Hoje Macau 11 JUL 2011 #2407

Um país, dois sistemas

RESIDENTES MAIS FELIZES DEPOIS

DA RAEM• PÁGINA 4

TEMPO MUITO NUBLADO MIN 26 MAX 31 HUMIDADE 65-95% • CÂMBIOS EURO 11.4 BAHT 0.3 YUAN 1.2

hoje

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

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MOP$10macau

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • SEGUNDA-FEIRA 11 DE JULHO DE 2011 • ANO X • Nº 2407

Dinheiro pelo silêncio

Ruínas de S. Paulo

FEBRE DO AUDIOVISUAL VOLTA A ATACAR

EM MACAU• PÁGINA 10

Taça Porsche

NINGUÉM PAROUÁVILA, CAMPEÃO

EM ORDOS• ÚLTIMA

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O dia era de sol e o que era suposto ser um momento de lazer acabou mal para o português Mário Pestana. Passou em frente às obras da habitação social de Seac Pai Van à hora errada. Uma pedra que rolou colina abaixo fez com que uma barra de aço que deveria isolar o estaleiro, mas que não estava soldada, voasse pela rua, acertando no português que andava de bicicleta no local. O empreiteiro ofereceu-lhe dinheiro para que guardasse segredo. > PÁGINA 5

Português ferido por barra de aço em Coloane aliciado para se calar

Ter para ler

SHIUUU...

SEGUNDA-FEIRA 11.7.2011

2www.hojemacau.com.mo ACTUAL

A batalha do Governo Central para travar a inflação ainda não surtiu efeitos. Os alimentos estão a puxar o Índice de Preços ao Consumidor para um número que foi visto pela última vez há três anos

AUMENTOS exorbi-tantes nos preços dos alimentos fizeram a inflação na China para

subir a um nível que desde 2008 não era visto. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o principal indicador da inflação, atingiu 6,4% em Junho, contra o aumento de

A China alertou os Estados Unidos para que não inter-

firam nos seus assuntos internos depois que importantes políticos norte-americanos se encontra-ram, em Washington, com o líder espiritual tibetano exilado Dalai Lama, um homem que Pequim considera um separatista.

“Os assuntos do Tibete são questões chinesas puramente internas, e a China opõe-se por completo que qualquer país ou qualquer pessoa interfira nos assuntos internos chineses do Tibete”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Hong Lei.

“As palavras e acções do Dalai Lama nas últimas déca-das mostram que não é apenas uma figura religiosa, mas um exilado político que há tempos se dedica a actividades para dividir a China com o pretexto

da religião”, acrescentou Hong.“A China exorta importan-

tes legisladores dos EUA que parem de ser coniventes e apoiar as actividades separatistas anti-chinesas do grupo do Dalai Lama”, afirmou o chanceler num curto comunicado.

O Departamento de Estado norte-americano afirmou que o Dalai Lama encontrou-se na quarta-feira passada com a subsecretária de Estado para a Democracia e Assuntos Globais, Maria Otero, mas que não ficou decidido se ele teria encontros com figuras mais importantes.

Na quinta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, a líder democrata Nancy Pelosi e outros importan-tes parlamentares norte-ameri-canos também reuniram-se com o Dalai Lama.

DOIS mineiros chineses foram resgatados com vida após

passarem 188 horas presos numa mina no sul da China. Os dois so-breviventes estão em estado estável no Hospital de Heshan a receber tratamento.

Os dois homens, de 41 e 35 anos, trabalhavam com outros 69 numa mina de carvão localizada na região autónoma de Guangxi Zhuang, quando as intensas chuvas provo-caram o desabamento de terras que acabaria por tapar a saída da mina.

De acordo com a agência Xi-nhua, quando saíram da mina os dois homens, ainda muito debili-

tados, terão explicado às equipas de socorro que sobreviveram quase oito dias presos graças a um lençol de água que corria perto das galerias.

As minas de carvão chinesas são as que registam o maior índice de mortalidade do mundo, com cerca de 3000 mortes anuais, dada a ne-cessidade de combustível da China, que obriga a procurar combustíveis cada vez a uma maior profundida-de, onde os acidentes se tornam mais frequentes, assim como a falta de medidas de segurança e a existência de minas que operam de forma ilegal.

COREIA DO NORTE CHINA DEVE ZELAR PELA ESTABILIDADEO chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, apelou hoje à China para que continue a usar a sua influência sobre a Coreia do Norte de forma a garantir a estabilidade na região. Mike Mullen, que hoje iniciou uma visita de quatro dias a Pequim disse também que a China “tem uma forte relação com o regime de Pyongyang” e que é importante que “continue a desenvolver esforços (de estabilidade) como fez no passado”. O mesmo responsável referiu que da Coreia do Norte são esperadas, historicamente, acções provocatórias, e reconheceu que actualmente essas acções “são potencialmente mais perigosas” que no passado.

COREIA DO SUL DOIS OFICIAIS DEMITIDOS DA MARINHAA marinha da Coreia do Sul vai demitir dois oficiais por não terem prevenido o ataque de um militar que matou quatro companheiros numa base do país. Uma alta patente da marinha revelou ontem que um coronel e um tenente-coronel da base da ilha de Ganghwa vão ser demitidos nos próximos dias e podem ser alvo de penalizações quando for concluída a investigação ao caso de 4 de Julho em que um soldado atacou a tiro os seus companheiros, acabando por matar quatro. A marinha da Coreia do Sul continua a investigar o caso e tem interrogado o soldado que perpetrou o ataque na base da ilha do Mar Amarelo. Críticas aos abusos praticados na marinha vieram a público após o incidente, mas as altas patentes militares já revelaram que o soldado que perpetrou o crime revela problemas mentais.

ECONOMIA COMÉRCIO EXTERNO DESACELERA EM JUNHOO crescimento do comércio externo da China desacelerou em Junho devido ao arrefecimento da economia e o soldo positivo da balança comercial aumentou para 22,2 mil milhões de dólares. Dados da alfândega chinesa ontem revelados indicam que o crescimento das importações desceu para 19,3% em termos anuais, contra 28,4% apurados em Maio. Já o crescimento das exportações também desacelerou, embora a alfândega chinesa tenha indicado um novo recorde mensal no global das vendas do país, mas sem especificar dados. O rápido crescimento do comércio chinês tem vindo a atenuar-se nos últimos meses com as compras mundiais a serem afectadas pela crise da dívida europeia e pela estagnação da economia dos Estados Unidos. Pequim também tem tentado retrair o rápido crescimento da sua economia o que provocou um arrefecimento nas importações.

Inflação subiu 6,4% em Junho, o valor mais alto desde 2008

Regressar ao pesadelo

5,5% de Maio, e muito abaixo da meta anual de Pequim de 4%. Em Junho de 2008, a inflação atingiu os 7,1%.

Os preços dos alimentos, que consomem um terço dos rendi-mentos das famílias chinesas, aumentaram sozinhos 14,4% no mês passado em comparação com

o período homólogo de 2010. A carne de porco tem sido a maior afectada, com uma elevação de 57,1% no seu preço médio, o que representa 1,4% do aumento ge-ral do IPC. Em relação a outros bens não alimentares, a inflação agravou-se 3%.

Ainda assim, economistas

apontam que a forte subida do IPC não quer dizer que o plano para travar a taxa tenha falhado. O próprio Governo havia previsto que a inflação atingiria níveis exor-bitantes antes de começar a descer na vertical. O combate à inflação é o principal cavalo de batalha de Pequim, já que as autoridades chinesas acreditam que a subida de preços pode geral um motim social.

Só no primeiro semestre deste ano, o Banco Central Chinês elevou por seis vezes o depósito compul-sório das instituições bancárias locais. Actualmente, os bancos devem manter os seus depósitos à taxa de 21,5% nas suas reservas para agir em caso de empréstimos excessivos. As taxas de juros tam-bém já foram elevadas cinco vezes desde Outubro – a última vez foi na quarta-feira passada.

A pressão dos preços só deverá atenuar-se no segundo semestre quando as medidas adoptadas por Pequim começarem a dar frutos.

CHINA ALERTA EUA APÓS ENCONTRO

DE POLÍTICOS COM DALAI LAMA

Vamos já acabar com os cafézinhos

DOIS MINEIROS RESGATADOS DE MINA DE CARVÃO

188 horas no inferno


3www.hojemacau.com.mo

O problema em Macau – nomeadamente nas zonas mais recentes – é que a prioridade foi dada, quase em exclusividade, aos veículos. Quando se fazem vias de automóveis largas e contínuas em zonas residências e se acrescentam umas passagens aéreas para os peões – tirando-lhes a prioridade e dificultando-lhes a vida – está-se a aumentar a probabilidade de os “alienados” passarem por ali a grande velocidade. Gonçalo Alvim, P. 15

Chineses voltam-se para blogs para informarem-se da realidade

Uma forma de driblar a censura

ARTE EM QUATRO DIMENSÕESUm chinês posa ao lado de uma tela em quatro dimensões (4D) numa exposição de arte contemporânea em Jilin, no nordeste da China. A China destronou a Grã-Bretanha como o segundo maior mercado de artes e antiguidades do mundo em 2010.

O crescimento da Internet na China e a falta de con-fiança nos média

controlados pelo Estado está a impulsionar o “jornalismo cidadão”, que está claramente a crescer apesar da censura governamental. Esse cresci-mento só foi possível graça ao aumento gradual do acesso à Internet e à popularização das redes sociais, que ajudam a propagar a distribuição de notícias e opiniões colhidas ou emitidas por usuários.

O Sina, primeiro site a abrir um serviço de blogs na China, em 2005, é hoje o 13.º site mais visitado do mundo e fica à frente da Xinhua, agência oficial de notícias chinesa. Em 2007, o portal celebrou 1000 milhões de visitas diárias, motivados pelo crescente número de blogs registados, segundo o porta-voz da empresa, que é privada e de capital aberto, Wang Yu. Em 2010, o número de blogs no site, de pessoas físicas e jurídicas, ultrapassou 600 milhões.

TWITTER CHINÊSO serviço de microblog Weibo, que emula o Twitter, recebe 10 milhões de novas contas por mês. Criado pelo Sina, o site tem 140 milhões de usuários e é o maior do país. Eventos que não apareceriam nos média tradicionais são relatados gra-ças à participação popular. Os chineses usam os telemóveis para publicar o que testemu-nham, expandindo o fluxo de informação para além dos limites da imprensa oficial.

Para David Bandurski, professor de jornalismo da Universidade de Hong Kong e criador do China Media Project - que estuda a produ-ção de informação na China -, a Internet tornou-se uma ferramenta de democratiza-ção da sociedade. “O acesso a sites como o Weibo não dá margem à criação de uma de-mocracia institucionalizada, mas dificulta o controle pelo Governo”, avalia.

O Governo monitora cada vez mais o conteúdo da In-ternet, porém o crescimento do universo de usuários, que chegou a 477 milhões de pes-soas em Maio, impossibilita o controlo total. “É só olhar para o número de usuários e blogs existentes na China para entender este avanço e por

que a Internet tornou-se uma plataforma tão importante e valiosa para a criação de vozes mais plurais no país”, afirma o especialista.

“Não há muitos jornalistas independentes ou ‘blogueiros’ a fazer investigações profun-das ou antecipando-se a his-tórias dos média tradicionais; mas, com os telemóveis, os chineses estão a usar a Inter-net como uma ferramenta para difundir notícias e criar novos eventos na imprensa nacional”, avalia Bandurski. “Vivemos num mundo onde todos podem escrever.”

