22
Tatiana Lika Franco da Rocha HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPB SÃO PAULO 2008 FMU Tatiana Lika Franco da Rocha

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

Tatiana Lika Franco da Rocha

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPB

SÃO PAULO 2008

FMU

Tatiana Lika Franco da Rocha

Page 2: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

2

Hiperplasia Prostática Benigna – HPB

Trabalho de conclusão de curso do curso de Medicina Veterinária da FMU, sob orientacão da Professora Ms. Aline Machado de Zoppa.

FMU

Tatiana Lika Franco da Rocha

Hiperplasia Prostática Benigna – HPB

Page 3: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

3

Defendido e aprovado em 19 de Dezembro de 2008, pela banca examinadora constituída pelos professores:

____________________________________________________ Prof. Ms. Aline Machado de Zoppa FMU – Orientadora ____________________________________________________ Prof. Ms. João Francisco de Azevedo Mattos FMU ____________________________________________________ Mv. Jamara Siqueira FMU

Dedico esta obra a meus amados “filhos”

Zeus e Thor que se mantiveram sempre em

meu coração e pensamento.

Page 4: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

4

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu marido Affonso e a meus pais, Lúcia e Roberto, por estarem

sempre ao meu lado, não medindo esforcos para ver meus sonhos realizados.

Aos meus grandes Mestres Dr. Aloísio Gelsi e Dr. Paulo César Conelian, pelos

conhecimentos transmitidos, bem como pela paciência e amizade dispensadas em todo o

processo de aprendizado.

Aos novos amigos, Dra. Bianca Bourbon e Josinaldo que me apoiaram no

aperfeiçoamento da prática e no trato diário com os animais.

A minha orientadora Prof. Ms. Aline Machado de Zoppa pela compreensão e

paciência.

Page 5: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

5

SUMÁRIO

RESUMO........................................................................................................................07

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................08

2. DEFINIÇÃO..............................................................................................................10

3. ETIOLOGIA..............................................................................................................11

4. FISIOPATOGENIA................................................................................................. 12

5. SINTOMAS CLÍNICOS...........................................................................................13

6. DIAGNÓSTICO DAS PATOLOGIAS PROSTÁTICAS......................................15

6.1 História clínica..................................................................................................15

6.2 Exame físico......................................................................................................16

6.3 Urinálise; hemograma completo/quadro bioquímico...................................16

6.4 Exame radiográfico..........................................................................................16

6.5 Exames ultrassonográficos............................................................................. 17

6.6 Exame do sêmen...............................................................................................18

6.7 Massagem prostática........................................................................................18

6.8 Citologia prostática..........................................................................................19

6.9 Biópsia prostática.............................................................................................20

7. TRATAMENTO DA HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA.....................21

7.1 Orquiectomia....................................................................................................22

8. PROGNÓSTICO......................................................................................................23

9. CONCLUSÃO..........................................................................................................24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................25

RESUMO

A hiperplasia prostática benigna é uma enfermidade que acomete cães com

idade avançada (meia idade a idosos) afetando a qualidade de vida do animal, uma vez

que este terá a defecação e micção comprometidas.

Para se ter um diagnóstico definitivo, o veterinário deve tomar como base vários

tipos de exames: ultrassom, radiografia e biópsia da próstata. É de extrema importância

Page 6: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

6

que tal exploração seja feita para servir como base para diagnóstico diferencial a outras

doenças.

O tratamento de eleição para hiperplasia prostática é a orquiectomia, pois a

terapia medicamentosa traz inúmeras limitações, uma vez que os estrógenos causam

diversos efeitos colaterais, podendo induzir a metaplasia escamosa, agravando a

sintomatologia clínica, além de aumentar as alterações císticas e a inflamação da

próstata, deprimindo a espermatogênese e causando anemia aplásica, trombocitopenia e

leucopenia.

A dose de estrógenos e a duração da terapia podem causar intoxicação,

dependendo da presença de outros fatores, como o estado físico do animal e

parasitismo, os quais poderão alterar o funcionamento da medula óssea.

1. INTRODUÇÃO

A próstata é a única glândula sexual acessória no cão macho, sendo um órgão

bilobulado, com septo mediano na superfície dorsal, localizado predominantemente no

espaço retroperineal, caudal à bexiga, na área do colo da bexiga, proximal à uretra.

