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7/16/2019 Historia e Process Os http://slidepdf.com/reader/full/historia-e-process-os 1/23  UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA: HISTÓRIA E PROCESSO DA ENFERMAGEM O FASCÍNIO DA CIÊNCIA NA ÁREA DA SAÚDE (1960 - 1990) Docentes: Francisca Nazaré Liberalino Sheila Saint Clair da Silva Teodosio Discentes: Bianka Evelyn Caixeta de Oliveira Bruna Lígia de Carvalho Alves Cinthia Daniele da Silva Bezerra Márcia Laélia de Oliveira Silva Rafael Amorim Pinheiro Renata Mendes do Nascimento Thuanny Nayara do Nascimento Dantas Natal-RN Outubro de 2015 1

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Enfermagem

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTEDEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEMDISCIPLINA: HISTÓRIA E PROCESSO DA ENFERMAGEM

O FASCÍNIO DA CIÊNCIA NA ÁREA DA SAÚDE

(1960 - 1990)

Docentes:

Francisca Nazaré Liberalino

Sheila Saint Clair da Silva Teodosio

Discentes:

Bianka Evelyn Caixeta de Oliveira

Bruna Lígia de Carvalho Alves

Cinthia Daniele da Silva Bezerra

Márcia Laélia de Oliveira Silva

Rafael Amorim Pinheiro

Renata Mendes do Nascimento

Thuanny Nayara do Nascimento Dantas

Natal-RN

Outubro de 2015

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BIANKA EVELYN CAIXETA DE OLIVEIRABRUNA LIGIA DE CARVALHO ALVES

CINTHIA DANIELE DA SILVA BEZERRAMARCIA LAELIA DE OLIVEIRA SILVA

RAFAEL AMORIM PINHEIRORENATA MENDES DO NASCIMENTO

THUANNY NAYARA DO NASCIMENTO DANTAS

A organização da enfermagem e da saúde no contexto da IdadeContemporânea:

O fascínio da ciência na área da saúde (1960 - 1990)

Resumo escrito do seminário“ O fascínio da ciência na área da saúde”,

referente à disciplina ENF5003 doDepartamento de Enfermagem da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como exigência para o seu cumprimento.Docente: Francisca Nazaré LiberalinoSheila Saint Clair da Silva Teodosio

NATAL-RNOutubro de 2015

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SUMÁRIO

Introdução…………………………………………………………………………………...4

1. Objetivos………………………………………………………………………………….5

1.1. Objetivo Geral

1.2. Objetivo Específico

2. Metodologia………………………………………………………………………………6

3. Desenvolvimento………………………………………………………………………..7

Considerações Finais……………………………………………………………………21

Referências………………………………………………………………………………..22

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta uma cronologia histórica dos fatos mais marcantes da ciência na área da saúde no período de 1960 à 1990. Ocorreram

avanços tecnológicos, evolução do processo de trabalho, houve conquistas com relação aos direitos, funções e deveres do enfermeiro. Procurou-se enfatizar os principais pontos da época a partir de alguns tópicos centrais:

Avanços tecnológicos na área da saúde; Áreas de atuação da enfermagem no período; As políticas de saúde, principais programas e a influência na

enfermagem; Organização do trabalho na enfermagem;

Educação em enfermagem e as transformações na formação; Desenvolvimento da pesquisa em enfermagem;

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1. OBJETIVOS:

1.1. Objetivo Geral

O objetivo geral do seminário é demonstrar a relação entre ciência e a saúde no período que compreende as décadas de 1960 à 1990.

1.2. Objetivos específicos

Correlacionar os avanços tecnológicos com a área da saúde; Demonstrar as áreas de atuação do enfermeiro no período estudado; Expor as principais políticas e programas de saúde da época; Apresentar a organização do trabalho na enfermagem;

Mostrar a evolução na educação em enfermagem e as transformações em sua formação; Exibir a cronologia do desenvolvimento da pesquisa em enfermagem.

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METODOLOGIA

Como o estudo foi realizado:

Primeiramente, o estudo foi dividido em 2 ( dois ) momentos:

1) Leitura inicial do texto guia ( “ O Fascínio da Ciência na área da saúde ” ) na sala de aula ( 29/09);

2) Divisão entre os participantes dos principais pontos a serem abordados e discutidos;

Em seguida, cada participante fez uma segunda leitura geral do texto guia, a fim

compreender todo o conteúdo para que, posteriormente, focasse no tópico ao qual ficou responsável;

Após o enfoque da leitura, com o intuito de solidificar o conteúdo, todos realizaram pesquisas extras nas mais variadas fontes de pesquisa.

