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TUI DO LADO DO GOVERNO Pedro Chiang perde concessão de terras PÁGINA 3 CHEFE DO EXECUTIVO NA AL Chui sem sumo: velhas promessas, velhos discursos PÁGINA 2 JESUÍTAS DE MACAU O catolicismo que uniu o Japão CENTRAIS TEMPO AGUACEIROS OCASIONAIS MIN 22 MAX 26 HUMIDADE 65-95% • CÂMBIOS EURO 10.3 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB PUB MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ SEXTA-FEIRA 27 DE ABRIL DE 2012 ANO XI Nº 2599 PUB Ter para ler Apesar de não haver autoridades que as protejam quando saem à rua, há um centro do Governo à disposição das vítimas de lenocínio. O local só serve como abrigo, mas os casos de tráfico levam os responsáveis a ponderar criar mais um centro que apoie as mulheres. PÁGINA 5 Vítimas de tráfico humano têm um centro de abrigo mas falta-lhes protecção Liberdade perigosa ÉPOCA DE TUFÕES Tempestades de sinal 8 podem chegar em Maio PÁGINA 13

Hoje Macau 27 ABR 2012 #2600

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Edição do Hoje Macau de 27 de Abril de 2012 • Ano X • N.º 2600

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TUI DO LADO DO GOVERNO

Pedro Chiang perde concessão de terras

PÁGINA 3

CHEFE DO EXECUTIVO NA AL

Chui sem sumo: velhas promessas, velhos discursos

PÁGINA 2

JESUÍTAS DE MACAU

O catolicismo que uniu o Japão

CENTRAIS

TEMPO AGUACEIROS OCASIONAIS MIN 22 MAX 26 HUMIDADE 65-95% • CÂMBIOS EURO 10.3 BAHT 0.2 YUAN 1.2

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

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MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • SEXTA-FEIRA 27 DE ABRIL DE 2012 • ANO XI • Nº 2599

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Ter para ler

Apesar de não haver autoridades que as protejam quando saem à rua, há um centro do Governo à disposição das vítimas de lenocínio. O local só serve como abrigo, mas os casos de tráfico levam os responsáveis a ponderar criar mais um centro que apoie as mulheres. PÁGINA 5

Vítimas de tráfico humano têm um centro de abrigo mas falta-lhes protecção

Liberdade perigosa

ÉPOCA DE TUFÕES

Tempestadesde sinal 8 podem chegar em Maio

PÁGINA 13

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2 política sexta-feira 27.4.2012www.hojemacau.com.mo

Lei do Trabalho precisa de revisão, diz Chui Sai OnO Chefe do Executivo anunciou ontem na Assembleia Legislativa ser o momento oportuno para rever a Lei das Relações do Trabalho. Chui Sai On diz que já se passaram três anos desde a sua implementação e, por isso, o diploma tem de sofrer alterações. Também o regime de pagamento antecipado em caso de falência da empresa, que garante o pagamento aos funcionários, vai entrar em processo legislativo este ano, garantiu o líder do Governo, depois de existir consenso no Conselho de Concertação Social. - J.F.

“PARA aperfeiçoar as nossas indús-

trias temos de caminhar para um desenvolvimento através da cooperação regional”, garantiu ontem Chui Sai On, na sua pri-meira visita à Assembleia Legislativa (AL).

O Chefe do Executivo foi interpelado pelos de-putados sobre as medidas que estão a ser tomadas para a diversificação eco-

nómica. Convenções, ex-posições e negócios são as escolhas para impulsionar o desenvolvimento das PME, impulsão que vai ser feita “através dos planos de desenvolvimento do Delta do Rio das Pérolas”.

Chui diz mesmo que já há pedidos para projectos na Ilha da Montanha à espera de autorização do Governo Central e que estão em foco visitas ao

interior da China para promover os produtos de Macau, de forma a que estes sejam vendidos nou-tras regiões do continente.

Mas há mais: o Chefe do Executivo garante que há necessidade de investir no sentido de criar em Macau mais parques temáticos, a par de desenvolver locais para a cultura, as convenções e as exposições. - J.F.

Joana [email protected]

É altura de contenção nas despesas, especialmente enquanto não se têm nas mãos os resultados dos

gastos com as medidas já adopta-das. Chui Sai On mostrou-se ontem cauteloso quanto à distribuição de mais apoios, naquela que foi a primeira visita do ano à Assembleia Legislativa (AL).

Foram quatro os deputados que pediram mais ajudas para os idosos, os deficientes e as famílias de classe média. Consideram necessário que o Governo injecte dinheiro no Fun-do de Segurança Social e que seja aumentado o actual valor da pensão dos idosos (2000 patacas) para o mesmo nível do índice mínimo de subsistência – 3200 patacas.

A calendarização para a imple-mentação do Regime de Previdência Central foi outros dos pedidos, a par com a injecção de excedentes das reservas nesse sistema. Mas Chui Sai On está cauteloso em gastar dinheiro dos cofres públicos e diz mesmo que está na hora de trabalhadores e patrões começaram a contribuir para o Regime. O suposto é que o Governo injecte 4000 milhões de patacas este ano, mas ainda não há calendarização para isso.

