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Trabalho elaborado pelos alunos Jônatas Stacke e Vítor Kretschmer em dezembro de 2011.
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CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Jônatas Stacke, Vítor Kretschmer
MATRIZ FACTOR LTDA
Santa Cruz do Sul, dezembro de 2011
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................03
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................04
3. METODOLOGIA ...........................................................................................................05
3.1. Referenciais metodológicos .....................................................................................05
3.2. Coleta de dados …....................................................................................................06
3.3. Seleção dos entrevistados ........................................................................................06
3.4. Sondagem inicial .....................................................................................................07
3.5. Planejamento das entrevistas ...................................................................................07
3.6. Elaboração de perguntas ..........................................................................................08
4. HISTÓRICO ...................................................................................................................09
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................12
6. REFERÊNCIAS .............................................................................................................13
7. ANEXOS ........................................................................................................................14
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1. INTRODUÇÃO
Esta pesquisa pretende recontar os acontecimentos que marcaram a memória
institucional da empresa Matriz Factor por meio dos conhecimentos adquiridos na
disciplina de Metodologia da Pesquisa em Comunicação.
Para o desenvolvimento da pesquisa utilizamos a metodologia de história oral,
proposta por Paul Thompson na obra “A Voz do Passado – História Oral”.
Diferentemente das fontes tradicionais, a história oral dá uma nova dimensão ao estudo,
uma vez que permite construir uma história a partir das experiências de vida de um
indivíduo ou grupo de pessoas.
Como instrumento de pesquisa adotamos a gravação de entrevistas, uma das
formas mais antigas e difundidas de coleta de dados orais. Esse processo iniciou-se com
a seleção dos entrevistados e a elaboração do roteiro de perguntas. Após a captação dos
depoimentos, foram transcritas as entrevistas que serviram de base para a construção de
um novo histórico, no qual é possível compreender a trajetória e a identidade da
empresa pesquisada.
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2. JUSTIFICATIVA
A empresa escolhida é a Matriz Factor, localizada em Venâncio Aires, no Rio
Grande do Sul. Atuando no ramo de fomento mercantil, a empresa compra títulos,
duplicatas, cheques, oriundos de vendas mercantis e/ou prestação de serviços.
A escolha da Matriz Factor é devido ao fato da empresa estar no mercado há
mais de dez anos e ainda não possuir nenhum tipo de registro histórico. Ao longo desses
anos, muitas pessoas já passaram pela empresa, e muitas histórias também aconteceram.
Pessoas que ajudaram a Matriz Factor e que foram ajudadas por ela. Gente que mudou
os rumos da vida a partir desses negócios.
A partir daí, resolvemos buscar algumas dessas histórias e mostrar como é
importante o trabalho das factorings num contexto onde os grandes bancos buscam o
monopólio comercial e a justiça, por vezes, age de maneira errada quando há
enfrentamentos jurídicos na área. Queremos buscar as razões do surgimento da Matriz
Factor, os seus primeiros passos, as dificuldades enfrentadas e compreender o
crescimento da empresa junto de seus clientes.
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3. METODOLOGIA
3.1 Referenciais metodológicos
Para o desenvolvimento da Pesquisa de Memória Institucional adotamos a
metodologia de história oral, apresentada por Paul Thompson (1992). Como não ainda
não existem registros históricos da empresa, acreditamos que esse método seja o mais
adequado para compreender as razões do surgimento da Matriz Factor.
A metodologia de história oral consiste, basicamente, em gravar entrevistas com
testemunhos de pessoas a respeito de uma instituição, acontecimento histórico ou até
mesmo estilo de vida. De acordo com Thompson (1992), esses relatos orais dão um
novo sentido à história, uma vez que são construídos a partir da experiência de vida das
pessoas.
No sentido mais geral, uma vez que a experiência de vida das pessoas
de todo tipo possa ser utilizada como matéria-prima, a história ganha
nova dimensão. A história oral oferece, quanto a sua natureza, uma
fonte bastante semelhante à autobiografia publicada, mas de muito
maior alcance. (THOMPSON, 1992, p. 25)
Conforme Thompson (1992, p. 44), a história oral é “uma história construída em
torno de pessoas. Ela lança a vida para dentro da própria história e isso alarga seu
campo de ação.”. Dessa forma, procuramos primeiramente identificar quais as pessoas
que acompanharam a empresa desde a sua fundação e que contribuíram para que ela
existisse para daí então proceder com as gravações dos depoimentos.
As entrevistas exploratórias têm como finalidade, juntamente de outros registros
históricos, compreender a trajetória histórica da empresa. A produção de uma entrevista
geralmente ocorre a partir de um estímulo por parte do pesquisador, que procura o
entrevistado munido de questionamentos a respeito do objeto que se quer investigar.
