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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR HISTÓRIA Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

HISTÓRIA - vestibulardauerj.com.br · A crise do Feudalismo foi o grande motivo que levou os povos europeus a buscarem novas áreas ... No meio do trajeto esbarrou numa grande porção

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PRÉ-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

HISTÓRIA

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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico

Disciplinas Autores

Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima BezerraLiteratura Fábio D’Ávila Danton Pedro dos SantosMatemática Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFísica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQuímica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério FernandesHistória Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

696 p.

ISBN: 978-85-387-0574-1

1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.

CDD 370.71

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Expansão marítima

europeia e o Mercantilismo

Navegar o Atlântico era aventurar-se no “mar Tenebro-so”, era dar um salto no desconhecido: monstros e se-res fantásticos eram alguns dos perigos esperados.

Dom

ínio

púb

lico.

... E o mundo era quadrado, na visão dos nave-gadores daquela época, com monstros marinhos que devoravam os navios sem piedade.

A crise do Feudalismo foi o grande motivo que levou os povos europeus a buscarem novas áreas comerciais. Merece destaque uma nova classe recém-surgida chamada de burguesia, responsável pela aliança com o rei e a promoção da formação das chamadas monarquias nacionais, consolidando o poder centralizado e acabando de vez com o Sistema Feudal da Idade Média.

Havia muita necessidade de descoberta de ouro e prata (metais preciosos), e também de terras cultiváveis para o fornecimento de alimentos para a população européia, que estava em fase de cres-cimento.

Para acabar com o monopólio das especiarias orientais, dominadas pelas cidades italianas, Portu-gal e Espanha iniciaram suas aventuras para além do mar Tenebroso (Oceano Atlântico) em busca do caminho marítimo para as Índias, com objetivo de comprarem as especiarias por um preço mais barato do que o praticado pelas cidades italianas.

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O Pioneirismo Português

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Expansão Marítima Portuguesa.

A expansão marítima exigia grandes recursos financeiros por parte dos Estados nacionais, daí a grande participação da classe burguesa aliada ao rei neste episódio. Portugal foi o primeiro Estado a se consolidar politicamente, isto é, centralizou o seu poder nas mãos de um rei, tendo destaque para a Re-volução de Avis ( 1383– 1385 ) D. João de Avis iniciou a Dinastia de Avis e efetivou a expansão marítima portuguesa. Portugal tinha uma posição geográfica privilegiada em relação às demais nações. É impor-tante ressaltar que esse país chegou a conquistar a região de Ceuta, no ano de 1415, dominando a outra extremidade do Estreito de Gibraltar, ou seja, a en-trada e a saída do mar Mediterrâneo, principal rota comercial da época.

Portugal conseguiu acumular um grande capital e, principalmente, experiência na arte de navega-ção. Não podemos esquecer da chamada Escola de Sagres, centro de excelência na arte de navegação lusitana. A Escola jamais existiu como instituição fixa. Criada pelo Infante Dom Henrique, ela existia na prática, dentro das próprias embarcações. A Escola de Sagres foi responsável em acelerar o processo de desenvolvimento das cartas cartográficas, astrolá-bio, bússola, e das próprias embarcações (técnicas navais).

O objetivo principal de Portugal era descobrir uma rota marítima para a Índia, a fim de comprar as especiarias a um preço menor, objetivo este alcan-

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çado por Vasco da Gama no ano de 1498, quando atingiu a cidade de Calicute.

A expansão marítima promoveu a exploração econômica das regiões litorâneas do continente afri-cano. Os interesses mercantis portugueses estavam diretamente associados ao caráter de dominação territorial. A descoberta de ouro e o comércio de marfim naquela região, além do tráfico de escravos,

O caso espanhol

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Expansão Marítima Espanhola.

fortalecia o interesse português pelo litoral africano, e também a preocupação dos lusitanos de manter o controle daquela região contra possíveis invasores. Esta região foi denominada de Périplo Africano.

Lá foram criadas feitorias (pequenas fortifica-ções que serviam de armazéns para a realização de comércios entre produtos, tráfico de escravos e a obtenção de ouro).

A expulsão dos mouros (muçulmanos) da Penín-sula Ibérica, denominou-se Guerra da Reconquista (Granada – último reduto muçulmano), consolidando o Estado Nacional de Granada (atual Espanha).

De acordo com a explicação mais tradicional sobre o “descobrimento” da América, no ano de

1492, Cristovão Colombo tentou provar que a Terra era redonda, indo para as Índias pelo Ocidente. No meio do trajeto esbarrou numa grande porção de terras, que mais tarde receberia o nome de América, graças ao navegador chamado Américo Vespúcio (1498).

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No caso da expansão marítima espanhola, as áreas americanas não possuíam as famosas espe-ciarias, porém lá foram descobertas fontes de metais preciosos, ouro e prata. A agricultura voltou-se, num primeiro momento, para a subsistência, já que os metais preciosos eram mais importantes para a Me-trópole espanhola.

Portugal, achando-se prejudicado pela desco-berta por parte dos espanhóis de um Novo Mundo, forçou a Espanha a assinar um acordo mediado pelo

concedendo a Portugal a região das Molucas e, à Espanha, as regiões a oeste do meridiano (Fi-lipinas).

Os casos inglês, francês e holandês

Esses países só começaram as suas expansões após saírem de respectivas guerras das quais parti-cipavam. A Inglaterra e a França estavam envolvidas na chamada Guerra dos Cem Anos, que só terminou no ano de 1453.

papa Alexandre VI (espanhol). No ano de 1493, surgia a chamada bula intercoetera, que dividia o mundo recém-descoberto entre Portugal e Espanha.

A bula delimitou que ficaria a 100 léguas a Oeste da ilha de Cabo Verde a divisão das terras entre Por-tugal (leste) e a Espanha (oeste). Portugal não aceitou este acordo, pois não passava pelo Novo Mundo esta linha imaginária. Logo, foi criado no ano seguinte (1494) um novo tratado, o Tratado de Tordesilhas.

Logo após a delimitação das terras ociden-tais do Novo Mundo entre Espanha e Portugal, a primeira observou a necessidade de delimitar também os limites territoriais da região oriental tomando como base a Insulíndia e Cipango (parte da Oceania e Japão, respectivamente). A partir deste ponto delimitou-se o Tratado de Saragoça (1529) que determinava a divisão daquela terra entre Portugal e a Espanha. Esse tratado traçava um meridiano de 17 graus a leste daquelas ilhas,

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A região que atualmente pertence à Holanda, pertencia a Espanha, e somente veio a conseguir sua liberdade política no ano de 1609, com o nome de República das Províncias Unidas. Temos que des-tacar que a Holanda foi responsável pela criação da Companhia das Índias Ocidentais no ano de 1621, visando dominar o comércio marítimo e, principal-mente, participar ativamente do refino e frete do açúcar brasileiro.

Os ingleses e franceses fixaram-se na América do Norte, e lá fundaram colônias de povoamento e de exploração. Falaremos destas colônias mais à frente, em tópicos exclusivos das colonizações.

O rei Francisco I da França contestou o Tratado de Tordesilhas, dizendo que não existia nada disso no “testamento de Adão”, ou seja, a divisão do Novo Mundo entre somente Portugal e a Espanha.

No período da expansão marítima houve gran-des transformações dentre as quais se destacam:

Mudança do eixo econômico do Mediterrâneo •para o Atlântico.

Incorporação de novas terras, América, litoral •africano, rotas para a Ásia.

Declínio das repúblicas italianas de Gênova e •Veneza que detinham o monopólio comercial junto aos árabes do comércio das especiarias vindas da Índias.

Ascensão das potências mercantis (Portugal, •Espanha, Inglaterra, França e Holanda).

Desenvolvimento do tráfico de escravos. •

Imposição dos valores europeus (europeização) •sobre os povos considerados “primitivos” das áreas conquistadas (duelo entre a civilização e a barbárie).

MercantilismoO Mercantilismo foi uma política econômica do

período de transição do Feudalismo para o Capitalis-mo (XV – XVIII), totalmente voltada para o controle do Estado na economia vigente de cada país. Organizou-se segundo os interesses mercantis e artesanais dos habitantes das cidades, adaptada porém, às necessi-dades e condições específicas do Estado. Este domínio facilitou o desenvolvimento comercial e financeiro de algumas regiões, centralizando e fortalecendo cada vez mais o poder do Estado Moderno e da burguesia, classe em ascensão.

Este sistema desenvolveu um conjunto diver-sificado de alternativas para cada Estado Moderno arrecadar riquezas a fim de manter o poder absoluto

de seus reis. Os Estados modernos durante este pe-ríodo possuíram características específicas. Alguns concentraram-se na exploração colonial, na obtenção de metais preciosos; outros, optaram por incentivar a produção manufatureira.

Com o desenvolvimento da produção das ofici-nas artesanais (corporações de ofício), a manufa-tura foi uma produção intermediária entre estas e a produção industrial mecanizada, que se iniciou no século XVIII.

O mercantilismo possuiu várias característi-cas, ou seja, princípios comuns que formaram a base desse sistema. Vejamos algumas delas.

Metalismo: • o poder de cada Estado estava relacionado com a quantidade acumulada de metais preciosos (ouro e prata).

Intervenção do Estado na economia. •

Incentivo à criação de manufaturas. •

Incentivo à construção naval e ao comércio •marítimo.

Balança comercial favorável: • buscava-se manter as exportações num nível superior ao das importações, protegendo sempre o produto nacional.

Protecionismo alfandegário ou política adu- •aneira: política em que o Estado colocava taxas alfandegárias em relação aos produtos estrangeiros, ou, em alguns casos extremos, proibía a entrada de artigos que prejudicassem a produção nacional.

