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AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ QUARTA-FEIRA 22 DE MAIO DE 2013 ANO XII Nº 2855 PUB TIAGO ALCÂNTARA VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS) Ter para ler MOP$10 TROVOADAS MIN 25 MAX 29 HUM 80-98% EURO 10.0 BAHT 0.2 YUAN 1.2 PUB PUB • património Deputados pedem castigos para quem não proteger página 4 • excesso de visitantes Infra-estruturas em número reduzido, diz especialista página 5 • gastronomia macaense Um mês para degustar iguarias no Four Seasons página 6 Bilinguismo AUMENTA cooperação página 5 Governo diz nim a falência de uma das maiores empresas chinesas centrais SUNTECH Os deputados consideram que a situação pode ge- rar conflitos na sociedade, em desfavor dos jovens locais. “Ao longo dos 14 anos que se seguiram ao estabelecimento da RAEM, ainda há quem apregoe que em Macau faltam talentos?”, questiona Kwan, considerando que o Governo é “desleixado”. O democrata Ng Kuok Cheong defende mesmo que o Executivo se deve preocupar numa “verdadeira diversificação das indústrias no território” e em “investir mais nos recursos locais”. O Gabinete do Estudo de Política não assume que os estudantes continentais possam vir a ter BIR, mas também não refere o contrário. página 3 AL preocupada com estudantes do exterior no mercado de trabalho local

Hoje Macau 22 MAI 2013 #2855

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Edição do jornal Hoje Macau N.º 2855 de 22 de Maio de 2013

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Page 1: Hoje  Macau 22 MAI 2013  #2855

AgênciA comerciAl Pico • 28721006 D irector carlos morais josé • quarta-feira 22 de maio de 2013 • Ano Xii • nº 2855

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Venham mais cinco (séculos)

Ter para lermop$10

trovoadas min 25 max 29 hum 80-98% • euro 10.0 baht 0.2 yuan 1.2

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• património

Deputados pedem castigos paraquem não proteger

página 4

• excesso de visitantes

Infra-estruturas em número reduzido, diz especialista

página 5

• gastronomia macaense

Um mês para degustar iguarias no Four Seasons

página 6

Bilinguismo

aumenta cooperação

página 5

Governodiz nim

a falência de uma das maiores empresas chinesas centraissunTech

Os deputados consideram que a situação pode ge-rar conflitos na sociedade, em desfavor dos jovens locais. “Ao longo dos 14 anos que se seguiram ao estabelecimento da RAEM, ainda há quem apregoe que em Macau faltam talentos?”, questiona Kwan, considerando que o Governo é “desleixado”. O democrata Ng Kuok Cheong defende mesmo que o Executivo se deve preocupar numa “verdadeira diversificação das indústrias no território” e em “investir mais nos recursos locais”. O Gabinete do Estudo de Política não assume que os estudantes continentais possam vir a ter BIR, mas também não refere o contrário. página 3

al preocupada com estudantes do exterior no mercado de trabalho local

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quarta-feira 22.5.2013política2 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

Tsui Wai Kwan aprovei-tou ontem o período de antes da ordem do dia no plenário da Assembleia

Legislativa (AL) para apontar o dedo ao colega de hemiciclo, Au Kam san. Tsui Wai Kwan acusa o deputado democrata de ter induzi-do a população em erro.

indirectamente, e sem mencio-nar o nome do colega, o deputado nomeado pelo Chefe do Executivo criticou o que Au Kam san disse aquando da aprovação da lei que aumentou os salários dos funcio-nários públicos sem retroactivos e ainda o que mencionou na análise da lei obre a protecção de Coloa-ne enquanto “reserva ecológica” verde. “um deputado revelou que os funcionários públicos perderam 7,7% do poder de compra desde a reunificação, argumento este que

As recentes inundações de que Macau tem sido

alvo foram novamente mo-tivo de críticas, desta vez pela parte dos deputados. Ontem, antes do período da ordem do dia no plenário da Assembleia Legislativa (AL), seis membros do he-miciclo apontaram o dedo ao Executivo, criticando o facto de este “não conseguir resolver o problema” e de os serviços públicos andarem a descartar responsabilidades de uns para os outros.

Ho ion sang, Ho iat seng, Kou Hoi in, Cheang Chi Keong, Fong Chi Keong e Chan Meng Kam juntaram esforços e falaram todos do mesmo assunto. “Verifica-se que as obras com as quais se gastou muito dinheiro e recursos públicos não conseguem ainda resolver o problema das inundações”, atirou o primeiro. “Todos os anos, na época das chuvas e tufões, as zonas onde as inundações são normais não deixam de ser afectadas e as zonas na Taipa onde anterior-mente não havia inundações, são agora pontos negros.”

AngELA Leong suge-riu ontem ao Execu-

tivo que seja aumentado o número de profissionais do sector psicológico e de apoio social. O pedido chega depois da deputada ter analisado o relatório de actividades da Direcção dos serviços de saúde de 2011 e ter ficado insatisfeita. “Estes serviços dispõem de apenas dez psiquiatras e, além dis-so, o número de psiquiatras e psicólogos em serviço mas instituições comunitárias de prestação de cuidados de saúde contam-se pelos dedos de uma mão”, atirou Angela Leong.

Durante o período antes

AL Tsui Wai Kwan diz que Au Kam San cria conflitos entre população e Governo

Democrata acusado de mentir

Inundações Deputados afirmam que departamentos do Governo andam a empurrar responsabilidades

Cada um por siSaúde AL pede mais psicólogos e assistentes sociais em Macau

“serviços de saúde só têm dez psiquiatras”

estar contra as intervenções exter-nas. “isto mostra que o deputado seleccionou intencionalmente as informações do dirigente.”

ConFLItoS IntenCIonAISTsui Wai Kwan recorda que as pa-lavras dos deputados no hemiciclo estão protegidas face às responsa-bilidades legais e acusa o colega da via directa de se aproveitar dessa situação. “Os deputados devem as-sumir que as suas palavras têm que ser proferidas com base em factos reais, para evitar que a população seja induzida em erro.”

O deputado nomeado diz que o colega da bancada democrata “avivou intencionalmente assuntos injustos e acusou o governo de pequenos lapsos, com vista a obter um confronto entre população e Executivo”. Tsui Wai Kwan acusa Au Kam san de ser mentiroso, já que diz que ouviu palavras que não correspondem à realidade”.

se baseia em ignorar a deflação de Macau em alguns anos do mesmo período”, atirou Tsui Wai Kwan. “Esse argumento pode levar o pú-blico a acreditar que isso é verdade e também prejudicar a moral dos funcionários públicos .”

O deputado diz ainda que, quan-to à conservação de Coloane - onde Au Kam san evocou o discurso do presidente chinês Xi Jinping sobre o local ser uma reserva ecológica para evitar a concessão de terrenos - “o colega difamou Macau junto

do exterior, devido à postura seme-lhante à apresentação de uma queixa e introduziu o mundo exterior [o presidente chinês] na resolução dos assuntos de Macau.” isto, porque, explica Tsui Wai Kwan, Xi Jinping também disse que Macau devia

Os colegas do deputado concordam todos com este ponto, mas mais ainda, todos os deputados que levaram a questão das inundações ao hemiciclo levantam o mesmo problema: “Ficou demonstrado que os serviços actuam cada um à sua manei-ra”, acusou um. “Em relação às razões que motivaram as inundações, cada entidade teve a sua interpretação e tentaram ‘chutar’ a respon-sabilidade de uns para os outros”, atiram os outros.

A fuga às responsabilida-des e a falta de explicações do governo para as inunda-ções levaram os deputados a pedir que seja criado um mecanismo que resolva,

de uma vez por todas, o problema das inundações. Até porque Macau vai es-tar sob chuvas intensas e tufões durante os próximos meses. “Há que criar um mecanismo de cooperação inter-serviços, mas têm de se dar respostas eficazes para resolver o problema”, pediu Kou Hoi in, que falava em nome de Ho iat seng, Cheang Chi Keong e Fong Chi Keong. “solicitamos ao governo que avance desde já com um estudo conjunto sobre as razões das graves inundações.”

Os deputados recordam ainda que, na zona da Taipa, o entupimento dos esgotos podem dever-se às obras públicas que têm sido feitas e relembram também as inundações nos novos edi-fícios de habitação pública. “As pessoas questionam se, na altura da concepção, o governo não teve em conta as inundações ou se errou na forma de concepção”, reitera Ho ion sang.

Os deputados esperam agora para ver como vai o go-verno resolver a questão. - J.F.

da ordem do dia, no plenário da Assembleia Legislativa (AL), a deputada recordou recentes casos de suicídio, especialmente de estudan-tes e trabalhadores do jogo, para incentivar o governo a acelerar a formação de profissionais das áreas de psiquiatria e assistência social. “O número de do-enças do foro emocional e psiquiátrico tem vindo a subir em flecha nestes últimos anos, ao ponto de ser necessário encaminhar para o hospital, em média, um caso por semana. será que o pessoal de saúde está à altura para dar resposta a esta procura?”

A deputada considera que não e pede aperfei-çoamento da formação e o ensino de mais pessoal.

CrIMeS que AFeCtAM o pSICoLóGICoA Angela Leong juntou-se ainda Mak soi Kun. Apesar de noutro contexto, o depu-tado pediu que o Executivo “introduzisse um número suficiente de psicólogos e assistentes sociais compe-tentes”, bem como “refor-çasse o apoio psicológico junto das vítimas”.

Mak soi Kun utilizou o plenário para, através de uma interpelação, relembrar os 44 casos de crimes sexu-ais que o Ministério Público teve de tratar no ano passa-do. “Tendo em conta a popu-lação e os casos de violação entre Macau e Hong Kong, a percentagem no território é muito maior”, aponta o deputado, que assegura que este tipo de crimes sexuais afecta psicologicamente as vítimas. - J.F.

tsui Wai Kwan

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3políticaquarta-feira 22.5.2013 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

Há muitas questões por responder sobre a aceitação de estudantes do exterior no mercado

de trabalho local. Pelo menos, é o que consideram alguns deputados da Assembleia Legislativa, que ontem voltaram a falar sobre a recente polémica de estudantes universitários do exterior pode-rem trabalhar em Macau, depois de se licenciarem em instituições do território. “Qual é o objectivo e a finalidade desta política?”, questionou Kwan Tsui Hang. “É permitir que estudantes do exte-rior permaneçam e trabalhem em Macau? Ou permitir que esco-lham, livremente, a sua profissão em Macau? Ou é atribuir-lhes o estatuto de residente de Macau para que aqui permaneçam e trabalhem? Será que o objectivo desta política é resolver a falta de talentos, quadros especializados e recursos humanos em geral? Será que o objectivo é responder à falta

Cecília [email protected]

LaO Pun Lap nega que haja conclusões da con-

sulta geral sobre a política que define a possibilidade de não-residentes formados em Macau poderem ser in-corporados no mercado de trabalho. O chefe do Gabinete do Estudo de Política (GEP) foi inquirido ontem por jor-nalistas sobre a possibilidade de estes jovens poderem vir a receber Bilhete de Iden-tidade de Residente (BIR) de Macau ou Bluecard mas Lao Pun Lap explica que este organismo de consulta apenas pondera, para já, a “permanência” destes futuros profissionais, refugiando-se na fase ainda preliminar da consulta do projecto. “Atrair os estudantes não-residentes a complementar o mercado dos profissionais é uma política universal, incluin-do estender o período de permanência dos graduados a procurar emprego. Mas atenção, permanência não é igual a direito de residência, nem a obtenção de BIR”, sublinhou Lau Pun Lap.

A partir de 1 de Junho, as fracções de edifícios

em construção podem co-meçar a ser vendidas com regras novas. Os deputados aprovaram ontem, na espe-cialidade, na Assembleia Legislativa (aL), o Regime Jurídico de Promessa de Transmissão de Edifícios em Construção.

O novo diploma prevê que haja regulamentações claras no que diz respeito a um método de venda muito utilizado em Macau e considerado já tradicional na sociedade – a venda de apartamentos quando os edifícios não estão ainda concluídos. “Serve para pro-teger os legítimos direitos e interesses dos compradores e vendedores”, explicou Lau Si Io, secretário para as Obras Públicas e Transpor-tes, na apresentação da lei.

O diploma foi apresenta-do pelo Executivo e exige, por exemplo, que as fracções só possam ser vendidas após a emissão de uma licença de obra relativa a toda a cons-trução do edifício, a conclu-são das obras de fundação e das obras de estrutura da cave e os pavimentos do rés-do-chão e depois de ter sido obtida o registo

provisório de propriedade horizontal. “A venda do edifício em construção ou das fracções autónomas sem obtenção de uma au-torização prévia implica a nulidade do contrato de venda e sujeita o promotor a sanções administrativas”, explicou Lau Si Io.

Mais ou Menos satisFeitos Aprovada por todos os depu-tados, apesar de José Pereira Coutinho se ter abstido em diversos pontos, a lei deixa, no entanto, algumas dúvidas aos membros do hemiciclo. É o caso de Ung Choi Kun, que sugere que, aquando da próxima revisão da lei, haja apenas uma entidade com-petente na sua aplicação ao invés do que agora acontece – a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, o Instituto de Habitação, a Direcção dos Serviços de assuntos de Justiça (DSaJ), entre outras, estão encarregues da execução da lei.

Os deputados dividem--se ainda no que diz respeito ao contrato que a lei exige ter de ser feito entre com-prador e vendedor: enquanto uns defendem que este tem

“demasiados detalhes”, ou-tros queixam-se que deveria ter mais. Aos que dizem ser muito pormenorizado, André Cheong, director da DSaJ explica que se os con-tratos forem muito simples, não ajudam muito ao nível da transparência. “Para que haja efeitos jurídicos, é com base no contrato, que servirá como prova. São muitos os elementos necessários, pelo que o promotor pode desconhecê-los a todos. Daí que seja necessária a entrada de um advogado. É para que a venda seja feita com clareza.” andré Cheong relembrou que as assinatu-ras dos contratos terão de ser feitas na presença de um notário e que será com base neste documento que eventuais conflitos possam ser resolvidos.

No ar, foi deixada a sugestão da revisão da lei um ano depois desta entre-gar em vigor – Kwan Tsui Hang foi quem fez o pedido em nome dos deputados. Para registo, os deputados deixaram ainda queixas de que faltam limar pormeno-res como a fiscalização. O diploma prevê que a venda dos imóveis seja limitada a 70% do valor da venda. - J.F.