Para Thompson (1992), a possibilidade de escolher quem entrevistar e quais perguntas
realizar, faz com que o pesquisador passe a assumir o papel de editor.
[...] os historiadores orais podem escolher exatamente a quem
entrevistar e a respeito de que perguntar. A entrevista propiciará,
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também, um meio de descobrir documentos escritos e fotografias, que,
de outro modo, não teriam sido localizados. A fronteira do mundo
acadêmico já não são mais os volumes tão manuseados do velho
catálogo bibliográfico. Os historiadores orais podem pensar como se
eles próprios fossem editores: imaginar qual a evidência de que
precisam, ir procurá-la e obtê-la. (THOMPSON, 1992, p. 25)
Thompson (1992, p. 137) ressalta ainda que a “evidência oral, transformando os
„objetos‟ de estudo em „sujeitos‟, contribui para uma história que não só é mais rica,
mais viva e mais comovente, mas também mais verdadeira.” Nesse sentindo, todo o
processo de estruturação do trabalho, desde sua concepção, planejamento,
desenvolvimento, até sua aplicação, busca entender os entrevistados não apenas como
objetos de análise, mas sim como personagens de uma história repleta de fatos que
marcaram a memória institucional da Matriz Factor.
3.2 Coleta de dados
Inicialmente procuramos saber se já existia algum tipo de registro histórico da
empresa que pudesse auxiliar no processo de construção da memória institucional. Mas
não obtivemos sucesso. Resolvemos então coletar os dados por meio de entrevistas
presenciais.
A maior parte das captações aconteceu na cidade de Venâncio Aires, com
exceção da entrevista de um cliente que mora atualmente em Passo do Sobrado. Mesmo
pertencendo a cidades diferentes, ambos integrantes do grupo participaram das
entrevistas, cada um com suas funções específicas.
3.3 Seleção dos entrevistados
Como não obtivemos sucesso na procura de documentos que auxiliassem na
pesquisa, iniciamos a busca por pessoas que pudessem ser entrevistadas. O processo de
seleção dos entrevistados foi relativamente tranquilo, visto que se trata de uma empresa
de pequeno porte.
Quanto à escolha dos entrevistados, optamos por não mostrar apenas os
proprietários da empresa, mas pessoas que contribuíram para o seu surgimento. Afinal,
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os funcionários e clientes, mesmo que de forma indireta, na construção da história da
empresa. Com base nesses critérios, foram escolhidas quatro pessoas. Dentre elas estão
o sócio-gerente Leandro Aloísio Kretschmer, a funcionária Fernanda Madsen Lakus, o
advogado Alexandre Wickert e Argeu do Nascimento, o cliente mais antigo e parceiro
de Leandro em muitos negócios.
Definido o grupo de pessoas a ser entrevistado e apresentado os critérios de
seleção, nos organizamos para dar início ao agendamento das entrevistas. Como norte
deste processo, seguimos as orientações existentes no capítulo “A entrevista” de A Voz
do Passado – História Oral.
3.4 Sondagem inicial
Os agendamentos aconteceram todos no mesmo dia via telefone, de acordo com
a disponibilidade de horário de cada selecionado. Já na primeira ligação procuramos
esclarecer aos selecionados a finalidade da entrevista e esclarecer possíveis dúvidas.
Felizmente todos os contatados demonstraram interesse em colaborar com a pesquisa.
3.5 Planejamento das entrevistas
Com os selecionados devidamente contatados, iniciamos o processo de
planejamento das entrevistas, definindo as datas, locais e os equipamentos necessários
para realizar o registro. Para a captação do áudio e das imagens, foi utilizado um
gravador digital e uma câmera filmadora, gentilmente emprestados pelo Curso de
Comunicação Social e Assessoria de Comunicação e Marketing da Unisc. O manuseio
do equipamento foi realizado por Jônatas Stacke e a condução das entrevistas por Vítor
Kretschmer.
Devido à empresa situar-se no município de Venâncio Aires, procuramos
agendar todas as entrevistas para o final de semana a fim de evitar problemas de
disponibilidade de horários por parte do grupo ou até mesmo dos entrevistados. O local
de coleta variou de acordo com cada entrevistado. As gravações do sócio-gerente
Leandro e da funcionária Fernanda ocorreram na própria empresa, de forma a retratar o
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local onde desenvolvem seu trabalho diário. Já as gravações do advogado Fernando e do
cliente Argeu aconteceram em suas próprias residências, para que ficassem mais a
vontade.
Antes de iniciar cada entrevista foi apresentado ao entrevistado um roteiro para
que ele fosse se integrando das perguntas e esclarecendo as possíveis dúvidas. Em todas
as entrevistas procuramos utilizar a dinâmica de um bate-papo, no qual o entrevistado
conversa com o entrevistador sem a necessidade de olhar para câmera, deixando a
entrevista fluir naturalmente. Por fim, o entrevistador explicava a importância do
depoimento para o trabalho e agradecia o entrevistado pela dedicação e tempo
desprendido para tal atividade.
