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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR HISTÓRIA Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

HISTÓRIA · Mundo entre somente Portugal e a Espanha. No período da expansão marítima houve gran-des transformações dentre as quais se destacam: • Mudança do eixo econômico

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PRÉ-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

HISTÓRIA

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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico

Disciplinas Autores

Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima BezerraLiteratura Fábio D’Ávila Danton Pedro dos SantosMatemática Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFísica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQuímica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério FernandesHistória Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

696 p.

ISBN: 978-85-387-0574-1

1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.

CDD 370.71

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Expansão marítima

europeia e o Mercantilismo

Navegar o Atlântico era aventurar-se no “mar Tenebro-so”, era dar um salto no desconhecido: monstros e se-res fantásticos eram alguns dos perigos esperados.

Dom

ínio

púb

lico.

... E o mundo era quadrado, na visão dos nave-gadores daquela época, com monstros marinhos que devoravam os navios sem piedade.

A crise do Feudalismo foi o grande motivo que levou os povos europeus a buscarem novas áreas comerciais. Merece destaque uma nova classe recém-surgida chamada de burguesia, responsável pela aliança com o rei e a promoção da formação das chamadas monarquias nacionais, consolidando o poder centralizado e acabando de vez com o Sistema Feudal da Idade Média.

Havia muita necessidade de descoberta de ouro e prata (metais preciosos), e também de terras cultiváveis para o fornecimento de alimentos para a população européia, que estava em fase de cres-cimento.

Para acabar com o monopólio das especiarias orientais, dominadas pelas cidades italianas, Portu-gal e Espanha iniciaram suas aventuras para além do mar Tenebroso (Oceano Atlântico) em busca do caminho marítimo para as Índias, com objetivo de comprarem as especiarias por um preço mais barato do que o praticado pelas cidades italianas.

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O Pioneirismo Português

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Expansão Marítima Portuguesa.

A expansão marítima exigia grandes recursos financeiros por parte dos Estados nacionais, daí a grande participação da classe burguesa aliada ao rei neste episódio. Portugal foi o primeiro Estado a se consolidar politicamente, isto é, centralizou o seu poder nas mãos de um rei, tendo destaque para a Re-volução de Avis ( 1383– 1385 ) D. João de Avis iniciou a Dinastia de Avis e efetivou a expansão marítima portuguesa. Portugal tinha uma posição geográfica privilegiada em relação às demais nações. É impor-tante ressaltar que esse país chegou a conquistar a região de Ceuta, no ano de 1415, dominando a outra extremidade do Estreito de Gibraltar, ou seja, a en-trada e a saída do mar Mediterrâneo, principal rota comercial da época.

Portugal conseguiu acumular um grande capital e, principalmente, experiência na arte de navega-ção. Não podemos esquecer da chamada Escola de Sagres, centro de excelência na arte de navegação lusitana. A Escola jamais existiu como instituição fixa. Criada pelo Infante Dom Henrique, ela existia na prática, dentro das próprias embarcações. A Escola de Sagres foi responsável em acelerar o processo de desenvolvimento das cartas cartográficas, astrolá-bio, bússola, e das próprias embarcações (técnicas navais).

O objetivo principal de Portugal era descobrir uma rota marítima para a Índia, a fim de comprar as especiarias a um preço menor, objetivo este alcan-

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çado por Vasco da Gama no ano de 1498, quando atingiu a cidade de Calicute.

A expansão marítima promoveu a exploração econômica das regiões litorâneas do continente afri-cano. Os interesses mercantis portugueses estavam diretamente associados ao caráter de dominação territorial. A descoberta de ouro e o comércio de marfim naquela região, além do tráfico de escravos,

O caso espanhol

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Expansão Marítima Espanhola.

fortalecia o interesse português pelo litoral africano, e também a preocupação dos lusitanos de manter o controle daquela região contra possíveis invasores. Esta região foi denominada de Périplo Africano.

Lá foram criadas feitorias (pequenas fortifica-ções que serviam de armazéns para a realização de comércios entre produtos, tráfico de escravos e a obtenção de ouro).

A expulsão dos mouros (muçulmanos) da Penín-sula Ibérica, denominou-se Guerra da Reconquista (Granada – último reduto muçulmano), consolidando o Estado Nacional de Granada (atual Espanha).

De acordo com a explicação mais tradicional sobre o “descobrimento” da América, no ano de

1492, Cristovão Colombo tentou provar que a Terra era redonda, indo para as Índias pelo Ocidente. No meio do trajeto esbarrou numa grande porção de terras, que mais tarde receberia o nome de América, graças ao navegador chamado Américo Vespúcio (1498).

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No caso da expansão marítima espanhola, as áreas americanas não possuíam as famosas espe-ciarias, porém lá foram descobertas fontes de metais preciosos, ouro e prata. A agricultura voltou-se, num primeiro momento, para a subsistência, já que os metais preciosos eram mais importantes para a Me-trópole espanhola.

Portugal, achando-se prejudicado pela desco-berta por parte dos espanhóis de um Novo Mundo, forçou a Espanha a assinar um acordo mediado pelo

concedendo a Portugal a região das Molucas e, à Espanha, as regiões a oeste do meridiano (Fi-lipinas).

