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A RUA DE PASSOS MANUEL

E O COLISEU DO PORTO

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Professor Doutor Artur Filipe dos Santos

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A Rua de Passos Manuel é uma das artérias emblemáticas da Baixa do Porto e localiza-se na freguesia de Santo Ildefonso.

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O seu nome é uma homenagem a Manuel da Silva Passos (1801-1862), que ficou para a história como Passos Manuel.

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Manuel da Silva Passos Manuel da Silva Passos (São Martinho de Guifões, Bouças [designação dada ao Concelho de Matosinhos até 1909], 5 de Janeiro de 18011 — Santarém, 18 de Janeiro de 1862), mais conhecido por Passos Manuel, bacharel formado em Direito, advogado, parlamentar brilhante, ministro em vários ministérios e um dos vultos mais proeminentes das primeiras décadas do liberalismo.

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Manuel da Silva Passos Encarnou a esquerda do movimento vintista na fase inicial da monarquia constitucional, tendo depois assumido o papel de líder incontestado dos setembristas.

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VINTISMO Vintismo é a designação genérica dada à situação política que dominou Portugal entre Agosto de 1820 e Abril de 1823, caracterizada pelo radicalismo das soluções liberais e pelo predomínio político das Cortes Constituintes, fortemente influenciadas pela Constituição Espanhola de Cádis de 1812.

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VINTISMO O vintismo iniciou-se com o pronunciamento militar do Porto de 24 de Agosto de 1820, que conduziu à formação da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino presidida pelo brigadeiro António da Silveira Pinto da Fonseca, e terminou com a Vilafrancada, quando a 27 de Maio de 1823 o infante D. Miguel encabeça, em Vila Franca de Xira, uma sublevação militar que leva à abolição da Constituição Política da Monarquia Portuguesa de 1822 e ao restabelecimento, ainda que mitigado, do absolutismo.

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Setembrismo Setembrismo é a designação dada à corrente mais à esquerda do movimento liberal. O setembrismo derivou directamente do vintismo, recebendo a sua designação do apoio prestado por esta facção à Revolução de Setembro de 1836 que levou à promulgação da Constituição de 1838, jurada por D. Maria II. Efémera, pois em 1842 Costa Cabral leva a cabo um golpe de Estado e repõe a Constituição de 1826.

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Passos Manuel Foi seu irmão mais velho, e inseparável aliado na vida política, José da Silva Passos, um também proeminente político da esquerda liberal. Ficou célebre a sua declaração de princípios: “A Rainha é o chefe da nação toda. E antes de eu ser de esquerda já era da Pátria. A Pátria é a minha política”.

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Passos Manuel Este herói liberal, ligado à fação mais radical da Revolução liberal do Porto que mudou Portugal no século XIX, esteve no poder durante nove meses. A ele se deve a reforma do ensino, com a criação, entre outras, da Academia Portuense de Belas-Artes e da Academia Politécnica do Porto.

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Rua de Passos Manuel Pontos de interesse • Ateneu Comercial do Porto. • Edifício do antigo Cinema Olímpia,

projetado por João Queiroz • Coliseu do Porto da autoria de Cassiano

Branco. • Garagem Passos Manuel, desenhada

pelo arquiteto Mário Abreu.

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Rua de Passos Manuel Pontos de interesse A rua também é conhecida pela sua excelência na restauração portuense, nomeadamente com a Casa das Tortas, instalada no n.º 181 há mais de 100 anos, e com os restaurantes Escondidinho e Tripeiro.

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Escondidinho

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Coliseu do Porto O Coliseu do Porto é uma das principais salas de espectáculos localizada na cidade do Porto. O edifício foi classificado como monumento de interesse público pela Portaria n.º 637/2012, de 2 de Novembro de 2012, publicada em Diário da República

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Coliseu do Porto O Nascimento do Coliseu. Os primeiros esboços encontrados, que sugeriam a construção de uma grande Casa de Espectáculos, datam do ano de 1911.

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Coliseu do Porto O Nascimento do Coliseu. Ao primeiro impulsionador do projecto, João José da Silva, juntaram-se outros notáveis da cidade: Raúl Marques, Adélio Vaz, Conde da Covilhã e Joaquim José de Carvalho.

