HISTÓRIA DO ADVENTISMO 1_Apostila

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HISTRIA DO ADVENTISMO POR LUIZ NUNES SALT- IAENE

SumrioI - Histria do adventismo e sua natureza II - Histria da igreja adventista e sua natureza - Introduo geral III - Contexto religioso e filosfico em que surgiu o adventismo IV - O reavivamento do adventismo V - O movimento adventista VI - O movimento millerita VII - Depois do desapontamento VIII - A pgina impressa IX - O nascimento de uma organizao X - A reforma da sade XI - Comeando o sistema educacional XII - A expanso do adventismo - 1868 - 1885 XIII - Justia pela f - Minnepolis - 1888 XIV - A reorganizao da igreja - 1888 - 1903 XV - A crise do pantesmo XVI - A crise do pantesmo - Dr. Kellogg - 1901 - 1907 XVII - A obra na Amrica do Sul XVIII - Nossa estrutura organizacional XIX - Grupos dissidentes XX - Tendncias do adventismo

I HISTRIA DO ADVENTISMO E SUA NATUREZA

PORQUE ESTUDAR A HISTRIA DO ADVENTISMO?A Ns no participamos da filosofia existencialista para quem o passado sem sentido, s interessando ao homem o presente. Logo, fazer Histria para eles no tem razo de ser, pois esta nada tem a esclarecer do presente, nem diz nada de relevante ao homem hodierno. 1 Para estes o significado da Histria jaz sempre no presente. 2 Podemos concordar com a idia de que o homem envolvido com a histria no presente, no pode captar o seu sentido. 3 Mas cremos que Deus, que est fora da Histria e que a preside, providencialmente, pode revelar seu sentido ao homem, e o fez. O cristo v as contingncias e acidentes da histria como a trama e a urdidura do pano que Deus, em Sua providncia, est tecendo (Dr. Pollard, citado por J. Schwantes, em Significado bblico da histria, 18). 4 Queremos entender como Deus dirigiu, est dirigindo e dirigir nossa Histria, sem abdicar de Sua soberania, nem negar nossa liberdade. a Para ns o passado tem valor esclarecedor e orientador do prprio passado e nos habilita a agir no presente face as nossas crises eclesisticas e desafios. b O significado final da histria deve ter um propsito de redeno, que concretizado por Deus na Histria mesma (E. Rust). (1) Este propsito de redeno presente pelos benefcios adquiridos na cruz. (2) Este propsito de redeno futuro, pois seu pleno benefcio s ser alcanado no porvir. B Quem somos ns? A alma do movimento adventista.

1 Precisamos entender nosso passado com suas motivaes, vicissitudes e realizaes para que diante das crises e perigos dos sculos ou do presente, possamos ter um direo segura. 2 Precisamos estudar nossa identidade como povo, sem mantermos, ou aceitarmos conceitos restritivos. a Alguns nos encaram como uma inovao tardia, vinda para o mundo religioso no sculo XIX. Somos declarados como entidade separatista e tardia. b Isto nos tem colocado, injustamente, fora da Reforma Protestante do sculo XVI, quando ns nos vemos como uma continuao dela (C.S., 83). E nos vemos no s como continuadores, mas como aqueles que a conduziro ao seu clmax. 3 Precisamos recuar nosso horizontes, e vermo-nos como uma parte inseparvel de toda histria, como o final seguimento de sua verdade. a Somos a ltima linha de testemunhas de Deus para alcanarmos o fim da era crist. b O ltimo seguimento das 7 fases da Igreja de Deus, como revelado em Apocalipse 2, 3, e interpretado por A.A, pp. 586, 587. 4 Precisamos entender a relao do povo remanescente e a Igreja invisvel. a Igreja Universal Comunidade de crentes que confessam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Compe-se de todos os que verdadeiramente crem em Cristo. (1) Remanescente: Um povo chamado para fora, nos ltimos dias, do corpo universal, devido apostasia, para anunciar a Trplice Mensagem Anglica a todo o mundo. (2) Esta viso da igreja d profundidade e perspectiva nossa misso e mensagem. Prov mais poder e apelo para nossa misso do testemunhar a todos os homens, e nos protegem do conceito restritivo de que somos uma inovao tardia e que surgimos no sculo XIX como entidade separatista.

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(a) Duas conseqncias lgicas surgem desta viso de igreja: 1) Destruir todo senso inconfessvel de complexo de superioridade (triunfalismo) e ufanismo. 2) No esquecer nossa identidade doutrinria e proftica, eclesiolgica e missiolgica. (b) Esta viso de igreja com a nossa anuncia s duas verdades bsicas, atravs das quais o mundo cristo nos reconhece como uma igreja crist, e so elas: 1) A eterna preexistncia e completa divindade de Cristo. 2) Seu ato de expiao foi completo na cruz. 5 Somos a consumao de todos os reavivamentos e reformas da histria crist. a Porque as igrejas reformadas falharam em completar a obra, ns estamos aqui para faz-la. Nossa finalidade a final misso. b Ns temos um lugar especfico a ocupar no plano de Deus, no conflito dos sculos. (1) Ns somos a testemunha final da cadeia de arautos da verdade salvadora. (2) Nossa luz cumulativa, nossos privilgios conforme a eleio, nos fazem responsveis diante de Deus e dos homens da tocha da grande comisso. Somos o ltimo movimento mundial de misso.

II HISTRIA DA IGREJA ADVENTISTA INTRODUO GERAL

CONTEXTO HISTRICO DO MOVIMENTO ADVENTISTAA Em torno do sculo XV as pessoas e os governos estavam interessados em saber como ficar mais ricos. Seria aumentando a quantidade de terras ou a quantidade de dinheiro? A sociedade feudal fora baseada na riqueza de posse de terra. Enquanto uma sociedade que se baseava na riqueza da posse de dinheiro emergia lentamente. 1 Um pas rico tal como um homem rico, deve ser um pas com muito dinheiro; e juntar ouro e prata num pas deve ser a mais rpida forma de enriquec-lo (Adam Smith, 1776). a A palavra de ordem era: vender o mximo e importar o mnimo.

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b Deu-se assim o incio a uma revoluo comercial. c Neste contexto e sob este prisma se pode entender e interpretar melhor os acontecimentos histricos diversos. (1) Como as cruzadas que visavam reabrir o Mar Mediterrneo Oriental s embarcaes ocidentais com finalidades comercias. (2) Como as viagens martimas que objetivavam encontrar uma rota alternativa s ndias (oriente todo) com vistas a fomentar o comrcio no ocidente. (3) Com este mesmo objetivo se deram as viagens de descobrimento e colonizao de: Portugal, Espanha, frana, Inglaterra, Holanda. A ordem era trazer ouro, prata e outros bens para aumentar a riqueza com base no lucro. Surge no horizonte da histria a burguesia. B O sculo XVI foi caracterizado pelo humanismo (antropocntrico) . O homem o centro, o sujeito o padro de tudo. Com isso comeou a se valorizar o que no homem havia de maior valor sua razo. Isso nos conduz ao Iluminismo, no sculo XVIII. Foi a poca do racionalismo de Descartes. Deu-se a liberdade do pensamento. Com uma mo eles abalaram o absolutismo secular dos reis e com a outra a autoridade religiosa de Roma. 1 Por este processo propagam-se as idias liberais, que defendiam o direito do indivduo liberdade poltica e de expresso. 2 Nesta poca surgiu a doutrina dos trs poderes fundamentais: a Executivo b Legislativo c Judicirio (1) Cada um existia para limitar o poder do outro. 3 Com o livro Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau, se desenvolveu a concepo de que a soberania reside no povo. C Desta forma estavam prontos os ingredientes para as revolues liberais:

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1 A Revoluo Americana a realizao prtica dos pensamentos filosficos liberais do sculo XVIII, de Descartes, de John Locke, Montesquieu, Voltaire, Rousseau e outros. a A guerra da Independncia Americana (1776 1783). b Segunda Guerra de Independncia Americana (1812 1814). c Guerra de Secesso (1861 1865). 2 Revoluo Francesa (1789) e outras. 3 Este foi o caminho que os dominados encontraram para ter direito aos bens de produo o Capital. a Assim ascendeu no cenrio social a classe burguesa que aliada ao povo, ento, contra os colonizadores ou contra a nobreza defendiam as idias de: (1) Igualdade de todos os homens; (2) Liberdade Democracia; (3) Repblica Soberania do povo atravs de seus delegados; (4) Federalismo Sistema poltico que se constitui de vrios estados numa federao; (5) Capitalismo. 4 Foi neste ambiente que surgiu e deu os primeiros passos o Movimento Adventista. D Napoleo Bonaparte e a Europa Durante quinze anos Napoleo Bonaparte procurou propagar atravs de guerra o ideal republicano na Europa. E se anunciava como lder do estado dominante da Europa. 1 sua sede insacivel de poder o levou a exercer seu domnio em reas distantes como Oriente Prximo e Egito. a E ainda o conduziram s portas do Vaticano quando o general Berthier estabelece a Repblica Romana, em 1798, aprisionando o papa Pio Vi, que morreu no exlio. 2 Depois de 15 anos de guerra, Napoleo foi confinado numa ilha do Atlntico Sul, Santa Helena, onde veio a falecer.

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3 Ento a Europa tentou construir uma sociedade ordeira, livre dos excessos trazidos pela revoluo francesa. a Sob a liderana do Prncipe Matternich da ustria, e sob a inspirao de Edmund Burke, os estadistas europeus decidiram encorajar instituies que trouxessem estabilidade para a sociedade ordeira que desejavam. b Entre elas estava a Igreja Catlica, cuja influncia e prestgio gradualmente aumentaram. E Quando o Adventismo comeou? 1 Os adventistas do 7 dia crem que suas origens esto num longnquo passado. a No, somente, no movimento de 1830 a 1840 nos EUA, porm mais alm. b Alm, em Wesley e no movimento reavivacionista do sculo XVIII. c Alm, nos grandes reformadores protestantes. d Alm, nos grupos dissidentes anteriores, como os valdenses e lolardos (sociedade semimonstica da Idade Mdia, 1.300, para tratamento de doentes e enterro de mortos, que se originou na Anturoia; seguidores de Wycliffe nos sculos XIV e XV). e Alm, na Igreja Primitiva cltica da Irlanda e da Esccia. f Alm, nos mrtires do VI, V, IV e III sculos. Nossas origens esto fundadas em: (1) Columba Mrtir do VI sculo; (2) Patrcio Mrtir do V sculo; (3) Ulfilas Mrtir do IV sculo; (4) Justino, Perptua e Felicitas; (5) Policarpo, Bispo de Smirna. g Alm, esto nos apstolos e Jesus Cristo.

