História dos quadrinhos

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  • 8/4/2019 Histria dos quadrinhos

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    MotivaAluna: Isabella de Lima Medeiros

    Matria: Portugus

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    A HISTRIA DOS QUADRINHOS - NOBRASIL E NO MUNDO

    O que so "Quadrinhos"?

    Quadrinhos ou Histrias em Quadrinhos, as conhecidas HQs, so narrativas feitascom desenhos sequenciais, em geral no sentido horizontal, e normalmenteacompanhados de textos curtos de dilogo e algumas descries da situao,

    convencionalmente apresentados no interior de figuras chamadas "bales".

    Difundidos em revistas e jornais, os quadrinhos se tornaram um dos maisimportantes veculos de comunicao de massa e criaram linguagem prpria, comuma srie de signos inovadores, em grande parte incorporada posteriormente pelocinema, pela televiso e pela publicidade.

    As tirinhas de jornal e as revistas de HQs, tornaram-se inquestionavelmente o maiore mais influente campo iconogrfico da Histria, com bilhes de ilustraesproduzidas desde 1900 ou um pouco antes. Essa produo certamente representa a

    mitologia grfica dominante no Sculo XX. Nem mesmo o cinema e a televisopodem vangloriar-se de ter conseguido atingir um tero da humanidade, como osquadrinhos o fizeram.

    Um incio despretensioso

    No mesmo perodo histrico em que surgiu o cinema, o telgrafo e o raio x, surgiunos Estados Unidos uma forma singular de comunicao que se tornaria um gnerocaracterstico do Sculo XX: as histrias em quadrinhos.

    Nos anos de 1895-1900 surgiram nas tiras de jornais dominicais nos Estados Unidos,os primeiros personagens das HQs. Dentre os quais, o primeiro a fazer fama: YellowKid, de Richard Outcault. Alguns anos depois, o xito de Yellow Kid levou RudolphDirks a produzir Katzenjammer Kids, a primeira criao a desenvolver totalmente ascaractersticas da moderna tirinha: usava bales, tinha elenco permanente e eradividida em quadros.

    A novidade se espalhou pelo mundo. O Japo e a Europa se mostraram terrenosfrteis para material de HQs e surgiram muitos cartunistas clebres no incio doSculo XX. A revoluo esttica ficou cargo de Little Nemo in the Slumberland,

    lanado em 1905 por Winsor McCay, que usava pela primeira vez a perspectiva emseus desenhos.

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    Um crescimento assombroso

    Nessa poca os quadrinhos comeavam a se tornar um elemento indispensvel nosjornais dirios. Foi quando George Herriman lanou Krazy Kat, a histria de ummundo potico, ao mesmo tempo surreal e cmico, no qual, com extremasimplicidade grfica, eram expostas as relaes entre os membros de um pequenoelenco de personagens. Essa foi a primeira tirinha para o pblico adulto e inaugurouas histrias com animais, que culminaria com o aparecimento do famoso Gato Flix,de Pat Sullivan, e do Mickey Mouse, de Walt Disney. Em 1930, Herg cria Tintin, cujoxito se prolongou por dcadas.

    No ano seguinte surgiram Betty Boop, de Max Fleischer e Tarzan, de Harold Foster.Buck Rogers e Popeye (criado por Elzie Crisler Segar) tambm estrearam em 1931.

    A dcada de 30 trouxe ainda criaes quase imortais para os quadrinhos, queintroduziram a aventura como tema principal. Alex Raymond, criou Flash Gordon,

    Jim das Selvas e o agente secreto X-9. Chester Gould criou Dick Tracy. Lee Falkconcebeu o Fantasma e o Mandrake.

    O sucesso das histrias de aventura gerou as revistas exclusivamente sobrequadrinhos. As pioneiras foram as japonesas (da dcada de 20). Em 1933 surgiu aprimeira revista americana de quadrinhos, a Funnies on Parade. Depois vieram aFamous Funnies, Tip Top Comics, King Comics,Action Comics (onde Jerry Siegel e Joe

    Shuster criaram o Super-Homem) e Detective Comics (onde Bob Kane, em 1939, criouo Batman).

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    A perseguio da justia, aliada ao fim da Guerra, fez despencar as vendas derevistas de quadrinhos, pois os heris j eram o carro-chefe da Nona Arte na poca.A criao de cdigos de tica e de postura por parte das editoras, para combater acensura, s foi dar resultados alguns anos mais tarde.