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Coliseu do Porto O Nascimento do Coliseu. Inesperadamente, é numa época em que existe uma conjuntura mundial de extrema insegurança que o projecto avança. O Coliseu do Porto demorou apenas 22 meses a ser construído e custou 11 mil contos, um elevado custo para a época.

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Coliseu do Porto O Nascimento do Coliseu. Em 1937, surgem os primeiros esquissos do edifício pelo arquitecto José Porto, que rapidamente abandona o projecto. Seguem-se vários outros nomes. Yan Wills, arquitecto holandês, fez esboços que ficaram sem efeito. E Júlio de Brito viu os seus estudos serem recusados pela Comissão de Estética da Câmara Municipal do Porto.

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Coliseu do Porto O Nascimento do Coliseu. Em 1939, Cassiano Branco assume o cargo de arquitecto dirigente e conta com a colaboração de Júlio de Brito, com quem mais tarde viria a entrar em conflito.

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Coliseu do Porto O Nascimento do Coliseu. Em 1939, Cassiano Branco assume o cargo de arquitecto dirigente e conta com a colaboração de Júlio de Brito, com quem mais tarde viria a entrar em conflito.

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Coliseu do Porto História A construção iniciou-se em 1937 com as propostas apresentadas por José Porto, Jan Wils (arquitecto holandês responsável, entre outros, pelo estádio Olímpico de Amsterdão) e a reprovada proposta de Júlio José de Brito.

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Coliseu do Porto História Em 1939 Cassiano Branco é convidado a resolver o projecto e, reutilizando a caixa muraria já construída que delimita a sala de espectáculos, palco e corredores, reorganiza a articulação vertical do edifício, da mesma forma que investe na sucessão dos espaços de entrada.

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Cassiano Branco Arquiteto modernista português nascido em 1898 e falecido em 1969.

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Cassiano Branco Formou-se na Escola Nacional de Belas-Artes de Lisboa em 1926 e tornou-se um dos nomes mais marcantes da arquitetura nacional das décadas de 30 e 40.

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Cassiano Branco Foi responsável pelo Eden Teatro e pelas Avenidas Novas, em Lisboa, pelo Coliseu do Porto, pelo Portugal dos Pequeninos, em Coimbra, e pela estação ferroviária de Benguela, em Angola.

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Cassiano Branco Em colaboração com Trigo de Morais, foi ainda autor dos projetos de várias barragens.

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Coliseu do Porto Obra síntese que encerra o percurso moderno de Cassiano Branco, o edifício denuncia o interesse do arquitecto pelo movimento e ideia cinematográfica de espaço, na forma como cumpre um programa festivo e no modo como se encaixa na rua e na cidade, adquirindo o estatuto de referência urbana.

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Coliseu do Porto Em 1939 Cassiano Branco é convidado a resolver o projecto e reutilizando a caixa murária já construída que delimita a sala de espectáculos, palco e corredores, reorganiza a articulação vertical do edifício, da mesma forma que investe na sucessão dos espaços de entrada, elementos bem patentes na valorização do alçado do Coliseu.

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Coliseu do Porto Visando a expressão permanente de um espectáculo de formas arquitectónicas, o arquitecto articula um desenho assimétrico de fachada, que joga com a torre sobrepujada e a pala sobre a entrada. Interiormente, a sala de espectáculos, articulada em ferradura, reforça a ideia conceptual de dinâmica espacial, patente na concepção do edifício.

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Coliseu do Porto O design de interiores não tem uma autoria muito clara. Charles Cicles, autor de diversos teatros de Paris, terá entrado no projecto e elaborou desenhos para o Coliseu mas, aparentemente, só os candeeiros e as portas foram aproveitados e o arquitecto nunca foi remunerado. Seguiu-se Mário Abreu que projectou o interior e fez alterações na sala principal, nas escadarias, na torre da fachada, que deveria ser envidraçada, e eliminou o néon verde, vermelho e branco que acompanharia todo o edifício.