MODERNIZAÇÃODe olho no fenómeno e sem capacidade de controlar a difusão de informações on-line, o Governo tem tentado modernizar o seu sistema de informações, promovendo uma maior aproximação en-tre os média tradicionais e a Internet, especialmente no que toca a conteúdos produzidos por anónimos. “Desde 2008, o presidente Hu Jintao alerta

os média tradicionais para usarem a Internet e trabalha-rem em conjunto, e não contra ela”, lembra o professor da Universidade de Hong Kong.

Um exemplo de trabalho complementar ocorreu no caso de Hu Bin, jovem parti-cipante de corridas de carros que atropelou e matou um estudante em Hangzhou no ano passado. O evento foi parar na Justiça devido à pressão criada online, quando fotos de Hu Bin, filho de um rico empresário local, a rir-se da cena ao lado dos amigos, foram amplamente divulga-das em fóruns de discussão. Os jornais cobriram o caso e, duas semanas depois, Hu Bin foi condenado a cinco anos de prisão.

Para alguns analistas, o ris-co à estabilidade do Governo é inegável. Recentemente, a campanha iniciada por uma activista de direitos humanos para lançar na Internet candi-daturas ao Congresso Distrital Popular foi parar na imprensa tradicional, mostrando o po-

tencial político de ferramentas como os média sociais.

Desde Abril, mais de cem pessoas anunciaram no Weibo o interesse em participar das eleições locais, angariando amplo apoio nacional.

MIGRAÇÃOGrande parte dos leitores chi-neses estão a migrar dos meios em papel, considerados ideo-logicamente comprometidos, para os sites de notícias. “Os internautas chineses tendem a voltar-se aos blogs para uma visão mais crítica, mais auto-ral e menos banalizada pela ideologia comunista”, acres-centa o sociólogo Cui Shoujun, professor da Universidade do Povo de Pequim.

Entre os “blogueiros”

mais conhecidos estão Zhou Shuguang, popular por abor-dar temas delicados como liberdade de expressão, Tibete e censura nos média - e que teve o seu conhecido blog bloqueado na China -, Wang Xiaofeng, um irreverente crítico da sociedade chinesa e Han Han, uma espécie de

Inflação subiu 6,4% em Junho, o valor mais alto desde 2008

Regressar ao pesadeloporta-voz não-oficial das ge-rações mais novas de usuários da Internet no país.

Para David Bandurski, a Internet tornou-se uma fer-ramenta de democratização da sociedade, independente-mente do uso que o Governo faça dela. “O acesso a sites como o Weibo não dá margem à criação de uma democracia institucionalizada, mas não permite mais ao Governo controlar tudo”, avalia.

“Os formadores de opi-nião estão a estabelecer-se fora das instâncias oficiais, e é impossível para o Partido ter controlo total sobre a opinião pública quando tantas pessoas têm acesso a telefones móveis e a uma ferramenta como o Weibo”, afirma Bandurski.

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4www.hojemacau.com.mo POLÍTICA

IPM revela dados sobre estudo aos cidadãos sobre a política “um país, dois sistemas”

Macau satisfaz mas pode melhorar

NOVA COORDENADORA DA ILHA DA MONTANHA CONFIANTE

Sem complicações

Joana [email protected]

CONHECEM o método “um país, dois sis-temas”, mostram-se confiantes, identificam-

-se como cidadãos de Macau e acreditam que o território me-lhorou depois da transferência. Mas faltam lugares de ócio, mais desenvolvimento variado e pôr rédeas na indústria do jogo. São dados do mais recente estudo do Instituto Politécnico de Ma-cau (IPM) sobre o regime misto que prevalece no território, mas situam-se constantemente numa média de 50%, sendo que aumen-tam de forma elevada - para mais de 90% - quando o estudo con-tabiliza as respostas “neutras”.

APENAS um trabalho a ser continuado. É desta for-

ma que a nova coordenadora do Gabinete Preparatório do Parque Industrial de Medicina Tradicional Chinesa encara o seu mais recente cargo. Echo Chan, também directora do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM), foi nomeada para coordenar o gabinete na semana passada.

O Gabinete Preparatório é a entidade responsável pelo apoio à infra-estrutura do Par-que Tradicional de Medicina Chinesa, a ser implementado na Ilha da Montanha e fruto do acordo Macau-Guangdong.

Segundo despacho do Chefe do Executivo, Fernan-do Chui Sai On, Echo Chan ficará no cargo em regime de acumulação não remunera-da, pelo período de duração do gabinete. A responsável mostra-se bastante confor-tável na nova posição e faz questão de salientar o apoio dos colegas. “Temos uma boa equipa, tenho confiança que vamos conseguir”, referiu à margem da cerimónia de aber-

tura da 3.ª Feira de Franchise de Macau.

Echo Chan alerta, no entanto, para a necessidade de ter cautela uma vez que, adianta, “este é um projecto muito importante”. O Par-que Tradicional de Medicina Chinesa é um dos maiores projectos para a lha da Mon-tanha. Na altura da assinatura do acordo, Hui Yongzheng, vice-ministro das Ciência e Tecnologia da China, adivi-nhou “um grande futuro” para a MTC e disse existirem “muitas empresas de grande escala interessadas em inves-tir” no parque da ilha vizinha.

Echo Chan era coorde-nadora-adjunta do gabinete desde 2010, lugar que ocupava imediatamente abaixo de Alexis Tam, o porta-voz do Executivo que era o coorde-nador. A responsável substitui agora Alexis Tam naquilo que caracteriza como a continua-ção de um trabalho já iniciado. O cargo anterior de Echo Chan dá-lhe conhecimento por inteiro do projecto. “Esta é a continuação do trabalho e estamos muito atentos. Neste

momento estamos ainda na fase da preparação. Recen-temente foi aprovada pelo Chefe do Executivo a criação da empresa e nós estamos a iniciar a fase preparatória para a sua instalação”, explicou.

Para já está em processo um estudo sobre a infra-es-trutura, que conta com o apoio de outras entidades. “Temos muitos apoios de Zhuhai e Guangdong. Temos também um grupo de trabalho e o Centro de Ciências de Xangai organizou uma equipa de profissionais para ajudar no estudo e no plano estratégico”, avançou a coordenadora.

Echo Chan acredita no su-cesso. “Temos uma boa equipa e bons colegas de trabalho, vamos conseguir”, frisou.

A gestão do Parque de Medicina Tradicional Chinesa vai ser levado a cabo por uma joint-venture, da qual Macau detém 51%. Em Boletim Ofi-cial, foi ainda prorrogado o período de funcionamento do Gabinete Preparatório do Par-que Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa até 31 de Outubro. - J.F.

Dos entrevistados, 52% acredita que as políticas “um país, dois sis-temas”, “Macau governado pelas suas gentes” e o grau de autonomia do território se pode posicionar como “de sucesso” ou de “muito sucesso”. A percentagem sobe, no entanto, para 91,2% se forem con-tabilizadas as posições “neutras”, algo presente em todas os dados do estudo.

Mais de 600 cidadãos, 53,4%, dizem-se confiantes nas medidas de governação do território e a per-centagem sobe para 72% quando a questão se prende com a crença de que o Governo Central contribui constantemente para manter “a prosperidade a longo prazo” e “a estabilidade da sociedade de Macau”.

Esta é eventualmente uma das

razões para que os cidadãos do território se identifiquem como “orgulhosos de serem chineses” (59%). Já as contas descem um pouco no que toca a ser “cidadão de Macau” - apenas 49% dos entrevis-tados se define como “orgulhoso” em pertencer ao território.

“Amar a pátria e amar Macau”, um princípio que tem vindo a ser generalizado com a política de Chui Sai On, é um item que assu-me uma das mais altas posições na escala. São 61% os cidadãos que seguem estes “valores”, um aumento de 12,34% desde o último estudo em 2009.

Este “amor” é, segundo os auto-res do estudo, “a razão de sucesso do território”.

“Liberdade, felicidade e justiça social” complementam 18 pontos

numa escala até 30. Já 77% dos cidadãos consideram que a sua qualidade de vida “melhorou de modo óbvio, melhorou ou me-lhorou ligeiramente” - os dados não mostram distinção - desde o regresso de Macau à pátria mãe. Existem, contudo, cerca de 16% dos entrevistados que não acrescentam melhorias à forma como vivem e 5,53% que consideram mesmo “ter piorado”. Estas, dizem os investi-gadores, “devido à liberalização do jogo, que apaga o crescimento de outras indústrias”.

São mais de 20% os que recla-mam um “espaço limitado” para o desenvolvimento pessoal e 11,15% consideram mesmo “não existir qualquer espaço”. A percentagem sobe para 70% quando a questão se prende com a necessidade e “o

desejo” de expandir indústrias mais diversificadas.

Mais de 70% dos cidadãos avaliam de “satisfatória” a “assim--assim” a administração da RAEM, mas 20,37% apontam falhas de desapontamento ao Executivo.

Sempre “acima dos 50%”, os autores do estudo apontam os factores de economia crescente e melhoria na qualidade de vida como provas de que o sistema funciona. Há, no entanto, variadas preocupações demonstradas pelos residentes de Macau: inflação alta, poucas escolhas para os tempos livres, um grande fosso entre ricos e pobres. Por isso mesmo, na parte das sugestões, as linhas foram preenchidas com pedidos de “pôr a mão na inflação” e “diversificar as indústrias”.

ANÚNCIO[N.º 50/2011]

Para os devidos efeitos, vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares da lista de candidatos a habitação social abaixo indicados, nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Nome N.º do boletim de candidaturaNG MENG WA 5018108WONG KUAI CHIO 5018554

Após a verificações deste Instituto, notamos que os elementos dos agregados familiares de candidatos a habitação social acima mencionados são proprietários de fracções autónomas na Região Administrativa Especial de Macau, desde o termo do prazo para entrega do boletim de candidatura até à data de assinatura do contrato de arrendamento com este Instituto, pelo que, estes não reúnem os requisitos exigidos para a candidatura, nos termos da alínea 2) do n.º 4 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 25/2009.

De acordo com os artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, devem apresentar, por escrito, as suas contestações e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou as demais provas, no prazo de 10 dias, a contar da data de publicação do presente anúncio.

Se não apresentarem as contestações no prazo fixado ou as mesmas não forem aceites por este Instituto, as respectivas candidaturas serão excluídas da lista geral de espera por IH, nos termos da alínea 2) do artigo 11.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009.

No caso de dúvidas, poderão dirigir-se ao IH, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102. Ilha Verde, Macau, durante as horas de expediente, ou contactar Sr. Wong através o tel. n.º 2859 4875 (Ext. 216), para consulta do processo.

O Presidente,

Tam Kuong Man1 de 7 de 2011

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ANÚNCION.º 47/2011

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar a representante do agregado familiar da lista de candidatos a habitação social abaixo indicada, nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Nome N.º do Boletim de candidaturaWONG SIO KENG 5011056

Após a verificações deste Instituto, notamos que os elementos do agregado familiar de candidato a habitação social acima mencionado são elementos que figurem nos boletins de candidatura de outros agregados familiares, aos quais este Instituto já tenha autorizado a aquisição da habitação construída em regime de contratos de desenvolvimento para a habitação nos termos do Decreto-Lei n.º 13/93/M, de 12 de Abril, pelo que não reúne os requisitos exigidos para a candidatura, nos termos da alínea 3) do n.º 4 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 25/2009.

