História Da Enfermagem

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HISTRIA DA ENFERMAGEMOrigem da ProfissoA profisso surgiu do desenvolvimento e evoluo das prticas de sade no decorrer dos perodos histricos. As prticas de sade instintivas foram as primeiras formas de prestao de assistncia. Num primeiro estgio da civilizao, estas aes garantiam ao homem a manuteno da sua sobrevivncia, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino, caracterizado pela prtica do cuidar nos grupos nmades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepes evolucionistas e teolgicas, Mas, como o domnio dos meios de cura passaram a significar poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele.Quanto Enfermagem, as nicas referncias concernentes poca em questo esto relacionadas com a prtica domiciliar de partos e a atuao pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes. As prticas de sade mgico-sacerdotais, abordavam a relao mstica entre as prticas religiosas e de sade primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este perodo corresponde fase de empirismo, verificada antes do surgimento da especulao filosfica que ocorre por volta do sculo V a.C. Essas aes permanecem por muitos sculos desenvolvidas nos templos que, a princpio, foram simultaneamente santurios e escolas, onde os conceitos primitivos de sade eram ensinados. Posteriormente, desenvolveram-se escolas especficas para o ensino da arte de curar no sul da Itlia e na Siclia, propagando-se pelos grandes centros do comrcio, nas ilhas e cidades da costa. Naquelas escolas pr-hipocrticas, eram variadas as concepes acerca do funcionamento do corpo humano, seus distrbios e doenas, concepes essas, que, por muito tempo, marcaram a fase emprica da evoluo dos conhecimentos em sade. O ensino era vinculado orientao da filosofia e das artes e os estudantes viviam em estreita ligao com seus mestres, formando as famlias, as quais serviam de referncia para mais tarde se organizarem em castas. As prticas de sade no alvorecer da cincia - relacionam a evoluo das prticas de sade ao surgimento da filosofia e ao progresso da cincia, quando estas ento se baseavam nas relaes de causa e efeito. Inicia-se no sculo V a.C., estendendo-se at os primeiros sculos da Era Crist. A prtica de sade, antes mstica e sacerdotal, passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experincia, no conhecimento da natureza, no raciocnio lgico - que desencadeia uma relao de causa e efeito para as doenas - e na especulao filosfica, baseada na investigao livre e na observao dos fenmenos, limitada, entretanto, pela ausncia quase total de conhecimentos anatomofisiolgicos. Essa prtica individualista volta-se para o homem e suas relaes com a natureza e suas leis imutveis. Este perodo considerado pela medicina grega como perodo hipocrtico, destacando a figura de Hipcrates que como j foi demonstrado no relato histrico, props uma nova concepo em sade, dissociando a arte de curar dos preceitos msticos e sacerdotais, atravs da utilizao do mtodo indutivo, da inspeo e da observao. No h caracterizao ntida da prtica de Enfermagem nesta poca. As prticas de sade monstico-medievais focalizavam a influncia dos fatores scio-econmicos e polticos do medievo e da sociedade feudal nas prticas de sade e as relaes destas com o cristianismo. Esta poca corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prtica leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o perodo medieval compreendido entre os sculos V e XIII. Foi um perodo que deixou como legado uma srie de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados a aceitos pela sociedade como caractersticas inerentes Enfermagem. A abnegao, o esprito de servio, a obedincia e outros atributos que do Enfermagem, no uma conotao de prtica profissional, mas de sacerdcio. As prticas de sade ps monsticas evidenciam a evoluo das aes de sade e, em especial, do exerccio da Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao perodo que vai do final do sculo XIII ao incio do sculo XVI. A retomada da cincia, o progresso social e intelectual da Renancena e a evoluo das universidades no constituram fator de crescimento para a Enfermagem. Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu emprica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbaes da Santa Inquisio. O hospital, j negligenciado, passa a ser um insalubre depsito de doentes, onde homens, mulheres e crianas utilizam as mesmas dependncias, amontoados em leitos coletivos. Sob explorao deliberada, considerada um servio domstico, pela queda dos padres morais que a sustentava, a prtica de enfermagem tornou-se indigna e sem atrativos para as mulheres de casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permaneceu por muito tempo e apenas no limiar da revoluo capitalista que alguns movimentos reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condies do pessoal a servio dos hospitais. As prticas de sade no mundo moderno analisam as aes de sade e , em especial, as de Enfermagem, sob a tica do sistema poltico-econmico da sociedade capitalista. Ressaltam o surgimento da Enfermagem como atividade profissional institucionalizada. Esta anlise inicia-se com a Revoluo Industrial no sculo XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no sculo XIX.