O colonialismo: • sistema em que o Estado absolutista (a Metrópole) dominava e ex-plorava territórios em outros continentes (as colônias). Este acontecimento podia ser chamado popularmente de pacto colonial (monopólio comercial).

O mercantilismo estava ligado ao trinômio metalismo, protecionismo alfandegário e balança comercial favorável.

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Alguns países possuíam características mer-cantilistas específicas:

Espanha: • medidas para a obtenção de metais preciosos, cujo conjunto foi chamado também de bulionismo.

França: • estimulou o crescimento das oficinas de manufaturas voltadas para a produção de artigos de luxo, criando diversas companhias de comércio. Este sistema também foi cha-mado de Colbertismo, referindo-se a Colbert, ministro no período do rei Luís XIV. A França estimulava também a indústria, com isso o seu sistema mercantilista ficou conhecido como industrialismo

Inglaterra: • a política ficou conhecida como comercialismo e depois industrialismo, priorizando a frota naval. Mantinha o incen-tivo às manufaturas e uma severa política alfandegária.

O Mercantilismo dividiu-se em 3 períodos dis-tintos cada um com características específicas:

Século XVINeste período, o domínio do comércio mariti-

mo do Atlântico ficou nas mãos dos países ibéricos (Portugal e Espanha).

A exploração desses países foi caracterizada pela grande extração de recursos naturais de suas colônias, tendo destaque a exploração da Espanha em suas colônias americanas ricas em ouro e prata.

Esse período ficou caracterizado pelo sistema de exclusivo colonial, ou seja, a realização do cha-mado pacto colonial: a relação comercial entre as colônias e a sua respectiva Metrópole. Cabendo à primeira consumir todos os produtos da segunda, e respectivamente fornecer também todo o tipo de produtos que a Metrópole determinava. Tudo isto garantia grandes lucros e rendas à Coroa e à bur-guesia mercantil.

A grande chegada de quantidade de ouro e prata na Europa, além de promover o enriquecimento da Espanha, promoveu efeitos opostos na própria economia espanhola, prejudicando suas atividades manufatureiras e agrícolas. Tamanha foi a quanti-dade de metais preciosos injetados na Europa que provocou em suas economias uma alta de preços exagerados (inflação), gerando uma crise econômica no século posterior.

Períodokg de ouro

kg de prata

Valor total das entradas em milhões de pesos

1551/1560 42.620 303.121 17.86

1561/1570 11.530 942.858 25.34

1571/1580 9.429 1.118.592 29.15

1581/1590 12.101 2.103.027 53.20

1591/1600 19.451 2.707.626 69.60

1601/1610 11.764 2.213.631 53.38

1611/1620 8.855 2.192.255 52.10

1621/1630 3.889 2.145.339 49.67

1631/1640 1.240 1.396.759 31.98

1641/1650 1.549 1.056.430 24.36

Esse problema favoreceu outros países que não estavam ligados diretamente à exploração de ouro e prata, França, Inglaterra e Holanda, que ampliaram o seu processo chamado de entesouramento, já que as nações ibéricas passaram a pagar suas dívidas para com os outros países em metais preciosos.

Século XVII A partir deste século, o domínio econômico não

estava mais nas mãos do países ibéricos, e sim dos países que praticavam o entesouramento. A França ficou caracterizada pelo incentivo às manufaturas, principalmente de artigos de luxo, conquistando o mercado externo, como já foi citado.

Na Inglaterra, com as dinastias Tudor e Stuarts, houve o desenvolvimento da política de proteção e domínio do comércio naval, principalmente depois da promulgação dos chamados Atos de navegação (nenhuma mercadoria era importada ou exportada dos países que não fossem pertencentes à Sua Ma-jestade, ou aos seus súditos). Além de estimular a marinha mercante, houve também o incentivo às companhias de comércio. No exato momento da Revolução Gloriosa, a burguesia assumiu o poder de-finitivamente na Inglaterra, realizando rapidamente o desenvolvimento do capitalismo.

Século XVIIIEsse século foi caracterizado pelo aumento

da exploração desenfreada das colônias. Também foi o período em que surgiram as primeiras críticas ao sistema em que o Estado dominava a economia (Mercantilismo). Essas mesmas foram feitas pelos chamados fisiocratas (filósofos econômicos), adeptos de um regime caracterizado pela livre comerciali-zação entre os países.

A burguesia já controlava totalmente a econo-mia nos países europeus, mesmo ainda existindo a divisão das classes por ordens, ou seja, os privilé-

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gios do clero e da Nobreza, detalhes do chamado Antigo Regime (período que engloba os séculos XV ao XVIII).

O mercantilismo começou a perder força com as críticas dos fisiocratas, e a implantação do liberalis-mo econômico era uma questão de tempo, anulando definitivamente este sistema.

O sistema mercantilista não possuiu uma eco-nomia liberal, em nenhum de seus períodos.

Sugestão de filme:

A conquista do Paraíso. Cristóvão Colombo, 1492

A que se pode atribuir a primazia portuguesa nos 1. descobrimentos e na expansão marítima moderna?

Solução: `

Tradição pesqueira, precoce centralização monár-quica, posição geográfica privilegiada e apoio aos estudos náuticos.

Contestando o Tratado de Tordesilhas, o rei da França, 2. Francisco I, declarou em 1540:

“Gostaria de ver o testamento de Adão para saber de que forma este dividira o mundo.”

(VICENTINO, Cláudio. História Geral, 1991.)

O que foi o Tratado de Tordesilhas?a)

Por que alguns países da Europa, como a França, b) contestavam aquele tratado?

Solução: `

Tratado entre Portugal e Espanha que partilhava o a) novo mundo.

Foram excluídos dessa partilha. Exemplo: França.b)

3. “Herói ou vilão, Colombo simboliza a conquista”.

(FOLHA DE S. PAULO, 12 out. 1991.)

Por que Colombo é tratado como herói ou vilão?a)

Por que ele é o símbolo da conquista? b)

Solução: `

Herói, por possibilitar o início da conquista do novo a) mundo. Vilão, por ter proporcionado a morte e des-truição de sociedades nativas.

Colombo é um marco da formação colonial na b) América.

4.

Em 1566, Copérnico anunciava, em sua obra “sobre as revoluções das órbitas celestes”:

“[...] no primeiro livro descrevo todas as posições dos astros, assim como os movimentos que atribuo à Terra, a fim de que este livro narre a constituição geral do Universo”.

(GAOS, José. História de nuestra idea del mundo. Fondo de

Cultura Económica, 1992, p. 146. Adaptado.)

Em que a obra de Copérnico significou uma a) revolução na forma como se via o mundo comparada à da Idade Média?

Como o telescópio, inventado por Galileu em 1610, b) ajudava a confirmar as teses de Copérnico?

Relacione o estudo da astronomia com as grandes c) navegações desse período.

Solução: `

A obra de Copérnico preconiza a teoria helio-a) cêntrica estabelecendo a Terra como parte do sistema solar, rompendo com o geocentrismo que marcou a Europa Ocidental medieval.

Com o uso do telescópio foi possível a confir-b) mação das teses de Copérnico, praticando-se a observação dos astros, por conseguinte, a ob-servação científica preconizada pelo racionalis-mo na época.

O estudo da astronomia favoreceu a invenção c) de novos instrumentos náuticos como, por exemplo, o astrolábio.

As relações entre Metrópoles e colônias estabeleceram-5. se desde a época dos descobrimentos em função dos interesses da burguesia mercantil e das exigências dos Estados Modernos.

Indique quais eram tais interesses e quais eram as exigências que as Metrópoles faziam de suas colônias, do ponto de vista econômico e político.

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Solução: `

A burguesia estava interessada em ampliar o comércio e seu capital. As Metrópoles exigiam que suas colônias comercia-lizassem apenas consigo e obedecessem cegamente suas orientações, para isso estabeleceu-se o pacto colonial.

Nos dois séculos iniciais da era moderna (XV e XVI), a Itália 6. e a Espanha ocupavam posição de liderança na Europa, e a Holanda e a Inglaterra tinham um papel secundário; nos dois séculos seguintes, essas posições se inverteram.

Indique as razões dessa inversão.

Solução: `

A decadência das cidades italianas com a transferência do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico. Decadência da mineração nas colônias espanholas e do Império Habsburgo.

a ocupação de pontos estratégicos e o domínio das a) rotas marítimas, a fim de assegurar a acumulação do capital mercantil.

o estabelecimento das regras que definem o Sis-b) tema Colonial nas relações entre as Metrópoles e as demais áreas do “Império” para estabelecer as ideias de liberdade comercial.

a integração econômica entre várias partes de c) cada “Império” através do comércio intercolonial e da livre circulação dos indivíduos.

a projeção da autoridade soberana e centralizadora d) das respectivas coroas e sobre tudo e todos situados no interior desse “Império”.

a junção da autoridade temporal com a espiritual e) através da criação do Império da cristandade.

(Cesgranrio) Foram inúmeras as consequências da ex-2. pansão ultramarina dos europeus, gerando uma radical transformação no panorama da história da humanidade.

Sobressai como uma importante consequência:

a constituição de Impérios coloniais embasados a) pelo espírito mercantil.

a manutenção do eixo econômico do mar Mediter-b) râneo com acesso fácil ao Oceano Atlântico.

a dependência do comércio com o Oriente, c) fornecedor de produtos de luxo como sândalo, porcelanas e pedras preciosas.

o pioneirismo de Portugal, explicado pela posição d) geográfica favorável.

a manutenção dos níveis de afluxo de metais e) preciosos para a Europa.

