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7/25/2019 Historia Da Constituição de 1824 http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-constituicao-de-1824 1/42 Historia da Constituição de 1824.  Desenvolvimento   A História do Brasil tem seu início comumente apontado a partir da chegada dos portugueses, uando !edro "lvares Ca#ral e sua esuadra atracaram na região de !orto $eguro, em 1%&&. !or'm, os portugueses não (oram os primeiros seres humanos a chegarem nessa região, pois e)istiam *+ inmeras sociedades indígenas no local. -esse sentido, ' necess+rio apontar ue a Histria do /rasil ' anterior 0 chegada dos europeus ao país, sendo (ormada pelas açes desses indígenas ao longo do tempo. +rios estudos v3m sendo realiados com o intuito de registrar a (orma como ' contada essa histria pelos prprios indígenas. 5sso ocorre porue a historiogra(ia #rasileira sempre privilegiou o estudo da Histria do /rasil depois da chegada de Ca#ral. A divisão da histria do país (oi (eita levando em consideração as (ormas políticas adotadas na organiação da população e do territrio. Dessa (orma, temos o Brasil Colônia, período de conuista dos portugueses no -ovo 6undo e, posteriormente, temos o Brasil Império, momento em ue os descendentes da coroa portuguesa ue haviam (icado no país tornaram a col7nia independente e criaram um novo 5mp'rio.  As classes dominantes do país perce#eram ue o 5mp'rio não era mais o (ormato de organiação política necess+rio ao país aps o (im da escravidão. rente a isso, com o e)'rcito 0 (rente, derru#aram o imperador e deu9se início ao Brasil República . -a seção de Histria do /rasil, do, h+ ainda outras divises do período repu#licano da histria do país, tais como: Governos Militares e Brasil Atual. ;s artigos pretendem, dentro dessas divises, mostrar a diversi(icada histria do país desde antes da chegada dos portugueses, da (ormação da sociedade, passando inclusive pela constituição da desigualdade social.  

Historia Da Constituição de 1824

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Historia da Constituição de 1824.

 

Desenvolvimento

 

 A História do Brasil tem seu início comumente apontado a partir da chegada dosportugueses, uando !edro "lvares Ca#ral e sua esuadra atracaram na região de!orto $eguro, em 1%&&. !or'm, os portugueses não (oram os primeiros sereshumanos a chegarem nessa região, pois e)istiam *+ inmeras sociedadesindígenas no local.

-esse sentido, ' necess+rio apontar ue a Histria do /rasil ' anterior 0 chegadados europeus ao país, sendo (ormada pelas açes desses indígenas ao longo dotempo. +rios estudos v3m sendo realiados com o intuito de registrar a (ormacomo ' contada essa histria pelos prprios indígenas.

5sso ocorre porue a historiogra(ia #rasileira sempre privilegiou o estudo daHistria do /rasil depois da chegada de Ca#ral. A divisão da histria do país (oi(eita levando em consideração as (ormas políticas adotadas na organiação dapopulação e do territrio. Dessa (orma, temos o Brasil Colônia, período de

conuista dos portugueses no -ovo 6undo e, posteriormente, temos o BrasilImpério, momento em ue os descendentes da coroa portuguesa ue haviam(icado no país tornaram a col7nia independente e criaram um novo 5mp'rio.

 As classes dominantes do país perce#eram ue o 5mp'rio não era mais o (ormatode organiação política necess+rio ao país aps o (im da escravidão. rente a isso,com o e)'rcito 0 (rente, derru#aram o imperador e deu9se início ao BrasilRepública. -a seção de Histria do /rasil, do, h+ ainda outras divises do períodorepu#licano da histria do país, tais como: Governos Militares e Brasil Atual.

;s artigos pretendem, dentro dessas divises, mostrar a diversi(icada histria do

país desde antes da chegada dos portugueses, da (ormação da sociedade,passando inclusive pela constituição da desigualdade social.

 

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Introdução

 

-o /rasil a organiação (ormal do <stado, a partir da independ3ncia, ocorreatrav's da Constituição de 1824. <timologicamente, a palavra constituição vem dogrego politeia e era empregada de modo mais descritivo, traendo a estrutura, a

(ormação de certa coletividade.

 A constituição representou, no plano *urídico, o re(le)o do 5luminismo, ue tinha apretensão de li#ertar o homem do irracional, o estado de direito nasce com o

constitucionalismo, com a ideia de ue o !oder !#lico est+ su*eito ao direito, uenão ' somente uma imposição do <stado para regular a vida das pessoas, odireito, na verdade, ' um limite para o prprio <stado, condicionando a atividadeestatal.

; constitucionalismo (orma9se no /rasil atrav's da 1= Constituição, sendo ue a

engenharia institucional do <stado 6oderno parte da premissa de 6ontesuieu, aoargumentar ue era necess+ria a separação de poderes para ue o um poder limitasse o outro, caso contr+rio, o !oder de (orma tendenciosa iria oprimir o

cidadão. ; (undamento (ilos(ico para criação do ederalismo pelos americanos,era ue se o e)ercício do !oder estivesse mais pr)imo do cidadão, estes teriamcomo melhor control+9lo, uanto mais pr)imo se est+ de uem se su*eita a sua

autoridade, mais o !oder !#lico vai ser lineado pela vontade do povo Assim, a primeira (ase do constitucionalismo, chamada de constitucionalismoli#eral, se preocupava em esta#elecer a estrutura #+sica do <stado, e garantir algumas li#erdades p#licas. <ssas li#erdades eram direitos negativos, eram

direitos titulariados pelo homem em (ace do <stado, cu*a prestação se traduia#asicamente numa a#stenção do !oder !#lico.6esmo diante das características locais, ps9desco#rimento, a Constituição

#rasileira de 1824 so(reu in(lu3ncia das id'ias do estado moderno e do li#eralismocl+ssico, de sorte ue, o estudo proposto pretende a#ordar a in(lu3ncia doli#eralismo nesta constituição. Diante das adeuaçes das característicasvertentes no mundo h+ 'poca, para com a cultura *urídica local, o artigo a#ordar+

os seguintes tpicos: a an+lise da primeira Constituição #rasileira, a compreensãoda so#erania no medievo, re(le)es acerca da modernidade e do li#eralismo e, os

direitos e garantias (undamentais na primeira Constituição do /rasil.

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http:>>???.eumed.net>rev>cccss>28>direitos.html.

 

Historia

 

 A 5ndepend3ncia do /rasil ' um dos (atos histricos mais importantes de nossopaís, pois marca o (im do domínio portugu3s e a conuista da autonomia política.6uitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por esteideal. !odemos citar o caso mais conhecido: @iradentes. oi e)ecutado pela coroa

portuguesa por de(ender a li#erdade de nosso país, durante o processo da5ncon(id3ncia 6ineira.

 

ia do !ico

 

<m de *aneiro de 1822, D. !edro 5 rece#eu uma carta das cortes de Bis#oa,e)igindo seu retorno para !ortugal. H+ tempos os portugueses insistiam nesta

ideia, pois pretendiam recoloniar o /rasil e a presença de D. !edro impedia esteideal. !or'm, D. !edro respondeu negativamente aos chamados de !ortugal eproclamou : $e ' para o #em de todos e (elicidade geral da nação, diga ao povo

ue (ico.

 

" processo de independ#ncia

 

 Aps o Dia do ico, D. !edro tomou uma s'rie de medidas ue desagradaram ametrpole, pois preparavam caminho para a independ3ncia do /rasil. D. !edroconvocou uma Assem#l'ia Constituinte, organiou a 6arinha de uerra, o#rigou

as tropas de !ortugal a voltarem para o reino. Determinou tam#'m ue nenhumalei de !ortugal seria colocada em vigor sem o cumpra9se , ou se*a, sem a sua

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aprovação. Al'm disso, o (uturo imperador do /rasil, conclamava o povo a lutar pela independ3ncia.

 

; príncipe (e uma r+pida viagem 0 6inas erais e a $ão !aulo para acalmar setores da sociedade ue estavam preocupados com os ltimos acontecimento,pois acreditavam ue tudo isto poderia ocasionar uma desesta#iliação social.Durante a viagem, D. !edro rece#eu uma nova carta de !ortugal ue anulava a

 Assem#l'ia Constituinte e e)igia a volta imediata dele para a metrpole.

 

<stas notícias chegaram as mãos de D. !edro uando este estava em viagem de$antos para $ão !aulo. !r)imo ao riacho do 5piranga, levantou a espada egritou : 5ndepend3ncia ou 6orte E. <ste (ato ocorreu no dia F de setem#ro de

1822 e marcou a 5ndepend3ncia do /rasil. -o m3s de deem#ro de 1822, D.!edro (oi declarado imperador do /rasil.

 

Constituição de 1824

 

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!rimeira Constituição #rasileira (oi outorgada por d. !edro 5 em 2% de março de1824, e con(eriu as #ases da organiação político9institucional do paísindependente. <m 1822 D. !edro convocou uma assem#l'ia constituinte com a

tare(a de ela#orar uma Constituição para o /rasil. 5nstalada em tr3s de maio de182G, a assem#l'ia (oi dissolvida pelo imperador em 12 de novem#ro destemesmo ano, devido ao descontentamento de d. !edro com as propostas delimitação de seus poderes e de de(inição das atri#uiçes do !oder <)ecutivo. Atare(a de ela#orar uma constituição para o /rasil (oi con(erida, então, ao Conselhode <stado, tomando por #ase o pro*eto ue esteve em discussão na assem#l'iaconstituinte ue (ora dissolvida.

 Apoiada numa pluralidade de maties terica, como a e)peri3ncia constitucional da<spanha 1812I e da rança 1814I, #em como o pensamento político de/en*amin Constant, o modelo e)presso na Constituição de 1824 resultou da

tentativa de conciliar os princípios do li#eralismo 0 manutenção da estrutura scio9econ7mica e da organiação política do <stado mon+ruico e escravocrata ueemergira da 5ndepend3ncia. A Constituição outorgada não apenas modelou a(ormação do <stado, como teve importante papel na garantia da esta#ilidadeinstitucional necess+ria 0 consolidação do regime mon+ruico.

 A Carta 6agna de(iniu como (orma de governo a monaruia heredit+ria,constitucional e representativa ue, em acordo com os princípios li#erais, tinha noimperador e na Assem#l'ia eral os representantes da Jnação #rasileiraK. oiesta#elecido um governo unit+rio, onde os poderes concentravam9se no governocentral, e o territrio #rasileiro (oi dividido em províncias, cu*os presidentessu#ordinavam9se ao che(e do !oder <)ecutivo, o imperador. -as cidades e vilas ogoverno econ7mico e administrativo competia 0s cLmaras, compostas por vereadores eleitos, cu*as atri#uiçes deveriam ser de(inidas por lei complementar /MA$5B. Constituição 1824I, art. 1NF e 1NI.

 A Constituição de(inia *uridicamente aueles ue usu(ruiriam a condição decidadão, a uem (icava assegurada a inviola#ilidade dos direitos civis e políticos,tendo por #ase a li#erdade, a segurança individual e a propriedade. <stavaconstitucionalmente assegurada a li#erdade de e)pressão, a li#erdade religiosa, odireito 0 propriedade, a instrução prim+ria gratuita, a independ3ncia do poder 

 *udicial, o (im do (oro privilegiado, o acesso ao emprego p#lico por m'rito, entreoutros direitos /MA$5B. Constituição 1824I, @ítulo 555I. Dentre os cidadãos, ote)to constitucional incluiu os ing3nuos e li#ertos nascidos no /rasil, os (ilhos depai #rasileiro, os ilegítimos de mãe #rasileira nascidos no e)terior ue (i)assemdomicílio no 5mp'rio e os (ilhos de pai #rasileiro em serviço em país estrangeiro,ainda ue não se esta#elecessem no /rasil, al'm de todos os nascidos em!ortugal e suas possesses ue residissem no país por ocasião da 5ndepend3ncia/MA$5B. Constituição 1824I, art. NOI.

