História e Evolução Do Direito Empresarial

Embed Size (px)

Citation preview

  • 1Histria e Evoluo do Direito Empresarial

    RESUMO: Este trabalho foi realizado atravs de reviso de literatura, buscando encontraro mximo de subsdio para a questo da histria e evoluo do Direito Empresarial, desdeseu nascimento como direito comercial, passando pelas diversas teorias que lhe definiam atos dias atuais com sua nova nomenclatura de Direito Empresarial. Foram utilizados livros eartigos cientficos da base de dados SciElo e Google Acadmico, reconhecidas para trabalhosacadmicos. O objetivo da pesquisa era analisar a evoluo do comrcio diante das diversassociedades histricas, visando encontrar o marco de nascimento do Direito Comercial, bemcomo sua evoluo, perpassando pelas diversas teorias que caracterizaram o DireitoComercial, tais como a teoria subjetiva, das Corporaes de Mercadores, a teoria objetiva,dos atos de comrcio, at a chegada do foco na empresa e a mudana de nomenclatura paraDireito Empresarial, como encontrado atualmente. Considera-se importante a posio dealguns doutrinadores e historiadores do direito, encontrando diversos pontos controvertidosreferentes ao nascimento da atividade comercial e seu desenvolvimento e o nascimento doDireito Empresarial. Superando esse ponto de partida a doutrina praticamente unssona noque tange a evoluo destes institutos na histria. Assim, de forma clara e concisa, o presentetrabalho visa apresentar as diversas vertentes doutrinrias no tocante ao nascimento docomrcio e do Direito Comercial e sua evoluo histrica at a atualidade.

    Palavras-chave: comrcio, Direito Comercial, Direito Empresarial, evoluo, histria.

    INTRODUONa busca pelo nascimento do comrcio, depara-se com Plato[1], o qual o descreve

    de forma sucinta e completa em seu livro A Repblica. O filsofo ao explicar a origem dajustia, de forma indireta indica a origem do Estado e do comrcio. Segundo este filsofo,pelo fato dos indivduos no conseguirem saciar todas as suas necessidades, se viramobrigados a aproximarem-se uns dos outros com o intuito de trocar os excedentes de seustrabalhos. Tal aproximao acarreta a vida em grupo e posteriormente a sociedade.

    MARTINS[2] assinala que no incio os grupos sociais buscavam bastar-se a simesmos, mantendo-se com suas produes rurais familiares. O natural crescimentopopulacional forou as trocas de mercadorias e posteriormente a criao da moeda, o quetinha o nico intuito de facilitar o escambo. Segundo CAVALCANTE[3], inaugura-se o cummerx, ou escambo de mercadorias, derivando mais tarde na expresso cummerciun. JTOMAZETTE[4], afirma que a palavra comrcio vem do latim commutatio mercium, o quesignifica troca de mercadorias.

    Em decorrncia de algumas limitaes impostas pelo escambo (economia de troca)ocorre a evoluo para a economia de mercado e o uso da moeda, em sistema muito similar

  • 2ao utilizado at hoje. Com esta atualizao no comrcio, o produtor de determinado insumoproduz mais e com mais variedade, pois a produo deixou de ser unicamente parasubsistncia e troca do excedente, agora tambm para venda.

    Comrcio foi bem conceituado por ROCCO[5], o comrcio aquele ramo deproduo econmica que faz aumentar o valor dos produtos pela interposio entre produtose consumidores, a fim de facilitar a troca das mercadorias.

    Neste sentido encontra-se o conceito de BORGES[6], o ramo da atividade que tempor objeto a aproximao de produtores e consumidores, para a realizao ou facilitaode trocas.

    A atividade comercial remonta Antiguidade, tendo como bom exemplo de grandescomerciantes os fencios. Segundo PALMA[7], os fencios so ancestrais dos Libaneses, efizeram de seu territrio um dos maiores recantos de prosperidade do Oriente.

    O ilustre professor PALMA[8] demonstra a pujana comercial dos fencios nossculos X e IX a.C.:

    ... a Fencia vivia em absoluto estado de esplendor graas ao intensocomrcio e dedicao s navegaes martimas, que legaram suagente uma slida reputao nesse campo. Com muita habilidade ecoragem mpar, os fencios ousaram singrar os oceanos a bordo deembarcaes bem construdas. Fundaram colnias no Norte da frica,dentre as quais Cartago se evidencia ...

    Urge salientar que o conceito de comrcio no se confunde com o objeto de estudo dodireito comercial, ou modernamente o direito empresarial, no devendo limitar o direitocomercial como direito do comrcio. Um bom exemplo de que o direito comercial maisamplo que o comrcio, e sua necessidade de lucro, so aspectos das associaes sem finslucrativos que fazem parte do direito comercial, como a criao e alterao de seus estatutos.

    Destarte, ocasionado por essa comum confuso entre direito comercial e comrciodiversos doutrinadores modernos, como Rubens Requio[9], entendem que a nomenclaturamais correta seria Direito Empresarial, ou Direito das empresas mercantis.

    HISTRICO DO DIREITO COMERCIAL

    H uma enorme controvrsia entre doutrinadores do direito, filsofos, socilogos eantroplogos sobre o nascimento do Direito Comercial. REQUIO[10], afirma que o direitocomercial surgiu na Idade Mdia com o desenvolvimento do trfico mercantil.