Até aqui, este sistema é de contribuição facultativa, estando dependente do dinheiro do Gover-no para sobreviver. A ideia é que se mantenha assim durante três anos e, aquando da altura da revisão da lei que o criou, seja avaliada a ne-cessidade de torná-lo obrigatório.

A actual contribuição dos traba-lhadores é de 15 patacas, enquanto os patrões contribuem com 30. “É difícil manter [o regime] a longo

Governo revê aumento das despesas públicas

Líder do Governo revela segredos para diversificação económica

Cooperação e parques temáticos

Contribuições para Previdência Central têm de ser aumentadas, diz Chui Sai On

Atento sim, mas com prudência

prazo. Dificilmente se consegue criar um fundo que consiga be-neficiar todos os residentes após a aposentação”, notou o Chefe do Executivo. “É o tempo oportuno para estudar o aumento das con-tribuições para os empregadores e trabalhadores e o Conselho Perma-nente da Concertação Social vai de-bater isto já em meados deste ano.”

Chui Sai On deixa no ar a hipótese de um aumento de mais 5%.

SAÚDE, IDOSOS E EDUCAÇÃO Chui Sai On frisou que a intenção é caminhar para o aperfeiçoamento da qualidade de vida dos cidadãos. Apesar de ter admitido que nos últimos tempos têm vindo a ser implementadas medidas provi-

sórias para resolver problemas relacionados com a sociedade, o Chefe do Executivo assegura que essas têm de se tornar permanen-tes. “Pretendemos criar planos a dez anos para a educação e para os cuidados de saúde, temos já traçadas linhas a longo prazo.”

A saúde e a educação estão nos objectivos primordiais do Gover-

no, mas a insistência dos deputados tem sido mais na protecção dos idosos. Chui Sai On admite estar a dar apenas os primeiros passos no sistema de aposentação, mas assegura que o desejo é criar uma rede de protecção elementar para os mais velhos. “Em 2030, Macau vai ter ainda mais idosos e o Governo pretende que as famílias tomem conta deles, mas temos de ter em conta que os idosos têm de ser tratados e que precisam de locais para passar o seu tempo.”

Mak Soi Kun foi um dos depu-tados que recordou que a esperança média de vida em Macau tem au-mentado e, consequentemente, a necessidade de cuidados de saúde. Chui Sai On concorda e reafirma, como tem vindo a ser hábito, ser necessário importar mais profis-sionais de saúde para os hospitais. O Chefe do Executivo disse ainda que o novo hospital da Taipa irá ter uma consulta externa de geriatria.

Também a educação foi tema na sessão de ontem, com o Chefe do Executivo a frisar que nenhum estudante de Macau irá ser impedi-do de frequentar o ensino superior por baixo nível financeiro. “Temos bolsas e empréstimos”, lembrou.

Desde 2003 que estão a ser acumulados saldos excedentes do orçamento, tendo sido criada a reser-va financeira para reunir, até agora, mais de 290 mil milhões de patacas. Chui Sai On assegura estar atento aos problemas da sociedade, mas alerta que é preciso ter sentido de risco face aos gastos do erário público. “Temos de atender às necessidades da população em termos de segurança social, habitação, saúde e educação. As exigências têm aumentado, mas temos de ter em conta as despesas do dinheiro público.”

Foi Gabriel Tong quem lançou a questão: como equilibrar as despesas do erário público com a quantidade de departamentos e funcionários públicos que existem? Chui Sai On garante que 2013 vai ser mais contido no que ao recrutamento de pessoal para a Administração Pública diz respeito.

O Chefe do Executivo assegura estar atento à situação económica da China, que tem abrandado, e alerta, por isso, que Macau tem de “ter sentido de risco”. Este ano, o aumento de trabalhadores da função pública, que tem vindo a ser criticado, é justificado por Chui Sai On com a necessidade de responder

às procuras da população. Para o ano vai ter-se mais cuidado, diz o líder do Governo, até porque “o crescimento económico não vai ser tão alto quanto o ano passado”. Chui Sai On garante ainda que estão a ser reestruturadas as funções dos trabalhadores para que não haja sobreposição de competências.

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3políticasexta-feira 27.4.2012 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

VÃO estar prontas até ao final do ano as 19 mil habita-ções públicas que

têm vindo a ser prometidos quando Edmund Ho ainda era o líder do Governo. Ontem, Chui Sai On esteve presente na Assembleia Legislativa (AL), naquela que foi a primeira vi-sita do ano para responder às questões dos deputados.

José Pereira Coutinho foi um dos membros do hemiciclo que puxou o assunto das habi-tações dedicadas à população. Chui Sai On garantiu que ter-minar as 19 mil fracções não vai fazer com que o Executivo pare o trabalho de atribuir mais casas à sociedade. “Vamos fazer mais 3000 habitações o mais rápido possível.”