Trabalho Deputados assustados com política de aceitação de estudantes do exterior no mercado local

Cria conflitos, dizem eles

Gabinete do estudo de Política não assume a possibilidade dos estudantes poderem vir a ter BiR

Permanência não significa residência

edifícios em construção novo regimeaprovado na aL entra em vigor em Junho

Regras para a tradição

RAEM, ainda há quem apregoe que em Macau faltam talentos?” A deputada tem sido uma das mais acérrimas defensoras contra esta política e diz preferir que o Gover-no forma alunos locais para o tipo de recursos humanos necessários. “Como é que vai ser possível per-mitir que todos os estudantes que frequentam estabelecimentos de ensino superior em Macau perma-neçam, trabalhem e desenvolvam aqui a sua profissão? Ou isso será limitado aos estudantes excelentes e com cursos específicos?”

Sem que responsáveis do Executivo estivessem presentes, as respostas ficaram por dar. Ng Kuok Cheong deixou, por isso, uma sugestão: a de que, antes de avançar com a autorização de os estudantes estrangeiros poderem trabalhar em Macau, o Governo deve, no âmbito da cooperação com Guangdong, criar uma “verda-deira diversificação das indústrias no território” e “investir mais nos recursos locais”. Isto, de forma a que se percebe que tipo de recursos humanos se precisam no futuro.

de população jovem, decorrente do envelhecimento da nossa po-pulação? Será que o objectivo é resolver a falta de estudantes do exterior nas instituições de ensino superior locais?”

as questões sobre a política – que foi anunciada pelo próprio Chefe do Executivo -, marcaram o plenário, com alguns deputados a sugerirem mesmo que a ideia pode vir a criar conflitos. “Muitos jovens locais temem que esta situ-ação possa afectar muito as suas condições de ingresso no mercado de trabalho”, considerou Ng Kuok Cheong. “Activar agora um novo mecanismo de absorção de estu-dantes não-residentes como novos recursos humanos tem efeitos muito

limitados e ao mesmo tempo pode prejudicar as condições de procura de emprego por parte dos jovens locais, o que poderá facilmente provocar conflitos sociais.”

Kwan também considera que o Governo está a agir de forma “desleixada” na forma como está a abordar a situação – a deputada diz que faltam dados que expliquem o porquê desta política -, o que pode “agravar conflitos” na sociedade.

seM esPaço Os deputados consideram que o Governo está a ficar dependente dos recursos humanos exteriores e Kwan ataca mesmo o Executi-vo. “Ao longo dos 14 anos que se seguiram ao estabelecimento da

O responsável avançou ainda os números que indi-cam a necessidade de apli-cação desta ou de medidas semelhantes para colmatar a escassez de mão-de-obra no território face aos casinos e outros empreendimentos que estão para nascer num futuro próximo. “Em 2016 muitos projectos de grande envergadura estarão pron-tos, actualmente Macau tem já 110 mil trabalhadores estrangeiros, prevemos que ainda faltam 40 mil pessoas para satisfazer a necessida-de de recursos humanos do futuro mercado de Macau. Todos estes relacionados com o sector de turismo e do jogo”, explicou Lau Pun Lap.

Por essa razão, deixou claro, Macau não pode ape-nas depender dos profissio-nais locais, procura que se

mostra limitada para a oferta de trabalho nestas áreas. Ou seja, deve não só formar os profissionais locais como introduzir um mecanismo de introdução dos profissionais não-residentes. “A inclusão de profissionais do exterior não é uma ideia nova em Ma-cau. Hong Kong e Singapura têm políticas semelhantes e bem atraentes. Porém, não podemos fazer mecanismos iguais, precisamos de con-siderar a situação real em Macau (...) Só a competição traz avanço.” Mas não dei-xou de fora a importância destes profissionais também no mercado nas Pequenas e Médias Empresas (PME’s) mais do que somente en-quanto mão-de-obra.

Lau Pun Lap também prometeu que será lançada este ano uma consulta pública para que esta política corres-ponda melhor às expectativas dos cidadãos e à necessida-de do desenvolvimento da sociedade. Por outro lado, o relatório de estudo sobre o tipo de profissionais mais necessários no território, no entanto, só poderá entregar no próximo ano.

Kwan tsui Hang

lao Pun lap

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quarta-feira 22.5.2013www.hojemacau.com.mo4 política

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AnúncioConcurso Público para o Fornecimento de refeições aos alunos

das escolas oficiais dependentes da Direcção dos Serviços de Educaçãoe Juventude (DSEJ) nos anos escolares 2013/2014 e 2014/2015

1. Entidade adjudicante: Fundo de Acção Social Escolar.

2. Modalidade de concurso: Concurso público.

3. Objectodoconcurso:FornecimentoderefeiçõesaosalunosdasescolasoficiaisdependentesdaDirecção dosServiçosdeEducaçãoeJuventude(DSEJ).

4. Períododaprestaçãodosserviços:DomêsdeSetembrode2013aomêsdeJulhode2014edomêsde Setembrode2014aomêsdeJulhode2015.

5. Prazodevalidadedaspropostas:Édenoventadias, a contardadatadoactopúblicodoconcurso, prorrogável,nostermosprevistosnoprogramadoconcurso.

6. Visitadacozinha(eosseusequipamentos):Osconcorrentesinteressadospoderãovisitarascozinhasnodia27deMaiode2013,àsdezhorasnaRuadoAsilo,BairrodaIlhaVerde,N.o35daEscolaPrimáriaLuso-ChinesadoBairroNorteouàstrêshorasdomesmodianaRuaMarginaldoCanaldasHortas,daEscolaOficialZhengGuanying.

7. Cauçãoprovisória:MOP330.000,00(trezentase trintamilpatacas),aprestar,mediantedepósitoemnumerárioougarantiabancáriaaprovadanostermoslegais,àordemdoFundodeAcçãoSocialEscolar,noBancoNacionalUltramarino(Contan.º9003857873).

8. Cauçãodefinitiva:4%dopreçototaldaadjudicação.

9. Preçobase:Nãohá.

10. Condiçõesdeadmissão:Podemcandidatar-se,aopresenteconcursodefornecimentoderefeições,osconcorrentesjáregistadosnaConservatóriadoRegistoComercialedeBensMóveis,hámaisdeumano,equepossuamcapacidadeparaconfeccionar,naescola,asrefeiçõespretendidassemrecursoaoutrosfornecedores do mesmo tipo de serviço.

11. Local,diaehoralimiteparaentregadaspropostas:

Local:SecçãodeArquivoeExpedienteGeraldaDirecçãodosServiçosdeEducaçãoe Juventude,AvenidaD.JoãoIV,n.os7-9,1.ºandar;

Diaehoralimite:atéàs12:00horasdo11diaJunhode2013.

12. Local,diaehoralimitedoactopúblicodoconcurso:

Local:Saladereuniões,nasededaDirecçãodosServiçosdeEducaçãoeJuventude,AvenidaD.JoãoIV,n.os7-9,1.ºandar.

Diaehora:Às10:00horasdodia13deJunhode2013.

Em conformidade com o disposto no artigo 27.o, do Decreto-Lei n.o 63/85/M, de 6 de Julho, osconcorrentes ou os seus representantes legais devem estar presentes no acto público da abertura das propostasparaesclarecerdúvidasque,eventualmente,surjamrelativasaosdocumentosconstantesnassuas propostas.

13. Local,diaehoraparaexamedoprocessoeobtençãodacópia:

Local:SecçãodeArquivoeExpedienteGeraldaDirecçãodosServiçosdeEducaçãoe Juventude,AvenidaD.JoãoIV,n.os7-9,1.ºandar.

Diaehora:Nashorasdeexpediente,apartirdapublicaçãodorespectivoanúncioatéaodiadoactopúblico do concurso.

14. Critériosdeapreciaçãodaspropostaserespectivosfactoresdeponderação:

-Preçodasrefeições-40%-Formadegestãoeprocedimentosdofornecimentodasrefeições-15%-Conveniênciadaformadepagamentodasrefeições-15%-Recursoshumanosencarregadosdofornecimentodasrefeições-10%-Experiênciaanterioradquiridanaárea-10%-Gestãoedimensãodaempresa,condiçõesdehigieneecurrículodopessoal-10%

15. Junçãodeesclarecimentos:

OsconcorrentesdevemcomparecernasededaDirecçãodosServiçosdeEducaçãoeJuventude,naAvenidaD.JoãoIV,n.os7-9,1.ºandar,apartirdapublicaçãodopresenteanúncioatéaoprazoparaentregadaspropostasdoconcursopúblico,paratomaremconhecimentodeeventuaisesclarecimentosadicionais.

Aos15deMaiode2013.

APresidentedoConselhoAdministrativodoFundodeAcçãoSocialEscolar,

Leong Lai(ADirectora)

Rita Marques [email protected]

A proposta de lei de sal-vaguarda do património

prevê que as infracções penais estejam de acordo com o Código Penal (CP), no entanto, há algumas ex-cepções. Por exemplo, no caso do crime contra ves-tígios arqueológicos, cuja moldura penal é inferior. Tal não agrada aos deputados que estudam o articulado na especialidade, por isso, pedem diferentes penaliza-ções para actos criminosos diversos conforme o CP. “O crime de destruição, por exemplo, é de sete anos no CP mas na proposta de lei está estipulado um outro prazo [cinco anos]. Têm tudo simplificado num mes-mo artigo [destruir, roubar e furtar] com as mesmas penas mas no caso de destruição o prazo é diferente face ao do CP por isso é que a Comissão pede ao Governo para ter em

Património Deputadospedem sanções e penas acessórias

Não destruirásos bens classificados

A moldura penal para casos de furto, roubo ou destruição de bens patrimoniais não está estruturada de acordo com o Código Penal (CP) na proposta de Lei de Salvaguarda do Património. Esta é pelo menos a opinião da 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) que pede ao Governo para definir criteriosamente as infracções num só capítulo de acordo com o CP, além de penas acessórias

Árvores: patrimóniosó público ou privado?As árvores devem ser preservadas. Esta é a posição do Governo que determinou na proposta de lei a preservação de uma “Lista de Árvores Antigas e de Reconhecido Valor” que irão ser aprovadas por despacho do Chefe do Executivo. No entanto, levanta-se a questão se devem constar apenas árvores públicas [a cargo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais], como consta actualmente do articulado, ou também a privadas, o que levaria a intensificar as normas. O Governo ficou de ponderar esta questão mas os deputados entendem que não deve abarcar também as árvores de propriedade privada.

conta os prazos estabeleci-dos no CP”, indica Cheang Chi Keong, presidente da 3.ª Comissão Permanente da AL.

“Tal como o CP que separa todos os actos, há normas independentes para cada um dos actos porque roubar e agressão corporal devem ter penalizações di-ferente porque a gravidade é diferente.”

Por outro lado, pedem ainda, sanções penais aces-sórias, que serão agora de-batidas pelas assessorias dos dois organismos, Governo e Comissão, pelo que ficarão a aguardar a aceitação da Administração. As penas determinadas na proposta de lei, indicam, prende-se com a intenção de fazer “surtir um efeito dissuasor” na popula-ção para “evitar a destruição do património cultural”.

Todas as sanções, de-fendem ainda, devem estar concentradas num mesmo capítulo da proposta de lei

em vez de repartidas por todo o articulado para que os “operadores de direito” possam facilmente depre-ender as consequências da sua violação.

Ao fim de 26 reuniões, a Comissão já conseguiu concluir a primeira fase de trabalho o diploma, no entanto, “algumas matérias não podem ser fixadas pelo Instituto Cultural (IC) por-que têm a ver com a Lei de Planeamento Urbanístico e a Lei de Terras”. Chenag Chi Keong acredita que devem cumprir os prazos para aprovação da lei nesta legislatura. Ou seja, concluir a análise na especialidade até finais de Julho que dê entrada a votação em plenário em Agosto.

ExPoRtaçãoSobre os bens de exportação, levantaram-se ainda dúvidas pela Comissão acolhidas pelo Governo com o objec-tivo de serem ponderadas. “No texto para consulta ha-via um artigo que estipulava a exportação ilícita de bens móveis classificados como um crime mas a proposta de lei só se aplica aos bens detidos pelo Governo por isso a sua exportação tem de ser autorizada”, indica Cheang Chi Keong.

“Já na altura se discutiu esta questão tentando saber se sem essa autorização qual a sanção a aplicar, se dis-ciplinar ou administrativa. O Governo nesse aspecto entendeu que merece uma ponderação.”

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quarta-feira 22.5.2013 www.hojemacau.com.mo 5sociedade

Por ocasião da abertura de mais uma edição da G2E Asia, a expo do Jogo, no Venetian, o presidente da Associação Americana do Jogo falou que a expansão do mercado asiático traz “obstáculos” como a falta de infra-estruturas para receber os turistas, e que esse é “um desafio contínuo em Macau”

Andreia Sofia [email protected]

Foi um discurso feito a olhar para o panorama actual da indústria do jogo em toda a Ásia, sem esquecer o fu-

turo. Frank Fahrenkopf, presidente da Associação Americana do Jogo (American Gaming Association), disse na abertura de mais uma edi-ção da G2E Asia (Expo do Jogo) que Macau tem que lidar com o excesso de visitantes. “Tal como noutros

Rita Marques [email protected]

DEpois dos dois dou-toramentos criados em

2011, numa cooperação con-junta entre a Universidade de Lisboa (UL) e o instituto politécnico de Macau (ipM), nas áreas de Língua e Cultura portuguesa e de Adminis-tração pública, chega a vez de um curso de 2.º grau de ensino superior, desta feia um mestrado em Tradução e interpretação de Conferência.

o anúncio foi feito por Choi Wai Hao, director da Escola de Línguas e Tra-dução do ipM, à margem do seminário internacional - Reforço de Cooperação in-ternacional para a Formação de Tradutores-intérpretes Qualificados de Chinês-Por-tuguês, que está a decorrer esta semana na instituição, onde amanhã será apresen-tado em pormenor o novo curso pelos professores pre-sentes da universidade por-

Jogo Frank Fahrenkopf falou do impacto do excesso de visitantes

“Os obstáculos” das poucas infra-estruturas

Bilinguismo IPM terá mestrado em Tradução e Interpretação de Conferência criado pela Universidade de Lisboa

Cooperação dá mais um passotercâmbio entre as instituições dos vários países e dos cursos de interpretação de Verão no ipM. “Nestes cursos sempre aparece a DGiCE e portanto juntámos as entidades que têm tido cooperação com a União Europeia para fazer um balanço das experiências acumuladas até agora. Vamos compartilhar o passado e perspectivar o futuro.”