    De acordo com FERNANDES[11], o desenvolvimento histrico do Direito Comercialperpassa pela poca romana, pelos fencios, assrios, babilnicos e os gregos onde estes notrouxeram contribuies diretas para o desenvolvimento da matria.

    Todavia, relata que alguns historiadores encontraram vestgios de normas de direitocomercial no Cdigo de Manu, na ndia. No Museu do Louvre, est a pedra em que foi

  • 3esculpido o Cdigo de Hamurabi, a mais de 2.000 anos a.C., contendo normas de regulavama atividade mercantil, mas sem configurar um sistema de normas passvel de ser chamado deDireito Comercial.

    MAMEDE[12] cita o aparecimento de normas de Direito Comercial em pocas maislongnquas ainda nas regies de Ur e Lagash, porm informando que a macia doutrina indicacomo florescimento desse ramo do direito privado o aparecimento dos primeiros burgos(cidades burguesas).

    Muitos anos aps, no Imprio Romano, bero da Civil Law, com sua estrutura socialfundada sobre a propriedade e atividade rural, ainda no havia surgido o Direito Comercialcomo ramo autnomo do direito. At mesmo por seu carter social aristocrtico, osSenadores e Patrcios eram proibidos de exercer atividade mercantil, restringindo-se taisprticas aos escravos.

    Em Roma encontravam-se algumas normas fragmentadas que versavam sobre aregulao do comrcio, porm nada substancial capaz de caracterizar o nascimento de umramo autnomo do direito.

    REQUIO[13] entende que apesar de existir algumas regras de direito comercial emtempos remotos, tais regras esparsas no formaram um corpo sistematizado de normascapazes de inaugurarem a autonomia do Direito Comercial.

    Com a derrocada de Roma e, por conseguinte a ausncia de um poder estatal unificadoe central, diversas pequenas cidades foram brotando no territrio romano. Estas cidadelasno eram autossuficientes e necessitavam de outras cidades e povos prximos parasobreviverem, fomentando o comrcio entre essas cidades.

    Acrescido ao advento da era Crist, e a decadncia da aristocracia, nasce o capitalismomercantil em territrio romano e os primeiros esboos do Direito Comercial como disciplinaautnoma, impulsionado pelo trfego mundial no Mediterrneo.

    Segundo REQUIO[14], com a invaso brbara e o retalhamento do territrioromano, inicia-se a fase feudal. Nos sculos VIII e IX surgem em Bizncio, oriundas dasInstitutas de Justiniano, as leis pseudrias e o jus greco-romano incorporando os costumesMediterrneos, bem como a origem do direito comercial medieval.

    Este doutrinador ainda afirma que no sculo XI se inicia o desenvolvimentoeconmico da Europa, ainda mal visto pelos preceitos do direito cannico, o qual tem aversos atividades lucrativas, citando o versculo bblico de Deuteronmio, Ao teu irmo noemprestars com usura....[15]

    Na Idade Mdia com a ascenso da burguesia e crescimento das cidades, haja vista oxodo rural, bem como a abertura das vias comerciais do norte e do sul da Europa, observa-se a pequena sobrevida do sistema feudal.

  • 4TOMAZETTE[16] descreve tal situao:Essa mudana foi provocada pela crise do sistema feudal, resultado dasubutilizao dos recursos do solo, da baixa produtividade do trabalhoservil, aliadas ao aumento da presso exercida pelos senhores feudaissobre a populao. Em funo da citada crise, houve uma grandemigrao que envolveu, dentre outros, os mercadores ambulantes, queviajavam em grupos e conseguiram um capital inicial, que permitiu aestabilizao de uma segunda gerao de mercadores nas cidades,desenvolvendo um novo modo de produo.

    Assim, nascem as corporaes de mercadores, onde se renem os comerciantes, quedetm riquezas, porm no possuem ttulos de nobreza. Essas corporaes visavam proteo dos comerciantes frente ao decadente sistema feudal. Assim, vo paulatinamenteganhando poder poltico e militar, chegando a conseguir a autonomia de centros comerciais,como as cidades italianas de Veneza, Florena e Gnova.

    SISTEMA SUBJETIVO AS CORPORAES DE MERCADORES

    Em toda a Europa Ocidental viu-se rapidamente o fortalecimento das corporaesmercantes as quais se sobrepuseram aos soberanos, principalmente na Itlia e Alemanha, nascostas do Mar do Norte, esta ltima onde foi criada a Hansa, que era uma liga de cidadescomerciais alems dentre elas Hamburgo e Lubeck, congregando em torno de oitenta cidadescomerciais, desde Bergen at os Pases Baixos, monopolizando o comrcio exterior daInglaterra.

    REHME[17], explica que nessa regio da Alemanha, diversos povoados que possuamboas feiras, grandes mercados, se expandiram rapidamente fomentados pelo forte comrcioe tornaram-se cidades medievais.

