8
Congresso Brasileiro de Pediatria 2015 12 a 16 de outubro de 2015 Rio de Janeiro Highlight

Highlight Congresso Brasileiro de Pediatria 2015 file2 PANORAMA Por Thaís Novais (MTB: 35.650/RJ) | Fotos de Gianne Carvalho E, mais uma vez, o Rio de Janeiro foi a cidade es-colhida

  • Upload
    lydat

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Highlight Congresso Brasileiro de Pediatria 2015 file2 PANORAMA Por Thaís Novais (MTB: 35.650/RJ) | Fotos de Gianne Carvalho E, mais uma vez, o Rio de Janeiro foi a cidade es-colhida

Congresso Brasileiro de Pediatria 2015

12 a 16 de outubro de 2015Rio de Janeiro

Highlight

Page 2: Highlight Congresso Brasileiro de Pediatria 2015 file2 PANORAMA Por Thaís Novais (MTB: 35.650/RJ) | Fotos de Gianne Carvalho E, mais uma vez, o Rio de Janeiro foi a cidade es-colhida

2

PANORAMAPor Thaís Novais (MTB: 35.650/RJ) | Fotos de Gianne Carvalho

E, mais uma vez, o Rio de Janeiro foi a cidade es-colhida para sediar o Congresso Brasileiro de Pe-diatria. Em sua trigésima sétima edição, o evento

foi uma realização da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ) em parceria com a Socie-dade Brasileira de Pediatria (SBP). Além disso, conco-mitantemente ao congresso, aconteceram os eventos: 1º Simpósio de Medicina do Adolescente do Rio de Janei-ro e Simpósio Internacional de Dermatologia Pediátrica (DERMAPED).

Com a expectativa de acolher os pediatras de todo o Bra-sil, disponibilizou temas inovadores e de alta qualidade, desde o atendimento geral até o encaminhamento para o especialista responsável. O evento teve como objetivo principal a atualização científica para os congressistas presentes. Ao todo, foram mais de seis mil inscritos, nú-mero que superou as expectativas iniciais da organização.

Os participantes se beneficiaram com as diversas aulas apresentadas pelos mais renomados especialistas da área no Brasil e no mundo.

“Durante quatro dias, em seis salas, foram apresentados, simultaneamente, temas de altíssima relevância para o pediatra, como a questão da promoção da saúde da criança e do adolescente e o estímulo à prática de ati-vidades físicas. As novidades tecnológicas, jogos, inter-net, levam a criança a uma vida sedentária. Isso pode torná-la obesa ou com sobrepeso e trazer repercussões para a sua vida futura, como hipertensão. Esse evento é importantíssimo para a atualização científica do médico e para a troca de experiências. Além de ser um local para a sociedade se comunicar e apresentar as novidades para os congressistas”, relata o presidente do Congresso e da SOPERJ, Dr. Edson Ferreira Liberal.

SIMPÓSIO SATÉLITEDoenças respiratórias na infância: aspectos práticos da asma e da rinite alérgica

No dia 13 de outubro, aconteceu o Simpósio Satélite “Doenças respiratórias na infância: aspectos práticos da asma e da rinite alérgica”, com aulas ministradas pelo

Dr. Evandro Prado, professor do Departamento de Pediatria da

Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ), e Dr. Joaquim Rodrigues, professor livre-docente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Page 3: Highlight Congresso Brasileiro de Pediatria 2015 file2 PANORAMA Por Thaís Novais (MTB: 35.650/RJ) | Fotos de Gianne Carvalho E, mais uma vez, o Rio de Janeiro foi a cidade es-colhida

3

As rinites possuem duas classificações de acordo com o fator etiológico: alérgicas e não alérgicas. Crianças ou adolescentes com manifestação nasal podem ter rinite

alérgica, por isso deve-se conhecer também alguns tipos de ri-nites com sintomatologia semelhante a da rinite alérgica, mas que não se enquadram no perfil de doença com hipersensi-bilidade. Dentre os tipos de rinite não alérgica, destacam-se a infecciosa, ocupacional, induzida por drogas, poluentes e/ou irritantes, gustatória, hormonal, atrófica, associada a outras doenças e idiopática1,3*.

