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livia-teixeira
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RESENHA CRÍTICA
REFERÊNCIA: Marques, Adhemar Martins, Berutti, Flávio Costa; Ricardo de Moura. A crise do
século XVII. In: História Moderna através de textos. 11 Ed. São Paulo: Contexto, 2008 p 131 a
142.
TITULO: A crise do século XVII
OBJETIVOS: O livro tem como fito analisar os desdobramentos históricos que suscitaram a
transição do feudalismo para o capitalismo, bem como apresentar as abordagens
historiográficas que tentam elucidar tal fenômeno.
SÍNTESE
A crise do século XVII revela o último suspiro da transição do feudalismo para o
capitalismo.Trata-se de uma fase bem complexa onde ocorre uma diminuição econômica e
uma recessão que abala as estruturas do sistema então vigente na época.
Em seu texto, Um mundo em crise, a autora revela que o século anterior a crise é marcado por
um processo de grande expansão econômica tais como: a alta dos preços e da produção.
Suzanne, afirma que o século XVII marcou o início do declínio econômico, uma vez que a
produção de metais preciosos americana apresentou sinais de escassez, o que corroborou para
o seu colapso.
Hobsbawm, desmitifica a tese de que o quadro de crise geral equivale a uma regressão
econômica.
“ Há uma grande quantidade de provas sobre a “crise geral”. No entanto, deve-se evitar a tese
segundo a qual uma crise geral equivale a uma regressão econômica, idéia que esteve
presente em toda a discussão sobre “crise feudal”dos séculos XIV e XV.É evidente que houve
uma regressão considerável durante o século XVII. Pela primeira vez na História o
Mediterrâneo deixou de ser o centro mais importante de econômica e política e,
eventualmente, cultural, tendo se transformado em um mar estagnado e empobrecido”. (
Hobsbawm, 1988, p 80)
Lublinskaya, questiona a tese de que a crise XVII foram provocada por uma crise de produção.
“ A autora estima, por isso, que não é uma crise da produção capitalista a que se registra no
século XVII, mas uma luta econômica e política entre os países onde o capitalismo se
desenvolve de maneira desigual”. ( Lublinskaya, 1983, p 140)
Trevor-Roper, defende a tese de que a crise de XVII está atrelada as contradições entre o
Estado e a sociedade.
“* ... + (A crise geral do século XVII). Não foi uma crise de constituição ou do sistema de
produção, mas do Estado, ou ainda, da relação entre Estado e sociedade. Na Espanha o Ancien
Regime sobreviveu: mas apenas como uma carga desastrosa e imóvel num país empobrecido.
Em outros lugares, como Holanda, França e Inglaterra, a crise marcou o fim de uma era:
livraram-se da carga muito pesada e voltaram a uma política mercantilista responsável” . (
Trevor- Roper, 1988, p 142)