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Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covas contou a seguinte parábola:

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Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário CovasHenry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covascontou a seguinte parábola:contou a seguinte parábola:

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Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se daQuando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se dacosta, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal,costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal,estamos diante de um espetáculo de beleza rara.estamos diante de um espetáculo de beleza rara.O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhandoO barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhandoo mar azul e nos parece cada vez menor.o mar azul e nos parece cada vez menor.

Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se daQuando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se dacosta, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal,costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal,estamos diante de um espetáculo de beleza rara.estamos diante de um espetáculo de beleza rara.O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhandoO barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhandoo mar azul e nos parece cada vez menor.o mar azul e nos parece cada vez menor.

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Não demora muito e só podemos contemplar umNão demora muito e só podemos contemplar umpequeno ponto branco na linha remota e indecisa,pequeno ponto branco na linha remota e indecisa,onde o mar e o céu se encontram.onde o mar e o céu se encontram.

Page 5: Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covas contou a seguinte parábola:

Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte,Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte,certamente exclamará: “já se foi”! Terá sumido?certamente exclamará: “já se foi”! Terá sumido?Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e comde vista. O barco continua do mesmo tamanho e coma mesma capacidade que tinha quando estava próximoa mesma capacidade que tinha quando estava próximode nós. Continua tão capaz quanto antes de levar aode nós. Continua tão capaz quanto antes de levar aoporto de destino as cargas recebidas.porto de destino as cargas recebidas.O veleiro não evaporou, apenas não o podemos maisO veleiro não evaporou, apenas não o podemos maisver.ver.

Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte,Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte,certamente exclamará: “já se foi”! Terá sumido?certamente exclamará: “já se foi”! Terá sumido?Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e comde vista. O barco continua do mesmo tamanho e coma mesma capacidade que tinha quando estava próximoa mesma capacidade que tinha quando estava próximode nós. Continua tão capaz quanto antes de levar aode nós. Continua tão capaz quanto antes de levar aoporto de destino as cargas recebidas.porto de destino as cargas recebidas.O veleiro não evaporou, apenas não o podemos maisO veleiro não evaporou, apenas não o podemos maisver.ver.

Page 6: Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covas contou a seguinte parábola:

Mas ele continua o mesmo.Mas ele continua o mesmo.E talvez, no exato instante em que alguém diz:E talvez, no exato instante em que alguém diz:““já se foi”, haverá outras vozes, bem mais além,já se foi”, haverá outras vozes, bem mais além,a afirmar: “lá vem o veleiro”!!!a afirmar: “lá vem o veleiro”!!!

Assim é a morte.Assim é a morte.

Mas ele continua o mesmo.Mas ele continua o mesmo.E talvez, no exato instante em que alguém diz:E talvez, no exato instante em que alguém diz:““já se foi”, haverá outras vozes, bem mais além,já se foi”, haverá outras vozes, bem mais além,a afirmar: “lá vem o veleiro”!!!a afirmar: “lá vem o veleiro”!!!

Assim é a morte.Assim é a morte.

Page 7: Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covas contou a seguinte parábola:

Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga deQuando o veleiro parte, levando a preciosa carga deum amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linhaum amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linhaque separa o visível do invisível dizemos: “já se foi”!que separa o visível do invisível dizemos: “já se foi”!

Terá sumido? Evaporado? Não, certamente.Terá sumido? Evaporado? Não, certamente.Apenas o perdemos de vista.Apenas o perdemos de vista.

Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga deQuando o veleiro parte, levando a preciosa carga deum amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linhaum amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linhaque separa o visível do invisível dizemos: “já se foi”!que separa o visível do invisível dizemos: “já se foi”!

Terá sumido? Evaporado? Não, certamente.Terá sumido? Evaporado? Não, certamente.Apenas o perdemos de vista.Apenas o perdemos de vista.

Page 8: Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covas contou a seguinte parábola:

O ser que amamos continua o mesmo, suas conquistasO ser que amamos continua o mesmo, suas conquistaspersistem dentro do mistério divino.persistem dentro do mistério divino.O ser que amamos continua o mesmo, suas conquistasO ser que amamos continua o mesmo, suas conquistaspersistem dentro do mistério divino.persistem dentro do mistério divino.

Page 9: Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covas contou a seguinte parábola:

Nada se perde, a não ser o corpo físico de que nãoNada se perde, a não ser o corpo físico de que nãomais necessita.mais necessita.E é assim que, no mesmo instante em que dizemos:E é assim que, no mesmo instante em que dizemos:““já se foi”, no além outro dirá:”já está chegando”.já se foi”, no além outro dirá:”já está chegando”.Chega ao destino levando consigo as aquisiçõesChega ao destino levando consigo as aquisiçõesfeitas durante a vida.feitas durante a vida.

Nada se perde, a não ser o corpo físico de que nãoNada se perde, a não ser o corpo físico de que nãomais necessita.mais necessita.E é assim que, no mesmo instante em que dizemos:E é assim que, no mesmo instante em que dizemos:““já se foi”, no além outro dirá:”já está chegando”.já se foi”, no além outro dirá:”já está chegando”.Chega ao destino levando consigo as aquisiçõesChega ao destino levando consigo as aquisiçõesfeitas durante a vida.feitas durante a vida.

Page 10: Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covas contou a seguinte parábola:

Na vida, cada um leva a sua carga de vícios eNa vida, cada um leva a sua carga de vícios evirtudes, de afetos e desafetos, até que se resolvavirtudes, de afetos e desafetos, até que se resolvapor desfazer-se do que julgar desnecessário.por desfazer-se do que julgar desnecessário.

Page 11: Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covas contou a seguinte parábola:

A vida é feita de partidas e de chegadas. De idas eA vida é feita de partidas e de chegadas. De idas evindas. Assim, o que para uns parece ser a partida,vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida,para outros é a chegada.para outros é a chegada.

Page 12: Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covas contou a seguinte parábola:

Assim, um dia, todos nós partimos como seresAssim, um dia, todos nós partimos como seresimortais que somos todos nós ao encontro daqueleimortais que somos todos nós ao encontro daqueleque nos criou.que nos criou.

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Apresentação e montagem:Apresentação e montagem:Maria Salete Elizio de Carvalho.Maria Salete Elizio de Carvalho. Cacoal/ROCacoal/RO

Tuesday, April 11, 2023Tuesday, April 11, 2023