercambiar dados de acordo com um método definido, de forma a obter os re-sultados esperados.” (ISO).

“Interoperabilidade define se dois com-ponentes de um sistema, desenvolvidos com ferramentas diferentes, de fornece-dores diferentes, podem ou não atuar em conjunto.” (Lichun Wang, Instituto Euro-peu de Informática – CORBA Workshops).

As instituições de saúde passaram, ao longo dos últimos anos, a adotar dife-rentes sistemas, obviamente motivadas por necessidades distintas. A exigência, aliada ao avanço tecnológico, influencia essas organizações a tornar os sistemas integrados, permitindo um trabalho inte-roperável.

É importante acrescentar que esse pro-cesso permite às instituições de saúde, não somente modificarem seus sistemas atuais, mas também reconsiderar os sis-temas legados integrados entre si. O que deixa clara a necessidade de se definir

1http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/e-ping-padroes-de-interoperabilidade/o-que-e-interoperabilidade

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Artigo | nubia Viana

padrões, sendo condição sine qua non para tornar viável a interoperabilidade.

b. Base de conhecimentoA adoção de padronização do conteúdo

clínico facilitará às instituições que iniciam seus processos de informatização, bem como aquelas que já aderiram ao TI como ferramenta integrante ao modelo de negócio, formando uma base de conhecimento mais sólida, estruturada, consolidada e compará-vel com as de outras instituições.

Vale salientar que alguns padrões já são co-nhecidos de longa data no mercado mundial, mas sua prática vem sendo impulsionada principalmente pela aceleração no sistema de implantação dos prontuários eletrônicos como ferramenta que traz benefícios de fato quantitativos. Seguem alguns deles:

1. SNOMED CT (Systematized Nomen-clature of Medicine -- Clinical Terms)2

2. LOINC (Logical Observation Identi-fiers Names and Codes)3

3. HL7 (Health Level 7)4

4. TISS5 Outro elemento importante nesta discussão

é a portaria do Ministério da Saúde, que de-fine os catálogos de padrões de informação.

Alinhamento das expectativasAlinhamento dos objetivos e dos resultados

esperados, não somente do ponto de vista de planejamento estratégico, mas também sob a perspectiva do impacto operacional, permitem entender e visualizar o projeto em longo prazo. Esses elementos devem passar pelo entendimento correto de onde a “régua” da expectativa se encontra.

Haverá necessidade de modificação de processo? Novas atribuições serão criadas? Quais e como os usuários serão afetados? Haverá algum impacto negativo? O plano de comunicação foi definido? Qual o público alvo envolvido pelo treinamento? Os concei-tos incluídos no processo foram entendidos pela organização?

O papel da gestão de mudanças é chave e o alinhamento das expectativas tem que passar pelo chamado “tripé da gestão de mudanças”.

Vale ressaltar que tais elementos são co-

2http://www.ihtsdo.org/snomed-ct/3http://loinc.org/4http://www.hl7.org/5http://www.ans.gov.br/espaco-dos-prestadores/tiss

Impactooperacional

Treinamento

Comunicação

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Comparação Valor Proposta x Resultado Geral

nhecidos, porém, por vezes, negligenciados, tanto quanto a sua importância em implanta-ções de projetos, como fator de sucesso.

Processo de escolha da soluçãoMuitas vezes, há ainda outras considera-

ções que geram muitas dúvidas, como, por exemplo: qual a melhor solução do merca-do? Será este o questionamento correto? Ou ainda para qual é a melhor solução que deve atender minha instituição?

Isso porque, quem conhece as necessida-

des deveria direcionar o método de escolha da solução para os seguintes itens: os processos que precisam de incremento, ter uma visão de longo prazo (associada ao planejamento estra-tégico) e adequada das dimensões e como es-tas impactam no processo de decisão.

Tendências e “modismos” devem ser evi-tados. Não que eles não possam ser levados em consideração, mas devem ter o peso cor-reto durante a definição. Algumas ferramen-tas precisam ser utilizadas para melhor auxi-liar neste processo.

Figura 1 – Ranking de classificação baseado em dimensões com ponderadores, de acordo com a importância do ponto de vista de negócio, de cada dimensão versus valor das propostas.

Figura 2 – Visão gráfica dos proponentes, considerando Ranking Geral (Eixo Y – dimensões técnica, funcional e requisitos do fornecedor) versus Valor da Proposta (Eixo X).

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Valor da proposta (R$) Milhões

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Figura 3 – Análise das condições do fornecedor – “Saúde financeira” dos proponentes.

Considerações finaisOutros elementos carecem ser somados aos

anteriormente descritos, no entanto, quando se faz revisão literária, lições aprendidas e de-poimentos das instituições, tais fundamentos sempre surgem como influenciadores diretos no sucesso ou insucesso do projeto.

Vale a pena ponderar sobre as dimensões examinadas e encarar que planejar não é perder tempo. Ou seja, acelerar o processo

decisório, sem ter claro se todas as pergun-tas formuladas foram respondidas com exa-tidão e compreender se o passo a ser dado não é maior do que o que a organização está preparada para dar, são fundamentais. Mini-mizar riscos é sempre uma boa prática. Para isso, é imprescindível conhecer o que se de-seja planejar no processo de gestão na área de saúde. H

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Mercado

I Fórum Healthcare Business e “Excelência da Saúde” reúnem gestores para debater tendências e aplaudir cases de sucesso

Coroando o presente e discutindo o futuro

UUm encontro de CEOs, CIOs e outros ges-tores da saúde para debater novos rumos da Saúde no Brasil, bem como aplaudir as institui-ções eleitas “Excelência da Saúde” pela revista Healthcare Management. Assim foi o I Fórum Healthcare Business, evento realizado pelo Grupo Mídia, em São Paulo.

Foram dois dias de debates com palestras sobre diversos temas pertinentes à comuni-dade da saúde. O debate sobre o impacto das TICs na gestão de excelência dos hospitais e clínicas contou com a participação de David de Oliveira, Gerente Corporativo de TI no Hospi-tal Sepaco; André Almeida, Presidente ABCIS;

Jacson Barros, CIO do Hospital das Clínicas de São Paulo; e Avi Zins, Colunista da re-vista HealthCare Ma-nagement.

O módulo teve como encerramen-to o “Papo de Líder” com Valdir Ventura, CEO do Grupo São Cristóvão; e Severi-no Benner, Presiden-te da Benner. Foi um

momento em que os executivos puderam dialogar sobre as tendências e evolu-ção das tecnologias.

Logo após foi re-alizado o painel so-bre “Planejamento Estratégico como fonte de resultados”. Participaram do de-bate Gonzalo Vecina Neto, Superinten-dente Corporativo do

Hospital Sírio-Libanês; Ko Chia Lin, Diretora do Hospi-tal Sino Brasileiro; e Valdir Ventura, CEO do Grupo São Cristovão Saúde.

E para encerrar o primei-ro dia, o “Papo de Líder” foi com o coordenador de Acreditação do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), José de Lima Val-verde Filho.

No segundo dia, foram re-alizados os debates sobre Saúde Pública e Arquitetu-ra e Engenharia da Saúde. O primeiro teve a partici-pação de Mario Vrandecic, Fundador do Biocor Institu-to; Jairo Martins, da Funda-ção Nacional de Qualidade; Luis Márcio de Araújo Ra-mos, Superintendente do Hospital Márcio Cunha. A deputada estadual de São Paulo, Sarah Munhoz, foi quem mediou o debate.

Em seguida, o “Papo de Lí-der” foi com Rodolfo More, Presidente da ABClin, que falou sobre a importân-cia da Engenharia Clínica na gestão hospitalar e as ações da associação de re-gulamentar a profissão.

Já no debate sobre Arqui-tetura e Engenharia, parti-ciparam Giovanni Guastelli, Supervisor de Estrutura Hospitalar no Hospital Ale-mão Oswaldo Cruz; Antonio Carlos Cascão, Diretor de Obras do Hospital Sírio-

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1- Módulo sobre o “Im-pacto das TICS na ges-tão de excelência dos hospitais e clínicas”.

