22
ERA MESOZÓICA 248Ma 65Ma 183Ma

Historica 5h Mesozoico

Embed Size (px)

Citation preview

ERA

MESOZÓICA 248Ma 65Ma

183Ma

PANORAMA

• Durou mais de 180 milhões de anos. Durante este tempo, muitas formas modernas de plantas, invertebrados, e peixes evoluíram.

• Em terra, dinossauros eram os animais dominantes, enquanto os oceanos foram povoados por répteis marinhos, e os pterossauros dominaram os ares. O clima mundial era quente e tropical, com mares rasos que cobriram muitas massas continentais.

• No começo do Mesozóico, todas as massas continentais estavam unidas no supercontinente Pangea. Ao final da era a maior parte já tinha se separado e migrado à deriva.

• A era Mesozóica terminou em uma grande extinção, cuja linha divisória é registrada mundialmente e conhecida como

limite K-T (Cretáceo-Terciário).

Síntese dos grandes eventos mesozóicos

PERÍODO

TRIÁSSICO 248Ma 205Ma

43Ma

O Triássico viu o aparecimento de muitos grupos de invertebrados modernos. Em terra os répteis arcossauros substituíram os terapsídeos e os mamaliformes. Nos oceanos os ictiossauros ficaram tão grandes quanto baleias.

Características Gerais TRIÁSSICO - o termo foi empregado pela

primeira vez em 1834 pelo geólogo alemão

Von Alberti referindo-se a uma seqüência

clástica constituída de (1) arenitos e

folhelhos continentais na base (red beds),

(2) calcários e folhelhos marinhos e

novamente (3) folhelhos e arenitos

continentais no topo (red beds),

encontrada na Alemanha central e na região

de Loraine na França.

Embora, a sucessão tripartite não seja

característica dos depósitos triássicos em

outros locais, o nome foi mundialmente

adotado. Na Inglaterra o Triássico é

representado apenas por clásticos

continentais, denominados Upper New Red

Sandstone.

Paleogeografia

O Período Triássico apresenta

dois pulsos de extinção em

massa, atingindo organismos

marinhos e terrestres. O pulso do

fim do período eliminou 65 %

dos animais marinhos, mas não

foi tão severo quanto o do fim do

Paleozóico quando foram

extintos 96 % dos organismos

existentes.

No fim do Triássico, os moluscos

expandiram e se tornaram mais

diversos do que haviam sido

durante o Paleozóico. O

ambiente marinho foi modificado

durante o Triássico e Jurássico

pela adição de corais

construtores de recifes modernos

e por répteis marinhos que

juntos aos peixes foram os

predadores nadadores.

O despontar dos dinossauros

Surgidos de pequenos lagartos, estes

animais foram beneficiados com a

extinção triássica. Diversificaram bastante

no Jurássico e Cretáceo. Staurikosaurus

(228Ma) é o gênero mais antigo. Foi

encontrado próximo a cidade de Sta

Maria, Rio Grande do Sul – Brasil.

Os dinossauros surgiram no fim do Mesotriássico. No

Neotriássico evoluíram para dois grupos: saurischianos e

ornithischianos, com diferentes arranjos de ossos pélvicos. Suas

diversas ordens estão distribuídas da seguinte

maneira: Saurischia (Theropoda e

Sauropoda - do Triássico ao Cretáceo) e Ornithischia

(Iguanodontidae, Cerathopsidae, Stegossauridae e

Anquilossauridae - entre o Mesojurássico e o Neocretáceo,

excetuando-se os estegossaurídeos que se

extinguiram ao final do Jurássico). No Mesotriássico,

apareceram muitos grupos de répteis marinhos e no

Neotriássico surgiram os répteis voadores.

Dinossauros saurischianos

- pelvis de lagarto

Dinossauros ornitischianos

– pelvis de ave

PERÍODO

JURÁSSICO 205Ma 141Ma

64 Ma

O Jurássico viu crescer gigantes como o Brachiosaurus e

Stegosaurus. Os mamíferos eram minúsculos. Plantas como

samambaias, cicas, bennettitales e coníferas caracterizaram a

paisagem.

Características Gerais Início 205 Ma. O nome foi proposto em 1799

pelo naturalista Alexander von Humboldt e

sua seção-tipo fica nas montanhas Jura na

fronteira Franco-Suiça. Foi o 1o sistema a ser

formalmente definido e baseou-se na

abundância de amonites nos seus estratos.

No Eojurássico o nível do mar apresentou

poucas mudanças, mas a partir daí passou a

subir com oscilações, alagando muitas áreas

continentais no fim do período. A recuperação

da extinção do fim do Permiano foi

completada no fim do período. As faunas

marinhas e terrestres se tornam tão diversas

quanto aquelas do Neopaleozóico.

Paleogeografia

Perfeitamente conservado, o crânio do

Hadrocodium, mede 12 mm, e mostra que as

características esqueléticas específicas dos

mamíferos se desenvolveram

progressivamente e que já existiam antes da

aparição dos mamíferos atuais. Outros

mamíferos posteriores semelhantes

apresentam o tamanho do crânio com 25 mm e

mais.

No Mesozóico, as

dimensões dos mamíferos não

ultrapassavam a de um gato. Eram

insetívoros noturnos. O fóssil acima

(Eojurássico) foi descoberto em 1985

nos leitos ricos em fósseis da

formação Lufeng, na China.