Os casos inglês, francês e holandês

Esses países só começaram as suas expansões após saírem de respectivas guerras das quais parti-cipavam. A Inglaterra e a França estavam envolvidas na chamada Guerra dos Cem Anos, que só terminou no ano de 1453.

papa Alexandre VI (espanhol). No ano de 1493, surgia a chamada bula intercoetera, que dividia o mundo recém-descoberto entre Portugal e Espanha.

A bula delimitou que ficaria a 100 léguas a Oeste da ilha de Cabo Verde a divisão das terras entre Por-tugal (leste) e a Espanha (oeste). Portugal não aceitou este acordo, pois não passava pelo Novo Mundo esta linha imaginária. Logo, foi criado no ano seguinte (1494) um novo tratado, o Tratado de Tordesilhas.

Logo após a delimitação das terras ociden-tais do Novo Mundo entre Espanha e Portugal, a primeira observou a necessidade de delimitar também os limites territoriais da região oriental tomando como base a Insulíndia e Cipango (parte da Oceania e Japão, respectivamente). A partir deste ponto delimitou-se o Tratado de Saragoça (1529) que determinava a divisão daquela terra entre Portugal e a Espanha. Esse tratado traçava um meridiano de 17 graus a leste daquelas ilhas,

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A região que atualmente pertence à Holanda, pertencia a Espanha, e somente veio a conseguir sua liberdade política no ano de 1609, com o nome de República das Províncias Unidas. Temos que des-tacar que a Holanda foi responsável pela criação da Companhia das Índias Ocidentais no ano de 1621, visando dominar o comércio marítimo e, principal-mente, participar ativamente do refino e frete do açúcar brasileiro.

Os ingleses e franceses fixaram-se na América do Norte, e lá fundaram colônias de povoamento e de exploração. Falaremos destas colônias mais à frente, em tópicos exclusivos das colonizações.

O rei Francisco I da França contestou o Tratado de Tordesilhas, dizendo que não existia nada disso no “testamento de Adão”, ou seja, a divisão do Novo Mundo entre somente Portugal e a Espanha.

No período da expansão marítima houve gran-des transformações dentre as quais se destacam:

Mudança do eixo econômico do Mediterrâneo •para o Atlântico.

Incorporação de novas terras, América, litoral •africano, rotas para a Ásia.

Declínio das repúblicas italianas de Gênova e •Veneza que detinham o monopólio comercial junto aos árabes do comércio das especiarias vindas da Índias.

Ascensão das potências mercantis (Portugal, •Espanha, Inglaterra, França e Holanda).

Desenvolvimento do tráfico de escravos. •

Imposição dos valores europeus (europeização) •sobre os povos considerados “primitivos” das áreas conquistadas (duelo entre a civilização e a barbárie).

MercantilismoO Mercantilismo foi uma política econômica do

período de transição do Feudalismo para o Capitalis-mo (XV – XVIII), totalmente voltada para o controle do Estado na economia vigente de cada país. Organizou-se segundo os interesses mercantis e artesanais dos habitantes das cidades, adaptada porém, às necessi-dades e condições específicas do Estado. Este domínio facilitou o desenvolvimento comercial e financeiro de algumas regiões, centralizando e fortalecendo cada vez mais o poder do Estado Moderno e da burguesia, classe em ascensão.

Este sistema desenvolveu um conjunto diver-sificado de alternativas para cada Estado Moderno arrecadar riquezas a fim de manter o poder absoluto

de seus reis. Os Estados modernos durante este pe-ríodo possuíram características específicas. Alguns concentraram-se na exploração colonial, na obtenção de metais preciosos; outros, optaram por incentivar a produção manufatureira.

Com o desenvolvimento da produção das ofici-nas artesanais (corporações de ofício), a manufa-tura foi uma produção intermediária entre estas e a produção industrial mecanizada, que se iniciou no século XVIII.

O mercantilismo possuiu várias característi-cas, ou seja, princípios comuns que formaram a base desse sistema. Vejamos algumas delas.

Metalismo: • o poder de cada Estado estava relacionado com a quantidade acumulada de metais preciosos (ouro e prata).

Intervenção do Estado na economia. •

Incentivo à criação de manufaturas. •

Incentivo à construção naval e ao comércio •marítimo.

Balança comercial favorável: • buscava-se manter as exportações num nível superior ao das importações, protegendo sempre o produto nacional.

Protecionismo alfandegário ou política adu- •aneira: política em que o Estado colocava taxas alfandegárias em relação aos produtos estrangeiros, ou, em alguns casos extremos, proibía a entrada de artigos que prejudicassem a produção nacional.

O colonialismo: • sistema em que o Estado absolutista (a Metrópole) dominava e ex-plorava territórios em outros continentes (as colônias). Este acontecimento podia ser chamado popularmente de pacto colonial (monopólio comercial).

O mercantilismo estava ligado ao trinômio metalismo, protecionismo alfandegário e balança comercial favorável.

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Alguns países possuíam características mer-cantilistas específicas:

Espanha: • medidas para a obtenção de metais preciosos, cujo conjunto foi chamado também de bulionismo.

França: • estimulou o crescimento das oficinas de manufaturas voltadas para a produção de artigos de luxo, criando diversas companhias de comércio. Este sistema também foi cha-mado de Colbertismo, referindo-se a Colbert, ministro no período do rei Luís XIV. A França estimulava também a indústria, com isso o seu sistema mercantilista ficou conhecido como industrialismo

Inglaterra: • a política ficou conhecida como comercialismo e depois industrialismo, priorizando a frota naval. Mantinha o incen-tivo às manufaturas e uma severa política alfandegária.