Esta instituição europeia, segundo dados indicados pelo mesmo responsável do ipM, conta com 600 intér-pretes funcionários e 3000 independentes, disponibi-lizando-os para cerca de 11 mil reuniões, demonstrando a “excelência do serviço prestado pelo DGiCE” que “garante o bom fun-cionamento da UE no que respeita ao multilinguismo e multiculturalismo”.

o ipM tem actualmente 18 cursos de licenciatura, agora 12 programas conjun-tos de mestrado e outros dois de doutoramento.

tuguesa. “o ipM vai apoiar a iniciativa da UL em conjunto com a Direcção Geral de interpretação da Comissão Europeia (DGiCE) e com os serviços de Administração e Função pública (sAFp). Está previsto para o próximo setembro, no ano lectivo 2013/2014. para cada edição tem de ter pelo menos 10 alunos mas esperamos mais neste primeiro ano, entre 15 a 20”, avança Choi Wai Hao.

o público-alvo desta iniciativa são precisamente os trabalhadores da Ad-ministração. “Este curso inicialmente é direccionado para os funcionários públi-cos, sobretudo, os tradutores intérpretes para elevar o nível deles e tornarem-se

altamente qualificados o que vai garantir o bom funciona-mento da Administração ao nível bilingue - em língua portuguesa e chinesa.”

Neste seminário estão, por isso, presentes acadé-micos e representantes da UL, da DGiCE, dos sAFp e também da Universidade pedagógica de Maputo. isto porque, estas duas institui-ções de ensino também já têm mestrados conjuntos nesta área e podem assim partilhar experiências.

o objectivo deste seminá-rio, que decorre até dia 24 de Maio, explica o responsável da Escola de Línguas e Tra-dução do ipM, é precisamente fazer o balanço dos vários cursos e cooperações de in-

mercados, o mercado asiático do jogo tem vindo a sofrer alguns obs-táculos, em que as infra-estruturas têm de suportar um grande número de visitantes, e esse é um desafio contínuo aqui em Macau.”

Frank Fahrenkopf não esque-ceu ainda a problemática da falta de recursos humanos, defendendo que “talvez hajam muitas operadoras com falta de recursos humanos para desenvolver os seus projectos de entretenimento”.

Em traços gerais, o ainda pre-sidente da associação (vai deixar o cargo depois de 18 anos em

funções) falou da competitividade que vai surgir com a abertura de novos casinos na Ásia. “o anúncio de um projecto de entretenimento de 1,2 mil milhões de dólares em Manila, nas Filipinas, faz dele oficial. Vai ser interessante ver esta área transformar-se numa grande região de jogo para além de Macau e singapura. Japão, Taiwan e Tailândia também estão em discussões e em alguns casos as legislações estão mesmo a avançar para a constituição dos primeiros casinos desses países. penso que isto deve ser celebrado.”

“É fácil chegar à conclusão que com esta competição vai haver um negativo impacto nos mercados já existentes, mas se-gundo a minha experiência isso vai permitir ao mercado florescer, e os operadores bem sucedidos devem adaptar-se. os novos mercados vão levar a uma maior competição e isso vai levar à ino-vação, e é para isso que devemos olhar”, acrescentou.

MACAU vAI MAnTeR-Se nO TOPO Questionado face ao posiciona-mento de Macau perante o surgi-

mento de novos mercados, Frank Fahrenkopf disse que a RAEM é semelhante a Las Vegas, que acaba sempre por ter a grande fatia de clientes. “Nos Estados Unidos, quando outros estados legalizaram o jogo, havia o medo de que Las Vegas e o estado do Nevada fosse cair devido à competição. Há jo-gadores que vão a essas regiões, mas não em número suficiente como em Las Vegas. o mesmo vai acontecer aqui. As pessoas vão continuar a vir aqui devido à grande concentração de mara-vilhosos hotéis, entretenimento e compras.”

o responsável não deixou de falar das actividades não ligadas ao jogo, falando ainda do exemplo da ilha da Montanha. “É impres-sionante ver como Macau tem vindo a incorporar as actividades não ligadas ao jogo. Estou muito interessado em ver estes desenvol-vimentos na ilha de Hengqin, para onde está a ser planeada a imple-mentação do turismo não ligado ao jogo. podemos reconhecer os desafios que poderão chegar.”

A G2E Asia começa hoje e vai durar três dias na zona de expo-sições no Venetian. Na sua sexta edição, a feira é “produzida pela indústria do jogo para a indústria do jogo”, sendo um projecto se-melhante ao que acontece com a G2E em Las Vegas.

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O HOje Macau errOu

6 sociedade quarta-feira 22.5.2013www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia Silva [email protected]

Não leva farinha, mas sim uma grande quanti-dade de bolachas Maria que lhe dão os condi-

mentos necessários para crescer. É este o segredo do bolo minino. Há depois a mousse de manga, “para cortar um bocadinho o paladar”, a bebinca de leite, o porco bafassá, as tostas de camarão.

São estes alguns dos pratos

Na notícia sobre a agressão ao advogado Jorge Menezes, publicada na edição desta segunda-feira, 20 de Maio, existem dois lapsos de citação. Onde se lê “lutado” deve ler-se “notado”, e onde se lê “e estas coisas acontecem”, deve ler-se “e estas coisas não acontecem”. Aqui fica o pedido de desculpas ao visado e aos leitores.

Entre 4 de Junho e 8 de Julho o restaurante Belcanção, no Four Seasons, vai apresentar o festival de gastronomia macaense, em parceria com a Confraria da Gastronomia Macaense. Florita Morais Alves já está a ensinar os cozinheiros a preparar as iguarias tradicionais

Gastronomia Four Seasons vai ter mês dedicado a Macau

Casquinha, porco bafassá ou bolo minino?

que estarão disponíveis no fes-tival de gastronomia macaense, que decorre de 4 de Junho a 8 de Julho no restaurante Belcanção, no Four Seasons. No total o público poderá experimentar 28 iguarias tradicionais, numa iniciativa que estará disponível todos os dias ao jantar e nos almoços de Domingo. Todos os dias poderão ser provadas entre 10 a 12 receitas.

o projecto nasce de uma parce-ria entre o Four Seasons e a Confra-ria de Gastronomia Macaense. Luís

Machado, presidente da confraria, mostrou todo o seu orgulho ao Hoje Macau. “É o expoente máximo da divulgação da gastronomia maca-ense ter o patrocínio desta cadeia de hotéis de excelência. A divulgação e promoção que estão a fazer para nós é motivo de enorme orgulho e temos a certeza de que vai ser um sucesso à partida.”

“Não tenho a mínima dúvida que o público vai gostar, porque a comida macaense é muito abran-gente. São sabores muito próprios de Macau”, acrescentou.”

Royal Rowe, director-geral do Four Seasons, disse à agência Lusa que a acção também vai ser

promovida online, no website “Taste by Four Seasons”, “de forma a chegar ao maior público possível e chamar a atenção deste programa que pretende ligar uma tradição de Macau com uma cadeia internacional.”

Tudo Começou há SeiS meSeSo projecto começou a ser prepara-do há cerca de seis meses, quando uma equipa de quinze pessoas do Four Seasons esteve presente em casa de Florita Alves, membro da confraria. A partir desse encontro começou a ter-se uma ideia do menu que se ia apresentar ao públi-co. “Juntamente com alguns livros

que temos, e com idas a outros restaurantes pelos responsáveis do Four Seasons, começámos as nos-sas conversas e fomos elaborando cerca de 35 pratos. É esse o menu que vai rodar durante um mês”, explicou Luís Machado.

Cabe a Florita Alves ensinar toda a equipa da cozinha, algo que já está a acontecer. “Creio que não deve ser uma coisa muito difícil (de ensinar), tendo em conta que eles já têm uma formação bastante apropriada para confeccionar co-mida doce e salgada.”

A dificuldade principal prende--se com “transmitir o paladar maca-ense”. “Tem que se dar a conhecer o que é a gastronomia macaense, porque temos as especiarias da nossa cozinha, como o açafrão, os cominhos, os coentros. São dicas que eles apanham com facilidade mas têm de apanhar o jeito de saborear também. Acredito que os chefes estão entusiasmados para ter um conhecimento mais profundo da nossa gastronomia.”

Florita Alves promete apre-sentar um menu “abrangente”, embora saiba que há pratos que poderão não agradar à primeira vista. “Há uns pratos com sabores muito fortes e que nem sempre são aceitáveis à primeira. Mas em conjunto com os chefes o que eu quero é que tenham interesse pela comida macaense e introduzir aos poucos os pratos mais tradicio-nais, mais antigos.”

Embora considere que esta iniciativa “é muito importante”, a chef considera que “há regras a respeitar” no que diz respeito a divulgar mais esta gastronomia em hotéis e restaurantes. “Num hotel há regras que têm de ser cumpri-das. Uma coisa é cozinhar numa casa, com um grupo de amigos, outra é introduzir uma coisa junto do público. Há questões com a preparação de iguarias que temos de ajustar.”

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7sociedadequarta-feira 22.5.2013 www.hojemacau.com.mo

ANÚNCIO

A Região Administrativa Especial de Macau faz público que, de acordo com o Despacho de 14 de Maio de 2013, do Exmo. Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, foi autorizado o procedimento administrativo para “Aquisição de Barreiras Metálicas de Protecção e Respectivos Acessórios Sobressalentes para o 60° Grande Prémio de Macau”.

1. Entidade que põe a aquisição de bens a concurso: Comissão do Grande Prémio de Macau.

2. Modalidade do procedimento: Concurso público.

3. Bens a adquirir: Barreiras metálicas e respectivos acessórios.

4. Prazo de entrega: Obedecer às datas limite constantes no Caderno de Encargos.

5. Prazo de validade das propostas: 90 dias, a contar do acto público do concurso.

6. Caução provisória: MOP60.000,00 (sessenta mil patacas), podendo ser prestada por depósito em numerário ou mediante cheque visado, a entregar na Divisão Financeira da Direcção dos Serviços de Turismo, ou por garantia bancária, aprovados nos termos legais, à ordem da Comissão do Grande Prémio de Macau, devendo ser especificado o fim a que se destina.

7. Cauçãodefinitiva: 5% do preço total de adjudicação.

8. Preço base: Não há.

9. Adiamento: Em caso de encerramento dos serviços públicos por motivo de força maior, o termo do prazo de entrega das propostas será adiado para o primeiro dia útil imediatamente seguinte, à mesma hora.

10. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: sede da Comissão do Grande Prémio de Macau, sita em Macau, na Avenida da Amizade n.º 207, Edifício do Grande Prémio, 1.° Andar, até às 17:45 horas do dia 19 de Junho de 2013 .

11. Sessão de esclarecimento: os interessados podem assistir à sessão de esclarecimento deste concurso público que terá lugar às 10.00 horas, do dia 29 de Maio de 2013, na sala 104, 1.° Andar da sede da Comissão do Grande Prémio de Macau.

12. Local, dia e hora do acto público do concurso:

Local: Comissão do Grande Prémio de Macau;

Dia e hora: 20 de Junho de 2013, pelas 10.00 horas.

13. Os concorrentes deverão fazer-se representar no acto público de abertura das propostas para apresentação de eventuais reclamações e/ou esclarecimento de dúvidas acerca da documentação integrante da proposta.

14. Critérios de apreciação das propostas e respectivos factores de ponderação:a) Preço: 70%;b) Qualidade do material a fornecer – 30%, factor calculado pela adição das

percentagens atribuídas aos seguintes subfactores:i. Tolerâncias de fábrica na forma e dimensões – 15 %ii. Dispersão de resultados das tensões de cedência do aço utilizado – 15 %.

Os modos de cálculo estão descritos no artigo 11.° do Programa de Concurso.15. Local, data, horário para exame do processo e preço para a obtenção de cópia: Local: Comissão do Grande Prémio de MacauData e horário: Dias úteis, a contar da data da publicação do anúncio até ao dia e hora do Acto Público do Concurso;Preço: MOP$500,00 (quinhentas patacas).

A Comissão do Grande Prémio de Macau, aos 16 de Maio de 2013.

O Coordenador,

João Manuel Costa Antunes

A taxa de inflação em Macau atingiu 5,75%

nos 12 meses terminados em Abril face aos 12 meses imediatamente anteriores, impulsionada designada-mente por fortes subidas na habitação e combustíveis, indicam dados oficiais ontem divulgados.

De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), verificaram--se acréscimos significativos nos índices de preços das secções de habitação e com-bustíveis (8,28%) e produtos alimentares e bebidas não al-coólicas (7,62%). Em contra-partida, os índices de preços das comunicações e educação diminuíram, respectivamen-te, 2,69% e 1,44%.

Em Abril, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) cresceu 5,24% face ao mesmo mês de 2012, num crescimento impulsionado principalmente pela ascen-

são das refeições adquiridas fora de casa e dos preços dos produtos hortícolas, informa a DSEC em comunicado.

Em termos anuais, verifi-caram-se subidas notáveis nos índices de preços das secções habitação e combustíveis (8,86%), produtos alimenta-res e bebidas não alcoólicas (7,38%) e saúde (7,27%).

Um conjunto de subidas que se ficaram a dever ao aumento das rendas de casa e do dos preços dos produtos hortícolas originados pelas chuvas, bem como à eleva-ção de preços das refeições adquiridas fora de casa e dos preços das consultas externas.

Em sentido inverso, os índices de preços das secções educação e de comunicações diminuíram 3,12% e 2,89%, respectivamente.

Já face a Março, o IPC geral registou uma subida de 0,88%, com destaque para

os aumentos dos índices de preços das secções do ves-tuário e calçado e dos pro-dutos alimentares e bebidas não alcoólicas - de 2,17% e 1,41% face ao mês anterior - resultado, de acordo com a DSEC, da subida dos preços do vestuário de verão e dos produtos hortícolas.

Em contrapartida, o ín-dice de preços da secção produtos e serviços diversos desceu 0,55% graças ao baixo preço da joalharia em ouro, sendo que “uma parte do crescimento do IPC geral foi compensado pela dimi-nuição de preços da carne de porco fresca e da gasolina”.

Nos quatro primeiros meses do ano, o IPC geral médio cresceu 5,35%, em termos anuais.

O IPC geral, com base no período 2008/2009, per-mite conhecer a influência da variação de preços na população de Macau. - Lusa

O Instituto de Formação Turística de Macau acolhe, na quarta-feira, uma das

seis acções de formação que a ViniPortugal realiza até ao próximo domingo em Macau e em Hong Kong, com os olhos postos no gigante mercado chinês.

Estas acções de formação, inseridas no investimento de 700 mil euros para este mercado, “estão focadas numa aproximação ao público ‘trade’ chinês”, segundo uma nota da ViniPortugal. “Portugal deve afirmar-se neste mercado como um exportador de vi-nhos excelentes e distintos, pelas suas castas e características. Com um crescimento de 22,6% em valor, de 2011 para 2012, a China continua a ser um dos mercados com maior potencial de crescimento, mas os produ-tores portugueses devem estar cientes que enfrentam uma vasta concorrência”, disse o presidente da ViniPortugal, no comunicado, publicado na página electrónica da entidade.

Jorge Monteiro ressalva, no entanto, que “a ViniPortugal acredita que o sucesso será possível com trabalho estratégico consistente e uma aposta em vinhos de qualidade, que se afirmem pela sua diversidade”.