Tendo este Instituto publicado um anúncio na imprensa de língua chinesa e língua portuguesa, no dia 27 de Maio de 2011, a solicitar à interessada acima mencionada para apresentar por escrito a sua contestação pelo facto acima referido no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de publicação do referido anúncio, entretanto não o fiz. Nos termos do n.º 2 do artigo 11.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, assim como do despacho do Presidente do Instituto, exarado na Informação n.º 1006/DAHP/DAH/2011, a respectiva candidatura foi excluída da lista geral de espera.

E nos termos dos artigos 148.º e 149.º e do n.º 2) do artigo 150.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, pode reclamar a respectiva decisão administrativa ao Presidente deste Instituto, no prazo de 15 (quinze) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, a reclamação não tem efeito suspensivo; ou pode apresentar directamente recurso judicial ao Tribunal Administrativo, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, nos termos do artigo 25.º do Código de Procedimento Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 110/99/M, de 13 de Dezembro.

O Presidente,

Tam Kuong Man1 de 7 de 2011

SOCIEDADE

Gonçalo Lobo [email protected]

O dia estava ópti-mo e convidava ao lazer. Quando saiu de casa, o

português Mário Pestana nunca podia adivinhar que ficaria a uns centímetros da morte. No regresso a casa, entre Coloane e a rotunda do kartódromo, foi surpre-endido por uma barra de aço voadora.

Conta-se assim. Um pedregulho veio encosta abaixo, embateu nas pro-tecções que estavam junto à estrada e fizerem uma barra de aço com muitos quilos voar como “um palito de fósforo”. “Veio direito a mim. Só tive tempo de me baixar instintivamente e nem sei como é que não caí da bicicleta. Tive sorte que não vinha nenhum carro do outro lado senão tinha sido atropelado”, relatou Mário Pestana ao Hoje Macau.

Por breves segundos o português pensou que não iria sobreviver. Além de ter ficado ferido, apanhou um grande susto. “O poste raspou-me o capacete e as costas. A diferença entre me acertar em cheio esteve na camisola que trazia pois rasgou-me a camisola”, disse.

O insólito veio a seguir, com justificações do “outro mundo”. Depois de contac-tar com a polícia, que chegou ao local em três motorizadas, houve direito a debate a três. Trabalhadores das obras da habitação social de Seac Pai Van e um dos respon-sáveis vieram ao local e até quiseram remover a barra da estrada, algo que Mário Pestana não permitiu. “Até tirei logo fotografias para servissem de prova.”

À polícia foi dito que a pedra se tinha movido devi-do a chuvas quando, nesse dia, “estava sol”. “Estava um dia óptimo. Eles dizem que choveu mas estava sol. Já não chovia há muitos dias em Macau. De acordo com uma

Ciclista português aliciado por empreiteiro para se calar

A história da barra voadoranotícia na imprensa chinesa, a pedra caiu devido à chuva mas isso, garanto, é mentira”, assegurou Mário Pestana.

Seguiu-se o périplo. Ven-do que nem polícia e nem ferido acreditavam na his-tória, o responsável da obra em Seac Pai Van, ofereceu dinheiro a Mário para o calar. “Até a ambulância chegar, houve lugar a identificações e o responsável da obra até me ofereceu dinheiro para que eu não fizesse queixa”, referiu.

O português, incrédulo com aquilo que considera um ultraje, não aceitou a dádiva. Em causa estava algo muito mais grave que simples dinheiros. “Nem com 100 mil patacas me

calava. Não estou habituado que estas coisas se comprem com dinheiro e como tal não aceitei. Não estava ali pelo dinheiro. Há-de haver um juiz que dirá o que será feito. Se vencer a causa, o dinheiro será entregue à caridade. Não quero um tostão”, afir-mou Pestana.

Aquilo que, por norma, serve para manter a forma levou Mário a ser assistido no hospital Kiang Wu. A profunda contusão lombar que sofreu não faz esquecer tudo o que aconteceu. “Já estou feliz em estar vivo porque se esta barra me acerta em cheio eu estaria morto. Estamos aqui a falar de negligência criminosa”, acusa o português.

Vendo que nem

polícia e nem ferido

acreditavam na

história, o responsável

da obra em Seac Pai

Van, ofereceu dinheiro

a Mário para o calar.

“Até a ambulância

chegar, houve lugar

a identificações e o

responsável da obra

até me ofereceu

dinheiro para que eu

não fizesse queixa”,

referiu



TUI volta a dar razão a Executivo no caso do concurso de 2010

Nada cheira mal na ETAR

CONSTRUÇÃO CIVIL MANCHADA COM CASO DE CORRUPÇÃO

De capataz e tudo

Vanessa [email protected]

DESDE Outubro do ano passado que Macau está à espera de saber quem irá gerir a Es-

tação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da península. Um novo acórdão divulgado na sexta-feira pelo Tribunal de Última Instância (TUI) pode dar finalmente luz verde para que o contrato de operação seja adjudi-cado, saindo de campo a actual gestora da estação, a Engenharia Hidráulica de Macau, que ainda tentou até à última anular o con-curso que a exclui.

Dos sete concorrentes, apenas dois foram aceites ao concurso públi-co para a modernização, operação e manutenção da ETAR da península. Os outros cinco foram chumbados pela comissão de abertura de pro-postas, devido à falta de qualificações ou de documentos essenciais. Dois


UMA investigação do Comissariado contra a

Corrupção (CCAC) detec-tou um caso de corrupção relacionado com o sector privado. Com a ajuda da polícia foram detidos seis indivíduos, dois provenien-tes de Hong Kong e quatro da China Continental. Entre eles está um director de uma empresa de construção e fomento predial local.

O director em questão terá aproveitado a sua po-sição para obter vantagens ou benefícios ilícitos no

processo de recrutamento de operários para estaleiro de obra da responsabilidade daquela empresa. O esque-ma estaria bem oleado até à descoberta por parte do Comissariado.

De acordo com o CCAC, o responsável da empresa de construção e fomento predial solicitava, com a ajuda de cinco capatazes, de 2000 a 4000 patacas por pessoa como condição de recrutamento.

O organismo que inves-tiga questões relacionadas pela corrupção revelou ainda, no seu comunicado, que alguém terá deduzido

indevidamente o montante diário de 50 patacas do sa-lário de cada um dos traba-lhadores não residentes e se apoderado dos respectivos prémios, na sua totalidade ou em parte, com a falsa promessa de que obteriam, em contrapartida, empregos melhores em projecto de obras adjudicado à empresa e a garantia de não haver despedimento sem justa causa, acto que, de acordo com o CCAC, consubstancia a prática de crime de burla.

Mas o toda esta joga-da de bastidores não terá acabado aqui. Segundo o CCAC descobriu, alguém

terá retido, desde o recru-tamento dos trabalhadores não residentes, os cartões de débito destes e ainda obtido os respectivos códigos para aceder às contas bancárias através das quais lhes era pago o salário.

Paralelamente, os traba-lhadores terão sido alvo de ameaças contra a integrida-de física ou despedimentos, como forma de intimidação.

Alguns dos 70 trabalha-dores confessaram os res-pectivos factos. Calcula-se que, à data da detenção dos seis indivíduos, o montante envolvido no esquema seja de 700 mil patacas.

O Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) pode finalmente avançar para a adjudicação do contrato de concessão de operação da ETAR de Macau. Depois de em Maio o TUI ter dado razão ao Executivo no caso de uma das empresas excluídas, na sexta-feira o colectivo de juízes voltou a considerar num segundo recurso que não houve problema nenhum com o concurso

dos excluídos – a Va Tech Lang, sócia da actual concessionária – e o Waterleau Group apresentaram recursos contenciosos para anular o concurso. Depois de ter sido conhe-cida a decisão desfavorável para a Va Tech Lang, o TUI voltou na semana passada a dar razão ao Executivo e julgou improcedente ao recurso do

Waterleau Group – sentença antes proferida pelo Tribunal de Segunda Instância (TSI).

O grupo, que já opera a ETAR da Taipa, expôs ao TUI que anu-lar a eficácia do concurso aberto em Março do ano passado era o melhor a fazer, porque permitiria “prosseguir com as recorrentes na

situação de admitidas condicionais até decisão do recurso e, desse modo, se beneficiando o interesse público quer em termos de nunca a Administração ter que vir a in-demnizar despesas de ninguém por adjudicação indevida, quer termos de ficar com um leque de oferta de qualidade técnica mais amplo que

o de apenas duas admitidas e preço muito mais económico”, apontava o recurso do Waterleau.

O consórcio sublinhou que a sua proposta de cerca de 580 milhões de patacas por cinco anos de contrato é bastante inferior à apresentada pelas duas empresas admitidas – CESL Ásia e Consulgal -, acima das 600 milhões de patacas, e que a não atri-buição da adjudicação ao Waterleau causaria prejuízos na ordem de um milhão de patacas mensais.

O acórdão do TSI julgou que “não se verificava o requisito da existência de prejuízos de difícil reparação”. O TUI acrescentou que a interposição do recurso conten-cioso de anulação de actos admi-nistrativos não suspende a eficácia do acto. “Isto porque, para além de ser prejudicial para o interesse público a suspensão automática dos actos que fossem impugnados, tal também poderia potenciar recursos com efeitos meramente dilatórios”, lê-se no último acórdão.

O colectivo de juízes da Última Instância reconhece que o Water-leau Group sofrerá um prejuízo, mas não considera que este será de difícil reparação como argumentou. Faltaram provas, explicam os juízes, que acabaram por negar provimento ao concurso.

No mês passado, o GDI já havia dito que “muito em breve” iria avan-çar para a adjudicação do contrato, que deveria ter começado a 1 de Outubro do ano passado. “Teremos novidades”, dizia o gabinete em Junho. Esta era a decisão que faltava para que se conheça o vencedor do concurso.

SOCIEDADE

PEDIR MAIS DO QUE POUPARAs estatísticas da Autoridade Monetária de Macau (AMCM) para o mês de Maio não enganam. No território pede-se mais emprestado do que se poupa. Com uma diminuição ligeira de 0,1% na circulação monetária, os depósitos de residentes, relativamente a ao mês de Abril, aumentou 1,0% atingindo 264,2 mil milhões de patacas. Contudo, os empréstimos internos ao sector privado aumentou 2,5% em relação ao mês anterior cifrando-se nas 149,6 mil milhões de patacas. O rácio empréstimo/depósitos de residentes registou, assim, um aumento de 0,8 pontos percentuais.



JOAN

A FR

EITA

SJoana [email protected]

TERMINOU ontem a 3.ª edição da Feira de Fran-chise de Macau (MFE). Durante três dias e num

espaço mais amplo do que nas edições anteriores, com cerca de 5000 metros quadrados, mais de uma dezena de países se juntou para promover marcas de franquia e negócios de cadeias.

O sector da restauração foi o de maior enfoque na exposição. De padarias a lojas de bebidas, os produtos alimentares apresen-tados no território tiveram como objectivo principal dar o salto para o mercado chinês e asiático. “Esta é uma empresa mexicana, já temos alguns estabelecimentos em Zhuhai, mas queremos ir para o interior da China. É um dos maio-res mercados do mundo, é muito grande. Procuramos aqui hotéis e restaurantes interessados em ter os nossos pratos tradicionais, tortilhas e tacos”, referiu o dono do Tacos, uma empresa do México, que conta já com fábricas nos EUA. “Agora vamos ter na China.”