; sistema eleitoral esta#elecido pela Constituição #aseou9se numa acepção decidadania ue distinguiu os detentores dos direitos civis dos ue usu(ruíam

tam#'m direitos políticos, os cidadãos JativosK, ue possuíam propriedade, dosJpassivosK. As eleiçes seriam indiretas, (icando de(inidos dois tipos de eleitores, os

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de paruia e os de província. ;s eleitores de paruia elegiam os de província,ue votavam nos deputados 0 Assem#l'ia eral. A Constituição uali(icou oseleitores, #em como os ue poderiam ser votados, segundo o crit'rio censit+rio.!odiam votar os maiores de vinte e cinco anos, com renda líuida anual de cemmil r'is para as eleiçes parouiais, e de duentos mil r'is para as de província.

-o caso do limite de idade imposto para o voto, de 21 anos, a#ria9se e)ceção aosue (ossem casados, #em como para militares e #achar'is (ormados. !odiamvotar nas eleiçes de paruias os li#ertos, desde ue nascidos no /rasil eo#edecendo ao crit'rio censit+rio. icavam e)cluídos do direito ao voto os criadose religiosos, as mulheres, os escravos, os índios e os (ilhos ue viviam nacompanhia dos pais, isto ', dependentes economicamente.

 A Constituição reconheceu uatro poderes políticos: Begislativo, 6oderador ,<)ecutivo e Pudicial. !rincípio caro ao constitucionalismo li#eral do s'culo Q5Q, ue(uncionaria como um (reio ao poder real e garantia dos direitos individuais doscidadãos, a concepção da separação de poderes so(reria os a*ustes necess+rios 0

construção de uma nova ordem.

; !oder Begislativo (icava delegado 0 Assem#l'ia eral, ue se compunha deduas cLmaras, a dos Deputados e o $enado. $ua con(iguração o#edecia 0 visãode ue este poder (uncionaria como uma delegação da nação Rcom a sanção doimperadorS, o ue denota o car+ter da centraliação política na (igura do so#erano.

 A legislatura teria a duração de uatro anos e a sessão anual reunir9se9ia por uatro meses. ; imperador tinha a prerrogativa do veto so#re as resoluçes daCLmara e o poder de dissolv39la, privil'gio e)ercido atrav's do !oder ue lhe(icava privativamente delegado, como um (iel do euilí#rio entre os poderes/MA$5B. Constituição 1824I, art. 8I. -o $enado os cargos eram de escolha doimperador, sua (unção era de(ender a monaruia e (ortalecer o <)ecutivo,(uncionando como (reio 0 CLmara, ue, por sua ve, era eletiva e tempor+ria.Como atri#uição e)clusiva do $enado estava o de convocar a Assem#l'ia, no casodo imperador não o (aer ou para a eleição da Meg3ncia, e o de conhecer dosdelitos cometidos pelos mem#ros da (amília imperial, ministros, conselheiros,senadores e deputados, durante a legislatura /MA$5B. Constituição 1824I, art.4FI.

 T CLmara dos Deputados ca#ia a privativa compet3ncia de legislar so#re temas

como impostos, a apreciação das propostas apresentadas pelo <)ecutivo e aacusação dos ministros e conselheiros de <stado em caso de delitos /MA$5B.Constituição 1824I, art. GNI. P+ 0 Assem#l'ia eral competia uestes como aela#oração, suspensão e revogação das leis, a eleição da Meg3ncia ou do regentee o esta#elecimento dos limites da sua autoridade, a decisão de uestes so#resucessão da Coroa, a (i)ação anual das despesas p#licas, e)pedirem autoriaçãoao governo para contrair empr'stimos e esta#elecer meios para pagamento dadívida p#lica /MA$5B. Constituição 1824I, art. 1%I.

-as províncias (uncionavam os conselhos gerais, cu*os mem#ros eram eleitos damesma (orma e simultaneamente aos deputados, com mandato tam#'m de uatro

anos. ;s conselhos reunir9se9iam anualmente, cada legislatura duraria doismeses, podendo estender9se por mais um, e tinham a prerrogativa de propor 

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pro*etos e deli#erar so#re mat'rias de interesse de suas províncias. $uasresoluçes seriam remetidas, por interm'dio do presidente da província, ao !oder <)ecutivo central, podendo ser aprovadas pela Assem#l'ia eral ou peloimperador /MA$5B. Constituição 1824I, art. F2, 81, 84 a 88I.

 A che(ia do !oder <)ecutivo seria e)ercida pelo imperador atrav's dos seusministros de <stado, sendo a sua (igura inviol+vel e sagrada /MA$5B. Constituição1824I, art. I. ; <)ecutivo concentrava amplos poderes e eram uma prerrogativado imperador, sendo suas as atri#uiçes de nomear #ispos, magistrados,comandantes das (orças de terra e mar, em#ai)adores e mais agentesdiplom+ticos e comerciaisU prover os empregos civis e políticosU conduir negociaçes políticas com naçes estrangeiras, (aer tratados de aliança, desu#sídio e com'rcioU declarar a guerra e (aer a paU conceder cartas denaturaliaçãoU conceder títulos, honras, ordens militares e distinçesU e)pedir decretos, instruçes e regulamentosU decretar a aplicação dos rendimentosdestinados pela Assem#l'ia aos v+rios ramos da administração p#licaU conceder 

ou negar o #enepl+cito aos decretos dos concílios e letras apostlicas e uaisuer outras constituiçes eclesi+sticas, eU prover a segurança interna e e)terna do<stado /MA$5B. Constituição 1824I, art. 1&2, 1&G e 1&4I.

 A proemin3ncia do <)ecutivo central (ica mais clara ao analisarmos a estruturaçãodo !oder Pudici+rio ou, como de(inido pela Constituição, !oder Pudicial. <ste seriacomposto pelos *uíes de direito, *urados, relaçes provinciais e o $upremo@ri#unal de Pustiça, al'm de a Carta constitucional ter previsto a criação do cargode *ui de pa /MA$5B. Constituição 1824I, art. 1%1 e 1NGI. A administração dosnegcios da Pustiça (oi, desde a 'poca moderna, a (unção suprema do rei e a sua+rea por e)cel3ncia, ocupando um lugar central na administração do <stado

CA/MAB, CA6AM;, 2&1&I. A Constituição de 1824 rompeu parcialmente comesse paradigma ao adotar aspectos do ide+rio li#eral e incorporar instituiçesidenti(icadas a um Pudici+rio independente, como o *ui de pa e o @ri#unal do Pri,ainda ue não de(inisse sua organiação.

; Pudici+rio (uncionaria em duas instLncias, a primeira ca#ia ao *ui de direito, ao *ui de pa e ao Pri, ue (icavam so# a *urisdição da $ecretaria de <stado dos-egcios da Pustiça. !ara a *ustiça de segunda instLncia a Constituição previu acriação de tri#unais da Melação nas províncias em ue se (iessem necess+rios ena Corte, onde (uncionaria ainda o $upremo @ri#unal de Pustiça. A este tri#unalcompetia conceder ou denegar revistas nas causasU *ulgar os delitos e erros uecometessem os ministros, os empregados das Melaçes, do corpo diplom+tico, eos presidentes das provínciasU #em como apreciar e decidir so#re os con(litos de *urisdição e compet3ncia das relaçes provinciais /MA$5B. Constituição 1824I,art. 1N4I.

-o entanto, a autonomia do Pudici+rio, essencial para a garantia dos direitospolíticos e civis do cidadão, (oi limitada pela autoridade con(erida ao imperador desuspender e remover magistrados, #em como perdoar ou moderar as penasimpostas nas sentenças e conceder anistia /MA$5B. Constituição 1824I, art. 1&1,1%1, 1%G e 1%%I. $uas atri#uiçes es#arravam tam#'m na compet3ncia atri#uída 0

 Assem#l'ia eral de (aer as leis, interpret+9las, suspend39las e revog+9las, o ueaca#ava por conceder aos *uíes somente a (aculdade de aplic+9las -;V<5MA,1I.

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 A Constituição previu ainda a e)ist3ncia de um Conselho de <stado, composto por at' 1& mem#ros vitalícios, nomeados pelo imperador /MA$5B. Constituição1824I, art. 1GF e 1G8I. ;s conselheiros deveriam prestar *uramento de (idelidadeao so#erano e aconselh+9lo Rsegundo as suas consci3ncias, atentando somente o#em da naçãoS /MA$5B. Constituição 1824I, art. 141I. ;s conselheiros seriam

ouvidos em todos os negcios graves e açes gerais da administração p#lica,especialmente em uestes relativas 0 declaração da guerra, a*ustes de pa,negociaçes com as naçes estrangeiras e em todas as ocasies em ue oimperador se proponha e)ercer ualuer das atri#uiçes prprias do !oder 6oderador  /MA$5B. Constituição 1824I, art. 142I. ; Conselho (uncionava aindacomo +r#itro em contenciosos administrativos e con(litos de compet3ncias,especialmente em relação aos recursos contra as decises dos presidentes dasprovíncias e dos ministros de <stado, ressaltando9se ainda seu papel de guardiãoda constitucionalidade e da legalidade dos atos do <)ecutivo -;V<5MA, 1I.

-o entanto, (oi o !oder 6oderador  a #ase da organiação política do <stado,

delegado privativamente ao imperador, Rpara ue incessantemente vele so#re amanutenção da 5ndepend3ncia, euili#ro, e harmonia dos mais !oderes !olíticosS/MA$5B. Constituição 1824I, art. 8I. Al'm das prerrogativas em relação aoPudici+rio, a Constituição con(eria ao imperador o direito de e)ercer o !oder 6oderador  ao nomear os senadores, convocar e)traordinariamente a Assem#l'iaeral, sancionar decretos e resoluçes do Begislativo, aprovar e suspender interinamente as resoluçes dos conselhos provinciais, prorrogar ou adiar a Assem#l'ia eral e dissolver a CLmara dos Deputados, nomear e demitir livremente os ministros de <stado, suspender os magistrados nos casos previstos,perdoar e moderar as penas impostas e os r'us condenados por sentença econceder anistia. /MA$5B. Constituição 1824I, art. 1&1I. Assim, a Carta

constitucional, ao esta#elecer o !oder 6oderador , con(eriu ao imperador umimportante instrumento ue lhe permitia intervir9nos outros poderes, al'm deconstituí9lo como o verdadeiro +r#itro da organiação política do 5mp'rio #rasileiro/MA$5B. Constituição 1824I, art. 8I.

 A Constituição de 1824 cumpriu o papel de con(erir a modelagem li#eral ao <stadoue se (or*ara com a 5ndepend3ncia, instituindo princípios norteadores como aseparação dos poderes e um <)ecutivo (orte e centraliado. $uas determinaçesre(letiam um amplo consenso entre as elites regionais na organiação da (orma degoverno, #aliados em torno do sistema político mon+ruico. Ao longo do períodoimperial, algumas alteraçes provocadas pelo Ato Adicional de 18G4 e pela Bei de

5nterpretação do Ato Adicional, de 184&, mostraram ue a Constituição pode seadaptar a con*unturas políticas distintas, o ue garantiu sua vig3ncia at' 181, como advento da Mep#lica.