O Mercantilismo dividiu-se em 3 períodos dis-tintos cada um com características específicas:

Século XVINeste período, o domínio do comércio mariti-

mo do Atlântico ficou nas mãos dos países ibéricos (Portugal e Espanha).

A exploração desses países foi caracterizada pela grande extração de recursos naturais de suas colônias, tendo destaque a exploração da Espanha em suas colônias americanas ricas em ouro e prata.

Esse período ficou caracterizado pelo sistema de exclusivo colonial, ou seja, a realização do cha-mado pacto colonial: a relação comercial entre as colônias e a sua respectiva Metrópole. Cabendo à primeira consumir todos os produtos da segunda, e respectivamente fornecer também todo o tipo de produtos que a Metrópole determinava. Tudo isto garantia grandes lucros e rendas à Coroa e à bur-guesia mercantil.

A grande chegada de quantidade de ouro e prata na Europa, além de promover o enriquecimento da Espanha, promoveu efeitos opostos na própria economia espanhola, prejudicando suas atividades manufatureiras e agrícolas. Tamanha foi a quanti-dade de metais preciosos injetados na Europa que provocou em suas economias uma alta de preços exagerados (inflação), gerando uma crise econômica no século posterior.

Períodokg de ouro

kg de prata

Valor total das entradas em milhões de pesos

1551/1560 42.620 303.121 17.86

1561/1570 11.530 942.858 25.34

1571/1580 9.429 1.118.592 29.15

1581/1590 12.101 2.103.027 53.20

1591/1600 19.451 2.707.626 69.60

1601/1610 11.764 2.213.631 53.38

1611/1620 8.855 2.192.255 52.10

1621/1630 3.889 2.145.339 49.67

1631/1640 1.240 1.396.759 31.98

1641/1650 1.549 1.056.430 24.36

Esse problema favoreceu outros países que não estavam ligados diretamente à exploração de ouro e prata, França, Inglaterra e Holanda, que ampliaram o seu processo chamado de entesouramento, já que as nações ibéricas passaram a pagar suas dívidas para com os outros países em metais preciosos.

Século XVII A partir deste século, o domínio econômico não

estava mais nas mãos do países ibéricos, e sim dos países que praticavam o entesouramento. A França ficou caracterizada pelo incentivo às manufaturas, principalmente de artigos de luxo, conquistando o mercado externo, como já foi citado.

Na Inglaterra, com as dinastias Tudor e Stuarts, houve o desenvolvimento da política de proteção e domínio do comércio naval, principalmente depois da promulgação dos chamados Atos de navegação (nenhuma mercadoria era importada ou exportada dos países que não fossem pertencentes à Sua Ma-jestade, ou aos seus súditos). Além de estimular a marinha mercante, houve também o incentivo às companhias de comércio. No exato momento da Revolução Gloriosa, a burguesia assumiu o poder de-finitivamente na Inglaterra, realizando rapidamente o desenvolvimento do capitalismo.

Século XVIIIEsse século foi caracterizado pelo aumento

da exploração desenfreada das colônias. Também foi o período em que surgiram as primeiras críticas ao sistema em que o Estado dominava a economia (Mercantilismo). Essas mesmas foram feitas pelos chamados fisiocratas (filósofos econômicos), adeptos de um regime caracterizado pela livre comerciali-zação entre os países.

A burguesia já controlava totalmente a econo-mia nos países europeus, mesmo ainda existindo a divisão das classes por ordens, ou seja, os privilé-

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gios do clero e da Nobreza, detalhes do chamado Antigo Regime (período que engloba os séculos XV ao XVIII).

O mercantilismo começou a perder força com as críticas dos fisiocratas, e a implantação do liberalis-mo econômico era uma questão de tempo, anulando definitivamente este sistema.

O sistema mercantilista não possuiu uma eco-nomia liberal, em nenhum de seus períodos.

Sugestão de filme:

A conquista do Paraíso. Cristóvão Colombo, 1492

A que se pode atribuir a primazia portuguesa nos 1. descobrimentos e na expansão marítima moderna?

Solução: `

Tradição pesqueira, precoce centralização monár-quica, posição geográfica privilegiada e apoio aos estudos náuticos.

Contestando o Tratado de Tordesilhas, o rei da França, 2. Francisco I, declarou em 1540:

“Gostaria de ver o testamento de Adão para saber de que forma este dividira o mundo.”

(VICENTINO, Cláudio. História Geral, 1991.)

O que foi o Tratado de Tordesilhas?a)

Por que alguns países da Europa, como a França, b) contestavam aquele tratado?

Solução: `

Tratado entre Portugal e Espanha que partilhava o a) novo mundo.

Foram excluídos dessa partilha. Exemplo: França.b)

3. “Herói ou vilão, Colombo simboliza a conquista”.

(FOLHA DE S. PAULO, 12 out. 1991.)

Por que Colombo é tratado como herói ou vilão?a)

Por que ele é o símbolo da conquista? b)

Solução: `

Herói, por possibilitar o início da conquista do novo a) mundo. Vilão, por ter proporcionado a morte e des-truição de sociedades nativas.

Colombo é um marco da formação colonial na b) América.

4.

Em 1566, Copérnico anunciava, em sua obra “sobre as revoluções das órbitas celestes”:

“[...] no primeiro livro descrevo todas as posições dos astros, assim como os movimentos que atribuo à Terra, a fim de que este livro narre a constituição geral do Universo”.

