5
Org. Prof. Marco Aurélio Gondim www.marcoaurelio.tk A IMPLANTAÇÃO DO COLONIALISMO NO BRASIL (AMÉRICA PORTUGUESA) RESUMO E QUESTÕES DE VESTIBULARES O Brasil e as relações internacionais 1. Introdução: Se a primeira metade do século XVI foi de prosperidade para Portugal, o mesmo não se pode dizer para a primeira metade do século XVII. De 1580 a 1640, Portugal é anexado pela Espanha, o que leva à tomada do Nordeste brasileiro pelos holandeses. Portugal consegue a sua independência da Espanha em 1640, tendo que lidar com os holandeses. Diante disso, endurece as condições dos colonos, o que leva a uma série de revoltas. 2. União Ibérica e invasão holandesa: . A União Ibérica (1580-1640): Todo o ouro e prata explorados pelos espanhóis na América fazem da Espanha a grande potência européia do século XVI, possuindo territórios em toda a Europa. Diante de uma questão dinástica, Portugal é anexado pela Espanha de Felipe II, sem poder reagir ante o poderoso vizinho. . A curta tomada de Salvador (1624): O problema é que a aliada de Portugal, Holanda, era inimiga da Espanha. E esta veta a participação dos holandeses no comércio do açúcar brasileiro. Contrariados, os holandeses tomam Salvador em 1624, sendo expulsos no ano seguinte por uma esquadra luso-espanhola. . A longa tomada do Nordeste (1630-54): Em 1630, com 70 navios, os holandeses tomam Pernambuco e depois todo o Nordeste, do Sergipe ao Maranhão. Dominaram ainda portos escravistas na África, dominando, portanto, a produção de quase todo o açúcar brasileiro e também o abastecimento de escravos para as plantagens. Era a Nova Holanda, a principal colônia holandesa na América. . O governo de Nassau (1637-44): Dentro do período holandês, destacou-se o governo de Maurício de Nassau da Nova Holanda. Nassau se aliou à elite açucareira nordestina, fornecendo crédito aos fazendeiros. Implantou a liberdade religiosa na colônia, onde antes o catolicismo era a religião oficial. Remodelou Recife e trouxe missões artísticas e científicas, as primeiras vindas ao Brasil. . A saída dos holandeses: Mesmo com o fim da União Ibérica, os holandeses se recusam a sair do Nordeste e dá-se a guerra entre Portugal e Holanda. Como a Holanda estava em uma difícil guerra com a Inglaterra, abandona a colônia da Nova Holanda, obrigando Portugal a pagar uma indenização para tal. Depois, os holandeses irão estabelecer poderosas produções de cana-de-açúcar nas Antilhas holandesas, desbancando a produção brasileira. . A Restauração: Em 1640, a Espanha já é uma potência declinante. Enfrenta neste ano revoltas na Catalunha e Andaluzia, ambas apoiadas pela França. Assim, ficou facilitada a independência de Portugal. . O acirramento do colonialismo: O Estado português, porém, ressurge em péssimo estado financeiro, tendo perdido várias colônias na África e na Ásia, com o problema holandês no Nordeste por resolver e ainda com uma forte decadência do preço do açúcar no mercado internacional devido ao surgimento de novas áreas de produção de cana na América. O rei decide, então, por um endurecimento da situação colonial para que conseguisse mais fundos para estabilizar o Estado. Cria, então, a Companhia de Comércio do Brasil (16471720) e a Cia de Comércio do Maranhão (1682-5) que deveria monopolizar todo o comércio com o Brasil, segundo os moldes ingleses e holandeses. Em 1640 é criado também o Conselho Ultramarino, órgão português responsável pelas colônias. Criaram-se ainda os juizes de fora, que seriam os presidentes das câmaras municipais e seriam nomeados pelo Rei, num ato de forte centralização. 3. As revoltas coloniais: . A revolta de Beckman (1684): Essa foi uma revolta contra a centralização e endurecimento do colonialismo a partir da Restauração. Reação à criação da Companhia de Comércio do Maranhão, que detinha o monopólio do comércio na capitania. Os revoltosos propunham o fim do monopólio e atacaram a companhia e os jesuítas, que proibiam a escravização dos índios. A revolta foi massacrada. . O quilombo dos Palmares (1630-1694): Revolta totalmente diferente da de Beckman. Foi a mais importante resistência escrava existente na colônia. Os escravos resistiam de várias formas, mas principalmente com fugas e formação de quilombos – comunidades de escravos fugidos. Palmares foi o maior quilombo existente na colônia, tamanho esse devido à desorganização das plantagens nordestinas com a guerra contra os holandeses. Após várias expedições, o bandeirante Domingos Velho destrói o quilombo. . A guerra dos mascates (1709-11): Esse foi um conflito local, portanto, diferente dos outros dois, foi o conflito entre os senhores de Olinda e Recife. Os comerciantes de Recife não queriam mais se sujeitar à Câmara de Olinda, o que leva 1