(FGV) “Desdobramento da expansão comercial e ma-3. rítima dos tempos modernos, a colonização significava a produção de mercadorias para a Europa, naquelas áreas descobertas em que as atividades econômicas dos povos ‘primitivos’ não ofereciam a possibilidade de se engajarem em relações mercantis vantajosas aos ca-minhos do desenvolvimento capitalista europeu. Assim, passava-se da simples comercialização de produtos já encontrados em produção organizada, para a produção de mercadorias para o comércio”.

(Novais, Fernando. Portugal e Brasil na crise do Antigo

Sistema Colonial, p.73.)

Neste texto, o autor descreve:

a integração de áreas do território americano ao a) mercado europeu, a partir do século XVI.

as relações econômicas entre a Europa Ocidental e a b) Europa do Leste, no século XVI, quando prevaleceu o capitalismo comercial.

Um dos tipos de mercantilismo pregava a busca e a ex-7. ploração do ouro nas novas terras recém-descobertas. Este metal trouxe para a Europa uma enorme fonte de riqueza e ao mesmo tempo uma preocupação, devido ao fato de que, neste continente, ocorreu uma elevação dos preços dos produtos decorrente da entrada de metais preciosos.

Qual o elemento químico do ouro?a)

Qual tipo de mercantilismo pregava a busca e a b) exploração do ouro na América?

Qual foi o acontecimento europeu registrado c) a partir da entrada de grande quantidade de metais preciosos naquele continente?

Solução: `

Au.a)

Metalismo, praticado principalmente por Portu-b) gal e pela Espanha.

O acontecimento europeu que ficou caracteriza-c) do pela elevação de preços naquele continente foi a Revolução dos Preços.

(Cesgranrio) Com a expansão marítima dos séculos XV/1. XVI, os países ibéricos desenvolveram a ideia de “Império ultramarino” significando:

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as diferenças entre a colonização da América e a c) da África.

a organização, na Ásia, do antigo Sistema Colonial.d)

a incorporação dos povos indígenas ao capitalismo e) europeu.

(FGV) Leia atentamente as afirmações abaixo sobre a 4. expansão marítima e comercial moderna e assinale a alternativa correta.

O papel pioneiro na expansão marítima e comercial I. moderna foi dos países ibéricos, tendo Portugal ini-ciado o feito.

O papel pioneiro na expansão marítima e comercial II. moderna foi dos países ibéricos, tendo a Espanha iniciado o feito.

As conquistas espanholas em África (Ilhas Caná-III. rias) durante o século XIV, demonstraram a força da invencível armada às demais nações europeias.

A Revolução de Avis foi um marco antecedente IV. fundamental para essa expansão.

Bartolomeu Dias, navegador português, foi o res-V. ponsável pela passagem pelo sul da África e pela chegada às Índias.

Apenas as afirmações I, III e V estão corretas.a)

Apenas as afirmações I e IV estão corretas.b)

Apenas as afirmações II e V estão corretas.c)

Apenas as afirmações I, IV e V estão corretas.d)

Apenas as afirmações III, IV e V estão corretas.e)

(FGV) “O espaço fechado e o calor do clima, a juntar 5. ao número de pessoas que iam no barco, tão cheio que cada um de nós mal tinha espaço para se virar, quase nos sufocavam. Esta situação fazia-nos transpirar muito, e pouco depois o ar ficava impróprio para respirar, com uma série de cheiros repugnantes, e atingia os escravos como uma doença, da qual muitos morriam”.

(Relato do escravo Olaudah Equiano. Apud ILIFFE, J., Os africanos.

História dum continente. Lisboa, Terramar, p.179, 1999.)

A respeito do tráfico negreiro, é correto afirmar:

Foi praticado exclusivamente pelos portugueses a) que obtiveram o direito de asiento, ou seja, direito ao fornecimento de escravos às plantações tropicais e às minas da América espanhola e anglo-saxã.

Tornou-se uma atividade extraordinariamente lucra-b) tiva e decisiva no processo de acumulação primitiva de capitais que levou ao surgimento da sociedade industrial.

Foi combatido pelos holandeses à época de sua c) instalação em Pernambuco, o que provocou a re-volta da população luso-brasileira em meados do século XVII.

Tornou-se alvo de divergências entre dominicanos, d) que defendiam o tráfico e a escravidão dos africa-nos, e os jesuítas, contrários tanto ao tráfico quanto à escravidão.

O aperfeiçoamento do transporte registrado no sé-e) culo XIX visava diminuir a mortandade dos escra-vos durante a travessia do Atlântico, atenuava as críticas ao tráfico e ainda ampliava a margem de lucros.

(FGV) Leia atentamente as afirmações abaixo, sobre 6. mercantilismo, e assinale a alternativa correta.

São característica essenciais do mercantilismo: o I. monopólio, o protecionismo e a balança comercial favorável.

O objetivo fundamental do mercantilismo, como II. política de acumulação de capitais, é a livre concor-rência sem a intervenção do Estado-nação.

As medidas da política econômica mercantilista fo-III. ram idênticas em todos os países da Europa duran-te os séculos XVI, XVII e XVIII.

OIV. pacto colonial está no contexto das práticas mercantilistas.

O insucesso da política mercantilista expressa-se V. pela permanência da política bulionista por três sé-culos.

Apenas I e III estão corretas.a)

Apenas II e IV estão corretas.b)

Apenas II e V estão corretas.c)

Apenas III e V estão corretas.d)

Apenas I e IV estão corretas.e)

(UERJ) 7. Balança fecha com déficit de US$ 315 milhões. O governo está comemorando o déficit de US$ 315 milhões na balança comercial do mês passado, bem abaixo do saldo negativo de US$ 811 milhões regis-trado em julho.

(O GLOBO, 02 set. 1997.)

A notícia acima identifica uma preocupação do governo em obter um saldo positivo nas correntes de comércio. Essa preocupação, no entanto, não é nova.

Na Idade Moderna - séculos XV ao XVIII, a formulação da ideia de uma balança favorável era decorrente das práticas econômicas ligadas ao:

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mercantilismo.a)

fisiocratismo.b)

cameralismo.c)

metalismo.d)

(UFRJ) “A Metrópole, por isso que é mãe, deve prestar 8. às colônias suas filhas todos os bons ofícios e socorros necessários para a defesa e segurança das suas vidas e dos seus bens (...).

Estes benefícios pedem iguais recompensas e, ainda, alguns justos sacrifícios; e, por isso é necessário que as colônias também, da sua parte, sofram: 1) que só possam comerciar diretamente com a Metrópole, excluída toda e qualquer outra nação, ainda que lhes faça um comércio mais vantajoso; (...) Desta sorte, os justos interesses e as relativas dependências mutuamente serão ligadas.”

(COUTINHO, J. J. da Cunha Azeredo. Ensaio sobre o Comércio

de Portugal e suas Colônias, 1816.)

A empresa que se organiza como parte integrante do Sistema Colonial português na Época Moderna tem como base os elementos da política econômica mercantilista, entre os quais se encontra o monopólio comercial.

Identifique duas características da empresa colonial a) portuguesa na Época Moderna.

Explique a função do monopólio comercial no sistema b) colonial da época mercantilista.

(Cesgranrio) 1.

“E também as memórias gloriosas

Daqueles que foram dilatando

A Fé, o Império, e as terras viciosas

De África e de Ásia andaram devastando;

E aqueles que por obras valorosas

Se vão da lei da morte libertando

Cantando espalharei por toda a parte,

Se a tanto me ajudar o engenho, e arte.”

(CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. Canto Primeiro, estrofe 2.)

A obra épica de Camões nos remete ao século das conquistas portuguesas. Nos seus primórdios, a expansão ultramarina de D. João I foi possível em virtude dos seguintes fatores:

Formação do Estado nacional.I.

Expulsão dos árabes da Península Ibérica.II.

Associação com a burguesia mercantil.III.

Retomada de Constantinopla.IV.

Conquista do Cabo Bojador.V.

Estão corretos os fatores:

III, IV e V, apenas.a)

II, III e V apenas.b)

I, IV e V apenas.c)

I, II e IV apenas.d)

I, II e III, apenas.e)

O texto a seguir refere–se às questões 2 e 3.

(UFRJ)”À frente do projeto de expansão do luso-cristianismo estavam os monarcas portugueses, aos quais, desde meados do século XV, os papas haviam concedido o direito do padroado (...) Quando se iniciou o ciclo das grandes navegações, Roma decidiu confiar aos monarcas da Península Ibérica o padroado sobre as novas terras descobertas”.

(AZZI, Riolando. A Cristandade Colonial: Mito e Ideologia.

Petrópolis: Vozes, p. 64, 1987.)

As relações entre os Estados nascentes e a igreja católica constituíram-se em um dos mais importantes eixos de conflito ao longo da etapa final da Idade Média. Ao contrário de outras regiões, na Península Ibérica a resolução do problema implicou o estreitamento das interações entre uma e outra instituição.

Indique a principal fonte de arregimentação de recursos 2. para a realização das tarefas que, por meio do padroado, estavam a cargo das Coroas Ibéricas na América nos séculos XVI e XVII.

Cite duas das atribuições das Coroas Ibéricas 3. contidas na delegação papal do padroado, cujo fim último era a expansão do catolicismo nas terras recém-descobertas da América.

(Unicamp) O recente episódio das eleições livres no 4. Timor Leste oficializou a independência daquele território após longo processo de dominação; seus primórdios situam-se no século XVI e coincidem com as primeiras viagens marítimas dos europeus ao Oriente.

Qual a nacionalidade dos europeus que chegaram a) pioneiramente no arquipélago onde hoje se situa o Timor Leste e qual o episódio histórico relacionado a esse empreendimento?