Já não é nova a promessa de que mais habitações virão depois das 19 mil estarem concluídas, mas o número estava apontado para as 6300. Ontem, o líder máximo do Governo falou em apenas 3000, pelo menos para já, mas alerta que é preciso saber primeiro quais as necessidades reais da população. “Precisamos de ter em mente qual o cenário real. Tendo as 19 mil habitações concluídas, temos de saber a

situação da escolha dos apar-tamentos. Se não forem muitos os que pretendem a habitação económica, então é necessário mais habitações sociais.”

A conclusão das obras destas 19 mil casas vai permitir ao Governo saber qual o local e tipologia de apartamentos que são mais procurados, bem como dar-se conta se a socieda-de pede mais habitação social (por arrendamento) ou eco-nómica (venda mais barata).

Contudo, só depois de vendidas todas as 19 mil casas é que o Governo vai avançar, porque as “frac-ções podem nem ficar todas cheias”. Pereira Coutinho queria saber quando serão abertas mais inscrições para habitação pública, mas Chui Sai On assegura que ainda não é o momento oportuno para isso, dado ainda não terem sido vendidas todas as já prometidas.

Em resposta a Au Kam San – que quis saber quan-tos terrenos tem já reavido o Executivo –, Chui Sai On garante que vão haver mais lotes dedicados a habitação pública, apesar de admitir estar a ser complicado reaver terrenos desaproveitados e outros que estão ligados ao caso de corrupção de Ao Man Long.

Chui Sai On garante mais tectos para população

19 mil a postos, três mil a caminhoTDM nega controlodo GovernoA Teledifusão de Macau (TDM) afirmou em comunicado que, por ser uma organização de comunicação social pública no território, o objectivo principal é servir o público. A estação afirma ainda que nunca foi controlada por nenhum departamento do Governo, nem por uma associação pessoal, e que toda a informação é feita de forma objectiva. A emissora disse ainda que nunca irá interferir com a liberdade de imprensa, e que não vai ser influenciada por ninguém. Tais declarações surgem no âmbito das acusações sobre a cobertura do processo de reforma política feita pela estação. No comunicado, é ainda reforçada a ideia de que as notícias relacionadas com o segundo passo da reforma política, transmitidas na televisão ou na rádio, são todas elaboradas segundo os princípios da exactidão, objectividade e imparcialidade. A TDM assume ainda que alguns programas são feitos visando a oposição. - C.L.

1 de Maio Coutinho sozinho na rua José Pereira Coutinho diz que a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) não vai sair à rua nas manifestações do 1.º de Maio. “Houve actualização salarial e, em termos de direitos fundamentos houve uma melhoria, ainda que não significativa, e por outro lado há ainda a questão da segurança dos trabalhadores”, disse à Rádio Macau. O presidente da associação refere que os empregados da função pública têm “a corda na garganta”, dado estarem vinculados a contratos individuais de trabalho que não lhes dão a garantia de não serem despedidos “com ou sem justa causa” só por se manifestarem. “Enquanto não houver liberdade sindical e negociação colectiva nao vão ter coragem de participar”, frisou à rádio. Pereira Coutinho vai, por isso, sozinho e a título pessoal para a rua no primeiro de Maio.

Joana [email protected]

ESTÁ anulada a conces-são dos dois terrenos

da Colina da Penha adju-dicados a Pedro Chiang, empresário condenado a seis anos e 10 meses de prisão por oito crimes de corrupção activa num dos processos conexos ao de Ao Man Long. O Tribunal de Última Instância (TUI) deu razão ao Chefe do Executivo, depois de Pe-dro Chiang ter interposto recurso contra Chui Sai On por este ter anulado a concessão dos lotes.

O caso remonta a 2006, quando o Executivo

concedeu dois terrenos na Colina da Penha por arrendamento a Pedro Chiang, que entregou, por sua vez, dois prédios que tinha à Administra-ção. Contudo, esses lotes terão sido concedidos ao empresário na altura em que Ao Man Long era o secretário para as Obras Públicas e Transportes e que está agora condenado a 28 anos e meio de prisão por corrupção passiva. Os dois terrenos da Penha foram mencionados no processo e o TUI consi-derou que as terras tinham sido adquiridas através de corrupção activa.

Foi Edmund Ho, ainda

Chefe do Executivo, que decidiu então anular a concessão dos lotes, mas Pedro Chiang decidiu in-terpor recurso contra essa decisão, que o impedia de obter as terras. E o Tribu-nal de Segunda Instância (TSI), em Outubro de 2011, concedeu provimento ao recurso, dando razão a Pedro Chiang.

O despacho do Chefe do Executivo que proibiu a concessão justificou-se no facto de os terrenos terem sido adjudicados através de actos de corrupção passiva, mas o tribunal dizia que um dos arguidos, Ao Man Long, já tinha sido julgado pelo crime e que a conces-

são dos terrenos nada tinha a ver com o crime.