Como o estudo está organizado:

O estudo está organizado de acordo com a orientação disponibilizada pelo docente responsável. Dessa forma, temos:

1) Avanços tecnológicos na área da saúde;

2) Áreas de atuação da enfermagem no período;

3) As políticas de saúde, principais programas e influência na enfermagem;

4) Organização do trabalho na enfermagem;

5) Educação em enfermagem e as transformações na formação;

6) Desenvolvimento da pesquisa em enfermagem.

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1. Avanços tecnológicos na área da saúde:

Os avanços tecnológicos ocorreram em todas as profissões e não poderia ser

diferente na área da saúde. A introdução da informática e aparelhos modernos e sofisticados fizeram com que se tivesse rapidez na descoberta e no tratamento de

doenças. Essa modernidade contribui significantemente para melhores condições

de vida e saúde do homem.

As inovações tecnológicas tiveram inicio na década de 1950 em virtude da

Segunda Guerra Mundial. O cenário de guerra impulsionou a ciência e a tecnologia

nas décadas seguintes, provocando mudanças nas mais variadas áreas do

conhecimento, bem como na vida cotidiana da população mundial.Em 1960, com o surgimento do computador, novas ferramentas de processamento

foram desenvolvidas. Com a popularização dos microcomputadores, houve uma

ampliação na sua aplicação em variados campos de pesquisa e atividades

profissionais. A informática foi incorporada à área da saúde na mesma década

quando surgiram os primeiros softwares de automação hospitalar, desdenhados

para computadores de grande porte, com funções administrativas voltadas para

cobranças, contabilidade, pagamento e estatística hospitalar. As primeiras

aplicações da informática pela enfermagem visavam a área administrativa e à

documentação. Estudos na área do ensino surgiram somente na década de de

1980.

A década de 70 foi marcada pelo fortalecimento do setor saúde como um novo

setor industrial quando a produção de equipamentos ( ventilação mecânica,

monitorização de eletrocardiográfica, por exemplo) e fármacos passou a absorver

grandes quantias da renda do país. No entanto, essa incorporação tecnológica não

significou uma melhoria no nível de saúde da população. Foi nessa década, com

uma rápida difusão, que as Unidades de Terapia Intensiva foram implantadas no

Brasil. O alto grau de complexidade em uma área hospitalar exigiu especificidade e

capacitação de recursos humanos para o desenvolvimento de um trabalho com

segurança nos currículos dos cursos de graduação de enfermagem.

Descobertas na área da saúde, a partir da década de 1980, também tiveram

consequências fruto do desenvolvimento tecnológico, dentre elas a habilidade em

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combater a malária, a tuberculose, a poliomelite e a varíola. Também propiciaram

invenções como os tanques de oxigênio, as estufas desmontáveis, os estudos do

DNA, o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas, os transplantes de órgãos, as

pesquisas sobre oncologia, a pílula contraceptiva, a técnica do bebê de proveta,dentre outros. Também se destacaram nessa época os avanços no

tratamento de doenças cardiovasculares como, por exemplo, a criação do

desfibrilador.

No campo da área da Evolução tecnológica na enfermagem e das nuances que a

circundam, o conhecimento substantivo da Enfermagem, tem sido desenvolvido

através de várias correntes filosóficas e teóricas de Enfermagem, que em um

grande esforço através da história, tem perseguido o crescimento e aprimoramento deste conhecimento. Segundo ZAGONEL (1996), desde Florence, em 1859, até os

cientistas enfermeiros contemporâneos, o desvelamento e as influências dos

paradigmas de Enfermagem, têm contribuído para a construção da ciência de

Enfermagem, com definições de princípios teóricos e metodológicos, formas de

implementação e instrumentalização, através do conjunto de crenças, valores e leis

de cada teórico.

A Enfermagem cresceu e desenvolveu-se juntamente com o advento da

tecnologia, seja ela dura, leve-dura ou leve. O desenvolvimento, a triagem e a

observação intensiva foram introduzidos por Florence Nigthingale, na Guerra da

Criméia, no século XIX, proporcionando o modelo para o cuidado de Enfermagem

ao paciente criticamente enfermo, atualmente concentrado em Unidades de Terapia

Intensiva (UTI). A Enfermagem que atua nas UTI’s acompanhou essa evolução

tecnológica assumindo novas responsabilidades e, consequentemente, adquirindo

maior respeito e autonomia.