(ETTINGER, 1992)

Quando a vesícula urinária está cheia a próstata se localiza em posição pré-

púbica e quando está vazia a mesma se encontra por completo na cavidade pélvica.

(KEALY, MCALLISTER, 2005)

Histologicamente a próstata se apresenta envolta por uma cápsula fibroelástica

rica em músculo liso, enviando septos que penetram na glândula, formando assim um

estroma rico que envolverá os constituintes glandulares. (ETTINGER,1992)

Page 7: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

7

O epitélio glandular é muito variável, sendo na maioria das vezes identificado

como cilíndrico simples ou pseudo-estratificado. Ainda se verifica o epitélio de

transição, semelhante ao da porção prostática da uretra, perto da terminação dos ductos.

(ROSS; ROMRELL, 1993)

As células no interior da glândula são o epitélio secretor colunar alto e o epitélio

basal, localizado ao longo da membrana basal. (ETTINGER, 1992)

A hiperplasia prostática benigna é o aumento de tamanho da próstata, na qual

ocorre o aumento de número de células prostáticas secundárias à estimulação com

hormônios androgênicos. (FOSSUM, 2002)

A hipertrofia da glândula representa um aumento hipertrófico dependente de

alterações hormonais e é amplamente comum em cães mais velhos que possuem

testículos funcionantes. (FOSSUM, 2002)

A próstata se torna mais pesada com o envelhecimento, ocorrendo o aumento

aparente na sensibilidade da mesma, em virtude do crescimento da glândula pelo

aumento da testosterona, sendo que as concentrações de dihidrotestosterona e

testosterona prostática diminuem com a idade. (ETTINGER, 1992)

As causas principais da hiperplasia incluem proporção anormal de andrógenos

com relação a estrógenos, aumento no número de receptores androgênicos e na

sensibilidade tecidual a andrógenos. O andrógeno primário que promove a hiperplasia é

a dihidrotestosterona. (FOSSUM, 2002)

A função da próstata é produzir o líquido prostático, que representa a totalidade

do líquido seminal. Este líquido possui ácido cítrico, frutose, colesterol, proteínas e, em

algumas espécies animais, aminoácidos livres, sendo rico em zinco. Contém também as

enzimas proteases, glicosidases, aspartato e as fosfatases alcalina e ácida. (ETTINGER,

1992)

O líquido secretado pela glândula é ácido (pH 6,5), incolor e contém enzimas

proteolíticas, inclusive uma fibrinolisina que funciona na liquefacão do sêmen. O nível

de fosfatase ácida e de ácido cítrico representa um índice da função prostática, sendo

uma parte da fosfatase ácida produzida liberada para a corrente sanguínea. (ROSS;

ROMRELL, 1993)

O tamanho da glândula varia de acordo com a idade, o nível hormonal, porte do

animal e a raça. (PIEROBON, 1991)

No decorrer da vida do animal, a próstata passa por três fases. Na primeira

ocorre o crescimento normal da glândula, que é observado em animais jovens. A fase

Page 8: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

8

hiperplásica ocorre em animais de meia-idade e nos idosos; a fase final é da involução

senil. (ETTINGER, 1992)

Devido a natureza glandular da próstata, podem se desenvolver cistos prostáticos

intraparenquimais em associação com a hiperplasia. Ainda podem ser descritas outras

moléstias tais como: prostatite bacteriana, metaplasia escamosa, abscesso prostático e

neoplasia prostática. (ETTINGER, 1992)

2. DEFINIÇÃO

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma enfermidade caracterizada tanto

pelo aumento de número de células (hiperplasia) como pelo aumento do tamanho

celular (hipertrofia). (HARARI, 2004)

Trata-se de uma alteração do envelhecimento, que ocorre apenas em duas

espécies: cães e homem. A hiperplasia é basicamente uniforme e epitelial nos cães, ao

passo que no homem é basicamente estromal e nodular. (BARSANTI; FINCO, 1997)

Uma vez que a hiperplasia é uma alteração observada ao longo do

envelhecimento, esta ocorre concomitantemente com outras moléstias. (ETTINGER,

1992)

Page 9: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

9

3. ETIOLOGIA

Em cães, a hiperplasia prostática benigna está associada com a relação

androgênio-estrogênio, a qual pode aumentar o número de receptores para andrógenos.

