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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA UNIR NÚCLEO DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PERFIL DA RECREAÇÃO ESCOLAR E SUA IMPORTÂNCIA COMO AÇÃO EDUCATIVA PARA ALUNOS DE 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL ALMIR RIBEIRO DE ARRUDA TEREZINHA ANDRADE MOURA PORTO VELHO, RO 2007 UNIR

História da Recreação

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Page 1: História da Recreação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR NÚCLEO DE SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PERFIL DA RECREAÇÃO ESCOLAR E SUA IMPORTÂNCIA COMO AÇÃO EDUCATIVA PARA ALUNOS DE 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL

ALMIR RIBEIRO DE ARRUDA

TEREZINHA ANDRADE MOURA

PORTO VELHO, RO

2007

UNIR

Page 2: História da Recreação

ALMIR RIBEIRO DE ARRUDA TEREZINHA ANDRADE MOURA

PERFIL DA RECREAÇÃO ESCOLAR E SUA IMPORTÂNCIA COMO AÇÃO

EDUCATIVA PARA ALUNOS DE 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL

Orientador: Profº Ms. Ricardo Farias Santos

Canto.

Porto Velho, RO 2007

Monografia apresentada ao Departamento de Educação Física Núcleo de Saúde da Universidade Federal de Rondônia, como requisito final para obtenção da graduação de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física.

Page 3: História da Recreação

Data da Defesa: _____/ _____/ _____

BANCA EXAMINADORA:

Profº Ms. Ricardo Farias Santos Canto – Orientador Julgamento: _________ Assinatura: ____________________________________

Profº Ms. Luis Gonzaga de Oliveira Gonçalves Julgamento: _________ Assinatura: ____________________________________

Profº Esp. João Bernardino de Oliveira Neto Julgamento: _________ Assinatura: ____________________________________

Page 4: História da Recreação

Ao Arrudão e Alterlúcio que nos incentivaram

e de quem sentimos muitas saudades.

(in memorian).

Page 5: História da Recreação

Agrademos primeiramente a Deus guia de nossas vidas.

Aos nossos professores pelo que nos transmitiram. Ao nosso orientador Professor Mestre Ricardo Canto,

pela paciência e empenho que nos dedicou. Aos nossos pais, amigos e irmãos que acompanharam

com muita expectativa essa nossa jornada. Por último e não menos importante aos nossos filhos

que compreenderam nossas ausências.

Page 6: História da Recreação

Somos pessoas, não somos ilha. Temos necessidade de nos integrar

em grupos, dialogar, participar ativamente da vida.

Daí a importância de buscar recursos diversos e conhecer novos caminhos

para dinamizar jornadas evitando a rotina e superando o superficial, enriquecendo

o nosso ego e despertando para a alegria de viver.

Que nos tornemos um arquipélago, e que a maré nunca inunde a nossa...

Miguel González.

Page 7: História da Recreação

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13

1.1 Objetivos................................................................................................14

1.1.1 Geral...................................................................................................14

1.1.2 Específico...........................................................................................14

1.2 Questões de pesquisa...........................................................................14

2. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................15

2.1 Aspectos históricos da recreação..........................................................15

2.2 Conceito e definição de recreação........................................................17

2.3 Considerações gerais sobre a recreação..............................................19

2.4 Valores específicos da recreação.........................................................20

2.5 Aspectos gerais do brincar....................................................................22

2.6 A concepção do jogo e jogar.................................................................23

2.7 A concepção do lúdico..........................................................................24

2.8 O jogo como recurso pedagógico..........................................................24

2.9 Classificação das atividades recreativas...............................................25

2.10 Psicomotricidade.................................................................................29

2.10.1 Coordenação motora........................................................................30

2.10.2 Coordenação motora fina.................................................................30

2.10.3 Coordenação viso-motora................................................................31

2.10.4 Coordenação motora grosseira........................................................31

2.10.5 A criança e o movimento..................................................................32

2.10.6 Atividade lúdica infantil.....................................................................32

2.11 Características e necessidades da criança de 9 a 11 anos................33

2.12 Influências biopsicossocias da criança................................................35

2.13 O papel do professor de Educação Física..........................................38

2.14 Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s.......................................39

3. METODOLOGIA................................................................................................41

3.1 Campo de ação.....................................................................................41

3.2 População alvo......................................................................................41

Page 8: História da Recreação

3.3 Amostragem..........................................................................................41

3.4 Instrumento de coletas de dados..........................................................43

3.5 Procedimentos......................................................................................44

4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS...........................46

4.1 Tabelas ilustrativas as questões investigadas quanto aos professores

de Sala...................................................................................................................46

4.1.1 Opinião livre........................................................................................52

4.2 Tabelas ilustrativas as questões investigadas quanto aos professores

de Educação Física................................................................................................53

4.2.1 Opinião livre........................................................................................59

4.3 Relação entre a opinião dos Professores de Sala e os Professores de

Educação Física.....................................................................................................60

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES............................................................63

5.1 Conclusões............................................................................................63

5.2 Recomendações....................................................................................64

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................................66

ANEXOS................................................................................................................69

Page 9: História da Recreação

LISTA DE TABELA

Tabela 1 – Amostra de professores de sala e percentual distribuído por

formação................................................................................................................42

Tabela 2 – Amostra de professores de sala e percentual distribuído por sexo.....43

Tabela 3 – Amostra de professores de Educação Física e percentual distribuído

por.formação..........................................................................................................43

Tabela 4 – Amostra de professores de Educação Física e percentual distribuído

por sexo.................................................................................................................43

Tabela 5 – Opinião diante das aulas de Educação Física....................................46

Tabela 6 – Aceitação dos alunos diante das aulas de educação física................46

Tabela 7 – Importância da recreação para a formação da criança.......................47

Tabela 8 – Diálogo entre professores de sala e de educação física.....................47

Tabela 9 – Assistir as aulas de educação física de seus alunos...........................48

Tabela 10 – Aceitação para assistir aulas de educação física, para melhor

compreensão.........................................................................................................49

Tabela 11 – Contribuição da recreação para desenvolvimento do processo ensino

aprendizagem........................................................................................................49

Tabela 12 – Retorno para as salas após a aula de educação física.....................50

Tabela 13 - Influência da recreação para a formação do aluno............................51

Tabela 14 – Contribuição para a interdisciplinaridade através dos conteúdos

desenvolvidos na recreação..................................................................................51

Tabela 15 – Opinião sobre a recreação para formação do aluno.........................53

Tabela 16 – Contribuição da Recreação (jogos e brincadeiras) para o

desenvolvimento do processo ensino aprendizagem............................................54

Tabela 17 – Dificuldades encontradas na disciplina..............................................54

Tabela 18 – Diálogo entre professores de educação física e sala........................55

Tabela 19 – Retorno dos alunos para sala, após a prática da educação física....55

Tabela 20 – Aceitação das aulas de Educação Física pelos alunos.....................56

Tabela 21 – Contribuição dos conteúdos da recreação para a questão da

interdisciplinaridade...............................................................................................57

Tabela 22 – atividades desenvolvidas no 2º ciclo.................................................57

Tabela 23 – Planejamento das aulas de Educação Física....................................58

Page 10: História da Recreação

Tabela 24 – Planejamento que o professor de educação física se baseia...........59

LISTA DE ANEXOS

Anexo 1 – Questionário de coletas de dados Professores de Sala......................70

Anexo 2 – Questionário de coletas de dados Profºs de Educação Física............73

Page 11: História da Recreação

RESUMO

Este estudo consistiu-se em uma pesquisa de caráter didático pedagógico, cujo foco principal foi conhecer o perfil da recreação nas aulas de Educação Física no 2º ciclo do ensino fundamental das escolas estaduais do município de Porto Velho – RO, assim, como descrever sua importância no processo educacional e como esta disciplina é vista pelos professores de sala com relação a prática realizada. A população alvo foi de 45 professores entre os de Educação Física e de sala. Como instrumento de pesquisa foi utilizado o questionário com questões elaboradas especificamente para esta investigação. Este trabalho teve início como uma testagem e em seguida entrou em campo a pesquisa propriamente dita, que nos levou a conhecer a realidade das aulas práticas da Recreação nas escolas. Fazendo analise dos resultados, através do instrumento, evidenciou-se a real importância que é dada à recreação para a formação do aluno, e o desenvolvimento da prática. Estabelecemos uma relação entre a teoria e a prática, descrevendo as informações obtidas e o trabalho realizado, mediante a opinião dos professores pesquisados. O estudo revelou pelos demais professores que a Recreação é muito importante em seu desenvolvimento e conseqüentemente é considerada útil e necessária para a formação integral do aluno. Detectou-se também que os professores de Educação Física estão se envolvendo mais no sistema educacional. Assim, foi possível saber o quanto esta disciplina tem evoluído mostrando sua importância no âmbito da educação.

Palavras chaves: Recreação – jogos – brincadeiras – desenvolvimento.

Page 12: História da Recreação

ABSTRACT

This study consist in a research of pedagogical didactic character, whose main focus was to know the profile of the recreation in the lessons of Physical Education in 2º cycle of the basic education of the state schools of city of Porto Velho – RO, thus, as to describe its importance in the educational process and as this disciplines is seen by the professors of carried through room with regard to practical. The white population was of 45 professors between the ones of Physical Education and room. As research instrument was used the questionnaire with questions elaborated specifically for this inquiry. This work had beginning as a testate and after that the research properly said entered in field, that in took them to know the reality of the practical lessons of the Recreation in the schools. Making it analyzes of the results, through the instrument, proved it real importance that is given to the recreation for the formation of the pupil, and the development of the practical one. We establish a relation between the theory and the practical one, describing the gotten information and the carried through work, by means of the opinion of the searched professors. The study it disclosed for the too much professors who the Recreation is very important in its development and consequentement it is considered useful and necessary for the integral formation of the pupil. It was also detected that the professors of Physical Education are if involving more in the educational system. Thus, he was possibity to know how much this disciplines has evolved showing its importance in the scope of the education.

Words keys: Recreation – games – tricks – development.

Page 13: História da Recreação

1 INTRODUÇÃO

Através da brincadeira a criança consegue expressar seus sentimentos em

relação ao mundo social e transformar sua realidade que muitas vezes é tortuosa

devido aos problemas que trás consigo.

O caráter mediador da Educação Física, seguindo os Parâmetros

Curriculares Nacionais (1997), manifesta-se estabelecendo pressupostos básicos

para que sua prática seja comprometida com a sociedade, realizando com

precisão o seu trabalho através do bom desempenho do profissional. Ainda

segundo as recomendações dos PCNs (1997), a nova Educação Física está

preocupada para que o aluno venha obter um bem estar físico, mental, adquirir

saúde e conhecimento a respeito do próprio corpo, temas transversais e outros.

Diante dessa preocupação esta disciplina deve entrar em campo de forma ampla,

ensinando aos alunos não só o competir, mas acima de tudo resgatar a

sensibilidade humana.

A Lei de Diretrizes e Bases promulgada em 20 de dezembro de 1996, art.

26, § 3º, deixa explicita que a “Educação Física, integrada à proposta pedagógica

da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas

etárias e as condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos

noturnos”.

As tendências pedagógicas pregam que a Educação Física deve ser

inserida realmente no contexto escolar, deixando de ser apenas instrução física

para assumir um papel mais efetivo no processo de desenvolvimento do

indivíduo, buscando uma nova forma de ensinar, desde a primeira até a oitava

série, incorporando uma nova abordagem, através do ensino, da construção do

conhecimento e do movimento. (www.novaescola.com.br)

Portanto, a Educação Física pode e deve ter caráter de ensino e

aprendizagem, garantindo aos alunos, conhecimentos práticos e conceituais,

possibilitando, situações de socializações e de desfrute de atividades lúdicas,

executando de forma satisfatória e adequada, proporcionando alegria e

aprendizagem.

Por essa compreensão, causa-nos uma preocupação diante das aulas

prática de Recreação aplicada nas escolas, exatamente como propõe os PCN’s

Page 14: História da Recreação

(1997), é tarefa da Educação Física escolar garantir aos alunos as práticas da

cultura corporal, oferecendo instrumentos para que sejam capazes de expressar

movimentos coordenados e de socialização.

Nesse sentido e com essa preocupação, percebe-se a necessidade de

conhecer o assunto tendo como objetivo principal investigar para ter

conhecimento real como está sendo desenvolvida a prática da Recreação nas

aulas de Educação Física escolar e conhecer a opinião dos professores de sala e

da área.

Abordaremos exatamente, quanto à Recreação desenvolvida no ambiente

escolar e finalmente o relato das informações adquiridas diante da concepção de

ensino da Recreação e sua prática.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Geral

Conhecer o perfil da recreação escolar, considerando a opinião dos

Professores de Sala e a realidade da recreação nas aulas de Educação Física.

1.2.2 Específico

Investigar a realidade da prática recreativa nas aulas de Educação

Física conforme a opinião dos professores da área;

Verificar a atuação da prática da recreação quanto à ação educativa

segundo a opinião dos Professores de Sala;

Estabelecer a relação entre a realidade da prática da recreação e a

opinião dos Professores de Sala quanto à ação educativa.

1.3 Questões de pesquisa.

1. Como está sendo desenvolvida a prática da recreação nas aulas de

Educação Física?

2. Qual a opinião dos Professores de Sala diante das aulas de Educação

Física?

Page 15: História da Recreação

3. Qual a relação entre a prática e a ação educativa diante da recreação

nas aulas de Educação Física?