A escolha da RAEM como pla-taforma para lançar novas marcas ou receber empresas do exterior tem uma fácil explicação: “Macau é uma óptima plataforma de entrada para o mercado chinês, toda a gente sabe que aqui há uma certa isenção fiscal e o mercado de Macau, graças ao fluxo turístico, já tem consumidores interessantes”, salientou Ricardo Camargo, director da Associação Brasileira de Franchise, uma das organizadoras do evento.

O responsável esteve pela se-gunda vez na MFE, onde trouxe três marcas representativas de diversas empresas, como negócios de piscinas e de material de construção. Ricardo Camargo caracteriza o mercado chinês como algo de “muito forte e com bastante poder de compra” e defende que a MFE é uma excelente oportunidade de negócio devido ao “objectivo com que chegam os visitantes: de comprar”.

Ricardo Camargo salientou o interesse da empresa brasileira de cosméticos O Boticário se instalar no território, algo que poderá ter avanço agora que terminaram as negociações da exposição.

A mudança de local foi uma das alterações mais notadas pelos

MFE | 3.ª edição terminou ontem com mais de uma dezena de protocolos assinados

Três dias de negócios em Macau

visitantes e profissionais. Ante-riormente com lugar na Torre de Macau, a MFE ganhou este ano mais de dois mil metros quadrados para a exposição, um aumento de 30% na presença de expositores e quatro novos países: México, Brasil, Tailândia e Vietname.

Apesar do total de visitantes não ser ainda conhecido (até ao final do fecho desta edição), o segundo dia da exposição contou com a presença de 300 comercian-tes e especialistas de três regiões próximas a Taiwan e a organiza-ção promoveu mais de 500 bolsas

de contacto, o que resultou na assinatura de sete protocolos de negócios de bebidas, restauração, representação de uma marca de iluminação ambiental e poupança energética, de uma marca interna-cional de chocolate e de relógios. Estes juntaram-se aos outros nove protocolos assinados na cerimónia de abertura da feira, entre empresas do interior da China, Hong Kong, Taiwan, México e Macau.

Echo Chan, directora do Ins-tituto de Promoção ao Comércio e Investimento de Macau (IPIM), o principal organizador da MFE,

“CLOSTRIDIUM DIFFICILE” SEM DIREITO A ESTATÍSTICASA infecção pela bactéria “Clostridium difficile”, que tem feito notícias na Europa e na América do Norte, não tem entrado para as estatísticas de Macau. Segundo os Serviços de Saúde (SS), a doença não é de declaração obrigatória e o número de vítimas só será analisado em caso de surto. Até ao momento, nunca houve nenhum surto na região, mas ainda assim os SS prometem não baixar a guarda. A bactéria existe no intestino de cerca de 20% da população, pode ser transmitida através da boca ou por via oral e causa fortes diarreias. A doença pode ser fatal.

não põe de lado a importância da exposição para incentivar as PME’s locais, mesmo que a RAEM não pareça um espaço muito grande. “Macau é pequeno, mas nós temos um mercado de turis-mo e o território tem mercado para desenvolver. Com os turistas que temos, este mercado pode providenciar muitas oportuni-dades e quanto mais variedade, maior a atracção. A qualidade dos produtos e dos expositores melhoraram muito comparativa-mente aos anos anteriores e isso é bom para demonstrar às marcas

daqui que querem exportar para fora ou as do exterior que se querem instalar aqui”, referiu a responsável.

LUSOFONIA MARCA PRESENÇAPortugal e Brasil foram os dois únicos países lusófonos presentes nesta edição da MFE, com um total de 12 empresas. O objectivo princi-pal dos dois países é procurar um espaço no mercado asiático, mais aberto e com poder económico. Uma forma de contornar a crise financeira mundial que se faz sentir e impulsionar as PME’s a aderirem aos negócios de franchising, mais seguros. “O franchising é mais se-guro porque já existe uma doutrina desenvolvida em todos os aspectos da empresa, da gestão à formação e recrutamento”, disse à Agência Lusa Ricardo Camargo.

A Loja do Condomínio, a Art on Shoes e a Viva Fit são três das empresas portuguesas presentes na exposição. Catarina Morgado, res-ponsável de marketing da empresa Art on Shoes, que passa telas de pin-tura para sapatos e lenços, sublinhou à Lusa a vontade de conseguir uma representação em Macau e Hong Kong, depois de adequar o produto ao gosto da clientela chinesa.

As empresas juntaram-se no stand da Agência para o Investimen-to e Comércio Externo de Portugal (AICEP). Mariana Oom, directora da AICEP para Macau e Hong Kong, salientou a importância destas presenças na MFE. “Para Portugal é sempre bom estar presente numa feira em Macau. Para as empresas é importante que façam a gestão das feiras no mundo ou nos mercados onde estão interessadas”. A res-ponsável salientou a representação da Associação de Franchising de Portugal, presente na feira pela primeira vez. Para Mariana Oom, o negócio de franquias é um négocio em expansão e que deve ser bem aproveitado, mas sempre de forma calculada e cautelosa.

O sector das comidas e bebidas foi o mais representado na MFE deste ano, seguido das vendas a retalho. Estas são áreas com ênfase particular no território, muito devi-do à presença inúmera e constante de turistas do exterior. Só no início do ano, o sector das vendas a re-talho alcançou 9,6 mil milhões de patacas e o de restauração atingiu as 4,79 mil milhões de patacas.

SOCIEDADE


8www.hojemacau.com.mo vida

É minúsculo, mas consegue ser o animal mais barulhento da terra relativamente ao tamanho do seu corpo. E con-

segue fazê-lo com o pénis. Chama-se “scholtzi” e é um insecto aquático. Um recente estudo revelou que este animal consegue fazer sons até 99,2 decibéis, o equivalente a estar a assistir a um concerto de orquestra na fila da frente.

Os investigadores, da França e da Escócia, adiantam ainda que o insecto emite este som esfregando o seu pénis contra o abdómen, num processo conhecido como “estri-dulação”. O “Micronecta scholtzi”, o insecto de água doce bastante comum na Europa que mede dois milímetros, faz este ruído para atrair as fêmeas da sua espécie.

A equipa de investigação gravou

É muitas vezes chamado de “fiel amigo” ou “pão dos mares” em

Portugal e é, sem dúvida, um ele-mento importantíssimo na culinária tradicional portuguesa. Representa mais de um terço de todo o pescado consumido em Portugal e os portu-gueses são os maiores consumidores per capita a nível mundial, consu-mindo cerca de 60 mil toneladas de bacalhau por ano, 90% do qual é vendido salgado e seco.

No entanto, apesar da impor-tância dada ao bacalhau, poucas pessoas o conhecem enquanto peixe migrador que habita as águas gélidas do Norte do Atlântico e Pacífico. A informação sobre o estado dos stocks deste peixe raramente é passada ao consumidor nem é divulgado que grande parte do bacalhau é captu-rado através da pesca de arrasto, uma técnica que destrói os habitats do fundo dos oceanos (como as colónias de corais e esponjas) e que captura acidentalmente outras espé-cies, como por exemplo o alabote da Gronelândia, os peixes vermelhos ou o bacalhau polar.

O Bacalhau do Atlântico (“Gadus morhua”) está assinalado nas listas da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e OS-PAR (Convenção para a Protecção do Ambiente Marinho do Nordeste Atlântico) como uma espécie vul-nerável com estatuto de ameaçada.

Por várias vezes na história da pesca do bacalhau houve colapsos de stocks devido à exploração excessiva, o que em algumas zonas acabou por levar ao seu desaparecimento. O stock do Mar do Norte entrou várias vezes em colapso, a primeira

Planetaem números

MAIS VELHA QUE A NAÇÃO • Uma oliveira bravia com 2850 anos foi identificada como a árvore mais velha de Portugal por um grupo de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Vive em Santa Iria da Azóia, concelho de Loures, e teve o guerreiro Viriato como contemporâneo. Até aqui, a árvore mais antiga do país contava 2210 anos na certidão de idade e era também uma oliveira, localizada nas Pedras d’El Rei, em Tavira. De acordo com os investigadores os números dão conta de uma árvore monumental: o perímetro desta oliveira mede na sua base 10,15 metros, a altura chega aos 4,40 metros e o diâmetro de copa tem 7,60 por 8,40 metros.

1 MILHÃOfoi a quantidade de litros de gasolina para aviões derramada a semana passada em Israel. Este vazamento causou o maior desastre ecológico sofrido por uma reserva natural no país. A gasolina alcançou áreas com profundidade de cinco metros.

URSO POLAR É FRUTO DE CRUZAMENTO DE ESPÉCIES

De pêlo branquinhoe mamã castanha

UMA análise do ADN de fósseis encontrados em cavernas da

Irlanda mostra que os ursos polares da actualidade se originaram em apenas um único ancestral: uma fêmea de pêlo castanho que terá cruzado com um urso polar, ge-rando filhotes híbridos. A pesquisa liderada por Ceiridwen Edwards comparou dentes e ossos de 17 ani-mais antigos com ADNs de ursos castanhos e polares modernos ou que já estão extintos. Acreditava--se que o cruzamento ocorreu há aproximadamente 14 mil anos no Alasca, mas esta nova análise, que envolveu o estudo dos genes de 242 ursos castanhos e polares, atesta que a hibridação dos dois tipos de ursos ocorreu bem antes. A hibridação, diz Edwards, deve ter ocorrido quando a Irlanda era coberta por gelo, há pelo menos 22 mil anos. A pesquisadora Charlotte Lindqvist, da Universidade de Buffalo, em Nova York, não com-partilha a mesma convicção. “Tenho certeza que há muito mais para falar sobre a evolução dos ursos. O pro-blema é que temos poucos fósseis e a maioria são recentes, dos últimos 11 mil anos ou mais.”

BACALHAU NÃO APARENTA, MAS É UMADAS ESPÉCIES MARÍTIMAS VULNERÁVEIS

Será que ainda podemos comer

bacalhau?vez já há 100 anos, não tendo ainda recuperado. Em 1992 o governo canadiano foi forçado a encerrar a pesca do bacalhau na Terra Nova e em Labrador, lançando 40.000 pesso-as para o desemprego e devastando centenas de comunidades costeiras. Quase duas décadas depois, ainda não há sinais de que este stock algu-ma vez possa recuperar o suficiente para sustentar as economias locais. E mesmo o último dos grandes stocks de bacalhau do Atlântico, o chamado bacalhau do Nordeste Árctico (e o mais vendido em Portugal como ‘bacalhau da Noruega’), já enfrentou situações de declínio alarmantes, obrigando as autoridades norue-guesas a restringir a pesca na zona.

Embora seja comercializado bacalhau capturado através de métodos destrutivos ou de stocks em declínio, também existe baca-lhau de origem sustentável que pode ser consumido sem constituir uma ameaça aos ecossistemas ma-rinhos. O consumidor deve, por isso, seleccionar cuidadosamente o bacalhau que consome e pedir aos retalhistas que vendam apenas bacalhau de origem sustentável.

Dos 16 stocks comerciais de bacalhau do Atlântico, apenas os da Islândia, Mar de Barents (norte da Noruega) e do Báltico Este são considerados sustentáveis pelos cientistas.

O maior stock actual de bacalhau do Atlântico vive no Mar de Barents, a Norte da Noruega e da Russia. Este stock é considerado saudável e bem-gerido, mas se continuar a ser explorado intensivamente poderá entrar em declínio.