Segundo RUDGE (1999), a tecnologia foi incorporada como uma dimensão

fundamental da profissionalização: conhecer, dominar, manusear e desenvolver

tecnologia era um imperativo da cientifização.

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2. Áreas de atuação da enfermagem no período:

Nos anos de 1960, o papel do enfermeiro era o de fazer o diagnóstico de

enfermagem, pois ele era o profissional que possuía os conhecimentos das ciências básicas. Três eram as justificativas para a aplicação do diagnóstico em

enfermagem. Na primeira, o enfermeiro delegava os cuidados diretos do paciente ao

pessoal auxiliar, necessitando de uma sistematização desta assistência. A divisão

social e técnica do trabalho, encontrado no ensino e na prática assistencial, era

incorporado ao processo de trabalho do enfermeiro, considerando o cuidado indireto

como objeto de suas funções assistenciais. Na segunda justificativa, caberia ao

enfermeiro o diagnóstico de enfermagem e aplicar o tratamento específico. A produtividade da área da saúde estava intimamente ligada à rotatividade dos

indivíduos hospitalizados, acarretando, na enfermagem, inserida nesse mercado, a

lógica da otimização do tempo. E a terceira afirma que o progresso das ciências do

Homem em especial das ciências médicas exige do enfermeiro maior soma de

conhecimentos, o levando a utilizar estes processos na resolução dos problemas da

rotina em enfermagem.

Em 1967, Wanda Horta et al. publicaram o artigo “O ensino do Plano de

Cuidados em Fundamentos de Enfermagem”, que demonstrava os resultados de

suas experiências na disciplina “Fundamentos de Enfermagem (USP)”, essa

disciplina era optativa, mas após a publicação dos resultados se tornou obrigatória

para a graduação em Enfermagem. Esta iniciativa demonstrou o pioneirismo das

enfermeiras docentes brasileiras, o preparo intelectual e o grau de comprometimento

com a área.

Em 1968, o processo de trabalho do enfermeiro estava bastante debilitado, pois a

escassez de profissionais fazia com que as enfermeiras da época delegassem

funções específicas para pessoas que não tinham formação adequada para isso. As

enfermeiras eram formadas para prestar um cuidado integral, mas na prática isso

estava bem distante, pois seu principal papel era o de enfermeira administradora.

Nos anos de 1970, as funções da enfermeira estavam voltadas para a

determinação do diagnóstico e a elaboração e execução do plano de cuidados. Os

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instrumentos básicos usados eram: comunicação, planejamento, avaliação, método

científico, observação, trabalho em equipe, destreza manual e criatividade.

Em 1971, havia um desejo de o papel do enfermeiro voltar a ser o de assistir o

indivíduo, a família ou a comunidade, no atendimento de suas necessidades básicas, mas agora se utilizando de método próprio baseado na metodologia

científica, não mais fundamentada no empirismo, no “eu acho”, no atendimento

somente da execução de ordens médicas, ou de cuidados rotineiros. A preocupação

da década de 90 era a eficácia e a eficiência buscada pelos profissionais, pois sua

atuação, agora, estava diretamente relacionada ao uso das novas tecnologias.

3.

As politicas de saúde, principais programas e a influência na enfermagem:

Durante o período colonial inexistia um sistema de saúde formalmente

estruturado, as ações eram de caráter focal, sendo que grande parte da população

utilizava-se da medicina de "folk", enquanto que os senhores do café tinham acesso

aos profissionais legais da medicina, que eram trazidos de Portugal (BERTOLOZZI,

1996).

Nessa época foi constituída a Academia Real de Medicina Social, na Bahia, que

tinha como objetivos: a proteção da saúde da população segundo os modelos

europeus e a defesa da ciência, o que contribuiu para a construção da hegemonia

da prática médica no Brasil. Nesse momento, a Saúde Pública no Brasil passou a

ser calcada em intervenções engendradas na corrente de pensamento do

Sanitarismo, que se operacionalizava no âmbito urbano das cidades, com a

comercialização e transporte de alimentos e cobertura dos portos marítimos

(ROSEN, 1994). Essas medidas eram promovidas pontualmente sob a forma de

campanhas, as quais eram abandonadas assim que se conseguiam controlar os

surtos presentes na época.

Durante o período que constatava no inicio da primeira república ate meados dos

anos 30,com a vinda de incontável número de pessoas, as condições sanitárias para

a sua recepção e permanência no Brasil tornaram-se cada vez mais difíceis. Esse

fato, aliado à falta de políticas sociais e de saúde pertinentes, acabou por resultar na

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eclosão de epidemias de febre amarela e peste bubônica, dentre outras (GRECO,

1996).