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA RECREAÇÃO.1

A recreação teve sua origem na pré-história, quando o homem primitivo se

divertia festejando o início da temporada de caça, ou a habitação de uma nova

caverna, já que as atividades se caracterizavam por festas de adoração,

celebrações fúnebres, invocação de deuses, o vencimento de um obstáculo, com

alegria, caracterizando assim um dos principais intuitos da recreação moderna. As

atividades, jogos coletivos dos adultos em caráter religioso foram passadas de

geração em geração às crianças em forma de brincadeiras, quer dizer já era uma

constante na vida do homem, sendo que era manifestada através das danças

primitivas de adoração, rituais fúnebres e invocação de deuses, destacando-se

seu aspecto recreativo de alegria e vencimento de obstáculos. A criança ao

nascer, após todo o impacto sofrido pela diferença de ambiente, adaptando-se a

medida que o sistema nervoso se desenvolve, tornando-a capaz de movimentar-

se, começa então a recrear-se, mexendo as mãos, pegando os pés, entre outros

movimentos, isto vem afirmar que a recreação é algo instintivo do ser humano.

Começando com a criança em forma de brincadeiras, a recreação chega

até o adulto como fator social, que surgiu nos fins do século passado.

O movimento da recreação sistematizada iniciou-se na Alemanha em 1774

com a criação do Philantropinum por J. B. Basedow, professor das escolas nobres

da Dinamarca. Lá as atividades intelectuais ficavam lado a lado às atividades

físicas, como equitação, lutas, corridas e esgrima.

Na Fundação Philantropinum havia cinco horas de matérias teóricas, duas

horas de trabalhos manuais, e três de recreação, incluindo a esgrima, equitação,

as lutas, a caça, pesca, excursões e danças. A concepção Basedowiana

contribuía para a execução de atividades a fim de preparação física e mental para

as classes escolares maiores.

Froebel contribuiu criando os Jardins de Infância onde as crianças

brincavam na terra. Nos EUA (Estados Unidos da América) o movimento iniciou-

1 Quanto ao histórico da recreação recorremos ao autor Canto (2004) e PCN’s (1997).

Page 16: História da Recreação

se em Boston, em 1885 com a criação de jardins de areia para as crianças se

recrearem. Com o tempo, o espaço tornou-se pequeno visto que os irmãos mais

velhos vinham também se recrearem nos jardins, Criavam-se então os

Playgrounds em prédios escolares, chamados também de pátios de recreio.

No ano de 1892, em Chicago acontecera o 1º HULL HOUSE, área para

jogos, aparelhos de ginástica e caixa de areia.

Prevendo a necessidade de atingir um público de diferente faixa etária,

como os jovens e adultos, e também devido a crescente importância do tempo de

lazer, o termo playground foi mudado para “recreação", com um conceito mais

amplo de brincadeiras para crianças e outras atividade para os adultos, a partir

daí foram criados os centros recreativos, que funcionavam o ano todo. Eram

casas campestres com sala de teatro, de reuniões, clubes, bibliotecas e

refeitórios. Havia estruturas semelhantes as de hoje em dia, caixas de areia,

escorregadores, quadras e ginásio para ambos os sexos com vestiários e

banheiros, balanços, gangorra, entre outros. Para orientação das atividades

existiam os líderes especialmente treinados.

No Brasil, a criação de praças públicas iniciou-se em 1927, no Rio Grande

do Sul com o professor Frederico Guilherme Gaelzer. O evento chamava "Ato de

Bronze", onde foram improvisadas as mais rudimentares aparelhagens. Pneus

velhos amarrados em árvores construíam um excelente meio de recreação para

as crianças.

Em 1929, aparecem as praças para a Educação Física, orientadas por

instrutores, pois não havia professores especializados. A partir daí foram surgindo

novas praças, parques e os Centros Comunitários Municipais, sendo que o

primeiro chefe desse serviço foi o professor Gaelzer.

Em 1972, foi criado o "Projeto RECOM" (Recreação - Educação -

Comunicação), pelo prefeito Telmo Thompson Flores, com o Secretário Municipal

de Educação e Cultura Profº Frederico Lamacchia Filho, juntamente com o

professor Gaelzer. Porto Alegre foi a pioneira desse tipo de projeto, realizou

atividades recreativas e físicas promovendo o aproveitamento sadio das horas de

lazer e a integração do homem com sua comunidade.

Page 17: História da Recreação

Funcionavam no RECOM uma tenda e um carrossel de Cultura,

desmontáveis e de fácil remoção. A tenda é uma casa de espetáculos. O

carrossel foi criado para apresentações externas e espetáculos ao ar livre.

Ressalvando a importância da recreação, a Alemanha a introduziu nas

escolas e criou os parques infantis. Os EUA criou os playgrounds equipados

revolucionando a recreação pública. O Rio Grande do Sul pelo pioneirismo e a

implantação do "RECOM" com a recreação móvel.

2.2 CONCEITO E DEFINIÇÃO DE RECREAÇÃO

A palavra recreação provém do verbo latino “recreare”, que significa

recrear, reproduzir ou renovar. A recreação pode, desta forma, compreender as

atividades espontâneas, prazerosas e criadoras, que o indivíduo busca para

melhor ocupar o seu tempo livre. A recreação tem como objetivo principal criar as

condições necessárias para o desenvolvimento integral das pessoas, além de

promover a participação de forma coletiva e individual em ações que possam

melhorar a qualidade de vida das pessoas; possui ainda o caráter educacional,

auxiliando na preservação da natureza e na afirmação dos valores

imprescindíveis à convivência social e profissional.

Recreação ocorre à idéia de prazer, de espontaneidade, de livre escolha.

De acordo com a opinião de vários autores, segundo Cavalcante (apud Canto

2004, p. 11).

Recreação é uma atividade física ou mental a que o indivíduo é naturalmente impelido para satisfazer necessidades de ordem física, psíquica e social de cuja realização lhe advém prazer e que é aprovada pela sociedade.

Partindo desta definição é possível compreender que a recreação busca

desenvolver capacidades do ser humano numa totalidade. Uma vez que, permite

divertimento e oferece benefícios para a pessoa, despertando então, um interesse

pela sua importância e necessidade para a prática na sociedade.

È hoje pacífico que a recreação constitui um processo eficiente de

educação:

Higiênica, porque o jogo ao ar livre é condição indispensável ao

seu desenvolvimento físico;

Page 18: História da Recreação

Intelectual, porque servindo para lhes dar hábitos de cálculo,

reflexão e previdências, constitui para formação de sua

mentalidade; e

Social, porque, estreitando o convívio de crianças de varias

origens, tem por fim eliminar-lhes o preconceito de classes,

despertarem nestas o amor e respeito pelos humildes, e naquelas o

hábito e as maneiras das que já foram beneficiadas pela educação

no lar e nas escolas.

De acordo com Vinicius Ricardo Cavallari e Vany Zacharias as principais

características das atividades recreativas são: (2007)

Deve ser desenvolvida de forma espontânea, sem esperar resultados ou benefícios específicos. Para tanto a opção por sua prática deve ser livre, atendendo os interesses de cada indivíduo;

A prática das atividades recreativas deve levar as pessoas a “estados psicológicos positivos”, se realizando em um clima e com uma atitude predominantemente alegre e entusiasta;

Deve ser um estímulo para a criatividade, um benefício para a formação pessoal e para as relações sociais, dando lugar à liberação de tensões da vida cotidiana, resgatando os valores essenciais para uma auto-realização.

A atividade recreativa tem sua essência na organização própria dos jogos e

brincadeiras, segundo KISHIMOTO (2005), o jogo, aqui entendido em seu sentido

amplo, ou seja, também denominado como brincadeira, tem por excelência duas

funções:

1. Função lúdica: propicia diversão, prazer e até o desprazer, quando

escolhido voluntariamente;

2. Função educativa: ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu

saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo.

Há de se ressaltar que os jogos e as brincadeiras podem ser aplicados nas

diversas faixas etárias, sem distinção, mas que cada um deles vai sofrer

alterações e interferências nos seus procedimentos de aplicação, nos recursos

Page 19: História da Recreação

que serão utilizados ou na metodologia de organização e aplicação de suas

estratégias.

Mesmo com estas características genéricas e ao mesmo unificantes, ao se

deparar com a necessidade de um correto planejamento de ações recreativas,

torna-se fundamental conhecer e entender as características e necessidades

específicas das faixas etárias com as quais poderemos estar nos envolvendo no

momento da aplicação dos jogos e brincadeiras. Desta forma, queremos destacar

alguns elementos motores, psicológicos e sociais, que podem interferir no

processo formativo e educacional das faixas etárias em estudo:

2.3 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A RECREAÇÃO

A Educação Física nas séries iniciais é considerada como uma aula de

atividade recreativa que segundo a autora Verderi (1999), não deve ser

considerada como uma atividade desorganizada, mas sim uma atividade natural

que ocorre em um processo contínuo de desenvolvimento.

No pensamento de Verderi (1999), os educadores de Educação Física são

formadores de seres que interagem com o mundo, são responsáveis não só pelas

capacidades físicas, mas, pelo cognitivo e sócio-emocional. Afirma, ainda que se

pode fundamentar as aulas recreativas em teóricas e práticas, de maneira que na

realização de brincadeiras e atividades de recreação venham promover condições

de reflexão, lazer e construção de conhecimentos, aprimorando a corporeidade,

promovendo a auto-organização, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os outros, fazendo-os reconhecerem que são elementos

integrantes da sociedade e que são cidadãos com responsabilidades, direitos e

deveres.

A recreação pública se propõe como uma ação educativa na escola,

ocupando de maneira sadia e orientada, oferecendo uma variedade de atividades:

esportes, teatro, pesquisas, músicas, danças, jogos recreativos, brincadeiras,

entre outras.

Page 20: História da Recreação

Segundo o CONFEF (Conselho Federal de Educação Física), para que a

educação física seja de qualidade nas escolas é indispensável que tenha práticas

esportivas e jogos em seu conteúdo, possibilite ao aluno uma variedade

considerável de experiências, vivências e convivências no uso de atividades

físicas e no conhecimento de sua corporeidade e constitua-se num meio efetivo

para conquista, de um estilo de vida, ativo dos seres humanos.

2.4 VALORES ESPECÍFICOS DA RECREAÇÃO

Segundo Gaelzer (1979), a recreação apresenta valores para as fases da

vida humana:

Pedagógica, é essencialmente a finalidade na idade infantil e na

adolescência;

Formativa, na juventude, recreando e reafirmando os bons hábitos,

canaliza as tendências anti-sociais, favorece o equilíbrio emocional, age

como elemento integrador e unificador e amplia as oportunidades do

desenvolvimento cultural;

Compensadora, na idade madura, levando o indivíduo à praticar

correspondente à suas necessidades; cria estímulos novos, oportuniza e

revigora o sentimento de participação social; encontram na prática regular

motivações para a sua saúde e bem estar geral.

Segundo Cavalcanti (apud Canto – 2004), as atividades recreativas são

inúmeras proporcionando satisfação como:

O prazer da criação – é algo por demais importante. Desde criança o ser

humano demonstra suas tendências para a criatividade. Em seus desenhos, as

crianças procuram externar os seus pensamentos. Realizam coisas interessantes

com areia da beira-mar. Com argila e massa, formam coisas maravilhosas que,

tendo sempre oportunidade de dar trabalho às mãos, tornam-se verdadeiras

artistas. E definem, ou talvez tendem para uma profissão: desenhista, pintor,

arquiteto, etc.

Page 21: História da Recreação

É muito comum que os pais fiquem tristes quando tendo ofertado aos seus

filhos, brinquedos caríssimos, e dias depois, vêem os mesmos espedaçados. E

por que eles fazem isto? – é o poder da criatividade. Eles querem desmontar o

brinquedo para refazê-lo, se não igual, mas, criando outro tipo. Psicologicamente

falando, o brinquedo surgiu, não para enfeitar a prateleira ou paredes e sim, para

as crianças brincarem. Daí, necessário é, que os adultos lhes oportunizem o

prazer, a sensação de criar e recriar. Isto acontece não só com as crianças, mas,

dia a dia o adulto se depara e sente necessidade de tal. Todas as atividades

recreativas, mesmo feitas individualmente, serão mais completas, se transmitidas,

comentadas, do companheirismo. Este fator recreacional abrange a maior parte

das atividades recreativas nas reuniões comunitárias, nas festas, nos bailes

sociais, nos jantares, nas excurções, nos jogos e até mesmo nas conversações.

O espírito de aventura - é algo sensacional, que tende a levar o homem a

obter novas experiências e ao sucesso. Implica em curiosidade, ansiedade, pelo

novo, por descobertas, conseguindo novos conhecimentos, sempre de utilidades

para si e para humanidade.

Sensação de Realização – Será que existe sensação melhor que a de

sentir o valor de uma vitória, o sucesso em alcançar o desejado? Isto é

impulsionado pelo desejo de vencer, de aprender algo, isto é, de sentir-se

realizado, satisfeito com o conseguido.

Bem estar Físico – Quando o indivíduo se sente fisicamente sadio, a

satisfação de bem estar, é notório e transmissível nos outros. Sim, porque se está

bem disposto, fisicamente, a alegria transparece no semblante e contagia

facilmente ao ambiente onde está. Um exemplo bem prático e real, se alguém

praticar alguns minutos de ginástica logo ao levantar, vai se sentir disposto

fisicamente durante o resto do dia.

Uso das forças mentais – Será que em recreação se emprega tal fator? E

por que razão? A força mental está presente em todas atividades recreativas,

não só em jogos mentais, porém também em jogos motores e sensoriais. Se for

praticado um jogo, qualquer que seja, a mente está em ação. Só quando o jogo

não mais é interessante, então, cessa a força mental.

Page 22: História da Recreação

Experiência Emocional – Se em prática recreativa, qualquer que seja, não

se sente satisfação, então é evidente que não houve recreação, pois, se o

conceito da recreação é tudo aquilo que ocasiona sensação de prazer, bem estar,

pelo qual, sempre se anseia, então, em caso negativo a recreação deixou de

existir.

