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PANORAMA
• Durou mais de 180 milhões de anos. Durante este tempo, muitas formas modernas de plantas, invertebrados, e peixes evoluíram.
• Em terra, dinossauros eram os animais dominantes, enquanto os oceanos foram povoados por répteis marinhos, e os pterossauros dominaram os ares. O clima mundial era quente e tropical, com mares rasos que cobriram muitas massas continentais.
• No começo do Mesozóico, todas as massas continentais estavam unidas no supercontinente Pangea. Ao final da era a maior parte já tinha se separado e migrado à deriva.
• A era Mesozóica terminou em uma grande extinção, cuja linha divisória é registrada mundialmente e conhecida como
limite K-T (Cretáceo-Terciário).
O Triássico viu o aparecimento de muitos grupos de invertebrados modernos. Em terra os répteis arcossauros substituíram os terapsídeos e os mamaliformes. Nos oceanos os ictiossauros ficaram tão grandes quanto baleias.
Características Gerais TRIÁSSICO - o termo foi empregado pela
primeira vez em 1834 pelo geólogo alemão
Von Alberti referindo-se a uma seqüência
clástica constituída de (1) arenitos e
folhelhos continentais na base (red beds),
(2) calcários e folhelhos marinhos e
novamente (3) folhelhos e arenitos
continentais no topo (red beds),
encontrada na Alemanha central e na região
de Loraine na França.
Embora, a sucessão tripartite não seja
característica dos depósitos triássicos em
outros locais, o nome foi mundialmente
adotado. Na Inglaterra o Triássico é
representado apenas por clásticos
continentais, denominados Upper New Red
Sandstone.
O Período Triássico apresenta
dois pulsos de extinção em
massa, atingindo organismos
marinhos e terrestres. O pulso do
fim do período eliminou 65 %
dos animais marinhos, mas não
foi tão severo quanto o do fim do
Paleozóico quando foram
extintos 96 % dos organismos
existentes.
No fim do Triássico, os moluscos
expandiram e se tornaram mais
diversos do que haviam sido
durante o Paleozóico. O
ambiente marinho foi modificado
durante o Triássico e Jurássico
pela adição de corais
construtores de recifes modernos
e por répteis marinhos que
juntos aos peixes foram os
predadores nadadores.
O despontar dos dinossauros
Surgidos de pequenos lagartos, estes
animais foram beneficiados com a
extinção triássica. Diversificaram bastante
no Jurássico e Cretáceo. Staurikosaurus
(228Ma) é o gênero mais antigo. Foi
encontrado próximo a cidade de Sta
Maria, Rio Grande do Sul – Brasil.
Os dinossauros surgiram no fim do Mesotriássico. No
Neotriássico evoluíram para dois grupos: saurischianos e
ornithischianos, com diferentes arranjos de ossos pélvicos. Suas
diversas ordens estão distribuídas da seguinte
maneira: Saurischia (Theropoda e
Sauropoda - do Triássico ao Cretáceo) e Ornithischia
(Iguanodontidae, Cerathopsidae, Stegossauridae e
Anquilossauridae - entre o Mesojurássico e o Neocretáceo,
excetuando-se os estegossaurídeos que se
extinguiram ao final do Jurássico). No Mesotriássico,
apareceram muitos grupos de répteis marinhos e no
Neotriássico surgiram os répteis voadores.
O Jurássico viu crescer gigantes como o Brachiosaurus e
Stegosaurus. Os mamíferos eram minúsculos. Plantas como
samambaias, cicas, bennettitales e coníferas caracterizaram a
paisagem.
Características Gerais Início 205 Ma. O nome foi proposto em 1799
pelo naturalista Alexander von Humboldt e
sua seção-tipo fica nas montanhas Jura na
fronteira Franco-Suiça. Foi o 1o sistema a ser
formalmente definido e baseou-se na
abundância de amonites nos seus estratos.
No Eojurássico o nível do mar apresentou
poucas mudanças, mas a partir daí passou a
subir com oscilações, alagando muitas áreas
continentais no fim do período. A recuperação
da extinção do fim do Permiano foi
completada no fim do período. As faunas
marinhas e terrestres se tornam tão diversas
quanto aquelas do Neopaleozóico.
Perfeitamente conservado, o crânio do
Hadrocodium, mede 12 mm, e mostra que as
características esqueléticas específicas dos
mamíferos se desenvolveram
progressivamente e que já existiam antes da
aparição dos mamíferos atuais. Outros
mamíferos posteriores semelhantes
apresentam o tamanho do crânio com 25 mm e
mais.
No Mesozóico, as
dimensões dos mamíferos não
ultrapassavam a de um gato. Eram
insetívoros noturnos. O fóssil acima
(Eojurássico) foi descoberto em 1985
nos leitos ricos em fósseis da
formação Lufeng, na China.
Era um minúsculo animal com pêlo,
que conviveu com dinossauros.