Enfermagem ModernaO avano da Medicina vem favorecer a reorganizao dos hospitais. na reorganizao da Instituio Hospitalar e no posicionamento do mdico como principal responsvel por esta reordenao, que vamos encontrar as razes do processo de disciplina e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa at ento. Naquela poca, estiveram sob piores condies, devido a predominncia de doenas infecto-contagiosas e a falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. Os ricos continuavam a ser tratados em suas prprias casas, enquanto os pobres, alm de no terem esta alternativa, tornavam-se objeto de instruo e experincias que resultariam num maior conhecimento sobre as doenas em benefcio da classe abastada. neste cenrio que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale convidada pelo Ministro da Guerra da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Crimia.

Perodo Florence NightingaleNascida a 12 de maio de 1820, em Florena, Itlia, era filha de ingleses. Possua inteligncia incomum, tenacidade de propsitos, determinao e perseverana - o que lhe permitia dialogar com polticos e oficiais do Exrcito, fazendo prevalecer suas idias. Dominava com facilidade o ingls, o francs, o alemo, o italiano, alm do grego e latim.No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Catlicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas. Decidida a seguir sua vocao, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes. Visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irms de Misericrdia, Ordem Catlica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irms de Caridade de So Vicente de Paulo, na Maison de la Providence em Paris. Aos poucos vai se preparando para a sua grande misso. Em 1854, a Inglaterra, a Frana e a Turquia declaram guerra Rssia: a Guerra da Crimia. Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados de 40%. Florence partiu para Scutari com 38 voluntrias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptao e principalmente por indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela ser imortalizada como a "Dama da Lmpada" porque, de lanterna na mo, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Crimia, em 1856, leva uma vida de invlida. Dedica-se porm, com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na Crimia, recebe um prmio do Governo Ingls e, graas a este prmio, consegue iniciar o que para ela a nica maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de Enfermagem em 1959. Aps a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das caractersticas da escola nightingaleana, bem como a exigncia de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de durao, consistia em aulas dirias ministradas por mdicos. Nas primeiras escolas de Enfermagem, o mdico foi de fato a nica pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia ento decidir quais das suas funes poderiam colocar nas mos das enfermeiras. Florence morre em 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge no mais como uma atividade emprica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupao assalariada que vem atender a necessidade de mo-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prtica social institucionalizada e especfica.

Primeiras Escolas de EnfermagemApesar das dificuldades que as pioneiras da Enfermagem tiveram que enfrentar, devido incompreenso dos valores necessrios ao desempenho da profisso, as escolas se espalharam pelo mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira Escola foi criada em 1873. Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas comeam a prestar servios a domiclio em New York. As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da Escola Florence Nightingale, baseada em quatro idias-chave:1- O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado to importante quanto qualquer outra forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro pblico.2- As escolas de treinamento deveriam ter uma estreita associao com os hospitais, mas manter sua independncia financeira e administrativa.3- Enfermeiras profissionais deveriam ser responsveis pelo ensino no lugar de pessoas no envolvidas em Enfermagem.4- As estudantes deveriam, durante o perodo de treinamento, ter residncia disposio, que lhes oferecesse ambiente confortvel e agradvel, prximo ao hospital.

Sistema Nightingale de EnsinoAs escolas conseguiram sobreviver graas aos pontos essenciais estabelecidos:1. Direo da escola por uma Enfermeira.2. Mais ensino metdico, em vez de apenas ocasional.3. Seleo de candidatos do ponto de vista fsico, moral, intelectual e aptido profissional.Enfermagem uma cincia cuja essncia e especificidade o cuidado ao ser humano individualmente, na famlia ou em comunidade de modo integral e holstico (num todo indivisvel), desenvolvendo autonomamente ou em equipa, actividades de promoo e proteco da sade e preveno e recuperao de doenas ou de estados de alterao da sade.

