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1 História das lutas dos trabalhadores no mundo ocidental Séc. XIX e XX Núcleo Piratininga de Comunicação 55 (21) 2220.5618 / 2220.4895 / 9923.1093 npir atinin ga@u ol.com.br / www.piratininga.org.br Rua Alcindo Guanabara, 17/912, Centro – Rio de Janeiro-RJ – Cep 20031-130

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História das lutasdos trabalhadores

no mundo ocidentalSéc. XIX e XX

Núcleo Piratininga de Comunicação55 (21) 2220.5618 / 2220.4895 / 9923.1093

[email protected] / www.piratininga.org.brRua Alcindo Guanabara, 17/912, Centro – Rio de Janeiro-RJ – Cep 20031-130

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As revoluções burguesas do século XIX

Quadro político mundial

Luta e afirmação das forças do CAPITALISMO LIBERALrepresentado pela BURGUESIA,

Contra os resquícios do FEUDALISMO,representado pela NOBREZA / CLERO

1789 – Revolução Francesa

O marco dessa transição foi a Revolução Francesa (1789-1815),quando burguesia e povo destituíram o Antigo Regime (Nobreza-Clero),afirmaram seus princípios e os difundiram pelos demais países da Europa.

- A Revolução Francesa foi o triunfo do “3º Estado”.

Até 1789, o poder o “1º Estado” (Nobreza) e o “2º Estado” o Clero(cardeais, bispos, papa) detinham o poder

. O 3º Estado, a nascente burguesia, sópagava impostos aos parasitas.

Três princípios básicos da Revolução Francesa:

1750-1850 Luta entre BURGUESIA X NOBREZA

Liberdade

Igualdade

... todos os homens são irmãos... menos os trabalhadores!

... todos perante à lei, sem distinção entre burguesia e nobreza

“Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”

Fraternidade

... de mercado, sem a intervenção do Estado“deixa fazer, deixa passar”

Napoleão foi o continuador desta Revolução.Estado anti-aristocrático e anti-clerical (“laico”)

em 1798 – Napoleão implementa a “Lei Le Chapelier”que proibia qualquer organização operária

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1800 1820 – Lutas anti-coloniais na América Latina

- Primeiro país independente: Haiti

1815 – Restauração das monarquias – No Congresso de Viena

Com a derrota do Exército de Napoleão, em 1815, e com a restauração da dinastia dos Bourbons, na França, voltam as monarquias nos outros países da Europa.

Obs.: O Congresso de Viena proíbe o comércio de escravosafricanos acima do Equador

1820 – Explodem revoluções burguesas

em alguns reinos germânicos (atual Alemanha)

em reinos italianos e de Portugal e Espanha

1830 – Novas revoluções contra as monarquias que tinham voltado

na França, Bélgica, Polônia, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha

1848 – Onda revolucionária na Europa: vitória burguesacontra as monarquias

- Já em 1847- Já em 1847- Já em 1847- Já em 1847- Já em 1847 a Liga dos Justos anunciara

a eclosão de uma “revolução grandiosa”

- Em 1848 explodiu a “Primavera dos povos”

• França: a revolução mais forte

operários bucha de canhão100 mil mortos pela própria burguesia

• Itália: revoluções nos vários reinos• Alemanha / Hungria: revoluções anti-monárquias

Foi uma onda revolucionária com três componentes:a) Popular (nas grandes cidades Paris / Berlim / Viena / Milão)b) Nacional (contra a dominação estrangeira)c) Democrática (extensão dos direitos aos trabalhadores)

Até então, burguesia e proletariado lutavam juntas

contra as forças conservadoras da Restauração

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A revolução industrial e o mundo do trabalho

A máquina e a fome

no séc. XVIII havia máquinas... à água/ a vento, a pedal, manuais

A máquina a vapor permite

o nascimento da fábricaa “Primeira Revolução Industrial”: vapor - ferro - carvão

Indústria do ferro... através do carvão

1º país industrial • Inglaterra – 1800 (raízes no mercantilismo)

A riqueza roubada do mundo,

sobretudo da América Latina

é a “Acumulação primitiva do capital”Outros países industriais • França - 1818 / Bélgica / Alemanha

• EUA – 1820 (rápida expansão)

• Rússia

A Revolução Industrial significaIndustrialização

... grande concentração de trabalhadores nas fábricas / alta produção de bens

Urbanização

... grande concentração de trabalhadores nas cidades / estruturação das cidades modernas

Miséria

... exploração totalmente livre: NENHUMA LEI

• jornada de trabalho de 16 horas

• Salários de fome

• Trabalho indiscriminado de mulheres e crianças

crianças de 7 anos trabalhavam 15 horas de pé

• Acidentes de trabalho freqüentes

• Moradias escuras, insalubres e super-lotadas

• Falta de qualquer saneamento: doenças, cólera, peste...

idade média de vida do operário na Inglaterra: 21 anos (1820)

> as botas de bronze e couro... 5 anos

Século XIX: grandes transformações sócio-econômicas

Máquina-indústria1800Manufatura

Vapor

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Visão político-econômica dominante:

a visão da burguesia

- baseado nos economistas inglesesJ. Locke / David Ricardo / Adam Smith...

- e francesesos chamados fisiocratas: Quesnay, Turgot...

na visão liberal não entravam

os trabalhadores... o povoAssim na Inglaterra onde havia centenas de associações livres...

é feito o “Combination Act” que proibia as organizações operárias

Liberalismo

... 25... 30... 31 – Insurreição, revoltas: Inglaterra / França / Bélgica

1810 Quebra das máquinas... Luddismoaté 1820 na Inglaterra... e Europa

as máquinas vistas como causadoras de desemprego

1817 Marcha da fome sobre Londres

1819 Comício de 80 mil operários em LondresMassacre da Praça Peterloo... dezenas de mortos

1820

Logo, movimentos de resistência

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Sociedades de auxílio mútuo

Sociedades beneficentes

Uniões operárias

Associações... Ligas

Exigências: • Redução de jornada de trabalho;

• Melhores condições de vida;

• Aumento de salários;

• Fim dos acidentes

O começo da organização operária

1824 Na Inglaterra:É revogado o Combination Act de 1799

que proibia associações operárias...

• direito de livre associação

TTTTTradição desde a radição desde a radição desde a radição desde a radição desde a RRRRRevolução de Cromwellevolução de Cromwellevolução de Cromwellevolução de Cromwellevolução de Cromwell

1825 Manchester: União dos Fiadores de Algodão100 mil membros

e peródico Voz do Povo / 30 mil exemplares

• Em 1929, tentativas de Union de todos os ofícios

• Em 1930, Union da Construção Civil

1820 Inglaterra:

nasce o Movimento Cartista

apresentou suas reivindicações numa

“Carta ao Povo”

exigência de leis para o povoDireito de voto para os homens

10 horas de trabalho

pagamento aos membros eleitos da Câmara dos Comunscomo possibilidade dos pobres se candidatarem

parlamentos eleitos anualmente

1830 França, Inglaterra: primeiras associações operárias

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1831 Lyon: grandes revoltas operáriasEm 31, a cidade foi tomada por 10 dias

1833 Inglaterra:Primeira lei sobre o Trabalho: redução jornada para 12 horas

1834 Inglaterra: primeiro ensaio de CentralGrande União Consolidada dos Trabalhadores

Na França, o centro industrial era Paris

Grande concentração de operários... revoltas/revoluções

Muitos exilados se concentram em Paris

• Marx ali viveu de 1843 a 45

Viveu anos em Bruxelas e Londres

Escrevia para vários jornais e publicava vários livros

em parceria com F. Engels

1844 – Na Alemanha, levante dos Tecelões

da região do Silésia – Contra a extrema

miséria – Começo do movimento na Alemanha

1842-43 – Grandes greves de massas exigindo 10 horas

1842 – A primeira greve geral da história, no Norte da Inglaterra

1847 – Lei das 10 horas

• foram 4 semanas parados

• os grevistas voltaram vencidos pela fome

“Os operários das fábricas ingleses se

constituíram na vanguarda de luta da moderna

classe trabalhadora” (Marx – O Capital)

1848 – França: Lei das 12 horas

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As idéias socialistas

a exploração operária exige uma resposta

... nasce o Socialismo UtópicoTeóricos: Owen / Fourier / Saint Simon, etc...

1836 Paris: nasce a Liga dos Justos (exilados alemães)

Seu lema: “Todos os homens são irmãos”

Existiam vários grupos dentro da Liga

• uns se diziam socialistas

• vários adotavam o nome de comunistas

(forte propaganda após 1840)

A Liga tinha uma “Autoridade Central” em Londres

e seções nas grandes capitais

- mantinha uma vasta imprensa: jornais e revistas

- mantinha fortes relações com os Cartistas ingleses

e com os comunistas franceses

1840 Paris: greve pelas 10 horas

Paralelamente

a esses avanços organizativos

da classe trabalhadora, foram sendo formuladas

algumas noções iniciais do socialismo.