Mesmo com a diminuição da produção de androgênio junto com o envelhecimento do

animal e com o aumento da produção estrogênica a hiperplasia se desenvolve. Vale a

pena ressaltar que é indispensável a presença dos testículos. (BARSANTI ; FINCO,

1997; FOSSUM, 2002)

Além do desbalanço entre os níveis de andrógenos e estrógenos, há um número

de receptores para andrógenos em nível celular, sugerindo um aumento de sensibilidade

tecidual aos andrógenos circulantes. (FOSSUM, 2002)

Com o envelhecimento, ocorre aumento aparente na sensibilidade do

crescimento da glândula prostática pela testosterona, uma vez que a secreção de

testosterona e as concentrações de dihidrotestosterona e testosterona prostática

diminuem com a idade. (ETTINGER, 1992)

Devido às mudanças no catabolismo e ao aumento na sua ligação aos receptores,

a dihidrotestosterona se acumula. (BARSANTI; FINCO, 1997)

A hiperplasia é comum em animais a partir de 05 (cinco) anos de idade, sem

predisposição de raça e muitas vezes não há manifestação clínica patológica

significativa, podendo levar, em outros casos em sua evolução, a outros processos

inflamatórios agudos e crônicos, bacterianos, abscessos, neoplasias e formações císticas.

(ETTINGER, 1992)

É comum também a ocorrência simultânea de hérnia perineal com

comprometimento da próstata. (PIEROBON, 1991)

4. FISIOPATOGENIA

A função da próstata é produzir líquido prostático como meio de transporte e

suporte para os espermatozóides durante a ejaculação. Sob o estímulo parassimpático

que ocorre durante a ereção, a próstata aumenta a taxa de produção de líquido e sob o

estímulo simpático, expulsa o líquido durante a ejaculação. (ETTINGER, 1992)

Page 10: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

10

A testosterona sofre a ação da enzima 5 alfa redutase, transformando-se em

dihidrotestosterona. Este último hormônio no interior da glândula provavelmente serve

como um mediador hormonal para a hiperplasia e se acumula devido às mudanças no

catabolismo. O processo hiperplásico pode ser facilitado pelos estrógenos, os quais

podem aumentar o número de receptores para andrógenos. (BARSANTI; FINCO, 1992;

FOSSUM, 2002)

A hiperplasia prostática benigna se manifesta devido a uma conversão

anormalmente elevada de testosterona em dihidrotestosterona que se acumula de

maneira anormal. (FOSSUM, 2002)

Mesmo havendo uma baixa produção de andrógenos, o que ocorre com o

envelhecimento do animal, desde que ocorra um aumento da produção de estrógenos

(estroma e radiol), a hiperplasia se desenvolve. Embora o tamanho aumente com a

hiperplasia, a função secretória da próstata diminui. (BARSANTI; FINCO, 1992)

A vascularidade da próstata fica aumentada nos casos de HPB e a glândula fica

com tendência ao sangramento. (BARSANTI; FINCO, 1997)

No cão, a hiperplasia começa na forma de hiperplasia cística. Frequentemente

cistos intraparenquimatosos se comunicam com a uretra, e podem ser maiores na

periferia da glândula. Quase todos os machos sexualmente intactos apresentarão

hiperplasia prostática benigna com o passar do tempo, contudo a maioria não

apresentará sinais clínicos. (BARSANTI; FINCO, 1997)

5. SINAIS CLÍNICOS

Muitas vezes a hiperplasia prostática benigna pode estar presente sem estar

associada a outros sinais clínicos da doença, pois o cão acometido mostra-se alerta,

ativo e não febril, sendo um achado post-mortem em cães de meia idade ou idosos.

(BARSANTI; FINCO, 1992)

Há duas formas: a não complicada, que se caracteriza por não apresentar

sintomatologia clínica ou apenas o tenesmo como sintoma; e a complicada apresenta

quadros de comprometimento de outros sistemas, principalmente de trato urinário.

(BARSANTI; FINCO, 1997)

Os sintomas mais comuns nas alterações prostáticas, segundo ETTINGER

(1992), BARSANTI; FINCO (1997) e HARARI (2004) são:

Page 11: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

11

• Tenesmo: ocorre quando a ampliação da próstata atravessa o reto, devido à

compressão no canal pélvico; a constipação pode ocorrer secundariamente, anulando a

dor associada a defecação.