Dilma Cabral 

23 mai  

CARAC$%RI&$ICA& A C"&'&$I$(I)*" % +,-.

 

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9 Concentrava poderes nas mãos do imperador, atrav's do poder moderador.

 

9 $ os ricos podiam votar, pois o voto era #aseado em renda. <ste sistema

eleitoral e)cluiu a maioria da população #rasileira do direito de escolher seusrepresentantes.

 

9 5gre*a su#ordinada ao <stado.

 

9 6anutenção do sistema ue garantia os interesses da aristocracia.

 

" /ue 0icou determinado pela Constituição de +,-.1

 

9 ; /rasil seguiria o regime político mon+ruico, sendo ue o poder seriatransmitido de (orma heredit+ria.

 

9 ; poder moderador, e)ercido pelo imperador, estava acima dos outros poderes. Atrav's deste poder, o imperador poderia controlar e regular os outros poderes. Assim, o imperador tinha o poder a#soluto so#re todas as es(eras do governo#rasileiro.

 

9 oto censit+rio, ou se*a, para poder votar e se candidatar a pessoa deveriacomprovar determinada renda.

 

9 <sta#eleceu os uatro poderes: e)ecutivo, legislativo, *udici+rio e moderador.

 

9 <sta#eleceu a 5gre*a Catlica como religião o(icial do /rasil. A 5gre*a (icousu#ordinada ao <stado.

 

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9 Criação do Conselho de <stado, composto por conselheiros escolhidos peloimperador.

 

9 !oder e)ecutivo e)ercido pelo imperador e ministros de <stado.

 

9 Deputados e senadores seriam os respons+veis pela ela#oração das leis do país,ue seriam e)ecutadas pelo poder e)ecutivo.

 

9 6anutenção da divisão territorial nacional em províncias.

 

9 ; imperador tinha o direito de não responder na *ustiça por seus atos.

 

9 <sta#elecimento de garantias e direitos individuais.

CAR$A MAG'A A C"&'$IR(I)*" % +,-.

 

2resid#ncia da RepúblicaCasa Civil

&ubc3e0ia para Assuntos 4ur5dicos

C"'&$I$(I)*" 2"6I$ICA " IM2%RI" " BRA7I6 8% -9 % MAR)" %

+,-.:

Constituição !olítica do 5mp'rio do /rasil, ela#orada por um Conselho de <stado eoutorgada pelo 5mperador D. !edro 5, em 2%.&G.1824.

Carta de Bei de 2% de 6arço de 1824

ideBei  nO

2G4de

6anda o#servar a Constituição !olitica do 5mperio, o((erecida e *uradapor $ua 6agestade o 5mperador.

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7/25/2019 Historia Da Constituição de 1824

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1841I

"M 2%R" 2RIM%IR"; 2"R GRA)A % %"&, e Vnanime Acclamaçãodos !ovos, 5mperador Constitucional, e De(ensor !erpetuo do /rail : aemos

sa#er a todos os -ossos $u#ditos, ue tendo9-os reueridos o !ovos deste5mperio, *untos em Camaras, ue -s uanto antes *urassemos e (iessemos *uraro !ro*ecto de Constituição, ue haviamos o((erecido +s suas o#servaçes para

serem depois presentes + nova Assem#l'a Constituinte mostrando o grandedese*o, ue tinham, de ue elle se o#servasse *+ como Constituição do 5mperio,por lhes merecer a mais plena approvação, e delle esperarem a sua individual, egeral (elicidade !olitica : -s Pur+mos o so#redito !ro*ecto para o o#servarmos e

(aermos o#servar, como Constituição, ue dora em diante (ica sendo deste5mperio a ual ' do theor seguinte:

C"'&$I$(IC*" 2"6I$ICA " IM2%RI" " BRA7I6<

<6 -;6< DA $A-@5$$56A @M5-DAD<.

@5@VB; 1O

  Do 5mperio do /rail, seu @erritorio, overno, DWnastia, e Meligião.

 Art. 1. ; 56!<M5; do /rail ' a associação !olitica de todos os Cidadãos

/raileiros. <lles (ormam uma -ação livre, e independente, ue não admitte comualuer outra laço algum de união, ou (ederação, ue se opponha + sua5ndependencia.

 Art. 2. ; seu territorio ' dividido em !rovincias na (rma em ue actualmentese acha, as uaes poderão ser su#divididas, como pedir o #em do <stado.

 Art. G. ; seu overno ' 6onarchico Hereditario, Constitucional, eMepresentativo.

 Art. 4. A DWnastia 5mperante ' a do $enhor Dom !edro 5 actual 5mperador, eDe(ensor !erpetuo do /rail.

 Art. %. A Meligião Catholica Apostolica Momana continuar+ a ser a Meligião do

5mperio. @odas as outras Meligies serão permitidas com seu culto domestico, ouparticular em casas para isso destinadas, sem (rma alguma e)terior do @emplo.

@5@VB; 2O

Dos Cidadãos /raileiros.

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  Art. N. $ão Cidadãos /raileiros

  5. ;s ue no /rail tiverem nascido, uer se*am ingenuos, ou li#ertos, aindaue o pai se*a estrangeiro, uma ve ue este não resida por serviço de sua -ação.

  55. ;s (ilhos de pai /raileiro, e ;s illegitimos de mãi /raileira, nascidos empai estrangeiro, ue vierem esta#elecer domicilio no 5mperio.

  555. ;s (ilhos de pai /raileiro, ue estivesse em pai estrangeiro em sorviçodo 5mperio, em#ora elles não venham esta#elecer domicilio no /rail.

  5. @odos os nascidos em !ortugal, e suas !ossesses, ue sendo *+residentes no /rail na 'poca, em ue se proclamou a 5ndependencia nas

!rovincias, onde ha#itavam, adheriram + esta e)pressa, ou tacitamente pelacontinuação da sua residencia.

  . ;s estrangeiros naturalisados, ualuer ue se*a a sua Meligião. A Beideterminar+ as ualidades precisas, para se o#ter Carta de naturalisação.

  Art. F. !erde os Direitos de Cidadão /raileiro

  5. ; ue se nataralisar em pai estrangeiro.

  55. ; ue sem licença do 5mperador aceitar <mprego, !ensão, ouCondecoração de ualuer overno <strangeiro.

  555. ; ue (or #anido por $entença.

  Art. 8. $uspende9so o e)ercicio dos Direitos !oliticos

  5. !or incapacidade phWsica, ou moral.

  55. !or $entença condemnatoria a prisão, ou degredo, emuanto durarem osseus e((eitos.

@5@VB; GO

Dos !oderes, e Mepresentação -acional.

  Art. . A Divisão, e harmonia dos !oderes !oliticos ' o principio conservadordos Direitos dos Cidadãos, e o mais seguro meio de (aer e((ectivas as garantias,

ue a Constituição o((erece.

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  Art. 1&. ;s !oderes !oliticos reconhecidos pela Constituição do 5mperio do/rail são uatro: o !oder Begislativo, o !oder 6oderador, o !oder <)ecutivo, e o

!oder Pudicial.

  Art. 11. ;s Mepresentantes da -ação /raileira são o 5mperador, e a Assem#l'a eral.

  Art. 12. @odos estes !oderes no 5mperio do /rail são delegaçes da -ação.

@5@VB; 4O

Do !oder Begistativo.

CA!5@VB; 5.

Do: Mamos do !oder Begislativo, e suas attri#uiçes

  Art. 1G. ; !oder Begislativo ' delegado + Assem#l'a eral com a $ancção do

5mperador.

  Art. 14. A Assem#l'a eral compe9se de duas Camaras: Camara deDeputados, e Camara de $enadores, ou $enado.

  Art. 1%. <X da attri#uição da Assem#l'a eral

  5. @omar Puramento ao 5mperador, ao !rincipe 5mperial, ao Megente, ouMegencia.

  55. <leger a Megencia, ou o Megente, e marcar os limites da sua autoridade.

  555. Meconhecer o !rincipe 5mperial, como $uccessor do @hrono, na primeirareunião logo depois do sem nascimento.

  5. -omear @utor ao 5mperador menor, caso seu !ai o não tenha nomoado em@estamento.

  . Mesolver as duvidas, ue occorrerem so#re a successão da Cor7a.

  5. -a morte do 5mperador, ou vacancia do @hrono, instituir e)ame da

administração, ue aca#ou, e re(ormar os a#usos nella introduidos.

  55. <scolher nova DWnastia, no caso da e)tincção da 5mperante.

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  555. aer Beis, interpretal9as, suspendel9as, e rovogal9as.

  5Q.elar na guarda da Constituição, e promover o #em geral do -ação.

  Q. i)ar annualmente as despeas pu#licas, e repartir a contri#uição directa.

  Q5. i)ar annualmente, so#re a in(ormação do overno, as (orças de mar, e

terra ordinarias, e e)traordinarias.

  Q55. Conceder, ou negar a entrada de (orças estrangeiras de terra e mardentro do 5mperio, ou dos portos delle.

  Q555. Autorisar ao overno, para contrahir emprestimos.

  Q5. <sta#elecer meios convenientes para pagamento da divida pu#lica.

  Q. Megular a administração dos #ens -acionaes, e decretar a sua alienação.

  Q5. Crear, ou supprimir <mpregos pu#licos, e esta#elecer9lhes ordenados.

  Q5. Determinar o peso, valor, inscripção, tWpo, e denominação das moedas,

assim como o padrão dos pesos e medidas.

  Art. 1N. Cada uma das Camaras ter+ o @ratamento 9 de Augustos, eDignissimos $enhores Mepresentantes da -ação.

  Art. 1F. Cada Begislatura durar+ uatro annos, e cada $essão annual uatromees.

  Art. 18. A $essão 5mperial de a#ertura ser+ todos os annos no dia tres de

6aio.

  Art. 1. @am#em ser+ 5mperial a $essão do encerramentoU e tanto esta comoa da a#ertura se (ar+ em Assem#l'a eral, reunidas am#as as Camaras.

  Art. 2&. $eu ceremonial, e o da participação ao 5mperador ser+ (eito na (rmado Megimento interno.

  Art. 21. A nomeação dos respectivos !residentes, ice !residentes, e

$ecretarios das Camaras, veri(icação dos poderes dos seus 6em#ros, Puramento,e sua policia interior, se e)ecutar+ na (rma dos seus Megimentos.

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  Art. 22. -a reunião das duas Camaras, o !residente do $enado dirigir+ otra#alhoU os Deputados, e $enadores tomarão logar indistinctamente.

  Art. 2G. -ão se poder+ cele#rar $essão em cada uma das Camaras, sem ue

este*a reunida a metade, e mais um dos seus respectivos 6em#ros.

  Art. 24. As $esses de cada uma das Camaras serão pu#licas + e)cepçãodos casos, em ue o #em do <stado e)igir, ue se*am secretas.

  Art. 2%. ;s negocios se resolverão pela maioria a#soluta de votos dos6em#ros presentes.

  Art. 2N. ;s 6em#ros de cada uma das Camaras são inviolaveis polas

opinies, ue pro(erirem no e)ercicio das suas (uncçes.

  Art. 2F. -enhum $enador, ou Deputado, durante a sua deputação, pde serpreso por Autoridade alguma, salvo por ordem da sua respectiva Camara, menosem (lagrante delicto de pena capital.

  Art. 28. $e algum $enador, ou Deputado (Yr pronunciado, o Pui,

suspendendo todo o ulterior procedimento, dar+ conta + sua respectiva Camara, aual decidir+, se o processo deva continuar, e o 6em#ro ser, ou não suspenso noe)ercicio das suas (uncçes.