Em 1923, os americanos Coca e Cooke definiram atopia como uma reação anormal do indivíduo em relação ao am-biente. Os autores fizeram uma observação com vários indi-víduos e notaram que alguns apresentavam manifestações no aparelho respiratório conhecidas hoje como manifesta-ções atópicas. Imaginaram que deveria haver um fator séri-co, que pudesse estar envolvido neste tipo de reação clínica ainda desconhecido. Esse fator sérico foi identificado em 1967 como sendo uma imunoglobulina da classe IgE2*.

Por definição, rinite alérgica é uma doença inflamatória da mucosa nasal, mediada por IgE e ocasionada após exposi-ção a alérgenos e com os seguintes sintomas: obstrução na-sal, rinorreia aquosa, espirros, prurido e obstrução nasais3. De todas as manifestações, a que mais incomoda o paciente é a obstrução nasal, que compromete muito a qualidade do sono e muitas vezes leva o paciente a usar frequentemente vasoconstritores nasais9.

A resposta alérgica é dividida em 3 fases. A primeira etapa é a sensibilização, que ocorre pelo contato direto com o alérgeno. Isso levará a produção de IgE, que, por sua vez, se ligará a seus receptores nos mastócitos e basófilos. Essa ligação promove a degranulação dessas células com libera-ção de mediadores vasoativos como a histamina, responsá-veis pelos primeiros sintomas (coriza, espirros e prurido). Esta é a segunda fase, também chamada de fase imediata. A última fase, resposta tardia da rinite alérgica, ocorre dentro

Aspectos práticos na abordagem clínica e terapêutica da rinite alérgica

Dr. Evandro Alves Prado (CRM: 201.164-RJ)

Classificação das Rinites

IntermitenteSintomas

< 4 dias por semanaou ≤ 4 semanas

PersistenteSintomas

> 4 dias por semana e ≥ 4 semanas

Leve

• sono normal• atividades normais,

esporte,lazer, trabalho, escola

• sintomas não incomodam

Moderada - GraveUm ou mais itens

• sono comprometido• atividades comprometi-

das, esporte, lazer, trabalho, escola

• sintomas incomodam

Figura 1. Classificação da Rinite Alérgica. Adaptado da referência 3.

Há muitas comorbidades relacionadas à rinite alérgica, como otite média com efusão, conjuntivite, a polipose nasal, hiper-trofia de adenoide, tosse crônica e rinossinusite3,4.

A conjuntivite alérgica se manifesta com o aparecimen-to de prurido, edema palpebral, hiperemia, edema con-juntival, lacrimejamento, secreção mucoide e fotofobia5. Dificilmente na anamnese o médico questiona a mãe so-bre esses sintomas, o que dificulta o diagnóstico*. Além

Dr. Edson Ferreira Liberal, presidente do Congresso e da SOPERJDr. Eduardo Vaz, presidente da SBP

de 4 a 12 horas após a exposição ao alérgeno, e é depen-dente da ação de mediadores pró-inflamatórios e células como os eosinófilos3.

As rinites são classificadas também de acordo com sintomas, comportamento e qualidade de vida3,4 (Figura1).

Page 4: Highlight Congresso Brasileiro de Pediatria 2015 file2 PANORAMA Por Thaís Novais (MTB: 35.650/RJ) | Fotos de Gianne Carvalho E, mais uma vez, o Rio de Janeiro foi a cidade es-colhida

4

da conjuntivite, é preciso se atentar

para o aparecimento de uma Manifestação comum: a evolu-

ção para disfunção tubária3*.

Outra comorbidade relacionada à rinite alérgica é a hipertro-fia de adenoides. Um trabalho recente, mostrou que crian-ças com exposição tabágica em casa estão mais propensas ao desenvolvimento de hipertrofia adenoidiana, além da rinite6.

A asma é a doença que está mais associada à rinite. Cerca de 80% dos pacientes com asma têm rinite alérgica4. Um estudo acompanhou durante cinco anos 104 crianças, com média de idade de 8 anos, e a maioria com rinite inter-mitente. Ao final, grande parte dos pacientes com rinite moderada/grave apresentou asma8.

As comorbidades que acompanham a criança com rinite alérgica causam impacto na vida diária, na produtividade escolar e absenteísmo, sono e cansaço e distúrbio das funções cognitivas e de aprendizado7,9.