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III CONTEXTO RELIGIOSO E FILOSFICO EM QUE SURGIU O ADVENTISMO A Diversidade Religiosa Nesta ocasio o protestantismo estava experimentando um renascimento em suas fileiras, particularmente, na Inglaterra e nos EEUU, onde a obra de Wesley frutificou em rpido crescimento do Metodismo. Processou-se ento um reavivamento interdenominacional, que se caracterizou por uma experincia religiosa pessoal e emocional. Os sculos XVIII e XIX foram ricos em diversidade religiosa. Novas seitas proliferaram. 1 A Amrica sempre foi a terra dos dissidentes religiosos. Embora os pais peregrinos sejam os mais conhecidos, contudo houve outros como: a Comunidade Germnica da Mulher no Deserto, estabelecida em 1964, prxima da moderna Filadlfia. b Foi na Pensilvnia, entre os German Dunkers (batistas), que Conrad Beissel, tornou-se convicto da sacraticidade do stimo dia, o Sbado. Rejeitado por sua comunidade, Beissel retirouse para formar a EPHRATA CLOISTER, cujos membros, em edio ao Sbado, negavam a doutrina da eterna punio, opunham-se a toda guerra e violncia, e seguiam alimentao vegetariana com duas refeies por dia. c Alm destes podem ser mencionados ainda: Rappites, Os Separatistas de Zoar e a sociedade de Amana. 2 PROFETAS dos sculos XIX nos EEUU: a No ano da declarao da independncia da Amrica surgiram movimentos religiosos dirigidos por pessoas que se diziam profetas: (1) JEMIMA WILKINSON Aps experimentar um transe de 36 horas, ela ficou convencida que o Esprito de Jesus Cristo ocupava o corpo dela, e isto duraria 1.000 anos. Chamava-se a si mesma de AMIGA UNIVERSAL. (a) Crenas: Sbado, Celibato, Ps-milenialismo. (b) Morte em 1819. (2) ME ANN LEE STANLEY Chegou nos EEUU, em 1774, vinda da Inglaterra, com 8 seguidores,8

(a) Sua igreja chamava-se Igreja Milenial, seus seguidores foram intitulados: The Shakers. (b) Ela se considerava a encarnao feminina da Divindade. (c) Crenas: Celibato. Igualdade dos sexos. Ps-milenialismo. Comunicaes espirituais. Temperana. b Alm desses grupos podem ser mencionados outros, como: Hopedale Community, Fruitlands, Brook Farm. Todos ligados idia do Reino Milenial. (1) JOHN HUMPHREY NOYES Desenvolveu a crena da perfeio individual e da perfeio da comunidade. Suas crenas caractersticas so: (a) Impecabilidade aps a converso. (b) Casamento complexo cada mulher do grupo deve ser casada com cada homem. c Estes grupos religiosos desenvolveram crenas e prticas que mais tarde vieram a ser caractersticas dos Adventistas do 7 Dia. 3 Os Santos Dos ltimos Dias a Joseph Smith Jr. foi o fundador e organizador da Igreja dos Santos dos ltimos Dias, 1830. (1) Aos 14 anos disse receber a 1 viso. (a) Nela me foi revelado que no havia nenhuma igreja que tivesse uma teologia e uma prtica corretas. (2) Anos mais tarde, ele recebeu a visita do anjo Moroni, que o conduziu a uma montanha prxima. Ali, Smith, diz Ter recebido pratos (placas) de ouro com inscries. Em9

1830, Smith escreveu o Livro dos Mormons, que era a traduo das inscries das placas de ouro. (3) Doutrinas caractersticas: (a) Batismo de Imerso (b) Dzimo (c) Temperana (d) Guarda do 1 dia da semana (e) Poligamia (f) Estabelecimento do Reino de Deus na Terra (4) Devido aos casamentos do profeta, desafetos de sua igreja e outros lderes religiosos levaram-no destruio. (a) Foi preso com seu irmo Hyran, por ordem do governador Thomas Ford, em Illinois. (b) Em 27 de junho de 1844, em tumulto no presdio, ele foi assassinado com seu irmo. 4 O ESPIRITISMO MODERNO E O EVOLUCIONISMO a Origens Modernas do Espiritismo. O emocionalismo Metodista, Batista e o esprito reavivalista dos campbelitas (Thomas Campbell discpulos de Cristo) prepararam o terreno para o surgimento dos Mrmons, bem como a filosofia esprita de Emanuel Swedenborg, que esteve nos EEUU, no incio do sculo XIX. (1) A Segunda Vinda para este homem, conforme revelada no Apocalipse, ocorreu quando ele recebeu a revelao do significado espiritual da Bblia. (a) Ele dizia ter experimentado vises, nas quais ele conversava com um famoso homem do remoto passado. (b) ANDREW JACKSON DAVIS Aos 18 anos, sapateiro, teve um transe no qual ele se encontrou e recebeu mensagens de um antigo mdico grego chamado Galen, e de E. Swendenborg. Isto ocorreu em 1844.

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(c) AS IRMS FOX Hydesville , N. Y., apareceram quatro anos mais tarde, em 1848. A comunicao com os espritos que elas estabeleceram teve ampla publicidade nos EEUU. O espiritualismo, embora no tenha formado uma denominao organizada parte, teve rpido crescimento nos EEUU e no mundo. Em 1859, o nmero de mdiuns em N. Y. era de 71, enquanto Massachusetts possua 55, em Ohio 27. Cerca de 350.000 nova-iorquinos professavam comunho com os mortos. (d) CHARLES DARWIN A idia da evoluo muito antiga. Na Grcia, Anaximander ensinava que o homem evoluiu do peixe. (1) Aristteles ensinou que Deus criou uma massa de matria viva, e dessa massa evoluram formas de vida cada vez mais complexas. (2) Os primeiros evolucionistas do sculo XVIII, foram: Buffon, na Frana, defendeu em seus trabalhos que era possvel a transformao de uma espcie em outra, em 1751, a Sorbonne o forou a negar essa possibilidade. Em 1794, na obra Zoonomia, Erasmus Darwin, av de Charles Darwin aceitava uma idia sobre evoluo os animais de sangue quente tinham uma origem comum. Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829) no s aceitou a idia de evoluo como foi o primeiro a tentar explicar os fatores que a determinam. A obra de Lamarck, Filosofia Zoolgica, foi publicada em 1809. Charles Robert Darwin publicou o livro Origem das Espcies, em 1859, que esgotou em um s dia 1.250 exemplares. Darwin nasceu em 1809 e j em 1831, embarcou como bilogo no navio Beagle numa viagem de pesquisa que durou cinco anos. O primeiro rascunho do seu livro ficou pronto em 1844, curiosamente. Escreveu outros livros sobre o tema. Morreu em 1882, aos 73 anos.11

5 O Movimento Missionrio sculo XIX O Grande Sculo Missionrio. a - Teve seu incio em 1793, com a chegada de William Carey, na ndia. (1) Dois anos mais tarde foi estabelecida a Sociedade Missionria de Londres, 1795; no ano seguinte, em N. Y., estabelecida uma entidade semelhante (1796). b - O movimento missionrio foi respaldado pelo surgimento de Sociedades Bblicas. (1) Sociedade Bblica Britnica e Estrangeira 1804. (2) Sociedade Bblica Americana 1816. (3) Entre 1804 e 1840 surgiram 63 Sociedades Bblicas na Europa, Amrica e sia. Dentro deste perodo, aproximadamente (1800-1844) foram traduzidas partes da Bblia em 112 lnguas e dialetos. c - Com este respaldo surgiram missionrios de quem o mundo no era digno. (1) Robert Morrison China. (2) Adoniran Judson ndia. (3) Robert Moffat Sul da frica. (4) David Livingstone frica. (5) John G. Paton Ilhas do Pacfico. d - Escola Dominical criada para alcanar milhares de crianas e jovens que cresceram em lares onde o nome de Cristo era usado s de forma profana. (1) Fundador Robert Raikes Movimento de Escola Dominical na Inglaterra. (2) Em 1816, em Boston, EEUU fundaram escolas similares. (e) Em 1826, as Igrejas Congregacional, Presbiteriana e Reformada estabeleceram a Sociedade Missionria do Lar Americano.

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(f) O advento da Revoluo Industrial na Inglaterra e EEUU proveu recursos e tecnologia para a Obra Missionria. Todas as igrejas crists do mundo tem ali a sua sede de fato ou legal. (g) Movimentos Reformatrios fundaram nos EEUU todo tipo de sociedade. (1) Anti-Escravocratas. (2) Temperana. (3) Missionrias. (4) Presidirios. (5) Cegos. (6) Educao Primria. (7) rfos. (8) Asilo de loucos. (9) Pobres.

IV O REAVIVAMENTO DO ADVENTISMO A A Promessa 1 - No ano 31 a. D. os apstolos ouviram uma vez mais a promessa da bem-aventurada esperana At 1:9-11. 2 - O retorno de J. C. foi repetido mais de 300 vezes no N. T., como um acontecimento iminente, por isso apontado por Edward Gibbon como o principal fator do rpido crescimento do cristianismo primitivo. 3 - Erros de expectativa frustrada. a - A viso espiritualista de Orgenes A Segunda Vinda ocorria quando o indivduo aceitava a Cristo e morria para o pecado. b - A viso eclesiolgica de Sto. Agostinho O Reino Milenial de Cristo teve seu incio no estabelecimento de sua Igreja na 1 Vinda. B - Interesse no Estudo Proftico

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1 Aps o 5 sculo, estudiosos surgiram, isoladamente, que viam nas profecias de Daniel e Apocalipse uma evidncia da proximidade da 2 Vinda. a Joachim Floris em 1180 foi o primeiro a aplicar o dia/ano profecia dos 1260 dias. 2 Contudo, s a partir da Reforma Protestante que a crena na iminente volta de Cristo teve seu desenvolvimento. a No incio do sculo XVII, apareceu um clrigo ingls, Daniel Whitby que procurou harmonizar as correntes que o precederam. (1) Ele defendeu a idia de que a 2 Vinda era espiritual, a que se seguiria mil anos, nos quais se converteriam primeiro os protestantes, catlicos, judeus e maometanos, abandonando seus pecados e descrena, no fim do milnio, ento Cristo voltaria literalmente. (2) Por volta de 1750, o Ps-Milenialismo dominou a escatologia protestante, na Amrica e Inglaterra. 3 - Os acontecimentos da Revoluo Francesa recrudesceram a especulao milenial, uma vez que a profecia os 1260 dias teve o seu cumprimento com o aprisionamento do Papa, e o estabelecimento da Repblica em Roma. a Ainda renovou o interesse no estudo das profecias de tempo como 1260 e 2300 dia/ano. b Por volta de 1800, muitos estudiosos protestantes admitiam que os 1260 anos de supremacia papal terminaram na ltima dcada do 18 sculo. (1) Foi Drue Cressener (m. 1718),um pastor da Igreja Anglicana, o primeiro a iniciar o perodo dos 1260 dias com Justiniano e sua atuao em favor do papado, cujo trmino se daria em torno de 1800. (2) A primeira apario da besta se deu quando Justiniano recuperou o Imprio Ocidental, e desde esse tempo at aproximadamente o ano 1800 transcorreram 1260 anos. (P.F.O.F., II, 596). (3) Este renascimento do interesse em profecia logo se transferiu para o mais longo perodo da profecia bblica, os 2.300 dia/ano, de Dn 8:14.14

(4) Em torno deste perodo, 84 homens de 13 pases, de quatro continentes ensinavam que os 2.300 dias/ano terminariam em 1844, 1845 ou 1847.

V O MOVIMENTO ADVENTISTA A Na Alemanha 1 Johann Petri, pastor calvinista alemo, em 1768, foi o primeiro a encontrar o caminho para a correta interpretao dos 2.300 dias/anos. a Foi Petri quem primeiro descobriu a ntima relao entre as 70 semanas profticas de Dn 9 e os 2.300 dias/anos de Dn 8. (1) Ele estabeleceu o incio de ambas as profecias em 453 a. C., isto conduziria o trmino do perodo proftico para 1847. 2 Johann Bengel Cinqenta anos antes de J. Petri, causou o maior impacto nos meios protestantes. Para ele a Bblia inteira era uma revelao progressiva do plano de Deus para salvao do homem, tendo como figura central a pessoal do nosso Senhor Jesus Cristo. Todas as profecias de tempo apontavam para culminao do plano e salvao: a segunda vinda de Cristo em glria. a - Para ele, o nmero 666 e 1260 eram iguais, apontando para o tempo da supremacia papal. Com um complicado arrazoado aritmtico conclua que o fim dos 1260 era o ano 1836. b - Ele cria que Cristo voltaria terra neste tempo, para iniciar seu reino milenial, e em seguida haveria um segundo milnio no cu. c - Bengel exerceu uma profunda influncia no pietismo germnico, e na Inglaterra, Joo Wesley foi profundamente alcanado por seu ensino. 3 - Joahnn Richter: Era secretrio da Sociedade Missionria de Rhenish, e editou o Comentrio Bblico da Famlia, em seis volumes. 4 - Johann Lutz: Pregador em Karlshuld na Bavria, pequena cidade mergulhada no pecado. Ali ele chamou a ateno do povo para as profecias do rpido retorno de Jesus Cristo e para um preparo cabal para este evento. B No Chile15

1 Manuel Lacunza a Por sculos a Igreja Catlica, ou ignorou o retorno de Cristo ou o colocou num longnquo futuro. b Ento, na dcada de 1790, um manuscrito intitulado A Vinda do Messias em Glria e Majestade, escrito por Manuel Lacunza, sacerdote jesuta, comeou a circular na Espanha e na Amrica Espanhola. c Ele foi forado a deixar o Chile, em 1767, quando Carlos III expulsou todos os jesutas. E Lacunza foi viver num mosteiro perto de Bologna, Itlia, onde terminou seus estudos sobre a segunda vinda de Jesus Cristo. Seus manuscritos circularam sob o pseudnimo de Juan Josafat Ben-Ezra. At que em 1812, 10 anos ps sua morte, sua obra foi publicada na Espanha. d Ele cria que havia duas ressurreies separadas pelo milnio, e que a vinda de Jesus era anterior ao milnio, posio oposta de Whitby, ps-milenialismo. C Inglaterra. 1 O livro de Lacunza agitou a Inglaterra, na dcada do ano de 1820, na direo da segunda vinda de Cristo. a O Jornal Anglicano, The Christian Observer, em seu primeiro nmero em 1802, foi dedicado, especialmente, aos 1260 dias/anos. b Em 1810, John A. Brown, introduziu os 2300 anos, datando o seu incio para 457 a.C. e seu fim para 1843 A.D. 2 Hans Wood (mais ou menos 1803). Irlands, piedoso leigo de Rossmead adotou a interpretao de que os 2.300 dias/anos tem o mesmo incio das 70 semanas. Ou seja, as 70 semanas so o primeiro segmento dos 2.300 anos, iniciando as 70 semanas em 420 a.C., cujo trmino seria em 1880. 3 Willian Cunninghame um leigo escocs, jornalista do The Christian Observer, um prolixo escritor, escreveu vinte e uma diferentes obras sobre profecia e cronologia. Ele acreditava que estava vivendo no tempo da mensagem do primeiro anjo de Apoc. 14:6,7, e que as duas outras mensagens estavam no futuro.

