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HELLO TO MARTIN SOLVEIG!

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Entrevista com Martin Solveig. Publicada na ed. 29 da House Mag.

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Page 1: HELLO TO MARTIN SOLVEIG!

dj interview Fotografia: Divulgação

“Muitas pessoas querem coisas diferentes, mas

francamente, se compraram um ingresso para me ver

tocar, elas já sabem o que vão ouvir, não?”

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Page 2: HELLO TO MARTIN SOLVEIG!

hello to Martin Solveig!convidado por Madonna para produzir seis faixas do álbum “MDNA”, o DJ e produtor francês acaba de dar uma guinada na carreira

depois das parcerias feitas pelo francês david guetta com os maiores nomes da música pop, e agora do seu conterrâneo, Martin solveig, com a própria rainha do pop, a música eletrônica made in france parece mesmo ter dominado o mundo. solveig ficou conhecido por hits como “hello”, produzido ao lado do canadense dragonette. lançada em 2011, a faixa que faz parte do álbum “smash”, quinto da carreira do produtor, continua sendo um boom nas pistas de dança, em rádios e por onde toca. “ready 2 go”, também parte do álbum, entrou recentemente para a coletânea “running trax”, da Ministry of sound. foram trabalhos como esses que levaram o nome de solveig a ouvidos tanto anônimos como famosos. convidado por Madonna para produzir seis das onze faixas do seu mais recente álbum, “MdNA”, lançado no último dia 26 de março, ele parece ter dado a guinada da sua vida na carreira. dono de forte personalidade e bom humor, Martin conversou com a house Mag após sua última turnê pelo Brasil.

Produzir faixas para Madonna, como se sabe, não é para qualquer um. Como isso tudo aconteceu? Você já conhecia a conhecia? Provavelmente foi devido ao sucesso de “hello”. Meu som e minha música foram abertos pra uma audiência mundial e acho que a Madonna e sua equipe eram parte dessa audiência. A introdução foi feita, e seguida de algumas sessões marcadas de estúdio, primeiro em londres e depois em Nova York. O resto, como se diz, é história.

e o álbum em si, como você se sentiu produzindo para a rainha do pop? sentiu algum tipo de pressão?eu fui parte de uma forte equipe de produção, todos contribuímos para o projeto e ela sempre esteve disposta a ajudar. foi uma verdadeira

experiência de trabalho com uma pessoa que eu chamaria de totalmente profissional. ela é uma mulher que sabe o que quer em relação à construção da música e todo seu processo foi educacional, inspirador e aproveitador. Quanto à pressão... se você tirar fora o fato de que ela é a mais bem-sucedida artista mulher gravando, e tratar ela como ela é, um ser humano, então não tem pressão. Acho que as pessoas focam muito no fato de ela ser uma superstar. A pressão era como se eu estivesse gravando com qualquer outro artista. Nós estamos todos felizes com o trabalho que fizemos juntos.

no início da sua carreira, você tinha um projeto chamado africanism, ao lado de Bob sinclar e do DJ Gregory. Tanto o projeto como o selo de house francês seguiam uma linha mais tribal bem diferente de suas produções atuais. seu estilo mudou por uma escolha pessoal ou estão seguindo tendências ditadas pelo mercado?esse foi um projeto como qualquer outro, ele faz parte da minha história e me orgulho disso. “smash” é outro projeto que imagino que também deve acabar no final deste ano. Quanto ao meu som, sim, ele está bem desenvolvido, mas tudo está se desenvolvendo, não é?

alguns DJs deixam para pensar nas músicas que vão tocar apenas na hora da apresentação, de acordo com o feeling da pista, já outros preferem defini-las antes. Como você pensa a construção dos seus sets?sempre procuro construir meus sets antes de tocar, mas ter um backup na hora é essencial. Muitas pessoas querem coisas diferentes, mas francamente, se compraram um ingresso para me ver tocar, elas já sabem o que vão ouvir, não?

e o seu selo Mixture? tudo que eu lanço como Martin solveig sai pelo meu próprio selo, e eles licenciam para outros labels. O Mixture vai estar comigo pra sempre, até o fim dos tempos.

Durante o Carnaval 2012, você esteve em tour por diversos clubs brasileiros. Como foi? em qual club gostou mais de tocar?eu me diverti em cada parte da tour. Já estive muitas vezes no Brasil e sempre me sinto muito bem-vindo. O P12 foi particularmente uma loucura, mas amei a energia de um novo club de Porto Alegre [Maori Beach club].

Você é bem amigo de Bob sinclair, certo? inclusive, ele aparece em seus vídeo clipes jogando tênis. Vocês pensam em trabalhar juntos novamente? chris [christophe le friant, nome verdadeiro de Bob] é um grande amigo. Nós saímos juntos e falamos ao telefone, e sempre tentamos marcar um jogo de tênis. Mas musicalmente, nós dois estamos em períodos diferentes. ele tem sua coisa acontecendo que é sempre popular, e eu, bem, eu tenho a minha carreira.

e os jogos de tênis, vocês costumam mesmo brincar nas quadras?claro, onde mais você acha que eu poderia jogar tênis? em uma piscina? [risos].

Planos para 2012? novas produções? depois de um ano muito intenso, decidi reduzir minhas apresentações em clubs e focar mais em festivais, o que significa que em 2012 vou passar mais tempo produzindo e pesquisando. Quando e onde vou tocar, todos podem saber acessando o meu facebook. ■

por carolina Schubert

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