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HISTÓRIA DA MÚSICA

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HISTÓRIA DA MÚSICA

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Definição:

A música contém e manipula o som e o organiza no tempo.É uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo.

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Divisões da música:

• Música Erudita - a música tradicionalmente dita como "culta" e no geral, mais elaborada. Os gêneros eruditos são divididos sobretudo de acordo com o períodos em que foram compostas ou pelas características predominantes.• Música Popular - Conseguiu se consolidar apenas após a urbanização e industrialização da sociedade e se tornou o tipo musical icônico do século XX. Se apresenta atualmente como a música do dia-a-dia, tocada em shows e festas, usada para dança e socialização.

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• Música folclórica ou tradicional - associada a fortes elementos culturais de cada grupo social. Tem caráter predominantemente rural ou pré-urbano. Normalmente é transmitida por imitação e costuma durar décadas ou séculos. • Música religiosa, utilizada em liturgias, tais como missas e funerais.

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As práticas musicais não podem ser dissociadas do contexto cultural. Cada cultura possui seus próprios tipos de música totalmente diferentes em seus estilos, abordagens e concepções do que é a música e do papel que ela deve exercer na sociedade. Entre as diferenças estão: a maior propensão ao humano ou ao sagrado; a música funcional em oposição à música como arte; a concepção teatral do Concerto contra a participação festiva da música folclórica e muitas outras.

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“Um indígena africano toca uma melodia em sua flauta de bambu. O músico europeu terá muito trabalho para imitar fielmente a melodia exótica, mas quando ele consegue enfim determinar as alturas dos sons, ele está certo de ter reproduzido fielmente a peça de música africana. Mas o indígena não está de acordo pois o europeu não prestou atenção suficiente ao timbre (forma da onda sonora que varia em cada instrumento) dossons. Então o indígena toca a mesma ária em outra flauta. O europeu pensa que se trata de uma outra melodia, porque as alturas dos sons mudaram completamente em razão da construção do outro instrumento, mas o indígena jura que é a mesma ária. A diferença provém de que o mais importante para o indígena é o timbre, enquanto que para o europeu é a altura do som. O importante em música não é o dado natural, não são os sons tais como são realizados, mas como são intencionados. O indígena e o europeu ouvem o mesmo som, mas ele tem um valor totalmente diferente para cada um, porque as concepções derivam de dois sistemas musicais inteiramente diferentes; o som em música funciona como elemento de um sistema. As realizações podem ser múltiplas, o acústico pode determiná-las exatamente, mas o essencial em música é que a peça possa ser reconhecida como idêntica.”

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A música é um fenômeno que perpassa toda a humanidade, em todo o globo, desde a pré-história.

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A arte rupestre encontrada em cavernas dá uma vaga idéia desse desenvolvimento ao apresentar figuras que parecem cantar, dançar ou tocar instrumentos. Fragmentos do que parecem ser instrumentos musicais oferecem novas pistas para completar esse cenário.

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Dança de Cogul. Imagem encontrada em Cogul, Espanha. Mostra a dança das mulheres em torno de um homem nu.

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Evolução das descobertas sonoras:

• Batidas com bastões e outros objetos, percussão corporal• Gritos e imitação de sons da natureza • Cerca de 40.000 anos atrás - Criação dos primeiros instrumentos musicais para imitar os sons da natureza. • Entre 40.000 anos a aproximadamente 9.000 a.C - Criação de instrumentos mais controláveis, feitos de pedra, madeira e ossos

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• Cerca de 5.000 a.C - Desenvolvimento da metalurgia. Criação de instrumentos de cobre e bronze permitem a execução mais sofisticada. O estabelecimento de aldeias e o desenvolvimento detécnicas agrícolas mais produtivas e de uma economia baseada na divisão do trabalho permitem que uma parcela da população possa se desligar da atividade de produzir alimentos. Isso leva ao surgimento das primeiras civilizações musicais com sistemas próprios (escalas e harmonia).

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The musicians (two harpists, a double-pipe player, and a lute player) from the tomb ofAmenemhab at Karnak,The Valley of the Kings, western rim of Luxor, Western Thebes. New Kingdom, 1552-1069 B.C.

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Historicamente, música popular era qualquer forma não folclórica muito difundida -- desde as canções dos menestréis medievais e trovadores até peças musicais de grande refinamento, originalmente compostas para uma pequena elite. Na era vitoriana e no início do século XX, era a música dos cabarés, mais tarde substituída pelas canções-tema das peças musicais. Enquanto isso, as formas cultas da música ocidental pertencem a uma linhagem européia cuja origem remonta aos primórdios da civilização cristã.

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As músicas não ocidentais, como a africana apelam mais ao imaginário, ao mito, à magia e fazem a ligação entre a potencialidade espiritual e corporal. O ouvinte desta música, bem como o da música folclórica ou popular ocidental participa diretamente da expressão do que ouve, através da dança ou do canto grupal, enquanto que um ouvinte de um concerto na tradição erudita assume uma atitude contemplativa que quase impede sua participação corporal, como se só a sua mente estivesse presente ao concerto.