Com a Proclamação da República elaborou-se a Constituição que assinalava a

preponderância dos grandes Estados nas decisões nacionais. Assim, o poder centralizou-se nos Estados produtores de café da região centro-sul, instalando se a

política do "café com leite". Essa Constituição incorporou a saúde como uma área de

âmbito estatal estabelecendo sua estrutura e locais de atuação (IYDA, 1994).

No governo de Rodrigues Alves desencadearam-se ações que tiveram como

vertente a chamada "Higienização". Através da figura de Osvaldo Cruz, a questão

sanitária passou a ser tomada como uma questão política. Como exemplo, pode-se

verificar a lei sobre a vacinação e revacinação contra a varíola, no ano de 1904, processo que gerou uma série de revoltas no âmago da população civil contra o

sentido militar imputado â campanha (IYDA, 1994).

Com a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública que visava a

extensão dos serviços de saneamento urbano e rural, além da higiene industrial e

materno-infantil, a Saúde Pública passou a ser tomada como questão social. Datam

dessa época os primeiros encontras de sanitaristas que bradavam por soluções

mais eficazes no que tocava ás questões de saúde. Esse movimento sanitário

difundiu a necessidade da "educação sanitária" como uma estratégia para a

promoção da saúde e o conteúdo dos discursos era permeado por uma intensa

fermentação de ordem liberal (BRAGA; PAULA, 1987).

No que refere-se aos programas de Saúde Pública, eles voltavam-se para a

criação de condições sanitárias mínimas que favoreciam a infraestrutura necessária

para suportar a quantidade de pessoas que migravam para o Brasil. No entanto,

permaneciam via de regra, limitados pela opção política de gastos do Estado e pelo

dispendioso modelo sanitarista adotado (campanhista).

Com o plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia), Dutra

apresentava a questão da saúde como uma de suas prioridades, mas a Saúde

Pública, ainda que elevada à condição de "questão social", nunca esteve

verdadeiramente entre as opções prioritárias da política de gastos do governo

(ALENCAR et al, 1985).

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Foi nesse clima de barganhas e de pressões que a assistência médica se

estendeu a todos os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), antigas Caixas

de Aposentadorias e Pensões, que buscavam a uniformização dos direitos e

procedimentos. Isto foi garantido através da realização do I Congresso Nacional de Previdência Social que abriu espaço para a posterior aprovação da estatização do

seguro contra acidentes de trabalho. No entanto, essa uniformização, apesar de

conciliar duas tendências: aquela que atendia aos trabalhadores prejudicados pela

diferenciação dos regimes previdenciários e, aquela que respondia aos interesses

políticos dos IAPs, foi revogada pelo Presidente Café Filho (BERTOLOZZI, 1996).

No que se refere ao setor saúde, em 1963, foi realizada a III Conferência Nacional

de Saúde, instituída por lei já em 1937, com o objetivo de oferecer orientações sobre as políticas de saúde. Essa Conferência definiu como ideologia da saúde, a do

desenvolvimento econômico, baseada que estava na racionalidade do

planejamento, na produtividade e na distribuição de riquezas. Estes últimos eram

princípios tidos como "fontes de saúde" (ROSSI, 1980).

Durante o período de 1960 a 1990 quando os países desenvolvidos já haviam

passado pela transição epidemiológica, no Brasil foi observada a chegada de novas

doenças como, as cardiovasculares e o câncer, sem antes ter conseguido eliminar

as antigas.

No final da década de 70, foi criado o Programa Nacional de Imunizações. A partir

de 1980 os índices de difteria, coqueluche, rubéola, sarampo e tétano diminuíram

drasticamente. Esses avanços foram possíveis com a política de expansão dos

serviços de atenção básica implantada pelo SUS.

As políticas de saúde dessa época caracterizavam-se pela dicotomia de dois

modelos adotados anteriormente: o sanitarismo campanhista da primeira república;

e o curativo da atenção medica, do período populista de Getúlio Vargas (COELHO;

WESTRUPP; VERDI, 1995).

Com isso as políticas privilegiaram as praticas medicas curativas individuais e

especializadas em detrimento das ações de caráter preventivo e de interesse

coletivo.

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Em 1974, foi criado o Plano de Pronto-Atendimento, para atender a demanda

social decorrente da urbanização e industrialização, estendendo o atendimento de

emergência a população não beneficiaria do Inamps.

