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Historia da Habitação Castelnou
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Perodo Clssico:
nfase em questes estticas e busca de interiores belos e
luxuosos
Forte relao entre decorao e poder econmico
(smbolo de status) Valorizao de ornatos e
destaque do mobilirio (especializao crescente)
Integrao entre artes aplicadas e artes plsticas
Emprego de materiais naturais manipulados e tcnicas semi-
artesanais
Perodo Moderno:
nfase em questes funcionais (valores utilitrios)
Busca de interiores puros e originais
Valorizao dos aspectos de higiene e conforto
Universalismo e anti- ornamentalismo
Materiais artificiais e tcnicas industriais
Perodo Atual:
nfase em questes conceituais
Busca de interiores provocantes e criativos
Valorizao de aspectos particulares e culturais
Internacionalizao e valorizao profissional
Novas fontes de troca e inspirao artstica
Materiais e tecnologias mistas(experimentao)
Interiorismo Antigo
O homem comeou a habitar cavernas quando abandonou a vida nmade, sendo que estes
abrigos naturais j demonstravam seu desejo de DECORAR (adornar; enfeitar) o ambiente natural e embelezar seu local de moradia.
Embora condicionado pelos recursos materiais de seu habitat e se adaptando a vrias
limitaes fsicas, cada povo desenvolveu determinados padres de vida diria que
evoluram at atingir altos nveis de sofisticao.
As primeiras manifestaes de arte e decorao do
homem primitivo corresponderam s
PINTURAS RUPESTRES que possuam contedos simblicos e, ao mesmo
tempo, marcavam o prprio territrio, enfeitando o
ambiente e conferindo-lhes valores mgicos.
As primeiras populaes que construram seus
abrigos, usaram os materiais que
encontravam ao seu redor, priorizando abrigo
e sobrevivncia.
As CHOAS eram simples construes
cnicas ou hemisfricas, feitas de galhos e folhas,
usadas apenas para dormir e guardar
ferramentas.
At hoje sobrevivem povos primitivos, em
seus respectivos ambientes, margem de progressos materiais, e
seguindo a mesma rotina de geraes sucessivas
de ancestrais.
Vivendo a maior parte do tempo ao ar livre, suas
casas tm formatos variveis e espaos
unitrios, geralmente sem mobilirio e
baseados em relaes comunitrias. Povo !Kung
(Botswana)
Yanomamis (Amaznia)
Tanto as PALAFITAS como as primeiras construes em madeira, pedra e argila j expressavam preocupaes estticas e de
agenciamento dos espaos interiores.
Com diferenas na forma das plantas, nmero de cmodos e sistemas de
cobertura, as construes habitacionais primitivas possuam pouco moblia, j que funcionavam mais
como abrigos do que locais para intensa vida
domstica e social.
Trulli Iglu
Teepee
Variando de lugar para lugar, essas CASAS
PRIMITIVAS possuam, em seus interiores, pedras
planas e polidas que serviam de leito e
assento, estando sua decorao restrita
presena de utenslios prticos e demais objetos para uso
cotidiano e comum.
Casa Neoltica em atal Hyk
(7000 aC., Anatolia)
Estilo Mesopotmico
Expresso artstica dos povos que viviam na regio formada pelas bacias dos rios Tigres e
Eufrates, de 3000 at cerca de 1247 aC., rene as manifestaes dos sumerianos (Caldia), assrios
(Assria) e acdios (Acad).
Os povos mesopotmicos
habitavam casas de barro, junco e
bambu, com ptio central, para o qual se abriam os demais
cmodos.
Empregava-se a argila crua (adobe)
nas paredes internas e a cozida (tijolos)
externamente, o que possibilitou paredes
verticais e em prumo.
1 Vestbulo
2 Sala
3 Sanitrio
4 Cozinha
5 Despensa
6 Escravos
7 Dormitrios
Casa sumria em Ur (2124-2016 a.C.)
A arquitetura dos palcios babilnicos
era marcada pela monumentalidade e predominncia de
cheios sobre vazios, alm da simetria e policromia, assim como ocupao de grandes superfcies
construdas, com cobertura plana ou em estrutura abobadada.
Cidade-palcio de Khorsabad (Reconstituio:
721-705 aC)
Cidade da Babilnia (Reconstituio: 2000 aC)
Enfatizando o tratamento das superfcies, a
decorao mesopotmica caracterizou-se por
grandes altos-relevos e ladrilhados, alm de frisos contnuos de
touros em cobre e outros motivos, sobrepostos a
um revestimento de cal e madreprola, com
rosetas e flores de gesso colorido, imitando
plantas.
Altos-relevos
Painis ladrilhados
Predominava a temtica decorativa
representada por animais ferozes,
caadas, combates e deuses alados os Lamassi touros
monolticos e androcfalos, com cinco pernas para, conforme o ngulo,
parecerem parados ou em movimento.
Lamassi
Fazia-se tambm o uso de frisos verticais,
painis e baixos-relevos de cermica esmaltada em cores (vermelho, branco e
preto).