• Hematúria: dá-se devido ao refluxo de sangue proveniente da uretra prostática

para dentro da bexiga. Pode estar associada com uma cistite bacteriana concorrente.

• Retenção urinária: ocorre devido ao estreitamento do lúmen da uretra

prostática. Quando esta for crônica, haverá distensão permanente da bexiga,

promovendo atonia do órgão, que resultará em incontinência urinária.

• Disúria/estrangúria: estão presentes quando há obstrução parcial ou total da

uretra, resultante do aumento prostático.

• Corrimento uretral: apresenta-se sempre com traços de sangue, devido

exudação de sangue, pus, e/ou fluido prostático na uretra.

• Infecção recidivante do trato urinário: no macho canino está relacionada à

prostatite bacteriana crônica.

• Hipertermia, depressão, anorexia, vômito e diarréia: são sinais de

comprometimento sistêmico mais comumente encontrado nos casos de prostatites

bacterianas e abscessos prostáticos.

• Distensão abdominal: causada por cisto paraprostático ou abscesso prostático.

• Dor abdominal caudal, dor lombar e/ou comprometimento de membro

pélvico: associados com metástase de neoplasia prostática para musculatura, estruturas

ósseas ou então a peritonite por abscesso prostático.

• Edema de membro pélvico: secundário ao comprometimento linfático por

metástase de neoplasia prostática.

• Outras condições clínicas associadas: prejuízo da libido, infertilidade,

septicemia, hérnia perineal e tumor testicular.

A hérnia perineal provavelmente é resultado de esforço abdominal que causa

debilidade do diafragma pélvico. Existem evidências que a hérnia perineal e

enfermidades prostáticas se relacionem endocrinamente, já que ambas são observadas

em machos idosos. (HOWARD, 1980)

Page 12: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

12

6. DIAGNÓSTICO DAS PATOLOGIAS PROSTÁTICAS

As principais técnicas de diagnóstico para as moléstias prostáticas são o

histórico, palpação da próstata, radiografia, ultrassonografia, exame citológico e

microbiológico do líquido prostático coletado por ejaculação ou após massagem

prostática.

O diagnóstico definitivo só é possível por meio de obtenção de biópsia. O

diagnóstico presuntivo pode ser firmado pela história clínica e exame físico, com ajuda

da hematologia, urinálise e análise do líquido prostático, dependendo da gravidade da

queixa de apresentação. A biópsia não é recomendável para a confirmação de

diagnóstico se os sinais clínicos forem típicos. A resposta à castração poderá ser

utilizada com meio auxiliar para a confirmação do diagnóstico. (ETTINGER, 1992,

BARSANTI; FINCO, 1997)

6.1 História clínica

Deve ser obtida a história clínica completa, incluindo a queixa principal e a

revisão do estado geral da saúde do cão. Deve-se determinar a natureza, gravidade,

duração e progressão do sinal de apresentação anormal. (ETTINGER, 1992)

A ocorrência de qualquer sinal sistêmico de enfermidade (dor não localizada,

depressão, anorexia, vômito, diarréia), qualquer claudicação ou qualquer alteração na

ingestão de água ou na produção urinária podem ser pistas importantes para elucidação

da natureza da afecção. (BARSANTI; FINCO, 1997)

O diagnóstico para a hiperplasia prostática benigna é sugerido quando se

observam tenesmo, hemorragia uretral e/ou hematúria no cão não castrado, de meia

idade ou mais velho, sadio. (NELSON; COUTO, 1994)

Page 13: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

13

Se houver comprometimento sistêmico, o animal irá apresentar febre,

depressão, anorexia, vômitos e diarréia, que são sinais comumente encontrados nos

casos de prostatite bacteriano ou abscesso prostático. (KAY, 1994)

Dentre os sintomas menos comuns há a hipertermia, infertilidade, obstrução

uretral e anormalidade na postura devido à metástases ósseas no caso de neoplasia

prostática. (ETTINGER, 1992)