(GAOS, José. História de nuestra idea del mundo. Fondo de

Cultura Económica, 1992, p. 146. Adaptado.)

Em que a obra de Copérnico significou uma a) revolução na forma como se via o mundo comparada à da Idade Média?

Como o telescópio, inventado por Galileu em 1610, b) ajudava a confirmar as teses de Copérnico?

Relacione o estudo da astronomia com as grandes c) navegações desse período.

Solução: `

A obra de Copérnico preconiza a teoria helio-a) cêntrica estabelecendo a Terra como parte do sistema solar, rompendo com o geocentrismo que marcou a Europa Ocidental medieval.

Com o uso do telescópio foi possível a confir-b) mação das teses de Copérnico, praticando-se a observação dos astros, por conseguinte, a ob-servação científica preconizada pelo racionalis-mo na época.

O estudo da astronomia favoreceu a invenção c) de novos instrumentos náuticos como, por exemplo, o astrolábio.

As relações entre Metrópoles e colônias estabeleceram-5. se desde a época dos descobrimentos em função dos interesses da burguesia mercantil e das exigências dos Estados Modernos.

Indique quais eram tais interesses e quais eram as exigências que as Metrópoles faziam de suas colônias, do ponto de vista econômico e político.

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Solução: `

A burguesia estava interessada em ampliar o comércio e seu capital. As Metrópoles exigiam que suas colônias comercia-lizassem apenas consigo e obedecessem cegamente suas orientações, para isso estabeleceu-se o pacto colonial.

Nos dois séculos iniciais da era moderna (XV e XVI), a Itália 6. e a Espanha ocupavam posição de liderança na Europa, e a Holanda e a Inglaterra tinham um papel secundário; nos dois séculos seguintes, essas posições se inverteram.

Indique as razões dessa inversão.

Solução: `

A decadência das cidades italianas com a transferência do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico. Decadência da mineração nas colônias espanholas e do Império Habsburgo.

a ocupação de pontos estratégicos e o domínio das a) rotas marítimas, a fim de assegurar a acumulação do capital mercantil.

o estabelecimento das regras que definem o Sis-b) tema Colonial nas relações entre as Metrópoles e as demais áreas do “Império” para estabelecer as ideias de liberdade comercial.

a integração econômica entre várias partes de c) cada “Império” através do comércio intercolonial e da livre circulação dos indivíduos.

a projeção da autoridade soberana e centralizadora d) das respectivas coroas e sobre tudo e todos situados no interior desse “Império”.

a junção da autoridade temporal com a espiritual e) através da criação do Império da cristandade.

(Cesgranrio) Foram inúmeras as consequências da ex-2. pansão ultramarina dos europeus, gerando uma radical transformação no panorama da história da humanidade.

Sobressai como uma importante consequência:

a constituição de Impérios coloniais embasados a) pelo espírito mercantil.

a manutenção do eixo econômico do mar Mediter-b) râneo com acesso fácil ao Oceano Atlântico.

a dependência do comércio com o Oriente, c) fornecedor de produtos de luxo como sândalo, porcelanas e pedras preciosas.

o pioneirismo de Portugal, explicado pela posição d) geográfica favorável.

a manutenção dos níveis de afluxo de metais e) preciosos para a Europa.

(FGV) “Desdobramento da expansão comercial e ma-3. rítima dos tempos modernos, a colonização significava a produção de mercadorias para a Europa, naquelas áreas descobertas em que as atividades econômicas dos povos ‘primitivos’ não ofereciam a possibilidade de se engajarem em relações mercantis vantajosas aos ca-minhos do desenvolvimento capitalista europeu. Assim, passava-se da simples comercialização de produtos já encontrados em produção organizada, para a produção de mercadorias para o comércio”.

(Novais, Fernando. Portugal e Brasil na crise do Antigo

Sistema Colonial, p.73.)

Neste texto, o autor descreve:

a integração de áreas do território americano ao a) mercado europeu, a partir do século XVI.

as relações econômicas entre a Europa Ocidental e a b) Europa do Leste, no século XVI, quando prevaleceu o capitalismo comercial.

Um dos tipos de mercantilismo pregava a busca e a ex-7. ploração do ouro nas novas terras recém-descobertas. Este metal trouxe para a Europa uma enorme fonte de riqueza e ao mesmo tempo uma preocupação, devido ao fato de que, neste continente, ocorreu uma elevação dos preços dos produtos decorrente da entrada de metais preciosos.

Qual o elemento químico do ouro?a)

Qual tipo de mercantilismo pregava a busca e a b) exploração do ouro na América?

Qual foi o acontecimento europeu registrado c) a partir da entrada de grande quantidade de metais preciosos naquele continente?

Solução: `

Au.a)

Metalismo, praticado principalmente por Portu-b) gal e pela Espanha.

O acontecimento europeu que ficou caracteriza-c) do pela elevação de preços naquele continente foi a Revolução dos Preços.

(Cesgranrio) Com a expansão marítima dos séculos XV/1. XVI, os países ibéricos desenvolveram a ideia de “Império ultramarino” significando:

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as diferenças entre a colonização da América e a c) da África.

a organização, na Ásia, do antigo Sistema Colonial.d)

a incorporação dos povos indígenas ao capitalismo e) europeu.