Ministradas por João Paulo Martins, estas formações são organizadas em parceria com a Hong Kong Sommelier Association (HKSA) e com o Instituto de Formação Turística

Inflação Taxa atingiu 5,75% em Abril

Sem margem para descer

Vinho ViniPortugal realizaacções em Macau e Hong Kong

Aproximaçãoao mercado chinês

de Macau (IFT). Uma destas iniciativas será integrada no Wine & Dine Festival de Macau, que decorre entre os dias 23 e 26.

Já Hong Kong vai receber um ‘city tasting’, destinado a jornalistas e líderes de opinião, “com o objectivo de promover a degustação e o conhecimento dos vinhos portugueses por parte destes públicos”, refere a ViniPortugal. - Lusa

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quarta-feira 22.5.2013nacional8 www.hojemacau.com.mo

O presidente chi-nês, Xi Jinping, visitará três pa-íses latino-ame-

ricanos no início de Junho e a seguir irá encontrar-se na Califórnia com o homó-logo dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou esta segunda-feira o minis-tério chinês dos Negócios Estrangeiros.

Será a segunda viagem oficial de Xi Jinping em ape-nas dois meses e também a segunda desde que foi eleito Presidente da República, em Março passado.

Xi Jinping visitará Trin-dad e Tobago, Costa Rica e México de 31 de Maio a 06 de Junho e a cimeira com Obama decorrerá nos dias 06 e 07 de Junho em Sunnylands, Califórnia, disse o porta-voz do MNE chinês, Qin Gang.

Xi Jinping, 59 anos, é também secretário-geral do Partido Comunista Chinês, o mais importante cargo polí-tico do país, e presidente da Comissão Militar Central, a liderança política das Forças Armadas chinesas.

No final de Março, Xi

Libertados 16 pescadores chineses capturados na Coreia do NorteDezasseis marinheiros chineses que tinham sido capturados por indivíduos norte-coreanos, foram ontem libertados pela Coreia do Norte, anunciou um responsável consular norte-coreano citado pela agência noticiosa chinesa Xinhua. “Todos os pescadores, e o barco, estão sãos e salvos e a regressar”, disse o indivíduo chinês proprietário do barco, Yu Xuejun, precisando que Pyongyang não tinha ainda confirmado a libertação. O proprietário do navio, Yu Xuejun, disse à AFP que norte-coreanos armados apreenderam o barco nas águas entre os dois países a 06 de Maio e exigiram cerca de cerca de 750 mil patacas para a libertação dos homens, acrescentando que os responsáveis eram provavelmente militares de Pyongyang. Yu acrescentou que o barco funciona com normalidade, e que a embarcação vai continuar os seus trabalhos de pesca e só voltará ao porto no primeiro de Junho.

Crime Executiva chinesa condenada à morte por fraude financeira

Milhões em esquema de “pirâmide”

A executiva Lin Haiyan, 39 anos, foi condenada

à morte por um tribunal do sudeste da China, acusada de fraude financeira.

A sentença foi anunciada em pleno crescente cerco do Governo ao sistema fi-nanceiro informal do país, amplamente usado por em-presários que não obtêm crédito em bancos estatais.

Lin foi condenada por “le-vantamento ilegal de fundos”, anunciou o tribunal de Wen-zhou, cidade conhecida pelo seu vibrante sector privado alimentado por uma ampla rede financeira informal.

A executiva recebeu cerca de 800 milhões de

patacas de investidores, a maioria amigos e colegas de trabalho, com a promessa de lhes dar altos lucros de baixo risco.

O dinheiro foi cana-lizado para aplicações nos mercados de acções e de futuros, resultando em grandes perdas, que Lin cobria com novos investimentos - um proce-dimento conhecido como “pirâmide financeira”. O esquema desmoronou em 2011, quando a executiva não conseguiu pagar aos investidores.

Segundo um juiz do Suprema Tribunal chinês, de 2011 até o mês passado 1.449 pessoas haviam sido “seriamente punidas” - de-signação que vai de cinco anos de prisão à pena de morte - por se envolverem em créditos ilegais.

O caso da executiva sentenciada à morte ilustra os abusos do inflacionado sistema de crédito informal da China, conhecido como “shadow banking” (bancos das sombras, em inglês).

Pela mesma acusa-ção, outra empresária de Wenzhou foi condenada à morte em 2012. Mas a pena foi convertida em prisão depois de uma onda de protestos na internet contra a rigidez da punição para estes delitos.

No ano passado, o Go-verno escolheu Wenzhou para lançar um programa--piloto destinado a regular o mercado negro, após uma série de suicídios e fugas de empresários que não conseguiram honrar empréstimos.

A crescente dificulda-de de pequenas e médias empresas em obter crédito estatal levou a uma explosão do sistema informal.

De acordo com o banco central chinês, os emprés-timos convencionais repre-sentavam 95% do sistema financeiro em 2010; no ano passado, o número caiu para 58%. O aumento dos calotes gerou um “risco sistémico”, alertou a agên-cia Moody’s num estudo publicado neste mês.

Diplomacia Presidente chinês vai visitar América Latina e encontrar-se com Obama

Líderes em viagemJinping visitou a Rússia, Tanzânia, África do Sul e a Republica do Congo.

De acordo com o Con-selho de Segurança Na-cional norte-americano,

que informou na sua conta oficial de Twitter acerca do calendário dos encontros, o conselheiro de Segurança Nacional Tom Donilon vai viajar até Pequim já

no próximo domingo para preparar a reunião entre Obama e Xi. “Os dois lí-deres vão rever o progresso e os desafios das relações EUA-China e discutir for-

mas de melhorar a coope-ração nos anos vindouros”, acrescentou o Conselho de Segurança Nacional, lem-brando que o encontro vai ser o primeiro entre os dois chefes de estado desde que Xi assumiu a presidência da China.

Momentos antes, aquele órgão comunicou que Oba-ma vai visitar o Senegal, a África do Sul e a Tanzânia entre 26 de Junho e 03 de Julho.

Na conta de Twitter do

Conselho de Segurança Nacional foi explicado que, durante a viagem aos três países africanos, Obama se vai reunir com um “vasto grupo de líderes governa-mentais, empresariais e da sociedade civil, incluindo da juventude”. “A viagem do Presidente dos Estados Unidos a África vai reforçar a importância que os EUA colocam nos laços com pa-íses na África Subsariana”, acrescentou o Conselho de Segurança Nacional.

Faz-se público que, por despacho da Ex.ma Sr.ª Secretária para a Administração e Justiça, de 29 de Abril de 2013, se acha aberto o concurso comum, de ingresso externo, de prestação de provas, para o preenchimento de dois lugares de auxiliar, 1º escalão, área de servente, da carreira de auxiliar, em regime de contrato de assalariamento da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública.

Para mais informações, pode consultar o respectivo aviso publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau, n.º 20, II Série, de 15 de Maio de 2013, ou dirigir-se ao

balcão de atendimento da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública, sita na Rua do Campo n.º 162, Rés-do-Chão do Edifício Administração Pública, durante o horário de expediente, ou consultar a página electrónica do SAFP, http://www.safp.gov.mo/.

Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública, aos 7 de Maio de 2013.

O Director

José Chu

Aviso

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quarta-feira 22.5.2013 www.hojemacau.com.mo 9região

O primeiro-ministro da Chi-na, Li Keqiang, defendeu

ontem uma maior abertura do mercado chinês aos produtos indianos, a fim de reduzir o desequilíbrio comercial entre os dois gigantes asiáticos. “Re-lativamente às preocupações da Índia sobre o défice comercial, a China deseja que mais produtos indianos possam ter acesso ao mercado chinês”, disse num discurso em Nova Deli. “Estou certo que nós temos capacidade para reduzir o desequilíbrio comercial entre os nossos dois países”, acrescentou. Este é o primeiro périplo oficial do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, desde que assumiu o cargo em meados de Março. Depois da viagem à Índia, iniciada no dia 19, Li Keqiang desloca-se ao Paquistão, e segue depois para a Suíça, um dos primeiros países ocidentais que firmaram relações diplo-máticas com a China. Os dois países devem assinar uma série de acordos de cooperação nas áreas de economia, finanças, educação, cultura e no campo das mudanças climáticas.

A Coreia do Norte informou ontem da visita do seu líder,

Kim Jong-un, a uma unidade do Exército, depois de o regime de Pyongyang ter lançado, desde sábado, um total de seis mísseis.

Kim Jong-un “inspeccionou a Unidade 405 do Exército Popular da Coreia”, indicou a agência oficial norte-coreana KCNA, es-pecificando que Kim Jong-un pre-senteou as tropas designadamente com espingardas, encorajando-as a defender a “querida pátria” com “a firmeza de um muro de ferro”.

De acordo com as informações que foram sendo divulgadas pela imprensa oficial norte-coreana, as mais recentes visitas do jovem lí-der a unidades militares ocorreram no final de Março, em pleno clima de tensão com a Coreia do Sul e Estados Unidos.

Durante esta última incursão, cuja data não foi revelada no des-pacho da KCNA, Kim Jong-un não terá efectuado qualquer tipo de referência à Coreia do Sul ou aos Es-tados Unidos, como fez em ocasiões anteriores em que ordenou às suas

tropas para que se preparassem para combater os “inimigos” do regime, segundo indica a agência Efe.

Isto representa, segundo es-pecialistas, mais um sinal do aliviar da tensão na península coreana, não obstante os recentes lançamentos de mísseis de curto alcance por parte de Pyongyang.

O Exército Popular norte--coreano lançou, esta segunda--feira, a partir da costa oriental para o Mar do Japão, os dois últimos projécteis de um total de seis disparados em três dias.

A Coreia do Norte informou ter detectado patos infec-

tados com o vírus H5N1 numa propriedade na capital do país, e assegurou que está a desenvolver esforços para evitar a propagação da nova estirpe da gripe das aves. “Descobriu-se que várias aves na propriedade de criação de patos de Tudan, em Pyongyang, tinham sido infectadas por aves migrató-rias com o vírus H5N1”, informou a agência estatal KCNA através de um comunicado divulgado na sua página de internet.

O regime tornou pública a informação duas semanas depois de no dia 7 de Maio ter levado a cabo testes para detectar o vírus no complexo agrícola.

Depois da descoberta, o go-verno norte-coreano “informou os correspondentes organismos das Nações Unidas sobre a situação e adoptou medidas para abater um máximo de 160.000 patos na propriedade e aplicar a quarentena

Comércio PM chinês defendemaior abertura do mercado à Índia

Fortalecer laços de cooperação

Crise nas Coreias Líder norte-coreanoinspecciona unidade militar após lançamento de mísseis

Visita às tropas

H5N1 Coreia do Norte confirma surto de gripe das aves

Patos infectados

A Suíça foi o primeiro país europeu que instalou uma joint--venture na China. Foi também uma das primeiras nações europeias que reconheceram a economia de mercado do país asiático. Em Janeiro de 2011, os dois países iniciaram, em Davos, negociações sobre o estabelecimento de uma zona de livre comércio. Até ao momen-to, foram realizadas nove rondas de discussões. O ex-embaixador chinês na Suíça, Dong Jinyi, revelou que as negociações já alcançaram importantes pro-gressos. “É uma notícia muito inspiradora! No contexto da elevação do proteccionismo comercial, isto demonstra a de-terminação da China e da Suíça em promover os intercâmbios comerciais. A assinatura de um acordo final dará um bom sinal do desenvolvimento do relacionamento entre os dois países. Será um fruto positivo, que deve injectar uma nova força às relações bilaterais.”

Depois da Suíça, Li Ke-qiang viaja até à Alemanha, terminando a viagem de oito dias a 27 deste mês.

e procedimentos de desinfecção”, segundo o comunicado.

Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde Animal confir-mou, a 13 de Maio, que recebeu o comunicado do governo norte--coreano que advertia sobre a pre-sença do vírus da gripe das aves altamente patogénico na referida propriedade, com 164.000 aves, susceptíveis de contágio.

A KCNA especificou que mais de 1.360 equipas veteriná-

rias de controlo de epidemias do estado norte-coreano trabalham em todo o país para manter uma estreita vigilância tanto das aves de aviário como do movimento das aves selvagens para evitar a propagação da epidemia.

O vírus H7N9, uma nova estirpe da gripe das aves, propagou-se nos passados meses na vizinha China, provocando a morte de mais de 35 pessoas, infectadas na sequência do contacto com aves vivas.

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quarta-feira 22.5.201310 suntech www.hojemacau.com.mo

A Suntech Power Holdings tinha tudo para continuar a facturar: tinha subsídios e apoio do governo de Wuxi e uma procura fortíssima da Europa e América. Contudo, a multiplicação do modelo de negócio e as disputas comerciais levaram a maior fabricante de painéis solares do mundo à bancarrota

Num discurso proferido em 2010, num salão de baile cheio de estudantes universitários de Sidney,

Shi Zhengrong, fundador da fabri-cante chinesa de painéis solares

Reportagem especial da Reuters revela como Suntech chegou à falência

Ascensão e queda da rainha dos painéis solaresSuntech Power Holdings Co Ltd, falou das pessoas que tinham sido importantes na sua ascensão à fama e riqueza. Duas delas tinham uma particular importância: Weize Yang e Wang Rong, altos funcionários do Partido Comunista Chinês (PCC) de Wuxi.

uma década antes, Shi tinha sido director de uma empresa de energia solar, uma ‘spin-off’ da universidade de New South Wales, na Austrália, onde tirou uma pós-graduação na área da investigação. Filho adoptivo de um casal chinês pobre, Shi tornou--se cidadão australiano e viva uma vida confortável. “Na altura eu não pensava em sair”, chegou a dizer numa entrevista à revista Fortune.

Contudo, o governo de Wuxi tinha outras ideias. O objectivo era fazer com que Shi regressasse à China, para que, com a promessa de apoio do Governo e financiamento, criasse uma empresa de energia solar sediada na cidade. Em pouco mais de uma década, Shi construiu a Sun-tech, tornando-se numa das maiores

fabricantes de painéis solares do mundo. “Eu tive muita sorte”, disse aos estudantes, de maioria chineses, em Sydney, no seu discurso de 2010. “A minha vida tem sido muito boa”.

O desApArecimentO de umA indústriA estrAtégicA Hoje a vida de Shi está longe de ser confortável. Em Agosto do ano

passado, o conselho de direcção da Suntech Shi forçou-o a demitir--se como CEO da empresa, e, em março, Shi foi destituído do cargo de presidente executivo. Acções que Shi considera serem um “equívoco” e “ilegais”.