O Chefe do Executivo – aqui, já Chui Sai On – de-cidiu então interpor recurso da decisão do TSI no TUI. O tribunal deu-lhe razão. A defesa do Executivo, pode ler-se no acórdão divulgado ontem, diz que “o facto de os recorrentes terem sido ou não julgados pelo crime de corrupção passiva é per-feitamente irrelevante para o acto posto em causa”. O TUI considera que a deci-são do TSI foi mal julgada e que a troca de terrenos envolveu mesmo a prática de crime de corrupção passiva. “O que interessa é que está definitivamente

assente que, na base do acto administrativo, está a prática de um crime de corrupção”, refere o TUI.

A razão ficou agora do lado do Chefe do Executi-vo, pelo que a concessão dos dois terrenos foi can-celada.

Em Março de 2011, o empresário Pedro Chiang, julgado à revelia por se encontrar em Portugal, foi condenado a seis anos e dez meses de prisão por oito crimes de corrupção activa, no terceiro processo conexo ao de Ao Man Long. Pedro Chiang foi absolvido de quatro crimes de abuso de poder, pelo facto de não ser funcionário público.

Chefe do Executivo ganha recurso contra empresário Pedro Chiang

TUI contraria TSI e dá vitória a Chui

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4 sociedade sexta-feira 27.4.2012www.hojemacau.com.mo

Professores insatisfeitos com DSEJOs professores locais perderam a confiança na Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) depois desta não ter acompanhado devidamente o caso dos professores sem licença profissional contratados pela Escola de Nossa Senhora de Fátima. Essa é a grande conclusão de uma carta aberta enviada pelos professores àquela direcção. Para os docentes é muito claro que a DSEJ “deixou andar a carruagem”. Contudo, a direcção já se veio retratar publicamente. “Quanto ao caso de uma escola que deixou leccionar, ilegalmente, pessoal sem qualificações para o exercício de funções docentes, a DSEJ está a averiguar o assunto nos termos do Decreto-Lei n.º 38/93/M (Estatuto das Instituições Educativas Particulares).” Para a DSEJ a escola cometeu “determinadas falhas administrativas” e promete resultados finais para breve. “Sendo a Educação um assunto importante que envolve imensas variáveis, numa perspectiva de respeitar o direito à autonomia administrativa e à impugnação do interessado, a DSEJ vai publicar, oportuna e adequadamente, o resultado do tratamento e os factos investigados.” - C.L.

Leis do jogoem debate na UMACO Centro de Estudos Jurídicos da Faculdade de Direito da Universidade de Macau (UMAC) organizam o terceiro seminário que aborda a legislação sobre o sector do jogo. Abordando a temática da “exploração dos jogos de fortuna e azar e os contratos em especial”, a iniciativa vai contar com a participação de diversas personalidades jurídicas do território. O primeiro painel aborda as formalidades dos contratos de concessão de crédito para o jogo à luz da legislação 5/2004, contando com a presença do presidente da Associação dos Advogados de Macau (AAM), Jorge Neto Valente e do advogado Pedro Branco. Já Miguel Quental, docente da UMAC, vai falar sobre “o contrato de trabalho em casino à luz da ‘nova’ Lei das Relações de Trabalho.” Já a segunda parte diz respeito à exploração dos jogos, e aborda as diversas vertentes que os casinos assumem, desde os factores psicológicos até económicos. Este painel, moderado pelo advogado Jorge Godinho, conta com membros da Direcção da Inspecção e Contratos de Jogos e dos Serviços de Saúde.

A segunda fase do em-preendimento turísti-

co Galaxy Macau, já em construção, vai duplicar a actual dimensão do em-preendimento turístico, num projecto orçado em 15,5 milhões de patacas, anunciou ontem o presi-dente do grupo Galaxy Entertainment.

Numa conferência de imprensa em Hong Kong, Lui Che-woo afirmou que a segunda fase do projecto estará concluída em mea-dos de 2015.

O futuro empreendi-mento terá capacidade para 500 mesas de jogo e 1000 “slot machines”, mas o grupo ainda não iniciou negociações com o Governo para definir o número exacto de mesas de jogo. “Decidimos acelerar a construção da segunda fase do projecto graças

Cecília [email protected]

A Direcção dos Serviços de Economia (DSE) rea-lizou mais uma apresen-tação do artigo oitavo do

acordo suplementar do Acordo de Estreitamento das Relações Eco-nómicas e Comerciais (CEPA), que se encontra em vigor desde o dia 1 deste mês. O acordo promete mais cooperação entre Cantão e Macau, onde se incluem negócios entre indústrias de ambas as regiões e mais simplificações aduaneiras

Projecto custará cerca de 15,5 milhões de patacas

Mais Galaxy até 2015

Acordo CEPA já originou mais de oito mil negócios

Comércio de serviços mais abertoDesde 1 de Abril que o Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre a China continental e Macau conta com mais um acordo suplementar, que pretende fomentar os negócios na área dos serviços no comércio alimentar. Foi ainda

assinado o certificado electrónico de reconhecimento mútuo.