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a Ele entendeu que a purificao do santurio, no fim dos 2300, se referia purificao da igreja, ao julgamento da apostasia e do islamismo. b Ele pensava que milnio se iniciaria no fim dos 1335 dias/anos de Dn 12:12, em 1867, que para ele seria o fim dos 1260 dias tambm. c Havia diversas diferenas entre os pregadores do advento da Inglaterra em relao aos dos EEUU. (1) Os pregadores ingleses no conseguiram pregar, com o mesmo fervor dos americanos, uma data especfica. (2) A crena na converso dos judeus e no seu retorno Palestina ocupou um grande espao entre os pregadores ingleses e que no ocorreu com os mileritas. Por isso, apareceram homens, como Lewis Way e Henry Drumond, interessados na obra missionria entre os judeus. (3) Eles entendiam que a recente organizao de entidades missionrias e de sociedades bblicas era um cumprimento do alto clamor do anjo de Apoc. 14. Para expandir suas idias eles publicaram um jornal trimestral The Morning Watch (atalaia). d Em 1826, por sugesto de Lewis Way, Drumond convoca leigos e ministros para uma semana de estudos das profecias, em Albury Park. O que se tornou um evento anual por 4 anos; destas reunies surgiram dois jovens pregadores na casa dos trinta anos: Joseph Wolff e Edward Irving. 4 Joseph Wolff, filho de um rabino judeu-alemo. Repelido pelo racionalismo do protestantismo alemo do sculo XIX, ele voltou ao catolicismo. Wolff se tornou o pregador predileto do papa e dos cardeais. Logo se tornou professor de Propaganda, colgio missionrio da igreja, devido a sua facilidade para lnguas e seu fervor missionrio. Cedo deparou-se com um conflito com estudantes e professores a respeito do direito da igreja em queimar os herticos, que Wolff dizia ser uma violao do mandamento: no matars. Nesta ocasio ele se encontra com H. Drumond, que foi conhecer o famoso pregador cristo. Prontamente, Drumond apelou: Wolff, saia de Babilnia. Devido a sua independncia, foi afastado do catolicismo, aps o que emigrou para a Inglaterra, onde se tornou anglicano. Por ser especialista em 6 idiomas e ser capaz de se comunicar em mais 817

lnguas, tornou-se um Como pregador esteve e, em 1837, em visita Congresso Americano. em 1847.

missionrio entre judeus, rabes, hindus. no Oriente Mdio, na sia Central, na ndia aos EEUU, foi convidado a pregar para o Jos Wolff dizia que o 2 advento ocorreria

5 Edward Irving: Trata-se da mais brilhante figura do movimento adventista ingls, cresceu na Esccia e graduou-se na Universidade Edinburg com a idade de 17 anos. Depois de iniciar seu ministrio em Glasgow, aceitou um convite para pastorear uma pequena igreja em Londres Sua brilhante oratria, a reputao de sua piedade, e sua habilidade de empatizar com seus paroquianos, atraiu a nata da sociedade londrina. Logo foi necessrio mudar-se para a Igreja Presbiteriana da Regent Square, para poder acomodar sua congregao. Em 1826, ele leu, em espanhol, a obra de Lacunza. No mesmo ano se uniu a James Frre e a Lewis Way na organizao da sociedade de investigao da profecia. E. Irving aceitou o ano de 1847 como a provvel data do retorno de Cristo. Domingo aps domingo, Irving ensinou a milhares de pessoas em sua igreja em Londres, o iminente retorno de Jesus. Em sua viagem Esccia, ele falou a um auditrio de 12.000 pessoas ao ar livre. Nesta viagem foram convertidos os 3 irmos Bonar. Entre eles Horatius Bonar, famoso hinlogo do advento. Num domingo de 1831, o sermo foi interrompido por um estranho falar em lnguas seguido de curas divinas. A congregao dividiu-se quanto genuinidade desta manifestao sobrenatural. Irving rejeitou condenar o que ele pensou poder se tratar do derramamento do Esprito Santo na chuva serdia. Isto o conduziu para seu afastamento e heresia. Com o nimo quebrado, morreu em 1834. Nenhum pas europeu teve to brilhante grupo de pregadores como a Inglaterra. D Pregadores Europeus Continentais 1 Sua Franois S. R. Luis Gaussen, era professor da Escola de Teologia da Sociedade Evanglica. Por ser um zeloso advogado do 2 advento, deu especial ateno s profecias em seu ensino. Gaussen originou uma maneira mpar de criar interesse nas profecias por dar aulas na Escola Dominical sobre Daniel para as crianas de Genebra. Esta srie atraiu muitos adultos, inclusive vindos como visitantes de outros pases. 2 Sucia Os clrigos da igreja oficial rejeitaram a mensagem do breve retorno de Cristo. No lugar deles, nos lares e florestas, pregadores leigos pregaram at que foram presos durante os anos 1843/2, muitas crianas de ambos os sexos, mesmo com a idade de

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6 anos anunciaram o 2 advento, e chamavam o povo ao arrependimento. 3 Austrlia Thomas Playford apresentava seus poderosos sermes, nas igrejas, at que estas ficaram pequenas, ento seus amigos construram um local, grande, para reunies. 4 - ndia - Na cidade Calcut, o bispo episcopal, Daniel Wilson, publicou, em 1836, o livro sobre as profecias de Daniel. Neste volume ele declara que o fim dos 2300 dias/anos seria em 1847, quando se daria a 2 vinda, e a ressurreio pr-milenial. 5 - Causas do porqu o movimento adventista falhou em arregimentar todo o povo, no velho mundo. a) Discutiam excessivamente se o perodo proftico era de 2300 ou 2400 dias, cujo trmino seria 1843, 1844 ou 1847, 1866, 1867, LXX. 2400 Sc. XXI aproximadamente. b) Interesse em outras profecias de tempo como 1290 e 1335. c) Esperavam a converso e a restaurao dos judeus, enquanto aguardavam a expulso dos maometanos de Jerusalm, antes da 2 vinda. d) No desenvolveram um jornal popular para propagar suas idias, e os que tinham era demasiado tcnico. e) Encararam os eventos com pouca viso evangelstica. E - O Movimento Adventista Nos EEUU. 1 - Apesar de no ter havido maior interesse na iminente volta de cristo, por quase uma dcada aps a conferncia de Albury, entretanto, estava surgindo desde 1811 algumas especulaes concernentes aos 2300 dias anos. a) William C. Davis, de South Carolina, calculou que o fim dos 2300 e 1260 anos ocorreria em 1847. para ele purificao do santurio queria significar o incio do milnio. E em 1847 se iniciaria a purificao da igreja com a respectiva destronizao do papado e o incio da converso dos judeus, 30 anos aps, mas a glria do milnio seria em 1922. Mais tarde tornou-se Ps-Milenialista, dizendo que a 2 vinda literal de Jesus dar-seia 365.000 anos futuros. b) At esta poca a maior parte dos pregadores americanos defendia o Ps-Milenialismo de Whitby.19

2 - William Miller a) Infncia e juventude - 1782 a 1803. (1) Nasceu em Pittsfield, Massachussets, em 15/02/1782, sendo o primeiro de 16 filhos. (2) Aos 4 anos mudou-se para Low Hampton, que ficava pequena distncia do limite com o Estado de Vermont. (3) Nasceu e se criou num lar batista, sua me era filha de pastor Elnathan Phelps. Cedo aprendeu que seus pais no poderiam custear seus estudos. Entretanto, seu desejo de estudar era to grande, que esperava toda famlia dormir, e ia para sala. Ento, avivava o fogo e deitado sobre o tapete lia. (a) Pegava livros emprestados de seus vizinhos, e assim ele formou seu perfil cultural. (4) No dia 2 de janeiro de 1803 ficou noivo da senhora Lucy Smith, com quem se casou em 29/6/1803, com ela viveu 50 anos, e tiveram 10 filhos. Ao casar-se mudou-se para Paultney, a uns 10km de Low Hampton. b) Perodo de confuso espiritual e incredulidade - 1803 -1816. (1) Sua f religiosa foi minada pela leitura de autores como Voltaire, Thomas Payne, David Hume e outros. Assim passou a professar o desmo. Tambm pela influncia de seus amigos intelectuais. (2) Neste perodo ocupou os seguintes cargos: Juiz de paz, sherife e tenente da polcia estadual durante a 2 Guerra de Independncia que estourou em 1812, subiu ao posto de capito. (3) Suas experincias na guerra fizeram Miller pensar um pouco melhor no desmo. Seus amigos mortos o fizeram pensar mais na vida futura. (4) Ento veio a batalha Plattsburg em 11/9/1814. O exrcito americano era em menor nmero (na proporo de 1/3) e menos experimentado do que os veteranos soldados ingleses que lutaram contra o temvel Napoleo. Como eles poderiam vencer seno pela interferncia de Deus? Ele pensava. 15.500 soldados ingleses experientes e bem equipados contra 5.000 soldados americanos mal20

armados e inexperientes. Em quatro horas de batalha os ingleses se renderam. (5) Em 18/6/1815 deu baixa no exrcito. Voltou ao seu lar. Seu pai tinha falecido. Agora precisava de ajudar sua me viva, e seus irmos menores, indo morar em Low Hampton. (6) Para agradar sua me comeou a freqentar a Igreja Batista local, onde seu tio Eliseu pregava regularmente. (7) Quando o ministro no estava presente um sermo impresso era lido por um dicono, o que desgostava a Miller. Por isso parou de freqentar aos domingos, at que os diconos o convidaram a ler os prximos sermes. Paulatinamente se insatisfez com a falta de esperana do desmo. (8) Um Domingo, enquanto lia o sermo, foi tomado de grande emoo. E comeou a ver a beleza de Jesus Cristo como seu Salvador. Por que no tornar-se um cristo, tendo sua esperana posta nas promessas da Bblia? (9) Seus amigos destas o expuseram ao ridculo, usando seus prprios argumentos para interpel-lo. Isto o conduziu a um sistemtico programa de estudos. c) Perodo de profundo estudo da Bblia - 1816 - 1831 (dos 34 aos 49 anos). (1) Miller comprou uma Bblia e a concordncia de Crudens por 18 e 8 dlares respectivamente. (a) Decidiu deixar de lado todos os comentrios e se dedicar ao estudo da Bblia to somente. (b) E deixar a Bblia explicar-se a si mesmo. (c) Comeou em Gn.1:1 e durante 2 anos foi avanando versculo por versculo. Quando se deparava com alguma contradio aparente, no continuava at que encontrava uma soluo, deixando a Bblia explicarse a si mesma. (d) No poucas vezes ficava to excitado que no dormia a noite inteira, e continuava estudando todo o dia seguinte.