Uma sociedade onde a miséria humana

seria erradicada.

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1847 Londres: Marx e Engels, convidados há tempos, entram

na Liga dos Justos (fevereiro)

Num Congresso, em junho, a Liga dos Justos

se transforma na Liga dos Comunistas

• muda seu lema: “Proletários do mundo todo uni-vos”

Engels participou – Marx não quis

Em dezembro, novo Congresso da Liga

• Marx é encarregado de escrever o programa

da Liga dos Comunistas

1848 Europa: ano de grandes revoluções burguesasburguesia + proletariado contra a aristocracia

• Fevereiro - é publicado em Londres, em alemão(1000 exemplares)

1ª frase...“A história de todas as sociedades que existiram até hoje

tem sido a história de luta de classes”

Última frase...“Prletários do mundo todo uni-vos”

Manifesto do Partido Comunista

“após o esmagamento da revolução de 48 em Paris, somente depois quea bandeira tricolor foi empapada com o sangue dos insurretos de junho,

a bandeira vermelha passou a ser a bandeira da revolução européia”.(Marx)

• Junho - em Paris, Napoleão II extermina

100 mil operários

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Fábricas, Manifesto Comunista e Internacional

1850 JÁ HAVIA MILHÕES DE OPERÁRIOS CLASSE OPERÁRIA

• Inglaterra - país mais industrializado

• França – 1850 – 4 milhões e meio de operários

• EUA – 1870 – mais de 6 milhões

• Rússia – 1890 – Fábricas de até 43 mil operários

• Alemanha – 1850 – algumas centenas de milhares

NASCEM OS SINDICATOS

O termo 1ª Internacional foi introduzido

por Lênin em 1914 (vide adiante)

Marx na abertura proclama:

“A emancipação da classe trabalhadora será obra da classe trabalhadora”

nos vários paísespaíses latinos: SINDICATO JUNTOS

países anglosaxônicos: TRADE UNION UNIÃO

não permitidos1862 – O governo francês envia 550 trabalhadores a Londres para

montar o pavilhão francês na Exposição Mundial de Londres

- Disso nascerá a idéia da Conferência de 1864

1865-1900 – Nasce a Legislação Trabalhista

na ALEMANHA / Inglaterra / França / Bélgica e Holanda.

1864 É criada a AITEm 62, por iniciativa de operários franceses em visita a Inglaterra,

Sindicatos ingleses e franceses e alguns exilados

chamam uma REUNIÃO em Londres

em setembro é criada a

ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES – AITessa será conhecida como

1ª INTERNACIONAL

Marx encarregado de redigir seu MANIFESTO e ESTATUTO

Uma das propostas:

1866

“Declaramos que a limitação da jornada de trabalhoé a condição prévia sem a qual todas as demais aspirações de emancipaçãosofrerão inevitavelmente um fracasso. Propomos que a jornada de 8 horas

seja reconhecida como o limite da jornada de trabalho”.

Na Conferência de Genebra, a AIT define a luta PELAS 8 HORAS

REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHOREDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHOREDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHOREDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHOREDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO

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Aparecem fortes divisões na AITDuas visões principais Marx X Bakunin: anarquismo X marxismo

Internacionais, Sindicatos e Partidos

1866 É criado o PRIMEIRO PARTIDO SOCIALISTA da história

O Partido Operário Social Democrata Alemão

Nascem os Partidos Socialistas1868 – Alemanha

1879 – Espanha

1880 – França – Dinamarca

1887 – Noruega

1889 – Suécia

1889 – Bélgica

1892 – Itália – Polônia

1894 – Holanda

1898 – Rússia

1902 – EUA

1904 – Inglaterra (Labour Party)

1867

1868

no mesmo ano:

Nascem as primeiras

Centrais Sindicais

- TUC na Inglaterra

- DGB na Alemanha

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A partir do exemplo inglês e alemão...

aparecem centrais sindicais nos vários paises1881 - AFL - Estados Unidos

1888- UGT - Espanha

1889 - LO - Suécia

1895 - CGT - França

1906 - CGL - Itália

1871 Confrência de Londres, a AIT aprova uma resolução de Marx e Engels

contra a visão anarquista de Bakunin

a visão de Marx

“Na luta contra o poder coletivo das classes possuidoras,o proletáriado só pode agir como classe construindo-se ele mesmo

em partido político distinto e oposto a todos os antigos partidos (...)A constituição do proletariado em partido político é indispensável

para garantir o triunfo da revolução sociale do seu objetivo supremo: a abolição das classes”.

Essa orientação da AIT se sontrapunha à visão ANARQUISTA

a visão de Bakunin

“Repudiando, de acordo com seus estatutos,qualquer política nacional local, a Internacional emprestará

à agitação proletária de todos os países uma caráter exclusivamente econômico,propondo-se como fim: a redução da jornada de trabalho

e aumentar o salário; e como meio: a associação das massas proletárias:e a organização das caixas de resistência”.

(Bakunin, “A politica da 1ª Internacional”)

Nesta briga, a Internacional foi loteada:Na Europa do Norte, atuaria Marx...

Na Itália, Espanha e Portugal, atuaria Bakunin

daqui... as anarquistas na AL

e ... NO BRASIL

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1871: Comuna de Paris

desde outubro Paris em efervecência revolucionária1870

- Outubro ----- os operários e a Guarda Nacional ocupam a

sede da prefeitura e proclamam a Comuna de Paris...

- Imediata repressão do governo nacional francêscontra um governo autônomo do município de Paris

1871 Paris era centro da atividade da AIT• Centenas de seções da AIT

• Centenas de greves ... sindicatos ... clubes revolucionários

- Janeiro: o exército alemão bombardeia Paris

- Fevereiro: Precipita a revolução. Eleições na França

- 1° março: Exército alemão ocupa a cidade

O povo expulsa o governo

e toma o poder em Paris

- Insurreição popular - Governo foge da cidade

- Vitória da Comuna

- Bandeira vermelha sobre a Prefeitura

- A Comunidade local é o novo poder: a Comuna

“maior movimento proletárioaté nossos dias” (Marx)

“maior movimento proletáriodo século XIX” (Lenin)

foi chamada

COMUNA DE PARIS(Marx)

“““““O proletariado tomou o céu de assalto”O proletariado tomou o céu de assalto”O proletariado tomou o céu de assalto”O proletariado tomou o céu de assalto”O proletariado tomou o céu de assalto”

Em 18 de março

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A vida curta da Comuna

- A primeira medida da Comuna: voto universal

- A jornada é fixada em 10 horas nas fábricas de armas

- Comitê de Mulheres pela defesa de Paris (todas da Internacional)

- Aliança do governo francês com o invasor alemão

- abril: Bismark, chanceler alemão, devolve à França

100 mil prisioneiros com suas armas para derrotar Paris

- maio: Paris bombardeada

A Comuna resistiu 73 diasNo final 30 mil operários fuzilados

36 mil condenados

milhares exilados nas colônias

A bandeira vermelha se afirma...

bandeira da REVOLUÇÃO

1872 a AIT se muda para os EUApara superar os antagonismos Marx X Bakunin

1872 a Internacional decide se extinguirnum congresso em Philadelphia (EUA)

Várias causas:

1° Divergências internas ... Expulsão de Bakunin ...

2° Crise do Internacional ... na guerra Franco-Prussiana (1870)

3° Refluxo após derrota da Comuna de Paris (1871)

4° Esmagamento dos sindicatos franceses após derrota da Comuna

Atenção: para os anarquistas, a AIT continuou e continua até hoje

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1866 Congresso Operário de Baltimore decide

greves pelas 8 horas nos EUA ... até a vitória

1886: 1° de Maio de Chicago

1868 Aprovada a lei das 8 horas nos EUA ......... não aplicada

1884 Congresso da recém-nascida AFL em Chicago decide:

Greve Geral em 1° de maio de 86 pelas 8 horas

1886 Abril. Pipocam várias greves ................................. Em Milwake, 9 mortos

Sábado, dia 1° de maio de 1886 Greve Geral em Chicago...

aparece boletim:

”A partir de hoje nenhum operário deve trabalharmais de 8 horas por dia: 8 horas de trabalho,

8 horas de repouso, 8 horas de educação”

Segunda, dia 3. A greve continua

a polícia mata seis operários em piquetes

Terça, dia 4. Concentração, discursos

polícia ataca ... dezenas de mortos / centenas de feridos

milhares de presos / sindicatos incendiados

Oito líderes condenados:5 condenados à forca, 2 à prisão perpétua, 1 a quinze anos de cadeia

Novembro: 7 meses depois, 4 são enforcados (1 se envenenou)

1888 A AFL marca nova greve

para 1° de maio de 1890 pelas 8 horas

1889 A Internacional decreta luta pelas 8 horas, no mundo todo

e encampa a proposta da AFL

1890 Manifestações e greves no mundo todo pelas 8 horas

1891 A Interncional decreta

1° de maio

Dia Internacional dos Trabalhadores

1892 O governo do Estado do Illinois, após inúmeros protestos dos trabalhadores,

declara nulo o processo e absolve a todos ... inclusive os mortos

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A capa do jornal L´assiette au beurre

as três musas proletárias

(Paris 1-5-1906)

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1° MAIO – DIA

DO TRABALHO

Em amplo sentido, trabalho é toda forma de atividade tendo um objetivo definido.