    De acordo com GARRIGUES[18], tais mercados brotavam em territrios neutros,geralmente fronteirios, onde se pactuava uma paz em prol do mercado e protetora dosestrangeiros. A Lei 4, Ttulo 7, das Leis das Setes Partidas, Da Espanha, assegurava, todoslos que vengan a las ferias de estes Reynos o a otro ponto de ellos en cualquier tiempo, sindistinccin de cristianos, morros e judos, seron salvos y seguros em sus personas, bienes ymercaderas, as em la venida como e su estada y vuelta.

    Nessa fase histrica comea a se desenvolver o direito comercial, atravs do direitocostumeiro aplicado no interior das corporaes de mercadores pelos juzes consulares. Apartir da surgiram os primeiros repositrios de costumes e decises emanadas dos juzesconsulares, tais como Rles dOleron, da Frana; Consuetudines, de Gnova; CapitulareNauticum, de Veneza; Constitutum Usus, de Pisa; Consolat Del Mare, de Barcelona.

    Explica PEREIRA[19], que como o direito comum da poca no apresentavaregramento capaz de regular as relaes comerciais de forma satisfatria. Assim, oscomerciantes se viram compelidos a organizarem-se e criarem uma estrutura jurdica interna

  • 5nas corporaes, onde o direito era aplicado pelos juzes consulares, que eram eleitos emassembleias cerradas para os membros das corporaes mercantis.

    O direito comercial exercido no interior das corporaes era um direito corporativo,consuetudinrio e subjetivista, vez que era limitado aos membros das corporaes.ROCCO[20] aduz:

    Aos costumes formados e difundidos pelos mercadores, se estesestavam vinculados; os estatutos das corporaes estendiam a suaautoridade at onde chegava autoridade dos magistrados dascorporaes, isto , at os inscritos na matrcula; e, igualmente jurisdio consular que estavam sujeitos, somente, os membros dacorporao.

    Os cnsules objetivando ampliar seu poder de atuao, sua jurisdio, modificaramas regras das corporaes de mercadores passando a aplicar o direito comercial no s paraos inscritos nas corporaes, mas a todos que praticarem atos condizentes com o comrcio,delineando-se o novo conceito objetivista do direito comercial.

    A abertura do direito das corporaes aos demais cidados foi vista pela populaoem geral com bons olhos, visto que o direito outorgado pelo Estado era precrio e com sriastendncias usurpadoras. Assim, o povo comeou a depositar grande confiana nas decisesemanadas pelos juzes consulares.

    Neste nterim, as corporaes da Idade Mdia foram o trampolim do Direito Comercialpara se estabelecer como um direito especial e autnomo, tendo principalmente a Itlia comobero desse ramo do direito.

    SISTEMA OBJETIVO - TEORIA DOS ATOS DO COMRCIO

    Com o incremento do comrcio e novas prticas de atividades mercantis, o crditocomercial ganha importncia e surge a atividade bancria concedendo crdito tanto para oscomerciantes como para os consumidores. As transaes de crdito bancrio eramdocumentadas atravs de ttulos cambiais, deixando tais atos acessrios ao comrcio deserem exclusivos de comerciantes para abrangerem toda a populao, impondo umaobjetivao do direito comercial.

    REQUIO[21] cita muito bem Vivante quando este explica esta transio do sistemasubjetivo para o objetivismo aduzido pela Teoria dos Atos de Comrcio;

    ... passou-se do sistema subjetivo ao objetivo, valendo-se da ficosegundo a qual deve reputar-se comerciante qualquer pessoa que atueem juzo por motivo comercial. Essa fico favoreceu a extenso dodireito especial dos comerciantes a todos os atos do comrcio, fossequem fosse seu autor, do mesmo modo que hoje a fico atribui, porordem do legislador, o carter de ato de comrcio quele queverdadeiramente no o tem, serve para estender os benefcios da leimercantil aos institutos que no pertencem ao comrcio.

  • 6Seguindo esta teoria, encontra-se o primeiro Cdigo Comercial moderno, o Cdigode Savary, da ordenao de Colbert, datado de 1673, o qual fixa a figura do comerciante deforma objetiva, sendo todo aquele que pratica atos pertinentes matria comercial.

    Outro cdigo que adota a teoria objetiva o famoso Cdigo Napolenico de 1807,pois agindo de acordo com a Teoria dos Atos de Comrcio estaria a servio da RevoluoFrancesa, com suas ideias de igualdade em confronto com a teoria subjetiva que restringia oprivilgio do Direito Comercial aos inscritos nas corporaes.

    O Cdigo Napolenico expressamente tinha o objetivo de romper com o sistemaaristocrtico feudal e consolidar o poder da burguesia emergente. Neste liame, encontram-seas sbias palavras do professor NEZ[22]:

    En efecto, tal como lo ha sealado Francesco Galgano, el Code pudoms que la guillotina. Con unos cuantos artculos fractur lapropriedade nobiliaria, destruyendo para siempre las bases materialesdel poder aristrocrtico y abri a la burguesia el acceso a lapropriedade de la tierra. La Revolucin francesa, la verdadeirarevolucin disse Galgano no fue obra de Robespierre, sino dePothier. Fue el produto de la fuerza poderosa del Derecho.

    Salienta-se que na mesma poca foi editada a celebre Lei Chapelier, a qual visavaassegurar plena liberdade profissional, extinguindo os privilgios de determinadas classes oucorporaes, bem como fez o Cdigo Napolenico ao incorporar a Teoria dos Atos deComrcio.