As mudanças sociais, políticas e econômicas da sociedade brasileira refletiram-se inevitável mente na enfermagem. A profissão que era a que menos crescia na área

da saúde. A necessidade do aumento de enfermeiros resultou na criação dos

técnicos de enfermagem.

O fomento a criação de escolas de Enfermagem, devido à escassez de mão de

obra no mercado hospitalar, ao aumento do mercado de trabalho para o profissional

e ao desenvolvimento da tecnologia hospitalar, não ampliou significativamente a

porcentagem da força de trabalho especializada, pois o contingente de atendentes de enfermagem acompanhou essa expansão, dado o custo menor de sua força de

trabalho (GERMANO, 1983).

Foram criados então, o Conselho Federal de Enfermagem e os conselhos

regionais, como órgãos fiscalizadores da profissão. Em 1989, foi elaborada a lei

complementar para regulamentar o SUS e iniciada a articulação política para sua

aprovação. Porem os ministros de saúde e da Previdência e Assistência Social

dessa década assumiu, paulatinamente, propostas conservadoras e privatizantes

para política de saúde.

4. Organização do trabalho na Enfermagem

Organização do trabalho não se resume apenas à forma como o trabalho é

desenvolvido, dividido ou mesmo ordenado. A organização do trabalho compreende

a divisão do trabalho, o sistema hierárquico e as relações de poder, esclarecendo,

assim, que ao dividir o trabalho, se impõe uma divisão entre os seres humanos.

Dessa forma, a organização do trabalho pode ser entendida como um processo que

envolve o conjunto de atividades desenvolvidas pelos trabalhadores incluindo as

relações de trabalho e as relações hierárquicas.

Entendemos organização do trabalho da enfermagem na perspectiva do

materialismo histórico-dialético, o que envolve, portanto, dimensões macro e

microssociais, bem como a dinâmica das relações que se estabelecem no trabalho.

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Organização do trabalho implica, assim: a) as relações entre os profissionais de

enfermagem, as suas relações com os usuários dos serviços de saúde, com os

outros profissionais de saúde ou grupos de trabalhadores da instituição; b) os

constrangimentos e as facilidades provocados pela estrutura institucional; c) as relações hierárquicas; d) o conhecimento e as tecnologias disponíveis em saúde e

na enfermagem; e) a divisão do trabalho; f) o modelo de gestão da instituição e da

própria enfermagem; e g) as relações estabelecidas com as demais instituições que

fazem parte do sistema de saúde (Pires, 2000a; Matos, 2002).

A enfermagem, na sua grande maioria, tem adotado princípios de organização

baseados no taylorismo-fordismo, destacando-se a hierarquia rígida, a divisão do

trabalho em tarefas, a ênfase no ‘como fazer’, a excessiva preocupação com manuais de procedimentos, rotinas, normas, escalas diárias de distribuição de

tarefas e a fragmentação da assistência.

A divisão do trabalho na equipe de enfermagem se dá segundo o modelo de

divisão por tarefas, pelo qual cada trabalhador executa cuidados parcelares, ou seja,

executa as mesmas tarefas específicas estabelecidas para aquele dia de trabalho

para o conjunto dos usuários que têm essas atividades prescritas. Essa modalidade

de prestação de ‘cuidado por tarefa’ fragmenta o trabalho e aproxima-se do modelo

taylorista-fordista de organização do trabalho. Para possibilitar o atendimento

médico que se avolumou a partir da década de 1970, devido ao aumento de exames

e intervenções técnicas disponíveis, foi necessária a divisão de tarefas de tarefas

realizadas pelos atendentes da enfermagem e as gerencias a cargo da enfermeira (

ALMEIDA; ROCHA, 1986).

A organização do trabalho tem, portanto, um papel de destaque na vida do

trabalhador, tanto pelo modo como o próprio trabalho é realizado, quanto pelas

inter-relações estabelecidas, ou seja, a organização do trabalho aparece como uma

relação intersubjetiva e uma relação social. Dessa forma, não se pode pensar na

organização do trabalho só de forma técnica, da forma como o trabalho é operado.

Ela é técnica, mas passa, também, por uma integração humana, que a modifica e

lhe dá forma concreta.