Prazer da Beleza – O senso do belo é o que proporciona a alegria de viver

e admiração pelo que é bom, é ver mais além, é citar o provérbio popular “Quem

ama o feio, bonito lhe parece”, é o amor, a recreação encontra no amor o estudo

da beleza.

Sensação de Utilidade – Quem não se sente bem, feliz, em servir, ajudar,

em ser útil a alguém? Esta sensação também está bem integrada na recreação.

Inúmeros são os exemplos que podem ser citados. Ninguém de bom senso faz

alguma coisa visando o mal, mas, sim, o bem, este bem, que é beleza, que é

revertido em amor pelo seu semelhante, pela humanidade.

Repouso – Esta sensação recreacional, é tão diversificada, quanto forem

os interesses das pessoas. São preferenciais contraditórias ao trabalho ou

descanso, na total expressão da palavra. Descanso é intervalo no trabalho,

repouso, é recuperação das forças.

2.5 ASPECTOS GERAIS DO BRINCAR

Brincar, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN`s (1998): A

brincadeira é uma ação que pode ocorrer da imaginação. Para brincar é preciso

apropriar-se da realidade e poder atribuir a novos significados, por meio de

articulações entre a imaginação e a imitação no plano das emoções, surgindo

idéias criativas de uma real vivência.

No brincar a criança tem a oportunidade de interagir com pessoas e

objetos, liberar a criatividade, podendo também se beneficiar de uma qualidade

de vida.

O brincar faz parte do ser humano, e para a criança a brincadeira

representa a capacidade de compreender a realidade que vive.

Conforme o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (1998).

Desde muito cedo a criança se comunica por meio de gestos e sons

Page 23: História da Recreação

desenvolvendo sua imaginação. Brincar é uma das atividades fundamentais para

o desenvolvimento da identidade e autonomia.

Na brincadeira as crianças podem desenvolver algumas capacidades

importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. As

capacidades de socialização da criança amadurecem, por meio da interação e da

utilização e experimentação de regras e papeis sociais.

O brincar representa um dos modos pelos quais a criança pode aprender

sem ninguém ensinar. O adulto deve oportunizar brincadeiras diferentes e

variadas possibilitando que as crianças criem outros tipos de atividades a partir

delas. O brincar pode ser visto como a própria essência da infância, sendo que

ação promove o crescimento, permitindo a criança explorar o mundo e o ambiente

do qual faz parte.

A motivação parece ser algo que antecede e mantém o brincar. Pode ser

classificada como: automotivação, que vem dentro da criança e a motivação

externa, que deriva de algo motivador, da curiosidade, do estímulo do adulto, dos

materiais disponíveis, do ambiente. A imaginação da criança é infinita, é fácil

estimulá-la, oferecendo-lhe opções variadas.

2.6 A CONCEPÇÃO DE JOGO E JOGAR

O brincar, a brincadeira e o jogo em determinados momentos se

confundem, pode-se dizer que o jogo é uma atividade livre, pode-se inventar,

conforme a necessidade e a criatividade de quem está brincando. Segundo

Kishimoto (apud. Borges - 2006). A mesma autora afirma que se pode considerar

o jogo como:

- o resultado de um sistema lingüístico que funciona em um contexto

social;

- um sistema de regras; e

- um objeto.

A escola, segundo Oliveira (1996), vê o jogo como recurso metodológico

capaz de propiciar uma aprendizagem espontânea e natural, podendo ser

reconhecido como uma das atividades pedagógicas mais significativas.

Page 24: História da Recreação

Segundo os PCN’s (1997), as situações lúdicas, competitivas ou não, são

contextos favoráveis de aprendizagem. O jogo constitui momentos de interação

social bastante significativo, às questões de sociabilidade constituindo motivação

suficiente para que o interesse da criança pela atividade seja mantido.

Nos jogos, ao interagirem, os alunos podem desenvolver respeito mútuo,

buscando participar de forma leal, sendo fundamental que se trabalhe em equipe,

em que a solidariedade pode ser exercida e valorizada. (PCN´s 1997).

Moraes (apud. Borges - 2006), sustenta que o jogo envolve ordem, tensão,

movimento, mudança, solenidade, ritmo, entusiasmo, características presentes no

jogo didático. Tais características, de atividades como o jogo, denominadas de

lúdicas, manifestam-se em dramatizações, músicas, atividades individuais e/ou

em grupos, possibilitando não só o brincar, mas também o aprender. Nesse

sentido, a Educação Física, utilizando-se de jogos e brincadeiras como recurso,

pode ser considerada como atividade lúdica e oportunidade de aprendizagem.

2.7 A CONCEPÇÃO DO LÚDICO

De acordo com Oliveira (1996) palavra lúdico vem do latim ludus e significa

brincar, incluindo os jogos, brinquedos e divertimentos, sendo também, que brinca

e que se diverte.

O lúdico é muito abrangente, nele estando contidos o jogar e o brincar, nos

quais as relações entre o lúdico são muito próximas. O dia-a-dia, a prática e a

literatura demonstram que os jogos e as atividades lúdicas, não só atraem as

crianças, mas também adultos, pois são atividades necessárias para a

constituição psíquica do ser humano.

Do ponto de vista de Borges (2006), pode-se sugerir a utilização de

atividades lúdicas nas escolas, contribuindo para o melhor rendimento e

aproveitamento dos alunos, auxiliando-os a obter melhores resultados no

processo ensino aprendizagem. O lúdico estabelece uma ponte entre o prazer e a

aprendizagem.

2.8 O JOGO COMO RECURSO PEDAGÓGICO

Page 25: História da Recreação

A utilização de jogos educativos no ambiente escolar trás muitas vantagens

para o processo de ensino aprendizagem. O jogo favorece a aquisição de

condutas cognitivas e desenvolvimento de habilidades como coordenação,

destreza, rapidez, força, concentração, etc, contribui para a formação de atitudes

sociais.

Através do jogo, a criança obtém prazer, realiza esforço espontâneo e

voluntário para atingir o objetivo.

O jogo é uma atividade que tem valor educacional intrínseco, mediante a

qual a criança constrói a realidade.

Por meio dos jogos é possível exercitar a imaginação, estimular a

independência e a espontaneidade, promover o convívio em grupo e desenvolver

habilidades motoras como equilíbrio, força e flexibilidade.

O jogo é o vínculo que une a vontade e o prazer durante a realização de

uma atividade. O ensino que utiliza o lúdico cria um ambiente agradável e

gratificante servindo como estímulo para o desenvolvimento integral da criança.

De acordo com Passerino (apud José/Saulo/Terezinha – 2004), o jogo é

necessário no processo de desenvolvimento da criança, com a função vital de

proporcionar ao indivíduo forma de assimilação da realidade, além de ser

culturalmente útil à sociedade como expressão de idéias.

Na verdade os jogos não devem ser vistos apenas como pré-condição para

o aprendizado do esporte, pois o mesmo está presente em várias atividades

humanas.

Estudos recentes destacam:

BRACHT (1992), FREIRE (1992), MARCELINO (1990), TAVARESA (1994) destacam que o ensino dos jogos deve assegurar uma aprendizagem que resgate a história cultural, o lúdico e o significado humano e social do jogo, garantindo a criança uma prática contextualizada, com origem, fantasia, prazer, alegria, sentido e significado para sua formação, enquanto construtor e produtor deste saber. (Meneses) apud Cristina, Mirian e Sheila, graduadas em Ed. Física – UFJF.

2.9 CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES RECREATIVAS

Page 26: História da Recreação

Segundo o professor Maurício Leandro (Choquito - 1988), o objetivo da

classificação das atividades recreativas além da padronização, é evidenciar a

funcionabilidade dessas atividades dentro de uma programação ou de um

programa de lazer e recreação.

Para que seja escolhida uma determinada atividade devendo fazer parte de

uma programação, é necessário saber suas características e classificações. De

acordo com os objetivos aos quais é proposto alcançar, ai sim, é escolhida uma

determinada atividade recreativa.

É enaltecido o valor e a importância da leitura e da pesquisa como fonte de

aquisição de conhecimento. Então será abordada aqui uma compilação de dados,

extraídas de boas literaturas, mas sem expressão do seu conteúdo na íntegra,

com isso é importante a leitura, para que se busque nos livros as informações

necessárias e completas.

Segundo Ferreira (2003), a classificação das atividades é: Grandes jogos - grande

números de participantes. Difícil de ser dominado.

Pequenos jogos - extrai dos participantes características individuais como:

velocidade, destreza, força. Revezamento ou Estafetas - constitui-se pelo

revezamento dos participantes para a realização de tarefas. É uma atividade em

grupo que preza pelas potencialidades individuais. Indicado para a infância.

Jogos combinados (exigem mais de uma aptidão física), correr, saltar, giros.

Aquáticos - jogos realizados dentro da água, com excelente valor terapêutico por diminuir o impacto causado pelo solo.

Jogos sensoriais - utilizam os sentidos (tato, visão, audição, etc). Esses

jogos desenvolvem o pensamento, diminui a tensão.

Jogos Sociais de Mesa - jogos que são realizados na mesa, com caráter

educativo, sem estimular os jogos de azar.

Segundo Veríssimo de Melo (1981), ficariam em:

Page 27: História da Recreação

Jogos de Seleção - utilizada para a separação de equipes e/ou

participantes (par ou ímpar, palitinho);

Jogos Gráficos - realizado em cima de algum desenho ou traçado

(amarelinha, xadrez);

Jogos de Competição - disputa física entre os participantes (pegas, cabo

de guerra);

Jogos de Salão - motricidade fina em locais restritos e/ou fechados

(baralho, quebra - cabeça);

Jogos com Música - com ritmo (catinga de roda, karaokê).

Segundo Mian (2003), os jogos são classificados em:

Pequenos - regras fáceis e em menor quantidade, menor número de

participantes e locais restritos;

Médios - com regras pré - estabelecidas, em locais maiores como quadras

ou piscina;

Grandes - com regras pré - estabelecidas e complexas, em maior

quantidade e em locais grandes e abertos, com maior números de participantes.

Segundo Guerra (1988), quanto a Forma de Participação: Recreação Ativa e Recreação Passiva.

Ativa:

Atividades Motoras - Exigência maior do físico. Ex. Jogos Infantis e

Esportes em Geral;

Atividades Intelectuais - A mente é mais utilizada. Ex. Xadrez e Quebra-

cabeça;

Atividades Artísticas ou Criadoras - Ex. pintura, desenho, carpintaria,

escultura, teatro, música, etc.

Page 28: História da Recreação

Atividades de Risco - Ex. àquela na qual o praticante coloca à prova sua

integridade. Ex. pára-quedismo, mergulho profundo, vôo livre etc.

Passiva:

Atividades Sensoriais - Tem uma participação interativa com a atividade.

Ex. Torcida no estádio - grita, balança os braços, salta participando emotiva e

fisicamente.

Atividades Transcendentais - Confunde-se com o Ócio pela participação de

espectador. Ex. Ver pinturas no museu, contemplar o pôr-do-sol, relaxamento

tranqüilizante.

Quanto à Faixa Etária as Recreações podem ser:

Adulta - para maiores de 18 anos;

Infanto-juvenil - para crianças de 8 a 12 anos;

Juvenil - para Jovens acima de 12 anos;

Infantil - para crianças até os 7 anos;

Mista - para várias faixas etárias - como pais e filhos juntos;

Terceira Idade ou Idade Especial - para idosos.

Quanto ao espaço as recreações podem ser internas e externas:

Internas:

Salas de Festas; Ginásios Esportivos; Salas de Ginásticas, de Musculação;

de Danças Modernas ou Clássicas; Salas de Música;de Leitura;de Projeção;

Piscinas Térmicas, Saunas, Duchas; Salões de Jogos - sinuca, bilhar, tênis de

mesa, totó, bilhar, boliche; Salões de Jogos de Mesa - buraco, biriba, paciência,

xadrez, dama; Estandes Fechados - tiro ao alvo e arco e flecha; Sala de Jogos

Eletrônicos.

Externas:

Campos - Futebol, beisebol, golfe; Quadras poliesportivas - esportes

Page 29: História da Recreação

individuais e coletivos; Playgrouds infantis; Piscinas; Pátios para comemoração de

datas especiais; Pistas de Atletismo; Hortos com pistas diversas, quadras, lagos,

ciclovias entre outros.

Quanto ao ambiente:

Atividades Terrestres;

Atividades Marinhas, Náuticas ou Aquáticas;

Atividades Aéreas.

Classificação de jogos por séries - de acordo à faixa etária;

Quanto ao Local:

Jogos de Campo - com bolas, jogos de correr, jogos de agilidade;

Jogos de Salão - Sensoriais, motores, psíquicos (intelectuais e afetivos)

para dias de chuva;

Jogos quanto à dificuldade de execução:

Pequenos - duração pequena e de regras fáceis e flexíveis - combinadas;

Grandes - duração de 10 a 20 minutos com as primeiras regras

preestabelecidas - preparam para os desportos e destina-se para alunos de 4ª

série em diante.

Quanto à participação nas Atividades Físicas:

Ativa; Moderada; Calma;

2.10 PSICOMOTRICIDADE

Psicomotricidade é a integração das funções motrizes e mentais sob o

efeito da Educação e do desenvolvimento do sistema nervoso.

Fonseca (1988) comenta que a psicomotricidade é atualmente concebida

como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível

entre a criança e o meio. É um instrumento privilegiado através do qual a

consciência se forma e se materializa.

Page 30: História da Recreação

A educação psicomotora é a educação da criança através do seu próprio

corpo e do seu movimento proporcionando gradativamente o controle até o

domínio dos movimentos mais complexos.