Sou Tim Peng, director da DSE, afirmou que desde que o CEPA entrou em vigor, em 2004, que um total de 1259 produtos de Macau passaram a estar isentos de impostos para entrar na China Continental, com um total de 46 áreas que ganharam mais facili-dades. “O artigo oitavo do acordo suplementar veio ampliar uma abertura, especialmente ao nível do comércio de serviços de alto valor, congregando indústrias, e é algo que aumentou consideravelmente os benefícios do CEPA.”

Desde 2004 e até Março deste ano Macau já realizou 8374 negó-cios directos com Cantão, tendo sido assinados contratos no valor de 846 mil milhões de patacas. Incluem-se ainda mais de dois mil eventos no sector dos serviços.

A QUESTÃO PMEQi Zhenli, vice-secretário da Co-missão de Economia e Tecnologia de Informação de Cantão, disse que vai continuar a apoiar as Pe-quenas e Médias Empresas (PME), a fim de desenvolver o mercado continental. “Vamos ajudá-las no comércio de transformação, para que possam melhorar a sua

eficiência ao nível das alfândegas e transporte. Queremos ainda que melhorem a competitividade ao nível da transformação e moder-nização, e com isso o sector dos serviços será melhorado.”

Embora a maioria dos empresá-rios esteja satisfeita com o CEPA, outros reclamam por maiores facilidades para entrar na Ilha da Montanha. Foi o caso de Lam Wei Hong, presidente da Associação da Indústria de Bolos de Lembrança. “É melhor o Governo construir uma área comercial para as PME, porque será muito difícil sobrevi-ver só com duas ou três lojas de bolos um mercado estranho.”

ao êxito da primeira fase”, disse Lui Che-woo.

Este projecto “abre um novo capítulo” na história do grupo e o investimento será feito sem recurso a empréstimos ou ao capital da empresa, sublinhou Lui Che-woo. O empresário reiterou que a Galaxy Enter-tainment não tem intenção de emitir obrigações.

O investimento de 15,5 mil milhões de patacas é feito após um retorno do investimento de 30% no quarto trimestre de 2011, auferido nos sete meses desde que abriu a primeira fase do Galaxy Macau, em Maio de 2011.

O Galaxy Macau situa-se na zona do Cotai, uma área de aterros entre as ilhas da Taipa e Coloane, onde vão ser construídos dois novos hotéis das marcas Ritz-Carlton e JW Marriott. Estas unidades

hoteleiras vão juntar-se às três já existentes: Banyan Tree Macau, Hotel Okura Macau e Galaxy Hotel (mais de 3600 quartos).

Entre os seis operado-res, e desde a abertura do Galaxy Macau no início de 2011, a operadora de jogo tem vindo a garantir o segundo lugar no “ranking” dos operadores em termos de receitas de jogo. O primeiro lugar é ocupado pela Sociedade de Jogos de Macau, empresa fundada por Stanley Ho. “Estamos a fazer o nosso melhor, mas não queremos dizer que queremos ser o número um, isso vai depender dos nossos clientes”, disse o fundador da Galaxy En-tertainment.

CONCORRÊNCIA SALUTARPara o líder da operadora de jogo, a concorrência

dos novos empreendi-mentos com casinos é bem-vinda e irá ajudar à criação de massa crítica no destino pelo que “as coisas só vão melhorar”, afirmou.

Na segunda fase do projecto Galaxy Macau, a área de retalho será aumentada para mais de 100.000 metros quadra-dos e mais de 200 lojas, tendo sido colocado grande ênfase na área de convenções, que terá capacidade para mais de 3000 pessoas. Já o campo da restauração terá 45 novos espaços, elevando o conjunto da proprie-dade para cerca de uma centena. “Todos pensam que Macau é só jogo, mas nos últimos anos as actividades extra-jogo cresceram ainda de for-ma mais rápida do que

as mesas de jogo”, disse o presidente da Galaxy, ao recordar a realização de convenções, espectáculos e eventos desportivos no território.

A confiança neste sector foi reiterada por Francis Lui, filho de Lui Che-woo e vice-presidente da Gala-xy Entertainment: “Temos muita confiança no cres-cimento dos sectores não relacionados com o jogo”, acrescentou.

Na apresentação do novo plano, o director de operações da Galaxy, Mi-chael Mecca, frisou que as duas fases do Galaxy Macau só ocupam meta-de dos terrenos do grupo no Cotai, abrindo novas oportunidades para fu-turos desenvolvimentos.

Mecca anunciou que o JW Marriott da operadora será “composto exclusiva-mente por suites” e será o “maior hotel do mundo” da marca. O Galaxy Macau é o sexto empreendimento da Galaxy Entertainment RAEM. - Lusa

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5sociedadesexta-feira 27.4.2012 www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

APESAR de pouco fala-do, o Centro de Abrigo para Vítimas de Tráfico Humano providencia o

refúgio para mulheres que se vêem envolvidas nas teias de exploração sexual até que sejam reencami-nhadas para o seu país de origem e, possivelmente, integradas na sociedade com segurança. A maio-ria provém da China continental, Sudeste Asiático e Rússia, com idades entre os 13 e os 26 anos.