A empresa acumulou 2,2 mil milhões de dólares americanos em dívidas, por incumprimento de uma

obrigação no valor de 541 milhões de dólares, de 15 de março. Cinco dias depois, a principal unidade operacional na China, a Wuxi Sun-tech, quase decretou falência, tendo pedido apoio.

No seu auge, a Suntech, detida em 60% por Shi, chegou a ser avaliada em 16 mil milhões de dólares. Agora a sua capitalização no mercado vale apenas 106 milhões, apontada como uma queda emblemática da que é um dos principais nomes do sector em todo o mundo. A morte da Suntech também está intimamente ligada à determinação do Governo chinês em fazer da energia solar e de outras energias renováveis uma indústria “estratégica”.

Numa conferência de imprensa a 14 de maio, em Xangai, Shi falou dessa contradição que existe no de-clínio da sua empresa. “Há doze anos atrás voltei ao meu país para realizar um sonho e estava orgulhoso da Suntech. mas infelizmente desiludi.”

Para Shi a queda da Suntech foi ainda mais complicada. Hoje é argui-

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11quarta-feira 22.5.2013 suntechwww.hojemacau.com.mo

Reportagem especial da Reuters revela como Suntech chegou à falência

Ascensão e queda da rainha dos painéis solaresdo no tribunal distrital dos Estados Unidos, num processo movido por um dos accionistas da Suntech. Este alega que Shi criou uma empresa no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas que fornece o material chave para a construção dos painéis solares.

No processo, Shi é apontado como o responsável pela configu-ração dos contratos assinados entre as duas empresas que tiraram bene-fícios pessoais à custa da Suntech. Nem Shi nem os seus representantes quiseram fazer comentários à repor-tagem da Reuters. Do lado da Sunte-ch, também não houve comentários.

A Reuters apurou, segundo uma fonte com conhecimento próximo do processo, que a Suntech come-çou uma investigação interna sobre o assunto.

A ascensão e a queda de Shi mostra a volatilidade da indústria das energias renováveis na China. Apesar de todas as promessas, a indústria tem sido, até ao momento, “uma forma de extrair cerca de 250

mil milhões de dólares em subsídios aos governos da Europa Ocidental e da América do Norte”, disse o analista Michael Parker, da Sanford C. Bernstein and Co.

Embora a indústria tenha obtido ganhos significativos na redução dos custos da energia nos últimos cinco anos (Shi ganhou a confiança que previu que iria ganhar), conti-nua a ser altamente dependente de subsídios. Isto numa altura em que os governos estão sob pressão para reduzir os gastos.

A “semente” do pArtidoEm Março de 2011, Shi recebeu o secretário do PCC, Yang Weize, na sede da empresa em Wuxi. Shi disse no seu discurso que a Suntech era “uma semente lançada pelo Partido Comunista do governo Wuxi”.

Para os accionistas, que investem no sector da energia solar na China, essa foi uma semente errada desde o início.

O apoio financeiro que a Wuxi deu à Suntech acabou por ser repeti-do em todo o país, e outras empresas, como a LDK Solar e a Yingli Green Energy, contaram com subsídios nas últimas décadas. Mas os mesmos governos locais que lhes deram ajuda estão agora a socorrer as empresas em risco financeiro.

Este apoio agressivo do Governo às energias renováveis teve podero-sos efeitos crescentes no estrangeiro. A concorrência feroz dos fabrican-tes de painéis solares chineses foi atormentada pelo excesso de capa-cidade, o que originou conflitos de ordem comercial com os parceiros de Pequim.

Se os Estados Unidos, em 2012, lutaram pelos direitos sobre as cé-lulas solares importadas da China, a Comissão Europeia disse, a 8 de Maio, que ia fazer o mesmo. A Eu-ropa é responsável por metade da procura mundial de painéis solares. Washington e Bruxelas acusam os chineses de vender painéis a baixo custo.

A agressividade da China tem fei-to pressão noutros países, incluindo os Estados Unidos, onde a empresa Solyndra, de Silicon Valley, apoiou a indústria chinesa com avultados empréstimos. Em Setembro de 2011, a Solyndra pediu apoios contra a falência.

Seja qual for o seu futuro, o sector da indústria solar na China é, segundo palavras de uma concor-rente da Suntech, “fatalmente real”: excesso de capacidade, conflitos comerciais no que diz respeito aos preços, falências.

ChinA inC.Depois de se ter tornado no vice-director da ‘spin-off’ da universidade australiana, em 1995, Shi voltou à China em 2000, atraído pela promessa de criar uma nova empresa. Escreveu um plano de negócios de 200 páginas numa semana. Recebeu seis milhões de dólares de empresas controladas pelo Governo de Wuxi,

e em troca deu-lhes 75% da Suntech. Shi investiu 400 mil dólares, com a ajuda de outros parceiros chineses, e a empresa nasceu.

As ameaças de aquecimento global dispararam a atenção sobre as energias renováveis, especialmente a energia solar. A procura europeia fez disparar os subsídios exuberan-tes, e as vendas e lucros da Suntech dispararam.

Shi reconhece abertamente que Yang Weize, do PCC em Wuxi, foi uma ajuda preciosa, tendo garan-tido empréstimos à Suntech junto dos bancos estatais. A produção aumentou e a procura também, se-gundo fontes próximas do caso. Três meses depois do discurso de 2010, em Sidney, Shi Zhengrong tornou-

-se secretário do PCC em Nanjing, capital da província de Jiangsu. Yang não quis fazer quaisquer comentários à Reuters.

Em Dezembro de 2005, a Suntech tornou-se a primeira empresa privada na China a ser listada na bolsa de valores de Nova Iorque, com 400 milhões de dólares em património liquido. No ano seguinte a televi-são estatal chinesa chamaria Shi de “empresário do ano”.

Até 2009, a Suntech tornou-se no maior fabricante de painéis solares do mundo, com uma capacidade anual de 1.000 megawatts (MW), o suficiente para abastecer um mi-lhão de casas nos EUA. Al Gore, vencedor do Prémio Nobel, chegou a felicitar Shi.

Alguns antigos colegas acredi-tam que Shi pensava que, com o apoio do Governo, não poderia fazer nada errado. Samuel Yang, que per-tenceu à Suntech, é hoje executivo na Haeron Solar. “O doutor Shi foi muito lisonjeado e acabou destruído. Ele é um cientista, não um empre-sário”, disse à Reuters.

A quedA O problema da Suntech e de todo o sector é que o modelo de crescimento começou a ser copiado em toda a China. Pequim fez da energia renovável um pilar fundamental do seu Plano Quinquenal. Funcionários do governo local ajudaram a criar dezenas de empresas – 123 fabricantes de painéis solares existiam até finais de 2010. Muitos operadores, com maior proeminência na Suntech, levados pela onda de subsídios e empréstimos a nível global, criaram uma produção para uma procura que parecia não abrandar.

Nos finais de 2008, a crise finan-ceira dos Estados Unidos levou a uma quebra, a que se seguiu a crise europeia.

Dívidas a credores surgiram entretanto, e ainda não é claro qual é o futuro da empresa. Com Shi convidado a sair dos altos cargos de responsabilidade pelo próprio conselho de direcção, o governo de Wuxi só quer manter a produção da empresa e os muitos postos de tra-balho. O tribunal nomeou entretanto os administradores para a Suntech, cujo objectivo é manter “a produção e as operações, e reestruturar as obrigações de dívida”.

O Governo Central reconhece que o sector está a produzir dema-siado e que essa capacidade tem de diminuir.

Em 2010, depois do discurso de Sidney, um aluno perguntou a Shi se ele estava preocupado com o aumento da concorrência na China. “Qualquer nova indústria vai atrair um grupo de especuladores”, disse. “Quando a poeira baixar alguns jogadores serão levados e então as empresas susten-táveis vão surgir”. - A.S.S. com Reuters

Shi Zhengrong

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quarta-feira 22.5.2013publicidade12 www.hojemacau.com.mo

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tiago alcântara

tiago alcântara

quarta-feira 22.5.2013 www.hojemacau.com.mo 13www.hojemacau.com.mo vida

Cecília [email protected]

O período de de-feso de pesca no mar do sul da China teve

inicio a 16 de Maio e deverá durar cerca de dois meses. Ontem a Capitania dos Portos (CP) efectuou uma visita numa embarcação de pesca para promover as medidas de segurança no mar, juntamente com os

OnteM antes do início de mais uma sessão

plenária um cidadão de nome Kenneth Ho entregou uma recolha de 1600 assi-naturas a exigirem o apoio dos deputados à proposta de Paul Chan Wai Chi e ng Kuok Cheong. estes pediram ao presidente da Assembleia Legislativa (AL), Lau Cheock Va, a rea-lização de um plenário para

a suspensão de projectos de grande envergadura em Coloane, por ser o pulmão da região e uma das últi-mas zonas verdes. Quatro deputados assinaram a petição, como ng Kuok Cheong, Chan Meng Kam, Ung Choi Kun e Angela Leong, mesmo em frente ao edifício da AL.

Ao Hoje Macau, Ken-neth Ho disse que já

realizou este ano quatro tentativas de recolha de assinaturas, porque con-sidera que Macau tem demasiados edifícios de grande envergadura. Ho disse ainda que os novos aterros já irão comportar espaço suficiente para habitação, e que não é necessário causar danos às montanhas para construir mais edifícios.

Pesca Período de defeso vai durar dois meses

Pede-se subsídios e formação

Coloane Cidadão entregou assinaturas na AL

Quatro deputados assinam pela protecção

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE TURISMOANÚNCIO

A Região Administrativa Especial de Macau, através da Direcção dos Serviços de Turismo, faz público que, de acordo com o Despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 07 de Maio de 2013, se encontra aberto concurso público para adjudicação do “Serviço de aluguer de barcaças e barcos de apoio destinados ao 25.o Concurso Internacional de Fogo de Artifício de Macau”.1. Entidade que põe a prestação de serviços a concurso: Direcção dos Serviços de Turismo2. Modalidade do concurso: Concurso público.3. Objecto dos serviços: aluguer de barcaças e barcos de apoio destinados ao 25.o Concurso Internacional de Fogo de

Artifício de Macau.4. Prazo de execução: Obedecer às datas constantes no Caderno de Encargos5. Prazo de validade das propostas: O prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do encerramento

do acto público do concurso.6. Caução provisória: MOP53.000,00 (cinquenta e três mil patacas), a prestar mediante garantia bancária ou depósito em

numerário, em ordem de caixa ou cheque efectuado directamente na Divisão Financeira da Direcção dos Serviços de Turismo ou no Banco Nacional Ultramarino de Macau, através de depósito à ordem do Fundo de Turismo, na conta número:「8003911119」devendo ser especificado o fim a que se destina.

7. Caução definitiva: 4% do preço total da adjudicação.8. Preço base: Não há.9. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: sede da Direcção dos Serviços de Turismo, sita em Macau, na

Alameda Dr. Carlos d’ Assumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 12.º andar até às 17:45 horas do dia 10 de Junho de 2013.

10. Local, dia e hora do acto público do concurso: pelas 10:00 horas do dia 11 de Junho de 2013 no Auditório da Direcção dos Serviços de Turismo, sito no 14.º andar da sua sede.

Os concorrentes ou os seus representantes legais deverão estar presentes no acto público de abertura das propostas para os efeitos de apresentação de eventuais reclamações e/ou para esclarecimento de eventuais dúvidas dos documentos apresentados a concurso, nos termos do artigo 27.° do Decreto-Lei n.° 63/85/M, de 6 de Julho.Os concorrentes ou os seus representantes legais poderão fazer-se representar por procurador devendo, neste caso, apresentar procuração notarial conferindo-lhe poderes para o acto público do concurso.11. Adiamento: Em caso de encerramento dos serviços públicos por motivo de força maior, o termo do prazo de entrega

das propostas, a data e a hora de abertura de propostas serão adiados para o primeiro dia útil imediatamente seguinte, à mesma hora.

12. Critérios de apreciação das propostas:Preço 30%Qualidade e valia técnica da proposta 20%Experiência e competência técnica do concorrente 20%Maior garantia de segurança e eficiência na prestação do serviço 20%Maior flexibilidade dos prazos 10%

13. Local, dias, horário para a obtenção da cópia e exame do processo do concurso:Local: 12.º andar da sede da Direcção dos Serviços de Turismo.Dias e horário: Dias úteis, desde a data da publicação do respectivo anúncio até ao dia e hora limite para entrega das proposta e durante o horário normal de expediente.

Direcção dos Serviços de Turismo, aos 14 de Maio de 2013.

A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes

serviços de alfândega, cor-po de bombeiros e Serviços de Saúde de Macau (SSM).

O responsável pela As-sociação de Auxílio Mútuo dos Pescadores (AAMP) também esteve presente e as

críticas surgiram de imedia-to. Fung Hee disse que, por causa da inflação, espera que o Governo possa aumentar os montantes de empréstimos e ajudas aos pescadores, numa altura em que eles não vão

poder garantir o seu sustento junto do mar.

Um dos pescadores, o senhor Kuok, disse que cada vez há menos peixe, algo que foi causado pelas obras dos novos aterros e a má qualida-de da água. na sua opinião, o executivo “deveria ter feito uma consulta aos pescadores antes de realizar as obras”. O senhor Kuok também se

queixou das poucas vagas existentes nos cursos de formação para pescadores, e pede que sejam criadas mais iniciativas.

Segundo um comunica-do da CP, o Governo con-cede aos pescadores verbas isentas de juros, graças ao Fundo de Desenvolvimento e Apoio à Pesca. Desde que esse fundo foi criado, em

2007, já foram aprovados 137 pedidos, que custaram aos cofres do Governo 39 milhões de patacas.

A CP diz ainda que vai realizar uma sondagem para “actualizar os dados dos pescadores de Macau e as informações do desenvolvi-mento da pesca, e entender a situação real e as necessi-dades de pesca”.

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quarta-feira 22.5.2013cultura14 www.hojemacau.com.mo

Arte EDP Novos Artistas2013 já tem candidatosOs nove finalistas ao prémio bienal de 150 mil patacas farão em Dezembro, no Porto, a exposição a partir da qual sairá um vencedor. Do conjunto de jovens artistas seleccionados – nascidos entre 1975 e 1987 – todos espelham um país mais descentralizado do que foi em tempos norma, vindos de escolas em Lisboa e no Porto, mas também em cidades como Tomar. Os nove finalistas à décima edição do prémio EDP Novos Artistas, seleccionados entre 567 candidatos, foram anunciados esta segunda-feira: Sandro Miguel Ferreira (n. Tomar, 1975); João Ferro Martins (n. Santarém, 1979); Eduardo Guerra (n. Lisboa, 1986) e Miguel Ferrão (n. Lisboa, 1986); Mariana Caló (n. Viana do Castelo, 1984) e Francisco Queimadela (n. Coimbra, 1985); Pedro Henriques (n. Porto, 1985); Tiago Baptista (n. Leiria, 1986); Ana Santos (n. Espinho, 1982); João Mouro (n. Faro, 1985); e Luís Lázaro Matos (n. Évora, 1987). A escolha de finalistas, a partir da análise de portefólios, coube este ano a um júri constituído pelos curadores independentes Filipa Oliveira e Sérgio Mah com João Pinharanda, programador da Fundação EDP, organizadora deste prémio bienal. Apresentarão os seus trabalhos em Dezembro, numa exposição na Galeria da Fundação EDP, no Porto. O júri não está ainda apontado, mas, segundo as regras do concurso, como noutras edições, o valor do prémio deverá ser aplicado no prosseguimento de estudos ou na concretização de um projecto artístico. – T.Q.