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5. Educação em enfermagem e transformações na formação:

A educação em enfermagem no Brasil segue um percurso permeado pelas

mudanças na educação geral nos níveis médio, superior e de pós graduação, bem como pelo aumento da escolaridade da população feminina . A predominância das

práticas de enfermagem não profissionais, característica da década de 1960, com a

formação de trabalhadores de nível elementar de um lado e a de nível superior de

outro, em escalas muito aquém das necessidades do país, foi gradativamente sendo

transformada por meio da luta das entidades de classe da enfermagem e das

políticas públicas. Conquistas na educação representaram, por exemplo, a criação

dos cursos de auxiliar de enfermagem, a ampliação da graduação em enfermagem, posteriormente a criação dos cursos de técnico em enfermagem, a proposição das

diretrizes curriculares nacionais, entre outros. Ademais, a criação dos cursos de pós

graduação stricto sensu e de grupos de pesquisa agregaram maior solidez a

dimensão científica da profissão, com avanços significativos na produção de

conhecimento e desenvolvimento tecnológico para a educação e para o cuidado de

enfermagem. Contribuíram, desta forma, para o fortalecimento e a compreensão da

Enfermagem como força de trabalho e produtora de conhecimentos.

Na década de 1960 houveram mudança relevantes na evolução da assistência

hospitalar. Há nesta década uma preocupação com os temas pertinentes à

profissão, à legislação específica, bem como às associações representativas da

classe. Abre-se também um espaço às reivindicações e às interpelações populares.

Esta década caracterizou-se por um clima de transição havendo situações de

superação de barreiras e dificuldades. Destaca-se ainda a ampliação do campo de

ação do enfermeiro conquistado a partir do senso de responsabilidade acrítica,

portanto embasado em atitudes de submissão às normas, rotinas e cumprimentos

de ordens. Na verdade, esta submissão foi o requisito da ideologia da enfermagem

antiga que, desde sua origem em particular a de Ana Neri para os brasileiros, teve o

significado de abnegação e dedicação.

É na década de 1960 que pela primeira vez, determina-se um currículo mínimo

para o ensino das carreiras universitárias no Brasil e entre elas, inclui-se a

Enfermagem. O Conselho Federal de Educação, em 1962 fixou em três anos o

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currículo mínimo do Curso de Graduação em Enfermagem (BRASIL. Leis, 1962).

Este negligenciou a importância da inclusão de disciplinas de cultura geral ou de

estudos de humanidades, permanecendo excluído o ensino de Saúde Pública. O

parecer 271/62 do Conselho Federal de Educação (CFE) dirige o enfoque sobre as clínicas especializadas de caráter curativo e o predomínio no ensino para entender

o mercado de trabalho, ou seja, o hospitalar. Em decorrência desta situação,

surgem movimentos para a inclusão do ensino de Saúde Pública, Ciências Sociais e

do Comportamento, visando desenvolver nos estudantes uma visão do indivíduo

como um ser bio-psico-social. Na década de 60, destaca-se ainda a Lei Orgânica da

Previdência Social, primeiro passo para a unificação previdenciária que se verificou

em 1966. A rede de hospitais e ambulatórios passou a ser insuficiente para atender à demanda, passando então o Instituto de Previdência Social (INPS) a ser o grande

“comprador” de serviços do setor privado. Neste período a situação econômica

financeira do País sofre grave crise, surgindo a preocupação pela racionalidade dos

gastos com a saúde. Os movimentos perduraram visando a melhoria do ensino e da

prática adentrando a década seguinte ante-projetos curriculares que deram origem

ao parecer 163/72 surgindo por força da lei 5.540/68 referente à reforma

universitária (BRASIL. Leis, 1972). O relator da matéria acima referida, incorporando

as sugestões da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), reconhece a

complexidade crescente das atividades de enfermagem e a necessidade de três

níveis de ensino (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem). Assim, o

enfermeiro deveria exercer as atividades mais elevadas relativas à enfermagem, na

forma requerida, pelo meio brasileiro. O currículo deve fornecer ao profissional um

conhecimento científico que lhe permita não somente executar as técnicas atuais

mais avançadas, como acompanhar a evolução que estas tendem a sofrer,

inevitavelmente, em razão da evolução científica. Deveria, além disso, dar base

suficiente ao graduado para acesso, através de cursos de pós graduação, à

docência em nível superior à participação na pesquisa. A partir de então, as

enfermeiras começaram a compreender que a prática do exercício só alcançaria a

fase de maturidade com o desenvolvimento da pesquisa em enfermagem. As

líderes, sobre tudo as docentes, passaram a se conscientizar de que somente

através de procedimentos sistematizados e o uso de metodologia científica é que se