    No Brasil esta concepo foi adotada pelo Cdigo Comercial de 1850. Contudo, aoperceber que este dispositivo limitou-se a disciplinar a atividade profissional do comerciante,sem mencionar ou definir atos de comrcio, viu-se a latente necessidade de talregulamentao.

    A necessria regulamentao na legislao brasileira surgiu atravs do Regulamento737, de 25 de novembro de 1850, definindo no artigo 19 o que era considerado atos decomrcio.

    Artigo 19. Considera-se mercancia:1 - A compra e venda ou troca de efeitos mveis ou para os vender porgrosso ou a retalho, na mesma espcie ou manufaturados , ou paraalugar o seu uso;2 - As operaes de cmbio, banco e corretagem;3 - As empresas de fbricas, de comisses, de depsitos, de expedio,consignao e transporte de mercadorias, de espetculos pblicos;4 - Os seguros, fretamentos, risco e quaisquer contratos relativos aocomrcio martimo;5 - A armao e expedio de navios.[23]

  • 7Por se resumir ao estabelecimento de uma relao de atividades econmicas, o sistemafrancs dos atos de comrcio gerou indefinies quanto natureza mercantil de algumasdelas, principalmente, porque quando poca de sua definio pelo legislador ptrio, apenasfoi considerada a natureza comercial dos atos que j eram realizados pelos comerciantes, ouseja, baseando exclusivamente na tradio histrica do comrcio. Essa foi a razo de algumasatividades no terem sido consideradas atos de comrcio, tais como a prestao de servios,a agricultura e a negociao imobiliria, uma vez que essas atividades no eramtradicionalmente desenvolvidas pelos comerciantes da poca.

    A inexistncia de parmetros cientficos na estipulao das atividades econmicas ea excluso de importantes atividades no rol dos atos comerciais constituram os principaismotivos ensejadores para que a Teoria dos Atos do Comrcio perdesse prestgio e fossesubstituda pelo sistema italiano da Teoria da Empresa. Vale destacar que tal substituio socorre mais de um sculo aps editado o Cdigo Napolenico, tempo mais que suficientepara inspirar todas as legislaes que seguiram seus princpios, dentre elas o CdigoComercial Brasileiro de 1850.

    A Teoria da Empresa chegou ao Brasil e propagou-se pela legislao ptria, sendoencontrada atualmente em diversos dispositivos normativos, como o Cdigo do Consumidore o Cdigo Civil de 2002, sendo esta a teoria utilizada pelo Direito Empresarial brasileiro.

    TEORIA DA EMPRESA SISTEMA SUBJETIVO MODERNO

    Alguns passos adiante e com o crescimento do entendimento de que o Direito Comercial muito maior que a simples prtica de atos de comrcio, bem como as falhas encontradas naTeoria dos Atos de Comrcio, iniciou-se uma nova forma de enxergar o Direito Comercial,ultrapassando os limites dos atos de comrcio e buscando a empresa como um todo.

    O extraordinrio desenvolvimento da economia capitalista tornou a viso objetiva eisolada de ato de comrcio desacreditada. No sculo XIX, auge da Revoluo Industrial,destaca um novo ponto de vista do comrcio e do Direito Comercial, tendo como foco oempresrio e a empresa.

    Na pobre viso dos atos de comrcio e por bvios motivos de completo rompimentocom o sistema feudalista, a agricultura e a pecuria no eram entendidos como comrcio,bem como outras atividades que essencialmente eram empresariais, e assim, faziam acirculao de bens e riquezas, o que gerava falhas e lacunas na competncia do DireitoComercial.

    A limitao imposta ao Direito Comercial pela Teoria dos Atos de Comrcio eratamanha que segundo o artigo 632, do Cdigo Francs, empresa nada mais era que a prticareiterada e em cadeia dos atos de comrcio, conceito este que no valora a organizao docapital e trabalho[24].

    Na vanguarda da troca do foco no comrcio puro e simples para uma viso maiscomplexa de empresa, encontra-se o Cdigo Comercial de 1897, da Alemanha, o qual

  • 8reintroduziu o conceito subjetivo, devidamente modernizado e readequado aos tempos emque se inseria[25].

    O referido cdigo, no artigo 343, expressa que os atos de comrcio so aquelespraticados por comerciantes, relativos e estritamente relacionados prtica comercial,vinculando o comerciante a explorao empresarial. Com este novo conceito surge o Direitodas empesas, tal como conceituado tambm em 1942 no respeitado Cdigo UnificadoItaliano.

    De acordo com a Teoria da Empresa, o Direito Comercial tem seu campo deabrangncia ampliado, incorporando atividades at ento excludas pela Teoria dos Atos deComrcio. Ao contrrio da teoria francesa no se divide mais as atividades econmicas emdois grandes grupos, civil e comercial. A Teoria da Empresa prev de forma ampla asatividades econmicas, excluindo somente atividades especficas, que so, as atividadesintelectuais, de natureza literria, artstica ou cientfica.