    Enquanto o mercado de revistas e heris desmoronava, as tirinhas de jornaisvoltaram aos dias de glria e surgiram personagens importantes, como Asterix - oGauls, de Albert Uderzo e Ren Goscinny, Mortadelo e Salaminho e Os Smurfs, dePeyo. O personagem Pogo, de Walt Kelly, fez muito sucesso na poca.

    A recuperao

    A dcada de 60 marcou a recuperao do mercado de heris. Isso se deveu a vriosmotivos. O cdigo de tica, que previa menos violncia j estava em vigor a algumtempo, a perseguio da justia americana j estava em baixa e as editoras lanaramheris com caractersticas mais humanas e filosficas, com dramas psicolgicos eproblemas cotidianos.

    Surgiram nessa poca personagens como o Homem-Aranha, o Quarteto Fantstico, oThor - o Deus do Trovo e o Surfista Prateado. Todos foram criados pela editoraMarvel, concebidos pelas mentes dos mestres Stan Lee e Jack Kirby.

    Com o mercado de heris em alta novamente, os quadrinhos ganharam novaexploso de criao. As outras categorias vinham no embalo. Surgiram personagens

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    femininas que inspiravam a moda das mulheres no mundo inteiro. Surgiramtambm personagens erticas como Vampirela, de Jean-Claude Forrest, Jodelle, deGuy Peelaert, Valentina, de Guido Crepax. No fim da dcada, surgiu o gnerounderground, que abordava o submundo das drogas e do sexo livre, satirizando assituaes. Em 1973, Hagar - o Horrvel, criado por Dirk Browne e vira sucesso

    instantneo.

    A situao atual

    Nas ltimas dcadas do sculo XX, os heris se firmaram e ganharam mais revistas.Os criadores de histrias (roteiristas e desenhistas) passaram a ser celebridadesmundialmente famosas e seus nomes nos crditos das histrias passaram a contartanto quanto o nome de um ator famoso em um filme.

    Nomes como Frank Miller, Dan Jurgens, John Byrne, Grant Morrisson, Mark Waid,Kelley Jones, Jim Lee, Leph Loeb, Neil Gaiman, Alan Moore e outros se firmaram edespontaram dentre os demais.

    Revistas alternativas, na linha sexo-terror, surgiram e fizeram sucesso com ediesde alto nvel grfico, sempre destinadas ao pblico adulto. So dessa fase revistascomo Zulu, Hara-Kiri e a mais clssica de todas, Heavy Metal.

    Os personagens continuaram a aparecer. Surgiram Tank Girl, de Jamie Hurlott,Hellblazer, de Alan Moore e Sandman, de Neil Gaiman. dessa poca tambm afebreX-Men, os heris mutantes, que se firmou como a maior vendedora de revistasda atualidade. Garfield, de Jim Davis e Calvin, de Bill Waterson se firmaram como osmaiores personagens de tirinhas de jornais do fim do sculo XX.

    No fim da dcada de 90 surge uma editora de peso, a Image Comics, fundada porex-funcionrios da Marvel e da DC Comics (as duas maiores produtoras de heris),que achavam que no tinham o espao necessrio para criar seus personagens etinham que seguir as ordens dos editores. Da Image saiu o maior sucesso editorialdo fim do sculo: Spawn, de Todd McFarlane, que se tornou to popular quanto oSuper-Homem e o Batman. O personagem faz enorme sucesso em sua revista ealavanca produtos secundrios como bonecos, roupas, jogos e at filmes.

    O sculo termina consagrando McFarlane como um dos grandes nomes das HQs, aolado de gnios como Alan Moore (que criou a obra-prima dos quadrinhos, a mini-srie Watchmen), Frank Miller (autor das fantsticas Batman - Cavaleiro das Trevas eDemolidor - homem sem medo) e do desenhista Alex Ross (que ilustrou as histricasobras Marvels, Reino do Amanh e Super-Homem - Paz na Terra), que deu umarealidade nunca antes vista nos desenhos das HQs. Ross foi o primeiro desenhista aganhar tanta fama quanto os roteiristas de quadrinhos de heris.