ORIGEM DA PROFISSO-ENFERMAGEMporsitenfermagem10em 20/07/10A profisso surgiu do desenvolvimento e evoluo das prticas de sade no decorrer dos perodos histricos. As prticas de sade instintivas (por instinto) foram as primeiras formas de prestao de assistncia. Numa primeira fase da evoluo da civilizao, estas aces garantiam ao homem a manuteno da sua sobrevivncia, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino, caracterizado pela prtica do cuidar nos grupos nmadas primitivos, levando em linha de conta a espiritualidade de cada um relacionada com a do grupo em que vivia. Mas, como o domnio dos meios de cura passaram a significar poder, o gnero masculino (o homem), aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e se apoderou dele.

As prticas de sade mgico-sacerdotais abordavam a relao mstica entre as prticas religiosas e de sade primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este perodo corresponde fase de empirismo (em que as coisas se faziam por tentativa e erro sem nenhum fundamento cientifico mas sim com base na experincia de quem ministrava os cuidados). Essas aces permanecem por muitos sculos desenvolvidas nos templos que, a princpio, foram simultaneamente santurios e escolas, onde os conceitos primitivos de sade eram ensinados.

Posteriormente, desenvolveram-se escolas especficas para o ensino da arte de curar no sul da Itlia e na Siclia, propagando-se pelos grandes centros do comrcio, nas ilhas e cidades da costa.

A prtica de sade, antes mstica e sacerdotal (inicia-se no sculo V a.C., estendendo-se at os primeiros sculos da Era Crist), passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experincia, no conhecimento da natureza, no raciocnio lgico que desencadeia uma relao de causa e efeito para as doenas e na especulao filosfica, baseada na investigao livre e na observao dos fenmenos, limitada, entretanto, pela ausncia quase total de conhecimentos sobre a anatomia e fisiologia do corpo humano. Essa prtica individualista volta-se para o homem e suas relaes com a natureza e suas leis imutveis. Este perodo considerado pela medicina grega como perodo hipocrtico, destacando a figura de Hipcrates (Hipcrates de Cs - nasceu na Antiga Grcia, considerado por muitos como uma das figuras mais importantes da histria da sade frequentemente considerado o "Pai da Medicina" ou o "Pai das Profisses da Sade"), que props uma nova concepo em sade, dissociando a arte de curar dos preceitos msticos e sacerdotais, atravs da utilizao do mtodo indutivo, da inspeco e da observao. No h caracterizao ntida da prtica de Enfermagem nesta poca.

As prticas de sade medievais focalizavam a influncia dos factores socio-econmicos e polticos do medieval e da sociedade feudal nas prticas de sade e as relaes destas com o cristianismo. Esta poca corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prtica leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o perodo medieval compreendido entre os sculos V e XIII. Foi um perodo que deixou como legado uma srie de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados a aceitos pela sociedade como caractersticas inerentes Enfermagem. A abnegao, o esprito de servio, a obedincia e outros atributos que do Enfermagem, no uma conotao de prtica profissional, mas de sacerdcio.

As prticas de sade ps monsticas evidenciam a evoluo das aces de sade e, em especial, do exerccio da Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao perodo que vai do final do sculo XIII ao incio do sculo XVI. A retomada da cincia, o progresso social e intelectual da Renascena e a evoluo das universidades no constituram factor de crescimento para a Enfermagem.

Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu emprica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbaes da Santa Inquisio. O hospital, j negligenciado, passa a ser um insalubre depsito de doentes, onde homens, mulheres e crianas utilizam as mesmas dependncias, amontoados em leitos colectivos.

Sob explorao deliberada, considerada um servio domstico, pela queda dos padres morais que a sustentava, a prtica de enfermagem tornou-se indigna e sem atractivos para as mulheres de casta social elevada. Esta fase, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permaneceu por muito tempo e apenas no limiar da revoluo capitalista que alguns movimentos reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condies do pessoal a servio dos hospitais.

As prticas de sade no mundo moderno analisam as aces de sade e, em especial, as de Enfermagem, sob a ptica do sistema poltico-econmico da sociedade capitalista. Ressaltam o surgimento da Enfermagem como actividade profissional institucionalizada. Esta anlise inicia-se com a Revoluo Industrial no sculo XVI que termina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no sculo XIX.