“O dia do trabalho” é comemorado no mundo inteiro. No Brasil foi instituído

oficialmente pelo Decreto n° 4859 de 26 de setembro de 1924. É feriado nacional.

O trabalho além de sua finalidade dita de produzir coisas, tem importantíssimas

finalidades morais, sociais, higiênicas e espirituais.

Do ponto de vista higiênico, o trabalho conserva a saúde; o indivíduo que fica sem

fazer nada em casa, adoece mais cedo.

Do ponto de vista social o trabalho é a grande força que aproxima e une os homens:

cada um de nós precisa do trabalho de todos os outros e também trabalha para

todos os outros. Finalmente, o trabalho tem um grande sentido espiritual: ele nos

conforta, nos dá alegria, a sensação de sermos úteis. Quando estamos preocupados,

o trabalho nos distrai. Fortalece o nosso espírito, enobrece e dignifica.

O trabalho nos aproxima do criador.

SERVIÇO SOCIAL

MAIO/97

Assim a burguesia fala do 1° de Maio

Na M

agneti Marelli (Fiat) de Cam

pinas ... 1/5/1997

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“A Era dos Impérios” (E. Hobsbawm)

30 anos de expansão capitalista acelerada

Grandes avanços científicosAÇO – ELETRICIDADE – PETRÓLEO

do ferro ao aço

do vapor à eletricidade

estradas de ferro + motor à explosão

(automóvel)petróleo e gasolina

... primeiros navios petroleiros na Rússia

Comunicações: telégrafo / telefone / gramofone / fotografia

cinema ... a caminho do Rádio

Transporte: do vapor ao transatlântico a petróleo (Titanic)

do trem ao metrô (Londres / Nova Iorque / Paris)

Indústria • Química .... petróleo

• Farmacêutica

• e ARMAS ...

E armas para a conquista da África e Ásia- Inglaterra e França: donas da Ásia e África

- EUA = controle econômico do seu quintal:

América Latina

A Era dos Impérios e a Internacional Socialista

1875 - 1915

2ªREVOLUÇÃOINDUSTRIAL

Conquista colonial

Exploração + opressãode continentes inteiros

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Centenário da Revolução Francesa de 1789num Congresso em Paris nasce a

2ª INTERNACIONALconhecida como

INTERNACIONAL SOCIALISTA

Em 1907, no Congresso de Stuttgart (Alemanha) se define como:

Associação internacional

dos operários e socialistasObs.: o nome da 2ª Internacional

será dado, em 1914, por Lênin

Foi puxada pelos partidos socialistas• Partido Socialdemocrata Alemão

• Partido Socialista Francês, etc, etc.

Grandes debates na 2ª InternacionalReforma ou Revolução

Como participar do Parlamento

Que tipo de democracia os socialistas defendem

Condenação de TODA GUERRA

Relação entre ação sindical e revolução

Enquanto isso, os países europeus- matavam

- pilhavam

- oprimiam

e SAQUEAVAM ÁSIA / ÁFRICA E AMÉRICA LATINA

1889

É a segunda acumulação primitiva de capital

É a Era do Imperialismo ... (Lênin, Rosa Luxemburgo...)

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Na Era dos Impérios ... (1875-1915)

Os trabalhadores Lutam por conquistas

Se organizam

Nos países industrializados nascem centrais sindicaisEm todos ... Inglaterra / Alemanha / EUA / França etc.

Em muitos países nascem partidos operários

Alemanha / Rússia / Bélgica / Inglaterra...

O nome variava: • Partido Laborista

• Partido Socialista

• Partido Social-Democrata

• Partido Operário Social-Democrata

• ...

Nasce a Internacional Socialista (2ª)Reunia todos os socialistas do mundo

Aos poucos adota o hino A Internacional

De 1890 a 1900 são criados

Secretariados Profissionais / Internacionais (SPI)São embriões de uma Confederação mundial de trabalhadores

- Secretariado dos metalúrgicos / têxteis / ferroviários

mineiros / portuários, etc, etc.

Eram próximos, mas independentes da 2ª Internacional

A Internacional realizava conferências e congressos

para encaminhar as lutas políticas

e incentivar a luta operária.

1

2

3

4

1900 Em Paris, no 5° Congresso, a Internacional• pede maior esforço na luta pelas 8 horas

• introduz a reivindicação do Salário Mínimo

Resumo

1907 I Conferência Internacional das Mulheres da Internacional

Anexo p. 46 e 47

1910 II Conferência Internacional das Mulheres, na Dinamarca

Decide a COMEMORAÇÃO MUNDIAL DO DIA DA MULHER

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mas na maioria dododododos países...

os patrões não obedeciam às leis

A arma de luta era a greve

com piquetes

manifestações

barricadas

e a eterna repressão

(Só para algum setor limitado)

Politicamente...

os socialistas falavam em revolução

Até 1915 nenhum país tinha cedido as

8 horas...

As lutas de 1875 a 1915

Nos países de capitalismo avançado (Inglaterra / França / EUA/ Holanda/ Bélgica / Alemanha / Suíça)

pagamento de horas extras / proteção no trabalho

assistência e previdência pública / legislação trabalhista

os operários lutavam por:

Salários decentes (aumentos, salário mínimo)

Redução da jornada para 8 horas

Conquista de direitos: descanso semanal / férias

Somente na Alemanha e Inglaterra

tinha-se conseguido

uma série de leis protetoras .... “os direitos”

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Na Internacional, divisão central sobre a questão:

Como chegar ao socialismo

Dois caminhos: VIA REFORMISTA

VIA REVOLUCIONÁRIA

A divisão se cristaliza em duas tendências

Célebre livro de Rosa

Reforma ou Revolução

O capitalismo tentava cooptar os socialistasSobretudo pela via parlamentar (Grande debate na Internacional)

Essa divisão influenciará a política

e a ação sindical desta época

... os partidos socialistas se dividirão

... as centrais sindicais se dividirão

1900 – 1910: Nascem as Centrais Mundiais

?

ReformistasKautsky / Bernstein

RevolucionáriosRosa Luxemburgo /Lênin / Trotsky

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23

No começo do século XX avança a

ORGANIZAÇÃO CENTRALIZADA DOS TRABALHADORES

1903 A 2ª INTERNACIONAL cria o SISSecretariado Internacional dos Sindicatos

Reúne centrais e sindicatos socialistas

O SIS se transforma em federação mundial1913

Segue as idéias da Encíclica “Rerum Novarum”de Leão XIII (1891)

A Rerun Novarum

foi o anti-Manifesto do Marx

• Deu origem ao nascimento de sindicatos católicos

Secretariado Internacional Cristão

As Centrais cristãs criam seu secretariado mundial

Federação Internacional dos Sindicatos

FIS

SIC

1908

Desde 1848 os cristãos se opunham a:

- Comunismo

- Socialismo

- Anarquismo

- e tudo que se lhes assemelhasse

Não participavam dos sindicatoshegemonizados pelos socialistas

Os anarquistas mantêm aPresença na França / Itália

Hegemonia na Espanha

1900 AIT

CNT

(a 1ª Internacional)

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24

August Bebel, dirigente da Internacional escreve“A mulher e o socialismo” – começo da discussão

Nos EUA nasce o Partido Socialista Americano e,logo depois, a União Socialista das Mulheres

Na Inglaterra, EUA e países nórdicos haviaum movimento pelo voto feminino – ”As Sufragistas”

Nos EUA vários clube de mulheres, socialistas,anarquistas ou burguesas exigem direito de voto

3 de maio em Chicago, a Federação dos Clubes

das Mulheres CHAMA PARA UM DIA DA MULHER

28 de fevereiro, em Nova Iorque, o Partido Socialista Americano

chama para o “1°” Dia da Mulher”

“pelo direito de voto e contra a escravidão sexual”

A convocação dizia:

“A realização da revolução das mulheres é um dosmeios mais eficazes para a revolução de toda a sociedade”

A 2ª Internacional via a luta pelo direito de voto

das mulheres como “uma reivindicação burguesa”

Na Conferência das Mulheres Socialistas, as líderesClara Zetkin, Rosa Luxemburgo e Alexandra Kollontai

propõem que todos os partidos socialistas

lutem pelo VOTO FEMININO

1895

1910: O Dia da Mulher nasce das mulheres socialistas

1901

1900 - 1915

1901 - 1908

1908

1909

Até 1907

1907

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25

No último domingo de fevereiro, o Partido Socialista Americanoorganiza o 2° Dia da Mulherpara “arrolar as mulheresno exército dos camaradas da revolução social”