Para o tratamento da rinite é importante o controle am-biental e educação do paciente3*. Em casos leves/intermi-tentes deve ser utilizado anti-histamínico, oral ou tópico,

ou anti-leucotrieno. Nos casos de rinite moderada/grave, deve ser indicado o uso do corticosteroide intranasal4. En-tre as opções, corticosteroides tópicos devem ser usados como primeira linha no tratamento da RA, pois são mais efetivos que os anti-histamínicos no controle dos sintomas nasais, principal-mente nos casos mais graves4.

A lavagem nasal é considerada um tratamento coadjuvante nas afecções nasais agudas e crônicas3. As soluções salinas agem por meio da ação física direta, removendo a camada grossa de muco, crostas, alérgenos e poluentes. Além disso, removem também os mediadores inflamatórios10.

Quanto menor a biodiponibilidade sistêmica, mais seguro o corticosteroide intranasal11. A baixa biodisponibilidadesistêmica significa menos efeitos adversos para o paciente12.

Os corticoides intranasais disponíveis são: ciclesonida, furoato de fluticasona, propionato de fluticasona, furoato de mome-tasona, beclometasona, triancinolona e budesonida3. A ava-liação da afinidade de ligação ao receptor de glicocorticoide é considerada a melhor forma de comparação de potências3.

As características desejadas de um corticoide intranasal são: alta potência anti-inflamatória, início rápido de ação, alto grau de eficácia em curto e longo prazo, ação sobre os principais sintomas, baixa biodisponibilidade sistêmica e dosagens convenientes4.

Os fármacos furoato de fluticasona, furoato de mometasona e ciclesonida apresentam os menores efeitos adversos3. No caso do furoato de fluticasona, em crianças de 2 a 11 anos deve ser ministrada uma pulverização por narina, uma vez ao dia, já a partir dos 12 anos, o fármaco deve ser utilizado em duas pulverizações por narina, uma vez ao dia13.

É possível analisar o indivíduo desde o momento da ava-liação, passando pelo início da medicação, duas, quatro e seis semanas de tratamento. Os sintomas tendem a desa-parecer após seis semanas quando utilizado o corticoide continuamente. No tratamento da rinite alérgica em crian-ças é fundamental conversar com a mãe ou responsáveis, explicando a importância de se fazer uma boa profilaxia ambiental e utilizar corretamente a medicação prescrita*.

Referências Bibliográficas:1) Rondón, C. et al. Local allergy: A new entity, Characterization and further studies. Curr. Opin. Allergy Clin. Immunol. 2010;10:1–7; 2) Coca, A.F.et al.On the classification of the phenomenon of hypersensitivities. J. Immunol. 8(163-82), 1923; 3) Associação Brasileira de Otorrinolaringologia de CirurgiaCérvico-Facial. III Consenso Brasileiro sobre rinites. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. 2012;75(6):1-51; 4) Bousquet J. Allergic rhinitis and its impacton asthma. J. Allergy Clin. Immunol. 2001;108(5):S147-S334; 5) Ono, S.J. Alllergy and the eye. Abelson MB. J. Allergy Clin. Immunol. 2006;115(1):118-22;6) Evcimik, M.F.et al. Adenoids hypertrophy in children with allergic disease and influential factors.International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology.79(2015):694–697; 7) SANTOS, C.B. Allergic rhinitis and its effect on sleep, fatigue and daytime somnolence. Ann Allergy Asthma Immunol. 2006;97:579–587; 8) Di Cara et al. Severity of allergic rhinitis and asthma development in children - WAO Journal. 2015;8:13; 9) SARDANA, N. et al. Congestion and SleepImpairment in Allergic Rhinitis. Asian Pac J Allergy Immunol 2011;29:297-306.10) Hermelingmeier, KE. Nasal irrigation as an adjunctive treatment in allergic 5rhinitis: A systematic review and meta-analysis. Am J Rhinol Allergy 26, e119-e125, 2012.11) RIZZO, M.C. Rinite Alérgica na Infância. Pediatria ModernaJul 14. V 50. N 7.págs.: 296-304. Disponível em:<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5841>. Acesso em: 7 de jan 2015;

Page 5: Highlight Congresso Brasileiro de Pediatria 2015 file2 PANORAMA Por Thaís Novais (MTB: 35.650/RJ) | Fotos de Gianne Carvalho E, mais uma vez, o Rio de Janeiro foi a cidade es-colhida