    J no tocante a atividade agrcola o Direito Empresarial brasileiro deixou a cargo doagricultor decidir, vez que cabe a este a opo pelo regime comercial, atravs do registroempresarial perante as Juntas Comerciais e Registro Pblico de Empresas. Vale consignarque tal opo no caracteriza a manuteno da agricultura e pecuria fora do direitoempresarial.

    Tal opo somente existe em face dos pequenos produtores rurais e da agriculturafamiliar, que efetivamente no podem ser considerados empresas ou empresrios, poispraticamente trabalham para sua subsistncia e no com o intuito de comercializar suaproduo.

    A Teoria da Empresa nasceu em 1942, na Itlia, alargando a incidncia do DireitoComercial. Esta terceira etapa de desenvolvimento do Direito Comercial apareceu aos olhosdo mundo em poca e local que devem ser considerados, haja vista o mundo estar em plenaSegunda Guerra Mundial e a Itlia ser governada pelo ditador fascista Mussolini.

    O fascismo buscava a harmonizao da luta de classes intermediada pelo estadonacional. A empresa no iderio fascista representa o local de harmonizao entre oproletariado e a burguesia, reunindo os ideais econmicos da empresa com os interesses dostrabalhadores.

    Obviamente a configurao empresarial moderna no encontra como seu princpionorteador os interesses dos trabalhadores, porm a Teoria da Empresa sobreviveu aredemocratizao da Itlia graas aos seus mritos jurdico-tecnolgicos, facilitando aoperacionalidade das empresas perante o ordenamento jurdico moderno.

    A Teoria da Empresa comea a surgir no direito brasileiro a partir de 1960 emcontraposio defasada Teoria dos Atos de Comrcio, especialmente pela no incluso deatividades de extrema importncia ao desenvolvimento econmico nacional, como aprestao de servios, atividades rurais e negociao de imveis.

  • 9Em 1965 a Teoria da Empresa adotada pelo Projeto de Cdigo das Obrigaes queno veio a se tornar lei. Posteriormente em 1975 esta teoria figura novamente no Projeto deCdigo Civil, o qual tramitou com lentido histrica, tornando-se o atual Cdigo Civil de2002. Todavia, durante a tramitao do Cdigo Civil diversas leis de interesse comercialutilizaram o sistema italiano, por exemplo o Cdigo de Defesa do Consumidor de 1990, aLei de Locao Predial Urbana de 1991 e a Lei de Registro de Empresas de 1994[26].

    HISTRIA E EVOLUO DO DIREITO COMERCIAL NO BRASIL

    No Brasil colonial as relaes jurdicas eram caracterizadas pela legislao da ptriame, Portugal, vigorando a poca as Ordenaes Filipinas e forte influncia do DireitoCannico e Romano.

    Todavia, com a chegada da famlia real ao solo da colnia tupiniquim, acossada pelainvaso de Portugal pelas tropas de Napoleo, foi imprescindvel a atualizao das prticascomerciais implantadas no Brasil, e consequentemente do Direito Comercial que regia taistransaes.

    Ato de Dom Joo VI, assinado em 28 de janeiro de 1808, seis dias aps a chegada daFamlia Real portuguesa a Salvador, decretou a abertura dos portos brasileiros s naesamigas de Portugal, o que exclua a Frana, ento em guerra contra Portugal. Antes davigncia da abertura dos portos toda mercadoria que era importada ou exportada pelo Brasildeveria obrigatoriamente ter como entreposto Portugal, onde era pesadamente taxada.

    No mesmo ano outros avanos legislativos e econmicos vieram tona, como acriao do Banco do Brasil atravs do alvar de 12 de outubro de 1808 e a criao da RealJunta de Comrcio, Agricultura, Fbricas e Navegao, que tinha como intuito fomentar aproduo e comercio de insumos brasileiros.

    A principal funo da Junta de Comrcio, Agricultura, Fbricas e Navegao eraorganizar as frotas, fiscalizar o comrcio e intervir nas falncias, alm de receber ascontribuies para pagamento dos marinheiros da ndia, definir a capacidade e preo do fretedos navios e fiscalizar a carga e descarga de produtos nos navios, atuando como agentealfandegrio.

    Com a Proclamao da Independncia no houve uma completa seco da legislaoportuguesa, fato este comprovado pela Lei da Boa Razo, que autorizava em caso de lacunada lei ptria, invocar os subsdios da legislao comercial das naes crists mais evoludase depuradas da boa jurisprudncia. Neste liame, durante anos a legislao comercialbrasileira foi na verdade o Cdigo Francs de 1807, o Cdigo Comercial Espanhol de 1829e por fim o de Portugal de 1833[27].

    O jovem Imprio no satisfeito com a utilizao de legislao estrangeira, atravs daReal Junta de Comrcio, Agricultura, Fbricas e Navegao, incumbiu o Visconde de Cairude organizar um novo Cdigo Comercial puramente brasileiro. Em 1832, o Prncipe Regentenomeou comisso para este fim, a qual era composta quase integralmente de grandescomerciantes nacionais da poca, dentre eles Antnio Paulino Limpo de Abreu, Jos Antnio

  • 10

    Lisboa, Incio Ratton, Guilherme Midosi, e Loureno Westin. A comisso presidida porAntnio Paulino Limpo de Abreu e posteriormente por Jos Clemente Pereira enviou oprojeto do Cdigo Comercial Brasileiro Cmara em 1834.