Em Copenhaque, na 2ª Conferência Internacionaldas Mulheres Socialistas, as delegadas americanas propõemque os socialistas comemorem, todos os anos, oDia Internacional da Mulher. Quando? Não foi definido

- Em 29 de agosto, o jornal socialista “A Igualdade”publica a proposta aprovada:

1910

1910

O Dia da Mulher é marcadopara o último domingo do mês de fevereiro

Pela primeira vez as mulheres socialistas da Alemanhamarcam o Dia da Mulher para 8 de março

Na Rússia, as mulheres socialistas, tecelãs, em 8 de março,entram em greve. A greve dará início à Revolução Russa

As mulheres socialistas de todas as naçõesorganizarão um dia das mulheres específico...cujo

primeiro objetivo será o direito de voto (...)numa perspectiva socialista

1911-12-13

1914

1917

“O dia das operárias, 8 de março, foi uma datamemorável na história. Neste dia, as mulheres russas

levantaram a tocha da revolução” (A. Kollontai)

“”

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26Em Moscou, a Conferência das Mulheres Comunistas adotao 8 de março como o “Dia Internacional das Operárias”

O 8 de Março é esquecido por várias razões políticas... Só volta a ser comemorado, fracamente, após 1945. Só pelas mulheres comunistas

O PCF e a CGT francesa, visando diminuir a resistência a este dia “comunista”, começam a falar de uma greve de mulheres, em 1857, em Nova Iorque

O jornal da CGT francesa sela a nova lenda de 1857

A Federação das Mulheres Comunistas da Alemanha Orientalpublica a história de 1857com as 129 mulheres queimadas, etc.

A ONU oficializa o 8 de Março ligando-o à greve de 1857. Esta greve nunca aconteceu

(por todos os documentos históricos consultados)

A Unesco encampa o 8 de Março como o Dia da Mulhere repete a versão das 129 mulheres queimadasna tal greve de 1857

O prefeito de Nova Iorque decreta feriado municipalo 8 de Março ... em homenagem às 129 queimadas vivas

1921

Décadas 20 e 40

Década 1950

1955

1966

1975

1978

1977

e assim... com essa historinha,

fica feliz a burguesia que descaracteriza

a luta socialista das mulheres

fica feliz a social-democracia que consegue fazer esquecer

a heróica greve de mulheres comunistas russas

que oiriginou a Revolução Russa

e até os sobreviventes da 3ª Internacional que

conseguem fazer esquecer uma greve rebelde

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27

A 1ª Guerra Mundial racha o movimento socialista

Lutas operárias em todos os paises industrializados

1900 - 1915

Século XX - século do “4° Estado”

- Século XIX - Século da burguesia- Século XX - Século das Revoluções Operárias

Continua o avanço do capitalismo- automóvel: EUA / Inglaterra / Alemanha / França / Itália

- GUERRA: tanque / avião / metralhadora / submarino / bomba H ...

Aos países industrializados da EuropaSe junta o Japão ... único país industrializado da Ásia

Na AL início da industrializaçãoBrasil / Argentina / México / ChileBrasil / Argentina / México / ChileBrasil / Argentina / México / ChileBrasil / Argentina / México / ChileBrasil / Argentina / México / Chile

A classe operária prepara a Revolução

- na Rússia - na Alemanha - na França - na Itália

E a burguesiaprepara

a GUERRA

conquista de direitos trabalhistas

avança a

... após 120 anos de lutas

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28

4 de agosto de 1914Os deputados do Partido Socialdemocrata Alemão e da Bélgica e etc.

VOTAM A FAVOR DOS “CRÉDITOS DE GUERRA”

proposta dos governos burgueses

Começa com a concordância do SPD (Socialistas alemães)

1914

1ª Guerra Mundialpor Lenin

e Rosa Luxemburgo uma

GUERRAINTER - IMPERIALISTA

Matérias primaseMercados

Com a guerra...

o Movimento Socialista RACHA• Contra a guerra “INTERNACIONALISTAS”

• A favor da guerra : “INTERVENCIONISTAS”

X- Alemanha- Áustria-Hungria

Guerra... negação do ideal socialistado internacionalismo proletário

Lenin em agosto de 1914 escreveu um texto

“Segunda Internacional: 1889-1914”em janeiro de 1916 escreve livreto:“O oportunismo e a falência da 2ª Internacional”

Daqui nasce a designação de: 1ª Internacional (AIT)2ª Internacional (Socialista)3ª Internacional (Comunista)

Alemanha queria

1918 Alemanha derrotada na guerra, vive clima de revolução

O SPD entra no governo (principal partido)

Rosa e os Espartaquistas criam o Partido ComunistaTentam a revolução operáriasão esmagados - Rosa e K. Liebknecht assassinados

pela burguesia e com o apoio do SPD

• Inglaterra • França• Rússia • EUA • Itália

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29

1917: A Revolução Russa muda o mundo

Pão, Terra e Paz

Na Rússia O partido socialista (POSDR) dividido

• Bolcheviques (L(L(L(L(Lenin, Buckarin, Stalin, Kenin, Buckarin, Stalin, Kenin, Buckarin, Stalin, Kenin, Buckarin, Stalin, Kenin, Buckarin, Stalin, Kamenevamenevamenevamenevamenev, K, K, K, K, Kollontai...ollontai...ollontai...ollontai...ollontai... • • • • • MencheviquesMencheviquesMencheviquesMencheviquesMencheviques (Martov (Martov (Martov (Martov (Martov, T, T, T, T, Trotskyrotskyrotskyrotskyrotsky...)...)...)...)...)

Os bolcheviques propunham que a Rússia saísse da guerrae apostavam na revolução

Os trabalhadores reivindicavam

Fevereiro - Passeata das mulheres tecelãs de São Petersburgo

(dia 23/2 que correspondia a 8 de Março)

É o estopim da primeira fase da Revolução Russa.

O czar cede e convoca a Constituinte

A Rússia passa de monarquia absolutista à constitucionalista

1917

- Muda o nome de Russia para URSS- Novo hino nacional “A Internacional”

- Nova bnadeira: vermelha

Revolução Russa

Abril - Lenin volta do exílio com a palavra de ordem

“ “Todo o poder aos conselhos”

Outubro - Os bolcheviques lideram a tomada do poder

(Soviets)

Divisor de águasem todos os sindicatos e centrais sindicais

e em todo os partidos políticos

- os dois caminhos: reforma ou revolução

Daqui em diante - REVOLUCIONÁRIOS (comunistas)

- REFORMISTAS (Socialdemocratas)

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30

Após o fim da Guerra Mundial

em Versailles ... Conferência de paz

nasce a Sociedade das Nações (espécie de ONU)

nasce a OIT (Organização Internacional do Trabalho)

sua finalidade: evitar revoltas e revoluções

através de uma legislação trabalhista

• a cada ano, a OIT se reunia e emanava uma “convenção”,

espécie de orientação para os países membros

• OIT elabora sua primeira Convenção Internacional em Washington (1920)

sobre a jornada de 8 horas na indústria

a partir de 1919...em todos os países se acelera

a legislaçao trabalhista

Se oficializa o racha na 2ª Internacional

1919-30: Trabalhadores preparam revoluções

1919

1919

Socialdemocratas reavivam a 2ª Internacional

de um lado

Principais partidos: SPD (alemão)Labour Party (Inglês)

OBS.: a 2ª Internacional será coOBS.: a 2ª Internacional será coOBS.: a 2ª Internacional será coOBS.: a 2ª Internacional será coOBS.: a 2ª Internacional será conhecida como Internacionalnhecida como Internacionalnhecida como Internacionalnhecida como Internacionalnhecida como Internacional AmarelaAmarelaAmarelaAmarelaAmarelaou Internacional de Amsterdamou Internacional de Amsterdamou Internacional de Amsterdamou Internacional de Amsterdamou Internacional de Amsterdam

a 2ª Internacional cria a FSIFederação Sindical Internacional

Os comunistas criam a 3ª Internacional

Ou Internacional Comunista (IC)conhecida como Internacional de Moscou

do outro lado

“A 3ª Internacional tem a tarefa de organizar os esforços do proletariadopara o assalto revolucionário contra os governos capitalistas,para a guerra civil contra as burguesias de todos os países,

para o assalto ao poder político, perla vitória do socialismo”.L e n i n - 1 9 1 4 )L e n i n - 1 9 1 4 )L e n i n - 1 9 1 4 )L e n i n - 1 9 1 4 )L e n i n - 1 9 1 4 )

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31

É criada em Moscou a 3ª Internacional

Conhecida como Internacional Comunista ou Komintern

defende o “reconhecimento da ditadura do proletariado

e do poder dos conselhos no lugar da democracia burguesa”

propoe uma “União Mundial das Republicas Socialistas Soviéticas”

Há 41 delegações de diferentes paises

sua tarefa principal: criar um Partido Comunistaem seu país

1919

1919-20

1920-22

Década de 20 EUA são a primeira potência mundial

- Alemanha - F- Alemanha - F- Alemanha - F- Alemanha - F- Alemanha - França - Itália...rança - Itália...rança - Itália...rança - Itália...rança - Itália...