5

Dr. Evandro Alves Prado (CRM: 201.164-RJ)Especialista em Alergia e Imunologia; Professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFRJ; chefe do Serviço de Alergia e Imunologia do IPPMG/UFRJ; coordenador da Câmara Técnica de Alergia e Imunologia do CREMERJ

“O ponto de atenção do profissional com relação à rinite é fazer o diagnóstico e ter um bom manejo da doença. Como se trata de uma patologia alérgica e de hipersensibilidade, controlar o ambiente, usar de

terapia farmacológica adequada e educação do paciente são importantíssimos. São muitos os medicamen-tos utilizados, mas é importante ressaltar que o corticoide intranasal deve ser escolha de primeira linha”.

Manejo da asma infantil: traduzindo evidências para a prática clínica

Anualmente ocorrem cerca de 350.000 interna-ções por asma no Brasil, o que a torna a quar-ta causa de hospitalizações pelo Sistema Único

de Saúde (2,3% do total) e sendo a terceira causa entre crianças e adultos jovens1.

Em um estudo, cujo objetivo era verificar o controle da asma, constatou-se que mais da metade dos pacientes ti-nham sintomas diários, despertares noturnos e ausência na escola. Apenas 6% (n=2184) estavam em uso de terapêu-tica adequada com corticoide inalatório, e 58% (n=2184) usavam apenas drogas de alívio sintomático2.

O problema em não se ter o controle adequado da asma está relacionado à queda de função pulmonar3 (Figura 2).

Estratégias como diagnosticar e identificar fatores de risco, administrar os medicamentos, verificar a técnica inalatória a cada consulta, identificar comorbidades, adesão ao tratamen-to, evitar desencadeantes e ajustar o tratamento de acordo com as diretrizes, precisam ser verificadas pelo especialista4*.

O diagnóstico de asma deve ser baseado na história de sintomas característicos, como chiado, dispneia, crises de tosse e aperto no peito, tosse e/ou despertares noturnos. Também pode ser usada a evidência de limitação variável do fluxo aéreo, detectada por meio do teste de reversibili-dade com broncodilatador5.

No exame físico, deve-se prestar atenção em sinais agudos de desconforto respiratório, na oximetria de pulso, na pre-sença de deformidade torácica com aumento do diâmetro anteroposterior, em sinais de obstrução aérea na ausculta pulmonar, como expiração prolongada, sibilos e crepitação, em sinais e sintomas de rinite e conjuntivite alérgica e na presença de dermatite atópica5.

A espirometria pode ser realizada em crianças acima de 5 anos. A prova espirométrica consta de uma capacidade vital forçada, que se dá a partir do volume de ar exalado duran-te uma expiração forçada e completa após uma inspiração também forçada e completa. A partir da capacidade vital forçada, obtém-se uma curva volume/tempo, que identifica o volume expirado no primeiro segundo, fator importantepara o médico avaliar a reversibilidade da obstrução6.

Dr. Joaquim Carlos Rodrigues (CRM: 31.334-SP)

Sem asmaAsma leveAsma moderada e severa

Nascimento

Período fetal Idade escolar Idade adulta

5 a 7 anosNíve

l rel

ativo

da

funç

ão p

ulm

onar

Figura 2. Adaptado da referência 3.

12)LIMA, Josivan G. et al. Supressão Hipotálamo-Hipófise-Adrenal e Risco de Insuficiência Adrenal Secundária Devido ao Uso de Dexametasona Nasal. ArqBras Endocrinol Metab . 2002, vol.46, n.2, pp. 193-196; 13) Avamys® (Furoato de Fluticasona). Bula do Produto.

*Experiência da Prática Clínica do Médico

Page 6: Highlight Congresso Brasileiro de Pediatria 2015 file2 PANORAMA Por Thaís Novais (MTB: 35.650/RJ) | Fotos de Gianne Carvalho E, mais uma vez, o Rio de Janeiro foi a cidade es-colhida

6

Dessa forma, se o paciente tem sintomas compatíveis com a asma, o médico realiza os testes espirométricos e existe reversi-bilidade, então o diagnóstico de asma é definitivo5.