6.2 Exame físico

O exame da próstata é efetuado mais adequadamente com a abordagem com as

duas mãos, utilizando a palpação retal digital e a palpação abdominal caudal. A mão

que está apalpando a porção caudal do abdômen pode avaliar os aspectos craniais da

glândula, pode simultaneamente empurrar a próstata para o interior do canal pélvico, ou

para suas proximidades, para a palpação via retal mais adequada. (BARSANTI; FINCO,

1997)

Deve-se avaliar o tamanho, simetria, contorno da superfície glandular,

consistência, mobilidade e dor da próstata. A glândula prostática normal é simétrica,

possui a superfície lisa, o sulco está conservado, a consistência é normal e a dor é fraca

ou nula. (BARSANTI; FINCO, 1997)

O tamanho varia com a idade, tamanho corporal e raça, de forma que julgar se o

tamanho está normal é muito subjetivo. Se houver suspeita de aumento de tamanho, as

medidas devem ser registradas para que a progressão possa ser seguida. (OLSON, et al.,

1988)

O estado de repleção da vesícula urinária também influi na localização da

glândula. Quando está repleta, a próstata se encontra cranialmente ao arco púbico, e

quando vazia situa-se intrapélvica, facilitando a sua avaliação pelo toque retal.

(KEALY, MCALLISTER, 2005)

6.3 Urinálise; hemograma completo/quadro bioquímico

A análise do fluido prostático é de difícil utilização devido à dificuldade de

obtenção da amostra, grau de invasibilidade, possibilidade de contaminação por agentes

Page 14: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

14

provenientes via urina ou uretra e até mesmo pela inabilidade de confirmação do fluido

na coleta obtida por um técnico não experiente. (KAY, 1994)

6.4 Exame radiográfico

Radiologicamnente a próstata pode ser avaliada quanto ao tamanho, formato,

localização e densidade. Entretanto, as variações dessas características não revelam

especificamente qualquer das patologias, servindo apenas como auxiliares no

diagnóstico diferencial de algumas delas. (KEALY; MCALLISTER, 2005)

A radiografia abdominal raramente determina a etiologia específica da doença

prostática, mas pode revelar alterações da glândula como: assimetria, formacão

anormal no abdômen caudal preenchida por fluido, mineralização da glândula

prostática, ampliação do nódulo linfático ilíaco, reações periostais do osso vertebral ou

pélvico, retenção urinária ou fecal ou presença de tecido macio no abdômen caudal.

(ETTINGER, 1992; KEALY, MCALLISTER, 2005)

A glândula de dimensões normais não desloca o cólon ou a bexiga de sua

posicão normal. (BARSANTI; FINCO, 1997)

Na maioria dos casos a presença de um aumento da próstata pode ser

demonstrada somente com o uso de um contraste. (ETTINGER, 1992; KEALY,

MCALLISTER, 2005)

A uretrocistografia retrógrada por distensão da bexiga permite melhor avaliação

da uretra prostática e próstata, mas traz complicações como hematúria, indução da

infecção do trato urinário e a possibilidade de ruptura da bexiga. (BARSANTI; FINCO,

1992)

A uretra prostática pode se apresentar normal, estreitada e sinuosa na hiperplasia

prostática benigna. O refluxo na uretra prostática pode estar maior do que o normal.

Radiografias de tórax devem ser realizadas quando houver suspeita de neoplasia

prostática, para evidência de metástase. O adenocarcinoma prostático faz metástase

através da via linfática para linfonodos sublombares, corpos vertebrais e pulmões.

(BARSANTI; FINCO, 1992)

Quando a próstata está significativamente aumentada, frequentemente haverá

necessidade de uretrografia excretora, para que seja determinado se está ocorrendo

obstrução uretral. (BARSANTI; FINCO, 1997)

6.5 Exames ultrassonográficos

Page 15: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

15

A consistência da próstata pode ser melhor avaliada pela ultrassonografia,

comparativamente à radiografia. A glândula prostática pode ser frequentemente

visualizada pela ultrassonografia, visto que este órgão, quando aumentado, assume

posição abdominal por haver poucas estruturas entre a pele e a próstata, e visto que a

bexiga pode ser utilizada como ponto de referência. Geralmente os cães podem ser

examinados em decúbito dorsal, sem sedação. (ETTINGER, 1992; BARSANTI;

FINCO, 1997)

Estruturas císticas, pequenas, múltiplas e difusas são identificadas comumente à

ultrassom. O exame ultrassônico demonstra um envolvimento relativamente simétrico,

difuso em toda a próstata. (ETTINGER, 1992; FOSSUM, 2002)

O ultrassom pode ser utilizado para avaliação da glândula e para guiar a

aspiração com agulha ou biópsia, podendo se observar: prostatomegalia; cisto prostático

(hipoecóico) ou abscesso (anecóico); cisto paraprostático; áreas focais ou multifocais de

aumento de ecogenicidade (prostatite bacteriana ou neoplasia) e linfoadenopatia ilíaca.