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Períodos da música erudita ocidental

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Música Medieval antes do sec. XV

Durante muito tempo, a música foi cultivada por transmissão oral, até que se inventou um sistema de escrita. Por volta do século IX apareceu, pela primeira vez, a pauta musical. O monge italiano Guido d’Arezzo ( 995 -1050) sugeriu o uso de uma pauta de quatro linhas. No século VII, surge a monodia (uma única linha melódica) do canto gregoriano. No séc. XII, com a escola de Notre Dame (Paris), aparecem formas polifônicas(entrelaçamento de mais de uma melodia).

alma_redemptoris_mater

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Música Renascentista 1451-1600

Os compositores passaram a ter um interesse muito mais vivo pela música profana (música não religiosa), inclusive em escrever peças para instrumentos, já não usados somente para acompanhar vozes. No entanto, os maiores tesouros musicais renascentistas foram compostos para a igreja, num estilo descrito como polifonia coral ou policoral e cantados sem acompanhamento de instrumentos.A música renascentista é de estilo polifônico, ou seja, possui várias melodias tocadas ou cantadas ao mesmo tempo.

Giovanni Pierluigi di PalestrinaAdoramus te, Christe (Alleluia, Lord God)

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Nesta ilustração do século XVI, cinco cantores são acompanhados por flauta, corneta, sacabuxa, viola alaúde.

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Música Barroca 1601-1750

A música barroca substituiu o estilo renascentista após o século XVII e dominou a música européia até cerca 1750. Era elaborada e emocional, ideal para integrar-se a enredos dramáticos. A ópera era a mais importante novidade em forma musical. A música italiana barroca atingiu o auge com as obras de Antônio Vivaldi. Nenhuma escola musical possui analogias tão nítidas com as artes plásticas como o Barroco: há o culto do ornamento, do arabesco- notas que enfeitam a melodia.

Bach Minuet - Notebook for Anna Magdalena

George Frideric Handel - Suite I, No. 2 in F major, HWV 427 - II.

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Música Clássica 1751-1810

O termo ‘Clássico’, em música, é empregado em dois sentidos diferentes. As pessoas, às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’.Para o musicólogo, entretanto, ‘Música Clássica’ tem sentido especial e preciso: é a música composta entre 1750 e 1810, que inclui a música de Haydn e Mozart, bem como as composições iniciais de Beethoven.

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Música Clássica

A Música Clássica mostra-se refinada e elegante e tende a ser mais leve, menos complicada que a barroca. Os compositores procuram realçar a beleza e a graça das melodias. A Orquestra está em desenvolvimento.

Mozart Sonata No. 14 In C Minor, K. 457 - II. Adagio

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Música Romântica 1811- 1900

Os compositores clássicos tinham por objetivo atingir o equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade. Os românticos vieram desequilibrar tudo. Eles buscavam maior liberdade de forma, a expressão mais intensa e vigorosa das emoções, freqüentemente revelando seus pensamentos mais profundos, inclusive suas dores. Muitos compositores românticos eram ávidos leitores e tinham grande interesse pelas outras artes, relacionando-se estreitamente com escritores e pintores. Não raro uma composição romântica tinha como fonte de inspiração um quadro visto ou um livro lido pelo compositor.

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Música Romântica 1811- 1900

A música torna-se uma mercadoria. No lugar dos pequenos conjuntos a serviço de igrejas ou aristocratas, surgem as orquestras e as companhias de ópera financiadas com a venda de ingressos ao público. Beethoven, Richard Wagner, Brahms, Tchaikovski, ChopinNo Brasil- Carlos Gomes

Beethoven Symphony No. 4 in B Flat Major, Op. 60 - IV. Allegro ma non troppo

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Música Moderna

Enquanto a música nos períodos anteriores podia ser identificada por um único e mesmo estilo, comum a todos os compositores da época, no século XX ela se mostra como uma mistura complexa de muitas tendências. A maioria das tendências compartilham uma coisa em comum: uma reação contra o estilo romântico do século XIX.

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Tendência 1Tonal – atonalMúsica atonal, em terminologia musical, é toda música que não segue a escala musical tradicional de sete sons específica do estilo tonal, não tendo, portanto, uma tonalidade preponderante.

Temático - atemático

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Tendência 2Amplificação das fronteiras do tonalismo e combinações instrumentais menos ortodoxas.

Tendência 3Neoclassicismo- modos de apropriação

Richard Strauss, Shoenberg, Stravinski, GershwinNo Brasil: Villa-Lobos

Also Sprach Zarathustra Einleitung - Richard Strauss

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Música Contemporânea

Músicos deram novos passos na lógica de organização dos sons. Surgiu uma vanguarda que forneceu à música um caráter permanentemente experimental. Lançou a música eletroacústica e expandiu os limites da expressão.

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Stockhausen e John Cage tornaram-se figuras importantes na criação e desenvolvimento da música aleatória ou improvisada. Ao contrário da música eletrônica, a música aleatória depende principalmente do intérprete. O compositor propõe alguns elementos rítmicos, harmônicos e melódicos e o intérprete a partir daí, cria sua própria interpretação. Por este motivo, não existem duas execuções iguais da mesma composição aleatória.

John CageSonata V

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Música Brasileira

A música erudita brasileira nasceu nas igrejas, com o barroco mineiro e baiano. Prosseguiu como banda sinfônica e música de salão no séc. XIX. Seu grande compositor do período, Carlos Gomes, foi em verdade um dos elos da evolução da ópera na Itália. Leopoldo Miguez tinha fortes vínculos com a estética wagneriana. O nacionalismo só se esboça com Alberto Nepomuceno e ganha força com Heitor Villa-Lobos, o mais representativo do modernismo.

Villa-LobosTrenzinho Caipira