Em lactentes, o diagnóstico de asma é mais complexo. Existe um índice preditivo de

asma, que estabelece critérios para o diagnósti-co: história de asma na família, dermatite atópica

e sensibilização a aeroalérgenos. E os critérios me-nores são: rinite alérgica, sensibilização alérgica a leite, ovo e amendoim, sibilância fora de IVAS e eosinofilia maior que 4%. Esses critérios mostram que o risco para a criança se tornar um sibilante e desenvolver asma posteriormente é significativo, principalmente nas crianças que já apresen-taram crise de sibilância por mais de três a quatro vezes5,7.

Foram definidos critérios para instituir a terapêutica inicial, dividindo a asma em leve, moderada e grave, de acordo com os sintomas, limitação da atividade física da criança e presença de sintomas noturnos5. Uma proposta eficaz é:

• Asma leve: usar corticoide inalado em doses baixas,ou antileucotrieno como opção5;

• Asma moderada: usar corticoide inalado em dosesmédias ou corticoide inalado em dose baixa mais bron-codilatador de longa ação5;

• Asma grave: usar corticoide inalado em doses altasmais broncodilatador de longa ação5.

O dispositivo de aerossol dosimetrado com espaçador é a maneira preferida para tratar crianças. Em crianças meno-res de 5 anos, pode-se usar também o nebulizador para o tratamento5.

Uma meta-análise, envolvendo 3.757 crianças e adolescen-tes, comparou o uso de corticoide inalado com montelu-caste. Os resultados mostraram que, em crianças e adoles-centes com asma persistente, o uso de corticoide inalado é superior ao montelucaste em prevenir exacerbações, me-lhora da função pulmonar e controle da asma8.

Outra meta-análise, avaliou adultos e crianças acima de dois anos, com asma persistente, durante 4 a 52 sema-nas, com uso de corticoide inalado em comparação a antileucotrienos. Os resultados apresentados mostraram que corticoides inalados como monoterapia têm eficácia superior aos antileucotrienos em adultos e crianças com asma persistente9.

Para avaliação da asma grave problemática em crianças, o médico deve seguir algumas etapas sucessivas, como revisão completa do diagnóstico para excluir outras doenças que mi-metizam asma, avaliação para identificar fatores de agravo, in-cluindo as comorbidades, avaliação do padrão da inflamação e documentação da resposta a corticosteroides10*.

1) IV Diretrizes Brasileiras para o manejo da asma. J Bras Pneumol.2006;32(Supl 7):S 447-S 474; 2) Neffen H, Fritscher C, Cuevas Schacht F, Levy G, Chiarella P, Soriano JB, et al. Asthma control in Latin America: the Asthma Insights and Reality in Latin America (AIRLA) survey. Rev Panam Salud Publica. 2005;17(3):191–7; 3) Martinez FD, Vercelli D. Asthma. Lancet. 2013;382:1360-72; 4) Szefler SJ. Advances in pediatric asthma in 2013: Coordinating asthma care. JACI. 2013;131:36-46; 5) Global Initiative for Asthma (GINA).Global Strategy for Asthma Management and Prevention 2015. Disponível em: <http://www.ginasthma.org/documents/4>. Acesso em: 5 de jan 2016; 6) Pfaff K, E Morgan WJ.Pulmonary function in infants and children.Pediatr. Clin. North. Am. 1994;41:401-23; 7) Castro Rodriguez.

A Clinical Index to Define Risk of Asthma in Young Children with Recurrent Wheezing. Am. J. Respir Crit Care Med Vol. 2000;162:1403-1406; 8) Castro Rodriguez JÁ, Rodrigo GJ. The role of inhaled corticosteroids and montelukast in children with mild–moderate asthma: results of a systematic review with meta-analysis; 9) Chauhan BF, Ducharme FM. Anti-leukotriene agents compared to inhaled corticosteroids in the management of recurrent and/or chronic asthma in adults and children. Cochrane Database Syst. Rev. 2012; 10) Bush A, et. al. Assessment of problematic severe asthma in children. Eur. Respir. J. 2011;38:947-58.

* Experiência da Prática Clínica do Médico.