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    Quadrinhos no Brasil

    Muitos estudiosos querem o crdito pela inveno do gnero ao cartunista italianoAngelo Agostini, que, radicado no Brasil, escreveu, em 1869 (muito antes de YellowKid),As Aventuras de Nh Quim ou impresses de uma viagem corte, uma autnticahistria em quadrinhos. Quinze anos depois ele seria responsvel pela criao dosprimeiros quadrinhos brasileiros de longa durao, com asAventuras do Z Caipora.

    Em 1905 comearam a surgir outras histrias em quadrinhos nacionais com olanamento da revista O Tico-Tico. Surgiu o personagem Chiquinho, de Loureiro.Tambm graas revista, surgiram Lamparina, de J. Carlos, Z Macaco e Faustina, deAlfredo Storni, Pra-Choque e Vira-Lata, de Max Yantok e Reco-Reco, Bolo e

    Azeitona, de Luis S.

    Em meados de 1930, Adolfo Aizen lanou o Suplemento Juvenil, com o qualintroduziu no Brasil as histrias americanas. O sucesso o levou a editar mais duasrevistas: Mirim e Lobinho. Em 1937, Roberto Marinho entrou no ramo com O Globo

    Juvenil e dois anos depois lanou o Gibi, nome que passaria a ser tambm sinnimode revistas em quadrinhos.

    Na dcada de 50, comearam a ser publicados no Brasil, pela Editora Abril, ashistrias em quadrinhos da Disney. A revista Sesinho, do SESI, permitiu oaparecimento de figurinhas carimbadas das HQs no pas, como Ziraldo, Fortuna eJoselito Matos.

    Para enfrentar a forte concorrncia dos heris americanos, foram transpostos paraos quadrinhos nacionais aventuras de heris de novelas juvens radiofnicas, comoO Vingador, de P. Amaral e Fernando Silva e Jernimo - o heri do Serto, de MoissWeltman e Edmundo Rodrigues. Personagens importados tiveram suas versesbrasileiras, como o Fantasma.

    A partir da dcada de 60, multiplicaram-se as publicaes e os personagensbrasileiros. Destaque para Perer, de Ziraldo (que mais tarde criaria O MeninoMaluquinho), Gabola, de Peroti, Sacarrolha, de Primaggio e toda a srie depersonagens de Maurcio de Sousa, dentre os quais, Mnica, Casco e Cebolinha.

    Maurcio de Sousa o maior nome dos quadrinhos nacionais. Foi o nico a viverexclusivamente dos lucros de suas publicaes. A Turma da Mnica o maiorsucesso do ramo no pas, em todos os tempos. Virou uma linha de produtos que vodesde sandlias, a macarres, passando por material escolar, roupas, etc. Tambmj foram produzidos desenhos animados longa-metragem com os personagens.

    O jornal Pasquim ficou famoso por suas tirinhas de quadrinhos, principalmente os deJaguar. O cartunista Henfil tambm se destaca nessa poca. Daniel Azulay tambmcriou e manteve um heri brasileiro, o Capito Cip, que representou um dosmelhores momentos dos quadrinhos nacionais.

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    A Editora Abril passa a publicar os heris da Marvel e da DC Comics no Brasil, com asrevistas Capito Amrica e Heris da TV. Posteriormente, com Batman, Super-Homem, Homem-Aranha e Incrvel Hulk, dentre outros.

    A partir da dcada de 80, os grandes jornais brasileiros passam a inserir trabalhos deautores nacionais em suas tirinhas, antes exclusivamente americanas. Dentre eles,destacam-se Miguel Paiva (Radical Chic), Glauco (Geraldo), Laerte (Piratas do Tiet),Angeli (Chiclete com Banana), Fernando Gonsales (Nquel Nusea) e Lus FernandoVerssimo (As Cobras). Tambm a edio brasileira da revista americana Mad passa apublicar trabalhos com autores brasileiros.

    Nos anos 90 o mercado brasileiro cresce um pouco mais. Novas revistas emquadrinhos de heris passam a ser editadas no pas, sobretudo da recm criadaImage Comics. A Editora Abril continua na frente das rivais e publica a Spawn norte-americana.

    O Brasil entra no Sculo XXI com o mercado de quadrinhos em expanso. A EditoraGlobo continua a publicar com grande sucesso os gibis da Turma da Mnica; aEditora Abril segue firme com os quadrinhos de heris das americanas Marvel, DC eImage; a revista Heavy Metal americana lana sua edio brasileira, a Metal Pesado,e editoras menores publicam materiais de outras origens. Alguns cartunistasnacionais lanam a revista caricata Bundas.