Cinema HirokazuKore-eda em CannesO novo filme de Hirokazu Kore-eda foi apresentado, no passado Sábado, em Cannes. O realizador nipónico volta a filmar a coabitação entre crianças e adultos. Em Like Father, Like Son voltamos a reencontrar a elegância e delicadeza muito próprias no léxico de Hirokazu. Hirokazu Kore-eda começou a filmar a coabitação entre crianças e adultos (Andando, de 2008, ou O Meu Maior Desejo, de 2011), procurando descobrir o que se transmite de uns para outros e o que uns representam, como horizonte, para os outros – o que está, desde logo, presente no título do novo filme deste realizador, Like Father, Like Son. O que fazer quando, um pai, descobre que o seu filho afinal não é seu, foi trocado no hospital, e o seu foi criado com outro pai? Um casal com projecto de vida ambicioso descobre que o seu filho não é aquele que criou ao longo de seis anos, mas aquele que está com outro casal, que não tem um projecto de vida com essa ambição. Encontro das personagens com questões a servir de guia, tacteante, subtil, mas ainda em surdina um programa de perguntas e respostas para o espectador: O que é ser pai? O que é isso da “voz do sangue”? Como fazer? As personagens vão fazendo, vão aprendendo com a sua “primeira vez”. – T.Q.

Museus Do Chiado para o mundona montra do Google Art ProjectO MNAC vai ser o segundo museu português a aderir ao maior dos catálogos de arte digital. Até ao fim do ano vai disponibilizar 100 obras nesta plataforma. Dois anos depois do lançamento, a representação portuguesa no Google Art Project vai finalmente aumentar. O Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC), em Lisboa, vai juntar-se ao Museu Colecção Berardo, até agora o único português no projecto da Google. Ainda não se sabe quando estará disponível mas já é certo que vai acontecer em 2013. Entrar em contacto com a própria organização do Google Art Project é, de facto, uma forma de se poder entrar no projecto, do qual fazem parte alguns dos mais importantes museus e instituições do mundo como o Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque, o Rainha Sofia, em Madrid, ou a Galleria degli Uffizi, em Florença. Ao todo são já mais de 40 mil obras disponibilizadas via Internet e em alta definição, às quais se vão juntar agora mais 100 com carimbo português. A selecção das peças do museu do Chiado que vão ficar disponíveis online foi feita pelos conservadores das diferentes colecções para que todo o acervo do museu pudesse estar representado na sua diversidade. – T.Q.

Tiago [email protected]

No passado mês de Abril, quatro artis-tas internacionais e dois artistas locais,

permaneceram durante 25 dias na aldeia de Cheng-Long, em Taiwan, uma área protegida muito próxima da antiga al-deia costeira de Yunlin, para integrarem uma residência artística e um programa de renovação comunitária que está em curso há já quarto anos. organizado pela Fundação para a Educação Kuan-Shu, apoiado pelo Governo local de Yunlin e pelo Gabinete dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, com curadoria da americana Jane Ingram Allen, o Projecto Internacional de Arte Ambiental de Cheng--Long trouxe artistas de todo o mundo à pequena aldeia, num esforço para ajudar os habitantes locais a encontra-

Arte Zonas pantanosas estão a ser gradualmente tratadas como bem cultural

Era uma vez numa aldeia de Taiwan

rem algum valor naquilo que é visto como nada mais do que um mero desastre natural.

A grande densidade de espaços de exploração de pesca, produção agrícola e in-dústria pesada na área, obriga ao abastecimento de grandes quantidades de água, uma necessidade garantida através do bombeamento de água proveniente de grandes re-servatórios. o resultado: uma significante sedimentação dos solos. A zona de Yunlin, no sudoeste de Taiwan, é uma das áreas mais severamente afec-tadas por este problema, sendo que uma parte substancial do território está agora abaixo do nível do mar. Todos os anos ocorrem inundações, tufões e chuvas severas. A intrusão de água salgada tem causado níveis de salinidade no solo, aumento significativamente a dificuldade de produção agrícola local. A primeira grande cheia atingiu a zona

rural de Cheng-Long há cerca de 25 anos e hoje os terrenos da aldeia estão quase cons-tantemente debaixo de água, embora os níveis de inunda-ção vão variando. Através do Projecto Artístico para Cheng--Long, em consonância com a educação ambiental levada a cabo pela Fundação para a Educação Kuan-Shu, as zonas pantanosas estão a ser gradu-almente tratadas como bem cultural. o tema para 2013 é “on the Table – Aquaculture and the Environment”, o que, de acordo com Ingram Allen quer dizer que este ano as instalações estão focadas na importância da aquicultura para o desenvolvimento local.

Em vez de abrir candida-turas ao projecto, como acon-teceu em edições anteriores, para a edição de 2013 Ingram Allen e os restantes organi-zadores convidaram artistas ambientais consagrados a realizarem uma proposta de

intervenção. Dos artistas se-leccionados contam-se nomes como: Giorgio Tessadri (Itá-lia/Bélgica), Johan Sietzema (Holanda), Kuo-chun Chiu (Taiwan), Michael Rofka (Alemanha), Michael Brody (Estados Unidos da América) e Ya-chu Kang (Taiwan). En-quanto artista e crítica de arte, Ingram Allen tem trabalhado com projectos de instalação efémeros. Enquanto curadora, Ingram Allen tem procurado encorajar os artistas com quem trabalha a realizarem obras no exterior, tendo sem-pre em mente a preservação do ambiente e dos sistemas naturais. Em Cheng-Long, os artistas residentes foram convidados a fazerem as suas instalações exclusivamente com materiais reciclados e biodegradáveis, ou materiais encontrados no local como conchas, raízes, madeira e bambu.

CruzamEnTodE CulTuraso intercâmbio cultural é um ponto central do projecto de Cheng-Long. Cada artista trabalhou de perto com um voluntário de Taiwan e uma turma de alunos provenientes de escolas locais. Para além disso, os artistas visitaram arte-sãos locais de quem receberam aulas sobre técnicas tradicio-nais locais, tais como cortar e dobrar o bambu. os artistas tiveram também contacto com a produção agrícola local, assim como com algumas das práticas sociais, como disso são exemplo os festivais religiosos locais.

Quando a primeira edição do projecto ocorreu em 2010, muitos mostraram-se cépticos em relação ao valor que as acções artísticas poderiam ter para a comunidade. De acordo com Ingram Allen, a Fundação para a Educação Kuan-Shu conseguiu fazer o trabalho que se impunha, de preparação dos alunos e pro-fessores locais para receberem os artistas contemporâneos, provenientes de várias partes do mundo. Em 2013, não só os habitantes locais contri-buíram mais para o projecto como a própria aldeia está a mudar, com novos edifícios a serem construídos, incluindo um equipamento social e um conjunto habitacional. A edição de 2013 do Projecto In-ternacional de Arte Ambiental de Cheng-Long ocorreu entre 11 de Abril e 6 de Maio e o projecto foi oficialmente inaugurado ao público no dia 5 de Maio. As obras estarão patentes ao público durante o próximo ano ou até que se degradem por completo.

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15culturaquarta-feira 22.5.2013 www.hojemacau.com.mo

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em

inglês) concluiu na última sexta--feira o Congresso Internacional de Hangzhou com a emissão de uma declaração na qual reconhece o poder da cultura para o desenvol-vimento sustentável.

Alissandra Cummins, presi-dente da Conselho Executivo da UNESCO, disse que a declaração é um resultado positivo do congresso e que esta detalha oito medidas para converter a cultura num dos pilares do desenvolvimento sustentável.

Segundo a declaração, a UNESCO pede ao mundo que integre a cultura em todas as políticas e planos de desenvolvi-mento, facilite o desenvolvimento cultural, o entendimento cultural mútuo e a reconciliação cultural, salvaguarde os direitos culturais de todos para promover o de-senvolvimento social inclusivo e impulsionar o papel da cultura

A actriz chinesa Li Bingbing, uma das mais populares no país

asiático, foi confirmada no elenco do quarto filme da saga “Transfor-mers”, informou nesta terça-feira a imprensa oficial chinesa.

Li, que já participou de vários filmes americanos, entre eles “Flor da Neve e o Leque Secreto” (2010) e “Resident Evil 5 - Retri-buição” (2012), actuará ao lado de estrelas como Mark Wahlberg e Stanley Tucci, enquanto o filme, assim como os três anteriores, terá direcção de Michael Bay e deverá estrear somente em 2014.

COMO actor, já foi herói de ficção científica, policia e até

Hamlet. Agora, Keanu Reeves salta para o outro lado da câmara, como realizador de um filme de artes marciais contemporâneas, voltado para dois públicos: o chinês e o oci-dental. O trilingue “Man of Tai Chi” é inspirado na vida do duplo Tiger Chen, que ficou amigo de Reeves durante as filmagens de “Matrix”.

Reeves, que está no Festival

Cinema Actriz chinesa será protagonista no quarto filme da saga Transformers

A estrelaLi Bengbing

Keanu Reeves estreia-se na realização com filme de Kung Fu

Falado em inglês,cantonês e mandarim

Património UNESCO divulga declaração de Hangzhou sobre cultura

Pilar do desenvolvimentona redução da pobreza e no de-senvolvimento inclusivo.

O documento também defende usar a cultura para obter a sustenta-bilidade do meio ambiente, assim como para melhorar a habilidade das pessoas em enfrentar os de-sastres e adaptar-se à mudança climática.

A cultura deve ser valorizada e protegida para as futuras gerações, e deve ser utilizada para melhorar a sustentabilidade e a utilização de recursos nas cidades e fomentar novos modelos de cooperação, diz a declaração.

Hao Ping, vice-ministro chinês da Educação, disse que as medidas propostas na declaração tem um impacto significativo na futura

Além da presença da estrela chinesa, Bay confirmou que várias cenas do filme serão rodadas na China, seguindo a estreita colaboração entre Hollywood e o mercado asi-ático, como sucedeu em “Ho-mem de Ferro 3”, a primeira co-produção entre China e os estúdios americanos.

Li Bingbing é mais famosa no seu país por ter feito papéis de protagonistas em grandes sucessos locais e de Hong Kong, como “Tian Xia Wu Zei” (“Um mundo sem ladrões”) e “The Knot”. Além de actriz, Li também é conhecida seu trabalho filan-trópico, como embaixadora da organização ambientalista WWF.

O terceiro filme da saga, “Transformers: O Lado Oculto da Lua” (2011), é o quarto filme que mais arrecadou na história da bilheteira dos cinemas chineses - a segunda estrangeira, depois de “Avatar”.

de Cannes para promover o lan-çamento do filme, previsto para este ano, disse que sempre quis aventurar-se na realização e na qual passou cinco anos a criar o guião. “Também estava destinado a ficar mais velho”, disse Reeves, de 48 anos, que igualmente actua em “Man of Tai Chi”.

Reeves contou que o protagonis-ta, interpretado por Chen, é um duplo e especialista em artes marciais que

luta para manter as suas crenças e valores tradicionais contra as pres-sões da sociedade moderna.

O protagonista de “Matrix” inter-preta um vilão que atrai Chen para as lutas clandestinas, com a promessa de dinheiro, ‘glamour’ e poder.

O filme é falado em inglês, cantonês e mandarim, foi filmado na China e em Hong Kong, e teve participação de estúdios da China e dos Estados Unidos.

agenda de desenvolvimento do mundo e constituem um marco na história mundial do desenvol-vimento cultural.

Mais de 400 delegados de 81 países e 20 organizações interna-cionais assistiram ao congresso, que foi inaugurado na última quarta-feira em Hangzhou, capital da Província de Zhejiang, leste da China.

Francesco Bandarin, director--geral adjunto para a cultura da UNESCO, disse que é um bom momento para enviar a mensagem correcta sobre a protecção cultural no congresso de Hangzhou pois a conferência anterior para promover as políticas culturais foi realizada em Estocolmo em 1998.Alissandra Cummins

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quarta-feira 22.5.2013desporto16 www.hojemacau.com.mo

Faz-se público que se vai realizar uma venda em hasta pública de sucata resultante de veículos, de bens e de sucata de bens, que reverteram a favor da Região Administrativa Especial de Macau nos termos da lei ou que foram abatidos à carga pelos serviços públicos. Os locais, dias e horas marcadas para visualização dos bens agora colocados à venda, para efeitos de prestação da caução e da hasta pública propriamente dita, são os seguintes:Visualização dos bens1. Sucata resultante de veículos, de bens e de sucata de bens

Na tabela abaixo indicada encontram-se discriminados os lotes de sucata resultante de veículos, os lotes de bens e os lotes de sucata de bens colocados à venda, bem como, a respectiva data, hora e local para visualização dos mesmos na presença de trabalhadores da Direcção dos Serviços de Finanças:

No. de lote Local de armazenamento Data de identificação Horário(1) Local (2)

VS01,VS02; MS01 Macau 27/05/2013 10:00am Edf. Veng Fu Shan Chuen (Rua da Penha, nº 3 – 3C em Macau)

VS03, VS04, VS05, MS02,MS03,MS04MS05;

L01(de parte)

Coloane 27/05/2013 03:00pm Entrada do Posto de Saúde de Coloane (Largo do Presidente António Ramalho Eanes em Coloane)

L01(de parte), L02 BL01, BL02, BL03, BL04, BL05,

BL06Macau 28/05/2013 10:00am Armazém entre Av. Doutor Rodrigo Rodrigues e

Estrada do Reservatório em Macau

Nota (1) A visualização de sucata resultante de veículos, de bens e de sucata de bens inicia-se, impreterivelmente, quinze minutos após a hora marcada, não sendo organizada uma

outra oportunidade para o efeito. Os interessados devem providenciar meio de transporte para se deslocarem ao local de armazenamento de cada lote. (2) Para se dirigir aos locais de armazenamento de sucata resultante de veículos, de bens e de sucata de bens, devem os interessados concentrar-se nos locais acima indicados.

Não há lugar à visualização de sucata resultante de veículos, de bens e de sucata de bens no dia da hasta pública, mas são projectadas fotografias dos mesmos através de computador.