2- Módulo sobre Saú-de Pública.

3- Módulo sobre “Ar-quitetura e Engenha-ria na Saúde”.

4- Módulo sobre “Planejamento Estra-tégico como fonte de resultados”.

5- Papo de Líder com José de Lima Valver-de Filho, do CBA.

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-Libanês; Adriana Leite Chaves Quintela, Su-perintendente de Ges-tão do Hospital Márcio Cunha; Cibeli Bargna-to, Arquiteta do Hospi-tal São Cristóvão; Ana Paula Peres, Vice-pre-sidente Executiva da ABDEH; e Ko Chia Lin, Gestora do Hospital Sino Brasileiro.

No final, o público conferiu um bate-papo entre Salim Lamha, Di-retor da MHA Engenha-ria, e Jorge Alberto Lo-pes Fernandes, Diretor da Coordenadoria Geral de Administração do Estado de São Paulo.

Cases de sucessoAlém dos debates

e do “Papo de Líder”, o I Fórum Healthcare Business também deu espaço para apresenta-ção de cases de suces-so durante os dois dias de evento.

Sobre Tecnologia, a Agfa Healthcare apre-sentou o projeto de Teleradiologia e Infor-matização da Rede Hos-pitalar da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas – SUSAM. Já sobre gestão, o Institu-to de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Ia-bas), apresentou para

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o público a sua atuação em mais de 60 unidades de saúde no Estado do Rio de Janeiro.

A Arquitetura e Enge-nharia ganharam dois cases de sucesso. RAF Arquitetura e Zanetti-ni Arquitetura mostra-ram para o público seus principais projetos e a trajetória de sucesso dos escritórios.

Excelência da SaúdeNo último dia do I Fó-

rum Healthcare Business foi realizada a cerimônia de premiação às institui-ções eleitas “Excelência da Saúde” pela revis-ta Healthcare Manage-ment. São 39 hospitais elencados em 13 catego-rias, entre elas Tecnolo-gia, Atendimento ao Pa-ciente, Sustentabilidade, Recursos e Suprimentos, entre outros.

“Nosso objetivo é unir, cada vez mais, a comu-nidade da saúde e po-der proporcionar, além de um conteúdo inova-dor em todas as nos-sas publicações, alguns momentos como este, em que estamos reu-nindo gestores e gran-des players do mercado para coroar a excelên-cia dessas grandes ins-tituições. Afinal, quem

6- Da esquerda para direita: Jairo Martins, da FNQ; Mario Vrandecic, do Biocor Institu-to; a deputada estadual Sa-rah Munhoz; e Luis Ramos, do Hospital Márcio Cunha.

7- Edmilson Jr. Caparelli, Presidente do Grupo Mídia.

8- Paulo Henrique Fraccaro, Superintendente da ABIMO.

9- Papo de Líder com Seve-rino Benner, da Benner Solu-tions; e Valdir Ventura, CEO do Grupo São Cristóvão.

10- Papo de Líder com Ro-dolfo More, Presidente da ABEClin.

11- Nubia Viana, da Agfa Healthcare.

12- Papo de Líder com Salim Lamha, da MHA Engenharia; e Jorge Fernandes, da Coor-denadoria Geral do Estado de São Paulo.

13- José Carlos Rizoli, Presi-dente do INDSH.

14- Hospital Madre Teresa e Hospital Márcio Cunha.

15- Mario Vrandecic do Bio-cor Instituto e Valdir Ventura do Grupo São Cristóvão.

16- José Laska, CEO da Agfa Healthcare, e Ko Chia Lin, Diretora do Hospital Sino--Brasileiro.

17- José Carlos Rizoli e Már-cia Mariane do INDSH.

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aposta na qualidade e inovação merece a nossa homena-gem”, afirma Ed-milson Jr. Caparelli, Presidente do Gru-po Mídia.

Além das institui-ções eleitas “Excelên-cia da Saúde”, o gran-de homenageado da noite foi Instituto Na-cional de Desenvol-vimento Social e Hu-mano (INDSH) pela gestão ambiental que realiza nas unidades que administra. A or-ganização social sem fins lucrativos é um grande exemplo de como é possível ge-rir uma unidade hos-pitalar, conciliando bons resultados com a preservação do Meio Ambiente em que atua.

Durante o evento, os gestores conce-deram entrevistas exclusivas ao Saúde Online em que fala-ram sobre a home-nagem realizada e também as próximas estratégias da gestão para manter e apri-morar a qualidade nos procedimentos e no atendimento ao paciente. H

18- Hospital Márcio Cunha, Sírio-Libanês e São Joa-quim Maternidade e Hospi-tal, vencedores na catego-ria Arquitetura.

19- Da esquerda para direi-ta: José Maria Lasry, Geren-te-geral da HOSPITALAR; Paulo Fraccaro, da ABIMO; Edmilson Jr. Caparelli, do Grupo Mídia; Valdir Ventu-ra, do Grupo São Cirstóvão; Thomas Santos, da HOSPI-TALAR; e Paulo Ventura, do Grupo São Cristóvão.

20- Biocor Instituto, Grupo Santa Helena e São Cristó-vão, vencedores na catego-ria Tecnologia.

21- Hospital Alvorada e Hos-pital Paulistano, vencedores na categoria hotelaria.

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PeRFIL

Os desafios do setor e os esforços da ABECLin para regulamentação da profissão

engenharia Clínica

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O maior desafio da Engenharia Clínica no Brasil é...Vencer o desconhecimento que as pessoas têm sobre

o que fazemos e como fazemos. Para muitos, a Enge-nharia Clínica ainda é sinônimo de manutenção de equi-pamentos. Ainda não há um pleno entendimento de todo o processo de gestão dos equipamentos de saúde e que a manutenção, em si, é apenas uma das etapas deste amplo processo.

Para o processo de regulamentação da Engenharia Clínica...

Já foram dados vários passos rumo a esta conquista pela ABEClin no último ano junto ao Confea - Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Acreditamos que no próximo ano poderemos comemorar esta regula-mentação.

Os maiores desafios da saúde no Brasil estão rela-cionados a...

Pluralidade de culturas, hábitos e nuances típicas de um país com dimensões continentais como o nosso.

Como empresário, as minhas perspectivas quanto ao crescimento de nosso país...

É de que tenhamos um rápido retorno do ritmo de crescimento. Contudo, diante do cenário atual, se não forem feitas as tão sonhadas reformas administrativa e tributária não creio que seja possível crescer de forma sustentável a longo tempo.

Para uma empresa sobreviver no competitivo merca-do da saúde é preciso que...

Se invista na inovação. Esta é a palavra-chave para o su-

Presidente da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABEClin) e Diretor da Engebio Engenharia, Rodolfo More conta no espaço Perfil desta edição seu olhar sobre a Engenharia Clínica no país e os de-safios da regulamentação da profissão.

Além disso, More fala sobre suas perspectivas como executivo do setor, além da importância da inovação para a sobrevivência no mercado de saúde brasileiro.

cesso. A empresa que queira sobrevi-ver nesta área tem que estar focada e ter a flexibilidade para poder se adaptar a este mercado tão mutante. Portanto, manter-se atualizado é fundamental.

O caminho que levará ao sucesso ou ao fracasso...

Está intimamente ligado ao trata-mento e ao investimento que ela faz em seus colaboradores. As empresas são o que os seus colaboradores re-presentam, por isso a importância de uma eficiente gestão de pessoas.

Uma viagem inesquecível aconte-ceu...

No ano passado, quando fomos eu e a minha família para Orlando, visitar a Disney.

Meu maior exemplo de vida é...A minha avó materna, vó Mila, que

sozinha educou e criou três filhos, com garra e sem resignação, mesmo enfrentando as dificuldades de ser se-parada em meados dos anos 60.