(FGV) Leia atentamente as afirmações abaixo sobre a 4. expansão marítima e comercial moderna e assinale a alternativa correta.

O papel pioneiro na expansão marítima e comercial I. moderna foi dos países ibéricos, tendo Portugal ini-ciado o feito.

O papel pioneiro na expansão marítima e comercial II. moderna foi dos países ibéricos, tendo a Espanha iniciado o feito.

As conquistas espanholas em África (Ilhas Caná-III. rias) durante o século XIV, demonstraram a força da invencível armada às demais nações europeias.

A Revolução de Avis foi um marco antecedente IV. fundamental para essa expansão.

Bartolomeu Dias, navegador português, foi o res-V. ponsável pela passagem pelo sul da África e pela chegada às Índias.

Apenas as afirmações I, III e V estão corretas.a)

Apenas as afirmações I e IV estão corretas.b)

Apenas as afirmações II e V estão corretas.c)

Apenas as afirmações I, IV e V estão corretas.d)

Apenas as afirmações III, IV e V estão corretas.e)

(FGV) “O espaço fechado e o calor do clima, a juntar 5. ao número de pessoas que iam no barco, tão cheio que cada um de nós mal tinha espaço para se virar, quase nos sufocavam. Esta situação fazia-nos transpirar muito, e pouco depois o ar ficava impróprio para respirar, com uma série de cheiros repugnantes, e atingia os escravos como uma doença, da qual muitos morriam”.

(Relato do escravo Olaudah Equiano. Apud ILIFFE, J., Os africanos.

História dum continente. Lisboa, Terramar, p.179, 1999.)

A respeito do tráfico negreiro, é correto afirmar:

Foi praticado exclusivamente pelos portugueses a) que obtiveram o direito de asiento, ou seja, direito ao fornecimento de escravos às plantações tropicais e às minas da América espanhola e anglo-saxã.

Tornou-se uma atividade extraordinariamente lucra-b) tiva e decisiva no processo de acumulação primitiva de capitais que levou ao surgimento da sociedade industrial.

Foi combatido pelos holandeses à época de sua c) instalação em Pernambuco, o que provocou a re-volta da população luso-brasileira em meados do século XVII.

Tornou-se alvo de divergências entre dominicanos, d) que defendiam o tráfico e a escravidão dos africa-nos, e os jesuítas, contrários tanto ao tráfico quanto à escravidão.

O aperfeiçoamento do transporte registrado no sé-e) culo XIX visava diminuir a mortandade dos escra-vos durante a travessia do Atlântico, atenuava as críticas ao tráfico e ainda ampliava a margem de lucros.

(FGV) Leia atentamente as afirmações abaixo, sobre 6. mercantilismo, e assinale a alternativa correta.

São característica essenciais do mercantilismo: o I. monopólio, o protecionismo e a balança comercial favorável.

O objetivo fundamental do mercantilismo, como II. política de acumulação de capitais, é a livre concor-rência sem a intervenção do Estado-nação.

As medidas da política econômica mercantilista fo-III. ram idênticas em todos os países da Europa duran-te os séculos XVI, XVII e XVIII.

OIV. pacto colonial está no contexto das práticas mercantilistas.

O insucesso da política mercantilista expressa-se V. pela permanência da política bulionista por três sé-culos.

Apenas I e III estão corretas.a)

Apenas II e IV estão corretas.b)

Apenas II e V estão corretas.c)

Apenas III e V estão corretas.d)

Apenas I e IV estão corretas.e)

(UERJ) 7. Balança fecha com déficit de US$ 315 milhões. O governo está comemorando o déficit de US$ 315 milhões na balança comercial do mês passado, bem abaixo do saldo negativo de US$ 811 milhões regis-trado em julho.

(O GLOBO, 02 set. 1997.)

A notícia acima identifica uma preocupação do governo em obter um saldo positivo nas correntes de comércio. Essa preocupação, no entanto, não é nova.

Na Idade Moderna - séculos XV ao XVIII, a formulação da ideia de uma balança favorável era decorrente das práticas econômicas ligadas ao:

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mercantilismo.a)

fisiocratismo.b)

cameralismo.c)

metalismo.d)

(UFRJ) “A Metrópole, por isso que é mãe, deve prestar 8. às colônias suas filhas todos os bons ofícios e socorros necessários para a defesa e segurança das suas vidas e dos seus bens (...).

Estes benefícios pedem iguais recompensas e, ainda, alguns justos sacrifícios; e, por isso é necessário que as colônias também, da sua parte, sofram: 1) que só possam comerciar diretamente com a Metrópole, excluída toda e qualquer outra nação, ainda que lhes faça um comércio mais vantajoso; (...) Desta sorte, os justos interesses e as relativas dependências mutuamente serão ligadas.”

(COUTINHO, J. J. da Cunha Azeredo. Ensaio sobre o Comércio

de Portugal e suas Colônias, 1816.)

A empresa que se organiza como parte integrante do Sistema Colonial português na Época Moderna tem como base os elementos da política econômica mercantilista, entre os quais se encontra o monopólio comercial.

Identifique duas características da empresa colonial a) portuguesa na Época Moderna.

Explique a função do monopólio comercial no sistema b) colonial da época mercantilista.

(Cesgranrio) 1.