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chegaria a equacionar com objetividades e rigor os problemas e as áreas a serem

trabalhadas. No início da década de 70, o sistema de saúde, que parecia manter

coerência com seus determinantes estruturais começa a viver “crise” onde o modelo

de desenvolvimento até então prevalente, passa a ser contestado nos seus componentes econômicos, políticos e sociais. A principal modalidade da prática e

organização de saúde é a medicina hospitalar, com tendência à concentração e

especialização de recursos e reconhecimento; a crise do sistema ganha intensidade

e, em 1974, provocam um clima de tenções e acentuada piora das condições de

saúde do povo brasileiro. Surgiram, nesta época, inúmeras propostas visando

superar o impasse e a adequação do sistema de saúde às suas novas

responsabilidades passam a ser objeto de preocupação do governo federal, dando origem à reforma do setor de saúde. O que acontecia aqui refletia a situação da

América Latina. Daí as preocupações da Organização Panamericana da Saúde

(OPS) e Organização Mundial da Saúde (OMS) na determinação de políticas de

extensões de cobertura dos programas traduzidas pela simplificação, interiorização

e promoção comunitária.

A década de 1970 continuou a ser palco das grandes mudanças na educação,

que teve seu início na década de 60 com a Reforma Universitária a qual pretendeu

dar um novo cunho ao ensino universitário no Brasil. O parecer 162/72 acresce ao

ensino profissionalizante e das ciências biológicas o ensino da sociologia e

psicologia, porém com uma listagem de disciplina que favorece o ensino daquelas

em detrimento destas. Mantendo a exclusão do ensino de enfermagem de saúde

pública do tronco profissional comum, o parecer 163/72 favorece a formação do

enfermeiro para o atendimento à uma assistência sofisticada, de casos raros, o que

atende o mercado de trabalho e a política preconizada pelo ministério da

previdência social. Em contrapartida o Ministério da Saúde empenhava-se numa

nova visão política preventivista, de regionalização e simplificação das ações de

saúde. Na década de 70, foram intensificadas as políticas de extensão de cobertura

através do plano decenal de saúde para as Américas, 1972 e da conferência

internacional de Alma – Ata – URSS, 1978. A partir daí, então, novos conceitos e

metas governamentais no setor saúde foram lançados para o mundo, entendendo

saúde como um direito humano afastado de qualquer discriminação social ou

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econômica. A década de 70 foi caracterizada por intensas mobilizações da classe. A

partir das mudanças de dominação da categoria, determinada pelo Ministério do

Trabalho, contida no portaria nº 3.311/74, foi aberto o caminho à sindicalização. Em

1972 foi criado o Conselho Federal (COFEN) e o Conselho Regional de Enfermagem (COREN) conforme lei nº 5.905-73 (entidades disciplinadoras do

exército profissional, uma autarquia vinculada ao Ministério do Trabalho). Em 1975

foi fundada a Associação Brasileira de Educação em Enfermagem (ABEn), cuja

finalidade é o desenvolvimento da educação na enfermagem no País.

6. Desenvolvimento da pesquisa em enfermagem:

A enfermagem brasileira, ao longo de sua história, vem buscando uma

identidade, uma ruptura de estereótipos, permeada pela busca do saber, da

produção do conhecimento científico, para assim permitir um avanço da prática

profissional tanto na docência quanto na assistência. A pesquisa, na enfermagem, é

utilizada como ferramenta para que ela se fortaleça como ciência e melhore a

qualidade de vida do ser humano, sendo então necessária para que ela se

consolide como profissão e como ciência. No entanto, essa pesquisa nem sempre

teve impacto, por ser muito recente.

A pesquisa na enfermagem brasileira é algo novo, tem menos de 20 anos, de

forma sistemática e regular, no entanto, ela começou a florescer na década de

1950, mas só em 60 se lançou na produção de um saber próprio. Desde seu inicio,

a pesquisa em enfermagem surge de dupla filiação: a biologia e a medicina por um

lado e as ciências sociais e a educação por outro.

No Brasil, esse desenvolvimento esteve sempre ligado às universidades, por

isso que a sua intensificação se deu a partir da década de 70, com o surgimento dos

cursos de mestrado em enfermagem e, posteriormente, de doutorado. A partir da

produção de teses e dissertações de outros trabalhos as pesquisas foram

acontecendo e paulatinamente surgindo e encorpando a programação cientifica.

O aperfeiçoamento profissional das enfermeiras brasileiras mediante cursos

de pós-graduação iniciou na Escola Anna Nery, na década de 20. Nas décadas de

40 e 50 o número de enfermeiras brasileiras no exterior, realizando esse curso foi

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de grande amplitude. A implantação de cursos de pós-graduação em enfermagem

agiu como estímulo para a produção científica, pelo fato das enfermeiras se

interessarem na obtenção da titulação.