    Frisa-se que quase todos os idealizadores do Cdigo Comercial eram homensvinculados a importantes atividades comerciais: Ratton era banqueiro e membro daSociedade dos Assinantes da Praa do Comrcio do Rio de Janeiro, Midosi era comerciantesediado no Rio de Janeiro, Westin cnsul da Sucia no Brasil e proprietrio da casa decomrcio Westin e Cia, Limpo de Abreu era genro de um importante fazendeiro ecomerciante de Minas Gerais, figurando como principal abastecedor de alimentos daCorte[28].

    O projeto foi exaustivamente debatido no legislativo at sua promulgao em 1850,Lei 556 de 25 de junho de 1850. O atual Cdigo Comercial Brasileiro, atualmente quaseinteiramente esvaziado pelo Cdigo Civil de 2002, permanecendo em vigncia somente asnormas de Direito Martimo.

    De acordo com MENDONA[29], o cdigo Comercial no cpia servil de nenhumdiploma antes encontrado, sendo o primeiro trabalho original que apareceu na Amrica,porm baseou-se principalmente no Cdigo Portugus de 1833, e subsidiariamente noFrancs de 1807 e Espanhol de 1829.

    Revela esclarecer que o Cdigo Comercial brasileiro apesar de baseado na Teoria dosAtos de Comrcio, em nenhum de seus artigos apresenta a enumerao dos atos de comrcio,nos moldes do Cdigo Comercial Francs de 1807, o qual delimita os atos de comrcio nosartigos 632 e 633[30].

    Visando sanar esta lacuna o legislador brasileiro editou o Regulamento n. 737, de1850, que tratava do processo comercial, e nos artigos 19 e 20 enumerou os atos de comrciobaseando-se novamente no Cdigo Comercial Francs.

    Com o advento do Cdigo Comercial os tribunais do comrcio foram modificando-se at sua extino pela Lei 2.662, de 1875, com a unificao do processo judicial. Em 1866o juzo arbitral, que era obrigatrio, ganhou carter facultativo e, em 1882, as sociedadesannimas desvincularam-se do controle estatal, podendo serem constitudas livremente. Em1908, o Direito Cambirio, por meio do Decreto 2.044, adaptou-se nova fase do pas, dandoorigem ao instituto da concordata[31].

    A importncia do rol dos atos de comrcio do Regulamento 737 s veio a diminuir apartir do ano de 1960, com a aproximao do direito italiano e a utilizao da teoria daempresa no Projeto de Cdigo das Obrigaes.

    Com o advento do Cdigo Civil de 2002, o Direito Comercial, modernamente chamadode Direito Empresarial, voltou a aplicar o carter subjetivo, focando no profissionalempresrio, aquele que exerce como profisso atividade empresarial, voltada para a produoe circulao de bens e servios, conforme estabelecido pelo Cdigo Civil de 2002 nos artigos966 a 1195[32].

  • 11

    CONSIDERAES FINAISA proposta deste artigo foi realizar um levantamento histrico do comrcio e do

    Direito Comercial, visando um melhor entendimento da atual situao dessa to importantematria do Direito Privado. Decalca-se que indispensvel o estudo histrico do Direitopara que se possa compreender profundamente as instituies e dispositivos existentes naatualidade.

    No decorrer do levantamento bibliogrfico pode-se perceber algumas contradiessobre o incio das atividades comerciais no mundo antigo, bem como do Direito Comercial,seja atravs de normas esparsas, as quais regulavam situaes pontuais na evoluocomercial, seja atravs do Direito Comercial como disciplina autnoma na seara jurdica.

    Vale consignar que a dificuldade para delimitar a atividade comercial e o DireitoComercial no tempo grandemente fruto da falta de estudos mais detalhados e da falta dedocumentos antigos escritos, capazes de convalidar as diversas teorias sobre o nascimentodeste ramo do direito privado.

    A autonomia do Direito Comercial, hoje Direito Empresarial, no direito nacional podeser defendida sobre trs aspectos: didtica, formal e substancial ou jurdica.

    A autonomia didtica percebe-se atravs de fcil anlise curricular nas universidadesde Direito, sendo o Direito Empresarial uma ctedra autnoma. O ponto de vista formal omais difcil de ser defendido, haja vista o esvaziamento do Cdigo Comercial pelo CdigoCivil de 2002, persistindo as regras de Direito Martimo.

    Todavia, ao analisar a vasta legislao esparsa que trata exclusivamente de questespuramente empresariais, como a Lei 6.404/1976 (Lei das Sociedades Annimas), o Decreto57.663/1966 (Letra de Cmbio e Nota Promissria), Lei 7.357/1985 (Lei do Cheque), Lei8.934/1994 (Registro de Empresas), dentre outras, comprava a autonomia substancial oujurdica.

    Conclui-se que do comrcio empresa, o Direito Comercial modificou-se emdecorrncia da necessidade de acompanhar as rpidas transformaes econmicas, dasarcaicas corporaes de ofcio s atuais multinacionais e empresas digitais. Neste cenrioespera-se um ritmo cada vez maior de evoluo do comrcio e sua consequentetransformao no Direito Comercial que deve estar em constante mutao e atualizao pararegulamentar a nova economia globalizada.