Cite duas razões para o interesse dos europeus b) pelo Oriente, no século XVI.

Que semelhança há entre a formação histórica de c) Timor Leste e a do Brasil?

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(PUC-SP) 5.

”Quem quer passar além do Bojador,

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.”

(PESSOA, Fernando: Mar Português, in: Obra poética. Rio de Janeiro,

Editora José Aguilar, p. 19, 1960.)

O trecho de Fernando Pessoa fala da expansão marítima portuguesa. Para entendê-lo, devemos saber que:

“Bojador” é o ponto ao extremo sul da África e a) que atravessá-lo significava encontrar o caminho para o Oriente.

a “dor” representa as doenças, desconhecidas b) dos europeus, mas existentes nas terras a serem conquistadas pelas expedições.

o “abismo” refere-se à crença, então generalizada, c) de que a Terra era plana e que, num determinado ponto, acabaria, fazendo caírem os navios.

a menção a “Deus” indica a suposição, à época, de d) que o Criador era contrário ao desbravamento dos mares e que puniria os navegadores.

o “mar” citado é o Oceano Índico, onde estão locali-e) zadas as Índias, objetivo principal dos navegadores.

(Unicamp) Os 450 anos compreendidos entre a chegada 6. de Vasco da Gama, em 1498, e a retirada das forças britânicas da Índia, em 1947, constituem um verdadeiro período histórico.

(K. M. Pannikar, A dominação Ocidental na Ásia. São Paulo, Paz e

Terra, p. 19, 1977. Adaptado.)

Explique o que representou para europeus e india-a) nos a chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498.

Caracterize o processo de descolonização da Índia, b) que culminou com a retirada dos ingleses em 1947.

Defina, a partir do enunciado acima, o que é um c) período histórico.

O que o autor nesse pequeno trecho quer dizer com “resistência bárbara”?

Todo o mundo sabe que uma das características para 8. que a nação portuguesa fosse a primeira a promover a expansão marítima era a posição geográfica favo-rável. Porém, muitos professores, ao repassarem esta explicação para seus alunos, referem-se à saída para o mar que Portugal possuía como justificativa para o seu pioneirismo. Se fosse assim, a Inglaterra seria uma na-ção privilegiada, pois é uma ilha. Tendo como base este conhecimento, explique por que a posição de Portugal era geograficamente favorável.

(UFRJ)”...se é de globo mundo que se trata e de 9. império e rendimentos que impérios dão, faz o in-fante D. Henrique fraca figura comparado com este D. João, quinto já se sabe de seu nome na tabela dos reis, sentado numa cadeira de braços de pau-santo, para mais comodamente estar e assim com outro sossego atender ao guarda-livros que vai escriturando no rol os bens e as riquezas, de Macau as sedas, os estofos, as porcelanas, os laçados, o chá, a pimenta, o cobre, o âmbar cinzento, o ouro, de Goa os diamantes brutos, os rubis, as pérolas, a canela, mais pimenta, os panos de algodão, o salitre, de Diu os tapetes, os móveis tauxiados, as colchas bordadas, de Melinde o marfim, de Moçambique os negros, o ouro, de Angola outros negros, mas estes menos bons, o marfim, que esse, sim, é o melhor do lado ocidental da África, de São Tomé a madeira, a farinha de mandioca, as bananas, os inhames, as galinhas, os carneiros, os cabritos, o índigo, o açúcar, de Cabo Verde alguns negros, a cera, o marfim, os couros, ficando explicado que nem todo o marfim é de elefante, dos Açores e Madeira os panos, o trigo, os licores, os vinhos secos, as aguardentes, as cascas de limão cristalizadas, os frutos, e dos lugares que hão-de vir a ser Brasil o açúcar, o tabaco, o copal, o índigo, a madeira, os couros, o algodão, o cacau, os diamantes, as esmeraldas, a prata, o ouro, que só deste vem ao reino, ano por ano, o valor de doze a quinze milhões de cruzados, em pó e amoedado, fora o resto, e fora também o que vai ao fundo ou levam os piratas...”

(SARAMAGO, José. Memorial do Convento. Rio de Janeiro:

Bertrand Brasil, p.227-8, 1994.)

”...as histórias da colonização dos países europeus 7. nada mais são, num certo sentido, do que galerias dos feitos bélicos e administrativos de grandes “heróis coloniais” que derrotaram as “resistências bárbaras” ou “selvagens”, organizaram uma ad-

ministração e abriram caminho à “civilização” e ao “progresso”.”

(AARÂO, Daniel e FERREIRA,Jorge (org). O século XX: da

formação do capitalismo à primeira grande guerra v. 1.Civilização

brasileira. Rio de Janeiro: 2000.)

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O trecho anterior remete à formação e expansão dos Impérios coloniais entre os séculos XV e XVIII. O Mercantilismo era dos principais pilares dos Estados nacionais europeus dessa época.

Identifique quatro características do mercantilismo.

(Fuvest) “A palavra [escravidão] carrega (...) a história 10. dolorosíssima de vários milênios, durante os quais, em quase todos os cantos do mundo, o mais cruel e desumanizador sistema de recrutar e controlar traba-lho predominou sobre todos os demais. Tão ampla foi sua vigência no espaço e no tempo que hoje todos, na Europa, na Ásia, na África e nas Américas, fora de grupos como os pigmeus ou os bosquímanos, somos descendentes de escravos e de senhores e mercadores de escravos”.

(Alberto da Costa e Silva, A manilha e o libambo.)

Partindo da afirmação do autor, destaque as particula-ridades da escravidão na Antiguidade e na Época Moderna, indicando suas semelhanças e diferenças.

(Unesp) Um mercantilista inglês escreveu: Os meios 11. ordinários para aumentar nossa riqueza e tesouro são pelo comércio exterior, para o que devemos obedecer sempre a esta regra: vender mais aos estrangeiros em valor do que consumimos deles.

(THOMAS, Mun. Discourse on England’s Treasure by Foreing

Trade, 1664.)

O autor desse fragmento exprime um princípio es-a) sencial da política mercantilista. Era através dele que os mercantilistas explicavam a origem da rique-za dos Estados. Que princípio era este?

Por que as áreas coloniais da América foram fun-b) damentais para a satisfação desse princípio mer-cantilista?

(FAAP) Dizia o Arcebispo de Canterbury em 1690, que 12. “em todas as lutas e disputas que nos últimos anos ocorreram nesta parte do Mundo, julgo que, embora alegassem objetivos altos e espirituais, o fim e o objetivo verdadeiro era o Ouro, a Grandeza e a Glória secular.”

Ouro, Grandeza e Glória podem ser resumo preciso do que buscavam os mercantilistas, portanto é de se supor que o Arcebispo tenha escrito o texto no século:

IXa)

XIIb)

XVIIc)

XIXd)

XXe)

(Fuvest) Durante a Idade Moderna, pensava-se que 13. todas as riquezas do mundo estavam numa posição estática e constante, razão pela qual o comércio era tido como uma atividade em que havia um ganhador e um perdedor, sendo o seu resultado equivalente a uma soma zero (+1-1 = 0). Baseando-se nestes princípios, os Estados modernos atuaram no comércio internacional sob a orientação de uma política econômica.

Que nome foi dado a esta política econômica?a)

Quais foram seus principais elementos constituti-b) vos?

(UFU) Desde meados do século XIX até o início do 14. século XX, as nações industrializadas europeias e os Estados Unidos da América empreenderam uma dis-puta por territórios na África, Ásia e América Latina. Essa disputa ficou conhecida como Imperialismo ou Neocolonialismo.

Compare o imperialismo do século XIX com a expansão mercantilista ocorridas nos séculos XV e XVI, quanto ao processo de colonização.

15.

IESD

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l S.A

.Observe atentamente a ilustração apresentada acima: ela mostra as marcas da sociedade atual em uma “paisagem primitiva”.

A partir das informações apresentadas, explique a) como e por que, hoje, os espaços geográficos estão “mundializados”.

No período de transição do Feudalismo para o b) Capitalismo (XV - XVIII), o mercantilismo ini-ciava o processo de mundialização, utilizando a expansão marítima. Cite três características do Mercantilismo.

A política econômica mercantilista caracterizou–se por 16. três elementos básicos, a saber: balança comercial favo-rável, protecionismo e o monopólio comercial. Explique de que modo o protecionismo e o monopólio concorriam para manter a balança comercial favorável.

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D1.

A2.

A3.

B4.

B5.

E6.

A7.

8.

A predominância do latifúndio, da monocultura e a) da escravidão; da produção especializada e voltada para o mercado externo. O caráter complementar da economia colonial em favor do mercantilismo metropolitano.

A garantia de mercados exclusivos que possibilita-b) va a acumulação de capitais pelas Metrópoles.

E1.

O dízimo era a principal fonte de arregimentação de 2. recursos. A Coroa, mediante o padroado, passava a recolher e administrar o equivalente à décima parte da riqueza social.

Os reis da Espanha e de Portugal deviam enviar mis-3. sionários para as suas conquistas, construir igrejas e conventos, fundar paróquias e dioceses, subvencionar o culto, bem como remunerar o clero diocesano, escolher bispos, párocos e missionários, financiar expedições evangelizadoras, preencher cargos e, em circunstâncias especiais, fornecer ajuda aos religiosos, como no caso dos aldeamentos indígenas.

4.

Os portugueses, no contexto da Expansão Maríti-a) ma e Comercial europeia no século XVI.