A importância da família em minha formação profissional foi...

Fundamental, seja pelo exemplo de meus pais, irmãos e esposa. São pes-soas que me inspiram garra, determi-nação, comprometimento e, princi-palmente, de honestidade e ética.

Meus momentos de lazer...São dedicados ao meu filho Guilher-

me, de 10 meses. Sempre que possí-vel também pratico mergulho autôno-mo, esporte este que me faz desligar do mundo e poder conhecer um peda-ço maravilhoso deste mundo. H

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Desde 1999, com a publicação do Livro “Errar é Humano”, pelo IOM (Institute of Me-dicine), muito tem sido feito pela Segurança do Paciente e, embora estejamos longe de atingir os patamares que almejamos em re-dução de riscos e de eventos com dano ao paciente é inegável a evolução nessa área, especialmente nas instituições que con-seguiram criar uma Cultura de Segurança. A tendência óbvia de colocar toda ênfase da cultura de segurança em compreender e mitigar os riscos de eventos adversos na assistência aos pacientes, visto sua vulne-rabilidade, durante todos esses anos nos fez dedicar pouca energia e foco com a se-gurança e a saúde dos profissionais de en-fermagem. As consequências desse “apa-gão” são hoje percebidas e contribuem para níveis cada vez mais elevados de absente-ísmo e presenteísmo. Em ambos os casos; seja pela ausência do profissional no traba-lho, seja pela presença do profissional tra-balhando com dor, ou outra condição que afete sua saúde ou bem-estar; as consequ-

As recentes publicações sobre enfer-meiros contaminados com o vírus EBOLA e sobre a violência pratica-

da contra enfermeiros por pacientes em hospitais norte-americanos nos remetem a pensar na responsabilidade dos gestores com a segurança dos profissionais de en-fermagem que atuam nos hospitais.

A Enfermagem é uma profissão que exige dos profissionais preparos físico e psicoló-gico. Não se trata de uma das profissões mais perigosas, porém é fácil entender quanto o ambiente de trabalho e o próprio trabalho estão associados a ameaças à saú-de e ao bem-estar dos profissionais. A lista de causas e possíveis danos é extensa; de acidentes com agulhas a pérfuro-cortantes; danos ao sistema músculo-esquelético; ex-posição sem proteção adequada a agen-tes químicos perigosos, drogas, radiação; transmissão de doenças infecciosas; agres-sões, assaltos e ainda danos psicológicos associados ao estresse, fadiga, bullying e ambientes de trabalho conturbados.

Artigo Claudia Laselva

Claudia Laselva

Cultura de segurança: o momento de ampliar a visão

Gerente da Clínica Médica Cirúrgica do Hospital Albert Einstein

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enfermagem, mas sim a responsabilidade pela saúde física e mental dos colaborado-res, pensando no profissional como pessoa, importante para si, para sua família e para sua comunidade. Esse profissional precisa ter saúde para viver sua vida, para conti-nuar progredindo e, numa visão de futuro, continuar contribuindo para que a institui-ção seja cada vez mais produtiva e susten-tável e para entregar mais qualidade e Valor aos pacientes e à sociedade como um todo.

Esse breve texto vem corroborar com a ideia de que criar uma Cultura de Seguran-ça deve considerar uma dimensão única e inseparável, em três vertentes complemen-tares: Ambiente, Colaborador e Paciente. E se a grande parte dos danos que ocorre ao paciente na assistência pode ser prevenida, o mesmo vale para o profissional. H

ências serão um cuidado de enfermagem pobre, de baixa qualidade; cursando com erros de medicação, quedas de pacientes nos hospitais, úlceras por pressão, enfim, comprometendo a qualidade dos principais indicadores sensíveis da atuação da equipe de enfermagem. Embora não haja publica-ções no Brasil, os custos decorrentes dos danos causados aos pacientes, do desper-dício nos hospitais ocasionados por maior tempo médio de permanência em virtude desses eventos são consideráveis. Esti-mam-se nos Estados Unidos custos entre U$ 3 a 13 bilhões anuais, além dos custos previdenciários e de horas adicionais para cobertura de turnos. Mas não deve ser ape-nas a segurança do pacientes ou os custos associados que devem mover o gestor para a melhoria da segurança do profissional de

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Fazendo acontecer longe dos grandes centros do país

Nesta edição da revista Healthcare Management, Norte e Nordeste são os próximos locais a serem explorados pelo especial Regiões do Brasil. Nas páginas seguintes, o leitor poderá conferir exemplos de hos-pitais que driblaram as dificuldades financeiras mesmo estando longe dos principais eixos econômicos do Brasil.

Esses próximos cases também são grandes exemplos de como é pos-sível levar atendimento de qualidade para a população através de uma gestão de pessoas que investe na educação continuada de todo seu corpo clínico.

Os gestores também clamam por mudanças já notórias do setor. A defasagem da tabela SUS é muito questionada entre tais líderes. Ain-da assim, eles inovam para trazer sustentabilidade financeira à gestão, através de estratégias de sobrevivência e consolidação de parcerias para a execução de alguns serviços.

Além de buscar a saúde financeira das instituições, os gestores tam-bém correm atrás das tecnologias do setor, visando modernizar a ges-tão sempre que possível.

regiões do Brasil

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Líderes e Práticas | Especial Regiões do Brasil

Hospital da Paraíba busca acreditação investindo em aperfeiçoamento profissional e segurança

Atuando há 37 anos e especialista no tratamento de doenças cardiovascu-lares, neurológicas e ortopédicas, o

Hospital Memorial São Francisco, localizado na capital paraibana, investe constantemen-te no treinamento dos seus colaboradores e tecnologia para oferecer completos serviços médicos e hospitalares. Atualmente, a insti-tuição conta com 100 leitos, sendo 18 de UTI, 14 de enfermaria exclusivamente cirúrgicas e 68 apartamentos.

De acordo com o Diretor-administrativo do hospital, Cleiton Moradillo, a alta qualidade depende diretamente da garantia de recursos necessários aos gestores e colaboradores para que a prestação de serviços esteja dentro do padrão exigido. “Certamente outras ações ro-tineiras são importantes como, por exemplo,

Melhoria de processos

visitas diárias em to-dos os setores pelo gestor, principalmen-te adentrando aos apartamentos para ter contato direto com os pacientes e suas re-clamações, sugestões e elogios. Essa visita também é um meio para ter contato direto com os colaboradores e verificando onde e como podemos me-lhorar os processos operacionais”, afirma.

Para o diretor, um dos maiores desafios

da administração são as pessoas, já que a área de saúde exige dos profissio-nais características como cordialidade, presteza, agilidade, conhecimento e sere-nidade. “Contudo, o profissional está em uma área altamente estressante, com pes-soas exigindo tudo com brevidade e, principalmente, com a certeza de que não pode cometer erros no atendimento”, diz.

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Exemplos de

Qualidade

Para Moradillo, também cabe a esse profis-sional disseminar as suas diretrizes por meio da comunicação gerada para todos os setores e colaboradores de forma clara, objetiva e evi-tando ruídos entre os processos e, principal-mente, servindo como propagadores das in-formações. “A sustentabilidade da gestão tem como base a própria necessidade da experti-se do gestor, aliada a uma visão sistêmica dos processos da instituição e suas interfaces de maneira detalhada e concreta, tornando-as, com o passar do tempo, em uma credibilida-de gerencial”, afirma.

A gestão participativa faz com que colabo-radores sintam-se partes importantes das tomadas de decisões, diretrizes, processos e das metas gerenciais. “Consequentemente isso facilita para que as ações sejam analisa-das, implantadas, acompanhadas de forma permanente e contínua, havendo verificação e controle da sustentabilidade da própria ges-

tão preconizada”, diz.Ainda visando o co-

laborador como uma peça fundamental para qualidade, ele afirma que o aperfei-çoamento profissio-nal é fator indiscutível em todas as áreas, porém de maneira ainda mais necessá-ria na área hospitalar, pois trabalha com a saúde das pessoas. “O nosso corpo clíni-co participa de reuni-ões periódicas para análise de case, trei-namentos, aperfeiço-amento profissional e trocas de expertise

entre especialida-des. Também são feitos treinamentos periódicos e contra-tação de consulto-rias”, afirma.