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(e) Mtodo - Quando deparava com algo obscuro, comparava com as passagens colaterais, com a Crudens examinava todos os textos da Escritura nos quais se achassem qualquer uma das palavras do texto obscuro. Terminando seus dois anos de estudo, Miller estabeleceu 14 regras de Hermenutica. (f) Concluses doutrinrias: (1) Pr-Milenialismo. (2) Retorno fundamento. dos judeus a sua terra sem

(3) Volta de Jesus ser pessoal, acompanhada dos anjos. (4) O reino de Deus ser estabelecido em sua volta. (5) A terra perecer num dilvio de fogo. (6) A Terra Nova surgir das cinzas. (7) Os justos mortos s sero ressuscitados na 2 vinda. (8) Os mpios s ressuscitaro depois do milnio. (9) A penta pequena - o papado - ser destruda na 2 vinda. (10) Vivemos no tempo dos ltimos smbolos profticos, como no caso de Dan.2. (11) Princpio dia/ano. (12) 2.300 dias de Dan.8:14, entendem-se de 457 AC e se cumpriria em torno de 1843, e que Jesus deveria regressar nesse ano ou um pouco antes. g) Isto o levou a estudar mais 4 anos (1818-1822); este perodo foi dedicado a enfrentar todas as objees que porventura pudessem surgir. Da surgiu o compndio de f de W. Miller com 20 artigos. (2) De 1822 at 1831 Miller nada fez aparentemente de excepcional (40 - 49 anos). Nesta poca surgiu uma questo que arrebatou os sentimentos e pensamentos de22

Miller - seu dever de pregar ao mundo a luz que deus lhe havia dado. (a) Uma vez interior, persistente e continuamente o perturbava, que devia anunciar ao mundo o que havia encontrado na Bblia, mas ele, persistentemente, rechaava os apelos com a excusa de no estar suficientemente seguro de suas interpretaes. (b) Depois, quando esta desculpa j no o convencia, ele formulou uma outra - no me sinto em condies de falar em pblico, mas Ezeq. 33:4,6,8 o atormentava de contnuo. (c) Tentou atravs de cartas, falando sobre as profecias, dividir a sua responsabilidade de pregar, e silenciar esta vez que o no abandonava. (1) Sr. Ashley (2) Irm e cunhada (3) Jos Attwood (d) A voz continuava soando. Vai, adverte o mundo do seu perigo!. d) Miller o Pregador Solitrio - 1831 - 1839 (49 aos 57 anos). (1) Miller responde ao chamado de Deus. (a) No Sbado de 13/8/1831, aps o desjejum, Miller foi para o seu escritrio para estudar um pouco da Bblia. Aps o qu, levantou-se para ir chcara, quando aquela voz se fez ouvir mais forte do que nunca: Vai, dize-o ao mundo. (b) Voltou a sentar em sua cadeira, e comeou a argumentar: sua falta de preparao, falava mal sua lngua, sua lentido para falar, seu sotaque de matuto, sua idade avanada... Nem a si mesmo convencia... no posso ir, Senhor! (c) Ento fez um pacto com Deus: Se eu receber um convite para falar em pblico em qualquer lugar, irei, e compartilharei o que eu tenho encontrado na bblia acerca da vinda do Senhor. Toda a minha carga caiu dos meus ombros de uma s vez, pois eu nunca23

seria chamado a pregar, ningum sabia deste meu problema. (2) O convite. a) No passara sequer meia hora desde o momento do pacto que fizera com Deus, quando ouve uma forte batida na porta. b) Era Irving, filho do casal Silas e Silvia Guilford, sobrinho de Miller por parte de me. c) A ordem era: convide a seu tio Miller a pregar para ns, se ele no quiser, diga-lhe que falar sobre os temas que tem estudado sobre a 2 vinda, e, se no quiser pregar na igreja, que pregue na sala daqui de casa (Guilford). A cavalo, 25km, de Dresden casa de Miller. d) Nosso Pastor est ausente e meus pais querem que voc venha e nos fale sobre a 2 vinda de Cristo. e) Surpreso e indignado, Miller saiu de casa e se dirigiu a um pequeno bosque, lamentando o pacto feito anteriormente. Esta luta durou uma hora. At que, ajoelhado, exclamou Sim, Senhor, irei! No bosque do dia 13/8/1831, entrou um chacareiro, e saiu um pregador. e) No dia 14/8/1831 Miller iniciou, em Dresden, seu ministrio de pregador, na cozinha da casa dos Guilford. No dia seguinte, a reunio foi na Igreja Batista, e durante as noites seguintes mais e mais pessoas vieram, o que era apenas um sermo, tornouse um forte reavivamento em Dresden. Treze famlias se converteram, exceto duas pessoas. (1) Ao voltar para casa, no dia 22/8, feliz e animado e cheio de entusiasmo, j estava a sua espera uma carta convite do pastor Batista de Poultney para vir e falar aos batistas daquela cidade. (2) Deste tempo em diante vinham convites para pregar nas igrejas batistas, metodista, congregacionais daquela regio. (3) Em 12 de setembro de 1833, sua Igreja Batista local, de Lor Hampton, sem seu conhecimento, votou sua licena para pregar. Parece que ele nunca foi formalmente ordenado. E24

sempre recusou em toda sua vida ser chamado de reverendo. Nunca usou roupa clerical, e sempre se vestiu com a roupa de cidado comum. f) Devido seu zelo e sinceridade, Miller ganhou o mais alto respeito entre aqueles que discordavam dele, como William Lloyd Garrison. (1) Centenas de pessoas apreciavam a tranqilidade e firmeza de arrazoamento bblico, histrico e proftico. (2) Seu grande objetivo no era a fria matemtica das profecias de tempo, mas antes de tudo ver as pessoas aceitarem a Jesus Cristo como Salvador, e v-las olharem para futura vinda de Jesus com uma alegria expectante. (3) Seus sermes eram bem conhecidos por uma cuidadosa organizao e fundamentado por uma numerosa citao de textos bblicos. (4) Era um pregador entusiasta, sem ser bombstico. Sua linguagem e estilo eram entendidos pelo povo comum. g) A primeira impresso dos pontos de vista de Miller foi escrita em 1832, e apareceu no jornal Batista: The Vermont Telegraph. (1) Esta publicao foi seguida por um panfleto de 64 pginas, preparado para responder a perguntas especficas. h) Em 1836 preparou um pequeno livro, que era uma coletnea de 16 sermes, que rapidamente se espalhou. i) Em 1838 foi feita uma republicao destas palestras de Miller pelo Boston Daily Times. 3 - Miller e seus associados. a) A pedido de um amigo, o Pr. Josias Litch leu a coletnea de sermes de Miller, certo que com facilidade provaria os erros de Miller, em tentar datar o retorno de Cristo. (1) Mas, quanto mais lia, mais fascinado ficava. Quando terminou, estava convicto que Miller estava certo, e que ele mesmo deveria ensinar esta verdade e por isto publicou um livro intitulado: Probabilidade da 2 vinda de Cristo cerca de 1844.

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(2) Foi Litch, que aplicando o princpio dia/ano, no estudo de Apoc. 9, predisse a queda do poder Otomano em agosto de 1840. Isto aumentou o interesse no estudo das profecias bblicas. E muitas pessoas consideraram a queda do imprio otomano em 11/8/1840, como um cumprimento, uma vindicao da posio de Litch. b) Na primavera de 1838 outro pregador leu a coletnea de sermes de Miller, desta feita foi Charles Fitch, de Boston. Ele tambm concordou com Miller. (1) Por no ter apoio dos pastores congregacionais, abandonou sua preocupao com a profecia. (2) Mas em 1841, atravs de J. Litch, reafirmou sua f no advento e tornou-se um dos mais vigorosos evangelistas. c) Apesar da influncia de Miller estar se espalhando rapidamente, nas vilas e pequenas cidades, nada se sabia do assunto nas grandes metrpoles. (1) Em Exeter, New Hampshire, Miller ali estava para uma srie de palestras, quando pastores da Christian Connection resolveram visit-lo para aprender algo dos seus ensinamentos. Entre eles estava Josu V. Himes. (2) Um vibrante jovem, organizador de grandes programas sociais e educacionais. Vivamente impressionado, reconvidou a Miller para vir fazer uma srie de palestras na sua capela de Chardon Street, em Boston. (3) este convite aceito transformou o milerismo de curiosidade local para receber ateno nacional. VI O MOVIMENTO MILLERITA - 1839 -1844 E O DESAPONTAMENTO A - O contato de Miller com Josu V. Himes abriu uma nova era no adventismo nos EEUU. Aceitando o convite de Himes, Miller pregou em Boston, na Chardon Street Chapel, de 8 a 16 de dezembro de 1839. Esta aproximao dos dois pregadores fez com que Himes tivesse mais certeza acerca da proximidade do advento, embora no estivesse to convicto com a datao de Miller. 1 - Himes acreditava que o tema merecia uma mais ampla publicidade, e inquiria de Miller por que no o fizera antes, ou seja, anunciar a

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mensagem nas grandes cidades. Ao que Miller disse que no havia sido convidado. a) Foi ento que Himes determinou que abriria as portas para Miller em cada cidade na Unio. b) Dentro de semanas Himes tornou-se o organizador, promotor e o jornalista do movimento adventista. c) Atravs das atividades de Himes, Miller pregou em New York, Filadlfia e Washington. d) Em fevereiro de 1840 Himes comeou um outro mtodo de publicidade. Saiu o primeiro jornal do adventismo: The Signs of the Times. O 1 nmero saiu no dia 28/2/1840. e) Por falta de fundo e de uma lista de assinantes este seria o 1 e o ltimo nmero. Mas Dow e Jackson, jornalistas abolicionistas, acreditaram que o tema da 2 vinda tinha interesse pblico e que seria um sucesso financeiro. f) Assim eles assumiram a responsabilidade de publicao, e o jornal comeou a sair quinzenalmente. As condies para isto eram: (1) Himes, um editor sem salrio. (2) Ajudar a conseguir uma lista de assinantes. (3) Fornecer artigos. 2 - No fim do 1 ano a publicao de Signs of The Times, tinha 1.500 assinantes e Himes convenceu a Dow e Jackson a vender o jornal para ele. a) Assim o jornal passou a ser editado semanalmente, na primavera de 1842. b) Josias Litch foi contratado como editor associado. c) Este foi o 1 de uma grande lista de publicaes. os principais foram: (1) The Midnight Cry - de N. Y. City. (2) The Voice of Truth - de Rochester. (3) The Western Midnight Cry - de Cincinati.

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(4) The Trumpet of Alarm - de Philadelphia. (5) The Voice of Elijah - de Montreal. 3 - Alm disso, Himes formou uma pequena biblioteca sobre o 2 advento, chamada Second Advent Library. Eram publicaes de Miller e outros. As pessoas eram encorajadas a distribuir estes livros para vizinhos e amigos. a) Himes ainda produziu mapas profticos coloridos, feitos por Charles Fitch e Appollos Hale, e ainda diversos tipos de selos propaganda para cartas. 4 - A extenso da obra de Himes. a) A Tiragem Total tinha alcanado em 1842 a 50.000 exemplares, em 1843 a 1.000.000 exemplares, em maio de 1844 a 5.000.000 exemplares. b) Assim a publicao millerita chegava a todos os lugares. Pacotes eram colocados nos navios que viajavam para todos os portos do mundo. Chegou-se a pr publicao millerita em todos os portos da Costa atlntica dos EEUU. c) Viajou 30.000km, dando uma palestra por dia quase o tempo que esteve associado com Miller. (1) Miller para ele era como se fora um pai. d) Editou um hinrio intitulado: The Millennial Harp. 5 - Enquanto isto, Miller continuava pregando a auditrios cada vez maiores. a) At que chegou a Portland, Maine, na igreja crist da rua do Casco, em maro de 1840, onde pregou para um pblico de 1500 a 1800 pessoas, onde foi ouvido pela famlia Harmon. B - Conferncias gerais sobre a 2 vinda de Cristo. 1 - O nmero de pastores que aceitava o ponto de vista de Miller, aumentava cada vez mais, ento convinha reunir os lderes em uma conferncia geral. a) O Signs of The Times encarregou-se de fazer anncios, assinados por Miller e outros, para reunir os crentes em Boston, na capela da Rua Chardon, no dia 14/10/1840, para conversarem sobre o tema do 2 advento.