Historia Brasil Invasoes e Revoltas Coloniais Resumo Questoes Gabarito Prof. Marco Aurelio Gondim []

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Historia do Brasil - Invasoes e Revoltas Coloniais - Resumo, Questoes e Gabarito. Prof. Marco Aurelio Gondim [www.marcoaurelio.tk]

Citation preview

Page 1: Historia Brasil Invasoes e Revoltas Coloniais Resumo Questoes Gabarito Prof. Marco Aurelio Gondim []

Org. Prof. Marco Aurélio Gondimwww.marcoaurelio.tk

A IMPLANTAÇÃO DO COLONIALISMO NO BRASIL (AMÉRICA PORTUGUESA)

RESUMO E QUESTÕES DE VESTIBULARES

O Brasil e as relações internacionais 1. Introdução: Se a primeira metade do século XVI foi de prosperidade para Portugal, o mesmo não se pode dizer para a primeira metade do século XVII. De 1580 a 1640, Portugal é anexado pela Espanha, o que leva à tomada do Nordeste brasileiro pelos holandeses. Portugal consegue a sua independência da Espanha em 1640, tendo que lidar com os holandeses. Diante disso, endurece as condições dos colonos, o que leva a uma série de revoltas.

2. União Ibérica e invasão holandesa: . A União Ibérica (1580-1640): Todo o ouro e prata explorados pelos espanhóis na América fazem da Espanha a grande potência européia do século XVI, possuindo territórios em toda a Europa. Diante de uma questão dinástica, Portugal é anexado pela Espanha de Felipe II, sem poder reagir ante o poderoso vizinho. . A curta tomada de Salvador (1624): O problema é que a aliada de Portugal, Holanda, era inimiga da Espanha. E esta veta a participação dos holandeses no comércio do açúcar brasileiro. Contrariados, os holandeses tomam Salvador em 1624, sendo expulsos no ano seguinte por uma esquadra luso-espanhola. . A longa tomada do Nordeste (1630-54): Em 1630, com 70 navios, os holandeses tomam Pernambuco e depois todo o Nordeste, do Sergipe ao Maranhão. Dominaram ainda portos escravistas na África, dominando, portanto, a produção de quase todo o açúcar brasileiro e também o abastecimento de escravos para as plantagens. Era a Nova Holanda, a principal colônia holandesa na América. . O governo de Nassau (1637-44): Dentro do período holandês, destacou-se o governo de Maurício de Nassau da Nova Holanda. Nassau se aliou à elite açucareira nordestina, fornecendo crédito aos fazendeiros. Implantou a liberdade religiosa na colônia, onde antes o catolicismo era a religião oficial. Remodelou Recife e trouxe missões artísticas e científicas, as primeiras vindas ao Brasil. . A saída dos holandeses: Mesmo com o fim da União Ibérica, os holandeses se recusam a sair do Nordeste e dá-se a guerra entre Portugal e Holanda. Como a Holanda estava em uma difícil guerra com a Inglaterra, abandona a colônia da Nova Holanda, obrigando Portugal a pagar uma indenização para tal.