  Art. 2. ;s $enadores, e Deputados poderão ser nomeados para o Cargo de

6inistro de <stado, ou Conselheiro do <stado, com a di((erença de ue os$enadores continuam a ter assento no $enado, e o Deputado dei)a vago o seulogar da Camara, e se procede a nova eleição, na ual pde ser reeleito eaccumular as duas (uncçes.

  Art. G&. @am#em accumulam as duas (uncçes, se *+ e)erciam ualuer dosmencionados Cargos, uando (oram eleitos.

  Art. G1. -ão se pode ser ao mesmo tempo 6em#ro de am#as as Camaras.

  Art. G2. ; e)ercicio de ualuer <mprego, + e)cepção dos de Conselheiro de<stado, o 6inistro de <stado, cessa interinamente, emuanto durarem as (uncçes

de Deputado, ou de $enador.

  Art. GG. -o intervallo das $esses não poder+ o 5mperador empregar um$enador, ou Deputado (ra do 5mperioU nem mesmo irão e)ercer seus <mpregos,

uando isso os impossi#ilite para se reunirem no tempo da convocação da Assem#l'a eral ordinaria, ou e)traordinaria.

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  Art. G4. $e por algum caso imprevisto, de ue dependa a segurança pu#lica,ou o #em do <stado, (7r indispensavel, ue algum $enador, ou Deputado s+ia para

outra Commissão, a respectiva Camara o poder+ determinar.

CA!5@VB; 55

Da Camara dos Deputados.

  Art. G%. A Camara dos Deputados ' electiva, e temporaria.

  Art. GN. <X privativa da Camara dos Deputados a 5niciativa.

  5. $o#re 5mpostos.

  55. $o#re Mecrutamentos.

  555. $o#re a escolha da nova DWnastia, no caso da e)tincção da 5mperante.

  Art. GF. @am#em principiarão na Camara dos Deputados

  5. ; <)ame da administração passada, e re(orma dos a#usos nella

introduidos.

  A discussão das propostas, (eitas polo !oder <)ecutivo.

  Art. G8. <X da privativa attri#uição da mesma Camara decretar, ue tem logara accusação dos 6inistros de <stado, e Conse5heiros de <stado.

  Art. G. ;s Deputados vencerão, durante as $esses, um $u#sidio,pecuniario, ta)ado no (im da ultima $essão da Begislatura antecedente. Al'm disto

se lhes ar#itrar+ uma indemnisação para as despeas da vinda, e volta.

CA!5@VB; 555.

Do $enado.

  Art. 4&. & $enado ' composto de 6em#ros vitalicios, e ser+ organiado poreleição !rovincial.

  Art. 41. Cada !rovincia dar+ tantos $enadores, uantos (orem metade deseus respectivos Deputados, com a di((erença, ue, uando o numero dos

Deputados da !rovincia (7r impar, o numero dos seus $enadores ser+ metade do

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numero immediatamente menor, de maneira ue a !rovincia, ue houver de darone Deputados, dar+ cinco $enadores.

  Art. 42. A !rovincia, ue tiver um s Deputado, eleger+ todavia o seu

$enador, não o#stante a regra acima esta#elecida.

  Art. 4G. As eleiçes serão (eitas pela mesma maneira, ue as dos Deputados,mas em listas triplices, so#re as uaes o 5mperador escolher+ o terço na totalidadeda lista.

  Art. 44. ;s Bogares de $enadores, ue vagarem, serão preenchidos pela

mesma (rma da primeira <leição pela sua respectiva !rovincia.

  Art. 4%. !ara ser $enador reuer9se

  5. Zue se*a Cidadão /raileiro, e ue este*a no goo dos seus Direitos!oliticos.

  55. Zue tenha de idade uarenta annos para cima.

  555. Zue se*a pessoa de sa#er, capacidade, e virtudes, com pre(erencia os ue

tivirem (eito serviços + !atria.

  5. Zue tenha de rendimento annual por #ens, industria, commercio, ou<mpregos, a somma de oitocentos mil r'is.

  Art. 4N. ;s !rincipes da Casa 5mperial são $enadores por Direito, e terãoassento no $enado, logo ue chegarem + idade de vinte e cinco annos.

  Art. 4F. <X da attri#uição e)clusiva do $enado

  5. Conhecer dos delictos individuaes, commettidos pelos 6em#ros da amilia

5mperial, 6inistros de <stado, Conselheiros de <stado, e $enadoresU e dos delictosdos Deputados, durante o periodo da Begislatura.

  55. Conhecer da responsa#ilidade dos $ecretarios, e Conselheiros de <stado.

  555. <)pedir Cartas de Convocação da Assem#l'a, caso o 5mperador o nãotenha (eito dous mees depois do tempo, ue a Constituição determinaU para o ue

se reunir+ o $enado e)traordinariamente.

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  5. Convocar a Assem#l'a na morte do 5mperodor para a <leição daMegencia, nos casos, em ue ella tem logar, uando a Megencia !rovisional o não

(aça.

  Art. 48. -o Puio dos crimes, cu*a accusação não pertence + Camara dosDeputados, accusar+ o !rocurador da Cor7a, e $o#erania -acional.

  Art. 4. As $esses do $enado começam, e aca#am ao mesmo tempo, ueas da Camara dos Deputados. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. %&. AX e)cepção dos casos ordenados pela Constituição, toda a reunião

do $enado (ra do tempo das $esses da Camara dos Deputados ' illicita, e nulla.

  Art. %1.; $u#sidio dos $enadores ser+ de tanto, e mais metade, do uetiverem os Deputados.

CA!5@VB; 5.

Da !roposição, Discussão, $ancção, e !romulgação das Beis.

  Art. %2. A !roposição, opposição, e approvação dos !ro*ectos de Bei compete

a cada uma das Camaras.

  Art. %G.; !oder <)ecutivo e)erce por ualuer dos 6inistros de <stado aproposição, ue lhe compete na (ormação das BeisU e s depois de e)aminada poruma Commissão da Camara dos Deputados, aonde deve ter principio, poder+ serconvertida em !ro*ecto de Bei.

  Art. %4. ;s 6inistros podem assistir, e discutir a !roposta, depois do relatorioda CommissãoU mas não poderão votar, nem estarão presentes + votação, salvose (orem $enadores, ou Deputados.

  Art. %%. $e a Camara dos Deputados adaptar o !ro*ecto, o remetter+ + dos$enadores com a seguinte (ormula 9 A Camara dos Deputados envia + Camara

dos $enadores a !roposição *unta do !oder <)ecutivo com emendas, ou semellasI e pensa, ue ella tem logar.

  Art. %N. $e não puder adoptar a proposição, participar+ ao 5mperador por umaDeputação de sete 6em#ros da maneira seguinte 9 A Camara dos Deputados

testemunha ao 5mperador o seu reconhecimento polo elo, ue mostra, em vigiaros interesses do 5mperio: e Bhe supplica respeitosomente, Digne9$e tomar em

ulterior consideração a !roposta do overno.

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  Art. %F. <m geral as proposiçes, ue a Camara dos Deputodos admittir, eapprovar, serão remettidas + Camara dos $enadores com a (ormula seguinte 9 A

Camara dos Deputados envia ao $enado a !roposição *unta, e pensa, ue temlogar, pedir9se ao 5mperador a sua $ancção.

  Art. %8. $e por'm a Camara dos $enadores não adoptar inteiramente o!ro*ecto da Camara dos Deputados, mas se o tiver alterado, ou addicionado, o

reenviar+ pela maneira seguinte 9 ; $enado envia + Camara dos Deputodos a sua!roposição talI com as emendas, ou addiçes *untas, e pensa, ue com ellas temlogar pedir9se ao 5mperador a $ancção 5mperial.

  Art. %. $e o $enado, depois de ter deli#erado, *ulga, ue não pde admittir a!roposição, ou !ro*ecto, dir+ nos termos seguintes 9 ; $enado torna a remetter +

Camara dos Deputodos a !roposição talI, + ual não tem podido dar o seuConsentimento.

  Art. N&. ; mesmo praticar+ a Camara dos Deputados para com a do $enado,uando neste tiver o !ro*ecto a sua origem.

  Art. N1. $e a Camara dos Deputados não approvar as emendas, ou addiçes

do $enado, ou vice9versa, e todavia a Camara recusante *ulgar, ue o pro*ecto 'vanto*oso, poder+ reuerer por uma Deputação de tres 6em#ros a reunião dasduas Camaras, ue se (ar+ na Camara do $enado, e con(orme o resultado da

discussão se seguir+, o ue (7r deli#erado.

  Art. N2. $e ualuer das duas Camaras, concluida a discussão, adoptarinteiramente o !ro*ecto, ue a outra Camara lhe enviou, o reduir+ a Decreto, edepois de lido em $essão, o dirigir+ ao 5mperador em dous autographos,assignados pelo !residente, e os dous primeiros $ecretarios, !edindo9lhe a sua

$ancção pela (ormula seguinte 9 A Assem#l'a eral dirige ao 5mperador o Decretoincluso, ue *ulga vanta*oso, e util ao 5mperio, e pede a $ua 6agestade 5mperial,$e Digne dar a $ua $ancção.

  Art. NG. <sta remessa ser+ (eita por uma Deputação de sete 6em#ros,

enviada pela Camara ultimamente deli#erante, a ual ao mesmo tempo in(ormar++ outra Camara, aonde o !ro*ecto teve origem, ue tem adoptado a sua!roposição, relativa a tal o#*ecto, e ue a dirigiu ao 5mperador, pedindo9lhe a $ua$ancção.

  Art. N4. Mecusando o 5mperador prestar seu consentimento, responder+ nostermos seguintes. 9 ; 5mperador uer meditar so#re o !ro*ecto de Bei, para a seu

tempo se resolver 9 Ao ue a Camara responder+, ue 9 Bouva a $ua 6agestade5mperial o interesse, ue toma pela -ação.

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  Art. N%. <sta denegação tem e((eito suspensivo smente: pelo ue todas asvees, ue as duas Begislaturas, ue se seguirem +uella, ue tiver approvado o

!ro*ecto, tornem successivamente a apresental9o nos mesmos termos, entender9se9ha, ue o 5mperador tem dado a $ancção.

  Art. NN. ; 5mperador dar+, ou negar+ a $ancção em cada Decreto dentro doum me, depois ue lhe (or apresentado.

  Art. NF. $e o não (ier dentro do mencionado prao, ter+ o mesmo e((eito,

como se e)pressamente negasse a $ancção, para serem contadas asBegislaturas, em ue poder+ ainda recusar o seu consentimento, ou reputar9se oDecreto o#rigatorio, por haver *+ negado a $ancção nas duas antecedentesBegislaturas.

  Art. N8. $e o 5mperador adoptar o !ro*ecto da Assem#l'a eral, se e)primir+assim 9 ; 5mperador consente 9 Com o ue (ica sanccionado, e nos termos de serpromulgado como Bei do 5mperioU e um dos dous autographos, depois deassignados pelo 5mperador, ser+ remettido para o Archivo da Camara, ue o

enviou, e o outro servir+ para por elle se (aer a !romulgação da Bei, pelarespectiva $ecretaria de <stado, aonde ser+ guardado.

  Art. N. A (ormula da !romulgação da Bei ser+ conce#ida nos seguintestermos 9 Dom -.I por raça de Deos, e Vnanime Acclamação dos !ovos,

5mperador Constitucional, e De(ensor !erpetuo do /rail: aemos sa#er a todosos -ossos $u#ditos, ue a Assem#l'a eral decretou, e -s Zueremos a Beiseguinte a integra da Bei nas suas disposiçes smenteI: 6andamos por tanto atodas as Autoridades, a uem o conhecimento, e e)ecução do re(erida Bei

pertencer, ue a cumpram, e (açam cumprir, e guardar tão inteiramente, comonella se cont'm. ; $ecretario de <stado dos -ogocios d.... o da MepartiçãocompetenteI a (aça imprimir, pu#licar, e correr.