Pesava apenas 2,0gr. É o elo que
faltava na transição entre os répteis e
mamíferos. O clip serve como escala.
O animal, que viveu há 195 milhões de
anos, é o parente mais antigo dos atuais
mamíferos.Possuía importantes atributos próprios
dos mamíferos, 45 Ma antes do que era
reconhecido.
Por conta da anatomia do seu crânio,
completamente diferente da de outros mamíferos
conhecidos e datados nesse período, foi
identificado como uma nova espécie -
Hadrocodium wui. Os ossinhos do ouvido médio
estavam dissociados da mandíbula inferior, uma
etapa-chave na mudança evolutiva réptil-
mamífero.
Os primeiros mamíferos
No Neojurássico,
apareceram os
dinossauros
emplumados,
ancestrais das aves
(Archaeopteryx) que
ainda retinham
dentes e ossos caudais
típicos de répteis. As
penas se originaram e
se diversificaram em
dinossauros
terópodes, bípedes e
carnívoros, antes do
surgimento dos
pássaros e do vôo.
Archaeopteryx, a ave mais antiga ou o primeiro dinossauro com penas,
era claramente um intermediário entre os terópodes (dinos predadores) e
as aves modernas. Tinha crânio alongado, cauda comprida, pulsos e
tornozelos nítidos, quase tudo idêntico ao Ornitholetes. Por sua vez a
fúrcula, os dedos alongados e as penas lembram uma ave. No início, foi
confundido com o Compsognathus, até que as penas foram encontradas
em um segundo exemplar, desfazendo a confusão.
O Cretáceo viu o surgimento das plantas com flores, pássaros
verdadeiros, uma diversificação dos peixes e o aparecimento de
tipos novos de dinossauros. O clima esfriou e dinossauros
evoluíram em continentes diferentes.
Características Gerais Início 141 Ma. Nome proposto
pelo geólogo Belga Omalius
d'Halloy em 1822 para um pacote
de calcários registrados na Bacia
de Paris. O nome deriva do latim,
Creta (Giz). Está bem exposto
nos montes White Clifs (Dover,
sul da Inglaterra) e ao longo da
costa norte da França (Mar do
Norte) onde ocorre como calcário
friável, pulverulento, de
granulação fina, argiloso, branco,
rico em nanoplâncton (cocólitos)
e microplâncton (foramíferos)
acumulado sobre grandes áreas
oceânicas.
Grandes Eventos do Cretáceo
O mundo vegetal
sofreu ampla diversificação
a partir do Jurássico. As
Filicíneas (Dev-Rec),
Pteridospermas (Dev-Jur) e
Coníferas (Dev-Rec) além
das Cicadáceas (Triass-
Rec) e Gingoáceas (Carb-
Rec), todas do grupo das
Gymnospermas (plantas
sem flor), deram origem às
Angiospermas (plantas com
flor - no Cretáceo). A
evolução das plantas trouxe
também uma grande
diversificação dos insetos,
muitos dos quais passaram
a se alimentar também de
néctar das flores.
A extinção dos dinossauros e
outros organismos ocorreu no
limite Cretáceo-Terciário,
geralmente referido como o
limite K/T e aparenta não ter
sido instantânea, mas
resultado de uma contínua
deterioração do meio
ambiente. Muitas causas tem
sido foram propostas. Entre
elas figuram:
Mudanças do nível do mar,
mudanças de temperatura,
crescentes mudanças
sazonais, mudanças na
distribuição de plantas,
crescente competição com
mamíferos, colisão de
asteróide (ou cometa),
vulcanismo.
A MEGA EXTINÇÃO
E O FIM DO MESOZÓICO
O gênero Purgatorius, sobreviveu a
extinção em massa do fim do
Cretáceo. É o ancestral direto dos
primatas, incluindo hominídeos.
Irídio é um metal pesado
A descoberta de argilas ricas em irídio no
contato K/T, um elemento raro na crosta
da Terra, mas comum em meteoritos ou
no núcleo da Terra, sugere que o irídio
resultou da precipitação de uma nuvem
de poeira produzida por impacto de um
meteoro e que foi responsável pela
extinção biótica que marca o fim do
Cretáceo.
Durante as fases iniciais da diferenciação
do planeta, o irídio e outros metais
pesados (incluindo níquel e ferro)
migraram para o interior, formando o
núcleo metálico. As altas concentrações
de irídio encontradas no limite da linha K-
T só podem ser explicadas de duas
maneiras: transporte por um fluido
ascendente das profundezas (magma de
Hot Spot) liberado através de vulcões ou
trazido por um meteorito.
O Irídio
e o impacto de meteorito
No Cretáceo já havia mamíferos placentários e marsupiais. Quando houve a extinção em
massa, muitos mamíferos pequenos sobreviveram e evoluíram sem a presença dos
predadores. Entre eles estava o gênero Purgatorius, pertencente a um grupo ancestral dos
primatas modernos, inclusive dos humanos.