A primeira iniciativa de criação de cursos de pós-graduação no Brasil foi de Especialização em Enfermagem e Obstetrícia que ocorreu em 1943 na cidade de

São Paulo, na atual Escola de Enfermagem Paulista. O ensino de Obstetrícia e

Saúde Pública, a partir de 1948 passou a ser denominado de especialização. Em

1959 na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, foram instalados

outros cursos de pós-graduação. No Brasil, criou-se o curso de mestrado da Escola

de Enfermagem Anna Nery em 1972. Foi a partir de 1981 que se criaram cursos de

doutorado na Enfermagem o que legitimou a luta por um espaço no campo da ciência.

O saber específico da enfermagem sofreu forte influência do positivismo,

assim, as enfermeiras brasileiras dedicadas à pesquisa foram classificadas com

base nos princípios positivistas: a geração das pioneiras em 50; das autodidatas em

60; da elaboração acadêmica individual em 70; e da produção sistemática e coletiva

entre 80 e 90.

Mundialmente, nos anos 80 surgiu a medicina baseada em evidências e na

enfermagem, emergiu a prática baseada em evidência, que até hoje permanece

como referência importante para as pesquisas na área.

A ABEn tem papel importante na propagação de conhecimento de

enfermagem, criou o Centro de estudos e pesquisas, em 1971, destinado a

incentivar o desenvolvimento e divulgação da pesquisa em enfermagem. A partir de

1978, a ABEn propôs a realização dos Seminários de Pesquisa em

Enfermagem-SENPE que tornou-se um dos eventos mais importantes para o

calendário cientifico na Enfermagem Brasileira.

Nos últimos anos aumentaram os números de estudos que buscam

explicações para a problemática da enfermagem de caráter históricoestrutural.

Também vem se incrementando o número de pesquisas de abordagem

fenomenológica, que buscam a descrição e compreensão em profundidade das

experiências vividas na enfermagem. Todavia, o aumento XIV Encontro Latino

Americano de Iniciação Científica e X Encontro Latino Americano de

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Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 3 contínuo da elaboração de

trabalhos acadêmicos não está sendo acompanhado por um aumento

correspondente de espaços para publicação, o que torna o acesso a produção

cientifica incipiente.Os temas abordados, atualmente, sobre a pesquisa da enfermagem brasileira

são as diretrizes para a pesquisa da enfermagem, a interdependência do cuidar e

da pesquisa na enfermagem, a pesquisa no espaço em enfermagem: aproximando

o ensino e o cuidado com outros campos do conhecimento, a pesquisa em

enfermagem e sua expressão na atenção à saúde, políticas e pesquisa em

enfermagem: conhecimentos para a prática da profissão. A preocupação com o

futuro e o imperativo de fortalecimento e enriquecimento, tanto dos docentes quanto dos profissionais da prática profissional é uma marca da atualidade e se coloca

como desafio a ser enfrentado.

A busca pelo conhecimento, enriquecer a prática profissional através de

estudos e pesquisas, aproximar a teorização das lacunas encontradas no campo

das atividades profissionais é necessário para o crescimento e futuro da arte e

ciência do cuidar. É notória a importância dessa evolução da pesquisa científica da

enfermagem brasileira, pois faz parte das exigências atuais do processo de

produção de conhecimento.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O período que compreende os anos de 1960 à 1990 foi de transformações

marcantes em todos os âmbitos da sociedade.

Na saúde, prevaleceu o modelo médico assistencial-privativista, marcado

pela dualidade entre prevenção e cura. Esse modelo foi caracterizado pela exclusão

das classes menos favorecidas da sociedade, ma em contrapartida foi uma base

para o que seria o futuro Sistema Único de Saúde (SUS).

Houve também um avanço tecnológico significativo, com descobertas para a

área da saúde, como: combate às epidemias de malária, tuberculose, poliomelite;

erradicação da varíola; criação de tanques de oxigênio; desenvolvimento de estufas

desmontáveis; pesquisas sobre oncologia; dente outros avanços.

Além disso, as décadas de 50 e 60 foram cenário de grandes e importantes

transformações para a Educação da Enfermagem. Embora sem preparo adequado,

a enfermeira dos anos 50 assumiu as atividades administrativas, desempenhando o

papel de liderança da equipe de enfermagem e a de membro efetivo da equipe de

saúde.

Enfim, o período abordado ficou marcado por intensas modificações de

trabalho e nas exigências de habilidades profissionais.

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