Enfermagem Moderna

O avano da Medicina vem favorecer a reorganizao dos hospitais. na reorganizao da Instituio Hospitalar e no posicionamento do mdico como principal responsvel por esta reordenao, que vamos encontrar as razes do processo de disciplina e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa at ento.

Naquela poca, estiveram sob piores condies, devido a predominncia de doenas infecto-contagiosas e falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. Os ricos continuavam a ser tratados em suas prprias casas, enquanto os pobres, alm de no terem esta alternativa, tornavam-se objecto de instruo e de experincias que resultariam num maior conhecimento sobre as doenas em benefcio da classe abastada.

neste cenrio que a Enfermagem passa a actuar, quando Florence Nightingale convidada pelo Ministro da Guerra de Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Crimia.

Perodo Florence Nightingale1891, Florence (1820 - 1920) - Enfermeira que criou o conceito moderno de enfermagem.

Esta mulher em particular, foi uma referncia na enfermagem. Nascida a 12 de Maio de 1820, em Florena, Itlia, era filha de ingleses. Possua inteligncia incomum, tenacidade de propsitos, determinao e perseverana, o que lhe permitia dialogar com polticos e oficiais do Exrcito, fazendo prevalecer suas ideias. Dominava com facilidade o ingls, o francs, o alemo, o italiano, alm do grego e latim.

No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o Inverno de 1844 em Roma, estudando as actividades das Irmandades Catlicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egipto e decide-se a servir a Deus.

Decidida a seguir sua vocao, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes, visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irms de Misericrdia, Ordem Catlica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irms de Caridade de So Vicente de Paulo, na Maison de La Providence em Paris. Aos poucos vai se preparando para a sua grande misso. Em 1854, Inglaterra, Frana e a Turquia declaram guerra Rssia: a Guerra da Crimia. Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados de 40%.

Florence partiu para Scutari (cidade Italiana) com 38 voluntrias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptao e principalmente por indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela ser imortalizada como a "Dama da Lmpada" porque, de lanterna na mo, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Crimia, em 1856, leva uma vida de invlida. Dedica-se com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na Crimia, recebe um prmio do Governo Ingls e, graas a este prmio, consegue iniciar o que para ela a nica maneira de mudar os destinos da Enfermagem uma Escola de Enfermagem em 1959.

Aps a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das caractersticas da escola Nightingaleana, bem como a exigncia de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de durao, consistia em aulas dirias ministradas por mdicos.

Nas primeiras escolas de Enfermagem, o mdico foi de facto a nica pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia ento decidir quais das suas funes poderiam colocar nas mos das enfermeiras. Florence morre em 13 de Agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem.

Assim, a Enfermagem surge no mais como uma actividade emprica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupao assalariada que vem atender a necessidade de mo-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prtica social institucionalizada e especfica.

Primeiras Escolas de Enfermagem

Apesar das dificuldades que as pioneiras da Enfermagem tiveram que enfrentar, devido incompreenso dos valores necessrios ao desempenho da profisso, as escolas se espalharam pelo mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira Escola foi criada em 1873. Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas comeam a prestar servios a domiclio em Nova Iorque.

Hoje em dia, temos vrias escolas a funcionar em Portugal, que formam todos os anos enfermeiros com grau de licenciatura, que infelizmente, se continuam a dirigir aos grandes centros populacionais para exercer a sua actividade, deixando o interior cada vez mais sozinho, entregue a um nmero cada vez menor de profissionais de sade.

um curso que demora cerca de 4 anos com uma carga horria de base de cerca de 5 mil horas, onde se vai tomando contacto com a teoria e com a prtica a ser exercida j junto aos doentes nos hospitais, sendo por vezes muito duro de ver algumas das coisas no dia-a-dia e levando mesmo todos os anos alguns alunos a desistir dos cursos e a optar por outras reas.

Enfermagem nos nossos dias

A enfermagem v as pessoas como seres totais (holsticos), que possuem famlia, cultura, tm passado e futuro, crenas e valores que influenciam nas experincias de sade e doena. Contudo, a enfermagem uma cincia humana no podendo estar limitada utilizao de conhecimento relativo s cincias naturais. A enfermagem lida com seres humanos, que apresentam comportamentos peculiares construdos a partir de valores, princpios, padres culturais e experincias que no podem ser questionados e to pouco considerados como elementos separados.