Era um minúsculo animal com pêlo,

que conviveu com dinossauros.

Pesava apenas 2,0gr. É o elo que

faltava na transição entre os répteis e

mamíferos. O clip serve como escala.

O animal, que viveu há 195 milhões de

anos, é o parente mais antigo dos atuais

mamíferos.Possuía importantes atributos próprios

dos mamíferos, 45 Ma antes do que era

reconhecido.

Por conta da anatomia do seu crânio,

completamente diferente da de outros mamíferos

conhecidos e datados nesse período, foi

identificado como uma nova espécie -

Hadrocodium wui. Os ossinhos do ouvido médio

estavam dissociados da mandíbula inferior, uma

etapa-chave na mudança evolutiva réptil-

mamífero.

Os primeiros mamíferos

No Neojurássico,

apareceram os

dinossauros

emplumados,

ancestrais das aves

(Archaeopteryx) que

ainda retinham

dentes e ossos caudais

típicos de répteis. As

penas se originaram e

se diversificaram em

dinossauros

terópodes, bípedes e

carnívoros, antes do

surgimento dos

pássaros e do vôo.

Archaeopteryx, a ave mais antiga ou o primeiro dinossauro com penas,

era claramente um intermediário entre os terópodes (dinos predadores) e

as aves modernas. Tinha crânio alongado, cauda comprida, pulsos e

tornozelos nítidos, quase tudo idêntico ao Ornitholetes. Por sua vez a

fúrcula, os dedos alongados e as penas lembram uma ave. No início, foi

confundido com o Compsognathus, até que as penas foram encontradas

em um segundo exemplar, desfazendo a confusão.

PERÍODO

CRETÁCEO 141Ma 65Ma

76 Ma

O Cretáceo viu o surgimento das plantas com flores, pássaros

verdadeiros, uma diversificação dos peixes e o aparecimento de

tipos novos de dinossauros. O clima esfriou e dinossauros

evoluíram em continentes diferentes.

Características Gerais Início 141 Ma. Nome proposto

pelo geólogo Belga Omalius

d'Halloy em 1822 para um pacote

de calcários registrados na Bacia

de Paris. O nome deriva do latim,

Creta (Giz). Está bem exposto

nos montes White Clifs (Dover,

sul da Inglaterra) e ao longo da

costa norte da França (Mar do

Norte) onde ocorre como calcário

friável, pulverulento, de

granulação fina, argiloso, branco,

rico em nanoplâncton (cocólitos)

e microplâncton (foramíferos)

acumulado sobre grandes áreas

oceânicas.

Paleogeografia

Grandes Eventos do Cretáceo

O mundo vegetal

sofreu ampla diversificação

a partir do Jurássico. As

Filicíneas (Dev-Rec),

Pteridospermas (Dev-Jur) e

Coníferas (Dev-Rec) além

das Cicadáceas (Triass-

Rec) e Gingoáceas (Carb-

Rec), todas do grupo das

Gymnospermas (plantas

sem flor), deram origem às

Angiospermas (plantas com

flor - no Cretáceo). A

evolução das plantas trouxe

também uma grande

diversificação dos insetos,

muitos dos quais passaram

a se alimentar também de

néctar das flores.

A extinção dos dinossauros e

outros organismos ocorreu no

limite Cretáceo-Terciário,

geralmente referido como o

limite K/T e aparenta não ter

sido instantânea, mas

resultado de uma contínua

deterioração do meio

ambiente. Muitas causas tem

sido foram propostas. Entre

elas figuram:

Mudanças do nível do mar,

mudanças de temperatura,

crescentes mudanças

sazonais, mudanças na

distribuição de plantas,

crescente competição com

mamíferos, colisão de

asteróide (ou cometa),

vulcanismo.

A MEGA EXTINÇÃO

E O FIM DO MESOZÓICO

O gênero Purgatorius, sobreviveu a

extinção em massa do fim do

Cretáceo. É o ancestral direto dos

primatas, incluindo hominídeos.

Irídio é um metal pesado

A descoberta de argilas ricas em irídio no

contato K/T, um elemento raro na crosta

da Terra, mas comum em meteoritos ou

no núcleo da Terra, sugere que o irídio

resultou da precipitação de uma nuvem

de poeira produzida por impacto de um

meteoro e que foi responsável pela

extinção biótica que marca o fim do

Cretáceo.

Durante as fases iniciais da diferenciação

do planeta, o irídio e outros metais

pesados (incluindo níquel e ferro)

migraram para o interior, formando o

núcleo metálico. As altas concentrações

de irídio encontradas no limite da linha K-

T só podem ser explicadas de duas

maneiras: transporte por um fluido

ascendente das profundezas (magma de

Hot Spot) liberado através de vulcões ou

trazido por um meteorito.

O Irídio

e o impacto de meteorito

No Cretáceo já havia mamíferos placentários e marsupiais. Quando houve a extinção em

massa, muitos mamíferos pequenos sobreviveram e evoluíram sem a presença dos

predadores. Entre eles estava o gênero Purgatorius, pertencente a um grupo ancestral dos

primatas modernos, inclusive dos humanos.

Entre o Jurássico e o

Cretáceo