Depois, os holandeses irão estabelecer poderosas produções de cana-de-açúcar nas Antilhas holandesas, desbancando a produção brasileira. . A Restauração: Em 1640, a Espanha já é uma potência declinante. Enfrenta neste ano revoltas na Catalunha e Andaluzia, ambas apoiadas pela França. Assim, ficou facilitada a independência de Portugal. . O acirramento do colonialismo: O Estado português, porém, ressurge em péssimo estado financeiro, tendo perdido várias colônias na África e na Ásia, com o problema holandês no Nordeste por resolver e ainda com uma forte decadência do preço do açúcar no mercado internacional devido ao surgimento de novas áreas de produção de cana na América. O rei decide, então, por um endurecimento da situação colonial para que conseguisse mais fundos para estabilizar o Estado. Cria, então, a Companhia de Comércio do Brasil (16471720) e a Cia de Comércio do Maranhão (1682-5) que deveria monopolizar todo o comércio com o Brasil, segundo os moldes ingleses e holandeses. Em 1640 é criado também o Conselho Ultramarino, órgão português responsável pelas colônias. Criaram-se ainda os juizes de fora, que seriam os presidentes das câmaras municipais e seriam nomeados pelo Rei, num ato de forte centralização.

3. As revoltas coloniais: . A revolta de Beckman (1684): Essa foi uma revolta contra a centralização e endurecimento do colonialismo a partir da Restauração. Reação à criação da Companhia de Comércio do Maranhão, que detinha o monopólio do comércio na capitania. Os revoltosos propunham o fim do monopólio e atacaram a companhia e os jesuítas, que proibiam a escravização dos índios. A revolta foi massacrada. . O quilombo dos Palmares (1630-1694): Revolta totalmente diferente da de Beckman. Foi a mais importante resistência escrava existente na colônia. Os escravos resistiam de várias formas, mas principalmente com fugas e formação de quilombos – comunidades de escravos fugidos. Palmares foi o maior quilombo existente na colônia, tamanho esse devido à desorganização das plantagens nordestinas com a guerra contra os holandeses. Após várias expedições, o bandeirante Domingos Velho destrói o quilombo. . A guerra dos mascates (1709-11): Esse foi um conflito local, portanto, diferente dos outros dois, foi o conflito entre os senhores de Olinda e Recife. Os comerciantes de Recife não queriam mais se sujeitar à Câmara de Olinda, o que leva ao conflito. Em 1709 é criada a Câmara de Recife e em 1711 as cidades são equiparadas, ponde-se um fim ao conflito.

QUESTÕES DE VESTIBULARES

(UPE) Questão 1: Em Pernambuco, a presença dos holandeses, apesar de ter fornecido várias contribuições, sobretudo na administração de Nassau, provocou também divergências e conflitos. Com a saída dos holandeses,A - os engenhos recuperam sua capacidade de produção e autonomia nos lucros. B - a concorrência do açúcar antilhano diminui, ajudando a economia portuguesa. C - o algodão passou, de imediato, a ser o produto mais importante da colônia. D - a escravidão negra diminui, acentuadamente, com a ruína dos engenhos.E - a crise nos preços do açúcar atinge a economia colonial no Brasil.

(UECE) Questão 2: Assinale a alternativa em que todos os espaços (hoje, estados) sofreram ofensivas holandesas, no Brasil Colonial.A - Maranhão, Ceará e Pernambuco.B - Ceará, Pernambuco e Amazonas.C - Ceará, Mato Grosso e Goiás.D - Piauí, Pernambuco e Mato Grosso.

(UFPA) Questão 3: Leia o texto abaixo.