Atualmente, a ins-tituição formata um programa de capaci-tação e treinamento em parceria com o Instituto Felipe Ku-mamoto e conselhos como o COREN, bus-cando o aprimora-mento dos profissio-nais, otimizando-os, principalmente em cursos mais direcio-nados às necessida-des operacionais.

A sustentabilidade da gestão tem como base a própria necessidade da expertise do gestor, aliada a uma visão sistêmica dos processos da ins-tituição e suas interfaces de maneira detalhada e concreta, tornando-as, com o passar do tempo, em uma cre-dibilidade gerencial.

Cleiton Moradillo, Diretor-administrativo do Hospital

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Líderes e Práticas | Especial Regiões do Brasil

Balança favorávelHospital cearense traça estratégias na gestão de custos sem deixar de investir na capacitação profissional

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Exemplos de

Qualidade

Primando pela qualidade na as-sistência desde sua fundação, em 1991, o Hospital Otoclínica

aposta no alinhamento de sua equi-pe com a gestão do negócio para assegurar a excelência e resolutivi-dade dos atendimentos em saúde. A instituição traça este caminho para manter o alto padrão, além de adotar procedimentos que mante-nham a gestão racional dos custos.De acordo com a administradora

do hospital, Tânia Miranda, os obje-tivos da instituição são alcançados por meio do planejamento estra-tégico, essencial para o direciona-mento e cumprimento das metas através da participação de todos os gestores do hospital. “Assim todos sabem qual é o rumo a ser seguido e qual o objetivo a ser atingido”, diz.Para Tânia, o maior desafio na

gestão é possuir bons acordos com operadoras de saúde, principal fonte pagadora. Ela acredita que o ideal é buscar uma forma em que todos tenham ganhos resultantes por seus trabalhos, sem esquecer da qualidade da assistência ao pa-ciente. “As operadoras estão se tor-nando muito grandes e devido às aquisições e fusões o poder de bar-ganha do hospital diminui, gerando uma batalha constante”, afirma.

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Líderes e Práticas | Especial Regiões do Brasil

Constantes melhorias

Localizado na capital cearen-se, o hospital é parceiro de uma universidade para garantir a qualificação de seus profissio-nais na área da saúde, laborató-rios e administrativos. O hospi-tal planeja agora uma parceria com uma instituição internacio-nal para o desenvolvimento de práticas de enfermagem.

A preocupação com o apri-moramento também inclui a sustentabilidade ambiental, já que a instituição possui uma comissão pautada de acordo com o Plano de Gerenciamen-to de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). O objetivo é implantar ações como a se-gregação de resíduos sólidos e treinamento de colaborado-res para a questão ambiental. “Dentro desta segregação te-mos um plano de reversão de recicláveis que serão comer-cializados e revertidos para os colaboradores como forma de incentivo e conhecimento por serem parceiros do hospital e amigos do meio ambiente”, diz.

A instituição também busca conhecer as melhores evidên-cias científicas. Com isso e a partir do diagnóstico situacional é possível planejar a capacita-ção dos profissionais e inseri--los nos programas de educa-ção permanente. “Isso é feito de acordo com o perfil epidemioló-gico dos pacientes internados no local”, afirma.

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Exemplos de

Qualidade

Segurança e Gestão de Riscos

Com altos investimentos em tecnologia, o hospital busca implantar ações e adquirir no-vos equipamentos de acordo com o planeja-mento estratégico e necessidade de cada es-pecialidade para que os instrumentos sejam complementos importantes para o alto pa-drão e segurança na instituição.

De acordo com a gestora, a segurança é o pilar do negócio e, por isso, deve estar intrín-seco na gestão. Entre os projetos implanta-dos na instituição estão o acompanhamento do médico do trabalho, vacinas, ergonomia e suporte psicológico.

No que diz respeito ao paciente, são toma-das medidas como a aplicação de processos

multidisciplinares, im-plementação de pro-tocolos de segurança, mensuração de indi-cadores da qualidade e sinalização visual.

Para planejar a ges-tão de riscos, Tânia afirma que é necessá-rio entender a situação, identificar e analisar problemas e ameaças possíveis, além de de-finir como monitorar tais questões.

A administradora ainda acredita que o projeto de gestão sobre o tema pro-porciona a adoção de regras mais cla-ras, diminuição de perdas financeiras e deficiências opera-cionais, revisão de processos, definição de papéis e respon-sabilidades, e preser-vação da imagem do hospital.

As operadoras estão se tornando grandes e devido às aquisições e fusões o po-der de barganha do hospital diminui, gerando uma batalha constante.

Tânia Miranda, Administradora do Hospital Otoclínicas

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Líderes e Práticas | Especial Regiões do Brasil

Santa Casa de Fortaleza investe em profissionais para intensificar a segurança de pacientes

Atualização profissional, qualidade na infraestrutura, equipamen-tos de ponta e um relacionamento próximo com clientes são alguns dos fatores que fazem da Santa Casa de Fortaleza ser

referência em atendimento de alto padrão. A gestão da instituição mantém sua qualidade procurando deixar

seus colaboradores satisfeitos e, consequentemente, oferecer o que é esperado pelos clientes. No ponto de vista de investimentos, o hospi-

a missão de Cuidar

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Exemplos de

Qualidade

tal procura oferecer o que há de melhor em equipamentos para garantir a oferta de melhores serviços essenciais ao atendi-mento de excelência.

Segundo o Provedor da insti-tuição, Luiz Marques, o proces-so de reestruturação da Santa Casa incluiu três planejamentos estratégicos. O primeiro foi pre-cedido de uma completa audito-ria na instituição, contribuindo para o que o hospital é hoje. Os demais foram complementando o anterior, mantendo a preocu-pação de posicionar a institui-ção ao mercado. “Seguiu-se os modelos tradicionais de plane-jamento e as necessidades de mudanças foram divididas em cinco áreas de atuação: tecnolo-gia e infraestrutura, organização e gestão, recursos humanos, equilíbrio financeiro e qualidade no atendimento”, afirma.

Para Marques, as ferramen-tas de gestão utilizadas foram práticas, com facilidade de in-ternalização pela instituição e que proporcionaram resultados consistentes e duradouros. Ele acredita que a partir do momen-to que esses padrões são com-preendidos e assimilados por todos, o modelo se torna autos-sustentável. “Eficácia sem efici-ência é sinônimo de vida curta para a instituição. Procurar pres-tar o melhor atendimento des-

vinculado de uma extrema preocupa-ção com processos racionais e enxuto não é salutar. As ex-pectativas dos clien-tes, sejam internos ou externos, devem ser atendidas dentro de uma racionalida-de. No mais, é man-ter uma cultura de disciplina nos custos, racionalidade no uso dos recursos, evitar os desperdícios e ter a consciência de que o nosso paciente é a razão de nossa exis-tência”, diz.

Com esse pensa-mento primando pela sustentabilidade é possível, cada vez mais, investir em tec-nologia, forte aliada na gestão e no aten-dimento ao paciente. “É impossível fazer medicina ou gerir uma instituição de saúde sem realizar os investimentos neces-sários em tecnologia. Não temos uma polí-tica específica para definir o percentual de nosso faturamen-to para investimen-

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Quando se vislumbra que estamos inseridos em um contex-to de receitas limitadas, visto que o SUS ainda é nosso maior cliente, a curto prazo nosso desafio é a sobre-vivência.

Luiz Marques, Provedor da Santa Casa de Fortaleza

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tos em tecnologia, porém, anualmente, de acordo com a demanda, investimos na mo-dernização de nossos equipamentos de su-porte à gestão e naqueles que proporcionam a melhor relação custo x benefício no atendi-mento”, afirma.