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b) A Miller estava encarregada a mensagem principal, contudo adoeceu de febre do tifo. Em seu lugar foi escolhido para presidir as reunies Dr. Henry Danaward, pastor episcopal de N. Y. e deu a principal mensagem sobre o Pr-Milenialismo e uma viso histrica do 2 advento. Da saiu um documento de 200 pginas contendo as principais mensagens. c) Assistiram esta reunio cerca de 200 pastores e leigos, que estiveram presentes a esta 1 Conferncia Geral. d) Apesar de muitas diferenas doutrinrias, e de datas, permaneceu, entretanto, o desejo unnime de se realizar uma 2 Conferncia Geral. e) Foi to bem sucedida a 1 conferncia, que foram realizadas mais 15 conferncias nos 3 anos seguintes, realizadas do Maine Pensylvania. f) A conveno de Philadelphia reuniu no auditrio do Chinese Museum mais de 5.000 pessoas. (1) Alm destas reunies gerais foram realizadas cerca de 120 conferncias locais entre 1842 e 1844. (2) Eram reunies evangelsticas, reavivalistas e sociais. 2 - O propsito destas reunies no era a formao de uma nova denominao, e sim, a ateno para o breve retorno de Jesus Cristo, e facilitar a troca de idias sobre o tema, e conscientizar a necessidade do preparo espiritual para este dia. a) Apesar disso um tipo no intencional de um esqueleto de organizao surgiu. Eles comearam a distribuir reas geogrficas para se desenvolver classes de estudo da Bblia e para reunio social de encorajamento. b) Com a necessidade de esclarecimento bblico, pastores recebiam perguntas relacionadas com o advento e temas relacionados, isto provocou um aumento do material impresso. Ento para se cuidar deste assunto se nomeou um agente geral, com um salrio integral, que era: Josias Litch. c) Ele, Josias Litch, se tornou o 1 obreiro adventista assalariado de dedicao exclusiva. (1) Miller viajava s suas prprias expensas, e s recebia hospedagem e alimentao.

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d) Pelo tempo da 6 conferncia, em maio de 1842, em Boston, os organizadores se tornaram mais restritos. (1) Homens como Ward e Henry Jones que tinham discordncia com a data de 1843, ainda eram bem vindos. (2) Mas aqueles que ainda criam no Ps-Milenialismo, o retorno dos judeus Palestina e sua respectiva converso ao cristianismo no eram convidados. (3) A 6 conferncia foi dirigida por Jos Bates. 3 - O movimento adventista Millerita quebrou as barreiras do sectarismo e aproximou metodistas, batistas, e congregacionalistas e outros, em laos de amor. Ento foram aparecendo de forma embrionria, em igrejas locais, Assoc. do 2 advento, uma das primeiras foi organizada em N. Y. City a 18/5/1842. a) Ns a tomamos como tpica das outras. (1) Ela reunia ministros que continuavam servindo as suas igrejas. (2) Coletavam dinheiro para literatura para expandir a mensagem a outros locais. (3) Alguns pregadores, como Jos Bates, usavam seu prprio dinheiro para suas prprias despesas. Foi assim que bates usou sua modesta fortuna que tinha ganho como capito de navio. C - Reunies Campais - 1842 e 1843. 1 - Um ms depois da 6 Conferncia Geral, no ms de junho de 1842 ocorreu a 1 campal adventista nos EEUU, que se reuniu em East Kingston, New Hampshire. a) Os adventistas canadenses organizaram, poucos dias antes, uma campal, aproveitando a presena de Josias Litch a oeste de Quebec, que fazia viagem missionria no Canad. b) Os milleritas seguiam, para os campais, o mtodo usado pelos metodistas. 2 - A campal em East Kingston se reuniu num bosque prximo de Boston e Portland Railroad, de onde vieram adventistas e curiosos de New England. Cerca de 10.000 assistiram ao longo da semana.

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a) To bem sucedida foi esta primeira campal, que planejaram, para o vero de 1842, 3 campais, e realizaram 31. b) No ano seguinte, 1843, o nmero aumentou para 40, e em 1844 chegaram a realizar 54. c) Ao todo cerca de 500 mil pessoas assistiram a todas as campais. 3 - O Plano da Campal - Havia 3 reunies ao ar livre por dia. Estas eram entremeadas com reunies de orao e sociais, que eram efetuadas nas tendas que estavam dispostas em semi-crculo ao redor da rea do local das assemblias. No se tratava de pequenas tendas, estas tendas familiares atendiam aos crentes de determinadas reas, e tinham at 30 ps ( 9m) por 50 ps ( 15m). Em caso de mal tempo os servios eram realizados simultaneamente, nestas tendas. a) Havia ainda tendas para a proviso alimentar e refeies. b) Freqentemente, as reunies eram freqentadas por pessoas mal intencionada, que criavam confuso e distrbios nas reunies. 4 - O emocionalismo no estava ausente nestas ocasies, ferventes oraes eram costumeiramente interrompidas por gritos de glria e aleluia. As emoes chegaram a tal ponto que as pessoas ficavam prostradas no cho. a) Os lderes milleritas advertiam contra o excesso de excitamento, que degenerava em fanatismo e comprometia a reputao do movimento. b) Em 1843, na primavera, esta tendncia chegou ao auge, quando John Starkweather, assistente de Himes no templo de Chardon Street, tornou-se o expoente da santificao extrema. (1) Ele e seus seguidores pretendiam ser aptos para discernir a condio do corao dos adoradores. Chamavam homens e mulheres para abandonar seus dolos que podia incluir at dentes falsos. (2) Josias Litch assumiu sua posio, fortemente, contrria a estes fanticos. Esta posio foi, posteriormente, apoiada por Miller e Himes e outros lderes. 5 - A Tenda. - To felizes estavam com as campais, que resolveram mandar construir a maior tenda que at ento se conhecia, para reunir as pessoas que vinham para as campais, onde no havia31

auditrio, suficientemente grande para acomodar as multides que concorriam para as reunies. a) Himes ficou responsvel pelo levantamento de dinheiro para autorizar Edward Williams, de Rochester, N. Y. fazer a maior tenda do pas. b) A grande tenda tinha 120 ps (36m.) de dimetro, e de ponto central tinha 55 ps (16m.) de altura. Podiam-se assentar 4 mil pessoas, e mais 2 mil nos espaos vazios. c) Ela foi levantada pela primeira vez em julho de 1842, em uma pequena elevao, atrs da State House, em Concord, New Hampshire. Foi transportada durante o vero, a 7 cidades diferentes. Quatro pessoas cuidavam do seu transporte, iamento e manuteno. (1) O tamanho da tenda atraa as multides para ouvir Himes, George Storrs, Charles Fitch e outros. (2) Em alguns casos as campais se reuniam com a Grande Tenda. 6 - Crenas Neste Perodo. a) A 2 vinda era iminente, literal e visvel. b) Assim como a 1 vinda estava prevista nas 70 semanas de Dan. 9, assim a 2 vinda estava contida na profecia de Dan. 8: 14, na sua referncia ao santurio. c) As 70 semanas fazem parte dos 2300 dias, cujo incio estava fixado para 457 AC, e o seu fim em 1843. d) O retorno de Cristo aboliria o pecado e purificaria a igreja, este era o pensamento mais feliz que os adventistas podiam imaginar. e) Era seu maior anseio mostrar esta alegria aos outros e que eles mesmos a experimentassem. f) Eles reconheciam que isto s era possvel, se as pessoas aceitassem a Jesus como seu Salvador e Perdoador dos seus pecados. 7 - Miller e o Santurio.

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a) No incio de 1842 Miller alargou seu conhecimento da palavra santurio de Dan. 8:14. (1) Originalmente, ele cria que se referia igreja crist, purificada na 2 vinda. (2) Como a 2 vinda estava ligada com fogo, ele passou a entender, que este purificaria a Terra no retorno de Cristo purificao da Terra. (3) Em janeiro de 1842, Miller respondendo a Himes disse que o santurio se referia a 7 coisas ou fatos: (a) Jesus (b) Cu (c) Jud (d) O templo de Jerusalm (e) O santo dos santos (f) A Terra (g) Os santos Por um processo de eliminao disse que os 5 primeiros estavam fora de cogitao, e que os dois ltimos eram razoveis. Isto logo foi publicado por Himes, e logo os pregadores estavam se referindo Terra como santurio a ser purificado. b) Isto levou a uma excitao tal que no dia 31/12 de 1842, eles realizaram uma reunio para dar as boas vindas ao que seria para eles o ltimo ano da histria da Terra, 1843. (1) No dia seguinte Miller escreveu uma carta aberta aos crentes adventistas, sobre o fato de que o grande dia estava chegando. (2) Ele encorajou a cada crente a um maior fervor missionrio. (3) Ele mesmo dedicou-se profundamente, e em fevereiro vamos encontr-lo numa grande campanha, em Philadelphia. D - Estabelecendo a Data.

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1 - Os seguidores de Miller o pressionavam para que estabelecesse mais exatamente a data da volta de Cristo, eles queriam algo mais do que apenas cerca do ano de 1843. 2 - Contudo, Miller sempre creu nas profecias de tempo em Daniel, o pesquisador deveria o calendrio religioso judeu e no o calendrio romano. a) Outrossim, ele sabia que o ano judaico se iniciava na primavera, portanto, depois de janeiro. b) Como ele no sabia como os rabinos ajustavam seu calendrio, o lunar, ele conclua que no equincio (dia e noite iguais) de primavera deveria ser o ponto de partida do ano. c) Assim, ele conclua que em algum tempo do ano judeu de 1843 Cristo voltaria, o que eqivale dizer que isto aconteceria de 21 de maro de 1843 a 21 de maro de 1844. 3 - Alguns milleritas estavam ansiosos por estabelecer uma data especfica. a) Primeiro dia a ser considerado foi o dia 10 de fevereiro de 1843, o 45 aniversrio da invaso francesa em Roma. b) Outros preferiram 15 de fevereiro de 1843 porque este era o aniversrio da abolio do governo papal e a Proclamao da Repblica Romana. c) Quando estas datas passaram sem nenhum evento especial, eles comearam a considerar o dia 14 de abril por ser aniversrio de crucifixo. d) Como tambm, nada aconteceu, eles se voltaram para a ascenso ou o pentecostes, ambos em maio, com uma diferena de 10 dias. (a) Com estes constantes erros, alguns se entregaram ao desespero, contudo eram poucos. Os lderes continuavam correndo de campal em campal, de srie de conferncias em srie de conferncias. 4 - O mesmo no acontecia com Miller. Sua pobre sade o mantinha em seu lar, em Low Hampton. Ele escreveu em maio a Himes, dizendo que seu corpo estava coberto com 22 furnculos. Mas em 17 de maio de 1843, Signs of The Times, publicou um artigo de Miller no qual declarava, sugestivamente, que todas34

as cerimnias e tipos de judasmo observados no primeiro ms se cumpriram no 1 advento de cristo. E que, portanto, era razovel supor que as festas e cerimnias do 7 ms (no outono) podiam Ter seu cumprimento unicamente no 2 advento. Ele no mais propagou esta idia at o incio de 1844. E - Propagao do Movimento. 1 - A multides concorriam cada vez mais s reunies. Grandes auditrios, de baixo preo, eram construdos para abrigar os ouvintes, com capacidade de at 3500 pessoas assentadas. Elas aguardavam o fim de todas as coisas a qualquer momento. a) As pequenas cidades receberam a ateno de pregadores como: J. B. Cook, Himes, Carlos Fitch, Jeorge Storrs, etc... E a Grande Tenda corria de um lado para o outro dos EEUU. Cidades da regio Appalachiam West, Cincinnatti, Norte de Ohio e oeste de N. York, Louisville, Kentuchy, Missouri, Illionois, Indiana, Wisconsin e Iowa. b) Centenas de cpias de Voice of Elijah, publicadas por Robert Hutchinson, um millerita canadense, foram enviadas aos pases do Atlntico. c) Robert Winter, um inspetor ingls, que se tornara adventista em 1842, na campal East Kingston, voltou ao seu lar e pregou nas ruas de Londres com o auxlio de mapas profticos. At o vero de 1843 Winter j havia impresso 15.000 cpias dos livros de Miller. d) Havia, neste tempo, se desenvolvido algum interesse entre os negros sobre a vinda de Cristo. Os ministro negro John W. Lews devotou todo o seu tempo a esta obra. Isto trouxe algum problema de ordem social. Muitos negros americanos viviam como escravos nos Estados do Sul. E como a maioria dos milleritas eram abolicionistas, eles eram persona non grata nos Estados do Sul. e) Quando, em maio de 1843, George Storrs tentou pregar em Norfolk, Virgnia, ele foi forado a deixar a regio. Mais tarde, no vero, pregadores adventistas penetraram na Virgnia e nas duas Carolinas. f) Em novembro Litch dirigiu sries em Baltimore. O interesse pequeno no incio, cresceu gradualmente e o esforo terminou em triunfo.