“As mulheres, sobretudo as velhas, que são mais gulosas de carne humana e anseiam pela morte dos prisioneiros, chegam com água fervendo, esfregam e escaldam o corpo a fim de arrancar-lhe a epiderme. Logo depois o dono da vítima e alguns ajudantes abrem o corpo e o esquartejam. E então pegam os filhos, uns após outros, e lhes esfregam o corpo, os braços e as pernas com o sangue inimigo a fim de torná-los mais valentes. Em seguida, todas as partes do corpo, inclusive as tripas depois de bem lavadas, são colocadas no moquém, em torno do qual as mulheres se reúnem para recolher a gordura que escorre pelas varas dessas grandes e altas grelhas de madeira. Em seguida exortam os homens a procederem de modo que elas tenham sempre tais petiscos e lambem os dedos e dizem iguatu, o que quer dizer "está muito bom!"(Relato adaptado de Hans Staden sobre o canibalismo entre os índios Tupinambá, em 1554).O texto de Staden ilustra a prática do canibalismo entre os Tupinambá. Com base em seus conhecimentos históricos sobre esse ritual tupinambá, é correto afirmar: A - O canibalismo entre os Tupinambá era fruto da fome e do desespero. Como sua técnica de caça e pesca era primitiva, quando estavam famintos, comiam seus prisioneiros.

1

Page 2: Historia Brasil Invasoes e Revoltas Coloniais Resumo Questoes Gabarito Prof. Marco Aurelio Gondim []

Org. Prof. Marco Aurélio Gondimwww.marcoaurelio.tk

B - O canibalismo era comum entre os povos indígenas americanos, simbolizando a raiva destes povos contra os europeus opressores, principais alvos de sua prática canibal.C - A prática canibal era ritual entre os Tupinambá e servia centralmente para retirar do morto (em geral guerreiros valentes e inimigos) seus poderes e coragem.D - Os Tupinambá eram parte de uma minoria de índios primitivos e sanguinários, que, por não saberem plantar ou criar animais, comiam homens.E - O canibalismo era um ritual indígena que expressava o poder e a riqueza dos Tupinambá, os quais comiam seus líderes internos menores para exaltar o poder central diante dos cacicados locais.

(UPE) Questão 4: A administração de Maurício de Nassau continua criando polêmica entre os historiadores. Não há como negar, porém, que Nassau:A - estabeleceu uma boa relação com os grandes proprietários, evitando, com habilidade, a crise da produção do açúcar.B - promoveu expedições militares, conseguindo expandir o domínio holandês até Salvador na Bahia.C - preocupou-se em modernizar o Recife, trazendo intelectuais europeus que divulgaram idéias renascentistas.D - mudou os hábitos religiosos e culturais cotidianos, combatendo o catolicismo.E - era um dos sócios da Cia. das Índias Ocidentais e tinha projeto de expandir o domínio holandês pela América. (UFPE) Questão 5: A União Ibérica durou 60 anos e teve influência na colonização portuguesa do Brasil. Durante o período da união entre Portugal e Espanha, o Brasil:A - conseguiu ficar mais livre da pressão dos colonizadores europeus.B - atingiu o auge da sua produção açucareira com ajuda de capitais espanhóis.C - foi invadido pela Holanda, interessada na produção do açúcar.D - conviveu com muitas rebeliões dos colonos contra o domínio espanhol.E - registrou conflitos entre suas capitanias, insatisfeitas com a instabilidade econômica. (UFTM/MG) Questão 6: Os holandeses invadiram parte do Nordeste brasileiro no século XVII e, sob Maurício de Nassau (1637-1644), ocorreu o auge desse domínio. A administração de Nassau foi caracterizada:A - Pela concessão de créditos aos senhores de engenho e por incentivos à produção cultural, com a vinda de artistas e cientistas.B - Por uma política de tolerância religiosa e pela tomada das terras dos colonos portugueses, a fim de assegurar aos holandeses a produção açucareira.C - Pela regularização de fornecimento de escravos africanos e pela proibição à participação política dos senhores de engenho.D - Pelo aumento dos impostos cobrados aos colonos portugueses e pela modernização dos engenhos de açúcar mediante investimentos.E - Pela utilização intensiva de mão-de-obra escrava indígena e pela política de arrocho colonial, com reforço do monopólio. (UPE) Questão 7: A exploração das terras brasileiras pela Coroa Portuguesa exigia investimentos expressivos. Portugal conseguiu aliados para explorar a Colônia, com destaque inicial para a Holanda, que:A - se interessou pelo rico comércio do pau-brasil, nas regiões do Norte e Nordeste;B - financiou a exploração das minas no Oeste da Colônia, conseguindo lucros excepcionais;C - vendeu muitos navios de guerra para proteger o litoral do Brasil, reforçando as tropas portuguesas;D - teve papel importante no comércio do açúcar, obtendo bons lucros;E - estreitou as relações de Portugal com a Espanha, favorecendo o comércio de ouro e prata.