Sob a tutela do Instituto de Acção Social (IAS), o centro está no activo desde que entrou em vigor a lei de combate ao crime de tráfico de pessoas, em 2008, e desde então já albergou 69 vítimas até ao corrente mês (três, só na semana passada). Este número, contudo, não corresponde às 74 mulheres envolvidas nestes casos, que são participados à Comissão de Acompanhamento das Medi-das de Dissuasão do Tráfico de Pessoas (CAMDTP) pelas auto-ridades locais, porque nem todas as vítimas vão parar ao Centro, enquanto o seu processo judicial e de identidade se encontra a ser resolvido. Os dados indicam que o número de mulheres incluídas em redes de lenocínio teima em não baixar. Só este ano, em apenas quatro meses, o Centro de Abrigo acolheu 15 mulheres.

Por essa razão, a coordenado-ra do Centro, Lam San Wa, diz não estar fora de hipótese um novo centro, provavelmente com melhores condições ou apenas para canalizar as vítimas, tendo em consideração a evolução do número de casos. “O IAS tem considerado a possibilidade de criar um novo centro, mas não para breve. Por agora quere-

O Centro de Abrigo para Vítimas de Tráfico Humano acolhe mulheres apanhadas em redes escravidão sexual. Durante o asilo têm liberdade, que pode ser condicionada pela insegurança e pela falta de meios de protecção. O IAS não vê motivos de preocupação, mas o crescente aumento leva a coordenadora a ponderar a hipótese de criação de um novo Centro

mos melhorar as condições do existente, tendo em atenção a evolução social.”

REDE DE COOPERAÇÃOPor norma, as vítimas dão entrada no Centro de Abrigo por via das autoridades locais, que iniciam processos judiciais quando apa-nham as vítimas em redes de trá-fico sexual ou quando as próprias solicitam ajuda.

A investigação do processo fica assim a cargo da Polícia Ju-diciária (PJ) e o encaminhamento das vítimas para o seu país de ori-gem cabe ao Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), conta a coordenadora, estando todo o procedimento a cargo de uma linha de cooperação no combate ao tráfico humano, onde se inclui a PJ, o CPSP, a CAMDTP e outras organizações não-governamen-tais, como a Associação Geral de Mulheres de Macau, que recebe apoio financeiro do IAS para uma linha aberta (28 889 911) de pedidos de ajuda. Ao Centro de Abrigo cabe as funções de asilo e aconselhamento.

LIBERDADE VS. PROTECÇÃOAinda assim, nem todas vão parar ao Centro porque “se houver gran-de risco a polícia não as coloca no centro, as autoridades é que forne-cem a protecção”. “Está nas mãos deles”, esclarece Lam San Wa.

As vítimas do centro têm liber-dade de saída do centro. Saem para fazer compras, para refeições, entre outras necessidades, sem lhes ser salvaguardada a devida protecção, uma vez que as redes de tráfico se vão mantendo em liberdade. Só quando “as vítimas mostram pre-ocupação ou medo de sair, então o centro destaca uma pessoa para acompanhá-la, mas não é alguém da autoridade de segurança públi-ca”. “Neste sentido, seguimos as normas internacionais porque a vítima não é um criminoso”, refere a coordenadora.

Uma vítima com necessidades de saída do Centro de Abrigo - durante um tempo limitado de permanência que em média não dura mais de um mês - justificar--se-á, quando à partida têm todas as condições para satisfazer as necessidades do dia-a-dia? Não se trata de falta de condições, refere Lam San Wa. “Providenciamos as condições necessárias, podem fazer a higiene e refeições no Cen-tro.” Ainda assim, a coordenadora assume que pretende “tornar o centro mais humano e familiar”.

A verdade é que algumas vítimas saem do Centro por von-

tade própria (quando o processo judicial ou de identidade ainda está a decorrer) embora sejam “casos raros”, salienta a coor-denadora. Os números revelam que das 69 vítimas acolhidas até agora, 14 saíram por iniciativa própria. Ainda na semana pas-sada contabilizou-se um destes casos. As razões desta “fuga”? A coordenadora apresentou duas. “A vítima pode apresentar-se novamente na polícia porque precisa de ajuda com o reencami-nhamento para o país de origem ou não está acostumada com o ambiente do Centro.” A primeira razão prende-se com o facto de que cada processo, iniciado com a entrada da vítima, ser individual e confidencial, bem como o seu

reencaminhamento, sob investiga-ção e em função das autoridades. Mas, na teoria, está também a ser actualizado no Centro de Abrigo, que faz de interlocutor entre a PJ e a vítima, mas talvez não seja bem assim, algo que não foi to-talmente esclarecido. A segunda razão, assegura a coordenadora, não está relacionada com falta de condições do Centro, já que “não há queixas das vítimas”.