2. As listas de bens podem ser consultadas na sobreloja do Edifício “Finanças”, ou na página electrónica desta Direcção dos Serviços (website: http://www.dsf.gov.mo). As listas dos bens com descrição pormenorizada podem ser consultadas no 8º andar do Edifício “Finanças”, sala 803.Prestação de caução

Período Desde a data do anúncio até ao dia 29 de Maio de 2013

Montante: $3,000.00 (três mil patacas)

Modo de prestação da caução: - Por depósito em dinheiro ou cheque, o qual será efectuado mediante a respectiva guia de depósito e paga em instituição bancária nela indicada. A referida guia de depósito será obtida na sala 803 do 8º andar do Edifício “Finanças”, sito em Macau na Avenida da Praia Grande, n.ºs 575, 579 e 585; ou,

- Por garantia bancária, de acordo com o Modelo constante do anexo I das Condições de Venda

Realização da Hasta Pública

Data: 30 de Maio de 2013 (quinta-feira)

Horário: às 09:00 horas – registo de presençasàs 10:00 horas – início da hasta pública

Local: Auditório, na Cave do Edifício “Finanças”, sito em Macau na Avenida da Praia Grande, n.ºs 575, 579 e585.

Consulta das Condições de VendaAs Condições de Venda podem ser: - obtidas na sala 803 do 8º andar do Edifício “Finanças”, sito em Macau na Avenida da Praia Grande, n.ºs 575, 579 e 585. - consultadas na sobreloja do Edifício “Finanças”, ou na página electrónica da Direcção dos Serviços de Finanças (website: http://www.dsf.gov.mo).

A Directora dos ServiçosVitória da Conceição

ANÚNCIOVENDA EM HASTA PÚBLICA

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO PARA “OBRA DE REMODELAÇÃO DAS NOVAS INSTALAÇÕES

DA DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE PROTECÇÃO AMBIENTAL ”1. Entidade que põe a obra a concurso: Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.2. Modalidade de concurso: Concurso Público.3. Local de execução da obra: Estrada de D. Maria II, Edifício dos Correios.4. Objecto da Empreitada: Remodelação.5. Prazo máximo de execução: 240 dias (duzentos e quarenta dias).6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do Acto Público do

Concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por Série de Preços . 8. Caução provisória: $510 000,00 (quinhentas e dez mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou

seguro-caução aprovado nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos

pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).10. Preço Base: não há.11. Condições de Admissão: Serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras,

bem como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: Secção de Atendimento e Expediente Geral da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, R/C, Macau;Dia e hora limite: dia 20 de Junho de 2013 (quinta-feira), até às 12:00 horas.Em caso de encerramento desta Direcção de Serviços na hora limite para a entrega de propostas acima mencionada por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora limites estabelecidas para a entrega de propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte.

13. Local, dia e hora do acto público:Local: Sala de reunião da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 5º andar, Macau;Dia e hora: dia 21 de Junho de 2013 (sexta-feira), pelas 9:30 horas.Em caso de adiamento da data limite para a entrega de propostas mencionada de acordo com o número 12 ou em caso de encerramento desta Direcção de Serviços na hora estabelecida para o acto público de abertura das propostas acima mencionada por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora estabelecidas para o acto público de abertura das propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80º do Decreto-Lei n.º74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: Departamento de Edificações Públicas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 17º andar, Macau;Hora: horário de expediente (Das 9:00 às 12:45 horas e das 14:30 às 17:00 horas)Na Secção de Contabilidade da DSSOPT, poderão ser solicitadas cópias do processo de concurso ao preço de $2 300,00 (duas mil e trezentas patacas).

15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:- Preço razoável 60%;- Plano de trabalhos 10%;- Experiência e qualidade em obras 18%;- Integridade e honestidade 12%.

16. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer no Departamento de Edificações Públicas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 17º andar, Macau, a partir de 03 de Junho de 2013 (inclusivé) e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Macau, aos 16 de Maio de 2013.O Director dos Serviços Jaime Roberto Carion

Vítor Pereira vai mesmo deixar o FC Porto, apesar de

vitória arrancada a ferros na última curva, da conquista deste ano que se junta à da época passada, de o tri-campeonato fazer reluzir os diamantes dos dragões e de ser ele também autor de uma das carreiras mais impressionantes na história da Liga.

o treinador portista já foi informado da decisão e essa infor-

mação não lhe foi prestada recen-temente, o desenlace começou a ganhar expressão efectiva depois do afastamento do FC Porto da Liga dos Campeões e logo de seguida do empate na Madeira frente ao Marítimo, resultado que deixou os dragões inquietos na corrida ao título nacional.

A revolta do FC Porto mesmo em cima do final de época, com a conquista do título nacional - que

sempre foi prioridade máxima - ao Benfica, não fez a SAD portista desviar-se de ideias relativamente ao treinador, Vítor Pereira termina contrato a 30 de Junho e certamen-te não irá renová-lo, tem luz verde para procurar outro caminho e o FC Porto segue por sua vez para outra experiência de vida e vai a partir de agora acelerar contactos com os nomes que já terá em car-teira para fazer a rendição.

Se o real Madrid pretende que Carlo Ancelotti assuma o leme

do plantel dos merengues, após a anunciada saída de José Mourinho, o PSG também está interessado em activos dos merengues.

Além de Cristiano ronaldo, os campeões franceses querem apetre-char o plantel para a próxima tempo-rada com três jogadores que fazem parte dos quadros dos espanhóis. Di María, Fábio Coentrão e Pepe.

o extremo argentino é o objectivo número um dos parisienses. A viver a pior época desde que trocou o Benfica pelo Real Madrid, Di María, cujas características enchem as medidas ao director desportivo Leonardo, vê com bons olhos a possibilidade de ingressar no PSG, refere a Marca. esta operação poderá custar cerca de 25 milhões de euros aos cofres dos parisienses, que têm na equipa Lavezzi e Pastore.

Com a saída de José Mourinho, o espaço de Fábio Coentrão no San-tiago Bernabéu ficou reduzido. Asse-

gura a mesma fonte que o presidente do clube, Florentino Pérez, pediu ao empresário do esquerdino, Jorge Mendes, que negociasse a saída dele.

o líder do emblema madrileno está ciente que não conseguirá ar-recadar 30 milhões de euros com a transferência – valor pago ao Benfica há duas épocas.

O PSG, que conta com Ma-xwell, 32 anos, e tiéné, adaptado à posição, está de braços abertos à espera da chegada do caxineiro ao Parque dos Príncipes. o negócio poderá concretizar-se por uma ver-ba a rondar os 20 milhões de euros.

Por fim, Pepe. Caído em des-graça desde que saiu a terreiro a defender Casillas, o luso-brasileiro perdeu espaço de manobra na equi-pa e também deverá ser vendido.

O PSG vai reforçar o centro da defesa e o nome de Pepe surge no topo das prioridades dos gauleses. o antigo jogador do Marítimo e FC Porto é também seguido pelo Man. City.

Futebol PSG aposta forte nas contratações de jogadores madrilistas

Di María, Pepee Fábio Coentrão

FC Porto Pinto da Costa não renova com treinador campeão

Vítor Pereira diz adeus

Page 17: Hoje  Macau 22 MAI 2013  #2855

17quarta-feira 22.5.2013 www.hojemacau.com.mo futilidades

Sudoku [ ] Cruzadas

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Aqui há gato

[Tele]visão

Pu Yi

SoluçõeS do problema

HORIZONTAIS: 1-ECOS. MIADOR. 2-MAU. SAL. ABA. 3-II. BILHA. ID. 4-T. FECHADO. A. 5-EDEN. A. ICE. 6-MANJA. PRUMO. 7-RIO. B. ELAR. 8-S. XILENIO. A. 9-AS. MACES. DD. 10-DOA. COM. CRO. 11-OBVIAS. ZOAR.VERTICAIS: 1-EMITEM. SADO. 2-CAI. DAR. SOB. 3-OU. FENIX. AV. 4-S. BENJOIM. I. 5-SIC. A. LACA. 6-MALHA. BECOS. 7-ILHA. P. NEM. 8-A. ADIREIS. Z. 9-DA. OCULO. CO. 10-OBI. EMA. DRA. 11-RADA. ORADOR.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUçãO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1-Toadas, boatos. Que mia muito. 2-Bruto. Malícia (Fig.). Protecção. 3-Vogais. Iguais. Vaso bojudo, de gargalo estreito, geralmente de barro. Idem (abrev.). 4-Encerrado. 5-Paraíso terreal. Eleve, erga. 6-Comida (Prov.). Instrumento que serve para determinar a direcção vertical. 7-Corrente de água. Segurar-se com as gavinhas. 8-Carboneto de hidrogénio proveniente da destilhação da hulha. 9-Carta de jogar. Importunes, enfades. Consoantes iguais. 10-Faz doação. Combinação, mistura (Prep.). Jogo semelhante ao da paciência. 11-Evitas um mal. Zunir, zumbir.

VERTICAIS: 1-Irradiem. Rio que banha o distrito de Beja. 2-É engnado. Entregar, Debaixo de. 3-De outro modo. Ave fabulosa, única no seu género, a qual durava séculos e que, queimada, renascia das próprias cinzas (Mit.). Avenida (abrev.) 4-Espécie de resina perfumada que corre das incisões feitas no tronco do benjoeiro. 5-Tal como foi ditto. Verniz preto ou vermelho. 6-Dá pancada, bate. Vielas. 7-Porção de terra cercada de água por todos os lados. E não. 8-Agregareis. 9-Imprime. Luneta. Cobalto (s.q.). 10-Rio da Rússia. Ave corredora. Doutora (abrev.) 11-Porto abrigado. Declamador.

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TdM 13:00 TDM News - Repetição13:30 Telejornal + 360º (diferido)14:40 RTPi DIRECTO19:00 TDM Entrevista (Entrevista)19:30 Vingança20:30 Telejornal21:00 Montra do Lilau21:30 A Páginas Tantas22:00 Escrito nas Estrelas23:00 TDM News23:30 Mistérios de Lisboa 00:30 Telejornal – Repetição01:00 RTPi Directo

INFORMAçãO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:40 Viva a Música15:30 Portugal Negócios16:00 Bom Dia Portugal 17:00 AntiCrise17:20 Portugal Aqui Tão Perto18:10 O Teu Olhar (Telenovela)19:00 Pedro Cabrita Reis20:00 Jornal da Tarde 21:15 O Preço Certo22:10 Construtores de Impérios22:35 ler +, ler melhor22:45 Portugal no Coração

30 - FOX Sports 12:30 Russian Premier Liga 2012/13 Zenit St Petersburg vs. Volga Nizhny Novgorod14:30 HP Byron Nelson Championship15:30 MLB Regular Season 2013 New york yankees vs. Baltimore Orioles18:30 (Delay) Baseball Tonight International 201319:30 (LIVE FOX SPORTS Central20:00 FINA Aquatics World 201320:30 Chang World Of Football 2012/1321:00 HP Byron Nelson Championship22:00 FOX SPORTS Central22:30 Chang World Of Football 2012/1323:00 HP Byron Nelson Championship

31 - STAR Sports13:00 Pgm - Asean A’famosa Masters14:00 HSBC Asian 5 Nations Rugby 2013 Korea vs. Hong Kong16:00 HSBC FEI Classics 2012/201317:00 Max Power 201317:55 (LIVE) AFC Champions League 2013 Kashiwa Reysol vs. Jeonbuk Hyundai Motors19:55 (LIVE) AFC Champions League 2013 Guangzhou Evergrande vs. Central Coast Mariners22:00 Mobil 1 The Grid 201322:30 Smash 201323:00 Malaysian Invasion Mixed Martial Arts Fighting Championship

40 - FOX Movies11:25 We Bought A Zoo13:30 Dylan Dog15:20 Cruel Intentions16:55 The Covenant18:35 Pirates Of The Caribbean21:00 One For The Money22:35 The Barrens00:15 The Big year

41 - HBO12:00 The Girl13:30 Catwoman15:15 Kangaroo Jack16:45 Moonlight And Valentino18:30 Accepted20:00 Crazy, Stupid, Love22:00 Sherlock Holmes00:10 Red Riding Hood

42 - Cinemax12:00 Dragon Wasps13:45 Bad Company15:45 The Making Of Dead Mine16:00 The Wrecking Crew17:45 Green Lantern19:15 Sliver20:50 Superman/Batman22:00 Twins23:45 National Lampoon’S Animal House

MedriCASJá estou um pouco farto de gastar as minhas orelhinhas com isto e acredito que também vocês, leitores, estejam. Mas esta situação da política de aceitar estudantes do exterior para trabalhar em Macau está a criar tanta polémica, que é-me impossível não falar nisto. Bem, antes de mais não consigo perceber bem de que tipo de licenciados estamos para aqui a falar. Se o Chefe do executivo diz que a ideia é angariar recursos humanos para diversificar Macau, ontem vem o Gabinete de estudo das Políticas dizer que esses servirão para os projectos futuros dos casinos. Ora bem, compreendo que deputados e população andem confusos com isto, mas peguemos na ideia do Chefe do executivo. Há que apoiar e não percebo como é que tantos deputados se mostram tão chateados com isto. Analisemos: os jovens de Macau são burros que nem portas (e digo isto com experiência de contacto escolar com alunos da UMAC e do iPM). Não se interessam por outro ramo que não o sector do jogo – porque é este que lhes dá dinheiro -, logo faltam montes de recursos humanos para outros sectores. Tudo o que querem é a mais recente carteira da Hello Kitty, o mais novo iPad e andar com dois iPhones – o 4s e o 5. Não sabem o que é a competitividade e não querem menos que dinheiro. daí, acho muito bem que Chui Sai On pense em permitir que estudantes que se licenciem em Macau fiquem por cá a trabalhar – desde que não em casinos. Já que há tanto medinho dos jovens de Macau em que se lhes tirem os lugares nos casinos, então pronto não os deixam ser croupiers ou dealers. Mas permitam que cá fiquem para diversificar Macau, porque se contarmos com os nossos jovens para fazer isso, esqueçam lá. Não percebo, sinceramente, porque são tão medricas. Vivemos numa sociedade onde há pleno emprego, não faltam lugares, nem nos casinos. Na minha opinião, só lhes fazia bem um pouquinho de competitividade para deixarem de ser tão mimados e crescerem para a vida real. É que, pelo que já vi, os jovens da China que estudam nas universidades de Macau são bem de longe mais aplicados, espertinhos e dedicados aos estudos do que os mimadinhos que recebem cheques do Governo.