(ETTINGER, 1992)

Nas diversas patologias a ecogenicidade está geralmente aumentada. Na

hiperplasia prostática benigna a glândula frequentemente apresenta-se dentro da

normalidade, porém pode se apresentar hiperecogênica. (KEALY, MCALLISTER,

2005)

A combinação da uretrocistografia retrógrada com a ultrassonografia pode ser válida,

visto que a distensão da bexiga pode ajudar na identificação da glândula prostática.

(ETTINGER, 1992)

6.6 Exame do sêmen

O ejaculado do cão é valioso na determinação de moléstias prostáticas, pois o

líquido prostático compõe mais de 95% do sêmen. O líquido prostático é a última fração

do ejaculado. Para coletar o sêmen pode-se utilizar a estimulação manual ou a utilização

de um manequim. Parte do ejaculado é utilizado para o exame microscópico e outra

parte é utilizada para cultura bacteriana quantitativa. Os altos números de organismos

gram-positivos ou gram-negativos com um grande número de leucócitos ocasionais

indicam infecção. Pode ser encontrado sangue no ejaculado de cães com infecção

bacteriana, cistos prostáticos, neoplasia prostática e hiperplasia. Uma anormalidade no

Page 16: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

16

ejaculado não localiza o problema na próstata, uma vez que os testículos, epidídimo,

ductos deferentes e uretra compõem e transportam o ejaculado. (ETTINGER, 1992)

6.7 Massagem prostática

Uma forma alternativa para obter o líquido prostático é a massagem quando não

se consegue coletar o sêmen. O cão deve estar com a bexiga vazia (permitindo assim,

que ele urine primeiramente) e com a introdução de um cateter urinário lavá-la com

solução salina para assegurar que ela esteja vazia. A última lavagem é guardada como

amostra pré-lavagem. A próstata é massageada por via retal, abdominal ou por ambas

durante dois minutos; logo após se adiciona novamente a solução salina pelo catéter e a

uretra é ocluída ao redor do catéter para evitar o refluxo para fora do orifício uretral. O

catéter é avançado até atingir a bexiga com aspirações repetidas. Tanto a amostra pré-

massagem quanto a pós-massagem são examinadas microscopicamente e através da

cultura quantitativa. Através da comparação das duas amostras é possível identificar se

a alteração encontrada foi devido ao líquido prostático e não infecção de bexiga ou

uretra. (ETTINGER, 1992)

A amostra pós-massagem deve ser transparente em cães normais, são observadas

apenas algumas hemácias, leucócitos, células epiteliais pavimentosas e de transição.

Quando o número de bactérias nessa amostra for superior ao número de bactérias

contidas na amostra pré-massagem, será provável a infecção. (BARSANTI; FINCO,

1997)

6.8 Citologia prostática

Na hiperplasia prostática benigna, a citologia revela hemorragias e inflamação

leve sem sepse; apresentando células epiteliais prostáticas, hemácias e alguns

leucócitos. O que confirmará as alterações hiperplásicas será a histopatologia.

(FOSSUM, 2002)

6.9 Biópsia prostática

O método diagnóstico mais definitivo para diferenciar patologias prostáticas é a

biópsia, mas também é o mais invasivo. (NELSON; COUTO, 1994)

Page 17: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

17

É utilizado quando achados clínicos menos invasivos não indicam provável

diagnóstico, quando a terapia para a afecção subjacente suspeitada não obtém êxito ou

quando o provável diagnóstico é enfermidade séria. As amostras obtidas pela biópsia

podem ser utilizadas para cultura bacteriana e citologia, bem como serão fixadas e

processadas para exame histológico. (BARSANTI; FINCO, 1997)