- Brasil - Argentina...- Brasil - Argentina...- Brasil - Argentina...- Brasil - Argentina...- Brasil - Argentina...

- Sudeste asiático... China / Vietnã...- Sudeste asiático... China / Vietnã...- Sudeste asiático... China / Vietnã...- Sudeste asiático... China / Vietnã...- Sudeste asiático... China / Vietnã...

Nascem Partidos Comunistas

no mundo todo

• Na Hungria há um levante camponês - operário que

quase implanta o socialismo

• Na Itália de 1919 a 21 vive-se o “biênio vermelho”

Operários de Turim tomam as fábricas e criam

os “Conselhos de Fábrica” - Teórico: Gramsci

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32

1920

1921

Os sindicatos se organizam mundialmente

em quatro Confederações MundiaisSocialistas (2ª Internacional)

Comunistas (3ª Internacional)

Católicos (Vaticano)

Anarquistas (quase só na Espanha)

Os cristãos criam sua central: CISCConfederação Internacional dos Sindicatos Cristãos

Por orientação da 3ª Internacional

desde 1919 os Comunistas saem dos sindicatos socialdemocratas

e criam Centrais Sindicais Vermelhas

em 1921 em Moscou é criada a ISRInternacional Sindical Vermelha..... (Rouge)

Os socialistas continuam com a FSI

A AIT se estabelece em LondresA AIT se estabelece em LondresA AIT se estabelece em LondresA AIT se estabelece em LondresA AIT se estabelece em Londres

... principal força será a CNT da Espanha

- No mundo, tem início a época do rádio

- EUA: motor da economia capitalista

- URSS: avanço na industrialização

- Na Itália nasce o FASCISMO (Mussolin(Mussolin(Mussolin(Mussolin(Mussoliniiiii)))))

. logo se espalhará em Portugal (Salazar)(Salazar)(Salazar)(Salazar)(Salazar)

- Nos EUA forte repressão à esquerda

. 1927: Morte de Sacco e Vanzetti

(protestos no mundo inteiro... Brasil)

. Pleno emprego: Fordismo (Taylorismo)

- burocratização dos sindicatos

1922

Anos 20

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33

CRASHCRASHCRASHCRASHCRASH da bolsa de Nova Yorque• crise mundial do capitalismo

• desemprego

• fome

Na Alemanha, ascensão do NAZISMO- 1933: Hitler se elege:- Nazistas 1/3 de votos

- Socialistas 1/3 de votos

- comunistas 1/3 devotos

forte derrota dos trabalhadores

... estopim da 2ª Guerra Mundial

• Nos EUA, se elege F. D. Roosevelt

Do velho liberalismo ao keynesianismopara salvar o capitalismo da crise

era preciso a intervenção do Estado na economia

é o “Novo Rumo” (New Deal)

. Na Europa, avança o FASCISMO

suas idéias centrais:1- Anticomunismo

2- Antiliberalismo

3- Estado ditatorial

4- Militarismo / violência ... Guerra

5- Nacionalismo xenófabo

6- Racismo ... raça puraraça puraraça puraraça puraraça pura

1929

1930-39: burguesia prepara a Guerra Mundial

1929-33

1932

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34

O Komintern passa a defender

governos de União Nacional:

as Frentes Populares

Na França, em 1936, vitória da “Front Populaire”• Legislação a favor dos trabalhadores: • 40 horas

• Aposentadoria

• Duas semanas de férias

• etc, etc

Na URSS, a Revolução engole a si mesma- Grandes “processos de Moscou”

milhares e milhões de fuzilados e enviados à Sibéria

“os crimes de Stalin” (Krushov em 1956)

“o terror stalinista”

Hitler prepara a guerra “contra os bolcheviques”• Queria destruir o COMUNISMO

• Avançar para Oeste (petróleo / mercados)

A 3ª Internacional, na prática, deixa de existirA 3ª Internacional, na prática, deixa de existirA 3ª Internacional, na prática, deixa de existirA 3ª Internacional, na prática, deixa de existirA 3ª Internacional, na prática, deixa de existir. É formalmente extinta em 37.. É formalmente extinta em 37.. É formalmente extinta em 37.. É formalmente extinta em 37.. É formalmente extinta em 37.

Nova política dos PCs criar Nova política dos PCs criar Nova política dos PCs criar Nova política dos PCs criar Nova política dos PCs criar FRENTES POPULARES

em 1943em 1943em 1943em 1943em 1943, ST ST ST ST STALIN EXTINGUE O KALIN EXTINGUE O KALIN EXTINGUE O KALIN EXTINGUE O KALIN EXTINGUE O KOMINTERNOMINTERNOMINTERNOMINTERNOMINTERN

Em 1/1/1944 muda o hino: da Internacional ao Hino Estatal SoviéticoEm 1/1/1944 muda o hino: da Internacional ao Hino Estatal SoviéticoEm 1/1/1944 muda o hino: da Internacional ao Hino Estatal SoviéticoEm 1/1/1944 muda o hino: da Internacional ao Hino Estatal SoviéticoEm 1/1/1944 muda o hino: da Internacional ao Hino Estatal Soviético

Guerra Civil EspanholaAs forças anti-fascistas se uniram na Frente Popular

vencem as eleições

mas a direita não aceita o resultado

1934-35

1936

1936

1936-39

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35

Os fascistas liderados por Franco são apoiados

pela Alemanha (aviação...destruição de GUERNICA)

pela Itália... “voluntários” fascistas

A esquerda: socialistas + comunistas + anarquistasreceberam apoio das BRIGADAS INTERNACIONAIS

(esquerda e comunistas do mundo todo...

Brasil Apolônio de Carvalho + 17 voluntários)

fortes divisões na esquerda

em 1939

mais de meio milhão

de mortos

1937-39

1938

A Guerra Civil Espanhola anunciava a futura Guerra Mundial

A Alemanha se RE-ARMA...

com o consentimento da Inglaterra, França e EUA

HITLER ATACARIA URSS

TROSKY CRIA A 4ª INTERNACIONALreúne part idos e organizações comunistas anti-estal inistasreúne part idos e organizações comunistas anti-estal inistasreúne part idos e organizações comunistas anti-estal inistasreúne part idos e organizações comunistas anti-estal inistasreúne part idos e organizações comunistas anti-estal inistas

- Às vésperas da 2ª Guerra

Havia três confederações mundiais

- FSI (da 2ª Internacional) liderada pela TUC e AFL

- CISC (católica) dizia ter 2 milhões de afilhados

- AIT (anarquista) com 1 milhão de sócios

- ISR (comunista) se dissolveu em 1937

O último congresso foi em 1930O último congresso foi em 1930O último congresso foi em 1930O último congresso foi em 1930O último congresso foi em 1930

vitória dos fascistas

Anexo p. 56

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36

1939- 1945: A Segunda Guerra Mundial

2ª GUERRA MUNDIALO mundo se divide em dois campos

39-45

A Alemanhã ameaça dominar o Mundo Ocidental

O Japão ameaça controlar o Pacífico

mas a Rússia pára a Alemanhã...(Batalha de Stalingrado)

De 1943 em diante

RENASCE O MOVIMENTO SINDICAL NOS VÁRIOS PAÍSES

CAUSAS:

a) esgotamento pelos sacrifícios da guerra: greves e lutas revolucionárias

b) circulação de idéias .......... Mobilidade / Imigrações

c) ânimo operário na luta antifascista

d) afrouxamento do anticomunismo. URSS contra Hitler

“Forças do Eixo”bloco nazi-fascista“Potências Aliadas”

A L E M A N H ÃA L E M A N H ÃA L E M A N H ÃA L E M A N H ÃA L E M A N H Ã

J A P Ã OJ A P Ã OJ A P Ã OJ A P Ã OJ A P Ã O

I T Á L I AI T Á L I AI T Á L I AI T Á L I AI T Á L I A

U R S SU R S SU R S SU R S SU R S S

E U AE U AE U AE U AE U A

I N G L AI N G L AI N G L AI N G L AI N G L AT E R R AT E R R AT E R R AT E R R AT E R R A

F R A N Ç AF R A N Ç AF R A N Ç AF R A N Ç AF R A N Ç A

X

1944

Na Europa se associa a luta operária

à luta antifascista

Renascimento dos Partidos Comunistas• Itália

• França

• Grécia

• Iuguslávia

• Albânia

Enquanto isso... na Inglaterra

Nele há toda a visão neoliberal que dominará o mundo de 1973 em diante...