O que é certo é que dos 54 processos judiciais instaurados, resultaram 43 arguidos, dos quais apenas três foram condenados. E, por exemplo, dos seis casos aber-tos este ano foram formalizados sete arguidos que se encontram em processo de investigação. O que não traz grande segurança para as

vítimas, que também aguardam re-encaminhamento “em liberdade”.

LINHAS DE ACÇÃODe acordo com Lam San Wa, cabe às autoridades a protecção das vítimas e à CAMDTP o combate, a política e as medidas. Os vários organismos coordenam-se no combate ao tráfico humano, garantindo acção sob qua-tro vertentes: prevenção, protecção, investigação e instauração de pro-jecto judicial e relação de parceiro.

“O Centro só presta abrigo, não faz a prevenção para que não voltem às redes de tráfico. Isso são com-petências das autoridades”, revela a coordenadora que, ainda assim, garante ter a responsabilidade de apresentar queixa às autoridades, no caso de acolher uma vítima que se apresente directamente no Centro.

As linhas de acção do Centro, diz também, são o aconselhamento (informações de prevenção para as vítimas), apoio económico (assu-me algumas despesas necessárias), serviço médico e tratamento de toxicodependentes. O IAS ga-rante as assistentes sociais, que, segundo a coordenadora, têm as competências necessárias para lidar com os problemas das vítimas e, em caso complicado ou grave, encaminham-nas para o hospital, que têm secções de especialidade para problemas psicológicos.

Assim, o Centro de Apoio, atra-vés do IAS, tem vindo a participar cada vez mais em conferências, en-contros e workshops internacionais para conhecer as maneiras de prote-ger as vítimas e de combater o tráfico humano, garante a coordenadora. Actualmente, desenvolve acções de promoção e sensibilização para a comunidade e vítimas, através de panfletos sobre os métodos de pedir ajuda, e têm um protocolo de cooperação com a Organização Internacional da Migração.

Por agora, a melhoria das competências sagra-se numa nova cooperação com instituições parti-culares, junto das quais o Centro vai organizar e fornecer às vítimas acções de formação profissional e actividades lúdicas, como por exemplo nas áreas de artesanato e estética. “Na esperança das vítimas poderem adquirir qualquer técnica para depois regressarem à sua terra de origem e poderem integrarem-se no mercado de trabalho”, garante a responsável. Acima disso, assume, vão passar a perguntar que tipo de actividades querem praticar e se têm algum interesse, mesmo que seja leccionado a apenas uma utente. Hoje, o centro não alberga qualquer utente, tendo uma capa-cidade máxima de 21 vagas.

Tráfico humano Novo Centro de Abrigo na calha, mas nem tudo são rosas

Com tecto mas sem protecção

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6 publicidade sexta-feira 27.4.2012www.hojemacau.com.mo

www. iacm.gov.mo

AVISOFaz-se público que a Piscina de Hac Sá, sob a dependência do IACM, estará aberta ao

público, durante a época balnear de 2012, entre 1 de Maio e 31 de Outubro, com o seguinte horário de funcionamento e tabela de preços. Devido à execução de obras, a data de abertura das Piscinas Dr. Sun Iat Sen e de Cheoc Van será anunciada, em tempo oportuno.

Piscina de Hac SáAberta entre 1 de Maio e 31 de Outubro

2a feira: das 13:00 – 21:003a feira a Domingo: das 08:00 – 12:00

e das 13:00 – 21:00

* Às segundas-feiras, as piscinas permanecerão encerradas durante o período da manhã para efeitos de limpeza e manutenção periódica, reabrindo às 13:00 horas. Caso uma segunda-feira coincida com um feriado, a piscina permanecerá aberta e o encerramento e a devida limpeza passarão para o período da manhã de terça-feira.

Preços, em patacas, dos Bilhetes de Ingresso e Passes da Piscina de Hac Sá

Tipo Bilhetes Simples Passe MensalAdultos 15.00 180.00

Portadores de cartão de estudante 7.00 75.00Crianças com idade inferior a 12 anos 5.00 75.00Idosos com idade superior a 65 anos 7.00 90.00

* A aquisição de passe mensal, trimestral e por época balnear é efectuada na bilheteira das piscinas, mediante a apresentação de 2 (duas) fotografias de 1.5” (uma polegada e meia) e uma fotocópia do documento de identificação válido.