Atualmente, o hospital está ampliando o nú-mero de equipamentos de cirurgias por vídeo, tendo em vista que eles reduzem os riscos durante e no pós-cirurgia, diminuindo a per-manência dos pacientes no hospital, além de tornarem as experiências menos traumáticas.

Também buscando o benefício aos pa-cientes, a instituição acredita que a qua-lificação da mão de obra é um processo contínuo. Para tanto, há financiamentos de cursos de graduação e pós-graduação para os gestores. Espe-cificamente na área

de saúde, existe um programa interno de educação continua-da para enfermeiros e técnicos de enfer-magem. Para os co-laboradores, parce-rias com instituições de ensino que ofere-cem descontos em diversos cursos.

Marques também

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Exemplos de

Qualidade

Atualmente, o hospital possui uma gerência de risco, órgão que ampliou o raio de ação na área de segurança. Sua missão é gerenciar de maneira proativa as variáveis condicionantes de riscos, mitigando as possibilidades de sua ocorrência. “Desde sua implantação, todos os insumos adquiridos pelo hospital submetem--se à homologação da gerência. Reformas na estrutura física e aquisição de equipamentos de uso hospitalar também contam com a sua participação. Tudo que possa expor colabo-radores e pacientes a riscos são objetos de

Para Marques, o maior desafio na ad-ministração do hospi-tal é sobreviver tendo o Sistema Único de Saúde (SUS) como principal cliente. “Quando se vislumbra que estamos inseri-dos em um contexto de receitas limitadas, visto que o SUS ainda é nosso maior cliente, a curto prazo nosso desafio é a sobrevi-vência. Em médio pra-zo é reduzirmos essa dependência e a lon-go prazo invertermos essa lógica para que as receitas do SUS se-jam apenas um com-plemento”, afirma.

Segurança e Gestão de Pessoas

Desafiosatenção”, diz.O provedor também

afirma que a preocu-pação da instituição transcende o aspec-to físico, por isso o investimento em medidas para aliviar o estresse dos pro-fissionais. Entre elas estão um local para descanso dos colabo-rares após o almoço, realização de sessão de cinema, passeios em parques de diver-sões e festas em da-tas comemorativas. “Todas as ações têm como objetivo dar tranquilidade e segu-rança aos colabora-dores para que isso se reflita no atendi-mento prestado.” H

cita o governo federal e estadual como im-portantes parceiros, assim como entidades locais, como a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e outras empresas que pontualmente colaboram em projetos especí-ficos. “Aproveitando a vocação que o hospital tem para o ensino, temos também parcerias com faculdades da área de saúde que utilizam as estruturas do hospital para estágios, prin-cipalmente em enfermagem e medicina” diz.

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Instituição de Pernambuco é pioneira na região Norte e Nordeste em buscar acreditação

Fundado desde 1979 e em processo de acreditação desde 2008, o Hospital Santa Joana, localizado no Recife, foi

a primeira instituição do Norte-Nordeste a buscar um serviço de assistência à saúde que segue rigorosos padrões internacionais de segurança e qualidade. Atualmente, a instituição é certificada pela Joint Commis-sion Internacional (JCI).

De acordo com o Diretor-administrativo do hospital, Marcelo Vieira, a essência de cons-tantes investimentos em equipes, tecnologia, melhorias dos processos administrativos/operacionais e de infraestruturas está en-raizada desde a fundação. “O hospital foi o primeiro a ter UTI privada no Estado, assim como plantão 24 horas em todas as especia-

Cultura da Qualidade

lidades. Isso nos leva a investir incessante-mente em melhorias que garantam a quali-dade e segurança as-sistencial”, afirma.

Para Vieira, o selo coroa a cultura do hospital em desen-volver a qualidade com monitoramento permanente dos pro-cessos e otimização dos recursos. Entre as ações também estão adequações e aplicações dos pa-

drões internacionais à prestação de ser-viços e o desenvol-vimento e retenção de talentos para a manutenção e me-lhoria contínua dos processos. “A acre-ditação representa um reconhecimen-to internacional dos nossos serviços prestados e do com-promisso de todos do hospital, sejam pacientes ou fami-liares, colaborado-

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Exemplos de

Qualidade

EstratégiasDesde 2009, a instituição conta com o apoio

de uma consultoria para a condução do pro-cesso de seu planejamento estratégico. Duran-te o período de reformulação, foram revisadas a visão, missão e valores, definindo as ques-tões prioritárias a serem acompanhadas pela

res, e da sociedade de um modo geral”, diz. A parceria com outras instituições vai ain-

da mais longe, já que o hospital é cofundador da Associação Nacional de Hospitais Priva-dos (Anahp). “Mais do que uma associação, a Anahp é um centro de excelência e de inteli-gência gerencial, em que o hospital comparti-lha informações interagindo com as principais referências de saúde do país”, afirma.

alta gestão nos anos seguintes. “As medi-das foram desdobra-das até o nível ope-racional, por meio do Gerenciamento pelas Diretrizes e Gerencia-mento da Rotina. O modelo adotado per-petua até os dias atu-ais, sendo revalidado anualmente”, diz.

Na administração, Vieira afirma que a maior tarefa é aprimo-rar a excelência em qualidade e segurança de maneira equilibra-da aos custos. Outros

Os incidentes são classificados e os planos de ação são definidos junto ao gestor da área. A Seguran-ça do paciente, em todas as áreas do hospital, é nosso foco e maior objetivo.

Marcelo Vieira, Administrador do Hospital Santa Joana

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desafios citados são a implantação de pa-drões internacionais de qualidade e segu-rança respeitando a legislação e cultura lo-cal, otimização e foco em resultados com capacitação constan-te e desenvolvimento funcional. Para o ad-ministrador, também é importante ter o total apoio da presi-dência e de direto-res envolvidos para a evolução e execu-ção de todos os pro-cessos.

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Investimento e Aperfeiçoamento Profissional

Mudanças

Vieira acredita que a tecnologia é uma im-portante parceira na qualidade e segurança dos serviços prestados, pois a padroniza-ção e automatização dos processos mini-mizam as possíveis falhas humanas. “Entre as melhorias instaladas estão a prescrição

Recentemente, toda a estrutura física de pessoas e processos do setor de Multie-mergência passou por mudanças, in-clusive com a implan-tação de um novo sistema.

De acordo com Vieira, as inovações incluem a ampliação da recepção, estru-turação da área de avaliação inicial, se-paração das áreas de atendimento e ob-servação por nível de gravidade, aumento em torno de 50% no número de leitos disponíveis para ob-servação, revisão da estrutura funcional, implantação do pron-tuário eletrônico e de novas ferramentas para o acompanha-mento dos pacientes em atendimento.

Segurança

Visando garantir a segurança de pacientes e colaboradores, a instituição implantou pro-tocolos assistenciais gerenciados para asse-gurar um padrão elevado e uniformizado. “As medidas incluem a utilização de prontuário eletrônico e prescrição eletrônica, implanta-ção da rastreabilidade de medicamentos des-de a farmácia até a aplicação no leito com a utilização de palm tops”, afirma.

Ainda de acordo com Vieira, na gestão de riscos o hospital possui três frentes de tra-balho. Entre elas, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), Segurança Assis-tencial e Segurança Ambiental. As ações são preventivas e corretivas. No primeiro caso, o risco é identificado antes de incidentes por meio de visitas aos setores para que exista uma melhoria dos processos e dos ambien-tes. “Monitoramos protocolos de segurança do paciente como queda, flebite, úlcera por pressão e pacotes preventivos de infecção para dispositivos invasivos”, diz.