Segundo Fonseca (1988), são objetivos das atividades psicomotoras:

o vivenciar estímulos sensoriais para discriminar as partes do próprio

corpo e exercer um controle sobre elas.

o Vivenciar através da percepção do próprio corpo em relação aos

objetos, a organização espacial e temporal.

o Aquisição dos pré-requisitos necessários à aprendizagem da leitura

e da escrita.

A aplicação dos conteúdos deverá respeitar a individualidade e o

desenvolvimento psicológico da criança.

2.10.1 COORDENAÇÃO MOTORA

É a ação de combinar diversos grupos musculares, através do sistema

nervoso central, para a execução de uma série de movimentos e ações com o

máximo de eficiência e economia de energia.

Segundo Newell (1986), a coordenação envolve necessariamente relações

próprias múltiplas entre diferentes componentes, definidas em uma escala

espaço-temporal. Um padrão “ótimo” de coordenação é estabelecido pelo controle

da interação das restrições da tarefa, do organismo e do ambiente.

Falhas na coordenação motora podem ser acusadas pela deficiência de

movimentos na primeira infância. Devemos oferecer o máximo de experiência de

movimentos coordenados à criança.

Entre todas as qualidades físicas, podemos situar a coordenação motora

como de grande importância para a atividade escolar.

i. COORDENAÇÃO MOTORA FINA

Segundo Rocha (2007), é a capacidade de usar de forma eficiente e

precisa os pequenos músculos, produzindo assim movimentos delicados e

Page 31: História da Recreação

específicos (complexos). Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente,

propiciando manuseio dos objetos.

É uma coordenação segmentada normalmente com a utilização das mãos

exigindo precisão nos movimentos para a realização de tarefas complexas.

- recortar

- colar

- encaixar peças

- completar figuras seguindo a numeração

- escrever o nome de dois tipos de letras, etc.

2.10.3 COORDENAÇÃO VISO-MOTORA

É a habilidade de coordenar a visão com movimentos do corpo. E segundo

Cabral (2007), na ausência de uma adequada coordenação viso-motora, a criança

se mostra desajeitada em todas as suas ações apresentando dificuldades na

escola. O desenvolvimento de uma boa coordenação motora geral é

indispensável como pré-requisito.

- tentar acertar alvos fixos e móveis.

- Correr, lançar e receber objetos durante a corrida.

- Rolar, conduzir objetos em corrida e por entre obstáculos.

2.10.4 COORDENAÇÃO MOTORA GROSSEIRA

De acordo com Cabral (2007), a coordenação motora grossa ou geral é

aquela que visa utilizar os grandes músculos (esqueléticos) de forma mais eficaz

tornando o espaço mais tolerável à dominação do corpo.

Para as crianças é mais fácil fazer movimentos simétricos e simultâneos,

pois só numa segunda etapa é que ela movimentará os membros separadamente.

- Saltar e saltitar sobre objetos.

- Corrida lateral e cruzando as pernas.

- Rolar para frente e para trás.

- Executar seqüências de movimentos com braços e pernas simultâneos

ou não, numa segunda fase, de forma lenta até realizá-los em

velocidade.

Page 32: História da Recreação

A Educação Física tem como tarefa resgatar a brincadeira infantil

transformada em movimentos. Nesse sentido, Freire (1997), enfoca que no 1º e 2º

ciclo do Ensino Fundamental os atos motores são indispensáveis não só na

relação com o mundo, mas, na compreensão dessas relações.

Ao utilizar os sentidos, estimulando a percepção, a criança escolhe o que

pode criar, adquirindo noções de espaço, de tempo, lateralidade, coordenação

motora, atenção e equilíbrio, que levam a uma aprendizagem, capacitando-os

para a vivência social.

2.10.5 A CRIANÇA E O MOVIMENTO

Segundo os PCN’s (1997), crianças de oito a dez anos apresentam

raciocínio concreto e abstrato, memória, capacidade de reflexo e o convívio grupal

que é imprescindível. As recreações através das atividades de jogos e

brincadeiras são favoráveis para o desenvolvimento da criança, recomenda-se

também atividades de ação e raciocínio. Considera-se que a faixa etária de seis a

doze anos como período em que há nas crianças grande necessidade de

movimentarem-se. De dez a doze anos especialmente é a fase decisiva para

aptidão esportiva. É importante permitir à criança vivência de movimentos

diversificados já que a faixa etária em estudo apresenta grande interesse e

necessidade de movimentação.

2.10.6 ATIVIDADE LÚDICA INFANTIL

A infância é, por excelência, a idade do jogo. A criança nele coloca seu

próprio nível de competência na vida, querendo ser bem sucedida em sua

execução. É um período crítico em que ela começa a tomar consciência de suas

limitações e de suas capacidades pessoais. CDOF (2207).

Segundo os RCN/Infantil (Brasil, 1998: p. 21).

As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres

que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que

estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são mais próximas e com o

meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o

mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam e, por meio de

Page 33: História da Recreação

brincadeiras, explicam as condições de vida a que estão submetidas e seus

anseios e desejos.

Quando se assiste crianças brincando, o que mais sobressai é o prazer que

elas experimentam ao participarem das atividades. Sinais de alegria, risos, certa

excitação, são componentes desse prazer, embora a contribuição do brincar vá

bem mais além do que propiciar a descarga das tensões internas ou à satisfação

de impulsos parciais. Em verdade, brincar obedece a um princípio de prazer e a

um princípio de realidade, na medida em que constitui um modo de satisfação

elaborado e diferente no qual a criança age física e mentalmente.

A atividade lúdica é um poderoso instrumento para o equilíbrio psicológico,

pois, procurando lutar contra a angústia, o ego explora cada um dos mecanismos

ligados à realização dos desejos. E graças a um processo complicado e que

mobiliza todas as energias do ego, os brinquedos das crianças transformam a

angústia em prazer.

A vivencia concreta de situações transferidas da vida real para o plano

lúdico pela criança, embora de modo elementar, representa um conjunto de

aquisições de grande utilidade para o futuro adulto. Além disso, as diversas

transições do processo evolutivo do indivíduo encontram na atividade lúdica um

elemento suavizador dos problemas que surgem.

2.11 Características e necessidades da criança na faixa etária de 9 a 11 anos. - Segundo Kishimoto (1993), a criança entra no estágio das operações concretas,

sendo capaz de produzir uma imagem mental de uma série de ações;

- Pode raciocinar sobre o todo e as partes simultaneamente, ordenando os

objetos em função das quantidades;

- Inicia-se o processo de socialização, com a descoberta do outro, o acesso ao

trabalho coletivo e a necessidade de participar de grupos;

- Mostram-se mais preocupadas com o meio e com as reações das pessoas, mais

independentes e autocríticas;

- O crescimento progride em ritmo lento, mas em média os meninos são maiores

que as meninas;

Page 34: História da Recreação

- O fato de “ser como os outros” nesta etapa, torna-se uma condição

imprescindível para a inserção social;

- Período de grande vitalidade, grande resistência à fadiga, com um sono ranqüilo

e bom apetite.

- Deve ser motivada no seu desenvolvimento intelectivo, através de ações que

possam proporcionar reflexões, análises e descobertas;

- Atividades moderadas, pois não dominam seus componentes fisiológicos, não

tendo limites para as ações físicas;

- Necessitam de ações afetivas e formação de grupos que estimulem a sua

convivência social;

- Há uma diminuição das tendências e interesses sexuais, um certo

adormecimento desta energia instintiva, compartilhando os interesses com

crianças da mesma idade;

- Tem grande precisão de movimentos, sendo uma etapa totalmente viável para o

incentivo às atividades desportivas e atividades que exijam esforço físico;

- O trabalho com relações diretas entre os objetos e fenômenos, ou seja, as

diferenças entre grande e pequeno, direita e esquerda, claro e escuro ou outros

elementos, devem ser reforçadas nas atividades lúdicas.

- Períodos calmos, seguidos de rápido crescimento em altura e peso;

- Início da puberdade, com importantes transformações no aspecto físico e

psíquico, onde as características sexuais secundárias começam a desenvolver-

se;

- As meninas amadurecem mais rapidamente e seus interesses divergem dos

meninos, começa então a etapa da separação dos sexos;

- Os grupos continuam a se organizar e a necessidade de pertencer a um grupo

aumenta nesta fase;

Page 35: História da Recreação

- Devido ao rápido desenvolvimento físico e psicológico, podem-se encontrar

crianças com atitudes muito infantis, bem como o aparecimento dos conflitos

emocionais;

- Podem existir grandes diferenças de tamanho, de comportamento, de

personalidade, de gosto ou preferência, devido a grande variedade de interesses

e diferenças individuais;

- Grande interesse e necessidade de atividades ao ar livre, em jogos de equipes

em atividades que se possa ganhar alguma vantagem no aspecto social e até

financeiro;

- Ações que possam oportunizar a aceitação dentro de um grupo, a fim de

tornarem-se independentes;

- Atividades que possam denotar as mudanças físicas, para que sejam aceitas

com maior tranqüilidade;

- atividades específicas para meninos e meninas nesta fase podem ser

favoráveis, devido à diferença de interesses e ao amadurecimento;

- O gosto pela leitura é latente e precisa ser estimulado;

- As crises emocionais devem ser trabalhadas, com atividades que possam

contribuir para a autocrítica e o reconhecimento de suas dificuldades;

- Há grande interesse em jogos e atividades de grupo, na convivência com

animais, músicas do momento e ações de humor;

- Trabalhar a sensibilidade e o ciúme através de técnicas e dinâmicas individuais

e em grupo, para análise comparativa.

2.12 INFLUÊNCIAS BIOPSICOSSOCIAS DA CRIANÇA.

Em relação ao desenvolvimento físico, instabilidade afetiva, relações

sociais e desenvolvimento intelectual, segundo Prebianchi (2003). Tanto na

escola quanto fora dela, a criança se organiza em agrupamentos espontâneos e

Page 36: História da Recreação

os elos que se formam nesses grupos são muito importantes para fase evolutiva

que a criança atravessa.

Informa Lehn (1977), (apud. Prebianchi - 2003) que, neste período da

criança em estudo, divide o seu tempo entre a escola e grupo de amigos. Surgem

as oposições às idéias dos pais (espírito de contradição) e a lealdade ao grupo. O

exagero em qualquer um desses aspectos pode conduzir à delinqüência. Observa

a mesma autora:

No grupinho, a criança encontra, costumeiramente, amigos que a

entendam e que têm os mesmos problemas. Ela só tem de seguir o exemplo do

líder, e tudo que este fizer será “exato” ou “perfeito”. Há uma vida comum e quase

não existem reprovações. A criança na sua turma sente-se “alguém”.

Há, nessa fase, um alargamento da base social infantil; mas os pais de

zona urbana, em geral, pedem cautela às crianças em suas amizades para não

se deixarem enganar e não adotarem maus hábitos. Os contatos infantis tornam-

se, assim, pouco íntimos, mecânicos e rápidos.

A partir dos nove anos, há uma etapa definida de segregação, segundo os

estudos realizados, revelam a presença de fatores de maturidade.

Gesell (1967), (apud. Prebianchi - 2003), aponta como indicadores da

segregação por sexo nas brincadeiras infantis: a intranqüilidade, o pudor sexual, a

timidez, a hostilidade passageira, os risos sem motivo, as burlas, o espiar-se, as

inimizades e o ridículo. Ainda que temporários, esses indicadores refletem a

“complexidade dos processos de crescimento que cimentam a natureza social do

homem”.

Na teoria do desenvolvimento da inteligência de Piaget (1997), a fase até

aos doze anos corresponde ao terceiro estágio, chamado de “operatório

concreto”: ampliam-se a afetividade, a socialização e a inteligência. A criança

abandona seu egocentrismo, coopera com os outros; surge o espírito e inicia-se o

estágio da reflexão.

Page 37: História da Recreação

Segundo Bee (1984), um dos aspectos em que mais ocorrem modificações

nesta fase é o que se refere ao desenvolvimento moral. A atuação da família é

fundamental para que a criança adquira as regras da sociedade que vão levá-la a

conduzir-se de maneira adequada, perto ou longe dos pais.

Bee (1984, p. 232), aponta três facetas desse problema:

A – a criança deve adotar alguns tipos de regras internalizadas (consciência); a desobediência a elas implica sentimentos de culpa; B – a criança precisa ser capaz de dirigir seus comportamentos de acordo com as regras; disso resulta a habilidade de inibição (autocontrole);

C – a criança precisa aprender a fazer julgamentos referentes ao comportamento moral.

Tal estágio é, na opinião de Erikison (1976), (apud. Prebianchi - 2003), o

mais decisivo do ponto de vista social, pois, embora todas as crianças pratiquem

jogos solitários ou em grupo, ou mais tarde se recreiem com livros, rádio, cinema

e televisão e mesmo tenham seus momentos de fantasia lúdica, isso não basta

para satisfazê-la como ser reprodutivo, capaz de fazer coisas e fazê-las bem. A

criança sente necessidade de começar a participar de seu meio de uma outra

forma: passa a querer sentir-se útil.

Ainda que as atividades lúdicas faça, parte do processo infantil como forma

de “dominar a experiência social pelo experimento; o planejamento e a

repartição”, para Erikison (apud. Prebianchi - 2003),o prazer da completação do

trabalho é gradualmente maior que “as fantasias e aspirações inerentes aos jogo”

(1976, p.124; 1971, p. 238).

Fernades (1979), (apud. Prebianchi - 2003), coloca o grupo lúdico infantil

em equivalência ao grupo familiar, escolar, paroquial, etc., quanto à socialização

da criança. E explica que esses agrupamentos espontâneos agem no mesmo

sentido dos demais na formações do “ser social” e no desenvolvimentos da

personalidade da criança, merecendo, por isso, tal equivalência.