Insecto emite o som mais alto do planeta... com o pénis

Quem disse que o tamanho importa?o som do animal com microfones especiais para medir o volume de som debaixo de água. Em média, as canções do “scholtzi” atingiram 78,9 decibéis, o que se pode comparar à passagem de um comboio de carga.

“Estamos muito surpreendidos. Primeiro pensámos que o barulho vinha de espécies aquáticas maiores e mais comuns, como a cigarra”, disse à BBC James Windmill, da Universidade de Glasgow. “Quando identificamos sem que restassem dúvidas a fonte do barulho, passa-mos imenso tempo a verificar se os nossos aparelhos medidores de som estavam calibrados correctamente.”

Windmill explicou à cadeia britânica que a razão que leva os insectos a não nos ensurdecerem é o facto de emitirem o som debaixo de

água. Mesmo assim, apesar de 99% do som se perder quando atravessa a água para o ar, as canções ainda conseguem ser audíveis ao ouvido humano. “O som é tão alto que uma pessoa que caminhe sozinha ao longo do local onde está o insecto pode mesmo ouvir estas minúsculas criaturas a cantar no fundo do rio”, disse Windmill.

A maioria dos animais mais ruidosos do planeta é grande, como as baleias-azuis que podem atingir os 188 db. ou os elefantes, cujo som chega aos 117. Apesar de existirem sinais acústicos notáveis feitos por uma grande variedade de inver-tebrados mais pequenos, como o louva-a-deus, e por grandes mamí-feros, nenhum se pode comparar ao “scholtzi”, uma vez que tem de ser

PORTUGUESES VOLUNTARIAM-SE PARA PROTEGER O GERÊS DOS INCÊNDIOS DE VERÃO Mais de 170 pessoas já se voluntariaram para a vigilância e prevenção de incêndios no Parque Nacional da Peneda-Gerês, onde a Associação Mãos à Obra Portugal quer agora avançar com a reflorestação da área ardida. Alguns voluntários estão já no terreno a fazer a vigilância dos principais trilhos do parque. A associação, criada depois da adesão de voluntários para o movimento Limpar Portugal, resolveu este ano estender a intervenção à prevenção de incêndios. A pé ou de bicicleta, e munidos de um telemóvel, os voluntários têm por missão verificar se existe algum foco de incêndio ou “se alguém está a ter algum comportamento perigoso ou lesivo para o parque” e avisar as autoridades. As patrulhas, de três ou quatro elementos, efectuam turnos de seis horas e podem pernoitar no Parque de Campismo do Vidoeiro.



AS hienas fêmeas realizam cerimónias de saudação - lado a lado e cheirando os companheiros - antes de

partir para uma tarefa de grupo. Este comportamento parece reforçar os vínculos sociais antes de uma acti-vidade potencialmente de risco, como uma viagem de caça ou de ataque a um predador inimigo.

As descobertas foram publicadas na revista “Animal Behaviour”, depois de um estudo feito por Jennifer Smi-th, da Universidade da Califórnia. Os investigadores estudaram hienas fêmeas adultas manchada, num um grupo social predominantemente feminino no Quénia.

Kay Holekamp da Michigan State University, que também participou do estudo, explicou que os animais,

vivem numa espécie de “separação-fusão” das suas sociedades. “Estes animais vivem no topo de uma pirâmide alimentar, por isso há muita competição por comida e muitas vezes saem separadas para caçar”, disse à BBC News. “Mas se eles fazem muita coisa por conta própria, também se unem quando precisam de formar um grupo para defender seu território, por exemplo”.

Conhecidas como sendo animais errantes, as sau-dações entre as hienas são importantes para quando se reencontram serem reconhecidas. “Vemos geralmente saudações quando dois animais se unem depois de se-parados por um período prolongado”, disse Holekamp.

NO final de Junho, uma delega-ção da Direcção dos Serviços

de Protecção Ambiental da Cidade de Cantão efectuou uma visita na Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental de Macau (DSPA), para trocar informações sobre o fluxo operacional de tratamento de lixos, os métodos de controlo de fumo ole-

oso em estabelecimento de comidas e o tratamento de resíduos.

Cantão e Macau são cidades de alta densidade populacional e, como as lojas comerciais se localizam es-sencialmente junto dos habitantes, a questão de fumo oleoso originado dos estabelecimentos de comida é uma das principais fontes da polui-

ção atmosférica e provoca um grave impacto no ambiente, na saúde e na vida quotidiana dos cidadãos.

As autoridades trocaram, por isso, opiniões sobre conhecimentos e técnicas acerca do controlo deste tipo de poluição, tendo sido apre-sentados métodos de tratamento e respectivos resultados.

Clickecológico

MAIS VELHA QUE A NAÇÃO • Uma oliveira bravia com 2850 anos foi identificada como a árvore mais velha de Portugal por um grupo de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Vive em Santa Iria da Azóia, concelho de Loures, e teve o guerreiro Viriato como contemporâneo. Até aqui, a árvore mais antiga do país contava 2210 anos na certidão de idade e era também uma oliveira, localizada nas Pedras d’El Rei, em Tavira. De acordo com os investigadores os números dão conta de uma árvore monumental: o perímetro desta oliveira mede na sua base 10,15 metros, a altura chega aos 4,40 metros e o diâmetro de copa tem 7,60 por 8,40 metros.

HIENAS REALIZAM CERIMÓNIAS DE SAUDAÇÃO ANTES DE PARTIR PARA CAÇA

O ritual do riso

É por engano que baleias e golfinhos ingerem quilos de plástico que vão parar aos oceanos. Esta é uma ameaça

mortal para os cetáceos, que não conseguem digerir esses materiais, em debate na reunião anual da Comissão Bale-eira Internacional que começa hoje em Jersey.

Em 2008 foram encontrados 134 tipos de plástico nos estômagos de dois cachalotes que apareceram mortos na costa da Califórnia. Em 1999, em Biscarosse (França), uma baleia foi encontrada com 33 quilos de plástico no seu organismo.

Sacos de plástico, fios de pesca, bocados de garra-fas e palhinhas para bebidas tornam-se cada vez mais frequentes nos oceanos. Tudo isto não consegue ser digerido por cetáceos, tartarugas ou aves, salienta agora um estudo que será apresentado à Comissão Baleeira Internacional, em Jersey.

“A ameaça dos detritos marinhos de plástico para muitos animais marinhos é conhecida há muito tempo. Mas a ameaça para as baleias e golfinhos é menos clara”, comentou o autor do estudo, Mark Simmonds, cientista da Sociedade para a Conservação de Golfinhos e Baleias (WDCS), organização não governamental britânica.

“Ainda assim, sabe-se que estes resíduos podem fazer mal aos cetáceos, por ingestão ou por ficarem enredados”, acrescenta Simmonds. “Em muitas regiões, as carcaças de baleias que deram à costa não são registadas ou analisadas. E mesmo quando essa análise é feita, não se costuma olhar

para os plásticos encontrados nos intestinos”, confirma Chris Parsons, biólogo da Universidade George Mason de Fairfax, nos Estados Unidos.

Em Fevereiro, o Programa da ONU para o Am-biente (PNUA) salientou como os milhões de bocados de plástico ameaçam os oceanos por asfixia, devido à utilização cada vez maior do plástico e de percentagens relativamente baixas de reciclagem. Estes detritos acumulam-se, especialmente, nas rotas de navegação, nos bancos de pesca e nas zonas de convergência oceânica, formadas por correntes e ventos e onde os cetáceos encontram alimento abundante.

“O efeito mais evidente é a interferência com o processo de alimentação”, salienta Chris Parsons. Mas a presença de bocados de plástico muito pequenos, in-feriores a cinco milímetros, no aparelho digestivo, tem outro efeito nefasto: parece facilitar a absorção pelo or-ganismo de poluentes como o PCB (policlorobifenilos).

Mark Simmonds espera que a Comissão Baleeira Internacional leve a sério esta ameaça. A WDCS vai pedir para que esta comissão subscreva o Compromisso de Honolulu, um apelo internacional lançado em Março no Havai para incitar os Governos, associações, indústrias e cidadãos a agir para reduzir os detritos marinhos.

A 63.ª reunião anual da Comissão Baleeira Interna-cional vai decorrer de 11 a 14 de Julho na ilha de Jersey, nas ilhas Britânicas.

DIRECÇÃO DE PROTECÇÃO AMBIENTAL DE CANTÃO VISITA MACAU

Intercâmbio de experiências

GOLFINHOS E BALEIAS NÃO CONSEGUEM DIGERIR PLÁSTICOS À DERIVA

Sufocados com o lixo

Insecto emite o som mais alto do planeta... com o pénis

Quem disse que o tamanho importa?

tido em conta o tamanho do corpo. Sem adaptações para amplificar

o som, a questão de como os ani-mais conseguem emitir um som tão intenso e alto permanece um misté-

rio. “Estes insectos muito pequenos conseguem criar um som em nível muito elevado, o que poderia ser muito útil para futuros sistemas de ultra-som”, referiu o pesquisador.

PORTUGUESES VOLUNTARIAM-SE PARA PROTEGER O GERÊS DOS INCÊNDIOS DE VERÃO Mais de 170 pessoas já se voluntariaram para a vigilância e prevenção de incêndios no Parque Nacional da Peneda-Gerês, onde a Associação Mãos à Obra Portugal quer agora avançar com a reflorestação da área ardida. Alguns voluntários estão já no terreno a fazer a vigilância dos principais trilhos do parque. A associação, criada depois da adesão de voluntários para o movimento Limpar Portugal, resolveu este ano estender a intervenção à prevenção de incêndios. A pé ou de bicicleta, e munidos de um telemóvel, os voluntários têm por missão verificar se existe algum foco de incêndio ou “se alguém está a ter algum comportamento perigoso ou lesivo para o parque” e avisar as autoridades. As patrulhas, de três ou quatro elementos, efectuam turnos de seis horas e podem pernoitar no Parque de Campismo do Vidoeiro.


10www.hojemacau.com.mo CULTURA

Espectáculo nas Ruínas de São Paulo vai voltar

Alerta: “Febre audiovisual” em MacauA culpa é dos Telenoika. O êxito do “Mapping Audiovisual das Ruínas de S. Paulo” foi pretexto para um fórum público promovido pelo IC que confirmou o regresso do evento à RAEM

Filipa [email protected]

BASTOU uma semana para o vírus pegar. Residentes e turistas de Macau renderam-

-se aos efeitos especiais de luz projectados sobre a fachada das Ruínas de São Paulo que inundaram de curiosos o já sobrelotado ponto turístico do território. Produzido com tecnologia avançada de projecção de ví-deo sobre o marco histórico

CERCA de 100 milhões de patacas foi o que a Wynn Resorts inves-

tiu por um conjunto de vasos de porcelana chinesa do século XVIII para decorar o novo resort que ainda nem foi autorizado pelo Governo.

O patrão do grupo norte--americano, Steve Wynn, adquiriu os objectos decorativos num leilão organizado na semana passada em Londres pela célebre Christie’s.

Os vasos pertenciam a um co-leccionador particular e datam do período Jiaqing (1796-1821). Medem 1,2 metros de altura e têm emblemas budistas e taoistas pintados à mão, embelezados com montagens de metal dourado do século XIX.