  Art. F&. Assignada a Bei pelo 5mperador, re(erendada pelo $ecretario de

<stado competente, e sellada com o $ello do 5mperio, se guardar+ o original no Archivo !u#lico, e se remetterão os <)emplares della impressos a todas asCamaras do 5mperio, @ri#unaes, e mais Bogares, aonde convenha (aer9se pu#lica.

CA!5@VB; .

Dos Conselhos eraes de !rovincia, e suas attri#uiçes.

  Art. F1. A Constituição reconhece, e garante o direito de intervir todo o

Cidadão nos negocios da sua !rovincia, e ue são immediatamente relativos aseus interesses peculiares. ide Bei nO 1N, de 18G4I

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  Art. F2. <ste direito ser+ e)ercitado pelas Camara dos Districtos, e pelosConselhos, ue com o titulo de 9 Conselho eral da !rovincia9se devem

esta#elecer em cada !rovincia, aonde não, estiver collocada a Capital do5mperio. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. FG. Cada um dos Conselhos eraes constar+ de vinte e um 6em#ros nas!rovincias mais populosas, como se*am !ar+, 6aranhão, Cear+, !ernam#uco,

/ahia, 6inas eraes, $. !aulo, e Mio rande do $ulU e nas outras de tree6em#ros. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. F4. A sua <leição se (ar+ na mesma occasião, e da mesma maneira, uese (ier a dos Mepresentantes da -ação, e pelo tempo de cadaBegislatura. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. F%. A idade de vinte e cinco annos, pro#idade, e decente su#sistencia sãoas ualidades necessarias para ser 6em#ro destes Conselhos.

  Art. FN. A sua reunião se (ar+ na Capital da !rovinciaU e na primeira $essãopreparatoria nomearão !residente, ice9!residente, $ecretario, e $upplenteU ueservirão por todo o tempo da $essão: e)aminarão, e veri(icarão a legitimidade da

eleição dos seus 6em#ros. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. FF. @odos os annos haver+ $essão, e durar+ dous mees, podendo

prorogar9se por mais um me, se nisso convier a maioria do Conselho. ide Beide 12.1&.18G2I

  Art. F8. !ara haver $essão dever+ achar9se reunida mais da metade do

numero dos seus 6em#ros.

  Art. F. -ão podem ser eleitos para 6em#ros do Conselho eral, o!residente da !rovincia, o $ecretario, e o Commandante das Armas.

  Art. 8&. ; !residente da !rovincia assistir+ + installação do Conselho eral,ue se (ar+ no primeiro dia de Deem#ro, e ter+ assento igual ao do !residente do

Conselho, e + sua direitaU e ahi dirigir+ o !residente da !rovincia sua (ala aoConselhoU instruindo9o do estado dos negocios pu#licos, e das providencias, ue amesma !rovincia mais precisa para seu melhoramento. ide Bei de12.1&.18G2I

  Art.. 81. <stes Conselhos terão por principal o#*ecto prop7r, discutir, edeli#erar so#re os negocios mais interessantes das suas !rovinciasU (ormando

pro*ectos peculiares, e accommodados +s suas localidades, e urgencias. ideBei nO 1N, de 18G4I

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  Art. 82. ;s negocios, ue começarem nas Camaras serão remettidoso((icialmente ao $ecretario do Conselho, aonde serão discutidos a portas a#ertas,

#em como os ue tiverem origem nos mesmos Conselhos. As suas resoluçesserão tomadas + pluralidade a#soluta de votos dos 6em#ros presentes.

  Art. 8G. -ão se podem prop7r, nem deli#erar nestes Conselhos!ro*ectos. ide Bei nO 1N, de 18G4I

  5. $o#re interesses geraes da -ação.

  55. $o#re uaesuer a*ustes de umas com outras !rovincias.

  555. $o#re imposiçes, cu*a iniciativa ' da competencia particular da Camara

dos Deputados. Art. GN. ide Bei de 12.1&.18G2I

  5. $o#re e)ecução de Beis, devendo por'm dirigir a esse respeitorepresentaçes motivadas + Assem#l'a eral, e ao !oder <)ecutivocon*unctamente.

  Art. 84. As Mesoluçes dos Conselhos eraes de !rovincia serão remettidas

directamente ao !oder <)ecutivo, pelo intermedio do !residente da !rovincia.ide Bei de 12.1&.18G2I  ide Bei nO 1N, de 18G4I

  Art. 8%. $e a Assem#l'a eral se achar a esse tempo reunida, lhe serãoimmediatamente enviadas pela respectiva $ecretaria de <stado, para serem

propostas como !ro*ectos de Bei, e o#ter a approvação da Assem#l'a por umaunica discussão em cada Camara. ide Bei de 12.1&.18G2I  ide Bei nO 1N,de 18G4I

  Art. 8N. -ão se achando a esse tempo reunida a Assem#l'a, o 5mperador as

mandar+ provisoriamente e)ecutar, se *ulgar ue ellas são dignas de promptaprovidencia, pela utilidade, ue de sua o#servancia resultar+ ao #em geral da

!rovincia. ide Bei de 12.1&.18G2I  ide Bei nO 1N, de 18G4I

  Art. 8F. $e por'm não occorrerem essas circumstancias, o 5mperadordeclarar+, ue 9 $uspende o seu *uio a respeito dauelle negocio 9 Ao ue o

Conselho responder+, ue 9 rece#eu mui respeitosamente a resposta de $ua6agestade 5mperial. ide Bei de 12.1&.18G2I  ide Bei nO 1N, de 18G4I

  Art. 88. Bogo ue a Assem#l'a eral se reunir, 5he serão enviadas assimessas Mesoluçes suspensas, como as ue estiverem em e)ecução, para serem

discutidas, e deli#eradas, na (rma do Art. 8%. ide Bei de 12.1&.18G2I  ideBei nO 1N, de 18G4I

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  Art. 8. ; methodo de proseguirem os Conselhos eraes de !rovincia emseus tra#alhos, e sua policia interna, e e)terna, tudo se regular+ por um

Megimento, ue lhes ser+ dado pela Assem#l'a eral. ide Bei de 12.1&.18G2I

CA!5@VB; 5.

Das <leiçes.

  Art. &. As nomeaçes dos Deputados, e $enadores para a Assem#l'a eral,e dos 6em#ros dos Conselhos eraes das !rovincias, serão (eitas por <leiçesindirectas, elegendo a massa dos Cidadãos activos em Assem#l'as !arochiaes os

<leitores de !rovincia, e estes os Mepresentantes da -ação, e !rovincia.

  Art. 1. @3m voto nestas <leiçes primarias

  5. ;s Cidadãos /raileiros, ue estão no goo de seus direitos politicos.

  55. ;s <strangeiros naturalisados.

  Art. 2. $ão e)cluidos de votar nas Assem#l'as !arochiaes.

  5. ;s menores de vinte e cinco annos, nos uaes se não comprehendem oscasados, e ;((iciaes 6ilitares, ue (orem maiores de vinte e um annos, os

/achares ormados, e Clerigos de ;rdens $acras.

  55. ;s (ilhos (amilias, ue estiverem na companhia de seus pais, salvo seservirem ;((icios pu#licos.

  555. ;s criados de servir, em cu*a classe não entram os uardalivros, eprimeiros cai)eiros das casas de commercio, os Criados da Casa 5mperial, ue

não (orem de galão #ranco, e os administradores das (aendas ruraes, e (a#ricas.

  5. ;s Meligiosos, e uaesuer, ue vivam em Communidade claustral.

  . ;s ue não tiverem de renda liuida annual cem mil r'is por #ens de rai,industria, commercio, ou <mpregos.

  Art. G. ;s ue não podem votar nas Assem#l'as !rimarias de !arochia, nãopodem ser 6em#ros, nem votar na nomeação de alguma Autoridade electiva

-acional, ou local.

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  Art. 4. !odem ser <leitores, e votar na eleição dos Deputados, $enadores, e6em#ros dos Conselhos de !rovincia todos, os ue podem votar na Assem#l'a

!arochial. <)ceptuam9se

  5. ;s ue não tiverem de renda liuida annual duentos mil r'is por #ens derai, industria, commercio, ou emprego.

  55. ;s Bi#ertos.

  555. ;s criminosos pronunciados em uer'la, ou devassa.

  Art. %. @odos os ue podem ser <leitores, a#eis para serem nomeadosDeputados. <)ceptuam9se

  5. ;s ue não tiverem uatrocentos mil r'is de renda liuida, na (rma dos Arts. 2 e 4.

  55. ;s <strangeiros naturalisados.

  555. ;s ue não pro(essarem a Meligião do <stado.

  Art. N. ;s Cidadãos /raileiros em ualuer parte, ue e)istam, sãoelegiveis em cada Districto <leitoral para Deputados, ou $enadores, ainda uando

ahi não se*am nascidos, residentes ou domiciliados.

  Art. F. Vma Bei regulamentar marcar+ o modo pratico das <leiçes, e onumero dos Deputados relativamente + população do 5mperio.

@5@5VB; %O

Do 5mperador.

CA!5@VB; 5.

Do !oder 6oderador.

  Art. 8. ; !oder 6oderador ' a chave de toda a organisação !olitica, e '

delegado privativamente ao 5mperador, como Che(e $upremo da -ação, e seu!rimeiro Mepresentante, para ue incessantemente vele so#re a manutenção da5ndependencia, euili#rio, e harmonia dos mais !oderes !oliticos.

  Art. . A !essoa do 5mperador ' inviolavel, e $agrada: <lle não est+ su*eito aresponsa#ilidade alguma.

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  Art. 1&&. ;s seus @itulos são 5mperador Constitucional, e De(ensor !erpetuodo /rail e tem o @ratamento de 6agestade 5mperial.

  Art. 1&1. ; 5mperador e)erce o !oder 6oderador 

  5. -omeando os $enadores, na (rma do Art. 4G.

  55. Convocando a Assem#l'a eral e)traordinariamente nos intervallos das$esses, uando assim o pede o #em do 5mperio.

  555. $anccionando os Decretos, e Mesoluçes da Assem#l'a eral, para uetenham (orça de Bei: Art. N2.

  5. Approvando, e suspendendo interinamente as Mesoluçes dos Conselhos

!rovinciaes: Arts. 8N, e 8F. ide Bei de 12.1&.18G2I

  . !rorogando, ou adiando a Assem#l'a eral, e dissolvendo a Camara dosDeputados, nos casos, em ue o e)igir a salvação do <stadoU convocandoimmediatamente outra, ue a su#stitua.

  5. -omeando, e demittindo livremente os 6inistros de <stado.

  55. $uspendendo os 6agistrados nos casos do Art. 1%4.

  555. !erdoando, e moderando as penas impostas e os M'os condemnados

por $entença.

  5Q. Concedendo Amnistia em caso urgente, e ue assim aconselhem ahumanidade, e #em do <stado.

CA!5@VB; 55.

Do !oder <)ecutivo.

  Art. 1&2. ; 5mperador ' o Che(e do !oder <)ecutivo, e o e)ercita pelos seus

6inistros de <stado.

  $ão suas principaes attri#uiçes

  5. Convocar a nova Assem#l'a eral ordinaria no dia tres de Punho doterceiro anno da Begislatura e)istente.

  55. -omear /ispos, e prover os /ene(icios <cclesiasticos.