3.6 Elaboração das perguntas
A elaboração das perguntas teve como base a estrutura proposta por Thompson.
No entanto, durante cada entrevista a estrutura se modificava ligeiramente, em virtude
da evolução da conversa. A partir a estrutura de Thompson, cada entrevista teve foco na
parte mais emocional do negócio, ou seja, como a Matriz Factor influenciou na vida das
pessoas que dela fazem ou fizeram parte.
Roteiro de perguntas sugerido por Thompson:
1) Nome
2) Cidade onde mora
3) Ano nascimento e local onde nasceu
4) Se já se mudou alguma vez, porque se mudou
5) Estado civil (se casada relato sobre a vida a dois)
6) Profissão?
7) Já tinha trabalhado em outra empresa, quais
8) Como conheceu e ficou sabendo da Matriz Factor (indicação, amigos)
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9) Quem lhe contratou?
10) Você e recorda como foi a primeira semana?
11) Como era a empresa naquele tempo?
12) Com o passar do tempo, você notou mudanças?
13) Como você vê a empresa onde trabalha?
Cronograma:
22.09.2011 - Escolha da empresa
06.10.2011 - Primeiro contato com os selecionados para entrevista
10.11.2011 - Finalização da parte I e II
16.11.2011 – Entrevista às 18h com Leandro Aloísio Kretschmer
19.11.2011 – Entrevista às 16h com Fernanda Madsen Lakus
19.11.2011 – Entrevista às 17h30min com Alexandre Wickert
20.11.2011 – Entrevista às 09h30min com Argeu do Nascimento
21.11.2011 - Transcrição das Entrevistas
22.11.2011 - Transcrição das Entrevistas
24.11.2011 - Finalização do histórico
30.11.2011 - Finalização do vídeo
01.12.2011 - Apresentação do trabalho finalizado
4. HISTÓRICO
A história da Matriz Factor teve seu início bem antes de abrir suas portas pela
primeira vez, em 2001. Lá pelos anos 90, um jovem bancário chamado Leandro Aloísio
Kretschmer, de Venâncio Aires, enxergava novas maneiras de complementar sua renda
mensal. Conhecendo o mercado, a área financeira e alguns bons e maus pagadores,
Leandro passou a comprar financiamentos de carros usados em revendas da cidade. Ao
invés de um banco, ele é que intermediava o negócio, e lucrava com os juros. Logo, o
auxílio de sua irmã mais velha foi útil diante do aumento de negócios e de clientes, que
agora também faziam negócios além dos carros.
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No entanto, no ano de 2000, Leandro já considerava transformar sua atividade
secundária em fonte principal de renda. Queria abrir sua própria empresa, não na área de
financiamentos de carros, mas na compra de títulos (cheques, duplicatas, etc.).
Percebendo a rentabilidade do negócio, decidiu que atenderia clientes pequenos, com
proximidade e informalidade, numa estrutura reduzida. Mas para isso, ele precisaria de
parcerias para agregar capital inicial – obtido a partir de investimentos de parentes
próximos – e de uma secretária de confiança. Foi aí que ele enxergou na sua sobrinha
Fernanda Madsen Lakus, então com 21 anos, a pessoa certa. Segundo ela, “ele
(Leandro) me chamou um dia de tarde, um fim de semana, para conversar e perguntar se
eu topava a „empreitada‟ com ele”. Assim, os dois organizaram toda a estrutura
funcional e aplicaram nos clientes que já existiam, antes de abrir, de fato, a empresa.
Em 2001, semanas depois de contratar sua funcionária e após 17 anos como
bancário, Leandro Aloísio Kretschmer abria a Matriz Factor LTDA., nome alusivo à
localização da empresa, próxima à Igreja da Matriz, em Venâncio Aires. A sala, alugada
em sociedade com seu cunhado que era advogado, tinha uma sala de espera para os dois
escritórios, cada um com sua sala. As primeiras semanas, de acordo com Fernanda,
foram tranquilas; os primeiros a aparecerem para trocar cheques já eram clientes desde
antes da empresa surgir. A Matriz Factor não possuía computador e havia apenas uma
mesa central, e assim foi por um ano e meio. Naquele tempo, aliás, a comunicação era
bem diferente: “Se eu saia da empresa a funcionária não tinha como falar comigo. Tinha
que esperar eu voltar. É que poucas pessoas tinham celular naquela época. Era um artigo
raro. Mais tarde eu comprei um celular pra mim; para ser encontrado, digamos assim”,
diz Leandro. O crescimento da empresa, aliado à necessidade de atender com mais
rapidez e controle, fez com que a empresa adquirisse um computador – com software
específico para o trabalho de factoring – e uma segunda mesa. Em pouco tempo,
começaram a chegar novos clientes e, com eles, maiores problemas para resolver. A
Matriz Factor contratou, então, um advogado: Alexandre Wickert, encarregado de agir
em situações onde a única saída era apelar para o poder judiciário. Entre os processos;
alguns obtiveram êxito, outros não, mas o trabalho sempre teve foco, principalmente, na
prevenção de problemas. Esse objetivo é auxiliado pela criação de melhores contratos e
transparência nas definições das trocas.