De acordo com a agência Bloom-berg, Steve Wynn disse que as peças iriam servir para adornar o hotel--casino que a sua empresa pretende inaugurar no Cotai em 2015, apesar de o Governo ainda não ter dado luz

SATISFAÇÕES À UNESCOAté 2013 Macau tem de entregar um relatório sobre o património mundial reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla inglesa). O presidente do Instituto Cultural (IC) não avançou detalhes mas disse ontem, à margem do Fórum no Albergue SCM, que a RAEM vai cumprir o calendário. Ung Vai Meng regressou há pouco tempo de um encontro da UNESCO em Paris de onde trouxe indicações para entregar o referido relatório. “A organização exige que seja entregue antes de 1 de Fevereiro de 2013. Estamos a fazer as preparações desta que foi uma nova decisão da 35.ª sessão do Comité do Património Mundial”, disse Ung Vai Meng, escusando-se a fazer mais comentários.Questionado pelos jornalistas sobre a lei de Salvaguarda do Património Cultural há muito aguardada, o presidente do IC adiantou apenas que “há todo um processo que tem de ser feito entre os serviços”, portanto é impossível avançar com datas. “Primeiro vai ser proposto ao Conselho Executivo e depois segue para a Assembleia Legislativa. Não podemos controlar, está a ser feito”, rematou Ung Vai Meng.

WYNN GASTA 100 MILHÕES EM DECORAÇÃO PARA NOVO RESORT

Vasos milionários para o Cotai

da cidade, e acompanhado por um fundo musical, estima-se que mais de 4000 pessoas tenham assistido diariamente ao espectáculo, que explora a profundidade histórica e herança cultural de Macau.

Sem surpresas, o êxito da criação da Comunidade Criativa Aberta de Audiovi-suais Telenoika, encomen-dada pelo XXII Festival de Artes de Macau, passou para a Internet contagiando um quantos milhares mais. De acordo com o Instituto Cul-tural (IC), a gravação oficial do espectáculo ultrapassou

as 100 mil visualizações e foi tema de discussão nas principais redes sociais como o Facebook, fóruns e sites de partilha de vídeos da Internet, tornando-se “um tema cultural com uma popularidade raramente vista nos últimos anos, com uma participação local e internacional considerável”.

É porque dados como estes não se podem descurar que o IC resolveu repetir a dose. A fim de “retribuir o apoio e satisfazer os pedidos dos cidadãos e turistas” o instituto vai organizar uma nova apresentação do espec-

verde ao projecto do magnata para construir o novo resort num terreno de 21,9 hectares, localizado entre a Universidade de Ciência e Tecnologia e a Nave Desportiva dos Quartos Jogos da Ásia Oriental (Macau Dome).

No mesmo leilão, Wynn asse-gurou a compra de uma tapeçaria “chinoiserie” no valor de cerca de 2,1 milhões de patacas. Roger Tho-mas, vice-presidente executivo da Wynn Design and Development e representante do presidente no leilão, disse à imprensa que o gru-po está “muito contente por levar obras de qualidade extraordinária para a cidade de Macau e República Popular da China”.

táculo “Encontros”- Map-ping Audiovisual das Ruínas de S. Paulo durante o mês de Agosto. Além disso, o evento serviu ontem de mote para um fórum público no Alber-gue SCM com o objectivo de analisar e recolher opiniões sobre a “febre audiovisual” que atingiu Macau.

A VOZ DO POVOEm 53 inquéritos que o IC realizou sobre o espectáculo dos Telenoika, cerca de 40% dos inquiridos disse que se tinha sentido “afectado pelo espectáculo” do colec-tivo espanhol. Mais de 90%

apoia a repetição do evento, mas 6% diz que, caso isso aconteça, a projecção devia realizar-se apenas ao fim--de-semana e antes das 22h. Guilherme Ung Vai Meng concorda: “Preocupa-me que a realização contínua destes eventos nas Ruínas de São Paulo possa não ser positiva. Temos de pensar noutros locais para fazê-lo”, declarou o presidente do IC na reunião de ontem a tarde com elementos dos sectores das indústrias culturais e criativas, da energia e do am-biente, representantes das associações dos moradores e associações de jovens, crí-ticos de arte, utilizadores da Internet e público em geral. Ung Vai Meng salientou, no entanto, que a experiência serviu como uma “força cul-tural” e um incentivo para a criação de “mais actividades culturais na cidade”.

O grupo criado no Fa-cebook a propósito da nova “febre” já conta com mais de 6000 membros, a maioria deixando comentários que sugerem à entidade organi-zadora o prolongamento ou até mesmo a permanência do espectáculo audiovisual no território. Cerca de duas

dezenas de pessoas marca-ram presença no debate de ontem, onde o incentivo à produção local e estímulo à aposta em eventos seme-lhantes foram as principais ideias discutidas. Também a necessidade de melhorar a divulgação, nomeadamente tendo em conta as restrições relativas ao Facebook e You-Tube no Continente.



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CHAMA-SE “Gang Kou” (em português “A Entrada do Por-

to”) e contém música brasileira can-tada em mandarim, especialmente bossa nova. O projecto/espectáculo de Sérgio “Filó” Machado e Jasmine Chen inclui canções chinesas popu-lares e temas de jazz da capital do país dos anos 1930 a 1950, adap-tadas de forma a terem um toque brasileiro, e encheu recentemente a histórica Sala de Concertos de Xangai. De acordo com a agência EFE, o duo sino-brasileiro é cada

DUPLA SINO-BRASILEIRA FAZ SUCESSO EM XANGAI

Olha que coisa mais lindaFiló e Jasmine Chen juntaram-se para ajudar o público chinês a conhecer a bossa nova. O ouvido está rendido mas a maioria ainda não associa os acordes à origem da Garota do Ipanema

vez mais conhecido na China, no entanto o estilo não costuma ser associado ao Brasil.

“Aqui na China ouve-se muita música brasileira em locais públi-cos, em restaurantes e bares, mas as pessoas não identificam a origem. Este é o desafio que temos”, ex-plicou Joel Sampaio, cônsul-geral adjunto do Brasil em Xangai. É a embaixada brasileira que promove o espectáculo do duo.

O ritmo está a ganhar espaço nas grandes cidades chinesas, por meio da voz de artistas famosas artistas como a sino-japonesa Lisa Ono, que canta bossa e samba em português. A ideia começou no ano passado na Expo de Xangai 2010, onde vários músicos brasileiros interpretaram músicas suas com letras em mandarim. Filó era um deles e voltou à China para colabo-rar com a intérprete Jasmine, que tem vindo a traduzir canções de

artistas consagrados no Brasil nos últimos três anos.

“No princípio é difícil (a adap-tação) porque o ritmo da música brasileira é mais complicado do que o da chinesa e, em cada canção, tenho de ver quantos caracteres chineses posso colocar em cada frase para que tudo encaixe com a melodia original”, explicou a artista, cujo nome real é Chen Yinxi. “Demorei algum tempo para encontrar a maneira correcta”, revelou.

A cantora aprendeu a manter o significado das canções nas novas letras que adaptava para o mandarim. “Embora as pessoas estejam a começar a compreender o significado da palavra ‘bossa nova’, e conheçam artistas como Lisa Ono que é de escuta fácil e tem um estilo muito bonito, provavelmente não sabem de onde vem o estilo, nem qual é sua história, não sabem que vem do Brasil”, afirmou Jasmine.

Na opinião da cantora, é mais fácil que este tipo de música seja

entendido e aceite pelo público chi-nês do que outros géneros de jazz e pop ocidental, já que na música brasileira “a linha melódica é sem-pre muito bonita, e o ritmo é fácil de acompanhar”. “Actualmente tenho bem presente na minha ca-beça e no meu coração a ideia de dar continuidade a este trabalho, e espero fazê-lo em Pequim, em Hong Kong, em Macau”, disse Filó.

Dos concertos em Xangai o músico destaca a boa energia do público, que canta as canções e deixa-se levar pela música, apesar de assistir às apresentações sentado, seguindo o costume chinês. “En-contros e Despedidas”, de Milton Nascimento, ”Segredos do Mar”, de Filó Machado e Judith de Souza, e clássicos como “Garota de Ipane-ma”, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, surpreenderam o público quando os escutaram no seu próprio idioma, e também em português.

“Ainda estou muito comovido, é muito emocionante”, conta o músico. “Quando tocamos pela primeira vez “Segredos do Mar” em mandarim, chorei durante toda a música”, confessou.

MACHU PICCHU EM IMAGENS NA TORRE DE MACAUInaugura no próximo dia 28 de Julho, às 18h, a exposição fotográfica “The Lost City of Incas”. Até 12 de Agosto o público poderá ver imagens de uma das sete maravilhas do mundo moderno e património cultural da humanidade, actualmente visitado por cerca de 700 mil turistas anualmente. A iniciativa do Consulado Geral do Peru em Hong Kong e Macau, promovida pela Associação de Macau para a Promoção de Intercâmbio entre Ásia-Pacífico e América Latina (MAPEAL), chega à RAEM a propósito do centenário da descoberta de Machu Picchu pelo arqueólogo norte-americano Hiram Bingham, em Julho de 1911.


12www.hojemacau.com.mo ÍCONESDO DESPORTO

PORTUGUêS

Quem é Tiago Monteiro? Palmarés

1997 – Campeão B e rookie do ano Porsche Carrera Cup

2005 – Jordan - Melhor classificação de um português na Fórmula 1, primeiro estreante a concluir 16 provas consecutivas e rookie do ano GP Nahrain 10.º GP Canadá 10.º GP EUA 3.º GP Bélgica 8.º

2006 – Midland GP Hungria 9.º

• Nome completo Tiago Vagaroso da Costa Monteiro

• Modalidade Piloto de automóveis

• Data de nascimento 24 de Julho de 1976

• Naturalidade Porto

• Nacionalidade Portuguesa

• Peso 64 kg

• Altura 1,74 m


NO mês que comemora 35 anos, Tiago Monteiro falou ao Hoje Macau. Relembrou os tempos

da Fórmula 1 e o campeonato de WTCC. Promete voltar a Macau em Novembro para fazer melhor que o terceiro lugar do ano passado. Admira Armstrong, Senna e Prost e sente-se com muita vontade para continuar por mais anos.É até hoje o melhor português que passou pela Fórmula 1, conquistando, apesar das contingências da corrida, um 3.º lugar no Grande Prémio dos Estados Unidos. O que sentiu nesse dia?Foi um dia muito especial. Sem dúvida uma dos melhores dias da minha carreira. Apesar de a corrida ter sido atípica, a realidade é que eu estava lá, não tinha razões para não estar e fiz o meu trabalho. Foi muito gratificante.Correu pela Jordan e pela Midland, até que em 2007 não conseguiu nenhuma equipa para competir na Fórmula 1. O que faltou para continuar ao mais alto nível?Faltou essencialmente uma estrutura competitiva onde eu pudesse estar. A ideia seria evoluir dentro da F1, se já não havia espaço para isso, então a decisão correcta foi sair e entrar num campeonato em que continuo a evoluir enquanto piloto.Depois da Fórmula 1 ingressa no campeonato WTCC pela Seat Sport, onde ainda permanece. Como é correr com carros de turismo? Nunca tentou outro tipo de segmentos como o GT?O WTCC é uma campeonato extremamente competitivo e disputado. É um enorme prazer fazer estas corridas. Ainda não surgiu a hipótese de fazer corridas de GT, mas não descarto nada. O futuro dirá.Tiago Vagaroso da Costa Monteiro. Uma provocação, se me permite. De vagaroso nada tem... Como surgiu esta paixão pelo volante e pelos carros?(Risos) Veio através do meu pai, que fazia algumas corridas em França na Porsche. Houve um dia que decidi experimentar e daí em diante não quis mais nada.Já esteve em Macau por diversas vezes, competindo em F3 e em WTCC. Nesta última edição chegou a ficar em 3.º lugar. Qual o significado dessa conquista?Todos os bons resultados são importantes. O circuito de Macau