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  555. -omear 6agistrados.

  5. !rover os mais <mpregos Civis, e !oliticos.

  . -omear os Commandantes da orça de @erra, e 6ar, e removel9os,uando assim o pedir o $erviço da -ação.

  5. -omear <m#ai)adores, e mais Agentes Diplomaticos, e Commerciaes.

  55. Dirigir as -egociaçes !oliticas com as -açes estrangeiras.

  555. aer @ratados de Alliança o((ensiva, e de(ensiva, de $u#sidio, eCommercio, levando9os depois de concluidos ao conhecimento da Assem#l'aeral, uando o interesse, e segurança do <stado permittirem. $e os @ratados

concluidos em tempo de pa envolverem cessão, ou troca de @orritorio do 5mperio,ou de !ossesses, a ue o 5mperio tenha direito, não serão rati(icados, sem teremsido approvados pela Assem#l'a eral.

  5Q. Declarar a guerra, e (aer a pa, participando + Assem#l'a ascommunicaçes, ue (orem compativeis com os interesses, e segurança do

<stado.

  Q. Conceder Cartas de -aturalisação na (rma da Bei.

  Q5. Conceder @itulos, Honras, ;rdens 6ilitares, e Distincçes em recompensade serviços (eitos ao <stadoU dependendo as 6erc3s pecuniarias da approvaçãoda Assem#l'a, uando não estiverem *+ designadas, e ta)adas por Bei.

  Q55. <)pedir os Decretos, 5nstrucçes, e Megulamentos adeuados + #oae)ecução das Beis.

  Q555. Decretar a applicação dos rendimentos destinados pela Assem#l'a aos

varios ramos da pu#lica Administração.

  Q5. Conceder, ou negar o /eneplacito aos Decretos dos Concilios, e Betras Apostolicas, e uaesuer outras Constituiçes <cclesiasticas ue se não

oppoerem + ConstituiçãoU e precedendo approvação da Assem#l'a, secontiverem disposição geral.

  Q. !rover a tudo, ue (7r concernente + segurança interna, e e)terna do<stado, na (rma da Constituição.

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  Art. 1&G. & 5mperador antes do ser acclamado prestar+ nas mãos do!residente do $enado, reunidas as duas Camaras, o seguinte Puramento 9 Puro

manter a Meligião Catholica Apostolica Momana, a integridade, e indivisi#ilidade do5mperioU o#servar, e (aer o#servar a Constituição !olitica da -ação /raileira, e

mais Beis do 5mperio, e prover ao #em geral do /rail, uanto em mim cou#er.

  Art. 1&4. ; 5mperador não poder+ sahir do 5mperio do /rail, sem o

consentimento da Assem#l'a eralU e se o (ier, se entender+, ue a#dicou aCor7a.

CA!5@VB; 555.

Da amilia 5mperial, e sua Dotação.

  Art. 1&%. ; Herdeiro presumptivo do 5mperio ter+ o @itulo de!rincipe 5mperial e o seu !rimogenito o de !rincipe do rão !ar+ todos os mais

terão o de !rincipes. ; tratamento do Herdeiro presumptivo ser+ o de Altea5mperial e o mesmo ser+ o do !rincipe do rão !ar+: os outros !rincipes terão o@ratamento de Altea.

  Art. 1&N.& Herdeiro presumptivo, em completando uatore annos de idade,prestar+ nas mãos do !residente do $enado, reunidas as duas Camaras, o

seguinte Puramento 9 Puro manter a Meligião Catholica Apostolica Momana,

o#servar a Constituição !olitica da -ação /raileira, e ser o#ediente +s Beis, e ao5mperador.

  Art. 1&F. A Assem#l'a eral, logo ue o 5mperador succeder no 5mperio, lhe

assignar+, e + 5mperatri $ua Augusta <sposa uma Dotação correspondente aodecoro de $ua Alta Dignidade.

  Art. 1&8. A Dotação assignada ao presente 5mperador, e + $ua Augusta<sposa dever+ ser augmentada, visto ue as circumstancias actuaes não

permittem, ue se (i)e desde *+ uma somma adeuada ao decoro de $uas Augustas !essoas, e Dignidade da -ação.

  Art. 1&. A Assem#l'a assignar+ tam#em alimentos ao !rincipe 5mperial, eaos demais !rincipes, desde ue nascerem. ;s alimentos dados aos !rincipescessarão smente, uando elles sahirem para (ra do 5mperio.

  Art. 11&. ;s 6estres dos !rincipes serão da escolha, e nomeação do5mperador, e a Assem#l'a lhes designar+ os ;rdenados, ue deverão ser pagos

pelo @hesouro -acional.

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  Art. 111. -a primeira $essão de cada Begislatura, a Camara dos Deputadose)igir+ dos 6estres uma conta do estado do adiantamento dos seus Augustos

Discipulos.

  Art. 112. Zuando as !rinceas houverem de casar, a Assem#l'a lhesassignar+ o seu Dote, e com a entrega delle cessarão os alimentos.

  Art. 11G. Aos !rincipes, ue se casarem, e (orem residir (ra do 5mperio, seentregar+ por uma ve smente uma uantia determinada pela Assem#l'a, com o

ue cessarão os alimentos, ue perce#iam.

  Art. 114. A Dotação, Alimentos, e Dotes, de ue (allam os Artigosantecedentes, serão pagos pelo @hesouro !u#lico, entregues a um 6ordomo,nomeado pelo 5mperador, com uem se poderão tratar as Acçes activas e

passivas, concernentes aos interesses da Casa 5mperial.

  Art. 11%. ;s !alacios, e @errenos -acionaes, possuidos actualmente pelo$enhor D. !edro 5, (icarão sempre pertencendo a $eus $uccessoresU e a -açãocuidar+ nas acuisiçes, e construcçes, ue *ulgar convenientes para a decencia,e recreio do 5mperador, e sua amilia.

CA!5@VB; 5.

Da $uccessão do 5mperio.

  Art. 11N. ; $enhor D. !edro 5, por Vnanime Acclamação dos !ovos, actual5mperador Constittucional, e De(ensor !erpetuo, 5mperar+ sempre no /rail.

  Art. 11F. $ua Descendencia legitima succeder+ no @hrono, $egundo a ordemregular do primogenitura, e representação, pre(erindo sempre a linha anterior +s

posterioresU na mesma linha, o gr+o mais pro)imo ao mais remotoU no mesmogr+o, o se)o masculino ao (emininoU no mesmo se)o, a pessoa mais velha + mais

moça.

  Art. 118. <)tinctas as linhas dos descendentes legitimos do $enhor D. !edro5, ainda em vida do ultimo descendente, e durante o seu 5mperio, escolher+ a

 Assem#l'a eral a nova DWnastia.

  Art. 11. -enhum <strangeiro poder+ succeder na Cor7a do 5mperio do /rail.

  Art. 12&. ; Casamento da !rincea Herdeira presumptiva da Cor7a ser+ (eito

a apraimento do 5mperadorU não e)istindo 5mperador ao tempo, em ue se tratardeste Consorcio, não poder+ elle e((ectuar9se, sem approvacão da Assem#l'a

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eral. $eu 6arido não ter+ parte no overno, e smente se chamar+ 5mperador,depois ue tiver da 5mperatri (ilho, ou (ilha.

CA!5@VB; .

Da Megencia na menoridade, ou impedimento do 5mperador.

  Art. 121. ; 5mperador ' menor at' + idade de deoito annos completos.

  Art. 122. Durante a sua menoridade, o 5mperio ser+ governado por umaMegencia, a ual pertencer+ na !arente mais chegado do 5mperador, segundo aordem da $uccessão, e ue se*a maior de vinte e cinco annos. ide Bei nO 1N,de 18G4I

  Art. 12G. $e o 5mperador não tiver !arente algum, ue reuna estasualidades, ser+ o 5mperio governado por uma Megencia permanente, nomeadapela Assem#l'a eral, composta de tres 6em#ros, dos uaes o mais velho emidade ser+ o !residente. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. 124. <m uanto esta Mogencia se não eleger, governar+ o 5mperio uma

Megencia provisional, composta dos 6inistros de <stado do 5mperio, e da PustiçaUe dos dous Conselheiros de <stado mais antigos em e)ercicio, presidida pela5mperatri iuva, e na sua (alta, pelo mais antigo Conselheiro de <stado.

  Art. 12%. -o caso de (allecer a 5mperatri 5mperante, ser+ esta Megencia

presidida por seu 6arido.

  Art. 12N. $e o 5mperador por causa phWsica, ou moral, evidentementereconhecida pela pluralidade de cada uma das Camaras da Assem#l'a, seimpossi#ilitar para governar, em seu logar governar+, como Megente o !rincipe

5mperial, se (or maior de deoito annos.

  Art. 12F. @anto o Megente, como a Megencia prestar+ o Puramentomencionado no Art. 1&G, accrescentando a clausula de (idelidade na 5mperador, ede lhe entregar o overno, logo ue elle chegue + maioridade, ou cessar o seuimpedimento.

  Art. 128. ;s Actos da Megencia, e do Megente serão e)pedidos em nome do5mperador pela (ormula seguinte 9 6anda a Megencia em nome do 5mperador... 96anda o !rincipe 5mperial Megente em nome do 5mperador.

  Art. 12. -em a Megencia, nem o Megente ser+ responsavel.

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  Art. 1G&. Durante a menoridade do $uccessor da Cor7a, ser+ seu @utor, uemseu !ai lhe tiver nomeado em @estamentoU na (alta deste, a 5mperatri 6ãi, em

uanto não tornar a casar: (altando esta, a Assem#l'a eral nomear+ @utor, comtanto ue nunca poder+ ser @utor do 5mperador menor auelle, a uem possa tocar 

a successão da Cor7a na sua (alta.

CA!5@VB; 5.

Do 6inisterio.

  Art. 1G1. Haver+ di((erentes $ecretarias de <stado. A Bei designar+ os

negocios pertencentes a cada uma, e seu numeroU as reunir+, ou separar+, comomais convier.

  Art. 1G2. ;s 6inistros de <stado re(erendarão, ou assignarão todos os Actosdo !oder <)ecutivo, sem o ue não poderão ter e)ecução.

  Art. 1GG. ;s 6inistros de <stado serão responsaveis

  5. !or traição.

  55. !or peita, su#orno, ou concussão.

  555. !or a#uso do !oder.

  5. !ela (alta de o#servancia da Bei.

  . !elo ue o#rarem contra a Bi#erdade, segurança,  ou propriedade dosCidadãos.

  5. !or ualuer dissipação dos #ens pu#licos.

  Art. 1G4. Vma Bei particular especi(icar+ a naturea destes delictos, e amaneira de proceder contra elles.

  Art. 1G%. -ão salva aos 6inistros da responsa#ilidade a ordem do 5mperadorvocal, ou por escripto.

  Art. 1GN. ;s <strangeiros, posto ue naturalisados, não podem ser 6inistrosde <stado.

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CA!5@VB; 55.ide Bei nO 1N, de 18G4I

Do Conselho de <stado.