“E também as memórias gloriosas

Daqueles que foram dilatando

A Fé, o Império, e as terras viciosas

De África e de Ásia andaram devastando;

E aqueles que por obras valorosas

Se vão da lei da morte libertando

Cantando espalharei por toda a parte,

Se a tanto me ajudar o engenho, e arte.”

(CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. Canto Primeiro, estrofe 2.)

A obra épica de Camões nos remete ao século das conquistas portuguesas. Nos seus primórdios, a expansão ultramarina de D. João I foi possível em virtude dos seguintes fatores:

Formação do Estado nacional.I.

Expulsão dos árabes da Península Ibérica.II.

Associação com a burguesia mercantil.III.

Retomada de Constantinopla.IV.

Conquista do Cabo Bojador.V.

Estão corretos os fatores:

III, IV e V, apenas.a)

II, III e V apenas.b)

I, IV e V apenas.c)

I, II e IV apenas.d)

I, II e III, apenas.e)

O texto a seguir refere–se às questões 2 e 3.

(UFRJ)”À frente do projeto de expansão do luso-cristianismo estavam os monarcas portugueses, aos quais, desde meados do século XV, os papas haviam concedido o direito do padroado (...) Quando se iniciou o ciclo das grandes navegações, Roma decidiu confiar aos monarcas da Península Ibérica o padroado sobre as novas terras descobertas”.

(AZZI, Riolando. A Cristandade Colonial: Mito e Ideologia.

Petrópolis: Vozes, p. 64, 1987.)

As relações entre os Estados nascentes e a igreja católica constituíram-se em um dos mais importantes eixos de conflito ao longo da etapa final da Idade Média. Ao contrário de outras regiões, na Península Ibérica a resolução do problema implicou o estreitamento das interações entre uma e outra instituição.

Indique a principal fonte de arregimentação de recursos 2. para a realização das tarefas que, por meio do padroado, estavam a cargo das Coroas Ibéricas na América nos séculos XVI e XVII.

Cite duas das atribuições das Coroas Ibéricas 3. contidas na delegação papal do padroado, cujo fim último era a expansão do catolicismo nas terras recém-descobertas da América.

(Unicamp) O recente episódio das eleições livres no 4. Timor Leste oficializou a independência daquele território após longo processo de dominação; seus primórdios situam-se no século XVI e coincidem com as primeiras viagens marítimas dos europeus ao Oriente.

Qual a nacionalidade dos europeus que chegaram a) pioneiramente no arquipélago onde hoje se situa o Timor Leste e qual o episódio histórico relacionado a esse empreendimento?

Cite duas razões para o interesse dos europeus b) pelo Oriente, no século XVI.

Que semelhança há entre a formação histórica de c) Timor Leste e a do Brasil?

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(PUC-SP) 5.

”Quem quer passar além do Bojador,

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.”

(PESSOA, Fernando: Mar Português, in: Obra poética. Rio de Janeiro,

Editora José Aguilar, p. 19, 1960.)

O trecho de Fernando Pessoa fala da expansão marítima portuguesa. Para entendê-lo, devemos saber que:

“Bojador” é o ponto ao extremo sul da África e a) que atravessá-lo significava encontrar o caminho para o Oriente.

a “dor” representa as doenças, desconhecidas b) dos europeus, mas existentes nas terras a serem conquistadas pelas expedições.

o “abismo” refere-se à crença, então generalizada, c) de que a Terra era plana e que, num determinado ponto, acabaria, fazendo caírem os navios.

a menção a “Deus” indica a suposição, à época, de d) que o Criador era contrário ao desbravamento dos mares e que puniria os navegadores.

o “mar” citado é o Oceano Índico, onde estão locali-e) zadas as Índias, objetivo principal dos navegadores.

(Unicamp) Os 450 anos compreendidos entre a chegada 6. de Vasco da Gama, em 1498, e a retirada das forças britânicas da Índia, em 1947, constituem um verdadeiro período histórico.

(K. M. Pannikar, A dominação Ocidental na Ásia. São Paulo, Paz e

Terra, p. 19, 1977. Adaptado.)

Explique o que representou para europeus e india-a) nos a chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498.

Caracterize o processo de descolonização da Índia, b) que culminou com a retirada dos ingleses em 1947.

Defina, a partir do enunciado acima, o que é um c) período histórico.

O que o autor nesse pequeno trecho quer dizer com “resistência bárbara”?

Todo o mundo sabe que uma das características para 8. que a nação portuguesa fosse a primeira a promover a expansão marítima era a posição geográfica favo-rável. Porém, muitos professores, ao repassarem esta explicação para seus alunos, referem-se à saída para o mar que Portugal possuía como justificativa para o seu pioneirismo. Se fosse assim, a Inglaterra seria uma na-ção privilegiada, pois é uma ilha. Tendo como base este conhecimento, explique por que a posição de Portugal era geograficamente favorável.