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Coliseu do Porto História Com projecto, em estilo Arte Deco, dos arquitectos Cassiano Branco e Júlio de Brito pertencendo à Companhia de Seguros Garantia, o coliseu foi inaugurado a 19 de Dezembro de 1941, com um concerto da Sinfónica Nacional, dirigida pelo maestro Pedro de Freitas Branco.

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Coliseu do Porto História No ano de 1995 a Companhia de Seguros AXA, então proprietária do imóvel, inicia negociações com a Igreja Universal do Reino de Deus, propondo-se esta última a comprar e a Aliança UAP a vender. Porém, várias personalidades ligadas à cultura, às artes e à autarquia local, promovem uma manifestação de repúdio à eventual transacção.

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Coliseu do Porto História Uma vez vetada pela autarquia, a transacção não se concretiza.

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Coliseu do Porto História Em Novembro de 1995, em escritura notarial outorgada entre a Câmara, a Área Metropolitana do Porto, a Secretaria de Estado da Cultura e a Aliança UAP, constitui-se uma associação sem fins lucrativos com a finalidade de adquirir o Coliseu e geri-lo como espaço de interesse cultural.

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Coliseu do Porto História Foi criada para o efeito a Associação do Amigos do Coliseu.

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Coliseu do Porto História Em 28 de Setembro de 1996 após um desfile de moda com Claudia Schiffer, um incêndio de origem indeterminada, destrói completamente a caixa do palco e provocando graves estragos na sala principal e nos camarins.

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Coliseu do Porto História O Coliseu do Porto voltou a abrir as portas no dia 12 de Dezembro, com o tradicional espectáculo do Circo de Natal.

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Coliseu do Porto História A recuperação completa da sala só estaria concluída dois anos mais tarde reabrindo ao público no dia 24 de Novembro de 1998, com a ópera Carmen, de Bizet.

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Coliseu do Porto Características A sala principal do Coliseu do Porto tem 3.000 lugares sentados, entre plateia, tribunas, camarotes, frisas, galeria reservada e geral, e permite que nela sejam realizados todo o tipo de espectáculos: música, bailado, teatro, ópera, circo, cinema, etc.

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Coliseu do Porto Características O Coliseu do Porto dispõe ainda de um salão Ático com capacidade para cerca de 300 pessoas, vocacionado para pequenos bailes ou espectáculos, conferências, congressos ou assembleias enquadradas na capacidade da sala.

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Coliseu do Porto Talentos de todo o mundo no palco do Porto. Durante várias décadas, o Coliseu do Porto viveu sob as luzes da ribalta, proporcionando aos portuenses todo o tipo de espectáculos: ópera, dança, música clássica, música ligeira e popular, espectáculos de variedades, musicais, circo, festas de carnaval, reveillons, cinema, saraus e congressos.

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Herbert von Karajan

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Coliseu do Porto Todos aqueles que aqui acorriam ficavam espantados com a qualidade artística dos espectáculos que enchiam o nosso palco. Foram os momentos de glamour do Coliseu do Porto.

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Coliseu do Porto Alguns destaques: Ópera:

- Maio de 1945 – La Bohème, de Bizet, e Rigoletto, de Verdi, pela Orquestra Sinfónica Nacional e pela Escola do Corpo Coral do Teatro São Carlos;

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Coliseu do Porto Alguns destaques: - Fevereiro de 1946 - Elixir do Amor, de Donizettti e o Trovador, de Verdi, pela Grande Companhia de Ópera Italiana; - Anos 50 – Tosca, de Puccini e Rigoletto, de Verdi, pela Companhia Lírica Italiana, dirigida por Ino Savini; - Dezembro de 1959 – Rosas de Todo o Ano e O Cavaleiro das Mãos Irresistíveis, pela Companhia de Ópera Portuguesa; - 1990 – Ópera de Pequim.

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Coliseu do Porto Alguns destaques: Zarzuela:

-Anos 40 e 50 – estilo musical e teatral tipicamente espanhol e que criou os seus fãs também em Portugal. A primeira temporada começou em Novembro de 1945, pela Grande Companhia Sagi-Vela.