  Art. 1GF. Haver+ um Conselho de <stado, composto de Conselheirosvitalicios, nomeados pelo 5mperador. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. 1G8. ; seu numero não e)ceder+ a de. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. 1GU -ão são comprehendidos neste numero os 6inistros de <stado, nemestes serão reputados Conselheiros de <stado, sem especial nomeação do

5mperador para este Cargo. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. 14&. !ara ser Coaselheiro de <stado reuerem9se as mesmasualidades, ue devem concorrer para ser $enador. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. 145. ;s Conselheiros de <stado, antes de tomarem posse, prestarão *uramento nas mãos do 5mperador de 9 manter a Meligião Catholica Apostolica

MomanaU o#servar a Constituição, e 0s BeisU ser (ieis ao 5mperadorU aconselhal9osegundo suas consciencias, attendendo smente ao #em da -ação. ide Beide 12.1&.18G2I

  Art. 142. ;s Conselheiros serão ouvidos em todos os negocios graves, e

medidas geraes da pu#lica AdministraçãoU principalmente so#re a declaração dauerra, a*ustes de pa, nogociaçes com as -açes <strangeiras, assim como emtodas as occasies, em ue o 5mperador se proponha e)ercer ualuer dasattri#uiçes proprias do !oder 6oderador, indicadas no Art. 1&1, + e)cepção da

5. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. 14G. $ão responsaveis os Conselheiros de <stado pelos conselhos, uederem, oppostos +s Beis, e ao interesse do <stado, mani(estamentedolosos. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. 144. ; !rincipe 5mperial, logo ue tiver deoito annos completos, ser+ de

Direito do Conselho de <stado: os demais !rincipes da Casa 5mperial, paraentrarem no Conselho de <stado (icam dependentes da nomeação do 5mperador.<stes, e o !rincipe 5mperial não entram no numero marcado no Art. 1G8. ideBei de 12.1&.18G2I

CA!5@VB; 555.

Da orça 6ilitar.

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  Art. 14%. @odos os /raileiros são o#rigados a pegar em armas, parasustentar a 5ndependencia, e integridade do 5mperio, e de(endel9o dos seus

inimigos e)ternos, ou internos.

  Art. 14N. <muanto a Assem#l'a eral não designar a orça 6ilitarpermanente de mar, e terra, su#stituir+, a ue então houver, at' ue pela mesma Assem#l'a se*a alterada para mais, ou para menos.

  Art. 14F. A orça 6ilitar ' essencialmente o#edienteU *amais se poder+ reunir,

sem ue lhe se*a ordenado pela Autoridade legitima.

  Art. 148. Ao !oder <)ecutivo compete privativamente empregar a orça Armada de 6ar, e @erra, como #em lhe parecer conveniente + $egurança, ede(esa do 5mperio.

  Art. 14. ;s ;((iciaes do <)ercito, e Armada não podem ser privados das

suas !atentes, senão por $entença pro(erida em Puio competente.

  Art. 1%&. Vma ;rdenança especial regular+ a ;rganiação do <)ercito do/rail, suas !romoçes, $oldos e Disciplina, assim como da orça -aval. ideDecreto nO G&, de 18GI  ide Decreto nO G1, de 18GI

@5@VB; NO

Do !oder Pudicial.

CA!5@VB; V-5C;.

Dos Puies, e @ri#unaes de Pustiça.

  Art. 1%1. ; !oder Pudicial independente, e ser+ composto de Puies, ePurados, os uaes terão logar assim no Civel, como no Crime nos casos, e pelo

modo, ue os Codigos determinarem.

  Art. 1%2. ;s Purados pronunciam so#re o (acto, e os Puies applicam a Bei.

  Art. 1%G. ;s Puies de Direito serão perpetuos, o ue todavia se não entende,

ue não possam ser mudados de uns para outros Bogares pelo tempo, e maneira,ue a Bei determinar.

  Art. 1%4. ; 5mperador poder+ suspendel9os por uei)as contra elles (eitas,

precedendo audiencia dos mesmos Puies, in(ormação necessaria, e ouvido o

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Conselho de <stado. ;s papeis, ue lhes são concernentes, serão remettidos +Melação do respectivo Districto, para proceder na (rma da Bei.

  Art. 1%%. $ por $entença poderão estes Puies perder o Bogar.

  Art. 1%N. @odos os Puies de Direito, e os ;((iciaes de Pustiça sãoresponsaveis pelos a#usos de poder, e prevaricaçes, ue commetterem noe)ercicio de seus <mpregosU esta responsa#ilidade se (ar+ e((ectiva por Beiregulamentar.

  Art. 1%F. !or su#orno, peita, peculato, e concussão haver+ contra elles acção

popular, ue poder+ ser intentada dentro de anno, e dia pelo proprio uei)oso, oupor ualuer do !ovo, guardada a ordem do !rocesso esta#elecida na Bei.

  Art. 1%8. !ara *ulgar as Causas em segunda, e ultima instancia haver+ nas!rovincias do 5mperio as Melaçes, ue (orem necessarias para commodidade dos

!ovos.

  Art. 1%. -as Causas crimes a 5nuirição das @estemunhas, e todos os maisactos do !rocesso, depois da pronuncia, serão pu#licos desde *+.

  Art. 1N&. -as civeis, e nas penaes civilmente intentadas, poderão as !artesnomear Puies Ar#itros. $uas $entenças serão e)ecutadas sem recurso, se assim

o convencionarem as mesmas !artes.

  Art. 1N1. $em se (aer constar, ue se tem intentado o meio da reconciliação,não se começar+ !rocesso algum.

  Art. 1N2. !ara este (im haver+ *uies de !a, os uaes serão electivos pelomesmo tempo, e maneira, por ue se elegem os ereadores das Camaras. $uas

attri#uiçes, e Districtos serão regulados por Bei.

  Art. 1NG. -a Capital do 5mperio, al'm da Melação, ue deve e)istir, assimcomo nas demais !rovincias, haver+ tam#em um @ri#unal com a denominação de9 $upremo @ri#unal de Pustiça 9 composto de Puies Betrados, tirados dasMelaçes por suas antiguidadesU e serão condecorados com o @itulo do Conselho.

-a primeira organisação poderão ser empregados neste @ri#unal os 6inistrosdauelles, ue se houverem de a#olir.

  Art. 1N4. A este @ri#unal Compete:

  5. Conceder, ou denegar Mevistas nas Causas, e pela maneira, ue a Beideterminar.

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  55. Conhecer dos delictos, e erros do ;((icio, ue commetterem os seus6inistros, os das Melaçes, os <mpregados no Corpo Diplomatico, e os

!residentes das !rovincias.

  555. Conhecer, e decidir so#re os con(lictos de *urisdição, e competencia dasMelaçes !rovinciaes.

@5@VB; FO

Da Administração e <conomia das !rovincias.

CA!5@VB; 5.

Da Administração.

  Art. 1N%. Haver+ em cada !rovincia um !residente, nomeado pelo 5mperador,

ue o poder+ remover, uando entender, ue assim convem ao #om serviço do<stado.

  Art. 1NN. A Bei designar+ as suas attri#uiçes, competencia, e autoridade, euanto convier no melhor desempenho desta Administração.

CA!5@VB; 55.

Das Camaras.

  Art. 1NF. <m todas as Cidades, e illas ora e)istentes, e nas mais, ue para o

(uturo se crearem haver+ Camaras, +s uaes compete o overno economico, emunicipal das mesmas Cidades, e illas.

  Art. 1N8. As Camaras serão electivas, e compostas do numero deereadores, ue a Bei designar, e o ue o#tiver maior numero de votos, ser+

!residente.

  Art. 1N. ; e)ercicio de suas (uncçes municipaes, (ormação das suas!osturas policiaes, applicação das suas rendas, e todas as suas particulares, euteis attri#uiçes, serão decretadas por uma Bei regulamentar.

CA!5@VB; 555.

Da aenda -acional.

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  Art. 1F&. A Meceita, e despea da aenda -acional ser+ encarregada a um@ri#unal, de#ai)o de nome de X@hesouro -acional aonde em diversas <staçes,

devidamente esta#elecidas por Bei, se regular+ a sua administração, arrecadaçãoe conta#ilidade, em reciproca correspondencia com as @hesourarias, e

 Autoridades das !rovincias do 5mperio. ide Bei de 12.1&.18G2I

  Art. 1F1. @odas as contri#uiçes directas, + e)cepção dauellas, ue

estiverem applicadas aos *uros, e amortisação da Divida !u#lica, serãoannualmente esta#elecidas pela Assem#l'a eral, mas continuarão, at' ue sepu#liue a sua derogação, ou se*am su#stituidas por outras. ide Bei de12.1&.18G2I

  Art. 1F2. ; 6inistro de <stado da aenda, havendo rece#ido dos outros

6inistros os orçamentos relativos +s despeas das suas Mepartiçes, apresentar+na Camara dos Deputados annualmente, logo ue esta estiver reunida, um/alanço geral da receita e despea do @hesouro -acional do anno antecedente, e

igualmente o orçamento geral de todas as despeas pu#licas do anno (uturo, e daimportancia de todas as contri#uiçes, e rendas pu#licas.

@5@VB; 8O

Das Disposiçes eraes, e arantias dos Direitos Civis, e !oliticos

dos Cidadãos /raileiros.

  Art. 1FG. A Assem#l'a eral no principio das suas $esses e)aminar+, se aConstituição !olitica do <stado tem sido e)actamente o#servada, para prover,

como (7r *usto.

  Art. 1F4. $e passados uatro annos, depois de *urada a Constituição do/rail, se conhecer, ue algum dos seus artigos merece ro(orma, se (ar+ aproposição por escripto, a ual deve ter origem na Camara dos Deputados, e ser

apoiada pela terça parte delles.

  Art. 1F%. A proposição ser+ lida por tres vees com intervallos de seis dias deuma + outra leituraU e depois da terceira, deli#erar+ a Camara dos Deputados, sepoder+ ser admittida + discussão, seguindo9se tudo o mais, ue ' preciso para(ormação de uma Bei.

  Art. 1FN. Admittida a discussão, e vencida a necessidade da re(orma do ArtigoConstitucional, se e)pedir+ Bei, ue ser+ sanccionada, e promulgada pelo

5mperador em (rma ordinariaU e na ual se ordenar+ aos <leitores dos Deputados

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para a seguinte Begislatura, ue nas !rocuraçes lhes con(iram especial (aculdadepara a pretendida alteração, ou re(orma.

  Art. 1FF. -a seguinte Begislatura, e na primeira $essão ser+ a materia

proposta, e discutida, e o ue se vencer, prevalecer+ para a mudança, ou addição+ Bei (undamentalU e *untando9se + Constituição ser+ solemnemente promulgada.

  Art. 1F8. <X s Constitucional o ue di respeito aos limites, e attri#uiçesrespectivas dos !oderes !oliticos, e aos Direitos !oliticos, e individuaes dos

Cidadãos. @udo, o ue não ' Constitucional, pde ser alterado sem as(ormalidades re(eridas, pelas Begislaturas ordinarias.

  Art. 1F. A inviola#ilidade dos Direitos Civis, e !oliticos dos Cidadãos/raileiros, ue tem por #ase a li#erdade, a segurança individual, e a propriedade,

' garantida pela Constituição do 5mperio, pela maneira seguinte.

  5. -enhum Cidadão pde ser o#rigado a (aer, ou dei)ar de (aer algumacousa, senão em virtude da Bei.

  55. -enhuma Bei ser+ esta#elecida sem utilidade pu#lica.

  555. A sua disposição não ter+ e((eito retroactivo.

  5. @odos podem communicar os seus pensamentos, por palavras, escriptos,e pu#lical9os pela 5mprensa, sem dependencia de censuraU com tanto ue ha*am

de responder pelos a#usos, ue commetterem no e)ercicio deste Direito, noscasos, e pela (rma, ue a Bei determinar.

  . -inguem pde ser perseguido por motivo de Meligião, uma ve uerespeite a do <stado, e não o((enda a 6oral !u#lica.