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g) Pregadores menos conhecidos - Tiago White foi um tpico pregador deste grupo. Aos 21 anos, em Exeter, Maine, ao ouvir, na campal de 1842, um pregador do movimento adventista, deixou a escola e ele mesmo tornou-se um conferencista adventista. (1) Com 3 conferncias, um cavalo emprestado e uma cela remendada, saiu para pregar. Nesta situao ele encontrou 60 pessoas arrependidas pedindo batismo. Ele pde relatar 1.000 converses depois de 6 perodos semanais de conferncias. (2) Nem sempre ele foi bem recebido. Teve, s vezes, de enfrentar ameaa a sua integridade fsica de multides que lhe atiravam bolas de neve. (3) Sua conduta sria acabou por conduzi-lo ordenao ao ministrio, atravs de Christian Gennection. (4) T. White, como um pregador menor, veio a se tornar em um dos fundadores da I. A. S. D. (5) Como ele, inmeros outros pregadores se alistaram ao grupo dos conferencistas milleritas. h) O milnio e o fim do mundo eram temas da conversao diria. Os jornais da nao faziam ampla cobertura do movimento dos pregadores adventistas com muito interesse. Os jornais usavam colunas de propaganda para literatura millerita e antimillerita. (1) Mesmo as propagandas de remdios usavam slogans milleritas para anunciar seus remdios: Quando a consumao chegar, tenha mo a cura das doenas: Wistars Balsam de Wild Cherry. i) Os jornais tambm falavam de acontecimentos naturais que eram usados pelos adventistas como ajuda para convencer as pessoas da urgente brevidade da volta de Cristo. (1) Henry Jones disseque o surgimento visvel da Aurora Boreal, que, segundo ele, no era vista desde 1716, era um sinal das maravilhas do cu, preditas em Joel 2:30, que apareceria antes do Grande e Terrvel Dia do Senhor. (2) Neste mesmo sentido outros citaram o Dia Escuro de 19/5/1780, e a chuva de meteoros em 13/11/1833. Alm36

de estranhos acontecimentos que aconteceram em 1843, entre eles o surgimento inesperado de um cometa em fevereiro/1843. A isto acrescenta-se o terremoto catastrfico do Haiti e uma violenta tempestade na Ilha da madeira, que foram vistos como cumprimento de Lc. 21:25. F- A crescente intolerncia e oposio do vero de 1843 ao outono de 1844. 1 - Miller havia abrigado a idia de que quando as igrejas escutassem a mensagem da 2 vinda elas a receberiam com toda alegria, e que seus pastores se engajariam na evangelizao. No era esta, por acaso, a bem-aventurada esperana do cristianismo? a) Entretanto, Miller logo foi acusado de cismtico e perturbador das igrejas, bem assim seus associados foram, igualmente, rechaados. b) Outras acusaes lhe foram dirigidas: Que ele se considerava profeta, que era fantico, que queria formar uma nova igreja, s custas de igrejas srias, o mesmo que fazia Joseph Smith; que ele queria se enriquecer s expensas da natural credulidade do povo assustado com a idia de fim do mundo. 2 - Um outro exemplo desta mar de intolerncia o caso dramtico de Levi Stockman da conferncia metodista do Maine. a) Em julho de 1843, numa reunio da Conferncia Metodista, o millerismo foi condenado como uma esquisitice teolgica, e, por conseguinte, todos os pastores estavam proibidos de propagar tais idias. b) Quando Stockman recusou esta posio, foi acusado de heresia. Nesta poca ele sofria de tuberculose. Mesmo nesta situao, ele no s foi eliminado da igreja, mas tambm sua esposa e filhos foram abandonados sem penso nenhuma. Stockman recusou capitular e foi expulso do ministrio semanas antes de sua morte. 3 - Assim o relacionamento entre o movimento adventista e o protestantismo regular tornou-se tenso. a) Nesta poca, devido o fechamento das igrejas aos pregadores adventistas, em 1843, os milleritas comearam a se organizar em associaes da 2 vinda para melhor poder anunciar a mensagem.

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b) Uma igreja aps a outra fecharam suas portas. c) Mesmo assim, em janeiro de 1844, Miller advertiu contra a idia de separao, dizendo que ele nunca tinha pensado em fazer uma nova seita.... 4 - A atitude da igreja regular parecia muito clara que era de rechaar a luz. Tratava-se de um retorno premeditado obscuridade espiritual. E toda luz no aceita, obscurece e sempre endurece. a) Ante a deciso de expulsar pastores e membros, e de proibir todo sermo sobre a 2 vinda, comeou a enraizar na mente do povo a convico de que o smbolo de Babilnia no se aplicava Igreja Catlica exclusivamente. b) Os milleritas sentiram que tinham chegado a um momento muito semelhante aos cristos do 1 sculo, quando tiveram que abandonar as sinagogas judias, ou dos reformadores do sculo XVI que tiveram de deixar a Igreja Catlica, e a de Wesley e os metodistas da Igreja Anglicana. Naquela poca foram eliminadas das igrejas cerca de 50 a 100.000 membros. G - Sair da Babilnia. 1 - Em Cleveland, em 1843, talvez o mais amado dos pregadores milleritas, pregou um poderoso sermo sobre Apoc. 18. a) Os protestantes e milleritas com este mesmo texto, identificavam o papado como Babilnia. b) Mas C. Fitch foi mais alm, dizendo que todo o mundo cristo tornara-se Babilnia por causa de sua posio doutrina do breve retorno de Cristo. Ele apelou para todos os verdadeiros cristos que viessem para a luz do Prximo Advento ou arriscarem-se perder-se eternamente. c) pregadores milleritas, como George Storrs, Joseph Marsh, Miller e Himes, se mostravam preocupados com a direo das coisas. d) Storrs advertiu os adventistas, que se separavam de suas igrejas, que fossem cuidadosos em no formar uma nova igreja. Nenhuma igreja pode ser organizada pela inveno do homem, mas o que a transforma em Babilnia quando ela se torna organizada, escreveu Storss no Midnight Cry.

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2 - Passaram-se os meses, e 1843 deu lugar a 1844, e a pena de Joseph Marsh tornou-se o lder do chamado, aos adventistas para se separarem das igrejas. a) Marsh disse que estava errado em continuar dando ofertas para estas organizaes. 3 - S no fim de 1844 que Himes tornou-se, abertamente advogado da separao, embora com alguma relutncia. 4 - Miller manteve distante desta atitude. At que, mais tarde a Igreja batista de Low Hampton eliminou-o e a seus seguidores, ento aceitou a idia, mas com sentida tristeza. a) Histrias ridculas foram propagadas a respeito de Miller. As Charges, iniciadas em 1842, de alguns jornais, chegaram nesta poca ao clmax. Chegaram a dizer que os ensinos milleritas causavam aumento de doenas mentais e suicdios. b) A acusao mais comum e grosseira feita, que os adventistas mandaram fazer longas vestes brancas, para usar no dia da volta de Cristo. (1) Estas estrias no correspondem aos fatos. (2) E s no foram enfrentadas porque eles estavam to ocupados que no podiam dar ateno a estas estrias fantasiosas. H - Pesquisando Sobre Cronologia e o 1 Desapontamento. 1 - Em 1843, o criticismo dos opositores ao movimento millerita forou os lderes adventistas a um mais profundo estudo da cronologia. 2 - Como resultado Himes, Litch, Apolos Hale, Sylvester Bliss se convenceram que seu dever era usar o mais preciso mtodo de calcular o ano judaico. 3 - Havia dois mtodos para este clculo. a) O rabnico - introduzido no sculo IV, que tomava como ponto de partida de cada ano, a lua nova posteriormente mais prxima do equincio (dia = noite). b) O karata - adotado, no sculo VIII, por um grupo de judeus que desaprovou a modificao do IV sculo. Eles voltaram o cmputo do A. T., que demarcava o incio de cada ano pela lua nova prxima a colheita de cevada.39

4 - Os estudiosos do millerismo adotaram a data do calendrio karata segundo este mtodo, o ano judeu de 1843, terminaria ao pr do sol de 18 de abril de 1844. depois da data, arbitrariamente, selecionada por Miller, 21/3/1844. a) Porque Miller dependeu de sistemas cronolgicos feitos por outros, ele sempre reconheceu que isto no podia ser seno uma imperfeita cpia do mtodo de Deus calcular o tempo. b) Isto vem explicar, em parte, a relutncia de Miller em estabelecer uma data fixa. 5 - O Primeiro desapontamento - 21/3 e 18/4 de 1844 passaram e nenhum sinal do retorno do Rei. E um desapontamento infiltrou-se em todos os crentes do advento. a) No se tratava, claro, de um dramtico desapontamento, uma vez que nenhum dia especfico tinha sido exclusivamente escolhido. b) Alguns ficaram desiludidos e acharam que Miller tinha entendido as coisas inteiramente erradas. Eles voltaram para suas antigas igrejas ou caram no cepticismo. c) A maioria, embora desencorajada e desapontada, ainda acreditava que o advento era para ser esperado a qualquer momento. d) Miller admitiu que estava errado, mas chamou a ateno do povo para Hab. 2:3: A viso ainda est para cumprir-se... se tardar, espera-o, certamente vir, no tardar. Logo nos artigos e estudos milleritas aparecia a expresso tempo de tardana, enquanto falava da parbola das dez virgens. e) Para surpresa dos crticos, ao invs do millerismo diminuir suas atividades, elas foram aumentadas. Os pregadores foram em todas as direes anunciando a mensagem do advento. I - O Movimento Do 7 Ms, e o Desapontamento. 1 - A figura central deste movimento foi Samuel S. Snow, que se uniu ao movimento millerita em 1840, e de forma independente comeou a pregar a mensagem de Miller. Em 1843 foi ordenado ao ministrio pelos milleritas. 2 - Miller, como j foi mencionado anteriormente, relacionou as festas do incio do ano (primavera) com a 1 vinda de Cristo, dizendo que na morte, ressurreio, ascenso e exaltao de Cristo se cumpriram40

todos os smbolos destas festividades, e que por certo as festividades do fim do ano (outono) cumprir-se-iam na 2 vinda de Cristo. Este ensinamento na palavra de Snow vai fazer eclodir o movimento do 7 m}es. 3 - Em 2/1844 Samuel S. Snow com Apolo Hale, publicaram uma reviso do trmino dos 2.300 dias/ano, fixando a data para o 10 dia do 7 ms, Dia da expiao. Ele contudo, no sabia qual seria a data equivalente no nosso calendrio atual. a) Mas por outro caminho chegou concluso que a data seria nos meados de outubro. O seu raciocnio foi que o decreto de Artaxerxes s entrou em vigor com sua chegada Jerusalm no 5 ms de 457 AC. Isto o levou a 5 meses mais tarde do incio do ano judaico, que segundo seus clculos seria nos meados de outubro. (1) O que lhe faltava era relacionar a data do Dia da expiao com o clculo do 5 ms. o que conseguiu atravs do calendrio dos karatas, que naquele ano dizia que o Dia da Expiao cairia no dia 22/10/1844. b) Embora no bem aceito pelos lderes do millerismo, ele fez uma viagem de pregao no ms de abril, visitando Nova York, Filadlfia e Boston. c) A 21/7/1844 ele causou um grande impacto no tabernculo de Boston. As pessoas comearam aceitar que os 2.300 dias/ano poderiam no ter terminado. Com isso a esperana aumentou. 4 - O incio do movimento do 7 ms - 12/8/1844. a) No dia 12/8/1844 comeou a campal em Exeter, N. H. que deveria se estender at 17, tendo como orador principal o Pastor Jos bates, tendo atrado de 3.00 a 4.000 pessoas. O vero estava acabando, chegava o outono, e logo o inverno chegaria, e muitos no tinham feito proviso para este perodo, o que traria srias dificuldades, se o Senhor no viesse antes. b) Apesar de todo esforo de bates, o ambiente era desanimador. Pessoas desinteressadas conversavam, distraidamente. Isso o deixava quase desesperado. S no chegara ao desespero, porque sonhara que nesta reunio surgiria nova luz, que daria um novo impulso obra. c) Nesta hora se ouviu o tropel de um cavalo que se aproximava. E o povo, inusitadamente, virou-se para trs para ver quem chegava. Era o pastor Samuel Sheffield Snow.41