A biópsia pode ser realizada por via perirretal ou transabdominal, ou então ser

realizada diretamente durante o ato cirúrgico. O procedimento percutâneo pode ser

realizado com tranquilização e anestesia local, sendo a agulha direcionada através da

palpação retal ou de ultrassom. A amostra de tecido é utilizada para cultivo

microbiológico e exame histológico. Como complicações da biópsia podem ser citadas

a hematúria branda e a hemorragia significativa. A biópsia é indicada para o diagnóstico

de metaplasia escamosa, neoplasia e hiperplasia prostática benigna, embora alguns

autores não a recomendem se os sinais clínicos da hiperplasia prostática benigna forem

típicos. (ETTINGER, 1992)

7. TRATAMENTO DA HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA

A orquiectomia é a melhor solução, portanto não provoca efeitos secundários, e

resultará em diminuição de 70% do tamanho da próstata. A glândula começa a involuir

dentro de dias, esperando-se o decréscimo palpável no tamanho da próstata dentro de 7

a 14 dias. A secreção prostática se tornará mínima por volta de 7 a 16 dias após a

castração. (BARSANTI; FINCO, 1997)

Quando a castração não for possível, utilizam-se baixas doses de estrógenos. Os

estrógenos provocam atrofia prostática devido à diminuição da concentração dos

Page 18: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

18

andrógenos, através da depressão da secreção das gonodatropinas pela glândula

pituitária. Esses hormônios atuam principalmente diminuindo o tamanho da próstata

mediante a diminuição da massa celular. (BARSANTI; FINCO, 1997)

Em um estudo, 0,1 mg de dietilstilbestrol injetável por dia, por 5 dias reduziu

notavelmente a capacidade secretora da próstata durante 2 meses. (BARSANTI;

FINCO, 1997)

Segundo (FOSSUM, 2002), a terapia estrogênica não é recomendada, pois pode

induzir a metaplasia escamosa agravando a sintomatologia clínica, podendo causar

também infertilidade, abscedação e anemia aplásica.

O uso de antiandrógenos a longo prazo não são tão eficazes quanto a castração.

As drogas que inibem a síntese andrógena ou “neutralizam” os efeitos dos andrógenos

podem inibir a espermatogênese e causar oligospermia/azoospermia. (BARSANTI;

FINCO, 1997; NELSON; COUTO, 1994)

O acetato de megestrol é um progestágeno com propriedade antiandrogênica

inibidor da 5 alfa redutase e age interferindo na conversão de testosterona para

dihidrotestosterona. A dose recomendada é 0,55 mg por Kg por via oral durante 4

semanas ou 0,11 mg por Kg por via oral durante 1 ano. Supostamente o acetato de

megestrol reduz o tamanho da próstata sem reduzir o número de espermatozóides.

(KAY; NELSON; COUTO, 1994)

A flutamida (antiandrógeno) evita os efeitos dos estrógenos; ela bloqueia a

atividade da dihidrotestosterona na próstata ao competir pelos receptores para este

agente. Foi administrado em cães em pesquisa na dose de 5 mg por Kg por dia via oral

durante 1 ano. Dentro de 6 semanas o tamanho da próstata diminuiu sem que houvesse

alteração na libido, na produção de espermatozóides ou fertilidade, porém, a hiperplasia

recidivou dois meses após a interrupção da medicação. (BARSANTI; FINCO, 1997)

O acetato de delmadinone é um inibidor androgênico licenciado para uso em

cães com hiperplasia. A dose recomendada é de 1,5 a 2 mg por Kg para cães com peso

inferior a 10 Kg, 1 a 1,5 mg por Kg para cães com peso entre 10 e 20 Kg e 1 mg por kg

para cães com peso maior de 20 kg. A administração é subcutânea ou intramuscular.