No caso das ações corretivas, elas ocorrem por meio de notificações dos setores do hos-pital e pela busca ativa da própria equipe de risco nas unidades. “Os incidentes são classifi-cados e os planos de ação são definidos junto ao gestor da área. A segurança do paciente, em todas as áreas do hospital, é nosso foco e maior objetivo”, afirma.

eletrônica em subs-tituição a prescri-ção manual, uso de prontuário eletrôni-co em substituição ao prontuário ma-nual, divulgação de resultados de exa-mes online, rastrea-bilidade de medica-mentos, sistema de Gerenciamento de Indicadores, Tecno-logia RFID para con-trole de materiais e para monitoriza-ção dos pacientes em atendimento na emergência, entre outros”, diz.

Segundo o admi-nistrador, o aperfei-çoamento profissio-nal também é foco de importantes in-vestimentos da ins-tituição. “A educa-ção continuada é a fonte vital para evo-lução dos processos e promoção da se-gurança, eficiência e qualidade assisten-cial”, afirma.

Entre tais ações, estão a estrutura de treinamento inter-nos, externos e e--learning, além do Serviço de Educa-

ção Continuada, que promove o desen-volvimento e qualifi-cação dos profissio-nais.

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Exemplos de

Qualidade

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Procedimentos de Segurança, análise de ambientes interno e externo e o gerenciamento de risco bem definidos

Caminho de sucesso

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Exemplos de

Qualidade

No lugar do já extinto Hospital do SESI, surge entre inú-meros desafios o Hospital Memorial Arthur Ramos, em Maceió. Na época, a instituição carecia urgente-

mente de investimentos, já que os recursos alavancados pela capitalização não eram suficientes para cobrir as des-pesas operacionais e de custeio.

Quase duas décadas depois, o hospital apoia-se em prin-cípios de qualificação no pessoal, resolutividade médica, in-vestimento em tecnologia e na infraestrutura. É assim que o Arthur Ramos tem trabalhado para conquistar e manter o alto padrão de qualidade, sempre com apelo no aspecto de humanização e respeito ao paciente e aos parceiros.

Para se destacar no mercado, a instituição tem como prin-cípio um sólido planejamento estratégico. Em atual fase de reestruturação, essa ação do Arthur Ramos é baseada em pilares norteadores, como: análise dos ambientes interno e externo, pesquisa de opinião e de percepção da marca, de-finição de objetivos e metas, implementação da estratégia,

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monitoramento e controle. O planejamento realizado através de

ações e com auxílio de instrumentos orga-nizacionais não é o único destaque do hos-pital, que desenvolve métodos específicos para garantir a segurança a seus pacientes e funcionários.

“Alguns dos métodos utilizados no quesi-to segurança são o gerenciamento de riscos no leito, uso de tecnologias de segurança, protocolos, planos de prevenção de aci-dentes e educação contínua”, destaca José Lídio Nunes Lira, Presidente da MEDCOOP/Hospital Memorial Arthur Ramos.

Atrelado à segu-rança está o geren-ciamento de riscos em saúde, que é a aplicação sistêmica e contínua de políti-cas, procedimentos, condutas e recur-sos na avaliação de riscos e eventos ad-versos que afetam a segurança, a saúde humana, a integri-dade profissional, o

meio ambiente e a imagem institucio-nal, segundo visão do executivo.

“A assistência à saúde sempre en-volverá riscos, mas esses podem ser reduzidos quan-do os mesmos são analisados e com-batidos, evitando que sejam possíveis causas de eventos

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Exemplos de

Qualidade

O Hospital Memorial Arthur Ramos surge em meio a dificuldades e hoje assume o papel de uma das mais impor-tantes instituições de Alagoas.

José Lídio Nunes Lira,Presidente da MEDCOOP/Hospital Memorial Arthur Ramos

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adversos. No nosso hospital participam do comitê de Segurança na assistência à saú-de representantes dos diversos setores do hospital: assistenciais, técnicos e adminis-trativos”, enfatiza Lira.

Além de se preocupar com segurança e gerenciamento de riscos, a instituição tam-bém apoia sua gestão na sustentabilida-de. Para isso, atrelar a eficiência financeira com inovações tecnológicas tem sido o ca-minho seguido pela direção do Arthur Ra-mos, que busca diferenciar o atendimento com hotelaria moderna e confortável, alia-do à gestão de pessoas.

De acordo com o executivo, por se falar em

parte financeira vale destacar que o hos-pital tem uma rubri-ca orçamentária que aponta quanto será investido em pesso-as no exercício se-guinte. E no quesito tecnologia, existe um comitê técnico médi-co por especialidade que define quais os equipamentos/apare-lhos serão adquiridos com aval das direto-

rias. “As demais tec-nologias a empresa busca o princípio da padronização.”

Hoje, o mercado é o principal desa-fio do hospital, por ser privado e aten-der exclusivamente convênio e particu-lar, a instabilidade do sistema e regula-ção passa a ser um dos seus maiores obstáculos.

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Equilíbrio funcional das estruturas administrativas garante qualidade nos procedimentos da Santa Casa de Itabuna

A assistência médico-hospitalar pres-tada historicamente pela Santa Casa de Misericórdia de Itabuna é hoje

uma referência. Para alcançar tamanha qualificação e reconhecimento, a estrutura administrativa funciona processando infor-mações e garantindo equilíbrio funcional às rotinas institucionais.

A equipe gerencial trabalha integrada e com a visão de busca constante da melho-ria dos serviços, além de foco no modelo de Gestão de Qualidade. E, ainda, áreas estra-tégicas como corpo clínico, fornecedores, relacionamento com os clientes, recursos

Trabalho integrado

humanos e gestão trabalham de forma integrada, embasados nos valores institucio-nais e nas demandas da sociedade.

Para que todas as ações e procedimen-tos de rotina estejam afinados com a polí-tica da instituição, foi formada uma Equipe de Gerenciamento Es-tratégico (EGE). “Tra-

ta-se de um fórum consultivo e delibera-tivo que reúne coor-denadores e gestores de setores com o ob-jetivo de discutir pro-cedimentos e rotinas estratégicas visando o aprimoramento das mesmas através da formação de líderes”, explica André Fer-nando Wermann, Di-retor-administrativo e

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Exemplos de

Qualidade

Financeiro da Santa Casa.Entre os assuntos tratados nas reuniões

estão: orientações sobre o Papel do Líder na Pesquisa de Satisfação do Cliente, Forma-ção de Analista de Treinamento, Avaliação de Desempenho e Coach para Performance. “Ações como esta reforçam a importância do trabalho integrado, e isto reflete direta-mente na qualidade dos serviços ofertados pela instituição”, considera Wermann.

O aperfeiçoamento profissional passa pe-los investimentos realizados na organização e patrocínio de eventos técnicos e científi-cos, bem como no cofinanciamento do cus-teio de despesas para a participação de fun-cionários em eventos científicos em outras cidades e estados.

Ainda nesta linha, a instituição cofinancia com 50% dos custos do curso de especia-lização em Gestão Hospitalar de funcio-nários da instituição, e, por fim, a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna é a princi-pal mantenedora da Fundação Centro de Estudos Professor Edgard Santos (FUN-CEPES), que atua diretamente na atu-alização profissional

do corpo clínico da instituição.

“A Santa Casa de Itabuna mantém no setor de Recursos Humanos o regis-tro das horas/ho-mem de treinamento como um dos indi-cadores de gestão, destacando sempre a importância de manter elevada a qualidade e a reso-lutividade desses treinamentos”, diz Wermann.

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Questão de segurança

A instituição mantém diversos protocolos clínicos e administrativos para a segurança do paciente e funcionários. Com o Mapa de Ris-co em fase de construção, o hospital promove constantes treinamentos e acompanhamentos relacionados aos Protocolos de Identificação do Paciente, de Prevenção de Quedas, de Pres-crição, Uso e Administração de Medicações.

Para garantir a segurança dos colabora-dores, a Santa Casa conta com o Serviço Especializado de Engenharia e Medicina do Trabalho (SESMT), responsável por dissemi-nar, monitorar e fiscalizar a aplicação de toda

normatização previs-ta para o trabalhador da área de saúde.