A obtenção de especiarias e metais preciosos no b) Oriente no século XVI foi motivada pelo desenvolvi-

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mento das atividades comerciais na Europa na bai-xa Idade Média e pelo fechamento do Mediterrâneo ao comércio oriental após a tomada de Constantino-pla em 1453 pelos turcos-otomanos.

A colonização portuguesa, cujas influências se c) mantêm até os dias atuais nos dois países.

C5.

6.

Para os europeus, sobretudo os portugueses, a a) expansão das atividades comerciais e o início do domínio colonial na Ásia e para os indianos a sub-missão em todos os níveis ao domínio europeu.

O processo de descolonização da Índia está intima-b) mente ligado a desagregação do império britânico após a Segunda Guerra Mundial, destacando-se Gandhi com a defesa da não violência para con-quista da Independência.

Entende-se por período histórico a manutenção, por c) um determinado período de tempo, de estruturas eco-nômicas, sociais, políticas e culturais que caracterizam um povo, segundo critérios de um historiador.

O aluno deverá responder a questão referindo-se ao 7. processo denominado de europeização, na qual o in-divíduo europeu acha que possui uma cultura superior aos nativos da América, Ásia e África e, com isto, tenta impor a sua forma de viver (língua, costumes e outros valores culturais).

A posição de Portugal tornava-se privilegiada devido a 8. conquista de Ceuta (1415), pois, com isso, ele controlava o estreito de Gibraltar e o fluxo comercial do mar Medi-terrâneo. Outro fator associado diretamente à posição geográfica favorável foi a precoce centralização política do Estado português através da Revolução do mestre Avis. O último ponto está associado ao conhecimento náutico português. Por estes fatores, a posição geográ-fica portuguesa era favorável.

A acumulação de metais preciosos (bulionismo ou me-9. talismo) como uma das principais estratégias de acesso à riqueza. A busca de balança comercial favorável como um dos meios de obtenção de parte da riqueza existente. O estabelecimento do pacto colonial como instru-mento de realização de saldos na balança comercial. O fomento às manufaturas para garantir o aumento da produção para exportação.

Diferenças: Na Antiguidade, o escravo podia ser ad-10. quirido mediante compra, quitação de dívidas ou como prisioneiro de guerra; na Época Moderna, o escravo era capturado em seus territórios de origem ou comprados. Na Antiguidade, a escravidão constituía o próprio modo de produção; na Época Moderna, ela passa a ser um

dos componentes do processo de acumulação primitiva, no quadro da formação do Capitalismo.

Semelhanças: nos dois períodos, o escravo não possuía direitos e a escravidão constituía-se na base da mão-de-obra. O escravo tinha um valor de mercado e geralmente sofria tratamento desumano.

11.

Balança comercial favorável.a)

Graças ao monopólio metropolitano sobre o comér-b) cio colonial, a metrópole mantinha uma balança co-mercial favorável em relação à colônia, o que favo-recia a acumulação primitiva de capitais na Europa.

C12.

13.

Mercantilismo.a)

Metalismo, balança comercial favorável, protecio-b) nismo monopólios estatais, intervencionismo do Es-tado na regulamentação da economia e exploração de colônias (Sistema Colonial).

Nos séculos XV e XVI, o sistema colonial inseria-se no 14. contexto de capitalismo comercial, sendo as colônias, sobretudo na América, mercados de suas Metrópoles e áreas fornecedoras de metais preciosos e produtos tropicais destinados à Europa.

No século XIX a ação imperialista demandava das necessidades das potências industriais como a obtenção de matérias-primas e a expansão de mercados e de capitais excedentes, sobretudo após a 2ª Revolução Industrial, sendo a África e a Ásia as áreas mais intensamente exploradas.

15.

Devido à multipolaridade, globalização, expansão a) de capital transnacional.

Metalismo, protecionismo alfandegário, balança b) comercial favorável, entre outras.

O protecionismo limitava as importações e estimulava a 16. produção interna para exportações. Já o monopólio forne-cia produtos a baixo preço e mantinha um mercado para absorver a produção metropolitana, propiciando elevada lucratividade que favorecia a balança comercial real.

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Colonização europeia na

América“Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram sem casar

Para que fosses nosso, ó mar!”

(PESSOA, Fernando. Mar Português. Rio de Janeiro:

José Aguiar, 1960.)

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Os domínios colonias europeus na América.

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.

Havia dois tipos de colônias no período que data do século XV a XVIII. A primeira era a de povo-amento, característica da região Norte da América Inglesa. Esta era caracterizada pela policultura, mi-nifúndio, mão-de-obra livre, produção voltada para o mercado interno.

Já o segundo tipo de colônia era a de exploração, comum na América Espanhola, e na região sulina dos Estados Unidos. Esta possuía como características principais o latifúndio, monocultura, mão-de-obra escrava, produção voltada para o mercado externo, e não possuía autonomia perante a Metrópole, exer-cendo o chamado pacto colonial.

Colonização inglesaA colonização inglesa deu-se na América do

Norte, no início do século XVII, onde a primeira colô-nia a ser fundada foi a da Virgínia. Esta colonização foi iniciada pela própria Coroa inglesa. Ressalto que em determinadas regiões (colônias do norte) a colonização contou com ação de particulares e Com-panhias de comércio, modificando as características de uma região para outra dentro da própria América inglesa.

O principal motivo para colonização nestas regiões foram as perseguições religiosas e políticas que ocorriam na Inglaterra; além do processo de Cercamento dos Campos.

Após a crise político-econômica dos países ibéricos no século XVI, a Inglaterra foi obrigada a promover a sua expansão marítima no início do século XVII, que propulsionou a fundação das 13 colônias, caracterizadas por uma enorme diversidade, dividin-do em 3 conjuntos.

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Colônias do NorteNova Inglaterra Essa colônia foi povoada

pelos refugiados religiosos da Europa, tendo desta-que para o desenvolvimento de uma agricultura de subsistência, o surgimento da pequena propriedade e da mão-de-obra livre (geralmente por servidão de contrato). Esta colônia possuía uma certa au-tonomia perante a Metrópole, além de favorecer o aparecimento de pequenas manufaturas, realizando um comércio com outras regiões do mundo que não fosse a Metrópole.

A este comércio nós damos o nome de Comércio Triangular. Este termo se referia as rotas comerciais triangulares realizadas pela colônia, ampliando a área comercial a ser alcançada pelo Império, neste caso, o britânico.

Colônia do Norte InglaterraAntilhas

Importante: As colônias do Norte não realizavam comércio com a sua Metrópole.

Colônia do Norte África Antilhas

Colônias do Centro Este território era totalmente controlado pela

Coroa inglesa. Possuía características mistas, ou seja, parte de exploração e de povoamento, tendo uma maior ênfase na mão-de-obra escrava.

A ocupação holandesa foi destaque nas colônias do centro da América, mas os holandeses acabaram expulsos pelos ingleses.

Colônias do Sul Esse território era parecido com as colônias

ibéricas, ou seja, possuía características de colônias de exploração.

Essas colônias possuíam grandes propriedades, onde era empregado o trabalho escravo, e a sua pro-dução estava totalmente voltada para abastecer o mercado externo. A sua base era a monocultura, e o poder estava todo centralizado na elite colonial local que era ligada ao poder metropolitano. Nesse caso, era realizado o pacto colonial e a produção de algodão era voltada para abastecer o mercado externo.

Colonização francesaO início dessa colonização foi bastante tardio,

referindo-se às viagens e conquistas, onde no século XVI chegaram na América como corsários, possuindo

atividades contrabandistas, destacando-se a fundação de núcleos de exploração na região da colônia portu-guesa, as chamadas França Antártida e Equinocial. Somente no governo de Luís XIII foi que a França deu o seu impulso na colonização de regiões da América. Essa possuiu duas colônias a serem destacadas:

Canadá: • Agricultura de subsistência. Seus alicerces eram frágeis, baseada no extrati-vismo e no tráfico de peles.

Antilhas: • Açúcar e escravidão acumulação de capital, não conseguiram ficar nessas áreas (colônia de exploração).

Nos dias de hoje as Antilhas são chamadas de Caribe.

A Guerra dos Sete Anos (1756–1763), que envolveu neste conflito disputas coloniais entre a França e a Inglaterra, teve como fim a vitória inglesa e a tomada dos territórios coloniais per-tencentes à França.

O caso da colônia do Haiti“Salvei a minha pátria. Vinguei a América...

Nunca mais um colono ou um europeu porá o pé neste território com o título de amo ou de proprietário.”

(Frase dita por Jean-Jacques Dessalines, um dos líderes do

Haiti, após a Proclamação da Independência, em 1804.)

Ao longo do século XIX e XX, diante da situação de dependência e opressão em que se viu mergulhado o Haiti republicano, o movimento anticolonialista susten-tado pela população negra e mulata contra os exércitos franceses, alcançou a vitória.

O processo de libertação política e social deste povo foi resultado das frequentes revoltas de escra-vos, sobretudo a partir de 1791, quando ocorreu uma insurreição contra os brancos liderada pelo mulato Vincent Ogé, que foi o estopim para várias rebeliões

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negras e levantes de mulatos. O objetivo era único, ou seja, destruir os brancos proprietários de terras. Essas lutas eram, muitas vezes, desorganizadas, não possuindo um objetivo expresso de libertar a colônia da Metrópole. Porém, muitas já possuíam um sentido revolucionário, voltando-se para o combate à escra-vidão como sistema econômico e social.

A produção era caracterizada numa plantation, ou seja, uma monocultura latifundiária cuja mão-de-obra a ser utilizada era a negra escrava. A produção monocultora era a açucareira, cujo objetivo era o mercado europeu.