Entrevista | Tiago Monteiro, 34 anos, piloto

“O circuito de Macau éum dos meus preferidos”

é um dos meus preferidos logo ser bem sucedido trás uma sabor ainda mais especial.O que acha do circuito da Guia, em Macau?É uma pista que gosto bastante que é muito desafiadora e que requer bastante de nós pilotos. É um circuito que faz parte da história. É um prazer correr lá.É para voltar para o ano?Espero que sim…Quais são os seus ídolos do desporto?Não tenho propriamente ídolos mas gosto da dedicação trabalho esforço, como o Lance Armstrong, Senna, Prost.Quem é o Tiago Monteiro como pessoa e fora do desporto e o que faz nos seus dias quando não treina ou compete?O meu dia-a-dia é muito, mas muito preenchido. Se não estou em competição, estou com a minha equipa na GP2 ou a tratar de assuntos relacionados com as corridas, quer sejam acções com sponsors, entrevistas, comentários na F1, etc. No entanto, procuro sempre ter tempo para a minha família, em particular para os meus filhos. Todo o tempo livre é para eles.Já esteve em Macau por diversas vezes. O que acha da cidade?Gosto muito! Adoro o ambiente, as luzes, a animação!E o futuro? O Tiago está quase a chegar aos 35 anos. Quais são as suas metas para os próximos anos?Sei que ainda tenho muitos anos de carreira pela frente.Vê-se como uma embaixador do desporto português, ao nível de Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernando Mamede, Luís Figo ou Eusébio?Nunca pensei nisso. Mas gosto de ser uma referência para os mais novos.Uma palavra à comunidade portuguesa de Macau...Um abraço a todos e um obrigada especial pelo apoio de sempre.

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[ ] CinemaCineteatro | PUB

[f]utilidadesSEGUNDA-FEIRA 11.7.2011www.hojemacau.com.mo

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HBO 4113:00 Salt14:45 Cirque Du Freak16:35 The Master Of Disguise18:00 Wuthering Heights19:30 The Ladies Man21:00 Joe’S Palace22:50 Eastbound & Down23:20 Stephen King’S Thinner00:50 Sliver

CINEMAX 4212:45 Tripwire14:15 Shaft16:00 Hud18:00 Frankenstein Meets The Wolf Man19:30 Hollywood Buzz20:15 Epad On Max 11820:30 Takedown22:00 Interzone23:35 Beneath

MGM 4312:45 A Home of Our Own14:30 Dr. Heckyl and Mr. Hype16:15 Eye of the Tiger17:45 Trade-Off19:30 I’m Gonna Git You Sucka21:00 Carry Me Home22:45 Fascination00:30 Babes in Toyland

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(MCTV 52) Animal Planet22:00 PIT BULLS AND PAROLEES

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AXN 6212:15 Csi: Crime Scene Investigation13:05 House14:00 Wipeout14:55 Numb3Rs 15:45 Csi: Crime Scene Investigation16:35 Hawaii Five-O17:30 So You Think You Can Dance20:10 Top Chef21:05 Chuck22:00 Leverage22:55 Blue Bloods23:50 Chuck00:45 Blue Bloods

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Su doku

[ ] Cru

zadas

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1-URAU. FRITIR. 2-CURADO. MEMI. 3-AÇO. ELA. ABS. 4-SO. TRIPO. IA. 5-S. VERSADOR. 6-ECANO. NOPAL. 7-TOICEIRA. I. 8-HO. SARCO. CM. 9-ANA. RIA. AAP. LILA. CROSSA. 11-LOIOLA. CAIM.VERTICAIS: 1-UCASSE. HALL. 2-RUÇO. CTONIO. 3-ARO. VAO. ALI. 4-AU. TENIS. AO. 5-DERROCAR. L. 6-FOLIS ERICA. 7-R. APANICAR. 8-IM. ODORO. OC. 9-TEA. OPA. ASA. 10-IMBIRA. CASI. 11-RISA. LIMPAM.

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-Espécie de soda. Cozinhar com azeite. 2-Livre de sortilégios, mordeduras venenosas, facadas. Prefixo metade. 3-Lâmina de arma branca. Feminino de ele. Sistema antibloqueio das rodas. 4-Elemento de origem latina que significa debaixo ou sob. Espécie de tripeça. Para fazer andar as cavalgaduras. 5-Versejador. 6-Género de insectos coleópteros. Nome dos cactos que se empregam na criação da cochinilha. 7-Pé de uma planta, com raízes. 8-Associação ou confraria cristã na Índia. Elemento de origem grega que significa carne ou polpa. 900, em romano. 9-Antiga moeda inglesa. Braço de rio. Associação dos Arquitectos Portugueses. 10-Espécie de tecido antigo, fabrica em Lile. Parte recurva da aorta. 11-Hipócrita. Homem mau.

VERTICAIS: 1-Decreto do imperador da Rússia. Entrada de um apartamento. 2-Que tem cabelos brancos e pretos. Ctoniano. 3-Subúrbios de cidade. Destituído de talento ou de aptidões. Naquele lugar. 4-Uma. Desporto com raquetas. Contracção de preposição a e do artigo o. 5-Derribar. 6-Moeda de cobre. Erice. 7-Agasalhar com carinho. 8-Espressão de ironia. Que cheira bem. Língua românica. 9-Teia. Bebediera. Membro que serve as aves para voarem. 10-Embira. Quase. 11-Espécie de taficira. Asseam, varrem.

SALA 1TRANSFORMERS [B] Um filme de: Michael BayCom: Shia LaBeouf, Markiss McFadden, Rosie Huntington-Whiteley14.00, 16.45, 19.30, 22.15

SALA 2SOMETHING BORROWED [B] Um filme de: Luke GreenfieldCom: Kate Hudson, Ginnifer Goodwin14.30, 16.30, 19.30, 21.30

SALA 2GREEN LANTERN [B] Um filme de: Martin CampbellCom: Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard14.30, 19.30

SALA 3X-MEN FIRST CLASS [B] Um filme de: Matthew VaughnCom: Michael Fassbender, James McAvoy16.30, 21.30

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14

OPINIÃO SEGUNDA-FEIRA 11.7.2011


Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Vanessa Amaro Redacção Filipa Queiroz; Gonçalo Lobo Pinheiro; Joana Freitas; Patrícia Ferreira, Rodrigo de Matos; Virginia Leung Colaboradores António Falcão; Carlos Picassinos; José Manuel Simões; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Correia Marques; Gilberto Lopes; Hélder Fernando; João Miguel Barros, Jorge Rodrigues Simão; José I. Duarte, José Pereira Coutinho, Luís Sá Cunha, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; António Mil-Homens; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Laurentina Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Av. Dr. Rodrigo Rodrigues nº 600 E, Centro Comercial First Nacional, 14º andar, Sala 1407 – Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

Gonçalo Alvim*[email protected]

AS PESSOAS têm normalmente um sentido económico na ocupação do seu tempo, não fazendo mais quando, fazendo menos, con-seguem obter praticamente os mesmos resul-tados. Em linguagem vulgar, não gostam de “perder tempo”, embora na realidade nunca o “percam” ou “ganhem” – apenas o ocupam de uma maneira diferente.

Lembro-me de umas aulas da cadeira de Engenharia e Gestão de Tráfego onde foram desenvolvidos os princípios gerais de intervenção na circulação urbana. Dizia-nos o Professor, com base em observações empíricas dos entendidos na matéria que, na generalida-de dos casos, 10% dos condutores cumprem sempre todas as regras de trânsito, ainda que estas tenham muitas falhas; outros 10% incumprem sempre que podem, sobrepondo a tudo e todos os seus interesses imediatos; e que os restantes 80% cumprem quando as regras são claras e justas e tendem a incumprir quando não as entendem como razoáveis ou lhes dificultam muito a vida.

Dou um exemplo prático, para se perce-ber: se às 4h00 da manhã um sinal de trânsito permanece com a luz encarnada durante 2 minutos ou mais, sem carros ou perigo apa-rente, apenas é seguro que 10% dos condutores vão ficar parados à espera. Dos restantes, 10% passam sem esperar e 80% vão esperar um pouco e depois, embora com variações, começam a avançar. Se lhes perguntarmos porque estão a fazê-lo dirão que não estão para “perder tempo”.

Evidentemente, esta regra das percenta-gens não será tão geral assim. Porventura aplicar-se-á na Europa, ou apenas em Portu-gal, mas os povos e os hábitos de condução variam bastante. Em muitos lugares da Ásia, por exemplo, é possível que a percentagem dos que cumprem sempre desça aos 5%; que a dos que incumprem regularmente suba aos 50%; e que a dos que se situam entre os dois extremos se fique nos 45%, embora com grande pendor para incumprirem quando se atinja o baixo ponto em que a sua paciência se esgota.

Mas não eram as percentagens que impor-tava retermos, explicou-nos o Professor. O que era preciso termos a noção é que iríamos ter de contar com o grau de cumprimento das regras por parte dos utilizadores quando de-senvolvêssemos as soluções de engenharia de tráfego, de forma a aumentarmos a segurança de todos e evitarmos o hábito do incumpri-mento, tendência que depois é custoso inverter.

No exemplo apresentado dos sinais lumi-

Folha Solta

Posso Passar, V. Exa. sEnhor Condutor?

Atravessar uma rua em Macau é perigoso, ainda que o peão tenha a lei do seu lado. De facto, mesmo quando a travessia é feita numa passadeira claramente visível, o peão tem de avançar com cuidado, para não ser abalroado por condutores zelosos do valor do “seu tempo” e vaidosos com os atributos especiais da sua máquina. É a Lei da Selva, onde o mais fraco tem de aprender a respeitar o mais forte

Quando se fazem vias de automóveis largas e contínuas em zonas residências e se acres-centam umas passagens aéreas para os peões – tirando-lhes a prioridade e dificultando-lhes a vida – está-se a aumentar a probabilidade de os “alienados” passarem por ali a grande velocidade. E, mesmo quando se opta por passadeiras – que por cá não vão além de umas riscas pintadas no chão – elas não se revelam suficientes para deter os condutores, a quem podemos designar em Macau de “reis da selva”.

Dou um exemplo concreto para se perceber o problema: a zona residencial dos “Ocean Gardens”, na Taipa. Apesar de haver uma via de circulação rápida que passa em volta e que poderia perfeitamente fazer todo o escoamento de veículos, atravessa os Ocean’s uma estrada larga – a Av. Jardins do Oceano – com duas a três vias em cada sentido e duas passagens aéreas acessíveis aos peões – com um afastamento entre si de cerca de 500m. Estas travessias não têm escadas rolantes nem elevador e a altura a vencer corresponde a um segundo andar. Passadeiras nesta avenida não há, sinais de trânsito muito menos.

Evidentemente, esta solução viária numa zona residencial é um contra-senso, confir-mado pelo facto de praticamente ninguém atravessar as passagens aéreas – preferindo antes correr um pouco e saltar os canteiros. Portanto, aproximadamente 100% de incum-primento por parte dos peões – o que ao nível da Gestão de Tráfego deveria pressupor um erro crasso na solução urbana e uma urgência de intervenção imediata.