(UFRJ)”...se é de globo mundo que se trata e de 9. império e rendimentos que impérios dão, faz o in-fante D. Henrique fraca figura comparado com este D. João, quinto já se sabe de seu nome na tabela dos reis, sentado numa cadeira de braços de pau-santo, para mais comodamente estar e assim com outro sossego atender ao guarda-livros que vai escriturando no rol os bens e as riquezas, de Macau as sedas, os estofos, as porcelanas, os laçados, o chá, a pimenta, o cobre, o âmbar cinzento, o ouro, de Goa os diamantes brutos, os rubis, as pérolas, a canela, mais pimenta, os panos de algodão, o salitre, de Diu os tapetes, os móveis tauxiados, as colchas bordadas, de Melinde o marfim, de Moçambique os negros, o ouro, de Angola outros negros, mas estes menos bons, o marfim, que esse, sim, é o melhor do lado ocidental da África, de São Tomé a madeira, a farinha de mandioca, as bananas, os inhames, as galinhas, os carneiros, os cabritos, o índigo, o açúcar, de Cabo Verde alguns negros, a cera, o marfim, os couros, ficando explicado que nem todo o marfim é de elefante, dos Açores e Madeira os panos, o trigo, os licores, os vinhos secos, as aguardentes, as cascas de limão cristalizadas, os frutos, e dos lugares que hão-de vir a ser Brasil o açúcar, o tabaco, o copal, o índigo, a madeira, os couros, o algodão, o cacau, os diamantes, as esmeraldas, a prata, o ouro, que só deste vem ao reino, ano por ano, o valor de doze a quinze milhões de cruzados, em pó e amoedado, fora o resto, e fora também o que vai ao fundo ou levam os piratas...”

(SARAMAGO, José. Memorial do Convento. Rio de Janeiro:

Bertrand Brasil, p.227-8, 1994.)

”...as histórias da colonização dos países europeus 7. nada mais são, num certo sentido, do que galerias dos feitos bélicos e administrativos de grandes “heróis coloniais” que derrotaram as “resistências bárbaras” ou “selvagens”, organizaram uma ad-

ministração e abriram caminho à “civilização” e ao “progresso”.”

(AARÂO, Daniel e FERREIRA,Jorge (org). O século XX: da

formação do capitalismo à primeira grande guerra v. 1.Civilização

brasileira. Rio de Janeiro: 2000.)

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O trecho anterior remete à formação e expansão dos Impérios coloniais entre os séculos XV e XVIII. O Mercantilismo era dos principais pilares dos Estados nacionais europeus dessa época.

Identifique quatro características do mercantilismo.

(Fuvest) “A palavra [escravidão] carrega (...) a história 10. dolorosíssima de vários milênios, durante os quais, em quase todos os cantos do mundo, o mais cruel e desumanizador sistema de recrutar e controlar traba-lho predominou sobre todos os demais. Tão ampla foi sua vigência no espaço e no tempo que hoje todos, na Europa, na Ásia, na África e nas Américas, fora de grupos como os pigmeus ou os bosquímanos, somos descendentes de escravos e de senhores e mercadores de escravos”.

(Alberto da Costa e Silva, A manilha e o libambo.)

Partindo da afirmação do autor, destaque as particula-ridades da escravidão na Antiguidade e na Época Moderna, indicando suas semelhanças e diferenças.

(Unesp) Um mercantilista inglês escreveu: Os meios 11. ordinários para aumentar nossa riqueza e tesouro são pelo comércio exterior, para o que devemos obedecer sempre a esta regra: vender mais aos estrangeiros em valor do que consumimos deles.

(THOMAS, Mun. Discourse on England’s Treasure by Foreing

Trade, 1664.)

O autor desse fragmento exprime um princípio es-a) sencial da política mercantilista. Era através dele que os mercantilistas explicavam a origem da rique-za dos Estados. Que princípio era este?

Por que as áreas coloniais da América foram fun-b) damentais para a satisfação desse princípio mer-cantilista?

(FAAP) Dizia o Arcebispo de Canterbury em 1690, que 12. “em todas as lutas e disputas que nos últimos anos ocorreram nesta parte do Mundo, julgo que, embora alegassem objetivos altos e espirituais, o fim e o objetivo verdadeiro era o Ouro, a Grandeza e a Glória secular.”

Ouro, Grandeza e Glória podem ser resumo preciso do que buscavam os mercantilistas, portanto é de se supor que o Arcebispo tenha escrito o texto no século:

IXa)

XIIb)

XVIIc)

XIXd)

XXe)

(Fuvest) Durante a Idade Moderna, pensava-se que 13. todas as riquezas do mundo estavam numa posição estática e constante, razão pela qual o comércio era tido como uma atividade em que havia um ganhador e um perdedor, sendo o seu resultado equivalente a uma soma zero (+1-1 = 0). Baseando-se nestes princípios, os Estados modernos atuaram no comércio internacional sob a orientação de uma política econômica.

Que nome foi dado a esta política econômica?a)

Quais foram seus principais elementos constituti-b) vos?

(UFU) Desde meados do século XIX até o início do 14. século XX, as nações industrializadas europeias e os Estados Unidos da América empreenderam uma dis-puta por territórios na África, Ásia e América Latina. Essa disputa ficou conhecida como Imperialismo ou Neocolonialismo.

Compare o imperialismo do século XIX com a expansão mercantilista ocorridas nos séculos XV e XVI, quanto ao processo de colonização.

15.

IESD

E B

rasi

l S.A

.Observe atentamente a ilustração apresentada acima: ela mostra as marcas da sociedade atual em uma “paisagem primitiva”.

A partir das informações apresentadas, explique a) como e por que, hoje, os espaços geográficos estão “mundializados”.

No período de transição do Feudalismo para o b) Capitalismo (XV - XVIII), o mercantilismo ini-ciava o processo de mundialização, utilizando a expansão marítima. Cite três características do Mercantilismo.