“O caminho da servidão”-Biblia do neoliberalismo-

• O economista Friedrich Von Hayeck publica

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37

Fim da 2ª Guerra - Guerra Fria - Neoliberalismo

- Desde 1943 EUA + URSS + Inglaterra se encontram

para dividir o mundo após a vitória

- Conferências de Yalta (43) e Potsdam (1945)

1° de Maio: fim da guerra na Europa

Agosto: bombas atômicas sobre o Japão

(inúteis - só para mostrar o poderio dos EUA aos russos)

Nasce a ONU... para evitar novas guerras

mas os senhores da guerra têm direito de “veto”

EUA / URSS / Inglaterra / França / Formosa

O mundo capitalista cria seus organismos ligados à ONU

FMI - Banco Mundial - Bird ... Gatt....

• Desde 1943 sindicatos Ingleses e Russos estabelecem contatos

Setembro, em Londres

SINDICATOS INGLESES / SOVIÉTICOS / FRANCESES / AMERICANOS

Criam a

(Federação Sindical Mundial)

obs.: A americana AFL recusa-se a sentar com os soviéticos

1945

1945

!

FSM

1946 CISC

1947

1947

só a CIO participa

obs.: Os cristãos NÃO ENTRARAM

Os cristãos recriam aesta, em 64, muda para CMTC, e em 68 para CMT

Na Suíça, é criada a Sociedade de Mont Pelerin...

quase uma “Internacional” neoliberal... defendia as idéias de Hayek

Início GUERRA FRIABloco Ocidental X Bloco Soviético

(Capitalismo) (Socialismo)

• OS EUA impedem VITÓRIAS COMUNISTAS

na Grécia / Itália ... França

• URSS ASSISTE CALADA!(a divisão do mundo fixada em Yalta)

X

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38

1947 Visando conter as lutas operárias

na Europa...

Os EUOs EUOs EUOs EUOs EUA lançam PLANO MARSHALLA lançam PLANO MARSHALLA lançam PLANO MARSHALLA lançam PLANO MARSHALLA lançam PLANO MARSHALL................NA................NA................NA................NA................NATTTTTO (OO (OO (OO (OO (OTTTTTAN)AN)AN)AN)AN)

A URSS responde com o K A URSS responde com o K A URSS responde com o K A URSS responde com o K A URSS responde com o KOMINFORM (recriação do KOMINFORM (recriação do KOMINFORM (recriação do KOMINFORM (recriação do KOMINFORM (recriação do KOMINTERN)OMINTERN)OMINTERN)OMINTERN)OMINTERN)

A FSM fica paralisada

Enquanto isso...

A URSS cria o Pacto de Varsóvia

Centrais anti-comunistas saem da FSM- AFL + CIO (Estados Unidos)- AFL + CIO (Estados Unidos)- AFL + CIO (Estados Unidos)- AFL + CIO (Estados Unidos)- AFL + CIO (Estados Unidos)

- TUC (Inglaterra)- TUC (Inglaterra)- TUC (Inglaterra)- TUC (Inglaterra)- TUC (Inglaterra)

- Centrais da Holanda, Bélgica, Suécia e Noruega- Centrais da Holanda, Bélgica, Suécia e Noruega- Centrais da Holanda, Bélgica, Suécia e Noruega- Centrais da Holanda, Bélgica, Suécia e Noruega- Centrais da Holanda, Bélgica, Suécia e Noruega

- R- R- R- R- Rachas das Centrais Unitárias (Fachas das Centrais Unitárias (Fachas das Centrais Unitárias (Fachas das Centrais Unitárias (Fachas das Centrais Unitárias (França / I tál ia, etc...)rança / I tál ia, etc...)rança / I tál ia, etc...)rança / I tál ia, etc...)rança / I tál ia, etc...)

Juntas criam a

(Confederação Internacional

das Organizações Sindicais Livres)

É a Central Mundial pró-EUA = Capitalismologo após entra a DGB (Alemanha)(Alemanha)(Alemanha)(Alemanha)(Alemanha)

Na China, o Partido Comunista toma o poder

Estado socialista...

camponeses, operários e Exército no podercamponeses, operários e Exército no podercamponeses, operários e Exército no podercamponeses, operários e Exército no podercamponeses, operários e Exército no poder

O mundo está dividido em dois blocos

URSS + paises satélites (Leste Europeu)

EUA e sua tutela da Europa

Na URSS “desestalinização”: queda do mito

1949

CIOSL

1949

1950

1953

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39

Desde 1945 Descolonização da Ásia e África

Inglaterra e França em 30 anos

perdem suas colônias

- Guerras coloniais ... milhões de mortos

pelos exércitos da Inglaterra / França / Portugal / Holanda / Bélgica / Itália

- Na AL golpes para manter o quintal dos EUA

As grandes “guerras da libertação”- Índia (Ghandhi)

- Vietnam (Ho Chi Min)

- Congo (Lumumba)

- Argélia (Bem Bella)

- Angola, Moçambique / Guiné Bissau

......

No Egito, Nasser levanta o nacionalismo árabe

Nasce o MOVIMENTO DOS “NÃO-ALINHADOS”

- Nehru / Tito / Nasser / Nkruman / Sekou Turé...

- O Brasil não se integrou

Vitória da Revolução Cubana

Fidel Castro / Che Guevara... socialismo

Anos 60: duras lutas operárias na Europa

1955

1956

1959

1960

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40

Na Europa forte influência da

Social Democracia...

anos do “Wellfare State”

(Estado do bem-estar social)

Sonho de um eterno pacto social

... 1968 Contestação geral- costumes

- autoridade

- opressão

- discriminação

Maio Francêse Berkeley / Sidney / Roma

Los Angeles...

no EUA Guerra do Vietnã = movimento pacifista

Panteras Negras / Black Power

Feminismo (nos EUA e Europa)

Lutas operárias na Itália e (um pouco) França

visão de AUTONOMIA / “POTERE OPERÁRIO”

...”Democracia Proletária”

De 45 a 75

Década 60

Década 70

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Anos 70 A.L. Ditaduras para silenciar

a esquerda

No Brasil, a classe operária torna à cena- A explosão das greves (1978-80)

- até 1987: recorde mundial de greves

- 1983: a 1ª greve geral no país - 1989: a maior greve geral do século XX, no Brasil

durante a década de 80...

a classe operária brasileira dá exemplo ao mundo

• cria a Central Única (CUT)

• cria um Partido dos Trabalhadores (PT)

• faz milhares de greves

É criado o MSTque se tornará o maior movimento camponês

do mundo entre anos 90 e 2000

- Brasil 64 ... o exemplo

- Chile 73

- Argentina 76

- Uruguay

- Bolívia

Operação coordenada pela CIA / EUA . Extermínio da esquerda

Via - Escola das Américas

Objetivos... o de sempre

A América aos americanos

1978

1985

“ ”

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Crise do petróleoDiminuição dos lucros do capital

Fim da época de ouro.................. após o BOOM das pós-guerra

crise econômica................. crise do petróleo em 73

queda da taxa de lucro

novo quadro políticoEUA potência hegemônica

a URSS se desmancha

Campo livre para a ideologia neoliberal- 1973: primeiro país neoliberal: Chile de Pinochet

(imposto via ditadura)

- 1979: EUA Reagan... a direita no poder

- 1980: Inglaterra Tatcher

- 1978: em Roma João Paulo II conservador

visceralmente anti-comunista

combate à TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

A realidade dos trabalhadores sob o neoliberalismo

1973

De 70 a 90

Década de 80

Década de 90

Liberalismo na América Latina

Argentina / México / Brasil / Venezuela...

TODOS

MORRE A URSS (1992)... Volta a Russia

EUA donos absolutos do mundo

Governos sócio-liberais na Europa

França / Alemanha / Inglaterra / Itália

Espanha / Portugal ... Todos os países

DESAPARECE O BLOCO SOVIÉTICO

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desde 1975 (pós crise do petróleo)

Na produção

mil palavras... mesmo sentido...

do Taylorismo ao toyotismo

Re-engenharia / Qualidade Total / CCQ

Novas formas de gerenciamento

Ilhas de produção: multifuncionalidade / Kanban

just-in-time / Kaizé / 5S

Reestruturação produtiva

Politicamente

Neoliberalismo mil palavras... um único sentido: DOMÍNIO ABSOLUTO DO CAPITAL

Flexibilização de direitos “negociado X legislado”

Negociação X conflito

Fim da luta de classe... “A greve está superada”

para isso...

destruição da solidariedade = individualismo

inutilidade dos sindicatos

desqualificação da política

Na AL é isso que quer o

Novo pacto social

“PARCERIA”

o sentido é o mesmo:

vestir a camisa da empresa

CONSENSO DE WASHINGTON

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Crise em toda a Europa e na AL (Chile / Venezuela)

Sindicalmente:

Desfiliações da CFDT (França) da CMT

da CSN (Canadá)

e

aproximação da CIOSL

Quadro das Confederações Mundiais - de 70 a 90

DIMINUIÇÃO DO PESO DA DEMOCRACIA CRISTÃ

DESAPARECIMENTO DO PÓLO SOVIÉTICO - 75 a 91

Longa crise até desaparecer

sindicalmente

FSM sem autonomia (fazia tempo)

pura correia de transmissão

Falta de democracia

Cupulismo

Desfiliações CGIL (Itália) (1978)

CGT (França) (1994)

HEGEMONIA CAPITALISTA NEOLIBERAL - 80 ATÉ...?