Segundo Parker (1978), para as crianças em idade escolar, a brincadeira e

o lazer vêm a ser o mesmo tipo de atividades, pois elas geralmente brincam

durante seu tempo destinado ao lazer.

Page 38: História da Recreação

Há teorias psicológicas, que apontam a recreação como forma de fazer

com que a reprodução de acontecimentos desagradáveis sejam comandadas e

modificadas dos acontecimentos, pois na brincadeira, a criança faz do jeito que

gostaria que fosse na realidade. Jean Piaget, diz que a brincadeira é um processo

de assimilação onde a criança digere e integra os materiais e sinais culturais a fim

de tomar posse deles, é de opinião que elas não dão conta das variações no

comportamento lúdico que se verificam na prática.

Parker (1978), aponta como principais variáveis que ajudam a explicar as

diferenças nas brincadeiras infantis, as seguintes: o sexo, a idade, o nível sócio-

econômico e a cultura. Os meninos e meninas tendem a preferir tipos diferentes

de brincadeiras, e dos seis aos doze anos as brincadeiras físicas (incluindo os

jogos de destrezas) têm a preferência das crianças, seguindo-se, após., as

criativas e, em terceiro lugar, as imaginativas.

O nível sócio-econômico tem acentuada importância no tipo de brincadeira.

Os dois fatores principais são a quantidade de espaço disponível e o estilo de

educação. O estilo de educação ou socialização está vinculado ao nível sócio-

econômico, e também influi nas brincadeiras infantis. A maior parte das crianças

está sujeita aos pais que estimulam um ou outro tipo de brincadeira. Segundo

Parker (1978), os pais de nível sócio-econômico baixo encorajam seus filhos a

resolverem seus próprios problemas e, assim, a revelarem mais agressividade em

seus jogos. As crianças de nível sócio-econômico médio costumam ter os pais

como árbitros em suas disputas, brincando com agressividade menos evidente.

Assim parece que as diferenças mais marcantes nas brincadeiras estão

relacionadas com as culturas diferentes nas quais as crianças são criadas.

Como se pode deduzir desses diferentes enfoques, a interpenetração de

fatores biológicos, psicológicos e sócias é decisiva para o desenvolvimento da

criança.

2.13 O papel do professor de Educação Física.

Segundo Moreira (apud Aline/Eduardo 2004), um professor se constrói

pelas atitudes valorosas que adotar em sua relação professor/aluno, tanto na

Page 39: História da Recreação

importância que ele vier a ter perante eles, quando das coisas importantes que

apresentar para os mesmos. A atuação do professor no processo ensino-

aprendizagem deve considerar o aluno como um corpo que não foi programado

para imitar, que o aluno só estará satisfeito e plenamente realizado em sua

corporeidade, a partir do momento em que estiver participando ativamente das

atividades e podendo explorar sua criatividade, espontaneidade e rompendo com

as limitações de seu corpo, descobrindo, por si só, as coisas maravilhosas que

pode realizar com seus gestos.

Na opinião de Freire (1997), é muito importante que o profissional de

educação física perceba os diversos significados que pode ter uma atividade

motora para as crianças. Assim, ele ajudará na percepção adequada dos recursos

corporais, de suas possibilidades e limitações, sempre em transformação dando

condições de se expressarem com liberdade e de aperfeiçoarem suas

competências motoras.

2.14 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

Segundo os PCN`s (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1997, p. 25), “O

trabalho na área da Educação Física tem seus fundamentos nas concepções de

corpo e movimento”.

Embora numa aula de Educação Física os aspectos corporais sejam muito

evidentes, os PCN’s (1997) afirmam que aprendizagem cultural, cognitiva e social

também estão vinculadas nas práticas de jogos e brincadeiras, principalmente na

fase escolar inicial, quando a atividade física torna-se indispensável para o

desenvolvimento da criança em todos os aspectos.

É a partir da idade escolar que a criança pensa inteligentemente com

lógica, segundo os PCN’s (1997) é nesta fase da criança que ocorre a evolução

da memória e do raciocínio concreto, ocorrendo então pensamentos e ações mais

significativas, desenvolvendo a criatividade.

De acordo com os PCN`s (1997) a criança nesta faixa etária sofre uma

profunda modificação no que diz respeito à questão da sociabilidade. Ocorre,

então, uma ampliação da capacidade de brincar e jogar, além das brincadeiras e

Page 40: História da Recreação

jogos de caráter simbólico, nos quais prevalecem fantasias e interesses pessoais.

A própria criança sente a necessidade de jogar e brincar junto com outros,

passando pela compreensão das regras e um comprometimento com elas.

Significa também nesta fase uma interação professor-aluno.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, fala dos conhecimentos sobre o

ponto de vista pratico da Educação Física como um organismo integrado da

recreação:

As habilidades motoras deverão ser aprendidas durante toda a escolaridade, do ponto de vista pratico, e deverão sempre estar contextualizadas nos conteúdos dos outros blocos. Do ponto de vista teórico podem ser observados e apreciados principalmente dentro dos esportes, jogos e brincadeiras. (PCN`s – 1997, p. 60).

Dessa forma, as brincadeiras, a prática esportiva, os jogos, sejam

construtivos, de descobertas, de agrupamentos, comunicativos, musicais, bem

como os brinquedos, aparecem sempre em forma de interação social, de

desenvolvimento criativo na expressão da fala e do corpo. Devendo essas

atividades fazem parte do mundo da criança, visando sempre o desenvolvimento

integral dos alunos.

Segundo as recomendações dos PCN`s (1997), a nova Educação Física

deve preocupar-se com o bem estar físico do aluno, a saúde e o conhecimento

em geral. Esta pratica das atividades físicas deve buscar meios para suprir as

insuficiências, possibilitando a vivência de situações de socialização, desfrutando

de atividades lúdicas, de modo que venham a ser essenciais para a saúde e que

contribuam para o bem estar coletivo e individual.

Quando a criança brinca, estimula a criatividade podendo até trazer a tona,

desejos e experiências da vida real.

Os PCN`s (1998, p. 27) também fala da importância do brincar construindo

o desenvolvimento da criança e de sua ponte com a realidade:

O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papeis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.

Page 41: História da Recreação

Dessa forma, podemos afirmar que, através da pratica da recreação nas

aulas de Educação Física a criança pode adquirir e construir conhecimentos. E

que na pratica da recreação nas aulas de Educação Física na escola, as

atividades podem ser prazerosas, sem preocupação com resultados impostos,

pois estes virão naturalmente.

3 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa descrita de campo com dados quantitativos e de

cunho qualitativo, cuja abordagem tem como base a preocupação com o processo

de ação educativa nas aulas práticas de Educação Física através da Recreação,

analisando o seu desenvolvimento e sua contribuição no fator educação.

3.1 Campo de Ação:

A presente pesquisa desenvolveu-se nas instituições públicas estaduais do

município de Porto Velho – RO.

A pesquisa a qual nos propomos foi realizada nas escolas públicas

estaduais do município de Porto Velho – RO, para conhecer o valor desse

trabalho que vem sendo realizado com alunos de 3ª e 4ª séries, esclarecendo

uma situação prática quanto ao perfil e a importância da Recreação, vista como

meio de educação.

3.2 População alvo:

Professores de sala do 2º ciclo que atuam diretamente com os alunos e

professores de Educação Física.

Page 42: História da Recreação

A pesquisa realizada junto aos Professores de Sala e os profissionais da

área foram no intuito de conhecer a opinião do que ocorre na realidade diante da

prática da Recreação escolar.

3.3 Amostragem:

3.3.1 Professores de sala e Professores de Educação Física.

O estudo foi realizado em seis escolas da zona sul da rede público

estadual de ensino do município de Porto Velho, duas destas escolas oferece a

comunidade apenas o 1º e 2º ciclo do Ensino Fundamental (1ª a 4ª série), estas

escolas dispõem de dois profissionais cada uma, atuando na área em questão,

duas das escolas oferecem do 1º ciclo ao 4º ciclo, com dois profissionais atuando,

as demais escolas funcionam do 1º ao Ensino Médio e contam com quatro

profissionais para o atendimento escolar.

O fato que nos levou a pesquisar nestas escolas foi a facilidade de estarem

em uma mesma área geográfica e de fácil acesso de uma para outra, também por

moramos nas proximidades, tornando mais acessível a aplicação do questionário

referente a pesquisa.

Durante a pesquisa foram aplicados questionários e contamos com a

colaboração de dez professores de Educação Física e 35 professores que atuam

em sala de aula, totalizando 45 professores, sendo que os questionários foram

diferenciados.

A proposta foi aplicar aos Professores de Sala e de Educação Física

questionários para obter dados e possibilitar um resultado real com relação a

questão de estudo.

A seguir, são apresentadas as tabelas demonstrativas da amostra desta

pesquisa:

Tabela 1 – Amostra de Professores de Sala e percentual distribuído por

formação.2

a) ensino médio ou segundo grau 17,1 %

2 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada

Page 43: História da Recreação

b) superior 82,9 %

c) pós-graduação 34,3 %

d) outros. 0 % Fonte: dados colhidos pelos autores.

Analisando os dados apresentados, evidenciou-se que os professores

atuantes em sala de aula na sua grande maioria possuem curso superior, parte

deles com pós-graduação.

É de fundamental importância que o profissional consiga se enxergar como

peça importante na formação das crianças, buscando e oferecendo novos

conhecimentos para a melhoria da educação e comprometidos com essa

formação, o que comprova que a tendência destes professores é cada vez maior,

pois apenas 17,1% ainda não cursaram a faculdade o que diminuiria o numero de

professores leigos.

Tabela 2 – Amostra de Professores de Sala e percentual distribuído por

sexo.

a) feminino 97,1 %

b) masculino 2,9 % Fonte: dados colhidos pelos autores.

Nos dados obtidos, observa-se que a grande maioria dos Professores de

Sala é do sexo feminino, sendo possível presumir que os homens não procuram

muito o caminho da pedagogia para atuar com o 1º e 2º ciclo (1ª a 4ª série), o que

mereceria um estudo específico para buscar as verdadeiras razões da mulher

estar mais afeta as questões da educação.

Tabela 3 – Amostra de professores de Educação Física e percentual

distribuído por formação.3

a) ensino médio ou segundo grau 0 %

b) superior 100 %

c) pós-graduação 50 %

d) outros. 20 % Fonte: dados colhidos pelos autores.

3 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

Page 44: História da Recreação

Observa-se que todos, apesar do pequeno número (10), são graduados,

sendo que metade destes possuem pós-graduação e uma pequena parte com

outras especializações. Pode-se evidenciar que os professores de Educação

Física que atuam hoje nestas escolas são capacitados.

Tabela 4 – Amostra de professores de Educação Física e percentual

distribuído por sexo.

a) feminino 50 %

b) masculino 50 % Fonte: dados colhidos pelos autores.

Constata-se que a atuação dos profissionais na Educação Física, é de boa

aceitação em ambos os sexos.

3.4 Instrumento de coletas de dados:

Para a coleta de informações foram utilizados dois questionários

diferenciados com dez (10) questões cada um devidamente validado para garantir

a objetividade da pesquisa, possibilitando uma real compreensão da situação

prática.

Optamos pelo questionário por ser um instrumento simples, menos

dispendioso, mas, de grande importância, podendo ser respondido

anonimamente, de fácil aplicação, com total liberdade para os questionados

darem suas opiniões e fundamental para obtermos as informações necessárias

diante do problema em estudo. (anexo)

3.5 Procedimentos:

Neste trabalho utilizamos quatro fases: A primeira foi um estudo

abrangendo questões e pensamentos de alguns estudiosos (autores), cuja

contribuição foi significativa para o conhecimento sobre o assunto, servindo de

embasamento teórico para o desenvolvimento deste trabalho.

A segunda foi à elaboração de um questionário para uma prévia, ou seja,

com fins de uma testagem, tanto para Professores de Sala como para professores

de Educação Física, os quais foram testados com professores que não fizeram

Page 45: História da Recreação

parte da amostragem desta pesquisa e considerando algumas respostas

verificamos que atenderia aos seus objetivos, sendo reelaborados alguns itens e

alternativas dos questionários, os quais foram aprovados para desenvolver este

trabalho e obtermos melhor compreensão do problema de pesquisa.

A terceira foi à aplicação dos questionários já reelaborados distribuídos aos

Professores de Sala atuantes no 2º ciclo (3ª e 4ª série) e professores de

Educação Física das escolas. O contato para preenchimento dos questionários foi

feito pessoalmente. Os instrumentos foram respondidos no próprio local de

trabalho por alguns, que solicitaram um tempo para responder e aguardamos na

própria escola, outros levaram para casa que retornamos para recolher.

Alguns professores se sentiram receosos ao responder o questionário,

depois em conversa informal nos afirmaram que ficaram um pouco constrangidos

em falar a verdade, pois não gostariam de prejudicar ninguém. Uma pequena

parte demonstrou pouco caso e falta de interesse para responder o questionário,

alegando não ter tempo.

A pesquisa foi feita conforme horário das aulas. Nas escolas que atuam

somente com 1º e 2º ciclo, cujo objetivo da pesquisa era o 2º ciclo (3ª e 4ª série),

foi feita a abordagem nos dois turnos (manhã e tarde). Já nas outras escolas só

aconteceu no primeiro turno, pois as séries pesquisadas ocorrem neste horário. A

quarta fase foi a análise e interpretação dos dados coletados que possibilitou as

conclusões desta investigação.

Page 46: História da Recreação

4 Análise e interpretação dos dados coletados.

4.1 Tabelas ilustrativas às questões investigadas quanto aos Professores de Sala:

Tabela 5 – Opinião diante das aulas de Educação Física.4

a) são necessárias 94,6 %

b) são eficientes 20,0 %

c) não vejo necessidade 0 %

d) não tem finalidade 0 %

e) outros 0 % Fonte: dados coletados pelos autores

Para os professores esta aula e necessária e que de certa forma torna-se

eficiente, confirmando um resultado positivo para a disciplina.