“Trabalhamos tam-bém com a gestão de riscos. Com as diferentes normati-zações designadas para cada setor. O trabalho é desen-volvido com foco na promoção da saúde, prevenção de doen-

ças ocupacionais, no auxílio para tra-tamento e reabilita-ção funcional de tra-balhadores, sempre a partir do constan-te monitoramento e avaliação a partir de indicadores de gestão”, afirma Al-mir Alexandrino do Nascimento, Prove-dor da instituição.

Acreditamos que a cons-tante busca por excelência só pode ser conquistada através da atração e retenção de talentos, com profis-sionais que constituem o alicerce para execução da missão de prover soluções cada vez mais completas de saúde.

Almir Alexandrino do Nascimento, Provedor da Santa Casa de Itabuna

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Exemplos de

Qualidade

Sustentável e tecnológico

Por se tratar de uma instituição filantró-pica com unidades de atendimento mista, contextualizada no cenário histórico de alta defasagem da tabela SUS, a instituição traçou como estratégia de sobrevivência a consolidação de parcerias para a execu-ção de alguns serviços assistenciais e da contratação de empresas para viabilizar a gestão terceirizada de algumas atividades de apoio, garantindo assim maior concen-tração de esforços de gestão e financeiros na sua atividade-fim.

De acordo com Wermann, este cenário possibilitou o investimento em inovação e

A Santa Casa de Misericór-dia de Itabuna criou uma Equipe de Gerenciamento Estratégico para que todas as ações e procedimen-tos de rotina estejam afinados.

André Fernando Wermann, Diretor-administrativo e Financeiro

Santa Casa de Itabuna

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tecnologia para in-cremento da assis-tência de alta e mé-dia complexidade, áreas de especiali-dade da Santa Casa que tem possibilita-do a busca pelo re-equilíbrio financeiro, quando compensa o déficit deixado com o atendimento do percentual obrigató-rio ao público SUS.

“Assim, apesar da sustentabilidade eco-nômico-f inanceira da instituição ainda estar classificada como meta a ser al-cançada, sabemos estar muito mais próximos desta re-alidade. Soma-se a isso a implementa-ção de uma política de gestão adminis-trativa fundamen-

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tada no saneamento das contas e no pla-nejamento das finanças”, conta o diretor administrativo e financeiro do hospital.

Um aliado decisivo na gestão hospitalar da Santa Casa é a tecnologia, pois, na vi-são de Alexandrino, ela auxilia na garantia da implementação de estratégias de con-solidação e expansão da assistência e dos serviços junto ao mercado competitivo.

Para o provedor, a permanente inovação tec-nológica direciona para a aquisição de novos equipamentos, implementação de procedi-

mentos e rotinas que garantam maior efi-ciência e eficácia da ação. “Nos serviços de apoio à atividade- fim e em todo traba-lho administrativo, a tecnologia também é aliada estratégica, ten-do em vista a necessi-dade de desburocrati-zar processos, agilizar

técnicas e elevar a confiabilidade dos dados. Neste caso, o serviço de Tecnologia de Informação vem se destacando como setor estratégico que garante o tráfego de dados e informações com alta resolutivida-de e segurança dos dados”, revela.

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Exemplos de

Qualidade

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Vale sempre lembrar também a necessidade de reforma tributária, visando desonerar o se-tor produtivo de custos financeiros indevidos, como também dar maior liberdade ao setor privado para investir na ampliação e recupera-ção da infraestrutura no país.

O segmento de Produtos para Saúde tem buscado ampliar sua participação nas políticas de estímulo à inovação, principalmente nas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), e dessa forma contribuir com o setor de Saúde. A inovação é o caminho para elevar o patamar tecnológico do Brasil, inserindo-o melhor na cadeia global de valor agregado. Esse ciclo contribui diretamente para o desen-volvimento socioeconômico do país, além de proporcionar à população acesso mais rápido às novas tecnologias médicas.

Por todas essas razões, esta é a hora e a oportunidade para uma mobilização geral do setor, na qual os diversos elos da cadeia da saúde – hospitais e clínicas, indústria, socie-dades médicas, academia e associações afins -, devem se unir para elaborar propostas e apontar soluções para o aprimoramento dos cuidados médicos no país.

Estas propostas, quando consolidadas, de-vem ser levadas aos novos governantes, a co-meçar pela Presidência da República, uma vez que a esfera federal é o maior financiador da área pública da Saúde.

Se a sociedade exige respostas para afeiço-ar a qualidade dos serviços de saúde é nosso papel contribuir para desatar os nós, que não são poucos e incluem, além do orçamento in-suficiente, problemas de gestão, carência de recursos humanos e de infraestrutura, além de uma distribuição irregular pelo país.

Uma recente pesquisa do DataFolha re-vela que, para 45% dos entrevistados, a Saúde é a prioridade número 1. Apesar

desse indicador apontar forte e inequivoca-mente para os anseios da população, por oca-sião dos debates eleitorais, tanto no âmbito federal quanto estadual, a discussão sobre a Saúde foi marginalizada. Nenhum dos candi-datos apresentou propostas concretas para melhoria ou atendimento das demandas dos brasileiros nesta área e para reduzir a insatisfa-ção popular com a saúde pública no país.

O financiamento à saúde continua sendo um dos principais pontos a serem fortaleci-dos. O Brasil tem a característica marcante de depender tanto da iniciativa governamen-tal quanto da iniciativa privada nos cuidados com a saúde e melhoria da qualidade de vida do cidadão.

As despesas de saúde no Brasil movimen-tam mais de 9% do PIB, mas menos da meta-de vem do setor público - do total de recursos injetados na saúde, cerca de 55% são priva-dos - cuja participação não vem crescendo na proporção necessária. Ao contrário, na esfera federal o percentual de gastos vem caindo sis-tematicamente.

Existem ainda outros gargalos importantes não resolvidos, como o descompasso entre a aprovação e colocação de novas tecnologias no mercado e a geração destas inovações. Outra barreira é o crescimento da chamada judicialização do setor, quando os pacientes tentam obter por via judicial o que não con-seguem no sistema de saúde. Além de onerar o orçamento já limitado do setor, esse recur-so pode provocar desorganização no sistema como um todo.

Artigo Carlos Goulart

Carlos GoulartHora da atuação política na saúde

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Presidente-executivo da ABIMED –Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde.

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Instituto Weizmann firma parceria com a Fapesp para estreitar conhecimento sobre as bases da igualdade e do benefício mútuo

Troca de experiências

Mercado

UUma mesa com quatro gringos no hall de um hotel localizado na cobiçada Rua Oscar Freire, em São Paulo, transmitia simpatia e conheci-mento. Não foi difícil perceber que eles eram os cientistas do Weizmann Institute of Scien-

ce (WIS), que saudo-samente receberam a revista Healthcare Management para um bate-papo.

Entre um café e outro, Rony Seger, professor titular do Departamento de Biologia do instituto,

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destacou a importância do intercâmbio en-tre pesquisadores brasileiros e israelenses como sendo fundamental para a troca de co-nhecimento na área. E é com esse foco que o WIS mantém um acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para implementar uma cooperação científica e tecnológica entre pesquisadores de ambos os países, mediante o financiamen-to de projetos conjuntos de pesquisa.

O acordo assinado em setembro último, com validade de cinco anos, prevê que para cada projeto que venha a ser aprovado o ins-tituto assumirá o financiamento das equipes de Israel e a Fapesp das equipes de pesquisa paulista. O aporte de recursos será definido em cada chamada de propostas e será utili-zado para financiar despesas de mobilidade.

“Ações como essa são importantes para es-treitar conhecimento sobre as bases da igual-dade e do benefício mútuo. A necessidade de criar vínculos entre as comunidades cien-

tíficas de diferentes países e também de fomentar novas for-mas de colaboração entre seus centros de pesquisa é essencial para um melhor re-sultado no campo de trabalho”, considera Seger ao relatar que um modelo parecido também foi assinado entre seu país e a Ve-nezuela.