Dr. Joaquim Carlos Rodrigues (CRM: 31.334-SP)Professor livre-docente do Departamento de Pediatria da FMUSP; coordenador da Unidade de Pneumologia Pediátrica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP; coordenador do Centro de Pesquisas Clínicas do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP; pneumologista pediátrico do Centro de Do-

enças Respiratórias da Clínica de Especialidades Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein

“A diferença de prevalência da asma em regiões distintas tem a ver com a sua determinação genética, com fatores climáticos e ambientais. O principal fator que determina a morbidade é a falta de controle da doença,

a falta de disponibilidade dos pacientes ao medicamento, ao atendimento médico e a falta de reconhecimento da asma como patologia importante. A melhor proposta terapêutica para pacientes com asma é o uso de corticoide inalado. E, em casos mais graves, a associação do corticoide a um broncodilatador de longa ação”

Copyright© 2016 by DOC Content. Todas as marcas contidas nesta publicação, desenvolvida exclusivamente pela DOC Content para o laboratório GSK, bem como os direitos autorais incidentes, são reservados e protegidos pelas leis 9.279/96 e 9.610/98. É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, da DOC Content. Publicação destinada à classe médica. O conteúdo deste material é de responsabilidade de seu autor, não refletindo necessariamente a opinião da GSK.

Page 7: Highlight Congresso Brasileiro de Pediatria 2015 file2 PANORAMA Por Thaís Novais (MTB: 35.650/RJ) | Fotos de Gianne Carvalho E, mais uma vez, o Rio de Janeiro foi a cidade es-colhida

BR/FF/0060/15 (1474880) - FEV/16

Referências Bibliográficas: 1. BERGER, WE. et al. Intranasal corticosteroids: the development of a drug delivery device for fluticasone furoate as a potential step toward compliance. Expert Opin Drug Deliv, 4(6): 689-701, 2007. 2. AVAMYS® (furoato de fluticasona). Bula do produto. 3. CANONICA, GW. et al. A survey of the burden of allergic rhinitis in Europe. Allergy, 62(85): 17-25, 2007. 4. ARDANA. N, et al. Congestion and sleep impairment in allergic rhinitis. Asian Pac. J.Allergy Immunol. 29: 297-306, 2011.

Avamys® spray nasal é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos ingredien-tes do produto. Os dados disponíveis sobre indução e inibição de enzimas indicam que não há base teórica para prever interações metabólicas entre Avamys® e o metabolismo mediado pelo citocromo P450 de outros compostos, em doses intranasais clinicamente relevantes. Portanto nenhum estudo clínico foi conduzido para investigar interações entre Avamys® e outros fármacos.Avamys® spray nasal (furoato de fluticasona). Indicações: Adultos/Adolescentes (a partir de 12 anos de idade): tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido nasal e espirros) e sintomas oculares (prurido/ardência, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos) de rinite alérgica sazonal. Tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido nasal e espirros) de rinite alérgica perene. Crianças (2 a 11 anos): tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido nasal e espirros) de rinite alérgica sazonal e perene. Contraindicações: é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos ingredientes do produto. Precauções e advertências: Furoato de flutica-sona é metabolizado pela enzima CYP3A4. A coadministração com ritonavir não é recomendada, devido ao risco potencial de aumento da exposição sistêmica ao furoato de fluticasona. Efeitos sistêmicos com corticosteroides nasais foram relatados, particularmente em doses elevadas prescritas por períodos prolongados. Estes efeitos são muito menos prováveis de ocorrer com corticosteroides nasais do que com corticosteroides orais e po-dem variar em cada indivíduo e entre diferentes formulações de corticosteroides. Redução na velocidade de crescimento foi observada em crianças tratadas com 110 mcg de furoato de fluticasona por dia, durante um ano. Portanto, crianças devem ser tratadas com a menor dose necessária para o controle adequado dos sintomas. Como com outros corticosteroides intranasais, os médicos devem estar alerta para seus potenciais efeitos sistê-