Simples e pesado, o mobilirio
mesopotmico era escasso e feito
geralmente em cedro.
Estilo Mesopotmico
Estilo Egpcio
Expresso artstica da civilizao do nordeste africano, s margens do rio Nilo, teve 03 fases:
Antigo Imprio ou Era Menfita: 2650-2000 aC.
Mdio Imprio ou Era Clssica: 2000-1580 aC. (invases dos hicsos)
Novo Imprio: 1580-1085 aC. (invases dos romanos, at 30 aC.)
Os antigos egpcios viviam em moradias simples de adobe e
troncos de palmeira, com alicerces em pedra e predomnio de cheios sobre vazios, inclusive com a substituio de janelas por zenitais.
As casas dos faras eram mais elaboradas,
realizadas em torno de uma ampla sala de
colunas, com entrada independente e precedida
de outro espao colunado.
Casa egpcia em Akhetaten (1375-1350 a.C.)
Os interiores possuam uma decorao
policrmica e profusa, atravs do uso de
estaturia, figuras em afrescos, baixos-relevos e desenhos estilizados
em sulcos coloridos sobre granito (hierglifos).
As colunas inspiradas em flores e plantas eram importantes
elementos decorativos, sendo as linhas que constituam
seus desenhos gravadas na pedra e
em seguida preenchidas de massa colorida, geralmente
com os tons puros das cores primrias.
Hrus (baixos- Relevos)
Coluna Lotiforme
Estilo Egpcio
Os mveis egpcios mais utilizados eram: as cadeiras, as mesas, as camas de noite e de
repouso, alm dos cofres e suas variantes.
A temtica decorativa era expressa atravs de
smbolos como a cruz egpcia, o sol alado (Rah), a serpente
alada (Uraeus) e o escaravelho sagrado
(Khepri).
Khepri
Mesa de jogos
Feito em madeiras importadas, o mobilirio possua encaixes e cavilhas; ou usava vsceras de galinha como cola. Nos mveis de luxo, usava-se pastas cermicas vtreas, tiras de ouro, prata e marfim. Havia ainda tecidos, bordados ou no,
fixados com cravos de madeira, alm de almofadas de plumas.
Tabernculo
Cama funerria
Trono
As CADEIRAS possuam 4 ps quadrangulares,
cilndricos ou em forma de patas de animal.
Havia pernas lisas ou com crculos gravados, alm de baixos-relevos e incrustaes, sendo o
assento geralmente cncavo,
apresentando-se em tecido com fibras
vegetais.
Poltronas
Banqueta
Em geral, as arcas, os cofres e os sarcfagos
eram entalhados e pintados com desenhos geomtricos e tambm
estilizaes, cobertos s vezes de tecidos e folhas de metais
preciosos, com ps ou no. As tampas eram
retas ou curvas, variando sua estrutura,
em forma de telha.
Cabinet
Banqueta
Sarcfago
Interiorismo Egpcio
Estilo Persa
Expresso artstica do povo que vivia no
planalto que separa a bacia mesopotmica daquela do rio Indo,
tinha como principais cidades: Susa, Pasargada e
Perspolis, que dominavam os atuais territrios da Rssia,
Ir, Afeganisto e Turquia Asitica.
Construes em alvenaria e abbadas, plataformas
elevadas e ornatos esculpidos, cujos motivos decorativos eram lees e
touros alados com cabeas humanas, baixos-relevos e
ladrilhos esmaltados.
Decorao modulada, com harmonia e proporo
construtiva, alm de grande esbeltez e policromia interna
e externa (emprego de losangos, tringulos e
espirais).
Perspolis (518-331 aC, atual Ir)
No eram os mveis, leves e escassos, que davam a impresso de riqueza, mas os
tapetes, as cortinas, as almofadas e
sobretudo, a riqueza e preciosidade do
vasilhame que, com jias e cermicas decoradas, com estilizao de
animais e flores, constituam o
orgulho da Prsia. Tapete
Capitel Sassnico
Altos-relevos
Na antiga Prsia, havia um alto grau de estilizao, o que promoveu vrios motivos
ornamentais, que variavam de regio para regio, devido a diferenas de flora e fauna.
Posteriormente, o estilo acabou alterando-se pela influncia muulmana.
Estilo Persa
Bibliografia
CORNOLDI, A. La arquitectura de la vivienda unifamiliar. Barcelona: Gustavo Gili, 1999.
KOCH, W. Dicionrio dos estilos arquitetnicos. So Paulo: Martins Fontes, 1994.
MALLALIEU, H. (Org.) Histria ilustrada das antiguidades. So Paulo: Nobel, 1999.
TESTA, N. Estilos bsicos em decorao. Rio de Janeiro: Ediouro, 1981.
OATES, P. B. Histria do mobilirio ocidental. Lisboa: Presena, 1991.
RYKWERT, J. A casa de Ado no paraso. So Paulo: Perspectiva, 2003.
2012-08-10T09:38:21-0300CASTELNOU