Campo livre para a CIOSL

Sindicalmente

CIOSL: novas adesões de dezenas de centrais

1

2

3

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1989 - Se derreteu como gelo ao sol junto com a URSS e Leste Europeu

Hoje estão na FSM - as centrais de Cuba / Vietnam / Índia- CGT (Central - Brasil)

- CSC (Corrente interna da CUT)

- etc.

Em 2006 se reestrutura e visa se tornar um POLO MUNDIALcontra o NEOLIBERALISMO

As Centrais Mundiais após o Fim do Muro de Berlim

A FSM QUASE DESAPARECEU

A CMT CONTINUA NA MESMA

• Central dos católicos da Bélgica e Holanda

• Pequenas centrais sem peso na América Latina

• No Brasil: A CMT tem a CAT

A CIOSL PASSA A SER QUASE A ÚNICA

Na prática é a única Central Mundial

em 97, 136 centrais filiadas em 130 países (55 de 1992 até 2000)

- CUT Brasil - (+CGT + Força Sindical)

- KCTU (Coréia do Sul) - 1977- COSATU - (África do Sul)

- CGIL - (Itália)- CCOO - (Espanha - 1977)- etc, etc, etc...

Continuavam independentes

Ainda... - CGT - França - CGTP - Portugal

- PIT-CNT - Uruguai - CTA - Argentina - COB - Bolívia

- OPZZ Polônia: O maior sindicato- Rússia: A Federação Industrial dos Sindicatos da Russia com 70 milhões de filiados- Federação Sindical da China - Colabora com a FSM- A CITU, Terceira Organização de Trabalhadores da Índia

- A Zenrorem que é a 2ª Organização Sindical do Japão

- Filipinas: A KMU

e-mail da CIOSL: [email protected]... em 2000

[email protected]

Em 2006 novo quadro mundial

- Ciosl e FSM se fundem na CSI (Confederação Sindical Internacional)(Confederação Sindical Internacional)(Confederação Sindical Internacional)(Confederação Sindical Internacional)(Confederação Sindical Internacional)

- FSM - Continua- FSM - Continua- FSM - Continua- FSM - Continua- FSM - Continua

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Contradições internas na CSIA “nova” central mundial nasce com certa

musculatura. Pelos dados oficiais, geralmenteinchados, ela diz representar 166 milhões detrabalhadores de 156 países. Participaram do eventode fundação 1.700 líderes sindicais, representando309 entidades nacionais que já aderiram à CSI.Expressão de várias contradições internas, o congressoaprovou uma resolução contra a “ocupação do Iraque”e se manifestou, de maneira ambígua, “contra oterrorismo em todas as suas formas e sob qualquerpretexto” – colocando no mesmo patamar o terrorismode estado dos EUA e a resistência armada nos paísesocupados, como na Palestina.

No plano estritamente sindical, a CSI aprovou “apossibilidade de filiação aos não organizados”,inclusive “às centenas de milhões de pessoas quetrabalham na economia informal, em situações nãotradicionais ou atípicas e em trabalhos precários”.Também aprovou uma campanha internacional desindicalização e planos específicos de trabalho juntoà juventude e às mulheres. O Conselho Geral da CSI, oseu principal órgão de deliberação, será formado por70 titulares e 140 membros rotativos de todos oscontinentes. Do Brasil, as três principais centraisnacionais (CUT, Força Sindical e CGT) terão assento noconselho.

A “nova” central sindical mundialALTAMIRO BORGES

Em congresso concluído em 3 denovembro, na Áustria,

foi criada a Confederação SindicalInternacional (CSI).

A mídia tem tratado a entidade como“nova”, mas não é bem assim.

A CSI é fruto da fusão de duas antigascentrais mundiais: a Confederação

Internacional das Organizações SindicaisLivres (Ciosl), que já representava o

casamento da social-democraciaeuropéia com o tradeunionismo dos

EUA; e a democrata-cristã ConfederaçãoMundial do Trabalho (CMT).

Na plenária de encerramento, obritânico Guy Ryder, um “negociador

profissional” que já atuou naOrganização Internacional do Trabalho e desde 2002 era o chefão da Ciosl, foi

eleito secretário-geral da CSI,o que confirma o papel de apêndice da

central cristã.

O programa aprovado no congresso defundação também não traz grandes

novidades. Ele reafirma a velhaintenção de “humanizar” a

globalização, de priorizar a atuação nasinstâncias multilaterais,

como o Fundo Monetário Internacional,Banco Mundial e Organização Mundial

do Comércio, e de reforçar a negociaçãotripartite entre o capital, governos e

trabalhadores.Em dez páginas, o programa prega o

“desenvolvimento de um novo modelode globalização”, sem questionar a

lógica capitalista, e propõea “democratização dos órgãos

financeiros mundiais”, visando queestes reconheçam “a primazia dosdireitos humanos sobre as regras

econômicas”. Na prática, a CSIrepresenta uma nova fase de

consolidação do reformismo sindical.

Nos dias que antecederam a fundação da CSI foramrealizados os congressos de dissolução da Ciosl e daCMT. No caso da central democrata-cristã, aindasurgiram resistências à fusão, com críticas à diluição eà perda de fisionomia. Como registrou MichelNoblecourt, do Le Monde, a fusão representou naprática “a absorção” desta pela Ciosl. Já o 19ºcongresso desta central aprovou entusiasticamente acriação da CSI, encarada como única forma de interferirnas instâncias do capital, como o FMI e a OMC. “Ocongresso de dissolução da Ciosl é um passo para ofortalecimento do sindicalismo internacional, paragarantir maior representação dos interesses e dosdireitos dos trabalhadores na economia global”,explicou Guy Ryder.

Processo de fusão Ciosl-CMTA fusão da Ciosl-CMT se dá num cenário de enormes

dificuldades do sindicalismo mundial, decorrentes defatores objetivos e subjetivos. A crise se manifesta naqueda permanente das taxas de sindicalização –segundo relatório recente da OIT, a média mundial deassociados é de apenas 19% –, na perda de poder debarganha dos sindicatos, que não conseguem conter aofensiva do capital contra o trabalho; na redução dainfluência do sindicalismo, que perde credibilidade nasociedade e capacidade de intervenção política; na

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60difícil incorporação de jovens, mulheres, trabalhadoresprecarizados e informais na vida sindical; e ainda nopreocupante processo de sua fragmentação. O esforçode unidade, neste sentido, é saudável.

Ambas as centrais já vinham discutindo a fusãohá tempos. Após uma fase de negociações debastidores, ela foi defendida pela primeira vez empúblico em abril de 2003, no 17º Congresso da Ciosl,em Durban, pelo secretário-geral da CMT, Willy Thys.Em maio do mesmo ano, no 10º Congresso daConfederação Européia de Sindicatos (CES), em Praga,a idéia foi reforçada pelo secretário-geral da Ciosl, GuyRyder. O primeiro documento conjunto assinado pelasduas executivas, intitulado “princípios básicos parauma nova organização sindical mundial”, surgiu em2004. A proposta ganhou impulso no 18º Congressoda Ciosl, em dezembro de 2004, no Japão, e, emnovembro de 2005, foi ratificada no Congresso da CMT.

Qual a concepção da nova central?Mas qual o sentido desta fusão? Visa dar novo

impulso às lutas dos trabalhadores e concretizar asonhada unidade do sindicalismo? Ou representa umreforço das estruturas burocráticas e centralizadoras,a partir da concepção de harmonia entre o capital e otrabalho? Ela é feita com o objetivo de congregar todasas concepções existentes numa central pluralista edemocrática, ou preserva o ranço sectário e excludentedo passado? Objetiva “revolucionarizar”, de fato, aspráticas e concepções sindicais, ou quer apenas reforçare eternizar aparatos através de medidas administrativase financeiras? A resposta a estas e a outras questões édecisiva para decifrar os reais motivos e osdesdobramentos da fundação da CSI.

É sabido que a Ciosl, criada em 1949, nasceu nobojo da “guerra fria” para domesticar a luta de classes.O seu estatuto pregava “o combate ao comunismo”.Após dividir a Federação Sindical Mundial, centralunitária fundada em 1945, a Ciosl cumpriu um papelhistórico desprezível. Entre outros crimes, apoiou ocerco capitalista ao bloco soviético e a Cuba, foicúmplice de guerras imperialistas na Coréia e no Vietnã,estimulou e financiou os golpes no Brasil, Chile,Argentina. Já a CMT, originária da Confederação dosSindicatos Cristãos (CISC), criada em 1920 com apoiodo Vaticano e dos partidos democratas-cristãos, sempreteve menor expressão no sindicalismo e nunca aceitoudiscutir qualquer unidade orgânica.