A política econômica mercantilista caracterizou–se por 16. três elementos básicos, a saber: balança comercial favo-rável, protecionismo e o monopólio comercial. Explique de que modo o protecionismo e o monopólio concorriam para manter a balança comercial favorável.

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D1.

A2.

A3.

B4.

B5.

E6.

A7.

8.

A predominância do latifúndio, da monocultura e a) da escravidão; da produção especializada e voltada para o mercado externo. O caráter complementar da economia colonial em favor do mercantilismo metropolitano.

A garantia de mercados exclusivos que possibilita-b) va a acumulação de capitais pelas Metrópoles.

E1.

O dízimo era a principal fonte de arregimentação de 2. recursos. A Coroa, mediante o padroado, passava a recolher e administrar o equivalente à décima parte da riqueza social.

Os reis da Espanha e de Portugal deviam enviar mis-3. sionários para as suas conquistas, construir igrejas e conventos, fundar paróquias e dioceses, subvencionar o culto, bem como remunerar o clero diocesano, escolher bispos, párocos e missionários, financiar expedições evangelizadoras, preencher cargos e, em circunstâncias especiais, fornecer ajuda aos religiosos, como no caso dos aldeamentos indígenas.

4.

Os portugueses, no contexto da Expansão Maríti-a) ma e Comercial europeia no século XVI.

A obtenção de especiarias e metais preciosos no b) Oriente no século XVI foi motivada pelo desenvolvi-

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mento das atividades comerciais na Europa na bai-xa Idade Média e pelo fechamento do Mediterrâneo ao comércio oriental após a tomada de Constantino-pla em 1453 pelos turcos-otomanos.

A colonização portuguesa, cujas influências se c) mantêm até os dias atuais nos dois países.

C5.

6.

Para os europeus, sobretudo os portugueses, a a) expansão das atividades comerciais e o início do domínio colonial na Ásia e para os indianos a sub-missão em todos os níveis ao domínio europeu.

O processo de descolonização da Índia está intima-b) mente ligado a desagregação do império britânico após a Segunda Guerra Mundial, destacando-se Gandhi com a defesa da não violência para con-quista da Independência.

Entende-se por período histórico a manutenção, por c) um determinado período de tempo, de estruturas eco-nômicas, sociais, políticas e culturais que caracterizam um povo, segundo critérios de um historiador.

O aluno deverá responder a questão referindo-se ao 7. processo denominado de europeização, na qual o in-divíduo europeu acha que possui uma cultura superior aos nativos da América, Ásia e África e, com isto, tenta impor a sua forma de viver (língua, costumes e outros valores culturais).

A posição de Portugal tornava-se privilegiada devido a 8. conquista de Ceuta (1415), pois, com isso, ele controlava o estreito de Gibraltar e o fluxo comercial do mar Medi-terrâneo. Outro fator associado diretamente à posição geográfica favorável foi a precoce centralização política do Estado português através da Revolução do mestre Avis. O último ponto está associado ao conhecimento náutico português. Por estes fatores, a posição geográ-fica portuguesa era favorável.

A acumulação de metais preciosos (bulionismo ou me-9. talismo) como uma das principais estratégias de acesso à riqueza. A busca de balança comercial favorável como um dos meios de obtenção de parte da riqueza existente. O estabelecimento do pacto colonial como instru-mento de realização de saldos na balança comercial. O fomento às manufaturas para garantir o aumento da produção para exportação.

Diferenças: Na Antiguidade, o escravo podia ser ad-10. quirido mediante compra, quitação de dívidas ou como prisioneiro de guerra; na Época Moderna, o escravo era capturado em seus territórios de origem ou comprados. Na Antiguidade, a escravidão constituía o próprio modo de produção; na Época Moderna, ela passa a ser um

dos componentes do processo de acumulação primitiva, no quadro da formação do Capitalismo.

Semelhanças: nos dois períodos, o escravo não possuía direitos e a escravidão constituía-se na base da mão-de-obra. O escravo tinha um valor de mercado e geralmente sofria tratamento desumano.

11.

Balança comercial favorável.a)

Graças ao monopólio metropolitano sobre o comér-b) cio colonial, a metrópole mantinha uma balança co-mercial favorável em relação à colônia, o que favo-recia a acumulação primitiva de capitais na Europa.

C12.

13.

Mercantilismo.a)

Metalismo, balança comercial favorável, protecio-b) nismo monopólios estatais, intervencionismo do Es-tado na regulamentação da economia e exploração de colônias (Sistema Colonial).

Nos séculos XV e XVI, o sistema colonial inseria-se no 14. contexto de capitalismo comercial, sendo as colônias, sobretudo na América, mercados de suas Metrópoles e áreas fornecedoras de metais preciosos e produtos tropicais destinados à Europa.

No século XIX a ação imperialista demandava das necessidades das potências industriais como a obtenção de matérias-primas e a expansão de mercados e de capitais excedentes, sobretudo após a 2ª Revolução Industrial, sendo a África e a Ásia as áreas mais intensamente exploradas.

15.

Devido à multipolaridade, globalização, expansão a) de capital transnacional.

Metalismo, protecionismo alfandegário, balança b) comercial favorável, entre outras.

O protecionismo limitava as importações e estimulava a 16. produção interna para exportações. Já o monopólio forne-cia produtos a baixo preço e mantinha um mercado para absorver a produção metropolitana, propiciando elevada lucratividade que favorecia a balança comercial real.

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