Diante das respostas ficou esclarecido que esta disciplina no 2º ciclo vem

sendo ministrada de acordo com os PCN’s (1997), que nesta fase escolar inicial

esta aula torna-se indispensável para o desenvolvimento da criança em todos os

aspectos, nesta faixa etária a criança demonstra interesse e necessita de

movimentação, fazendo-se necessária que ocorra com responsabilidade para

garantir a eficiência das aulas práticas.

Tabela 6 – Aceitação dos alunos diante das aulas de Educação Física.5

4 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

Page 47: História da Recreação

a) entusiasmados 68,6 %

b) satisfeitos 45,7 %

c) desinteressados 2,8 %

d) desmotivados 2,8 %

e) outros 0 % Fonte: dados coletados pelos autores

Na opinião dos professores ficou evidenciado a aceitação dos alunos,

devido ao entusiasmo e a satisfação demonstrada na realização das aulas

práticas e que raramente faltam neste dia.

Considera-se esta aceitação pela grande necessidade de movimentarem-

se, segundo os PCN’s (1997), esta disciplina permite uma vivência de

movimentos diversificados, através das atividades de jogos e brincadeiras que

são favoráveis ao desenvolvimento da criança, ocasionando uma diversão.

Tabela 7 – Importância da recreação para a formação da criança.

a) muito importante 82,9 %

b) importante 17,1 %

c) pouco importante 0 %

d) não é importante 0 %

e) outros 0 % Fonte: dados coletados pelos autores

A grande parte dos professores consideraram que a recreação é muito

importante para a formação da criança, alguns ainda comentaram que é o único

momento de diversão ou lazer oferecido.

Do ponto de vista prático e teórico a recreação através de jogos e

brincadeiras deve fazer parte do mundo da criança durante toda a escolaridade,

tendo um papel muito importante para a formação do seu bem estar físico e

mental, pois através do brincar a criança adquiri e constrói conhecimentos, PCN’s

(1997).

Tabela 8 – Diálogo entre professores de sala e de Educação Física.

a) sempre 48,6 %

5 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

Page 48: História da Recreação

b) seguidamente 0 %

c) às vezes 48,6 %

d) nunca 2,8 % Fonte: dados coletados pelos autores

Uma grande maioria valoriza o diálogo e afirma ser importante a integração

entre professores, para a troca de informações sobre os alunos quanto ao

comportamento participação e outros assuntos.

Já uma outra parte diz ter contato poucas vezes, em função do pouco

tempo que o professor permanece na escola, assim que terminam suas aulas vão

embora, no entanto uma pequena minoria não tem nenhum diálogo,

simplesmente alegam falta de tempo.

Verifica-se com estes dados que o diálogo é tão importante para se

fortalecer diante das dificuldades no decorrer das aulas, principalmente com

relação às crianças, mesmo porque o diálogo é um excelente instrumento de

ajuda mútua que não deve ser desperdiçado.

Segundo Canto (2004) é extraordinário a sensação de ser útil, em que o

bem deve ser revertido em amor pelo semelhante, ou seja, pelos alunos, quando

acontece o diálogo, um estará ajudando o outro.

Tabela 9 – Assistir as aulas de Educação Física de seus alunos.

a) sim 54,3 %

b) não 45,7 % Fonte: dados coletados pelos autores

Uma quantidade bastante razoável foi positiva ao afirmar que assistiram

para compreender melhor o desenvolvimento e o que é desenvolvido nas aulas.

Outros para observar o comportamento e a participação dos alunos, alguns

gostam de participar de vez em quando para interagir e motivar seus alunos.

Entretanto outros professores têm pouca curiosidade, por falta de convite, ou para

não atrapalhar o momento do outro. Tem aqueles que se utilizam do horário de

Educação física para planejar as próximas aulas ou corrigir cadernos, porém ficou

evidenciado no relato de uma pequena parte de professores que utilizam o horário

para tirar dúvidas e dificuldades de alguns alunos, ou seja, dar aula de reforço.

Considera-se que a educação física através de jogos e atividades lúdicas,

de acordo com Oliveira (apud Célio Borges – 2005), não só atraem as crianças

Page 49: História da Recreação

mas também adultos, digamos que a maioria demonstra curiosidade em

presenciar. Este ato experimentado pelos professores foi muito importante para

observar melhor seus alunos, seus movimentos e entender que a criança nesta

faixa etária seu maior interesse é brincar. O fato dos outros professores terem

pouco interesse para assistir as aulas tem pouca importância, porém, o fato de

utilizarem o horário da aula de Educação Física para dar reforço, significa que

algumas crianças estão deixando de participar. Isso é inadmissível! É enaltecido o

valor e a importância da Educação Física nas séries iniciais para as crianças,

possibilitando desde cedo a oportunidade desenvolver a coordenação motora, o

esquema corporal, a estrutura espacial, temporal, entre outras. Diante disso, é

fundamental a participação da criança durante as aulas. PCN’s (1997).

Tabela 10 – Aceitação para assistir aulas de Educação Física, para melhor compreensão.

a) sim 87,5 %

b) não 12,5 % Fonte: dados coletados pelos autores

Ficou evidente que uma boa parte dos que nunca assistiram a uma

aula de educação física, aceitariam assistir para um entrosamento melhor

entre professores, acompanhar as atividades, o desempenho, participar,

observar, conhecer o tipo de brincadeiras que são realizadas. Mas, têm

aqueles poucos se manifestando sem interesse e declaram não verem

necessidade alguma pois ainda predomina uma visão negativa com relação

à educação física.

O fato da grande parte dos professores terem se manifestados para o

lado positivo, acreditamos que é possível haver mais entrosamento, com

vistas a aliviar problemas e até mesmo a disciplina de Educação Física ser

mais bem compreendida.

Diante deste fato e de acordo com os PCN’s (1997), afirma que a

Educação Física está vinculada nas práticas de jogos e brincadeiras de

modo que a recreação deve se propor na escola como uma ação educativa.

E para uma melhor compreensão desta ação, pelos Professores de Sala,

Page 50: História da Recreação

esta disciplina deve ser ministrada com seriedade pelos profissionais da

área.

Tabela 11 – Contribuição da recreação para desenvolvimento do processo ensino aprendizagem.

a) sim 100 %

b) não 0 % Fonte: dados coletados pelos autores

As respostas foram unânimes e acreditam que quando o profissional gosta

e tem compromisso com o que faz, principalmente com relação à criança e

dependendo da recreação a qual está sendo realizada, de forma organizada

determinada atividades contribuem para o desenvolvimento deste processo

aprendizagem, sendo possível perceber nas atitudes e movimentos, mais

motivados para aprendizagem e maior rendimento motor, que por sinal são

elementos utilizados também em sala de aula.

A significativa contribuição percebida nos dá uma certeza que a Educação

Física apresentada de maneira organizada, torna-se imprescindível para a

formação integral do aluno. E segundo recomendações dos PCN’s (1997), o

trabalho na área da Educação Física visa a evolução, não só no aspecto corporal,

mas de raciocínio e ações, contribuindo com o processo educacional.

Tabela 12 – Retorno para as salas após a aula de Educação Física. 6

a) calmos 5,7 %

b) agitados 82,9 %

c) limpos 0 %

d) sujos 57,1 %

e) suados 71,4 %

f) outros 5,7 % Fonte: dados coletados pelos autores

6 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

Page 51: História da Recreação

Pelas respostas ficou compreendido que na maioria das vezes é

desfavorável o retorno dos alunos, devido à agitação, suor e sujeira, no entanto

retornando de um ato que envolve bastante dinamismo e ação, poucos declaram

que às vezes acontece de voltarem calmos, e não se pode negar que alguns

retornam machucados. Porém deixaram entendido que toda essa demonstração

de energia faz parte do momento.

Diante da afirmativa dos professores com relação a este retorno, digamos

assim, de forma desagradável, mas se torna compreensível. Como afirma Freire

(1997), o mundo da criança e repleto de movimentos e na faixa etária em que se

encontram a especialidade delas é brincar. Portanto, torna-se compreensível

porque criança no momento desta aula sai da rotina de sala de aula em busca de

um tempo de divertimento, onde podem gastar um pouco de energia.

Tabela 13 - Influência da recreação para a formação do aluno. 7

a) favorece o desenvolvimento intelectual 54,3 %

b) trabalha na socialização 71,4 %

c) desenvolve a psicomotricidade 68,6 %

d) funciona só como brincadeira 8,6 %

e) não tem benefício algum 0 %

f) outros 2,9 % Fonte: dados coletados pelos autores

Conforme as respostas ficou esclarecido que os professores

acreditam proporcionar grandes resultados, ou seja, pode influenciar de

maneira positiva, favorecendo a criança raciocinar, desenvolvendo a sua

criatividade e através dos atos motores de forma independente, produzir

movimentos simples até os mais complexos. Ficou explicito na opinião

deles quando apontaram a socialização sendo o fator mais importante que a

recreação desenvolve, talvez pelas atividades em grupo. Uma pequena parte

pensa que só funciona como brincadeira, gastando tempo.

Diante das influências atribuídas fica evidente que a recreação

segundo Canto (2004), permite divertimento e oferece benefícios

constituindo um processo eficiente de educação. Está oferecendo

7 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

Page 52: História da Recreação

condições práticas para afirmar o seu verdadeiro papel. Quanto à

compreensão negativa de alguns, acreditamos ser falta de uma observação

mais consciente diante dos fatos. Pois, segundo Kishimoto (apud Borges –

2006), atividades recreativas, jogos e outros, denominados como

brincadeiras tem função lúdica e educativa, isto vem afirmar o aspecto

positivo deste processo.

Tabela 14 – Contribuição para a interdisciplinaridade através dos conteúdos desenvolvidos na recreação.

a) sim 74,3 %

b) não 14,3 %

c) não respondeu 11,4 % Fonte: dados coletados pelos autores

Os professores se posicionaram favorável a esta questão, considerando

que é importante haver um bom relacionamento entre professore e que ambos

estejam dispostos a inserir os conteúdos de acordo com a necessidade em busca

de melhorar o ensino aprendizagem dos alunos. Apesar disso poucos professores

afirmam não perceberem essa contribuição, vêm a Educação Física como uma

disciplina isolada.

Nenhum professor deve trabalhar isoladamente, devendo tomar iniciativas

procurando meios para eliminar pequenos problemas. Assim, todos estarão

contribuindo para o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem,

envolvidos na formação dos alunos. E para isso acontecer é essencial que haja

cooperação e envolvimento entre professores.

Pelo percentual observado nota-se que a recreação desenvolvida está

assumindo um papel de grande importância no meio da educação. Segundo

Verderi (1999), as atividades de recreação devem ocorrer de maneira natural,

porém, organizada com e perspectiva de construção de conhecimentos.

4.1.1 Opinião livre

Page 53: História da Recreação

Conforme constatado na pesquisa, daqueles que emitiram opinião livre, 13

acreditam no trabalho da Educação Física envolvendo o lúdico. Concordam que

através da recreação direcionada, bem preparada é fundamental para se obter

resultado positivo e conseqüentemente estará contribuindo para a educação dos

alunos, os quais necessitam destas atividades para o seu aprimoramento integral

e até mesmo para gastar energia. Segundo os pesquisados, a profissão de

educador, ainda mais se tratando de crianças é um caminho que deve ser

seguido de muita paciência, tolerância e responsabilidade diante da missão que

se propôs. Os professores citaram que têm conhecimento das dificuldades

encontradas na área da Educação Física, com relação aos materiais didáticos,

para que os mesmos possam atuar com mais eficiência o seu trabalho. Apesar

disso, os educadores pesquisados consideram a Educação Física muito

importante para a formação da criança.

Não podemos deixar de citar a posição de 5 professores insatisfeitos com a

realização do trabalho do profissional de Educação Física, segundo o fato de:

faltarem às aulas sem justificativa, deixarem as crianças soltas, à vontade,

significa que não estão trabalhando com seriedade e nem compromissados com o

processo educacional.

Mesmo assim, diante destes fatos e devido ao maior número de

manifestações positivas, foi possível constatar que a recreação está se

fortalecendo. Não podemos dizer que está excelente, mas, acreditamos que

desde que os profissionais da área estejam verdadeiramente comprometidos com

uma prática pedagógica, a Educação Física será vista conforme a sua

importância segundo os PCN’s (1997) que é contribuir para o bem estar, visando

o desenvolvimento integral do aluno.

4.2 Tabelas ilustrativas às questões investigadas quanto aos professores de Educação Física: Tabela 15 – Opinião sobre a recreação para formação do aluno. 8

8 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

Page 54: História da Recreação

a) favorece o desenvolvimento intelectual 70 %

b) trabalha na socialização 90 %

c) desenvolve a psicomotricidade 70 %

d) funciona só como brincadeira 20 %

e) não tem benefício algum 0 %

f) outros 20 % Fonte: dados coletados pelos autores

A Recreação na opinião dos professores vem sendo vista como um prática

excelente para ajudar na formação dos alunos desde que esteja sendo oferecida

de forma organizada.

A recreação é uma atividade que tem grande influência sobre a saúde

física, mental e social do ser humano, segundo Cavalcante (apud canto – 2004),

esta atividade desperta muito interesse pelas crianças, devido sua realização

proporcionar prazer.

Tabela 16 – Contribuição da Recreação (jogos e brincadeiras) para o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem.

a) sim 90 %

b) não 0 %

c) não respondeu 10 % Fonte: dados coletados pelos autores

Os professores acreditam e afirmam que é possível, através de atividades

recreativas, contribuir com a aprendizagem, pois as brincadeiras e jogos são

favoráveis neste aspecto. Brincando a criança tem mais facilidade em aprender o

que lhe é ensinado.