    REFERNCIASANDRADE, Rmulo Garcia. Burocracia e Economia na Primeira Metade do Sculo

    XIX: A Junta do Comrcio e as atividades artesanais e manufatureiras na cidade do Rio deJaneiro, 1808-1850. Dissertao (Mestrado em Histria) Universidade Federal Fluminense,Niteri, 1980.

  • 12

    BECUE, Sabrina Maria Fadel, O Regramento da Atividade Empresarial e o Cdigo Civil2002. Jus Navigandi. Disponvel em: http://jus.com.br/revista/texto/23628. Acesso em: 4fev. 2013.BORGES, Jos Ferreira. Dicionrio Jurdico Comercial. Rio Janeiro: Freitas Bastos, 1953.BRASIL, Carta Rgia 28 de Janeiro de 1808 Abertura dos Portos. Disponvel em:http://www.jurisway.com.br. Acesso em: 4 fev. 2013.BRASIL, Cdigo Civil. So Paulo: Atlas, 2012.BRASIL, Constituio Federal. Braslia, DF: Senado, 2012.CAVALCANTE, Benigno. Manual de Direito Empresarial. 1ed. Leme: Cronus, 2010.COELHO, Fbio Ulha. Manual de Direito Comercial: direito de empresa. 25ed. SoPaulo: Saraiva, 2013.DINIZ, Maria Helena. Lies de Direito Empresarial. 2ed. So Paulo: Saraiva, 2012.FERNANDES, Jean Carlos. Direito Empresarial Aplicado. Belo Horizonte: Del rey, 2007.GARCIA, Ayrton Sanches. Noes Histricas de Direito Comercial. In: mbito Jurdico,Rio Grande, II, n. 4, fev. 2001 Disponvel em: http://ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2059. Acesso em:9 fev. 2013.GARRIGUES, Joaqun. Tratado de Derecho Mercantil. Madrid (Espaa): Revista deDerecho Mercantil, 1947.LIMA, Adilson de Siqueira. Direito Empresarial e Evoluo Histrica. Revista Eletrnicade Administrao. 7ed. Disponvel em:http//www.revista.inf.br/adm07/pages/artigos/artigo01.pdf. Acesso em: 07 fev. 2013.MAMEDE, Gladston. Direito Societrio: sociedades simples e empresrias. So Paulo:Atlas, 2004.MARTINS, Fran Martins. Curso de Direito Comercial. Rio de Janeiro, 1996.MEDEIROS, Luciana Maria de. Evoluo Histrica do Direito Comercial. Dacomercialidade empresarialidade. In: Jus Navigandi. Disponvel em:http://jus.com.br/revista/texto/18219. Acesso em: 7 fev. 2013.MENDONA, J. X. Carvalho de. Tratado de Direito Comercial Brasileiro, ed. Atualizadapor Ricardo Negro. Campinas: Bookseller, 2000.NEGRO, Ricardo. Manual de Direito Comercial e de Empresas, volume 1. 9ed. SoPaulo: Saraiva, 2012.NEZ, Carlos Ramos. El Cdigo Napolenico y su Recepcin en Amrica Latina. 1ed.Lima (Peru): Pontificia Universidad Catlica Del Per, 1997.PALMA, Rodrigo Freitas. Histria do Direito. 4ed. So Paulo: Saraiva, 2011.PEREIRA, Caio Mrio Silva. Instituies de Direito Civil. Rio de Janeiro, Forense, 2010PERINE, Marcelo. Repblica/Plato: Traduo e adaptao em portugus. 1ed. So Paulo:Scipione, 2001.REHME, Paul. Historia Universal Del Derecho Mercantil. Madrid (Espaa): Revista deDerecho Privado, 1941.REQUIO, Rubens. Curso de Direito Comercial, 1 volume. 31ed. So Paulo: Saraiva,2012.ROCCO, Alfredo. Princpios do Direito Comercial. So Paulo: Saraiva, 1931.SABA, Roberto N. P. F., As Praas Comerciais do Imprio e a Aprovao do CdigoComercial Brasileiro na Cmara dos Deputados. Revista Angelus Novus, n. 1. Agostode 2010. Disponvel em: http//www.usp.br/banco de teses. Acesso em: 12 fev. 2013.

  • 13

    SILVA, Vander Brusso, Para aprender Direito: Direito Comercial. So Paulo: Barros,Fisher e Associados, 2009.TOKARS, Fbio. Primeiros Estudos de Direito Empresarial: teoria geral, direitosocietrio, ttulo de crdito, direito falimentar, contratos empresariais. So Paulo: LTr, 2007.TOMAZETTE, Marlon. Curso de Direito Empresarial: teoria geral e direito societrio.2ed. So Paulo: Atlas, 2009.VALIENTE, Francisco Tomas. Manual de Historia Del Derecho Espaol. 4ed. Madrid(Espaa): Tecnos, 1997.VIVANTE, Cesare. Trattato di Diritto Comerciale. Milano, Vallardi, 1922.WALD, Arnoldo. O Novo Cdigo Civil e o Direito Empresarial. Jornal Valor Econmico,p. B-2, So Paulo, 06.09.2001, in MORAES, Luiza Rangel.ZAMORANO, Patrcia. Problemtica das empresas familiares. Revista InterAmrica, ano1, N. 4, Miami (USA), Janeiro Maro, 1999.Notas:

    [1] PERINE, Marcelo. Repblica/Plato: Traduo e adaptao em portugus. 1ed. SoPaulo: Scipione, 2001.[2] MARTINS, Fran Martins. Curso de Direito Comercial. Rio de Janeiro, 1996.[3] CAVALCANTE, Benigno. Manual de Direito Empresarial. 1ed. Leme: Cronus,2010.[4] TOMAZETTE, Marlon. Curso de Direito Empresarial: teoria geral e direitosocietrio. 2ed. So Paulo: Atlas, 2009.[5] ROCCO, Alfredo. Princpios do Direito Comercial. So Paulo: Saraiva, 1931.[6] BORGES, Jos Ferreira. Dicionrio Jurdico Comercial. Rio Janeiro: Freitas Bastos,1953.[7] PALMA, Rodrigo Freitas. Histria do Direito. 4ed. So Paulo: Saraiva, 2011.[8] PALMA, R F. op.cit. 2011.[9] REQUIO, Rubens. Curso de Direito Comercial, 1 volume. 31ed. So Paulo:Saraiva, 2012.[10] REQUIO, R. op.cit. 2012.[11] FERNANDES, Jean Carlos. Direito Empresarial Aplicado. Belo Horizonte: Del rey,2007.[12] MAMEDE, Gladston. Direito Societrio: sociedades simples e empresrias. SoPaulo: Atlas, 2004.[13] REQUIO, Rubens. Curso de Direito Comercial, 1 volume. 31ed. So Paulo:Saraiva, 2012.[14] REQUIO, R. op. cit.2012.[15] REQUIO, Rubens. Curso de Direito Comercial, 1 volume. 31ed. So Paulo:Saraiva, 2012.[16] TOMAZETTE, Marlon. Curso de Direito Empresarial: teoria geral e direitosocietrio. 2ed. So Paulo: Atlas, 2009.[17] REHME, Paul. Historia Universal Del Derecho Mercantil. Madrid (Espaa):Revista de Derecho Privado, 1941.[18] GARRIGUES, Joaqun. Tratado de Derecho Mercantil. Madrid (Espaa): Revista deDerecho Mercantil, 1947.[19] PEREIRA, Caio Mrio Silva. Instituies de Direito Civil. Rio de Janeiro, Forense,2010.

  • 14

    [20] ROCCO, Alfredo. Princpios do Direito Comercial. So Paulo: Saraiva, 1931.[21] REQUIO, Rubens. Curso de Direito Comercial, 1 volume. 31ed. So Paulo:Saraiva, 2012.[22] NEZ, Carlos Ramos. El Cdigo Napolenico y su Recepcin en AmricaLatina. 1ed. Lima (Peru): Pontificia Universidad Catlica Del Per, 1997.[23] NEGRO, Ricardo. Manual de Direito Comercial e de Empresas, volume 1. 9ed.So Paulo: Saraiva, 2012.[24] LIMA, Adilson de Siqueira. Direito Empresarial e Evoluo Histrica. RevistaEletrnica de Administrao. 7ed. Disponvel em:http//www.revista.inf.br/adm07/pages/artigos/artigo01.pdf. Acesso em: 07 fev. 2013.[25] COELHO, Fbio Ulha. Manual de Direito Comercial: direito de empresa. 25ed.So Paulo: Saraiva, 2013.[26] COELHO, Fbio Ulha. Manual de Direito Comercial: direito de empresa. 25ed.So Paulo: Saraiva, 2013[27] NEGRO, Ricardo. Manual de Direito Comercial e de Empresas, volume 1. 9ed.So Paulo: Saraiva, 2012.[28] SABA, Roberto N. P. F., As Praas Comerciais do Imprio e a Aprovao doCdigo Comercial Brasileiro na Cmara dos Deputados. Revista Angelus Novus, n. 1.Agosto de 2010. Disponvel em: http//www.usp.br/banco de teses. Acesso em: 12 fev.2013.[29] MENDONA, J. X. Carvalho de. Tratado de Direito Comercial Brasileiro, ed.Atualizada por Ricardo Negro. Campinas: Bookseller, 2000.[30] LIMA, Adilson de Siqueira. Direito Empresarial e Evoluo Histrica. RevistaEletrnica de Administrao. 7ed. Disponvel em:http//www.revista.inf.br/adm07/pages/artigos/artigo01.pdf. Acesso em: 07 fev. 2013.[31] SILVA, Vander Brusso, Para aprender Direito: Direito Comercial. So Paulo:Barros, Fisher e Associados, 2009.[32] FERNANDES, Jean Carlos. Direito Empresarial Aplicado. Belo Horizonte: Del rey,2007.

    Luis Eduardo Oliveira AlejarraAdvogado no escritrio Oliveira e Becker. Formado em Direito pelo Instituto Processus. MBAExecutivo em Finanas Corporativas. Ps-graduado em Direito Empresarial. Doutorando pelaUniversidade de Buenos Aires. Especialista em Direito Empresarial, Tribunal de Contas da Unio eLicitaes Internacionais Diretrizes Banco Mundial - BIRD.