A campanha de independência haitiana foi moti-vada pelas grandes mudanças políticas ocorridas na França do século XVIII. Desde o ano de 1795, a ilha de São Domingos pertencia integralmente à França, determinado pelo tratado de Basileia, realizado com a Espanha.

Plano econômico: a campanha de independên-cia desorganizou a atividade açucareira, baseada na plantation e em grande quantidade de capital investido. O governo de Napoleão Bonaparte resta-beleceu a escravidão nas colônias francesas, a priori as de Guadalupe e Martinica, a fim de combater a expansão da Inglaterra pelas Antilhas (as regiões de Jamaica e Barbados). Lembrando que a abolição tinha sido decretada no Haiti em 1793. Pessoas muito influentes dentro da colônia apoiaram o processo de Independência, pois possuíam interesses comerciais em regiões neutras.

Plano militar: a autoridade de Toussaint Lou-verture (antigo escravo) firmada como grande líder. Seu principal objetivo era consolidar a abolição da escravidão naquela ilha. No ano de 1798, os ingleses foram derrotados. No ano de 1801, Toussaint já havia estendido o seu poder por toda a ilha.

Plano político: foi criada uma Assembleia Constituinte para a construção de um conjunto de leis adequadas à realidade dos haitianos, pois as leis francesas eram inadequadas a essa mesma realidade. A constituição de 1801 determinava Toussaint como governante geral vitalício, com direito de escolher o sucessor. Essas medidas trouxeram prosperidade para a ilha. Em São Domingos foi determinado um regime republicano de caráter democrático, com grande apoio da massa populacional. Toussanit visava integrar as várias partes da ilha em uma es-trutura administrativa compatível com a formação de um Estado. Vale lembrar que a população era muito heterogênea, com uma elevada diversidade cultural. Toussaint promoveu a unidade religiosa a partir do Cristianismo. Por causa da cultura heterogênea, destacamos o aparecimento do idioma créole e do voduísmo.

A agricultura era o sentido de racionalização do trabalho, a fim de aumentar o rendimento da produção açucareira. Ressalto que o trabalho era obrigatório e feito pelos negro africanos que agora recebiam por esta tarefa, porém a propriedade ainda encontrava-se nas mãos dos brancos.

A difusão das ideias iluministas nas ilhas poderia significar o impulso de libertação da área antilhana. O Caribe poderia ser a ponte de lança do processo de libertação das colônias americanas.

A França necessitava em reconstruir o seu im-pério colonial, tanto que no ano de 1801 foi enviado para a região o exército do general Victor Leclere, que tinha como objetivo sufocar a rebelião haitiana. No ano de 1802, Toussaint foi preso e enviado para a França, onde veio a morrer. Porém, vários movimentos isolados surgiram pela ilha com o intuito de alcan-çar a liberdade em relação à França. O objetivo da França era eliminar todos os líderes revolucionários, incluindo aqueles que o estavam apoiando.

Nesse momento, surgia um exército colonial, liderado pela figura de Dessalines, e outros nomes como Alexandre Pétion e Henri Christophe. A luta anticolonialista era retomada no Haiti. Em 1804 as forças francesas foram expulsas. Vale lembrar que os revoltosos tiveram o apoio norte-americano e da Inglaterra, na lógica de transformar aquela região num mercado consumidor e fornecedor, dentro do contexto capitalista da época, e de total dependência econômica. Neste mesmo ano (1804) foi proclamada, na parte oriental, a independência do Haiti (terra das montanhas). A parte Ocidental da ilha continuava sob o domínio francês e espanhol, no qual desta-camos a ocorrência de um conflito pela liberdade (1802 – 1806).

Dessalines (1804 – 1806) foi proclamado Im-perador, buscando promover a unidade do Haiti, onde cada vez mais surgia um antagonismo entre os negros e mulatos. Após a morte de Dessalines, rebeliões vitoriosas implantaram no Oeste e no Sul um governo republicano separatista, controlado pelo mulato Alexandre Pétion. Ocorreu, nesse caso, a divi-são de terras entre os camponeses, expropriadas dos grandes produtores. Enquanto isso na região Norte, Henri Christophe foi proclamado presidente vitalício, implantando uma ditadura até o ano de 1811, e um regime imperial que durou até o ano de 1820.

A parte oriental da ilha (São Domingos) tentou tornar-se independente em 1821, entretanto foi do-minada pelos haitianos comandados por Jean Pierre Boyer, promovendo a unificação da ilha em benefício da elite mulata, cessando a distribuição de terras e favorecendo o latifúndio. No ano de 1825 a França reconheceu a independência do Haiti.

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No movimento de Independência do Haiti sur-giam as contradições sociais existentes na colônia, mas não foi unicamente uma rebelião de escravos, nem apenas o resultado de uma luta dos mulatos para conquistar a igualdade anunciada pela Revolução Francesa. Foi um amplo movimento feito pelas mas-sas, liderada pela elite mulata, e grande contingente de negros escravo. Este movimento representou um golpe decisivo no modo de produção escravista implantado na era colonial, onde instalava-se um Capitalismo dependente.

Colonização espanholaDizia uma lenda indígena, que algum dia che-

garia um deus todo de prata, com 4 patas e mais de 2 metros de altura, além de possuir um braço maior que o outro. No ano do início da colonização, o pri-meiro contato entre o indígena e o espanhol foi um pouco semelhante. Pois o espanhol estava em cima de um cavalo (4 patas e 2 metros de altura), possuía uma armadura de prata (o ser prateado) e em uma de suas mãos carregava uma lança (o braço maior que o outro). Estava lá na sua frente o deus, e eles sabiam que a partir daquela data os seus dias esta-vam contados neste planeta.

Antes de nos referirmos diretamente a coloni-zação espanhola na América, faremos uma rápida passagem nas civilizações pré-colombianas (Incas, astecas e maias).

Os OlmecasA cultura olmeca se originou na região Sul do

Golfo do México, sendo considerada a primeira cul-tura daquela região, datando aproximadamente do século XIII a.C., estendendo o seu domínio até as regiões da Costa Rica.

A organização social dos olmecas era bastante desenvolvida, dividindo-se numa minoria que ocu-pava os principais cargos (sacerdotes e membros da elite) e uma maioria que poderíamos denominar de povo, ou seja, os camponeses.

O valor da arte olmeca estava totalmente asso-ciada ao caráter religioso, com esculturas bastante desenvolvidas. Eles também possuíam conhecimen-tos de astronomia. Conheciam também a escrita e os sistemas matemáticos.

Os MaiasEsse povo ocupou a Península de Iucatã, quase

toda a Guatemala e parte da Honduras Ocidental,

formando uma das mais complexas culturas da América Espanhola.

Sua produção era agrícola, voltada principal-mente para o cultivo do milho (este alimento era considerado sagrado, pois dele teria vindo o homem). A terra era cultivada coletivamente. A caça e a pesca eram consideradas atividades secundárias, e a pe-cuária era desconhecida para este povo.

A organização social em grande parte permane-ce desconhecida, porém suas pinturas deixam claro a existência de uma sociedade estratificada. Uma casta de militares e sacerdotes convivia com uma grande massa de camponeses, sendo que estes últimos eram servos. No caso da civilização maia também estava presente a figura do escravo.

O governo maia era teocrático, liderado pela figura de Halach Uinic, auxiliado por um conselho. Cada aldeia era liderada por um batab (chefe local). Os chefes militares eram conhecidos pelo nome de nacom, já os que zelavam pela ordem pública dentro da sociedade eram os tupiles.

Os maias não eram considerados um Império, pois cada cidade com as suas respectivas aldeias eram independentes entre si. Toda a sua produção cultural era voltada para o caráter religioso. Desta-camos a construção de grandes pirâmides de carac-terísticas retangulares. Ressaltamos a escultura em terracota (argila modelada e cozida em forno).

A escrita maia, considerada sagrada, estava representada por sinais pictográficos e símbolos representando sílabas, ou combinação de sons. Des-taque para o Popol Vuh (livro sagrado dos maias). Registra-se por volta dos anos 900 o início da deca-dência da civilização maia.

Os AstecasSua origem remonta uma grande migração

promovida por volta dos anos 900, realizada pelos toltecas indo em direção a região do planalto central mexicano, onde lá foi revivido o culto ao deus Quetza-coatl (a Serpente Emplumada). Esta sociedade teve suas origens dentro do caráter militar e urbano.

Possuíam uma vasta habilidade para a arquite-tura, pintura e escultura.

Os astecas ou mexicas, como também eram conhecidos, estabeleceram-se por volta do ano de 1200 no Vale do México. Era considerado o maior e mais desenvolvido império da mesoamérica daquele período, até a chegada dos espanhóis.

A dominação asteca sobre um vasto território esteve relacionada a todo um processo de controle militar ou por intermédio da cobrança de impostos

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(tributos). A base da economia era a agricultura, além do milho, o principal produto era o feijão, a abóbora, o tomate, o algodão e o tabaco. Os astecas também foram conhecidos pelos seus sistemas de irrigação, devido à precariedade do solo da região (Chinampas). A terra era coletiva e dividida pelos clãs.

Dentro da sociedade asteca existia o trabalho a partir da servidão coletiva, no qual o indivíduo podia ser convocado para prestar um determinado serviço ao governador daquele povo. O dinheiro como meio de troca não existia. A sociedade era bastante hierarquizada. O sistema de governo era uma mo-narquia, de caráter teocrático e militar. As guerras da conquista tinham um caráter político, econômico e religioso.

Os IncasHabitantes da famosa área andina, que incor-

porou as regiões ao Norte do Equador, todo o Peru, as terras altas da Bolívia e ao Sul, o litoral chileno. Essa civilização formou um império consolidado, diferentemente das demais, possuindo uma notável organização política. Os incas devem ter chegado naquela região por volta do ano de 1200. Eles se autodenominavam os filhos do sol.