Sendo a Recreação um ponto de vista prático da Educação Física e

segundo os PCN’s (1997), durante toda a escolaridade as crianças deverão

desfrutar de atividades lúdicas, em busca de suprir as insuficiências, visando

sempre o desenvolvimento integral dos alunos.

Acreditamos que quando os professores se dedicam, são ativos e

empenhados, buscam construir e transmitir conhecimentos para as crianças,

promovendo uma aprendizagem mais interessante.

Page 55: História da Recreação

Tabela 17 – Dificuldades encontradas na disciplina. 9

a) falta de infra-estrutura 50 %

b) falta de material 80 %

c) falta de valorização da profissão 60 %

d) nenhuma dificuldade 10 %

e) outros 10 % Fonte: dados coletados pelos autores

Os professores apontam dificuldades para a realização do seu trabalho e

que às vezes precisam desdobrar-se quando desejam fazer uma aula diferente,

necessitando usarem de muita criatividade.

Os professores de Educação Físicos têm como fator primordial diante da

sua profissão, zelarem pela educação do aluno, priorizando o ensino

aprendizagem, conscientes das dificuldades, buscando meios criativos para

oferecer.

Segundo os PCN’s (1997), muitas escolas não têm recursos, limitando os

materiais, entretanto, os professores podem adaptar ou criar recursos dos

materiais que estiverem disponíveis na escola.

Tabela 18 – Diálogo entre professores de Educação Física e Sala.

a) sempre 70 %

b) seguidamente 10 %

c) às vezes 20 %

d) nunca 0 % Fonte: dados coletados pelos autores

A maioria dos professores acredita que o diálogo é primordial. A partir dele

obtém-se informações possíveis que venham auxiliar em prol de melhorias para

as aulas e para os alunos. Nós profissionais devemos apresentar as nossas

parcelas de contribuição.

A importância do diálogo, favorece em benefício das crianças, e pode

atender a situação de cada um. Segundo Moreira (apud. Aline/Eduardo - 1995),

9 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

Page 56: História da Recreação

um professor se constrói pelas atitudes valorosas que apresentará em sua

relação com os outros e no que irá apresentar.

Tabela 19 – Retorno dos alunos para sala, após a prática da Educação Física. 10

a) calmos 40 %

b) agitados 40 %

c) limpos 0 %

d) sujos 20 %

e) suados 80 %

f) outros 20 % Fonte: dados coletados pelos autores

Para os professores ao promover jogos e brincadeiras é inevitável que ao

realizar as atividades as crianças não fiquem agitadas e suadas, principalmente

porque é um momento em que estarão participando ativamente das atividades.

Ao realizarem a volta a calma, mesmo assim, eles se mantêm suados.

É através das brincadeiras que as crianças se divertem, diante da

necessidade que elas têm de movimentaram-se é que envolvem-se ativamente.

Conforme os PCN’s (1997), as situações lúdicas, são contextos favoráveis,

constituem momentos de interação e motivação suficiente para que o interesse

pela atividade seja mantido.

Tabela 20 – Aceitação das aulas de Educação Física pelos alunos. 11

a) entusiasmados 80 %

b) satisfeitos 70 %

c) desinteressados 10 %

d) desmotivados 0 %

e) outros 10 % Fonte: dados coletados pelos autores

Evidenciou-se que pelo percentual, as crianças na sua maioria demonstram

interesse, gostam de participar, por ser uma aula conduzida onde todos têm

10 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

11 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

Page 57: História da Recreação

oportunidades e sendo complementadas com atividades variadas, sempre

estimulando-os e orientando-os durante as práticas.

As aulas de Educação Física devem dar oportunidade a todos os alunos

para que desenvolvam seus potenciais, trabalhando o aprimoramento diante dos

aspectos: social, cognitivo, psíquico e outros, tornando-se um momento de

divertimento, de produtividade e de aprendizagem. Segundo kishimoto (2005), os

jogos e brincadeiras podem e devem ser aplicados nas diversas faixas etárias,

caracterizando suas necessidades e exatamente nesta fase de 9 a 11 anos,

inicia-se o processo de socialização, de acesso de trabalho coletivo, a

necessidade de participar, de ações afetivas e de estímulo para a convivência

social.

Tabela 21 – Contribuição dos conteúdos da recreação para a questão da

interdisciplinaridade.

a) sim 100 %

b) não 0 % Fonte: dados coletados pelos autores

Na opinião dos professores a interdisciplinaridade acontece sim, mas

deveria merecer a compreensão dos Professores de Sala, pois mesmo não sendo

diretamente, são desenvolvidas atividades voltadas para esse fim. Nas aulas

admitem que envolvem assuntos diversos, que têm relação com outras áreas,

Segundo os PCN’s (1997), a finalidade da Educação Física em sua ação é

essencialmente pedagógica na idade infantil, que o brincar é um dos aspectos

que representa um dos modos pelos quais a criança pode aprender sem ninguém

ensinar diretamente. Compreende-se que a recreação tem uma essência que ao

ser conduzida com seriedade possibilitará à criança não só o brincar, mas

também o aprender.

Tabela 22 – Atividades desenvolvidas no 2º ciclo. 12

12 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

Page 58: História da Recreação

Fonte:dados coletados pelos autores

Diante da questão investigada constatamos que as atividades recreativas

têm sido bem exploradas no 2º ciclo. Os professores demonstram conduzir os

alunos para que desenvolvam habilidades significativas, utilizando-se de

atividades culturais, de datas comemorativas e esportivas, proporcionando a

criança uma prática de vivência social ligada à realidade.

Pelas informações constata-se que os professores de Educação Física

estão utilizando meios criativos para a aplicação de suas aulas, oportunizando a

todos os alunos momentos agradáveis, oferecendo conhecimentos através do

esporte, das brincadeiras, das atividades culturais e pedagógicas.

Segundo Canto (2004), através da recreação cujo objetivo principal é criar

condições necessárias para promover a participação do aluno, coletiva ou

individual, melhorar a qualidade de vida promovendo ações de caráter

educacional, de convivência social, de valores e auxiliando na preservação em

geral.

Tabela 23 – Planejamento das aulas de Educação Física. 13

a) participa do Projeto Pedagógico da Escola (PPE) 60 %

b) faz plano de aula anual 70 %

c) faz plano de aula semestral 10 %

d) faz plano de aula mensal 10 %

e) faz plano de aula semanal 50 %

13 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

a) esportes competitivos 20 %

b) esportes adaptados às habilidades dos alunos 50 %

c) atividades recreativas (brincadeiras e jogos) 100 %

d) danças folclóricas 50 %

e) gincanas 30 %

f) jogos de salão 40 %

g) organização de atividades em datas comemorativas 20 %

Page 59: História da Recreação

f) outros 0 % Fonte: dados coletados pelos autores

O percentual mostra que os professore estão participando de forma

significativa em algumas etapas. Nota-se que foi do planejamento mencionado

com maior ênfase, a participação e realização no PPE, planos anuais e semanais,

portanto, acredita-se que vários professores estão elaborando seus planos de

trabalhos subsidiando no seu processo educacional, com objetivos e metas a

seguir, porém, um número também significativo deixa a desejar.

No que se refere ao planejamento, este é um procedimento utilizado para

direcionar os trabalhos que serão desenvolvidos com os alunos, o qual é um meio

flexível de acordo com seus interesses e a realidade. Segundo o professor

Maurício Leandro (1988), que, após a classificação das atividades (conteúdos) a

serem realizados, os objetivos são padronizados e o importante é evidenciar o

funcionamento dessas atividades dentro de uma programação.

Tabela 24 – Planejamento que o professor de Educação Física se baseia. 14

a) PCNs 90 %

b) PPE 10 %

c) Matriz Curricular de Educação Física 90 %

d) conhecimentos próprios 20 %

e) outros 10 % Fonte: dados coletados pelos autores

Grande parte dos professores baseiam-se pelos PCN’s (1997), o qual os

auxiliam na execução do seu trabalho utilizando também a Matriz Curricular de

Educação Física, que sistematiza as ações dos professores do Estado. Depois

vem outras fontes de informações como: DVD, CD, internet e até mesmo

conhecimentos próprios, colocando-os em prática conforme as necessidades.

O planejamento é um meio excelente para auxiliar o profissional durante

todo o desenvolvimento do seu trabalho, podendo ser discutido e analisado de

14 Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.

Page 60: História da Recreação

acordo com os interesses e as necessidades da escola. PCN’s (1997), Matriz

Curricular (2001).

4.2.1 Opinião livre

Poucos professores de Educação Física deram suas opiniões, no entanto

as opiniões colhidas foram bem importantes e esclarecedoras. Os professores

complementaram afirmando que “o momento da Educação Física é aquele em

que a criança tem maior oportunidade de se soltar, descontrair, brincar e também

não deixam de aprender alguma coisa”. Por este motivo a expectativa dos alunos

em relação à aula é de extrema euforia. Percebendo esta atração, admitem que,

para alcançar melhor rendimento, maior interesse e consequentemente um

desenvolvimento satisfatório dos alunos, procuram trabalhar integrando,

professor/aluno num convívio informal. Desta forma constatamos que os

resultados são favoráveis para ambos.

O que nos falta para melhorar o nosso desempenho são locais próprios

tanto para a prática como para guardar materiais opcionais ou confeccionados. A

Educação Física é um complexo rico de atividade e conteúdo. A mesma seria

muito mais aproveitada, com espaços e materiais adequados e com uma gama de

conteúdos devidamente explorados e aplicados.

Com base nos resultados, observa-se que apesar das dificuldades, nos

dias atuais nestas escolas pesquisadas, aos poucos os profissionais da área vêm

buscando uma melhor maneira de se envolver e realizar o seu trabalho para

mudar a posição alienada da Educação Física e tentar atingir seu grau de

aplicabilidade às nossas crianças.

4.3 Relação entre a opinião dos professores de sala e os professores de

Educação Física.

A análise dos resultados aplicados no estudo concentrou-se

especificamente nas respostas obtidas mediante os questionários e nos relatos

dos professores através das experiências vividas no dia a dia e mais

Page 61: História da Recreação

precisamente quanto a recreação desenvolvida nas aulas práticas de Educação

Física.

Considerando as experiências e observações, foi possível constatar que

94,3% dos Professores de Sala compreendem que as aula de Educação Física

são necessárias e 82,9% consideram as aulas muito importante.

Com relação à recreação 80% dos profissionais da área consideram um

meio eficiente, 100% dos outros professores acreditam que esse meio contribui

para desenvolver ensino/aprendizagem. Nota-se que o maior percentual não é do

professor da área, portanto é louvável a apreciação demonstrada por esta

atividade desenvolvida.

Dados evidenciam que a recreação tem sua importância na formação dos

alunos. Ficou claro que 90% dos professores da área e 71,4% dos Professores de

Sala percebem que a socialização tem sido a mais evidente, alem disso favorece

o desenvolvimento em outros aspectos. Segundo os PCN’s (1997), esta disciplina

deve preocupar-se com o bem estar do aluno, desfrutando de atividades lúdicas,

contribuindo para suprir as necessidades física, mentais e sociais. Percebe-se

diante dos relatos que a Educação Física, além de oferecer divertimento, tem se

preocupado com a formação do aluno-cidadão.

A relação professor de Educação Física/Professor de Sala, no aspecto

diálogo, mostrou-se contraditória, revelando-se confuso, no qual professores de

Educação Física afirmam 70% e Professores de Sala 48%, ficando evidente que

nem sempre existe um contato para conversar sobre o desempenho dos alunos,

porém 45,7% esclarecem ter uma boa relação, momentos estes que possibilitam

esclarecimentos com a finalidade de melhoria em prol dos alunos.

O diálogo torna-se ideal para mudar a visão de outros com relação ao que

envolve esta disciplina, cabendo ao profissional da área divulgar seu trabalho

fazendo-os perceberem de maneira mais positiva.

Ficou confirmado pelos professores de Educação Física que 80% e 68,6%

pelos Professores de Sala, o entusiasmo dos alunos pela disciplina. Na prática da

recreação as atividades são prazerosas, podendo proporcionar aprendizagem

espontânea e natural, ao mesmo tempo envolve descontração, PCN’s (1997).

Talvez sejam os motivos pelos quais as crianças se exaltam e sentem satisfação

em praticá-las. Nem tudo é perfeito, pois alguns Professores de Sala vêem como

Page 62: História da Recreação

negativo, criança agitada e suada, mas, praticar atividades físicas, brincar, correr,

pular e outros, dificilmente isso não ocorrera, pois movimentar-se ocasiona

mudanças em vários aspectos.

Constatou-se que 82,9% dos Professores de Sala e 40% dos professores

de Educação Física, percebem esta agitação no retorno para as aulas. A aula de

sala e a prática de Educação Física têm lá sua diferença, portanto é

compreensivo essa divergência. No entanto, 71,4% dos Professores de Sala e

70% dos professores da área, concordam que os alunos voltam suados, sendo

um dos fatores mais notados por ambos, de certa forma desfavorável para o

retorno às aulas. Em vista desses problemas os professores de Educação Física

algumas vezes realizam a volta à calma para amenizar a situação.

É muito importante que haja uma harmonia entre os professores no intuito

de um ajudar o outro quando um se sentir prejudicado, o diálogo é um bom

recurso de entrosamento, com intenção de sanar as dificuldades.

Convém ressaltar que 74,3% e 90% dos professores de Educação Física

vêem a interdisciplinaridade como uma ação positiva contribuída através da

recreação. Neste aspecto segundo Verderi (1999), a recreação deve ser realizada

de maneira que venha promover condições de conhecimentos favorecendo para

acontecer à interdisciplinaridade.