A enfermagem tem-se desenvolvido num tipo "particular" de conhecimento. frequente, na enfermagem, as enfermeiras depararem-se com situaes que requerem aces e decises para as quais no h respostas cientficas. Em vrias situaes outras formas de conhecimento provm da sua prpria experincia como pessoas e compreenso.

O que caracteriza o exerccio de enfermagem o facto de que ele engloba outros padres de conhecimento, alm do emprico, inclui aspectos que reflectem crenas e valores. A pessoa da enfermeira, as pessoas com quem interage, assim como os conhecimentos prprios que resultam da arte de enfermagem, so tambm includos. A enfermagem apropria-se de conhecimentos de outras reas.

A Enfermagem tem actualmente uma linguagem prpria, constantemente actualizada e editada por um Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN), designada por Classificao Internacional para a Prtica de Enfermagem (CIPE). Esta classificao guia os enfermeiros na formulao de diagnsticos de enfermagem, planeamento das intervenes e avaliao dos resultados sensveis aos cuidados de enfermagem.

Tudo isto tem levado a uma progresso dos conhecimentos e um aumento substancial do nvel de conhecimentos, com um maior campo de actuao mas sempre virada para aparte humana das pessoas, no que a parte mais mdica no seja importante, mas por serem os enfermeiros que passam as 24h do junto aos doentes, que maior disponibilidade tm e maior envolvimento conseguem com as famlias.

Existe um grande desenvolvimento da enfermagem quer em termos humanos, quer em termos tcnicos, pois durante a sua formao base, a enfermeira tem de aprender um elevado nmero de tcnicas, procedimentos, ter elevados conhecimentos de farmacologia, pois para alm de conhecer os frmacos, tem de saber como administra-los, o que nem sempre fcil, tem acima de tudo de saber movimentar-se em vrios ramos, ao invs do mdico que se sobre especializa numa rea e da no passa.

Resumindo, cada vez mais o peso da responsabilidade na organizao que so os hospitais, elevado e demonstra a importncia que a enfermagem tem na sociedade. Tantas vezes mal tratados, mas sempre as enfermeiras quem primeiro socorre que aflito est

PerodoFlorence Nightingale1891, Florence (1820 - 1920) - Enfermeira que criou o conceito moderno de enfermagem.Esta mulher em particular, foi uma referncia na enfermagem. Nascida a 12 de Maio de 1820, em Florena, Itlia, era filha de ingleses. Possua inteligncia incomum, tenacidade de propsitos, determinao e perseverana, o que lhe permitia dialogar com polticos e oficiais do Exrcito, fazendo prevalecer suas ideias. Dominava com facilidade o ingls, o francs, o alemo, o italiano, alm do grego e latim.No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o Inverno de 1844 em Roma, estudando as actividades das Irmandades Catlicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egipto e decide-se a servir a Deus.Decidida a seguir sua vocao, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes, visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irms de Misericrdia, Ordem Catlica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irms de Caridade de So Vicente de Paulo, na Maison de La Providence em Paris. Aos poucos vai se preparando para a sua grande misso. Em 1854, Inglaterra, Frana e a Turquia declaram guerra Rssia: a Guerra da Crimia. Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados de 40%.Florence partiu para Scutari (cidade Italiana) com 38 voluntrias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptao e principalmente por indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela ser imortalizada como a "Dama da Lmpada" porque, de lanterna na mo, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Crimia, em 1856, leva uma vida de invlida. Dedica-se com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na Crimia, recebe um prmio do Governo Ingls e, graas a este prmio, consegue iniciar o que para ela a nica maneira de mudar os destinos da Enfermagem uma Escola de Enfermagem em 1959.Aps a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das caractersticas da escola Nightingaleana, bem como a exigncia de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de durao, consistia em aulas dirias ministradas por mdicos.Nas primeiras escolas de Enfermagem, o mdico foi de facto a nica pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia ento decidir quais das suas funes poderiam colocar nas mos das enfermeiras. Florence morre em 13 de Agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem.Assim, a Enfermagem surge no mais como uma actividade emprica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupao assalariada que vem atender a necessidade de mo-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prtica social institucionalizada e especfica.