  5. Zualuer pde conservar9se, ou sahir do 5mperio, como 5he convenha,

levando comsigo os seus #ens, guardados os Megulamentos policiaes, e salvo opre*uio de terceiro.

  55. @odo o Cidadão tem em sua casa um asWlo inviolavel. De noite não sepoder+ entrar nella, senão por seu consentimento, ou para o de(ender de incendio,

ou inundaçãoU e de dia s ser+ (ranueada a sua entrada nos casos, e pelamaneira, ue a Bei determinar.

  555. -inguem poder+ ser preso sem culpa (ormada, e)cepto nos casos

declarados na BeiU e nestes dentro de vinte e uatro horas contadas da entrada naprisão, sendo em Cidades, illas, ou outras !ovoaçes pro)imas aos logares da

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residencia do PuiU e nos logares remotos dentro de um prao raoavel, ue a Beimarcar+, attenta a e)tensão do territorio, o Pui por uma -ota, por elle assignada,

(ar+ constar ao M'o o motivo da prisão, os nomes do seu accusador, e os dastestermunhas, havendo9as.

  5Q. Ainda com culpa (ormada, ninguem ser+ conduido + prisão, ou nellaconservado estando *+ preso, se prestar (iança idonea, nos casos, ue a Bei a

admitte: e em geral nos crimes, ue não tiverem maior pena, do ue a de seismees de prisão, ou desterro para (ra da Comarca, poder+ o M'o livrar9se solto.

  Q. AX e)cepção de (lagrante delicto, a prisão não pde ser e)ecutada, senãopor ordem escripta da Autoridade legitima. $e esta (7r ar#itraria, o Pui, ue a deu,e uem a tiver reuerido serão punidos com as penas, ue a Bei determinar.

  ; ue (ica disposto acerca da prisão antes de culpa (ormada, nãocomprehende as ;rdenanças 6ilitares, esta#elecidas como necessarias +disciplina, e recrutamento do <)ercitoU nem os casos, ue não são puramentecriminaes, e em ue a Bei determina todavia a prisão de alguma pessoa, por

deso#edecer aos mandados da *ustiça, ou não cumprir alguma o#rigação dentrodo determinado prao.

  Q5. -inguem ser+ sentenciado, senão pela Autoridade competente, por virtudede Bei anterior, e na (rma por ella prescripta.

  Q55. $er+ mantida a independencia do !oder Pudicial. -enhuma Autoridade

poder+ avocar as Causas pendentes, sustal9as, ou (aer reviver os !rocessos(indos.

  Q555. A Bei ser+ igual para todos, uer prote*a, uer castigue, o recompensar+em proporção dos merecimentos de cada um.

  Q5. @odo o cidadão pode ser admittido aos Cargos !u#licos Civis, !oliticos,

ou 6ilitares, sem outra di((erença, ue não se*a dos seus talentos, e virtudes.

  Q. -inguem ser+ e)empto de contri#uir pera as despeas do <stado emproporção dos seus haveres.

  Q5. icam a#olidos todos os !rivilegios, ue não (orem essencial, einteiramente ligados aos Cargos, por utilidade pu#lica.

  Q55. AX e)cepção das Causas, ue por sua naturea pertencem a Puios

particulares, na con(ormidade das Beis, não haver+ oro privilegiado, nemCommisses especiaes nas Causas civeis, ou crimes.

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  Q555. ;rganiar[se9ha uanto antes um Codigo Civil, e Criminal, (undado nassolidas #ases da Pustiça, e <uidade.

  Q5Q. Desde *+ (icam a#olidos os açoites, a tortura, a marca de (erro uente, e

todas as mais penas crueis.

  QQ. -enhuma pena passar+ da pessoa do delinuente. !or tanto não haver+em caso algum con(iscação de #ens, nem a in(amia do M'o se transmittir+ aosparentes em ualuer gr+o, ue se*a.

  QQ5. As Cad3as serão seguras, limpas, o #em are*adas, havendo diversas

casas para separação dos M'os, con(orme suas circumstancias, e naturea dosseus crimes.

  QQ55. <Xgarantido o Direito de !ropriedade em toda a sua plenitude. $e o #empu#lico legalmente veri(icado e)igir o uso, e emprego da !ropriedade do Cidadão,

ser+ elle pr'viamente indemnisado do valor della. A Bei marcar+ os casos, em ueter+ logar esta unica e)cepção, e dar+ as regras para se determinar aindemnisação.

  QQ555. @am#em (ica garantida a Divida !u#lica.

  QQ5. -enhum genero de tra#alho, de cultura, industria, ou commercio pde

ser prohi#ido, uma ve ue não se opponha aos costumes pu#licos, + segurança,e saude dos Cidadãos.

  QQ. icam a#olidas as Corporaçes de ;((icios, seus Puies, <scrivães, e6estres.

  QQ5. ;s inventores terão a propriedade das suas desco#ertas, ou das suas

producçes. A Bei lhes assegurar+ um privilegio e)clusivo temporario, ou lhesremunerar+ em resarcimento da perda, ue ha*am de so((rer pela vulgarisação.

  QQ55. ; $egredo das Cartas ' inviolavel. A Administração do Correio (icarigorosamente responsavel por ualuer in(racção deste Artigo.

  QQ555. icam garantidas as recompensas con(eridas pelos serviços (eitos ao

<stado, uer Civis, uer 6ilitaresU assim como o direito aduirido a ellas na (rmadas Beis.

  QQ5Q. ;s <mpregados !u#licos são strictamente responsaveis pelos a#usos,

e omisses praticadas no e)ercicio das suas (uncçes, e por não (aereme((ectivamente responsaveis aos seus su#alternos.

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  QQQ.. @odo o Cidadão poder+ apresentar por escripto ao !oder Begislativo, eao <)ecutivo reclamaçes, uei)as, ou petiçes, e at' e)p7r ualuer in(racção da

Constituição, reuerendo perante a competente Auctoridade a e((ectivaresponsa#ilidade dos in(ractores.

  QQQ5. A Constituição tam#em garante os soccorros pu#licos.

  QQQ55. A 5nstrucção primaria, e gratuita a todos os Cidadãos.

  QQQ555. Collegios, e Vniversidades, aonde serão ensinados os elementos das$ciencias, /ellas Betras, e Artes.

  QQQ5. ;s !oderes Constitucionaes não podem suspender a Constituição, no

ue di respeito aos direitos individuaes, salvo nos casos, e circumstanciasespeci(icadas no paragrapho seguinte.

  QQQ. -os casos de re#ellião, ou invasão de inimigos, pedindo a segurançado <stado, ue se dispensem por tempo determinado algumas das (ormalidades,

ue garantem a li#erdede individual, poder9se9ha (aer por acto especial do !oderBegislativo. -ão se achando por'm a esse tempo reunida a Assem#l'a, e correndoa !atria perigo imminente, poder+ o overno e)ercer esta mesmaprovidencia, como medida provisoria, e indispensavel, suspendendo9a

immediatamente ue cesse a necessidade urgente, ue a motivouU devendo num,

e outro caso remetter + Assem#l'a, logo ue reunida (7r, uma relação motivadadas prises, e dXoutras medidas de prevenção tomadasU e uaesuer Autoridades,

ue tiverem mandado proceder a ellas, serão responsaveis pelos a#usos, uetiverem praticado a esse respeito. ide Bei nO 1N, de 18G4I

  Mio de Paneiro, 11 de Deem#ro de 182G.9 Poão $everiano 6aciel da Costa.9Bui Pos' de Carvalho e 6ello.9 Clemente erreira rança.9 6arianno Pos' !ereira

da onseca.9 Poão omes da $ilveira 6endonça.9 rancisco illela /ar#oa.9/arão de $anto Amaro.9 Antonio Bui !ereira da Cunha.9 6anoel Pacintho

-ogueira da ama.9 Pos\ Poauim Carneiro de Campos.

  6andamos portanto, a todas as Autoridades, a uem o conhecimento ee)ecução desta Constituição pertencer, ue a *urem, e (açam *urar, a cumpram, e

(açam cumprir, e guardar tão inteiramente, como nella se contem. ; $ecretario de<stado dos -ogocios do 5mperio a (aça imprimir, pu#licar, e correr. Dada na Cidadedo Mio de Paneiro, aos vinte e cinco de 6arço de mil oitocentos e vinte e uatro,

terceiro da 5ndependencia e do 5mperio.

56!<MAD;M Com uarda.

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Poão $everiano 6aciel da Costa.

  Carta de Bei, pela ual ;$$A 6A<$@AD< 56!<M5AB 6anda cumprir, eguardar inteiramente a Constituição !olitica do 5mperio do /rail, ue ;$$A

6A<$@AD< 56!<M5AB Purou, annuindo 0s Mepresentaçes dos !ovos.

!ara ossa 6agestade 5mperial ver.

Bui Poauim dos $antos 6arrocos a (e.

  Megistrada na $ecretaria de <stado dos -egocios do 5mperio do /rail a (ls.1F do Biv. 4O de Beis, Alvar+s e Cartas 5mperiaes. Mio de Paneiro em 22 de A#ril de1824.

Pos\ Antonio de Alvareng

 

http:>>???.planalto.gov.#r>ccivil]&G>Constituicao>Constituicao24.htm;

 

A C"&'$I$(I)*" % +,-. % " 6%=IA$*

 

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R%!%R%'CIA&

 

CAMABH;, Pos' 6urilo de Cidadania no Brasil  [ o longo caminho. Civiliação/rasileira, Mio de Paneiro, 2&&N.

DVAM@<, Beila 6enees. Pustiça e poder: a constitucionaliação do !oderPudici+rio so# o imp'rio #rasileiro, 182491841. 2&1&. @ese DoutoradoI [ !onti(íciaVniversidade Catlica do Mio de Paneiro. Mio de Paneiro, 2&1&.

<MM<5MA, /ernardoU $A-@;$, /eatri Capitão Cru. Cidadão In: P^-5;M, Poão

eres org.I Léxico da história dos conceitos políticos do Brasil . /elo Horionte:<ditora V6, 2&&, p. 4G9N4.

-<<$, Bcia 6aria /. !. das. Constituição: usos antigos e novos de um conceitono 5mp'rio do /rasil 1821918N&I. In: Repensando o Brasil do Oitocentos:Cidadania, !olítica e Bi#erdade. CAMABH;, Pos' 6urilo deU -<<$, Bcia 6aria/. !. das org.I. Mio de Paneiro: Civiliação /rasileira, 2&&.

-<<$, Bcia 6aria /. !. das.U -<<$, uilherme !ereira das. Constituição. 5n:<M<$ P^-5;M, Poão org.I.Léxico da história dos conceitos políticos do Brasil ./elo Horionte: <ditora V6, 2&&, p. N49&.

-;V<5MA, ;ctaciano ;rg.I. A constituinte de 1823: o#ra comemorativa dosesuicenten+rio da 5nstituição !arlamentar. /rasília: $enado ederal, 1FG.

-;V<5MA, ;ctaciano. Constitui!es "rasileiras: 1824. /rasília: $enado ederal e6inist'rio da Ci3ncia e @ecnologia, Centro de <studos <strat'gicos, 1.

$B<65A-, Andr'a. #o" o império das leis: Constituição e unidade nacional na(ormação do /rasil 1822918G4I. 2&&N. @ese DoutoradoI [ !rograma de !s9graduação em Histria $ocial, Vniversidade de $ão !aulo. $ão !aulo, 2&&N.

Re0er#ncia da ima>em<)emplar do pro*eto de Constituição so#re o ual d. !edro 5, em 1824, (e o *uramento. Mio de Paneiro: @ipogra(ia -acional, 182G. Acervo Aruivo -acional.

 

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