(PUC-RS) Questão 8: Responder à questão com base nas afirmativas abaixo, sobre o contexto do século XVII no Brasil Colonial.

I. A União Ibérica provocou a interrupção do comércio de cana-de-açúcar entre o Nordeste brasileiro e a Holanda.II. As invasões holandesas na Bahia e em Pernambuco foram provocadas pela necessidade de os holandeses recuperarem os capitais investidos na lavoura de cana-de-açúcar, mantendo o comércio do açúcar.III. A expansão territorial do século XVII foi ocasionada, inicialmente, pela descoberta de minas de ouro no sul do Brasil.IV. O ciclo bandeirante de apresamento ao índio contou com o apoio dos jesuítas nas Missões do Guairá e do Tape, no sul do Brasil.A análise das afirmativas permite concluir que somente são corretas:A - I e IIB - I e IIIC - II e IIID - II e IVE - III e IV

(UFF/RJ) Questão 9: O domínio holandês no Brasil, sobretudo no governo de Maurício de Nassau, foi marcado por grande desenvolvimento cultural e artístico. Tal processo pode ser relacionado a características peculiares da República das Províncias Unidas no século XVII. Relativamente a este momento histórico é incorreto afirmar:A - A assimilação da arte, identificada mais fortemente na produção artística de Rembrandt, testemunhou o poderio da burguesia holandesa do período.B - Os holandeses viviam numa república descentralizada que encorajava não só a eficiência econômica, como também o florescimento das artes e ciências.C - O calvinismo foi o fator determinante para o desenvolvimento do capitalismo holandês.D - A cultura holandesa era mais receptiva às inovações, assim como aos elementos estrangeiros.E - A inexistência de uma corte contribuiu para que a burguesia holandesa não assimilasse, mais efetivamente, o consumismo exacerbado ditado pelos padrões culturais europeus.

GABARITO: questão 1: E - questão 2: A - questão 3: C - questão 4: C - questão 5: C - questão 6: A - questão 7: D - questão 8: A - questão 9: C - questão 10: B

(UFPel/RS) Questão 1: No decorrer do período colonial no Brasil os interesses entre metropolitanos e colonos foram se ampliando.“O descontentamento se agravou quando, a 1º de abril de 1680, a Coroa estabeleceu a liberdade incondicional dos indígenas, proibindo taxativamente que fossem escravizados. Além disso confiou-os aos jesuítas, que passaram a ter a jurisdição espiritual e temporal das aldeias indígenas.Visando solucionar o problema da mão-de-obra para as atividades agrícolas do Maranhão, o governo criou a Companhia do Comércio do Estado do Maranhão (1682).Durante vinte anos, a Companhia teria o monopólio do comércio importador e exportador do Estado do Maranhão e do Grão-Pará. Cabia-lhe fornecer dez mil escravos africanos negros, à razão de quinhentos por ano, durante o período da concessão outorgada.”AQUINO, Rubim Santos Leão de [et al.]. Sociedade Brasileira: uma história através dos movimentos sociais. 3. ed., Rio de Janeiro: Record, 2000.Pelos elementos mercantilistas, geográficos e cronológicos, o conflito inferido do texto foi a Revolta: A - dos Emboabas.B - dos Mascates.C - de Amador Bueno.D - de Filipe dos Santos.E - de Beckman.