Além do intercâm-bio com a Fapesp, o instituto aposta na participação em conferências interna-cionais para agregar conhecimento com a troca de experiên-

cias. Em sua primeira visita ao Brasil, anos atrás, Seger foi con-vidado a palestrar e, naquele momento, fez novos amigos ao redor do mundo que o fizeram enxergar as possibilidades de criar conexões com estudantes da área de ciências entre os países para um co-nhecimento múlti-plo que pudesse ser compartilhado em diversas situações.

“O Ministério da Educação nos con-vidou para estabe-lecer a possibilidade de intercâmbio de

A necessidade de criar vín-culos entre as comunidades cientí-ficas de diferentes países é essen-cial para um melhor resultado no campo de trabalho.

Rony Seger,pesquisador do WIS

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Mercado

programas e projetos nas áreas de estudos das ciências para a formação de professo-res do ensino médio. Isso aconteceu há cer-ca de cinco anos, então é possível notar as mais variadas formas de intercâmbio e co-nexões”, revela o professor.

Para a professora Rivka Dikstein, do depar-tamento de Química Biológica do WIS, o Bra-sil é um importante país da América do Sul e essa é uma oportunidade de crescimento que não poderia ser recusada. “É uma ótima ocasião para ambos os países. Estabelecer conexões de peso só tende a trazer bons re-sultados no nosso campo de atuação.”

O chefe do Departamento de Imunologia do Instituto Weizmann de Ciências, Tsvee Lapidot, segue a mesma linha de pensa-mento. Visitante do Brasil há anos, Lapidot

já participou de en-contros nacionais e internacionais em São Paulo e Rio de Janeiro, momentos que o proporciona-ram novos contatos profissionais, um de-les com a professora titular da USP Regina Markus, que atua na área de Cronofarma-cologia. “Estamos trabalhando juntos em pesquisas sobre inflamações e câncer, por exemplo, e espe-ramos que a conti-

nuidade de colabora-ções como essa seja reforçada através do acordo firmado com a Fapesp”, conta.

Entre outros no-mes citados pelos pesquisadores israe-lenses como colabo-radores do WIS es-tão Beatriz Castilho (Unifesp), Cláudia Emanuele Carvalho e Roger Chammas (FMUSP), que per-tenceu à primeira turma de brasileiros que participaram do

Os tratamentos de cânceres são mais amplos, graças às pesquisas de-senvolvidas ao redor do mundo.

Rivka Dikstein,Professora do Departamento de Química Biológica do WIS

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Sentimos e somos par-te de algo global, com con-tribuições que podem vir de qualquer parte do mundo.

Tsvee Lapidot, Chefe do Departamento

de imunologia do WIS

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International Summer Science Institute, no Instituto Weizmann de Ciências, quando ain-da era estudante.

Lapidot destacou também as pesquisas conduzidas em Israel com células-tronco, que levaram, entre outras conquistas, à des-coberta de mecanismos que permitem que essas células saiam da medula óssea para a corrente sanguínea. Os resultados podem aumentar as chances de sucesso em trans-plantes de células-tronco, que precisam ser estimuladas a migrar para o sangue.

Para o chefe do Departamento de Imu-nologia, o mais interessante disso tudo é o fato de que não há fronteiras geográficas para a ciência. “Sentimos e somos parte de algo global, com contribuições que podem vir de qualquer parte do mundo.”

O futuro da saúdeDurante a estadia

no Brasil, os cientis-tas visitaram a Onco-clínicas, o laboratório da Unicamp-Cam-pinas e o Hospital Israelita Albert Eins-tein, onde trocaram experiências sobre imunologia, câncer e genética. O instituto e o hospital mantêm um acordo há alguns anos principalmente nas áreas de células--tronco, Alzheimer e endometriose.

Mas dentre essas doenças, o câncer foi o assunto mais comentado pelo pro-fessor Seger: “Quan-do eu era ainda um estudante, a pers-pectiva era de que apenas 25% dos pa-cientes com essa en-fermidade viveriam por no máximo mais cinco anos. Hoje a expectativa está pró-xima a 60%.”

Dez anos atrás o câncer era tido como a doença número um

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entre as de difícil cura, e nos dias atuais é mo-tivo de esperança para quem o contraí. “Os pacientes estão vivendo mais. Os tratamentos são mais amplos, graças às pesquisas desen-volvidas ao redor do mundo”, considera Rivka.

Weizmann em 2014Este foi um ano de excelência para o insti-

tuto, segundo Daniel Schmit, Presidente do Weizmann Institute para a América Latina. Além da inauguração em Israel do Laborató-rio Nacional de Medicina Personalizada, tam-bém foi lançado pelo Instituto o Centro Inte-grado de Câncer.

“São duas inaugurações de sucesso para o Weizmann. Outro destaque de 2014 é a nossa participação como membro do CERN, centro europeu de pesquisas voltado ao estudo de partículas. É um dos grandes centros mun-diais nesse campo”, aponta Schmit.

São duas inaugurações de su-cesso para o Weizmann. Outro destaque de 2014 é a nossa participação como membro do CERN, centro europeu de pesquisas voltado ao estudo de partícu-las. É um dos grandes centros mundiais nesse campo.

Daniel Schmit, Presidente do WIS para

a América Latina

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Mercado

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O que é?

Localizado em Rehovot, Israel, o Ins-tituto Weizmann de Ciências é uma das mais respeitadas instituições de pesquisa multidisciplinar no mundo. Notável por sua ampla gama de explo-ração das ciências naturais e exatas, o instituto abriga cerca de três mil cien-tistas, estudantes, técnicos e equipe de apoio.

São cerca de 2.500 estudantes e membros do staff e oferece graus de Mestrado e Doutoramento em Mate-mática, Informática, Física, Química e Biologia, bem como diversos progra-mas interdisciplinares.

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PONTO FINAL

os próximos anosPromessas e novos desafios para Saúde no Brasil

EEm 2014, testemunhamos uma das mais acirradas dispu-tas eleitorais de nosso país. Com pouco mais de 51%, Dilma Rousseff (PT) foi reeleita pelo povo brasileiro a governar o país pelos próximos quatro anos.

A vitória acirrada mostra o desafio da presidente em aten-der a outra parcela da sociedade, que não é pequena e que

não aprova seu governo. A Saúde está entre essas reivindicações tanto da popula-

ção, como também por parte da indústria do setor. Os desafios serão grandes para esses próximos

quatro anos. Entre eles estão a estabilidade fi-nanceira do Sistema Único de Saúde (SUS).

Também durante a sua campanha eleitoral, Dilma se comprometeu em mudar o pata-mar de qualidade e ampliar o atendimento dos serviços de saúde com a expansão do Programa Mais Médicos.

Além disso, afirmou que irá aumentar a rede de unidades de pronto atendi-mento, estender as redes de atendi-mento especializado e também qua-lificar os serviços hospitalares.

Dilma se comprometeu em levan-tar a discussão sobre os recursos federativos destinados à Saúde, com o objetivo de evitar superposi-ção de investimentos e planejar de

forma mais eficiente a distribuição dos serviços de saúde públicos.

A indústria encerra o ano com uma gran-de vitória, a sanção da Lei 13043/2014 que prevê a isenção de PIS e COFINS para o setor de equipamentos para a H

saúde nas compras públicas, conferin-do mais competiti-vidade às empresas brasileiras.

Mesmo assim, ainda temos que olhar sempre para as nossas indús-trias, estimulando a inovação, tornando--as, cada vez mais, competitivas.

Implantar um sis-tema público de saúde com eficiên-cia e qualidade será outro grande desa-fio. Para tanto, além de medidas preven-tivas e melhorias no atendimento, também será de ex-trema importância qualificar os ges-tores a fim de mo-dernizar a gestão e levar eficiência à Saúde. Afinal, de nada adianta vulto-sos investimentos sem uma gestão efetiva.

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