Em relação às dificuldades, 70% dos professores de Educação Física

reclamam da falta de material desde os simples aos mais complexos. Sendo

ainda citado por 50% destes, advertem a falta de manutenção na infra-estrutura e

60% percebe a desvalorização do profissional. Realmente existe um descaso dos

órgãos competentes, deixando a desejar, atrapalhando um pouco o trabalho do

profissional.

É primordial que o professor de Educação Física se envolva juntamente

com os outros nos acontecimentos relacionados para alunos com a finalidade de

integrar-se e garantir a valorização da disciplina e do profissional na escola, tendo

que mudar a visão que alguns ainda, sem conhecimento real, insistem em criticar

de forma negativa.

Quanto ao planejamento 50% dos professores de Educação Física, deixam

claro que fazem semanalmente, 60% fazem plano anual, 90% baseiam-se pelos

Page 63: História da Recreação

PCN’s e destes 80% utilizam a matriz curricular. Outros 60% afirmam que

participam do Projeto Pedagógico da Escola.

Os problemas e dificuldades existem, mesmo assim, o compromisso e a

responsabilidade devem prevalecer e aos poucos condicionar o trabalho.

Neste estudo ficou confirmado que os professores de Educação Física e de

Sala se relacionam razoavelmente bem e vários em suas unidades de trabalho

estam preocupados em desempenhar a sua árdua missão compromissados com

a educação.

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 5.1 CONCLUSÕES A recreação se insere nas manifestações lúdicas e vem se revelando de

maneira agradável e até mesmo possibilitando às crianças atividades

consideradas educativas.

Ao realizar este estudo, enfocando a recreação, sua realização e sua

objetivação no 2º ciclo do ensino fundamental, procuramos estabelecer uma

relação entre a fundamentação teórica e a realidade constatada nos relatos do

trabalho de campo.

Para conhecer o desenvolvimento da prática da recreação nas escolas

estaduais de Porto Velho nas terceiras e quartas séries, utilizamos as

informações prestadas.

Os resultados comprovam que a partir das atividades recreativas

promovida nas aulas de Educação Física através da recreação estão sendo

satisfatórias na concepção dos Professores de Sala e de Educação Física e que a

maioria acredita na sua importância.

Conforme evidenciado, a recreação está ganhando prioridade, sendo

desenvolvida com mais responsabilidade dentro de um processo facilitador de

aprendizagem em que o aluno ao praticar as atividades recreativas, estará tendo

Page 64: História da Recreação

oportunidades de extravasar brincando e ao mesmo tempo, absorvendo

conhecimentos de forma espontânea e natural sendo a aula um momento de

prazer com o intuito educativo. Freire (1997), afirma que os jogos recreativos

contribuem de maneira significativa para o desenvolvimento da criança.

Diante desta afirmação, percebemos que a recreação dentro do contexto

tem contribuído, portanto o seu desenvolvimento está sendo favorável e benéfico.

Os profissionais de Educação Física atuantes hoje nas escolas, têm se

revelado mais conscientes de sua importância na educação e diante da

sociedade. Isto justifica o fato destes professores dentro das escolas, estarem um

pouco mais envolvidos no processo pedagógico, desenvolvendo atividades

recreativas de acordo com opinião dos autores citados e necessidades da criança

segundo a faixa etária.

A aplicação das aulas, segundo os professores, é um desafio muito grande,

devendo, o profissional buscar mudanças, inovando a cada dia, a cada aula e que

esta inovação, seja real e aplicável, pois a meta do professor, e quanto educador

é proporcionar meios para estimular os alunos visando sempre o seu

desenvolvimento integral.

Esclarecendo a situação prática quanto ao perfil e a importância da

recreação, ficou claro que a Educação Física é uma disciplina muito apreciada

pelos alunos, tem se revelado importante, mais inserida no contexto escolar e aos

poucos vem ocupando seu espaço, diante da visão dos professores de sala.

O fato dos outros professores estarem aceitando com mais naturalidade,

acreditamos que seja o bom relacionamento verificado entre a maioria dos

professores. Compreendemos que isto favorece para que ambos possam

dimensionar os avanços e as dificuldades percebidas e cada um dentro do

processo de ensino e aprendizagem colaborar tornando-o mais produtivo e

consequentemente a Educação Física estará fazendo o seu papel educacional.

O estudo revelou que a recreação na sua aplicabilidade e no que se refere

à aprendizagem, e o nosso objetivo foi alcançado devido ter constatado que a

recreação nestas escolas vêm se adaptando, segundo o que os PCN´s

recomendam, que é possível integrar a criança, faze-las conhecer, valorizar,

respeitar e desfrutar de manifestações corporais e culturais de modo saudável e

descontraída.

Page 65: História da Recreação

Vale salientar que a recreação através da Educação Física, é aprovada

pelos autores estudados como um meio imprescindível para o desenvolvimento

humano.

Consideramos ao final deste estudo que a recreação está sendo bem

desenvolvida, os demais professores consideram a Educação Física muito

importante e que a mesma está procurando ocupar a sua posição no contexto

educacional.

5.2 RECOMENDAÇÕES

Com base nos resultados, recomenda-se aos professores de Educação

Física que:

Se envolvam cada vez mais com a equipe pedagógica da escola;

Ocupem o seu verdadeiro espaço na educação escolar, priorizando

sempre a necessidade do aluno;

Valorizem mais as suas aulas, preocupando-se sempre com a

formação do aluno;

Sejam sempre alegres, entusiasmados e bem humorados para

direcionarem suas aulas;

Sejam transmissores de conhecimentos e valores;

Sejam uns “educadores” assumindo um papel efetivo no processo

de formação do aluno;

Apesar das condições de trabalho deixar a desejar, não deixem

interferirem no seu caminho.

Page 66: História da Recreação

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

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http://www.cdof.com.br/recrea21.htm

Profº Maurício Leandro – “Choquito” – CREF nº 03560 – B/BA

Profº de Fund. Recreação e Lazer II – FACSUL – Itabuna Bahia, 1988

Assessor de Eventos da Educação Física FACSUL – Itabuna Bahia

Profº de Estágios em Recreação e Lazer das Faculdades Integradas Montenegro

– Ibicaraí – Bahia.

Coordenador de Recreação da webpage Cooperativa do Fitness –

www.cdof.com.br

Disponível < http://www.cdof.com.br/recrea21.htm >

Profº Ms. João Eloir Carvalho

Page 69: História da Recreação

SILVA, E, Batista de Oliveira, João e Topolniak, Rogério. Contribuição da

Educação Física no Processo Ensino/Aprendizagem de 1ª a 4ª série. Ji-

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VERDERI, E. Encantando a Educação Física. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.

Page 70: História da Recreação

A N E X O S

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

NUCLEO DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Questionário para professores de sala.

Sr (a) Professor (a),

Este questionário destina-se a uma pesquisa para conclusão do Curso de

Educação Física na UNIR, que subsidiará a Monografia final.

Os dados aqui coletados servirão única e exclusivamente para o

desenvolvimento deste trabalho o que com certeza resultará em benefícios à

Educação, comprometendo-nos a respeitar o sigilo das informações aqui

constatadas, conforme a ética científica.

Solicitamos a sua valorosa colaboração no sentido que suas respostas

venham de encontro com a realidade.

1. Dados de identificação:

Formação: ( ) ensino médio ou segundo grau ( ) superior ( ) pós-graduação

( ) outros. Qual curso? ______________________________

Idade: _______________________________________________________ Sexo: _______________________________________________________

Tempo de serviço: _____________________________________________ Data: ______/______/______

2. Questionário: Assinale a(as) opção (ões) que estarão mais de acordo com a sua opinião.

2.1 Qual sua opinião diante das aulas de Educação Física no 2º ciclo do Ensino fundamental?

a) ( ) são necessárias b) ( ) são eficientes

c) ( ) não vejo necessidade

Page 71: História da Recreação

d) ( ) não tem finalidade e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________

2.2 Como os alunos aceitam as aulas de Educação Física? a) ( ) entusiasmados b) ( ) satisfeitos c) ( ) desinteressados d) ( ) desmotivados e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________

2.3 Para você, a prática da Recreação nas aulas de Educação Física é importante para formação da criança?

a) ( ) muito importante

b) ( ) importante c) ( ) pouco importante d) ( ) não é importante e) ( ) outros: Quais: ___________________________________________

2.4 Você conversa com o professor de Educação Física sobre seus alunos? a) ( ) sempre b) ( ) seguidamente c) ( ) às vezes d) ( ) nunca Por quê?_____________________________________________________ ____________________________________________________________

2.5 Você já assistiu alguma aula de Educação Física de seus alunos? a) ( ) sim b) ( ) não Justifique: ___________________________________________________ ____________________________________________________________

_________________________________________________________________

2.6 Caso negativo, você aceitaria assistir uma aula, para melhor

compreensão? a) ( ) sim

b) ( ) não Por quê?_____________________________________________________ ____________________________________________________________

_________________________________________________________________

2.7 Você acredita que os professores de Educação Física através da

Recreação (jogos, brincadeiras e outros) estão contribuindo para o desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem? a) ( ) sim b) ( ) não Por quê? ____________________________________________________

Page 72: História da Recreação

________________________________________________________________________________________________________________________

2.8 Como os alunos retornam das aulas de Educação Física?

a) ( ) calmos b) ( ) agitados c) ( ) limpos

d) ( ) sujos e) ( ) suados

e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________

2.9 O que você pensa da Recreação nas aulas de Educação Física para a formação do aluno?

a) ( ) favorece o desenvolvimento intelectual

b) ( ) trabalha na socialização c) ( ) desenvolve a psicomotricidade d) ( ) funciona só como brincadeira

e) ( ) não tem benefício algum f) ( ) outros: Quais? ___________________________________________ ___________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

2.10 Na sua opinião os conteúdos desenvolvidos através da Recreação na

disciplina de Educação Física estão contribuindo para a questão da

interdisciplinaridade?

a) ( ) sim b) ( ) não

Por quê? ____________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________

2.11 Opinião livre: _______________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 73: História da Recreação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NUCLEO DE SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA Questionário para professores de Educação Física–2º ciclo do Ensino Fundamental. Sr (a) Professor (a),

Este questionário destina-se a uma pesquisa para conclusão do Curso de

Educação Física na UNIR, que subsidiará a Monografia final.

Os dados aqui coletados servirão única e exclusivamente para o

desenvolvimento deste trabalho o que com certeza resultará em benefícios à

Educação, comprometendo-nos a respeitar o sigilo das informações aqui

constatadas, conforme a ética científica.

Solicitamos a sua valorosa colaboração no sentido que suas respostas

venham de encontro com a realidade..

1. Dados de identificação:

Formação: ( ) ensino médio ou segundo grau ( ) superior ( ) pós-graduação ( ) outros. Qual curso? ______________________________ Idade: ______________________________________________________ Sexo: _______________________________________________________ Tempo de serviço: _____________________________________________ Data: ______/______/______

2. Questionário:

Assinale a(as) opção (ões) que estarão mais de acordo com a sua opinião.

2.1 O que você pensa da Recreação nas aulas de Educação Física para a formação do aluno no 2º ciclo do Ensino Fundamental?

a) ( ) favorece o desenvolvimento intelectual b) ( ) trabalha na socialização c) ( ) desenvolve a psicomotricidade d) ( ) funciona só como brincadeira e) ( ) não tem benefício algum f) ( ) outros: Quais? ___________________________________________ ____________________________________________________________

Page 74: História da Recreação

2.2 Você acredita que as aulas de Educação Física através da Recreação (jogos, brincadeiras e outros) contribuem para o desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem? a) ( ) sim b) ( ) não Por quê? ____________________________________________________ ____________________________________________________________

2.3 Quais as dificuldades encontradas ao ministrar esta disciplina? a) ( ) falta de infra-estrutura b) ( ) falta de material c) ( ) falta de valorização da profissão

d) ( ) nenhuma dificuldade e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________

2.4 Você conversa com o professor de sala sobre os alunos? a) ( ) sempre b) ( ) seguidamente c) ( ) às vezes d) ( ) nunca Por quê? ____________________________________________________ ____________________________________________________________

2.5 Como os alunos retornam para as salas de aulas “após a prática de

Educação Física”? a) ( ) calmos b) ( ) agitados c) ( ) limpos d) ( ) sujos e) ( ) suados e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________ ____________________________________________________________

2.6 0 Como os alunos aceitam as aulas de Educação Física?

a) ( ) entusiasmados b) ( ) satisfeitos c) ( ) desinteressados d) ( ) desmotivados e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________ ____________________________________________________________

2.7 Na sua opinião os conteúdos desenvolvidos através da Recreação na disciplina de Educação Física estão contribuindo para a questão da interdisciplinaridade? a) ( ) sim b) ( ) não Por quê? ____________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________

Page 75: História da Recreação

2.8 Quais as atividades desenvolvidas durante o 2º ciclo do ensino fundamental? a) ( ) esportes competitivos b) ( ) esportes adaptados as habilidades dos alunos c) ( ) atividades recreativas (brincadeiras e jogos) d) ( ) danças folclóricas e) ( ) gincanas f) ( ) jogos de salão g) ( ) organização de atividades em datas comemorativas h) outras: Quais? ______________________________________________

2.9 Quanto ao planejamento das aulas de Educação Física você:

a) ( ) participa do Projeto Pedagógico da Escola (PPE) b) ( ) faz plano de aula anual c) ( ) faz plano de aula semestral d) ( ) faz plano de aula mensal e) ( ) faz plano de aula semanal f) ( ) outros. Quais? ___________________________________________

2.10Para o seu planejamento você se baseia em:

a) ( ) PCNs b) ( ) PPE c) ( ) Matriz Curricular de Educação Física d) ( ) conhecimentos próprios e) ( ) outros. Quais? ___________________________________________

2.11 Opinião livre: ________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 76: História da Recreação