(UFPR) Questão 2: “Herói desequilibrado, paladino da liberdade, falastrão, corajoso, imprudente, bode expiatório, patrono da República [...]. Os olhares sobre Tiradentes são tão variados quanto os olhares sobre a Inconfidência Mineira, em particular, e sobre o própriopassado do Brasil.”

2

Page 3: Historia Brasil Invasoes e Revoltas Coloniais Resumo Questoes Gabarito Prof. Marco Aurelio Gondim []

Org. Prof. Marco Aurélio Gondimwww.marcoaurelio.tk

(Dossiê Tiradentes na Berlinda. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, Ano 2, nº 19, abr. 2007, p. 17.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre o episódio da Inconfidência Mineira, considere as afirmativas a seguir:1. A Inconfidência Mineira teve a sua influência teórica limitada ao ideário iluminista preconizado pela Revolução Francesa, apesar da diversidade social verificada entre os conspiradores.2. A conversão de Tiradentes em herói nacional foi amplamente utilizada pelos setores à esquerda e à direita do quadro político brasileiro, o que aponta para a discussão sobre o papel social da construção e da apropriação dos mitos.3. Ao examinar o período colonial brasileiro, vale lembrar que, além da Inconfidência Mineira de 1789, Minas Gerais foi palco de vários outros motins e conspirações.4. O desfecho desfavorável aos inconfidentes pode ser atribuído a dois fatores centrais: a desistência da cobrança da derrama pelo governo português e a delação da conspiração às autoridades da época.Assinale a alternativa correta. A - Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. B - Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. C - Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. D - Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. E - Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

(PUC-PR) Questão 3: Entre os movimentos que eclodiram no Brasil em fins do século XVIII, dois se destacam: a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.Sobre esses movimentos, é correto afirmar:A - Ambos os movimentos tinham caráter emancipacionista e pregavam o fim do domínio colonial, a abolição da escravidão e a instituição da república.B - Da Conjuração Baiana, participaram intelectuais ligados à loja maçônica “Cavaleiros da Luz”, além de pequenos comerciantes, artesãos, soldados e escravos.C - Os participantes da Inconfidência Mineira eram ligados à elite mineradora e proprietária, mas propunham o fim dos regionalismos e a reinstalação da capital em Salvador.D - A repressão da metrópole sobre a Conjuração Baiana atingiu igualmente intelectuais e setores populares, com o enforcamento de todos em praça pública.E - A intenção expressa pelos revoltosos baianos de se unir aos inconfidentes mineiros apressou a repressão da Coroa sobre os dois movimentos.

(UFPE) Questão 4: O Brasil foi colonizado com a ajuda marcante da Igreja Católica. Algumas rebeliões coloniais contaram com a participação ativa de membros do clero católico liberal. Entre elas destaca-se a: A - Guerra dos Emboabas.B - Revolta dos Alfaiates.C - Guerra dos Mascates.D - Revolução de 1817. E - Inconfidência Mineira.

(UEA/AM) Questão 5: “Abriu-se uma crise profunda no sistema de dominação, marcada pela agitação de ideias liberais e pela desestruturação do aparato repressivo. Por essa brecha do sistema de dominação irrompeu, com relativa autonomia, a violência das camadas dominadas da população.”(Mendes Jr., Roncari e Maranhão. Brasil História, Texto e Consulta.)Analise as afirmativas seguintes a respeito da Cabanagem:I. As ações militares inglesas contra a Cabanagem correspondiam ao interesse britânico pela unidade política e territorial do Brasil, cujo mercado estava vinculado aos tratados de livre comércio que reconheciam a Independência do Brasil.II. A Cabanagem foi o conflito de interesses entre setores da classe dominante, que mobilizou numerosos contingentes da massa popular e adquiriu caráter de revolta social.III. A Cabanagem dá continuidade às manifestações ideológicas e às ações das lideranças radicais da Amazônia e do Pará, como Batista de Campos e os irmãos Vinagre.