micos, incluindo alterações oculares. Uso em gravidez e lactação: Categoria C de risco na gravidez. Não estão disponíveis dados adequados com relação ao uso de Avamys® durante a gravidez e a lactação em seres humanos. Avamys® somente deve ser usado na gravidez se os benefícios para a mãe forem superiores aos riscos potenciais para o feto. Após a administração intranasal na dose humana máxima recomendada (110 mcg/dia), as concentrações plasmáticas de furoato de fluticasona foram tipicamente não-quantificáveis e, portanto, prevê-se que o potencial para toxicidade re-produtiva seja muito baixo. A excreção de furoato de fluticasona no leite materno humano não foi investigada. Capacidade de dirigir/operar máquinas: não há razões para prever um efeito sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas com Avamys®. Reações adversas: Muito comum: epistaxe. Em adultos e adolescentes, a incidência de epistaxe foi mais alta no uso de longa duração (mais de 6 semanas) do que no uso de curta duração (até 6 semanas). Em estudos clínicos pediátricos de até 12 semanas de duração, a incidência de epistaxe foi similar entre Avamys® e placebo; Comum: ulceração nasal, cefaleia; Incomun: rinalgia, desconforto nasal (incluindo queimação, irritação e dor nasal), ressecamento nasal; Rara: reações de hipersensibilidade que incluem anafilaxia, angioedema, rash e urticária; Muito raras: perfuração do septo nasal; Não Conhecidas: retardo no crescimento em crianças. Em um estudo clínico de um ano avaliando-se o crescimento de crianças pré-púberes que receberam 110 mcg de furoato de fluticasona uma vez/dia, uma diferença média de -0,27 cm por ano na velocidade de crescimento foi observada em comparação com placebo. Infecções por candida albicans, dificuldades de cicatrização, catarata, glaucoma, imunossupressão, dor faringolaríngea, dor nas costas, nasofaringite, pirexia e tosse. Interações com medicamentos, alimentos e álcool: não foram observadas interações entre Avamys® e outros medicamentos nos estudos realizados. Posologia: Avamys® somente deve ser administrado por via nasal. Para benefício terapêutico completo, recomenda-se o uso regular. Podem ser necessários vários dias de tratamento para benefício máximo. O início de ação foi observado 8 horas após a administração inicial. Uma ausência de efeito imediato deve ser explicada ao paciente. Adultos/Adolescentes (a partir de 12 anos de idade): dose inicial recomendada: dois jatos (27,5 mcg por jato) em cada narina, uma vez ao dia. Alcançado o controle adequado dos sintomas, a redução da dose para um jato em cada narina uma vez ao dia pode ser eficaz para manutenção. Crianças (2 a 11 anos de idade): dose inicial recomendada: um jato (27,5 mcg por jato) em cada narina, uma vez ao dia. Os pacientes que não reagirem adequadamente à dose inicial, podem usar dois jatos em cada narina uma vez ao dia. Atingido o controle dos sintomas, a redução da dose para um jato em cada narina uma vez ao dia é recomendada. Não há dados que recomendem o uso de Avamys® Spray Nasal no tratamento de rinite alérgica sazonal ou perene em crianças menores de 2 anos de idade. Não é necessário qualquer ajuste da dose em pacientes idosos, com insuficiência renal ou insuficiência hepática. Superdosagem: Em um estudo de biodisponibilidade, doses intranasais de até 24 vezes a dose diária recomendada para adultos foram estudadas durante três dias, sem que nenhum efeito sistêmico adverso fosse observado. É improvável que a superdosagem aguda exija qualquer tratamento além de observação. Para dados completos sobre a segurança do medicamento, a bula na íntegra deverá ser consultada e poderá ser solicitada à empresa através do Serviço de Informação Médica da GSK (0800 701 22 33 ou [email protected]). VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Reg. MS. 1.0107.0271. mBL_Avamys_sprnas_GDS10_IPI09_L0601

Material de distribuição exclusiva para profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos. Recomenda-se a leitura da bula e da monografia do produto antes da prescrição de qualquer medicamento. Mais informações à disposição sob solicitação ao Serviço de Informação Médica (DDG 0800 701 22 33 ou [email protected]).A bula completa do medicamento e outras informações estão à disposição, sob solicitação ao departamento de Informações Médicas (DDG 0800 701 22 33 ou [email protected]).Para notificar eventos adversos ocorridos durante o uso de medicamentos da GlaxoSmithKline/Stiefel, entre em contato diretamente com o Departamento de Farmacovigilância da empresa pelo e-mail [email protected] ou através do representante do grupo de empresas GSK.

Page 8: Highlight Congresso Brasileiro de Pediatria 2015 file2 PANORAMA Por Thaís Novais (MTB: 35.650/RJ) | Fotos de Gianne Carvalho E, mais uma vez, o Rio de Janeiro foi a cidade es-colhida

anuncio_livreto_crianca_atopica SET.indd 1 9/18/15 6:36 PM

2