Nesta avenida ouvem-se com regularidade buzinadelas dos condutores por verem, 100m à sua frente, “intrépidos” peões-corredores que resolvem passar nos seus domínios com a simples desculpa de quererem ir comprar leite ao supermercado ou levantar alguma encomenda aos correios. Ainda recentemente assisti a uma senhora de idade que, por não ter a agilidade nas pernas de uma gazela, ficou a meio metro de entregar a alma ao criador. E era tão potente o cláxon da viatura que eu fiquei em cuidados com a resistência do coração da senhora.

E agora a pergunta: a culpa de tudo isto é dos peões ou dos condutores?

Se excluirmos a civilidade das atitudes, direi que nem de uns nem de outros. É de quem, nas suas fantasias modernistas, perdeu a escala do que deve ser uma cidade. E desde aí, de quem nada fez para alterar a burrice.

*Arquitecto Paisagista, Mestre em Engenharia Urbana

nosos, há claramente uma falha no sistema que leva ao incumprimento dos condutores. Sem querer desenvolver muito a matéria, que não é isso que se pretende, refiro apenas que, nesse caso, os tempos de sinalização poderiam ser alterados durante a noite – diminuindo-se – ou poderia optar-se por uma solução mais “inteligente” de detecção de veículos, abrindo o sinal verde quando na via perpendicular não se aproximassem viaturas. E assim se evitaria o incumprimento generalizado, de certa forma justificável, e evitava-se que crescesse o hábito de incumprir.

Evidentemente, um sistema de tráfego urbano 100% seguro é impossível de obter ou tornar-se-ia demasiado dispendioso para os benefícios que traria. Porque desde logo haverá que contar com aquela percentagem mínima de pessoas que nunca cumpre nada, sendo escusado despender demasiados recur-sos públicos com o objectivo de lhes tornar impossível deixar de cumprir seja o que for. Por exemplo, se no meio de uma rua está de-senhado um duplo traço contínuo e se, mesmo assim, há um ou outro condutor que aí fazem inversão de marcha, não se vai por isso propor um muro a meio da estrada para impedir a manobra. Para esses casos de incumprimento compulsivo deixa-se que a polícia actue, de preferência com mão firme, e preocupamo--nos sobretudo em perceber as razões que justificam demasiados incumprimentos em

E de quem é a culpa desta selva em que se vive? Se o condutor não pára na passadei-ra, a culpa é toda sua? Se o peão não passa exactamente no lugar que lhe foi destinado, a culpa é dele? Estas questões são mais difíceis de responder do que parecem à primeira vista.

Nas vias urbanas há dois elementos prin-cipais com que temos de contar ao nível das soluções a propor: o veículo e o peão. Estes dois elementos não são compatíveis e têm de haver o que podemos designar de “negocia-ções”. Há as vias para os veículos e os passeios para os peões. E, entre outras variações que são mais excepção que regra, há as travessias pedonais das vias, sendo sobretudo aqui que tudo se joga.

Mas para isso têm de se definir prioridades. Uma cidade segura tem de estabelecer as suas hierarquias ao nível dos dois elementos em “conflito”, e isso tem de ser claro para uns e outros. Nos dois extremos do zonamento temos as vias rápidas, onde a prioridade deve ser dada aos veículos, e as zonas residenciais, onde a prioridade deve ser dada aos peões. E assim os peões hão-de ter mais dificuldades nas vias rápidas e os veículos nas residenciais. Mas não há outra forma viável de resolver a questão.

Evidentemente o veículo é importante para o transporte rápido de passageiros entre dois pontos, mas o peão não polui, não faz ruído, não constitui um perigo, caminha pelas ruas

certas situações, seja porque as regras não são justas, porque não são compreensíveis ou porque não dão alternativas razoáveis.

Vem tudo isto a propósito das travessias pedonais em Macau.

Atravessar uma rua em Macau é perigoso, ainda que o peão tenha a lei do seu lado. De facto, mesmo quando a travessia é feita numa passadeira claramente visível, o peão tem de avançar com cuidado, para não ser abalroado por condutores zelosos do valor do “seu tem-po” e vaidosos com os atributos especiais da sua máquina. É a Lei da Selva, onde o mais fraco tem de aprender a respeitar o mais forte.

e com isso fomenta o comércio e, de uma forma geral, dá vida a uma cidade. E esta é talvez a grande diferença, ao nível da gestão de prioridades, entre o veículo e o peão: o peão vive a cidade e a cidade vive com ele; o veículo passa pela cidade como uma entidade autista, desligada, que só importuna a vida na cidade. A sua utilidade reside apenas no facto de transportar peões – os elementos verdadeiramente importantes – do ponto A ao ponto B.

O problema em Macau – nomeadamente nas zonas mais recentes – é que a prioridade foi dada, quase em exclusividade, aos veículos.

SEGUNDA-FEIRA 11.7.2011www.hojemacau.com.mocar toon

por Steff

PORTUGAL 39%DOS IDOSOS VÍTIMASDE VIOLÊNCIAAs Nações Unidas colocaram Portugal na lista negra dos países que pior tratam dos seus idosos, com 39% dos mais velhos vítimas de violência. Segundo o Relatório de Prevenção contra os Maus Tratos a Idosos, da Organização Mundial de Saúde, o país tem 39,4% de idosos vítimas de abusos. Os dados mostram ainda que 32,9% são vítimas de abusos psicológicos, 16,5% de extorsão, 12,8% de violação dos seus direitos, 9,9% de negligência, 3,6% de abusos sexuais e 2,8% de abusos físicos. Dos 53 países europeus analisados pelo relatório, Portugal surge entre os cinco piores no tratamento aos mais velhos, juntamente com a Sérvia, Áustria, Israel e República da Macedónia.

RÚSSIA NAUFRÁGIO DEIXA 96 DESAPARECIDOSUm barco com 170 pessoas a bordo afundou-se no rio Volga, na Rússia. Dois corpos foram recuperados e 96 pessoas estão dadas como desaparecidas depois do naufrágio do barco de cruzeiro Bulgaria na região de Tatarstan, afirmou à Reuters a porta-voz do ministério. A embarcação afundou ontem pelas 13h58 (hora de Moscovo) perto da vila de Siukeievo.

JAPÃO NOVO SISMO DE 7,3Um sismo de 7,3 na escala de Richter atingiu ontem a costa Nordeste do Japão, no oceano Pacífico. As autoridades chegaram a accionar um alerta de tsunami que, entretanto, já foi levantado. A Agência japonesa de Meteorologia afirma que o sismo ocorreu às 9h57. O Serviço Geológico norte-americano avança que o epicentro se situou a 18 quilómetros de profundidade, no oceano Pacífico, e a uma distância de 400 quilómetros de Tóquio e 250 quilómetros de Fukushima. Foi registada uma vaga de dez centímetros no porto de Ofunato, na província de Iwate, e no porto de Soma, província de Fukushima e as pessoas foram aconselhadas a procurar abrigo em zonas mais elevadas, por medida de segurança.

PROTESTOSNA MALÁSIA

BRASIL CADA VEZ MAIS PORTUGUESES PRESOSO número de portugueses detidos nas prisões brasileiras aumentou 41,8% entre Dezembro de 2008 e o mesmo mês de 2010, segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça do Brasil. Em dezembro do ano passado, estavam presos no Brasil 95 cidadãos portugueses. Dois anos antes, eram 67. Os presos do sexo masculino impulsionaram este aumento. O número de homens de nacionalidade portuguesa presos naquele país cresceu 66,7% em dois anos, passando de 48 para 80. Já o número de mulheres caiu de 19 para 15.

MALÁSIA PROTESTOS ACABAM EM VIOLÊNCIAAs forças de segurança carregaram no sábado sobre milhares de manifestantes na capital da Malásia, Kuala Lumpur, com gás lacrimogéneo e fazendo mais de 1600 detenções depois de as multidões terem passado os bloqueios de estrada num sonoro protesto contra as demoras do Governo, liderado por Najib Razak, em encetar reformas eleitorais no país. Mais de uma dezena de manifestantes ficou ferida, mas sem gravidade apesar da actuação da polícia que testemunhas e observadores independentes descrevem como tendo sido excessiva.

SUDÃO DO SUL MAISUM PAÍS NO MAPADesde as 0h de sábado, o Sudão do Sul é oficialmente independente. Milhares de pessoas celebraram na capital Juba o nascimento da nova nação africana. Nas ruas, e apesar das cerimónias oficiais serem marcadas pela sobriedade, milhares de cidadãos celebraram o içar da bandeira nacional, cantando, dançando e buzinando. O Sudão do Sul torna-se a mais jovem nação do globo após o referendo que no início do ano ditou a partição do Sudão, à data o maior país de África - o título passa agora para a Argélia. Com 8 a 12 milhões de habitantes (as contas são particularmente difíceis de fazer dada a mobilidade dos refugiados), o novo território tem uma área semelhante à da Península Ibérica, numa zona tropical, sem acesso ao mar, entre o Sudão, a Etiópia, a República Centro-Africana, o Uganda e o Quénia. É atravessado pelo Nilo.

Ávila vence segunda corrida da Taça Porsche Carrera

Depois da gravilha, o ouroGonçalo Lobo [email protected]

RODOLFO Ávila venceu a segunda corrida do pro-grama da Taça Porsche Carrera Ásia disputada

este fim-de-semana no Circuito Internacional de Ordos, na China. Depois de no sábado ter consegui-do um segundo lugar, o domingo trouxe ao piloto português de Macau o tão desejado primeiro lugar do pódio, colocando-o a liderar o campeonato ao fim de seis corridas.

O fim-de-semana não começou da melhor forma para o piloto do Team Jebsen. Depois de uma qua-lificação que não estava nos seus planos - foi apenas o quarto mais rápido -, Rodolfo Ávila encarou a

corrida para almejar o pódio mas um erro na primeira volta atirou o piloto para o nono posto. “Depois da visita à gravilha, tentei recuperar o tempo e os lugares perdidos e dei o meu máximo, esperando que alguém cometesse um erro na frente da corrida”, referiu Ávila em nota de imprensa.

Contudo não desistiu. A sua recuperação aliada ao desentendi-mento dos dois primeiros classifi-cados na última volta, permitiram a Rodolfo ficar no segundo lugar. “Foi com alguma surpresa que cheguei à chicane na última volta e encontrei dois carros parados”, disse.

No domingo, partindo da segunda posição, Rodolfo Ávila esteve imparável na Mongólia Interior. Ao fim da primeira volta o Porsche 911 GT3 Cup nº 20 do

Team Jebsen já era dono na cabeça da corrida. Depois foi só controlar a vantagem até conquistar a sua primeira vitória com as cores do Team Jebsen. “Sabia que poderia vencer, mas também sabia que tinha que ultrapassar o Keita (Sawa) rapidamente, caso con-trário, ficaria atrás dele a prova toda. Fiz uma boa partida e na última curva da primeira volta ultrapassei-o. Depois foi só gerir a posição”, finalizou Ávila.

Ao fim de seis corridas, e quan-do faltam apenas realizar mais cinco, Ávila lidera o campeonato com um ponto de vantagem sobre o segundo classificado. A próxima prova da Taça Porsche Carrera Ásia será disputada no último fim-de--semana de Agosto em Sepang, na Malásia.

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Hoje Macau 11 JUL 2011 #2407