LioneL Asbo • Martin Amis durante o expediente matinal na prisão, Lionel Asbo, um delinquente de médio porte de diston – zona fictícia de Londres – recebe a notícia de que ganhou 139 milhões de libras na lotaria. enquanto Lionel desbarata a fortuna, a um débito alucinante, e espreme todos os proveitos que pensa poder retirar da fama – des, o sobrinho, está nos antípodas: é um rapaz inteligente e sensato, que procura no estudo e no trabalho, e numa relação estável, um sentido para a vida. Um romance cómico, visceral, hiperbólico – uma sátira da inglaterra contemporânea e da obsessão contemporânea pelo dinheiro e pela celebridade.

o Terceiro Gémeo • Ken Follett A cientista Jeannie Ferrami, especialista em gémeos e nos componentes genéticos da agressão, faz uma descoberta espantosa. recorrendo a um banco de dados do FBi, descobre dois homens que parecem ser gémeos verdadeiros: Steve, estudante de direito, e dennis, assassino condenado. No entanto, nasceram em dias diferentes, de mães distintas, em hospitais separados por centenas de quilómetros. Que segredo terá ela desvendado? Poderá confiar no seu chefe e mentor, ou terá de pôr a sua vida nas mãos de Steve Logan, o gémeo por quem se apaixona, apesar de ele estar envolto em intriga e suspeita?

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quarta-feira 22.5.2013opinião18 www.hojemacau.com.mo

Gonçalo Calado*in Público

extinção é um problema nosso, não só porque como espécie estamos a interferir directamente na taxa de extinção, mas também porque seremos directamente afectados por isso.

Todos os dias é dia de qualquer coisa: do sono, da água, dos oceanos, de várias doen-ças, do canhoto, da família… Sempre duvidei da eficácia destes dias, além de programarem melhor as agendas das pessoas ocupadas, sejam simplesmente filhos que esperam pelo dia do pai e da mãe, ou distintos governantes que não perdem a oportunidade para, no dia do tema que tutelam, anunciarem mais uma medida sobre o assunto. Depois, é o ano inteiro para irmos pensando noutras coisas. O mesmo se passará este ano, de novo, com o dia da biodiversidade que, como todos os anos, se comemora a 22 de Maio. Saberemos de uns que estamos no bom caminho, de outros que estamos no mau caminho, e dos geradores de consensos a qualquer custo que temos feito progressos significativos, mas que será necessário fazer muito mais com a colaboração de todos.

Ainda assim, reconheço em vários sectores da sociedade um real aumento do interesse e preocupação sobre esta temática.

Não existe uma verdadeira consciência colectiva de que a extinção é para sempre. No fundo, há uma centelha de esperança de que “os cientistas”, mais cedo ou mais tarde, ressuscitam as espécies que extinguimos, pelo menos as mais giras ou mais úteis. Por agora, o tigre da Tasmânia já só existe num museu, embalsamado, num frasco, ou em peles para tapetes. O Solitário Jorge, a última tartaruga gigante das Galápagos proveniente da Ilha Pinta morreu o ano passado

Para um dia internacional da extinção

AA nível internacional, destaco o esforço feito para atribuir um valor económico à biodiversidade e aos serviços que presta à humanidade, sendo possível fazer compara-ções de cenários de protecção, exploração, destruição e recuperação de vários ecos-sistemas, utilizando a mesma unidade – o dinheiro. Este processo revelou-se bastante eficaz para muitas decisões que temos de tomar, mas certamente não resolveu tudo no que à biodiversidade diz respeito.

O problema mais difícil, e que a aborda-gem da valoração económica da biodiver-sidade não irá certamente resolver, é o da extinção. A extinção é o fluxo de saída do reservatório que se chama biodiversidade. Este reservatório vive do balanço entre a evolução de novas espécies, o fluxo de entrada, denominado especiação na gíria científica, e a extinção. Acontece que ac-tualmente estes dois fluxos estão muito

desequilibrados e operam a escalas de tempo muito distintas. O resultado é que o reser-vatório está a esvaziar-se, ou seja, estamos a perder muito mais espécies do que as que vão surgindo. Ao contrário do orçamento do Estado – outro reservatório com entradas e saídas – em que existem opiniões opostas e discutíveis sobre se o caminho é cortar na despesa ou aumentar a receita, na gestão da biodiversidade não nos é conhecido o poder de criar novas espécies, pelo menos em grande escala, sendo certamente mais sensato cuidar o melhor possível das que por cá estão.

A extinção não será certamente um pro-blema da vida na Terra, que já sofreu vários períodos de extinções em massa muito antes de a nossa espécie existir. É sim um problema nosso, não só porque como espécie estamos a interferir directamente na taxa de extinção, mas também porque seremos directamente

afectados por isso. Aqui poderemos voltar aos serviços que alguns ecossistemas degradados e com espécies extintas podem deixar de nos prestar, e à atribuição de um valor em dinheiro, mas era bom que não fosse necessário. Era bom que conseguíssemos entender que a taxa de extinção actual é má só por si.

A meu ver não existe uma verdadeira consciência colectiva de que a extinção é para sempre. No fundo, há uma centelha de esperança de que “os cientistas”, mais cedo ou mais tarde, ressuscitam as espécies que extinguimos, pelo menos as mais giras ou mais úteis. Por agora, o tigre da Tasmânia já só existe num museu, embalsamado, num frasco, ou em peles para tapetes. O Solitário Jorge, a última tartaruga gigante das Galápagos proveniente da Ilha Pinta morreu o ano passado. Esta ainda tive a felicidade de ver viva, ou morta-viva, que foi o que senti.

Face ao exposto, e apesar das minhas reservas, talvez um dia da extinção não fosse inoportuno, se ainda existirem dias vagos. Talvez assim pudéssemos, uma vez por ano, ver anunciada alguma medida proactiva que visasse a tomada de consciência colectiva da irreversibilidade da extinção.

*Biólogo, professor auxiliar na Universidade Lusófona em Lisboa e colaborador da Fundação Calouste

Gulbenkian na Iniciativa Oceanos

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19opiniãoquarta-feira 22.5.2013 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

A alegria e o prazer de nos sentirmos parte na construção de um futuro melhor eram infinitamente maiores do que o desconforto do suor. O que será que mudou no comportamento do meu povo que tarda, em tempos de crise, em unir-se para minorar os efeitos dessa mesma crise ? Faz-me lembrar o jogo da corda em que cada grupo puxa para seu lado até uns cairem ou a corda partir

Contra a maréa pal içadaCorreia Marques

“Embora os meus olhos sejamOs mais pequenos do mundo,O que importa é que eles vejamO que os homens são no fundo”

António Aleixo, poeta popular português

a última semana manifestei a intenção de preferencialmente escrever sobre coisas que revelem a face boa do ser humano. Pre-tendo trilhar esse caminho, mas acreditem que não é tarefa fácil se

para tanto nos socorrermos apenas da im-prensa escrita de Macau. Sem querer ser injusto, acho que a única notícia «boa» que li no conjunto dos jornais de Macau em língua portuguesa, desde a passada quarta-feira, foi aquela que nos dá conta de que 353 pessoas se inscreveram, cá na terra, como doadores de medula óssea.

Eu sei que as boas notícias não vendem. Sei, também, que muita gente as primei-ras páginas dos jornais que lê são as da necrologia, dos acidentes com mortos e feridos e dos crimes de faca e alguidar. Reminiscências dos folhetos de crimes passionais vendidos nos comboios por ce-guinhos tocadores de acordeão, nos tempos da «outra senhora»? Ou será por acaso que em Portugal existe (ou existiu, não sei se já acabou) um jornal com o título «O crime», e outros dele se aproximam em termos de propósitos editoriais? Não tenhamos dúvidas, as mentalidades não se alteram por decreto, nem por simples mudanças de

governo. E, fomentar o culto mórbido da desgraça leva ao conformismo de que os governos tanto gostam. adiante.

Foi no Telejornal da RTP que ouvi a notí-cia de que uma empresa da área da indústria química financiou os custos dos materiais necessários à reabilitação das instalações de um serviço de uma instituição particular de solidariedade social (em Campanhã, Porto) e de que os populares se voluntariaram e disponibilizaram trabalho gratuito, alegre e solidário pra efetuar a reparação. E, da conjugação da solidariedade de uma empresa comercial, com sentido de responsabilidade social, e da força de trabalho anónimo vinda, porventura, de quem pouco mais tem para

dar do que essa mesma disponibilidade para o trabalho -que a sociedade rejeita- nasceu a obra: o sonho virou realidade. Perdoem-me o brasileirismo mas eu gosto do simbolismo direto e forte de muitas palavras brasileiras.

Um ótimo exemplo este. E trouxe-me à memória a forma como aos fins de semana, na minha aldeia, nos voluntariávamos para ajudar a construir a casa do amigo ou do vi-zinho. Ou, a forma como nos tempos a seguir ao 25 de Abril os jovens fizeram brigadas de trabalho voluntário para limpar as ruas, os caminhos e as levadas da minha aldeia. a alegria e o prazer de nos sentirmos parte na construção de um futuro melhor eram infinitamente maiores do que o desconforto do suor. O que será que mudou no compor-tamento do meu povo que tarda, em tempos de crise, em unir-se para minorar os efeitos dessa mesma crise ? Faz-me lembrar o jogo da corda em que cada grupo puxa para seu lado até uns cairem ou a corda partir.

E que fazem as autarquias para fomentar o espírito de entreajuda? Umas muito, outras pouco, outras nada, que elas são geridas por pessoas. Eu imagino as terras fertéis, mas a monte, das ínsuas da minha beira-rio ocupadas com hortas coletivas, cultivadas por trabalho solidário, para alimento dos necessitados do concelho e como fornece-dor de instituições sem fins lucrativos que se dedicam a fornecer refeições gratuitas aos necessitados. A ideia aqui fica. E terra fértil não cultivada não falta pelo país fora. É uma questão de liderança, de conjugar boas-vontades.

N

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quarta-feira 22.5.2013www.hojemacau.com.mo

pub

car toonpor Steff

tornado em oklahoma

Política foi tema no Conselho de EstadoVários membros do Conselho de Estado falaram ontem à noite no cenário de eleições antecipadas ao analisar a situação política actual. De acordo com o Diário de Notícias, na edição online, seria essa a resolução para uma crise política que deve ser falada antes de se pensar num país pós-troika. Assim, refere a peça, o tema lançado pelo presidente da República - discutir a economia Portuguesa no pós-troika - não foi o único a ser discutido, com vários conselheiros a não se escusar a falar da situação actual do país. Cavaco Silva acabou por bloquear referências ao tema no comunicado final; defendeu que este não podia sair do tema da ordem de trabalhos e, sublinha o DN, invocou uma norma do regimento do Conselho de Estado que o autoriza a fazer uma nota informativa focando apenas “parte do objecto da reunião e dos seus resultados”.

Obama declarou estado de desastreem OklahomaO presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou estado de desastre na região de Oklahoma, ordenando assim ajuda federal para complementar os esforços estaduais e nas localidades mais afectada por tornados desde dia 18, tendo já morrido 91 pessoas. Esta acção permite que fundos federais fiquem disponíveis, estando já designadas algumas dos concelhos: Cleveland, Lincoln, McClain, Oklahoma e Pottawatomie. Estas ajudas incluem habitação temporária ou empréstimos com juros baixos para a recuperação de casas. Pelo menos 91 pessoas, 20 delas crianças, morreram em várias localidades do estado, tendo uma escola em Moore sido a mais atingida.

Protesto no telhado da Basílica de S. PedroO empresário italiano Marcello Di Finizio, que ontem subiu pela terceira vez à cúpula da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para protestar contra a crise e o euro, passou a noite no local. Di Finizio é dono de um restaurante em Trieste e devido à crise está em vias de perder o negócio. Já subiu à basílica em duas ocasiões no ano passado, a 30 de Julho e 3 de Outubro, para manifestar-se contra a crise e a austeridade imposta pela União Europeia à Itália. Perante o olhar dos turistas, Di Finizio desdobrou um cartaz que diz “Parem com este massacre, o show de horrores político continua; ajude-nos, Papa Francisco”. Como das outras vezes, entrou como turista, saltou barreiras de segurança e conseguiu chegar à cúpula.

Múltiplos ataques matam seis pessoasPelo menos seis pessoas morreram esta terça-feira e 72 ficaram feridas em ataques registados em várias regiões do Iraque. Três pessoas morreram e 43 ficaram feridas na explosão de dois carros-armadilhados no bairro de maioria xiita de Hussein, no centro da cidade de Al Tuz; em Kirkuk, a 250 quilómetros da capital, outras duas pessoas morreram e 25 ficaram feridas após a explosão de três artefactos num mercado. Em Tarmiya, a 30 quilómetros de Bagdade, um soldado iraquiano morreu e quatro ficaram feridos no ataque de um grupo armado, no qual dois suicidas detonaram explosivos que traziam presos ao corpo.

Português ferido em queda de balãoO português envolvido no acidente com um balão de ar quente segunda-feira na Turquia, no qual morreram três pessoas, é o piloto do dirigível. Três turistas brasileiras morreram e 22 pessoas ficaram feridas na sequência da queda do balão em que seguiam, na zona turística da Capadócia. As primeiras notícias deram conta de que entre os feridos estava um turista português. Esta terça-feira, fonte da embaixada portuguesa esclareceu à agência Lusa que o homem é residente na Turquia e piloto do balão.

o pré-candidato à assembleia legis-lativa de macau luís Pedruco apre-sentou ontem a associação “macau século XXI” que visa a “integração

e conhecimento” das diversas comunidades residentes na cidade.

a 21 de maio, com 21 sócios fundadores, a “macau Século XXI” é criada depois de vários meses de debate suscitado pela pré--candidatura de luís Pedruco a deputado à assembleia legislativa de macau e surge pela necessidade de “macau acompanhar o desenvolvimento deste século”, explicou o próprio à agência lusa.

além da integração das diversas comuni-dades, luís Pedruco preconiza também como missão da associação a “promoção da cidadania e o estímulo de participação da juventude” na sociedade, uma questão de futuro para a comu-nidade portuguesa/macaense local.

Para a candidatura à assembleia legislativa, luís Pedruco irá apresentar-se a sufrágio com recurso a 300 assinaturas de eleitores locais e escusa-se a determinar que a associação agora criada seja, no futuro, a base de outras candi-daturas. “É uma associação de futuro, para o futuro de Macau com objectivos definidos o que pode ou não passar por uma intervenção política”, sublinhou.

a candidatura à assembleia legislativa surge pela “vontade” de participação na vida política e cívica de macau de uma família “com mais de dez gerações na cidade” e pelo reconhecimento de que a comunidade “tem de participar mais e ser mais activa nas questões locais”. “Quero dar o meu contributo”, assinalou luís Pedruco que leva para a nova associação representantes de várias profissões e gente de várias gerações mais ou menos interventivos na sociedade de macau. - Lusa

Eleições 2013 Pré-candidato à assembleia legislativa de macau lançou associação

“Macau Século XXI”