A economia era baseada na agricultura primi-tiva (batata e milho), ocupando uma pequena área fértil em Cuzco, estando dividido em clãs (ayllus - núcleo social básico). O trabalho era coletivo.

No governo de Pachacútec, os incas alcançaram o pleno domínio político-econômico da região andina. A terra pertencia ao governo daquela civilização. A propriedade em si era dividida na parte destinada ao rei, ao sol e a comunidade. A população campo-nesa também pagava como tributo ao rei a chamada mita, ou seja, o trabalho gratuito nas obras públicas e nas minas.

A sociedade inca estava dividida em cama-das, em que o personagem mais importante era o imperador.

num grupo dominante (sacerdotes e chefes guerreiros), comerciantes, povo e escravos. Tam-bém cultivavam milho, feijão, entre outros pro-dutos, e conheciam as técnicas de irrigação.

Os maias (VII – IX) estavam divididos em nobres, sacerdotes, povo e escravos. Estes tam-bém cultivavam o milho, o feijão, entre outros produtos. Destaca–se o conhecimento de canais de irrigação.

Em ambos os povos (astecas e maias) o co-mércio era baseado na troca de produtos.

A colonização espanhola deu-se por intermé-dio da conquista da América Latina pelos desbra-vadores espanhóis Francisco Pizarro e Diego Alma-gro, que possuíam como único objetivo descobrir metais preciosos. Nestas regiões depararam-se com vários povos indígenas, entre eles os incas, astecas e maias, que foram praticamente extermi-nados pelos espanhóis.

RESUMO:

Os incas (XIII – XVI) possuíam uma hierar-quia social dividida em: o Imperador (Inca), a alta nobreza, os curacas (nobreza), a camada média, os camponeses e os escravos. Cultiva-vam principalmente milho, feijão e mandioca. Utilizavam técnicas de cultivo como a cons-trução de canais de irrigação. O comércio era baseado na troca de produtos, conheciam a mineração e o ouro.

Os astecas (XII – XVI) possuíam uma orga-nização social baseada no governante supremo,

A colonização possuiu como objetivo principal o abastecimento das necessidades da metrópole espanhola (política mercantilista baseada no pacto colonial). Para isso a Coroa mandou os chamados adelantados, isto é, pessoas responsáveis em con-quistar os territórios. Além disso, na colônia existia também as chamadas audiências e vice-reinados (divisão territorial), caracterizados pelas funções administrativas e tribunal, ambos localizados na colônia.

As cidades eram administradas pelos chamados cabildos, que eram membros da Câmara Municipal, e era formada por elementos da classe dominante.

Na Metrópole existia órgãos parecidos com os fixados na colônia, como, por exemplo, a chamada casa de contratação e o real supremo conselho das índias, que eram caracterizados pelo controle total da exploração colonial e administração da colônia.

Ocorreu dentro da colonização espanhola o surgimento de grandes unidades produtoras de artigos para o mercado externo. A organização da mão-de-obra na colonização espanhola deu-se de duas maneiras:

Encomienda: • Forma de trabalho não-remu-nerada, no qual o encomendero possuía o direito a vastas áreas e a responsabilidade de cristianizá-las com a ajuda dos jesuítas.

Mita: • Os índios trabalhavam durante um período de tempo nas minas espanholas de prata, possuindo um certo tipo de remunera-ção. No final ela chegava a ser uma escravi-dão ligeiramente dissimulada.

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Na região continental o predomínio foi a utiliza-ção da mão-de-obra indígena, a partir do trabalho compulsório (mita e encomienda). Já nas ilhas de colonização espanhola, predominou a mão-de-obra negra-escrava proveniente do continente africano.

A sociedade colonial espanhola estava dividida em algumas camadas sociais. Esta divisão coincidia com a clivagem étnica, com isso tínhamos uma mi-noria dominante constituída de brancos (espanhóis) que eram os donos das terras, das minas, manufa-turas e do comércio. Já, do outro lado da pirâmide, estava a grande massa de trabalhadores, que era composta por índios e negros. Lembrando que os mestiços desempenhavam, geralmente, um papel intermediário na sociedade. A minoria dominante estava dividida em duas classes:

Chapetones: • espanhóis nascidos na Espa-nha, possuindo estes direitos políticos e a possibilidade de ocupar cargos altos na colônia.

Criollos: • espanhóis (brancos) nascidos na colônia. Estes não possuem direitos políticos e nem a possibilidade de ocupar altos cargos na administração da colônia. Na maioria dos casos, eles eram latifundiários e/ou comer-ciantes.

No final do século XVIII, e início do século XIX, a influência do pensamento iluminista ligado a outros fatores, como, por exemplo, as guerras napoleônicas na Europa, levaram ao processo de luta pela Inde-pendência das colônias espanholas na América. Esse movimento foi liderado por essa elite criolla.

FILMES:

A missão

Direção de Roland Joffé. 1986.

Hans Staden

Direção de Luiz Alberto Gal Pereira. 1999.

Sobre a colonização inglesa na América do Norte:1.

estabeleça sua conexão com os desdobramentos a) da Reforma Protestante da Inglaterra;

explique por que na região Sul se originou uma or-b) ganização socioeconômica diferente da do Norte.

Solução: `

Os puritanos que colonizaram a América do Norte a) deixaram a Inglaterra, pois a reforma anglicana im-punha grande intolerância àqueles que não profes-sassem a religião oficial.

A região Sul, escravista, se organizou economicamente em torno de grandes propriedades, cuja produção era voltada para o mercado externo. As condições geográficas e climáticas foram fatores decisivos na opção pela economia agroexportadora baseada em plantations.

Em que consistiam as práticas da mita e da encomienda, 2. usadas pelos espanhóis nas colônias americanas?

Solução: `

A mita era o direito dos colonos exigirem o trabalho compulsório de um certo número de indígenas nas minas e a encomienda era o direito dos colonos explo-rarem o trabalho de uma comunidade indígena, com a obrigação de ensinar-lhes o cristianismo e garantir-lhes a subsistência.

Após a chegada dos espanhóis na América, estes 3. começaram a explorar a prata, principalmente da re-gião de Potosi, e levá–la para a Europa, onde naquele continente acarretou o aumento nos preços dos produtos, causando o que chamamos de Revolução dos Preços. Sabendo deste acontecimento, qual era a simbologia química da prata? E qual era a base da mão–de–obra utilizada nesta exploração?

Solução: `

Ag. A base da mão–de–obra para a exploração da prata era o trabalho compulsório dos indígenas, utilizando principalmente a mita.

(UERJ) Na realidade, nem toda a colonização se desen-1. rola dentro das travas do Sistema Colonial. Os sistemas nunca se apresentam, historicamente, em estado puro. (...) A colonização da Nova Inglaterra se deu fora dos mecanismos definidores do sistema colonial mercanti-lista, e (...) fatores específicos (...) deram origem a essa forma de expansão ultramarina: colônias de povoamento

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(...). A categoria de colônias que se lhe contrapõe é a de colônias de exploração.

(NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na Crise do Antigo

Sistema Colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1981. Adaptado.)

Considere a Nova Inglaterra como exemplo de colônia de povoamento e a América Portuguesa como exemplo de colônia de exploração.

Cite, para cada uma delas, o tipo de propriedade predominante e a principal relação de trabalho.

(Cesgranrio) “(...) Em 1781, Tupac Amaru sitiou Cuzco.2.

Este cacique mestiço, descendente direto de imperadores incas, encabeçou o movimento messiânico e revolucionário de maior envergadura. A grande rebelião estourou na Província de Tinta (...) A Província de Tinta estava ficando despovoada por causa do serviço obrigatório nos socavões de prata da montanha.”

(GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina.

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978, 5o. ed. p 55/56.)

Sobre a colonização europeia na América e seus reflexos, não se pode afirmar que a(o):

população descendente dos nativos, ainda hoje, a) na região citada no texto, se mantém dependente das classes privilegiadas, que dominam o Estado e a economia.

elite econômica da colônia - os b) criollos - foi a res-ponsável pela independência da América espanho-la, apesar da eclosão de movimentos populares.

libertação social e política da população haitiana, c) primeira e única deste gênero na América Latina, foi fruto da ação de Tupac Amaru.

exploração do trabalho indígena nas minas - a mita d) - provocou reações como a que está citada no tex-to.

movimento popular e camponês liderado por Tupac e) Amaru fracassou, entre outros motivos, pela falta de apoio das elites coloniais.

(Unirio) “Nos anos 1575-1600, Potosi produziu talvez a 3. metade de toda a prata hispano-americana. Tal profusão de prata não teria vindo à tona sem a concomitante abundância de mercúrio de Huancavélica, que naqueles mesmos anos estava também produzindo como nunca havia feito. Outro estimulante para Potosi foi claramente a mão-de-obra barata e abundante fornecida através da mita de Toledo”.

(LESLIE BETHELL. (org.) História da América Latina: A América Lati-

na Colonial, v. 2: São Paulo: Editora da USP: Brasília: Fundação Alexandre

Gusmão, 1999, p.141.)