Apesar das poucas partes ruins, o passar dos anos fortaleceu os negócios e
também as amizades entre a Matriz Factor e seu clientes. Pessoas simples, que
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cresceram junto com a empresa, como Argeu do Nascimento, um dos clientes mais
antigos e também amigo e parceiro em outros negócios de Leandro. Para Argeu, a
grande facilidade oferecida pela Matriz Factor, com relação aos bancos, é a menor
burocracia e o envolvimento próximo e confiável entre cliente e empresa. Dessa
maneira, Leandro viu seu número de clientes duplicar em dez anos de atividade; alguns
vieram e ficaram, outros se foram, outros voltaram. Para Leandro, negociar com clientes
é como criar um filho: “Tu cria ele, e depois que ele tá bem prontinho ele vai-se embora
pelo mundo”, ou seja, quando eles conseguiam dar certo a partir do capital obtido com a
Matriz Factor, já não precisavam mais de dinheiro imediato e, portanto, dos serviços da
Factor. Mas é assim que funciona.
Hoje, ainda com apenas Fernanda de funcionária, Leandro decidiu investir na
comunicação da empresa. Pela primeira vez, será feito um material informativo para ser
entregue a clientes em potencial. Antes, segundo Leandro, “A gente angariou clientes no
boca-a-boca. Um cliente indicou o outro, o outro outro, e por aí vai. Raramente o cliente
chega aqui do nada, ele geralmente chega por indicação, ele conhece a gente”. O bom
momento fez com que a Matriz Factor pudesse escolher seus clientes, status mantido até
então. Olhando para trás, Leandro pouco se lembra dos primeiros dias na empresa que
ajuda a sustentar sua esposa e seus dois filhos. Mas de uma coisa ele sempre teve
certeza: a empresa tem cara que ele sempre quis. Um negócio baseado na cordialidade,
no trato atencioso com cada cliente, na amizade e na visão clara de que bons negócios
são bons para todos os envolvidos.
“Eu diria que a Matriz Factor é uma empresa que procura fazer da relação comercial
uma boa relação pessoal, uma relação de cordialidade... de amizade com os seus
clientes, né. Eu tento. Até porque meu desafio de vida é fazer disso aqui um bom lugar
pra trabalhar. E isso envolve fazer da relação com meus clientes, com meus
fornecedores, enfim, com todas as pessoas que se relacionam com a empresa, uma
relação prazerosa. Uma relação sem tensões, uma coisa... mesmo que o cliente venha
aqui precisando de dinheiro, isso não precisa ser uma coisa necessariamente tensa,
nervosa. É isso que a gente tenta: fazer da relação um bom ambiente de trabalho. E
ganhar dinheiro!”
(Leandro Aloísio Kretschmer, presidente e fundador da Matriz Factor LTDA.)
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5. CONCLUSÃO
A partir desse trabalho de resgate de memória institucional, percebemos o quão
importante as empresas são para as pessoas. Mesmo as mais pequenas, como a Matriz
Factor: um negócio de um dono e um funcionário. Os indivíduos envolvidos nessa
história sentem-se importantes para ela, e valorizam isso. Durante as conversas
percebemos o valor da relação entre cliente e empresário, que transcende, muitas vezes,
a esfera profissional. Pessoas que se conhecem a partir de negócios, mas que se
transformam em grandes amigos.
Frequentemente nos deparamos com situações em que nossas habilidades da fala
sobrepõem as habilidades de escrita; é mais espontânea, sobretudo. Escutar – uma
habilidade que deve ser muito bem reconhecida – nos remete à compreensão humana e
coletiva, implicando, arriscamos dizer, na forma mais democrática de comunicar. Neste
trabalho, escutamos, e muito.
Para nós, aí está o grande insumo da memória institucional de uma empresa: o
modo como ela influenciou não apenas o bolso, mas também toda a vida de seus
clientes. Algo material, como o dinheiro, tomando proporções muito maiores do que ele
próprio.
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6. REFERÊNCIAS
CPDOC. Disponível em: < http://cpdoc.fgv.br/acervo/historiaoral >. Acesso em 17 nov.
2011.
THOMPSON, Paul. A voz do Passado, História oral. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1992.