Assinale:A - se somente a afirmativa I estiver correta.B - se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. C - se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.D - se somente a afirmativa II estiver correta.E - se todas as afirmativas estiverem corretas.

(UEA/AM) Questão 6: “Todas as nações têm seus mitos, suas lendas e seus heróis. Foram formados quase sempre antes da conquista de sua nacionalidade ou durante essa luta; porém passaram a ser cultuados e promovidos pelos senhores da unidade nacional, ou seus herdeiros, ou seus usurpadores, como os precursores, as pedras tradicionais, intocáveis e santificadas, sobre as quais repousa a nação.”(Mendes Jr., Roncari e Maranhão. Brasil História, Texto e Consulta.)A respeito das ações que envolveram bandeirantes, índios, jesuítas e colonos, assinale a alternativa correta. A - Durante a União Ibérica, a proibição espanhola da ultrapassagem do meridiano de Tordesilhas impediu a expansão bandeirante de caça ao índio.B - A formação da nacionalidade brasileira deu-se com a expansão territorial, como a expedição de Pedro Teixeira na Amazônia, mais do que pela proteção dos missionários contra todas as formas de exploração do trabalho indígena.C - O interesse da Coroa espanhola nas drogas do sertão e na captura de indígenas, após a conquista holandesa dos mercados fornecedores de escravos africanos, impediu a ultrapassagem do meridiano de Tordesilhas.D - O Padre Antônio Vieira, além da criação de companhias privilegiadas de comércio, sustentou grande parte da luta contra a escravidão indígena, o que gerou conflitos com colonos e preadores e até a sua prisão.E - O bandeirantismo paulista do século XVI difere das expedições no Norte, porque não era caçador de índios e, por isso mesmo, chamado de defensivo.

(UEA/AM) Questão 7: “A Cabanagem explodiu no Pará, região frouxamente ligada ao Rio de Janeiro. A estrutura social não tinha aí a estabilidade de outras províncias, nem havia uma classe de proprietários rurais bem estabelecida.” (B. Fausto)Assinale a alternativa correta a respeito da Cabanagem.A - uma minoria branca privilegiada, com importante presença de comerciantes portugueses, em meio aos trabalhadores índios, caboclos e escravos negros muitos experimentados em rebeliões, favoreceu a instabilidade política e social e a eclosão da Cabanagem.B - ao rejeitar o Ato Adicional, feito para amenizar a oposição de tantas províncias ao governo central, a experiente e esclarecida massa popular do Grão-Pará abriu caminho para a cabanagem.C - a cabanagem não foi vencida, mas esgotou-se naturalmente desde a coroação de D. Pedro II.D - Como em outras rebeliões do período regencial, a motivação no Grão-Pará foi apenas política, restringindo-se à reivindicação de autonomia política pelos cabanos, sem conotação social.E - a Comarca do Rio Negro começou rebelando-se contra a subordinação ao Grão-Pará e acabou proclamando sua independência do Império até a coroação de D. Pedro II.

(UFAM) Questão 8: Ocorrida em 1789, foi uma das principais rebeliões ocorridas no Brasil e envolveu setores da elite intelectual, contestando o fisco e o próprio sistema colonial. Entre seus objetivos figurava a proclamação da república e a fundação de fábricas. Trata-se da:A - Guerra dos MascatesB - Inconfidência MineiraC - Revolta dos Malês D - Confederação do EquadorE - Revolta de Beckman

GABARITO: questão 1: E - questão 2: E - questão 3: B - questão 4: D - questão 5: E - questão 6: D - questão 7: A - questão 8: B

3