Práticas golpistas da matrizNa fase mais recente, com a débâcle do bloco

socialista e o fim da bipolaridade entre URSS e EUA, aCiosl teve visível crescimento das filiações, tornando-se a maior central mundial. Já a CMT se manteveestagnada e a Federação Sindical Mundial (FSM) sofreucom o golpe da dissolução do bloco soviético e comsuas próprias limitações. O anticomunismo, tão

funcional para a sobrevivência da Ciosl no passado,deixou de ser a sua principal bandeira e sua maiorfonte de recursos por parte dos governos e instituiçõesburguesas. O que não significa que ela tenha superadoessa doença genética. Vale a pena citar apenas trêsexemplos deprimentes deste último período paraevidenciar alguns riscos da recém-fundada CSI:

Em janeiro de 2002, a Ciosl defendeu a açãofascista da Confederação dos Trabalhadores daVenezuela (CTV), que se somou ao patronato e aogoverno Bush na tentativa frustrada de golpe contrao presidente Hugo Chávez. “A CTV é um dos líderes daCoordenadoria Democrática, eixo da oposição aogoverno da Venezuela”, alegou. Documentos reveladosrecentemente confirmam que a AFL-CIO, a central dosEUA que é um dos principais sustentáculos da Ciosl,financia grupos de oposição ao governo de HugoChávez;

Já em abril de 2003, o secretário-geral da Ciosl,Guy Ryder, enviou à OIT uma “queixa formal contra ogoverno de Cuba por violações da liberdade sindical”.O documento, divulgado num momento de ataque doterrorista George Bush contra esta nação, faziainúmeras acusações levianas, ao estilo da “guerra fria”,contra a obrigatoriedade da filiação ao sindicato e aproibição ao direito de greve e à negociação coletivano país. A mentirosa “queixa” foi prontamenterechaçada pela Central dos Trabalhadores de Cuba;

No seu penúltimo congresso, no Japão, a Ciosldedicou atenção especial à China, num duro ataqueaos rumos adotados por esta nação soberana que hojeameaça a hegemonia dos EUA. O documento aprovadochega a defender “o apoio a setores sindicaisatualmente excluídos do sistema de relações laboraisneste país”, o que “de concreto, significa redistribuirrecursos financeiros desta organização mundial”. Otexto curiosamente pouco falou sobre a agressãoimperialista dos EUA no Iraque.

Visão excludente e sectáriaEsta visão direitista, ainda impregnada do

anticomunismo e bastante funcional ao imperialismo,manteve-se no processo de fundação da CSI. Tanto quea “nova” central excluiu as correntes não identificadascom esta linha. Isto fica patente num dos seusdocumentos fundantes. “A Ciosl tem insistidopermanentemente que a unificação só poderá ter lugarcom base nos princípios do sindicalismo democráticoe independente, que inspiraram sua criação”. Essaterminologia, dos tempos da “guerra fria”, significa atotal exclusão das centrais de Cuba, China, Vietnã eCoréia. Até a recém-criada União Nacional dosTrabalhadores (UNT) da Venezuela, oposta à golpistae patronal CTV, não se encaixaria nestes requisitos.

Não é para menos que a Confederação dosSindicatos da China (ACFTU), que representa 134milhões de associados, acusou a fusão de representar

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61um novo tipo de “hegemonismo sindical”. ValentinPacho, da FSM, também foi incisivo na crítica: “O queexiste é a fusão de duas centrais, mas a nova centralnão será unitária porque exclui a FSM, marginaliza aACFTU e veta a Central de Trabalhadores de Cuba (CTC),a Confederação dos Trabalhadores do Vietnã, aFederação de Sindicatos da Coréia do Norte e outrasmais. Para que sejam dignos de respeito, os que nopassado dividiram a FSM deveriam fazer sinceraautocrítica e não deveriam ser excludentes com asdemais organizações somente porque elas pensamdiferente”.

Repensar a filiação da CUTAlém de sectário, o projeto de fusão apresenta

perigosas armadilhas para as centrais nacionais quehoje já são filiadas a uma das duas organizaçõesinternacionais ou que vierem a se filiar à nova entidade.A CUT, que ingressou na Ciosl em 1992 com o pretextode que disputaria internamente seus rumos políticos– o que a história demonstrou ser totalmente inviável– deveria rapidamente rediscutir a sua filiação. Peloque já foi acordado pelas executivas da Ciosl e da CMT,a nova central será altamente centralizada. As atuaisorganizações regionais, como a Orit e a Clat nocontinente americano, perderão o que resta deautonomia; na verdade, segundo documento da Ciosl,“elas deixariam de existir enquanto organizaçõesregionais”.

Entre os pontos já firmados, estão:“Reconhecimento de uma única estrutura para cadaregião dentro da nova confederação internacional;

garantia de um equilíbrio adequado entre a autonomiadas estruturas regionais e a necessidade de quereflitam, em suas respectivas regionais, os enfoques eas políticas da confederação internacional; anecessidade de que os secretários-gerais das estruturasregionais tenham status de secretários-gerais adjuntosda confederação internacional, pelo qual as suaseleições deverão ser ratificadas pelos órgãos dirigentesda confederação internacional”. Há também excessivapreocupação em concentrar os recursos financeiros eem centralizar as ações em organismos como a OMC e oFMI.

Tamanha centralização já gerou críticas. A CMT,a parte mais frágil da fusão, solicitou salvaguardaspara “preservar a sua corrente, enraizada em valoresespirituais”. Também a Confederação dos Sindicatos daEuropa (CES), tida como exemplo para fundação da novacentral, exigiu a preservação da sua autonomia. Comobrinca Kjeld Jakobsen, ex-secretário de relaçõesinternacionais da CUT e um dos arquitetos do seuingresso na Ciosl, “é até irônico que as centrais mundiaisque coordenam o processo de formação da novaorganização e que tanto combateram o comunismo,não tenham nenhum melindre em adotar a concepçãoleninista de direção para a central”. Ele condena “avisão anglo-saxônica e centralizadora de direção”.

Altamiro Borges é jornalista, membro do ComitêCentral do PCdoB, editor da revista Debate Sindical eautor do livro “As encruzilhadas do sindicalismo”

(Editora Anita Garibaldi, 2ª edição).

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62Bibliografia mínima - Módulo Mundo

1- História do Pensamento Socialista - 1956 - G.D.H. Cole - Vol. II, III

2- História da riqueza do homem - 1969 - Leo Huberman

3- A era dos Impérios - 1998 - E. Hobsbawm - Paz e Terra

4- A era das Revoluções - 1998 - E. Hobsbawm - Paz e Terra

5- A era do Capital - 1998 - E. Hobsbawm - Paz e Terra

6- A era dos extremos - 1995 - E. Hobsbawm - Companhia das Letras

7- As Centrais Sindicais Mundiais - 1982 OSM - fase - 13 de Maio

8- 1° de Maio: cem anos de lutas - 1986 - J.L. Del Royo - São Paulo - Oboré/Global

9- CMT, FSM, CIOSL - 1988 - Desep - CUT

10- SIndicalismo Internacional - 1986 - Ildes/Escola 7 de Outubro

11- Para onde vai a CUT - 1994 - V. Giannotti e S. L. Neto - Ed. Scritta

12- A socialdemocracia e o PT - 1996 - A. Ozai - CPV

13- 1° de Maio: Cem anos de lutas operárias - 2005 - NPC

14- O Dia da Mulher nasceu das Mulheres Socialistas - 2006 - NPC

15- Hegemonia dos Estados Unidos no novo milênio - Petras, James - Petrópolis - Vozes - 2000

16- Século XX - O Século de imperialismo - Sader, Emir - São Paulo - F.P. Abramp - Ed. 2000

17- Formação do Império Americano - Luiz Alberto Moniz bandeira - Ed. Civ. Brasileira - 2006

Filmes sobre o tema:

1- Germinal - de Cloude Berri - França -1994

2- Daenz, um grito de justiça - de Stijn Coninx - Bélgica 1992

3- Reds - de Warren Beatty - EUA

4- Couraçado Potenkin - de Serguei Eisenstein - URSS - 1925

5- Outubro - de Serguei Eisenstein - Russia - 1927

6- Terra e Liberdade - de Ken Loach - Inglaterra - 1990

7- O Pianista - de Roman Polanski - França - 2002

8- Amém - de Golden Spike - Alemanha/França - Costa Gavras -2002

9- A Batalha de Argel - de Gillo Pontecorvo - Itália - 1965

10- Queimada - de Gillo Pontecorvo - Itália - 1969

11- A Batalha do Chile - de Patrício Henriques

12- A Cidade está tranquila - de Robert Guédeguian - França - 2000

13- Ou Tudo ou Nada - de Peter Cattaneo - Inglaterra - 1997

14- Billy Elliot - de Stephen Daldry - Inglaterra - 2000

15- Roger and me - de Michael Moore - EUA - 1989

16- Segunda feira ao Sol - de Fernando L. Aranda - Espanha - 2002

17- Memória del Saqueo - de Fernando Solanas - Argentina - 2002

18- Machuca - de Andrés Wood - Chile- 2004