A descrição anterior reflete o caráter da exploração da mão-de-obra indígena na manutenção da produção econômica colonial, sob o regime da mita, instaurada pelo vice-rei Francisco de Toledo. Podemos definir essa forma de exploração do trabalho como:

escravo, decorrente do recrutamento de grupos a) indígenas que pagavam tributos coletivamente, fi-cando sob a guarda do colonizador que se encarre-gava da obrigação de instruí-los na fé católica.

forçado, de origem incaica, funcionando através de b) recrutamento por sorteio em suas comunidades e direcionado especialmente para as atividades in-tensificadas na mineração.

servil indígena, hereditário, oferecendo à Coroa es-c) panhola impostos em troca de benefícios individu-ais, tais como concessão de títulos de nobreza e doação de terras para a agricultura.

individual e vitalício, recrutado mediante especiali-d) zação e capacitação, produzindo uma elite traba-lhadora altamente remunerada e distanciada da maioria dos outros trabalhadores locais.

trabalho livre e voluntário, adotado pela Coroa es-e) panhola para mobilizar grandes contingentes de desempregados que se associaram aos espanhóis e, com o passar dos anos, os sucederam como di-rigentes.

(UFF) Durante o Renascimento, o mundo ibérico 4. caracterizou-se por sua política de descobrimentos e de colonização do Novo Mundo.

Sobre as relações coloniais na área de expansão espanhola no Novo Mundo, afirma-se:

A Casa de I. Contratación era uma entidade com sede em Sevilha que se encarregava de organizar o comércio na América e cobrar a parte real nas transações com metais preciosos (o quinto).

O domínio espanhol sobre Portugal foi parte da po-II. lítica expansionista de Felipe II.

A criação dos vice-reinos teve como um dos obje-III. tivos manter os colonizadores sob a direção metro-politana.

A enorme extensão dos domínios da Espanha na Amé-IV. rica e a força dos interesses particulares dos colonos prejudicaram a política descentralizadora de Castela.

As afirmativas que estão corretas são as indicadas por:

I, II e IIIa)

I e IIIb)

I, III e IVc)

I e IVd)

II, III e IVe)

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(UFRRJ)1.

“1785 Cidade do México

Sobre a Literatura de Ficção na Época Colonial

O vice-rei do México, Matias de Gálvez, assina um novo decreto a favor dos trabalhadores índios. Receberão os índios salário justo; bons alimentos e assistência médica; e terão duas horas de descanso, ao meio dia, e poderão mudar de patrão quando quiserem.”

(GALEANO, Eduardo. As Caras e as máscaras. Rio de

Janeiro: Nova Fronteira, 1985, p.107.)

O autor procura ironizar com o título dado ao texto às práticas desenvolvidas pelos espanhóis na América, já que:

os indígenas trabalhavam legalmente como escravos a) dos espanhóis sendo falsa a ideia de “salário justo” e “boas condições de vida e trabalho”.

apesar das várias legislações sobre o assunto, ocorria, b) na prática, uma superexploração do trabalho indígena sob os regimes da mita ou da encomienda.

a situação dos indígenas americanos era, na época, c) bem melhor do que propunha o decreto do vice-rei do México pela pressão exercida a favor deles pela igreja católica.

os indígenas não podiam nunca mudar de patrão d) pois este sempre fora o rei da Espanha, que não abria mão dessas prerrogativas.

o decreto não tinha razão de ser, pois os indígenas e) mexicanos tinham sido completamente dizimados pela conquista e pelo trabalho de exploração mine-ral no século XVI.

(Fuvest) “Deus castigou esta terra com dez pragas 2. muito cruéis por causa da dureza e obstinação de seus moradores [...]. A primeira dessas pragas foi que, num dos navios, veio um negro atacado de varíola, uma doença que nunca tinha sido vista nessa terra.”

(Motolinía. Memórias das coisas da Nova Espanha.)

A respeito desse relato do franciscano Motolinía, sobre a conquista da cidade do México pelos espanhóis, em 1520, pode-se concluir que:

os religiosos europeus justificavam a conquista das po-a) pulações indígenas por serem geneticamente frágeis.

os povos indígenas adotavam táticas cruéis de b) guerra que incluíam a disseminação de epidemias entre os conquistadores.

os aztecas foram dominados pelos espanhóis por c) meio de uma estratégia que evitou a guerra, mas disseminou epidemias mortíferas.

as epidemias tornaram-se uma forma eficiente de d) dominação empregada pelos europeus na conquista das terras indígenas.

as epidemias originárias da África dizimaram parte e) do exército dos conquistadores espanhóis e dos indígenas mexicanos.

(Unicamp) Os primeiros escravos negros chegaram ao 3. Novo Mundo bem no início do século XVI. Por três sécu-los e meio as principais potências marítimas competiram entre si em torno do lucrativo tráfico de escravos, que levou aproximadamente dez milhões de africanos para as Américas.

(DAVIS, David Brion. O problema da escravidão na cultura oci-

dental. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, p. 24. Adaptado.)

Cite uma das principais potências europeias que a) traficava escravos nos séculos XVII e XVIII.

Caracterize o comércio triangular entre Europa, b) África e América neste período.

Quais as consequências, para a África, do tráfico c) negreiro?

(Unicamp) “Na América do Sul, o que impressiona é a 4. diferença essencial que existe entre a colonização espa-nhola e a portuguesa. Desde o início, a Coroa de Castela encoraja a imigração de mulheres que, com suas criadas, contribuem para a expansão da civilização espanhola na América. As leis de sucessão dão-lhes direito à herança, o que aumenta sua autoridade quando são filhas únicas. Os casamentos inter-raciais são raros e a preocupação com a ‘limpeza de sangue’ é fundamental, inclusive para o acesso aos mais altos cargos.”

(FERRO, Marc. História das Colonizações:

das conquistas às independências - séculos XVIII a XX.

São Paulo: Cia. das Letras, 1996, p. 135. Adaptado.)

De acordo com o texto, qual o papel da mulher na a) colonização espanhola?

O que foi a política de “limpeza de sangue”?b)

Por que os criollos foram importantes no processo c) de Independência?

(UFMG) A Espanha, ao conquistar e colonizar vastas 5. regiões do continente americano, implementou, nas colônias, algumas instituições. Entre essas instituições, incluíam-se:

escolas primárias, que foram implantadas pela a) Coroa com o objetivo de conter o avanço da Igreja sobre as instituições educativas.

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missões jesuíticas, que foram implementadas, no b) final do período colonial, como última tentativa para evangelizar os índios guaranis.

órgãos da Inquisição, que foram criados nas colônias, c) visando difundir o pensamento da Ilustração.

universidades, que foram fundadas e mantidas d) por ordens religiosas nas mais importantes ci-dades coloniais.

(UFV) O processo de colonização inglesa na América 6. instituiu, nas treze colônias, perceptíveis diferenças entre as do norte e as do sul. Elenque as diferenças entre elas no que se refere às relações de trabalho e à produção agrícola.

Durante o processo de expansão marítima, os navios 7. se jogaram ao mar em busca de novas terras a serem exploradas. Imagine que um dos navios da expedi-ção liderada por Cabral era levado por ondas que o elevava duas vezes por segundo. O comprimento da onda é de 4m.

Quanto vale a velocidade destas ondas em m/s?a)

Que continente a historiografia refere como o b) Novo Mundo?

No ano de 73 a.C., um grande número de escravos e 8. camponeses pobres se rebelaram contra as autoridades romanas no sul da Itália. Os escravos buscavam retornar às suas pátrias. Depois de resistirem aos exércitos romanos durante dois anos, a maioria foi massacrada.

(Traduzido e adaptado de P. Brunt, Social conflicts

in the roman republic.)

Compare, a escravidão na Roma antiga e na a) América colonial, identificando suas diferenças.

Quais foram as formas de resistência escrava b) nesses dois períodos?

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Tipo de propriedade predominante:1.

• Nova Inglaterra: pequena e média propriedade.

• América portuguesa: grande propriedade.

Principal relação de trabalho:

• Nova Inglaterra: livre, servidão por contrato.

• América portuguesa: escrava.

C2.

B3.

A4.

B1.

D2.

3.

Inglaterra.a)

Transporte de algodão em fibra, das colônias inglesas b) de exploração para a Inglaterra; remessa de tecidos de algodão ingleses para escambo de escravos na África; e transporte de escravos africanos para as colônias norte-americanas de exploração.

Emigração forçada de milhões de africanos e inserção c) da África no quadro do Capitalismo comercial durante a Idade Moderna.

4.

Contribuir para a preservação etnocultural da elite a) colonizadora, assegurando a existência de famílias criollas de pura ascendência espanhola.

Uma política que favoreceu a realização de casa-b) mentos entre espanhóis ou hispano-descendentes, dificultando os casamentos interétnicos, que pode-riam provocar a inclusão, na camada dominante, de elementos considerados indesejáveis ou nocivos.

Formando a elite socioeconômica das colônias c) espanholas, lideraram o processo de Indepen-dência das mesmas.

D5.

Nas colônias de povoamento ao Norte, a produção 6. agrícola estruturou-se nas pequenas (farm) e médias

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propriedades orientadas para a policultura e que empre-gavam a mão-de-obra familiar, a livre e assalariada e, em alguns casos, a servidão por contrato (indentured ser-vants). Já nas Colônias de Exploração do Sul, prevalecia a estrutura de plantations, latifúndios monocultores, cuja produção destinava-se à exportação, e que empregavam a mão-de-obra escrava africana.

7.

A velocidade da onda se relaciona com sua frequ-a) ên-cia (f) e seu comprimento de onda (aqui cha-mado de c), por v = c.f. O enunciado diz que f = 2s e c = 4m. Logo, a v = 8m/s.

O continente americano (América).b)

8.

Na Roma Antiga, o escravismo constituiu-se na a) base da organização econômica, sendo os escravos obtidos inicialmente em função do não-pagamento de dívidas mas, principalmente, pelas guerras de conquista.

Na América colonial, o trabalho escravo aparece b) adequado à acumulação primitiva de capital, sobre-tudo o tráfico negreiro.

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