d) Ele veio se sentar junto de sua irm, a Sra. Couch, esposa de John Couch. Ali mesmo comeou a lhe falar sobre o retorno de Cristo relacionado com o Dia da Expiao, 22 de outubro. e) A Sra. Couch, emocionada com as novas, ps-se de p, e dirigiuse a Bates nas seguintes palavras textuais: Pastor, j muito tarde para continuar perdendo tempo com estas verdades que todos ns conhecemos, pelas quais temos sido to abenoados no passado, estas verdades cumpriram seu objetivo em seu tempo. Aqui, h um homem, agora, que tem uma mensagem de Deus. f) Ao que Bates respondeu: Que venha frente, ento, e que apresente sua mensagem. Snow, serenamente, assumiu o plpito, e, convincentemente, apresentou suas convices. Os cochichos pararam, e o auditrio tornou-se profundamente atento, e extasiado. 5 - Qual foi o Tema de Samuel Snow? a) Nosso Bendito Senhor prometeu que vai voltar outra vez para buscar seu povo. E declarou em Mr. 13:32 que Daquele dia e hora ningum sabe: nem os anjos do cu, nem o Filho, seno somente o Pai. b) Ora, muitos dizem que nunca o homem chegar a saber o tempo. Se isto verdade, ento, tambm Jesus no sabe quando vai voltar, o que tambm absurdo. c) Ora, conclui ele, se este texto no prova que Jesus nunca saber o tempo, to pouco prova que nunca o sabero homens e anjos. d) Quando Cristo veio a 1 vez, veio em cumprimento do tempo e com uma mensagem acerca do tempo. Por isso disse O tempo est cumprido. Mr. 1:15. Qual era este tempo? O tempo proftico. A 69 semana das 70 semanas de Daniel. Disse o povo. Correto, correto. Disse Snow. e) Todos entendemos Da. 8 e 9 acerca dos 2.300 dias/ano, e das 70 semanas/anos que foram cortadas dos 2.300. E temos ensinado que esta profecia nos levaria at aproximadamente o ano de 1843.42

f) Contudo, temos nos desapercebido de algumas coisas. Temos dito que os 2.300 anos comearam na primavera de 457 AC e que terminariam na primavera de 1844. Acontece que os 2.300 anos no comeam no incio do ano, mas sim com a ordem para restaurar e edificar Jerusalm (Dn. 9:25). Mas Esdras 7:9 declara que o decreto s se conheceu em Jerusalm no 5 ms deste ano, ou seja, 5 meses aps o incio da primavera. Amm. Sim. certo. Seguramente que assim. Estamos, portanto, errados em esperar o regresso de Cristo para a primavera de 1844. Sim, sim... Graas a Deus. g) Ora, para o tempo do regresso de cristo, se faz necessrio entendermos, mais plenamente, as festividades da primavera e outono, conforme as leis de Moiss. A mais importante das festas da primavera era a Pscoa, celebrada no 1 ms. A festa principal do outono era o Dia da Expiao, comemorado no 7 ms. Que dia foi em que Cristo morreu? Na Pscoa. Disse o povo. Correto. Cristo a nossa Pscoa. (I Cor. 5:7). E no dia da Pscoa no 1 ms Ele morreu. Mas a que hora do dia se sacrificava o Cordeiro pascal? tarde! Disse o povo. Sim, mais precisamente, entre as tardes, ou seja, no meio da tarde. Mas a que hora deu sua vida por ns? s 3 da tarde foi a resposta. h) Estou em condies de afirmar, irmos baseado na Palavra de Deus, que quando Cristo veio Terra pela primeira vez, morreu como Nosso Cordeiro Pascal, no mesmo ano da profecia de Daniel, e no mesmo dia, ms e n mesma hora prescritos pela lei. i) Assim como a Pscoa, o Dia da expiao era a mais importante festa do outono. E o que fazia o sumo sacerdote no Dia da expiao?43

A purificao do santurio disse o povo. E o que completara Jesus no fim dos 2.300 anos de Dn. 8:14? A purificao do santurio responderam. j) Ora, se o tempo foi to respeitado quando Jesus morreu... No se conclui, que da mesma forma o tempo ser estritamente respeitado quando nosso Sumo Sacerdote cumprir com a purificao do santurio? Portanto, no est claro que Jesus cumprir a profecia de Dn. 8:14, dando no s o ano, mas a data exata do Dia da Expiao! Ento o povo, com Bblias em suas mos, extasiado, exclamou: No 10 dia do 7 ms. l) Ento Snow pausadamente com nfase disse: Graas ao cmputo, cuidadosamente, preservado por providncia, pelos judeus karatas, o 10 dia do 7 ms cai este ano no dia 22 de outubro! (1) Parbola das 10 virgens - tempo de tardana - abril - agosto de 1844. Clamor da meia-noite - agosto e outubro. m) Apelo - Pensem nisto, irmos. Estamos, agora, na 2 semana de agosto. Em menos de 3 meses, o Senhor completar a expiao e sair do santurio a fim de abenoar seu povo que o espera. Lev. 9:22 e 23. Em menos de 3 meses se ter completado a obra de Deus. Nunca mais outro inverno sobre a terra fria e velha. Em menos de 3 meses o esposo estar aqui para reunir-se com sua esposa que O guarda. No este o tempo apropriado para o clamor da meia-noite, Aqui vem o Esposo, sa a receb-lo? 1) Lgrimas de alegria e gratido fluam, copiosamente, dos olhos dos presentes. 2) Os crentes regressaram a seus lares, difundindo a preciosa verdade por todo lugar onde iam. 3) As campais se multiplicaram, e em todas elas se produzia a mesma impresso.44

4) O movimento do 7 ms se fez ouvir em cada cidade, povoado e vila. n) Poucos dias mais tarde, Snow publicou um sumrio de seus argumentos, em 4 pginas, intitulado O Verdadeiro Clamor da Meia-Noite. 1) Referindo-se ao movimento do 7 ms, a Advent Herald de 30/10/1844, declarou o que segue: Varreu a terra com a Velocidade de um Tornado. 2) Embora os lderes do millerismo e seus jornais se opusessem, firmemente, a colocar suas esperanas num dia determinado, aos poucos eles foram aceitando. (a) Na 1 semana de outubro Miller e Himes outros lderes principais vieram a concordar. 6/10 Miller aceita. The Proftic Faith..., V. 4, pp. 819,821. (b) Josias Litch foi o ltimo, ele s aceitou a data 22/10 no dia 16/10. (c) Miller disse: Vejo glria no movimento do 7 ms que no tinha percebido antes. Quase no lar glria! Glria! Glria! o) Faltam palavras para apreender o sentido de urgncia que tomou conta das atividades dos crentes adventistas: colheitas foram deixadas para trs, as batatas ficaram enterradas. As lojas foram fechadas, trabalhadores deixaram seus postos. Nada era to importante como esperar a vinda de Cristo. Pessoas precisavam ser avivadas, pecados deviam ser confessados, dbitos deviam ser pagos e os erros corrigidos. (1) De igual forma cresceram os oponentes. Multides, desordenadamente, foraram o cancelamento da reunio noturna de Boston, New York e Filadlfia. Muitos milleritas interpretavam isto como a ltima Perseguio, contudo, nada era mais importante do que esperar o fim de todas as coisas. p) O caso de Carlos Fitch - o pregador mais querido do povo. No comeo de outubro Fitch batizou 3 grupos sucessivos de conversos em um dia muito frio. Adoeceu em conseqncia disto e faleceu em 14/10. Aconteceu este fato em Buffalo, N. Y. Creio nas promessas de Deus, foram suas ltimas palavras.

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(1) Foi um duro golpe para sua esposa, que j havia perdido 4de seus 6 filhos. Ela e seus dois filhos se consolavam, com a idia de que em poucos dias mais veriam seus quatro irmos e seu pai. S mais 8 dias e seriam uma famlia unida por toda a eternidade. q) Na manh do dia 22/10 em quase toda a extenso dos EEUU, o dia amanheceu brilhante e claro. Os milleritas se reuniam nos lares para esperar as ltimas horas da histria da Terra. Cerca de 100.000 esperavam ver a Jesus sobre um brilhante nuvem, no dia 22/10. Alguns deixaram as grandes cidades e foram para o interior. Passou-se a manh, e eles continuavam esperando. Chegou a tarde, reunidos e contritos, aguardavam. Mas meia-noite ouviu-se um grito. Eis o noivo, declara a parbola das 10 virgens. At a meia-noite esperaram. O grande relgio de parede deu as 12 badaladas. E O Esposo no veio. Agora estavam diante de um evidente erro. Eles foram devastados pela tristeza e decepo. Nossas mais profundas esperanas e expectao foram destrudas e um desejo de chorar veio sobre ns como nunca tnhamos sentido antes. A perda de todos os amigos da Terra no se compararia com o que sentimos. Ns choramos at o dia amanhecer. Disse Hiran Edson. Traumtica foi a decepo de 22/10/1844. Apesar disso E. G. W. disse: Foi o ano mais feliz da minha vida. O meu corao estava cheio da feliz expectao... estvamos unidos como um povo em fervorosa orao em uma experincia verdadeira e em uma evidente aceitao de Deus por ns. VII - DEPOIS DO DESAPONTAMENTO A - Nos dias que se seguiram a 22/10/1844, o negativismo envolveu os crentes adventistas. Humilhao, confuso, dvida e desapontamento destruam a f de muitos. Contudo havia centenas que retinham a abenoada esperana, mesmo sob o escrnio dos seus vizinhos. Ento, duas perguntas giravam em seu pensamento: Onde ns erramos? O que devemos esperar depois? 1 - Aos poucos procuraram se reunir para conforto mtuo e encorajamento, animando-se mutuamente. B - A calma determinao dos milleritas. 1 - No fim de outubro os jornais: Advent Herald e The Midnight Cry tiveram uma resumida tiragem. 2 - No dia 30, Himes escreveu a Jos bates: Eu nunca me senti mais feliz e reconciliado com a vontade de Deus. o recente trabalho me46

salvou, e tem sido uma bno para todos ns. Vamos ficar firmes. e atravs dos jornais disse: Ns sabemos que a graa de Deus suficiente para nos suster, mesmo numa poca como esta. 3 - Miller declarou: Embora... duas vezes desapontado, eu no estou abatido ou desencorajado... estou entristecido com os inimigos e zombadores, mas minha mente est perfeitamente calma, e minha esperana na vinda de Cristo, mais forte do que nunca. a) Miller tinha feito o que sentira ser seu dever. b) E ainda disse: Mantenham-se firmes, no permitam que nenhum homem tome sua coroa. Eu fixei em minha mente em outro tempo, e aqui eu permaneo, at que Deus me d mais luz - e este dia hoje, hoje e hoje, at que Ele venha. c) Esta posio de Miller foi aceita com tanta intensidade pelos seus associados, que poucos aceitaram a posio de George Storrs. Para Storrs a certeza com que se pregou uma data definida se assemelhava mesmerismo, e dizia que o movimento do 7 ms no podia ter uma origem divina, haja visto suas conseqncias. d) Miller ficou preocupado com a posio de Storrs a respeito do tempo definido. Contudo argumentou com a pregao de tempo definido de Jonas e Nnive. No foi por expressa ordem de Deus que ele pregou um tempo definido? E no adveio deste trabalho uma bno para o povo? E neste caso tambm a data definida no se cumpriu. O mesmo no poderia tambm acontecer com o movimento de 1844? e) Com o passar do tempo a unidade do grupo comeou a se desgastar. E isto aconteceu em relao data definida. (1) Muitos lderes continuaram crer, no s na iminncia da 2 vinda de Cristo, mas que tambm era possvel se descobrir na escritura o tempo exato. (a) Miller, confidencialmente, esperava que a 2 vinda ocorresse na primavera de 1845, quando terminaria o ano judeu de 1844. (b) nesta crena se juntaram a ele Josias Litch, H. H. Gross e Joseph Marsh, este ltimo aguardava o advento para 1846. Quando este ano passou Gross descobriu novas razes para esperar Cristo em 1847.