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Coliseu do Porto Alguns destaques: O Circo e o Teatro: - O palhaço Oleg Popov e o mimo Marcel Marceau

Dança: - Anos 60 – Ballet do Marquis de Cuevas (1961), London´s Royal Ballet (1962), com Margot Fonteyn e Rudolf Nureyev, Ballet de Câmara de Paris (1962); Ballet Nacional da Holanda (1967); - Anos 70 – predomínio do Ballet Soviético.

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Coliseu do Porto Alguns destaques: A música clássica e as grandes orquestras: - 1947 – France Ellegard; - 1950 – dois meninos prodígio: Pierino Gamba, com a Orquestra Sinfónica Nacional, e Roberto Benzi que, com 11 anos, dirigiu a Orquestra Sinfónica do Porto; - Novembro de 1954 – Ino Savini apresenta Maria João Pires, uma menina especialmente dotada para o piano; - 1961 – V Festival Gulbenkian de Música..

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Coliseu do Porto Alguns destaques: Da Música Ligeira e popular à alternativa e intimista:

- 1951 – Amália Rodrigues; - Fevereiro de 1959 – I Festival da Canção Portuguesa; - 1966 – I Festival Musical do Porto, dividido em quatro tipos de música: moderna, dançada, folclórica e diversa; - 1989 - 4 Pianos de António Vitorino de Almeida, integrado na Queima das Fitas, leva ao palco pianistas de craveira internacional;.

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Cinquentenário Meio século após ter sido inaugurado, o Coliseu do Porto celebrou esta data de forma grandiosa, com uma série de iniciativas. O ponto alto das comemorações do cinquentenário foi o Concerto Inaugural, que recriou o que tinha sido apresentado 50 anos antes, aquando da Gala de Abertura do Coliseu do Porto, desta vez interpretado pela Orquestra do Porto - Régie Cooperativa Sinfonia, dirigida pelo maestro Jan Lathan-Koenig.

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Coliseu do Porto 1991 – Cinquentenário Este concerto trouxe de novo à sala do Coliseu a pianista Helena Moreira Sá e Costa, agora acompanhada pelo seu aluno, e também já pianista consagrado, Pedro Burmester.

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Coliseu do Porto 1991 – Cinquentenário Para partilhar com o público a história e o património cultural e emocional do Coliseu do Porto, foi ainda exposta, no Salão Ático, uma mostra retrospectiva, composta por fotos, postais ilustrados, programas de espectáculos, moedas, objectos, incluindo a primeira máquina de cinema portuguesa, pertencente a Alves dos Reis, e o precioso espólio de partituras musicais do Arquivo do Salão Jardim Passos Manuel.

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Coliseu do Porto 1996 – Incêndio Um sonho reduzido a cinzas. Em 28 de Setembro de 1996 todas as atenções estavam viradas para a modelo Claudia Schiffer, principal atracção do desfile de moda Portugal Fashion 96, que teve lugar no Coliseu do Porto.

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Coliseu do Porto 1996 – Incêndio Um sonho reduzido a cinzas. Horas depois, um incêndio deflagra, destruindo completamente a caixa do palco e provocando graves estragos na sala principal e nos camarins..

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Coliseu do Porto 1996 – Incêndio A sua origem continua indeterminada, mas as suas consequências foram dramáticas. Viveram-se horas de choque e consternação.

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Coliseu do Porto 1996 – Incêndio Novamente, gerou-se uma cadeia de solidariedade, quer por parte das instituições – Presidente da República, Governo, Câmara Municipal do Porto, – quer por parte de empresas e particulares que contribuíram com apoio financeiro e materiais para a reconstrução.

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Coliseu do Porto 1996 – Incêndio O Coliseu do Porto, numa recuperação surpreendente, voltou a abrir as portas no dia 12 de Dezembro, com o tradicional espectáculo do Circo de Natal. O Coliseu tornava assim a renascer das cinzas para agrado de todos..

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Coliseu do Porto 1996 – Incêndio Entretanto, a recuperação completa da sala só estaria concluida dois anos mais tarde, em 1998, reabrindo triunfalmente ao público no dia 24 de Novembro, com a ópera CARMEN, de Bizet, numa co-produção entre a Associação Amigos do Coliseu do Porto, o Círculo Portuense de Ópera e a Orquestra Nacional do Porto.

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