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Um.Só um.Só mesmo um.
7
Era uma vez um menino nada comum.De capuchinho vermelho, bem agasalhado,levava à avozinha pastéis de atume atravessava a floresta em passo apressado.
Saltou-lhe em cima um lobo esfaimado.— Tenho tanta fome, estou mesmo em jejum.Tu tens dois braços, um de cada lado…deixa-me trincar um!
— Aprendeste matemática no sítio errado —disse o capuchinho vermelho, de olho arregalado.— Se te deixo trincar um…fico logo sem nenhum!
— Acho que estás mal informado,dois menos um não é nenhum.E eu estou aqui tão esfomeado…tu tens dois, eu tiro um, e ainda ficas com um!
— Nunca, jamais, em tempo algum!Olha, toma um pastel de atum.E o lobo, baralhado, só disse: — Obrigado.