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(2) No incio de 1845, reconhecendo que as repetidas marcaes de data da vinda de Cristo estavam solapando a credibilidade do movimento, Himes e Miller se posicionaram contra fixao de datas definidas. Os adventistas, diziam eles, estavam certos em esperar a volta de Cristo para o fim do perodo de 2.300 dias/ano. S que a data 22/10 estava errada por culpa dos cronologistas que no concordavam entre si. (3) Alm disso, Himes e Miller se preocupavam com a discordncia reinante em torno de uma variedade de novas crenas e prticas. para manter a harmonia e ortodoxia do millerismo, anunciaram a conferncia de Albany, N. Y., em 29/4 de 1845, para os irmos que ainda no aderiam a f original do movimento. 4 - Alguns adventistas discordaram de Miller e Himes, aceitando a posio de Joseph Marsh, declarada no Voice of Truth, em 7/11/1844. Estes admitiam que fora cometido um erro na natureza do evento a ocorrer em 22 de outubro. a) Dedicaram-se ao estudo profundo da Bblia a fim de descobrirem o que aconteceu em 22/10. b) Um bom nmero de pregadores adventistas estudou a parbola das 10 virgens, que eles acreditavam Ter nela retratado a experincia adventista. c) Para estes, a volta de Cristo na festa do casamento no significava a unio de Cristo com seu povo na 2 vinda, mas se referia a Ele recebendo seu reino, a nova Jerusalm, e o retorno de Cristo Terra que estava ainda no futuro. O que deveriam fazer agora era o que aconselhava a parbola: vigiar. C - A Teoria da Porta fechada. 1 - Em janeiro de 1845 Apollos Hale e Joseph Turner anunciaram atravs de seus peridicos o que veio a ser conhecido como a teoria da Porta Fechada. a) Eles relacionaram as atividades de Cristo como noivo na parbola da dez virgens, com o tradicional entendimento do millerismo com Apoc. 22:11,12 que o destino de cada homem estava fixado anteriormente, ou seja, antes da 2 vinda; isto diziam eles, aconteceu em 22/10/1844. Desta data em diante quem estava salvo, estava salvo para sempre, e quem estava perdido, o estava para sempre.

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b) O trabalho pelos pecadores foi feito at 22/10. Depois desta data, em diante, o que lhes restava fazer era animarem-se mutuamente, a uma vida crist. 2 - Muitos adventistas adotaram esta posio, alguns com grande severidade como S. Snow, que considerava todos os adventistas, que no tomavam esta posio como laodiceanos, a quem deus vomitaria de sua boca. Rejeitar sua mensagem, dizia Snow, era rejeitar a Cristo. 3 - Os futuros lderes da I. A. S. D. , participaram, temporariamente, de uma outra corrente da teoria da porta fechada. A doutrina da Porta Fechada era somente uma, entre outras doutrinas que se desenvolveram entre os adventistas que criam que algo aconteceu em 22/10. 4 - Depois de renovado interesse de pesquisa da Bblia, descobriram que deveriam adotar uma longa lista de prticas bblicas como: guarda do Sbado, a sudao santa (sculo e abrao), lava-ps, etc. D - Os Fanatismos Deste Perodo. 1 - A prtica mais radical, adotada e promovida por PickHands e Enoch Jacobs, foi o Casamento Espiritual. Considerando que Cristo j tinha vindo, eles declararam que estavam no cu, portanto no deveriam casar e sem se dar em casamento. a) Eles usaram a declarao de cristo que o homem deve deixar pai, me, esposa e filhos para justificar o abandono de seus familiares, e formar unies espirituais, destitudas de relao sexual com os novos parceiros. b) Jacobs colocou seus seguidores numa colnia dos Shakers. 2 - Igualmente esquisita foi a crena de alguns que eles haviam entrado no grande Sbado milenar de Cristo, e no deveriam fazer nenhuma obra secular. 3 - Himes, Miller e outros estavam determinados em purgar o movimento destas idias fanticas. Mas os delegados que vieram conferncia de Albany, no eram da rea onde prevalecia esta forma de pensamento. a) Depois de dois dias de reunies os delegados reafirmaram os ensinamentos tradicionais do millerismo, menos o elemento tempo.

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b) E sugeriram para os adventistas um tipo de organizao congregacional. c) E mostraram a necessidade de continuarem a obra de salvao dos pecadores atravs da pregao e da ampla distribuio de literatura. d) Condenaram o lava-ps, saudao santa e guarda do Sbado. E - As divises - As posies tomadas em Albany asseguraram uma permanente diviso entre os adventistas. Novas tentativas foram realizadas, atravs de Apollos Hale e J. B. Cook, para unir o grupo do advento que estava cada vez mais longe de ensinamentos originais de Miller sobre profecia. 1 - Abandonaram a crena de que as 70 semanas faziam parte dos 2.300 dias/anos. a) Estes pouco a pouco ficaram sem seguidores, pois mais e mais adventistas defendiam a validade da data de 1844, e outros retornavam para suas igrejas de interior. 2 - Miller sempre foi sensvel acusao de que sua inteno era formar uma nova seita. Seus associados sofreram o mesmo tipo de acusao. a) A Conferncia de Albany alijou intencionalmente a idia de que quisessem formar uma nova denominao. b) Apesar de tudo isso na primavera de 1846 eles assumiram posies que negavam suas intenes, pois estabeleceram uma superviso para a distribuio de fundos e de ministros. c) Por exemplo: Eles enviaram Himes e associados Inglaterra para estabelecer a f millerita entre os ingleses, multides assistiram s reunies, e Himes achou por bem estabelecer congregaes permanentes. Este mais um elemento no processo da diviso do millerismo. 3 - Por ocasio da morte de Miller em 12/1849 o adventismo estava fragmentado em vrios grupos. a) Alm dos adventistas sabatistas com quem estamos interessados, trs outros grupos existiam distintamente em 1852:

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(1) O primeiro, reclamava ter mantido a f adventista original, sua liderana estava centralizada em 3 homens: Himes, Bliss, Hale. (a) Eles eram favorveis ao desenvolvimento de uma forte igreja congregacional; no conseguiram muito neste particular. (b) At que organizaram em 1859, a Conferncia Adventista Evanglica Americana. (c) Atravs de Advent Herald, como seu porta-voz, os adventistas evanglicos desenvolveram uma crescente aproximao ntima com as grandes igrejas protestantes. Como os adventistas evanglicos mantinham a crena na imortalidade da alma, eles viam menos razo para permanecerem separados. E gradualmente foram absorvidos. Porque tambm estas igrejas tendiam ao Pr-Millenialismo. (2) O segundo grupo cresceu junto de Joseph Turner e seu Second Advent Watchman. (a) Para estes o milnio estava no passado. (b) Defendiam o estado de inconscincia na morte e total aniquilao dos maus. (c) Mas divergiam entre si sobre organizao e disciplina da igreja. Em 1862 Himes, tendo aceitado a doutrina do estado de inconscincia da morte se uniu a este grupo e formou o que hoje o maior grupo adventista remanescente anti-sabtico - a Igreja Adventista Crist. (3) O terceiro grupo sob a liderana de Joseph Marsh, que se opunha violentamente a qualquer forma de organizao. (a) Criam que o milnio estava no futuro, durante o milnio esperavam um 2 perodo de provao quando os judeus retornariam palestina (Ps-Millenialismo). (b) Sua oposio a qualquer organizao tornou-os fracos e desunidos. b) mesmo antes da Conferncia de Albany, havia crentes que aceitaram a teoria da Porta Fechada e o sbado. Estes

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crentes, na sua maioria, eram leigos, e que a data de 1844 como certa, e o acontecimento errado. (1) S Jos Bates entre eles tivera proeminncia nos crculos milleritas. (2) Atravs da orao, e profundo estudo da Bblia, eles pesquisaram doutrinas bblicas que explicassem seu desapontamento em 1844.Eles tornaram-se o maior grupo de todos os adventistas: I. A. S. D. F - As Trs Doutrinas que deram Identidade I. A. S. D. 1 - O Sbado - Na primavera de 1844, Frederick Wheeler, um ministro metodista de Hillsbore, New Hampshire, comeou a guardar o 7 dia como o sbado. a) Esta sua atitude resultou de contato com uma batista do 7 dia. Ele viera para ministrar a ceia a uma pequena igreja perto de Washington. Nesta localidade havia chegado recentemente a Sra. Rachel Oakes, para visitar sua filha, professora primria da localidade, Delight. b) Durante esta visita a Sra. Rachel Oakes, desafiou o pr. E. Wheeler a guardar todos os mandamentos de Deus, uma vez que ele tinha dito em recente sermo que era dever de todo homem guardar a lei. c) Depois de srio estudo Wheeler ficou convicto de que deus requeria que seus filhos honrassem o 7 Dia e comeou a guard-lo. d) Em torno da mesma poca vrios membros da congregao de Washington tomaram a mesma deciso. Os mais proeminentes dentre eles foram William e Cyrus Farnsworth. Assim a 1 congregao a guardar o Sbado de forma permanente foi a de Washington, antes mesmo do grande desapontamento de 22/10/1844. e) No fim do vero de 1844 o mais proeminente ministro adventista , de origem batista, T. M. Preble, de East Ware, N. Hampshire, que viajara junto com Miller, tambm aceitou o Sbado, como o stimo dia. (1) Ele deve ter aprendido o Sbado de Wheeler ou de Raquel Oakes, no se sabe ao certo.

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(2) Wheeler e Preble, diante do prximo advento, e da excitao em torno desta idia, no tiveram dificuldades para convencer a outros da necessidade de mudar o dia de adorao. f) Os batistas do 7 Dia agitaram o ambiente religioso com a questo do Sbado, durante estes anos de espera da volta de Cristo. (1) O Midnight Cry, em setembro de 1844, expressou de forma interessante a posio dos seus editores: No h nenhuma poro particular de tempo que os cristos esto obrigados pela lei a guardar como santo. (2) Mas tambm admitiram que se depois de um cuidadoso estudo uma pessoa decidisse de outro modo, ento eles precisavam tambm concluir: Que a poro particular do tempo que Deus nos requer observar como santo, o 7 Dia da semana, isto , o Sbado. (3) O desapontamento no conseguiu destruir a f de Wheeler e Preble na iminncia do advento. Preble viu esta poca como oportunidade de falar sobre o Sbado aos adventistas. (a) Isto ele fez atravs do Jornal Hope of Israel, em 28/2/1845. (b) No ms seguinte ele publicou, de forma extensa, um estudo de suas concepes sobre o sbado. g) Os participantes da Conferncia de Albany no quiseram ter nenhuma ligao com a doutrina do Sbado, dizendo ser uma forma de judasmo moderno. h) As concepes de Preble sobre o Sbado foram comunicadas a J. B. Cook, outro importante pregador millerita. Mas em menos de 3 anos, ambos voltaram a observar o domingo. i) Mas o artigo e o tratado de Preble chegou s mos de dois homens que vieram ocupar um lugar de importncia entre os pais fundadores da IASD: Joseph Bates e John Nevins Andrews. Estes homens convenceram a centenas, inclusive a Tiago e Ellen White, e a Hiran Edson. 2 - Joseph Bates - Ele era um homem na faixa dos cinqenta quando decidiu guardar e promover o Sbado. Com a idade de 15 anos deixou o lar em New Bedford, em Massachussets, para seguir uma53

carreira no mar. Os primeiros anos foram cheios de aventura, incluindo um naufrgio e um recrutamento forado Marinha Britnica. a) Depois do incio da guerra de 18