Embora seja licenciada, é contra indicada para cães com histórico de decréscimo da

fertilidade ou diminuição da libido ou macho reprodutor. (KAY, 1994)

Cetoconazol é um medicamento anti-fúngico, análogos do hormônio liberador

de gonodatropinas (GnRH) que bloqueia a liberacão de hormônios luteinizantes, são

também antiandrogênicos. Estes são essencialmente, castradores químicos, não trazendo

então vantagens superiores a castração cirúrgica em cães. (BARSANTI; FINCO, 1997)

Page 19: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

19

7.1 Orquiectomia

Existem 3 tipos de orquiectomia: castração pré-escrotal aberta, castração pré-

escrotal fechada e castração perineal. (BOJRAB, 1996; FOSSUM, 2002)

Nos cães, a orquiectomia é realizada sob anestesia geral e geralmente é utilizada

uma sonda endotraqueal para desobstrução das vias aéreas. (BOJRAB, 1996)

8. PROGNÓSTICO

O prognóstico é considerado excelente nos casos em que se realiza a

orquiectomia. (FOSSUM, 2002)

A terapia sintomática sozinha pode ser útil no início, mas sem a orquiectomia os

sintomas recidivam ou pioram. (FOSSUM, 2002)

Page 20: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

20

9.CONCLUSÃO

Dentre as moléstias prostáticas a mais comum em cães é a hiperplasia prostática

benigna.

A hiperplasia prostática benigna é mais comum em cães inteiros e idosos, e não

existe predisposição de raça.

Os sintomas clínicos mais comuns são tenesmo, hematúria e disúria decorrentes

do aumento do volume da próstata.

O diagnóstico para a hiperplasia prostática benigna se resume em exame clínico

(histórico do animal) e toque retal da próstata, que se confirmará com exame

ultrassonográfico.

O tratamento de eleição é a orquiectomia, mas como alternativa pode ser

utilizada uma terapia medicamentosa à base de estrógenos ou antiandrogênicos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 21: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

21

BARSANTI, J. A.; FINCO, D. R. Moléstias prostáticas do cão. In ETTINGER, S. J.

Tratado de Medicina Interna Veterinária. São Paulo, Manole Ltda, p. 1941 a 1960,

1992.

BARSANTI, J. A.; FINCO, D. R. Moléstias prostáticas do cão. In ETTINGER, S. J.

Tratado de Medicina Interna Veterinária. São Paulo, Manole Ltda, p. 2294 a 2325,

1997.

BOJRAB, M. JOSEPH Orquiectomia de testículos de descidos e retidos no cão e gato.

In Técnicas Atuais Em Cirurgia De Pequenos Animais. Roca Ltda, p. 391 a 395,

1996.

FOSSUM, W. THERESA Hiperplasia Prostática Beningna. In Cirurgia de Pequenos

Animais. Roca Ltda, p. 611 a 613, 2002.

HARARI, JOSEPH Doencas Prostáticas. In Segredos em Cirurgia de Pequenos

Animais. Artmed S.A., p. 248 a 252, 2004.

HOWARD, D. R. Glândula Prostática. In BOJRAB, M. J. Medicina y Cirurgia En

Especies Pequeñas. Compania Editorial Continental, S/A, p. 279 a 286, 1980.

KAY, N. D. Diseases of the Prostate Gland. In Sanders Manual of Small Animal

Practice. Philadeplphia, W. C. Saunders Company, p. 865 a 871, 1994.

KEALY, J. K; MCALLISTER H.. A Próstata. In Radiologia e Ultra-sonografia do

Cão e do Gato. Manole Editora Ltda, p. 131 a 136, 2005.

NELSON, R. W; COUTO C. G. Distúrbios da Próstata. In Fundamentos de Medicina

Interna de Pequenos Animais. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S/A, p. 518 a 521,

1984.

OLSON, P. N.; WRIGLEY, R. H.; THRALL, M. A.; HUSTED, P. W. Alterações da

Glândula Prostática Canina. In Diagnóstico e Tratamento Médico de Cães e Gatos.

São Paulo, Gessuli Editores Ltda, Janeiro / Fevereiro nº 18, p. 12 a 21, 1988.

Page 22: HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA – HPBarquivo.fmu.br/prodisc/medvet/tlfr.pdf · 6.8 Citologia prostática ... prostatite bacteriana crônica. • Hipertermia, depressão, anorexia,

22

PIEROBON, C. S. Aspectos Clínicos, Diagnósticos e Tratamento da Hiperplasia

Prostática Benigna no Cão. In Tese (Mestrado). Faculdade de Medicina Veterinária e

Zootecnia Universidade de São Paulo, p. 44, 1991.

ROSS, M. H.; ROMRELL, L. Aparelho Genito Urinário. In Histologia: Texto e Atlas.

São Paulo, Panamericana, p. 644 a 647, 1993.