Macau, aos 25 de Abril de 2012. O Presidente do Conselho de Administração Tam Vai Man

NOTIFICAÇÃO EDITAL(Acidente de Trabalho – pagamento das multas)

Considerando em revelar ser impossível notificar, nos termos do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, de 4 de Outubro, do artigo 68.º e do n.º 1 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto--Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, o Sr. HOI KAM PIN, proprietário da “TAI HENG ENGINEERING”, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, sobre a violação da infracção à alínea a) do n.º 1 do artigo 139.º do Regulamento de Higiene e Segurança no Trabalho da Construção Civil, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 44/91/M, de 19 de Julho, e para efeito do regime de procedimento da aplicação das respectivas multas, Raimundo Vizeu Bento, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho (DIT), da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), notifica, nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do CPA, o aludido infractor, do teor da decisão sancionatória em causa, no seguinte:

Dado exposto por ter comprovado a acção do notificado Sr. HOI KAM PIN, proprietário da “TAI HENG ENGINE-ERING”, bem como a culpa do aludido infractor, e que é punida ao abrigo da alínea f) do n.º 1 do artigo 1.º e conjugado com o artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 67/92/M, de 14 de Setembro, foi-lhe aplicada a pena de multa de MOP$4.500,00.

Informa-se ainda que, nos termos do n.º 2 do artigo 17.º do Regulamento Administrativo n.º 26/2008 – Normas de Funcionamento das Acções Inspectivas do Trabalho, conjugado com as alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 145.º e os artigos 149.º e 155.º do CPA, o acto administrativo em causa pode ser impugnado, no seguinte:

a) Mediante reclamação para o autor do acto (Chefe do DIT), no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicação da presente notificação edital; ou

b) Mediante recurso hierárquico necessário para o superior hierárquico do autor do acto (Subdirector da DSAL), no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da publicação da presente notificação edital.

Por outro lado, nos termos do n.º 4 do artigo 150.º, conjugado com o n.º 1 do artigo 156.º do CPA, o direito acima referido é exercido por meio de requerimento, no qual deve ser exposto os fundamentos (de facto e de direito), juntando os documentos considerados convenientes, não sendo o acto acima mencionado susceptível de recurso contencioso.

Mais fica notificado que, nos termos n.os 1 e 2 do artigo 15.º do Regulamento Administrativo n.º 26/2008 – Normas de Funcionamento das Acções Inspectivas do Trabalho, e conjugado com o artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 67/92/M, de 14 de Setembro, e da alínea e) do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, de 4 de Outubro, o aludido infractor deve, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicação da presente notificação edital, comparecer na DSAL para o levantamento da guia de pagamento da multa e proceder ao seu pagamento. Fica ainda notificado que, nos 5 (cinco) dias subsequentes aos do prazo acima referido deverá entregar nestes serviços, documento comprovativo desse pagamento, sob pena de as cópias de todos os documentos acompanhadas do comprovativo de cobrança coerciva serem remetidos à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para, ser efectuada a cobrança coerciva nos termos legais.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 20 de Abril de 2012.

Chefe do Departamento,Raimundo Vizeu Bento

NOTIFICAÇÃO EDITAL(Exercício do direito de defesa)

Considerando que não se revela possível notificar, nos termos dos artigos 10.º e 58.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, o Sr. CHEONG HOK NGAI, proprietário da empresa “IU FAT DECORATION ENGINEERING”, sita na Rua de Saúde, n.º 77, Edif. Lai Va Sun Chuen, Bl. 1, 12.º andar-L, em Macau, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, sobre a matéria acusada pelas eventuais infracções aos dispostos do n.º 1 do artigo 62.º do Decreto-Lei n.º 40/95/M, de 14 de Agosto e n.º 1 do artigo 3.º e do artigo 42.º do Decreto-Lei n.º 58/93/M, Raimundo Vizeu Bento, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho (DIT), manda que se proceda, nos termos do n.º 2 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 52/99/M, de 4 de Outubro, conjugado com o artigo 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei 57/99/M, à notificação do Sr. CHEONG HOK NGAI, proprietário da empresa “IU FAT DECORATION ENGINEERING” por não ter transferido a sua responsabilidade pelas reparações para seguradoras autorizadas a explorar o ramo de seguro de acidentes de trabalho na Região Administrativa Especial de Macau e não ter efectuado a inscrição do seu trabalhador residente Chu Pou Lok, no Fundo de Segurança Social (F.S.S.), nem o pagamento das devidas contribuições, durante o período, entre 21 de Junho de 2010 e 5 de Julho de 2010, tendo eventualmente cometido infracções aos dispostos do n.º 1 do artigo 62.º do Decreto-Lei 40/95/M, de 14 de Agosto e do n.º 1 do artigo 3.º e do artigo 42.º do Decreto-Lei n.º 58/93/M, de 18 de Outubro.

Dos factos acima referidos, de acordo com a alínea e) do n.º 1 do artigo 66.º do Decreto-Lei n.º 40/95/M, de 14 de Agosto, é punido com multa de Mop$1,000.00 a Mop$5,000.00 por cada trabalhador. De acordo com os n.os 1 e 2 do artigo 49.º do Decreto-Lei n.º 58/93/M, de 18 de Outubro, a não inscrição no F.S.S. previsto no artigo 3.º e o não pagamento das contribuições decorridos 60 dias após o termo dos prazos previstos no artigo 42.º do mesmo Decreto-Lei, é punido com multa de Mop$200,00 a Mop$1,000.00 e Mop$500.00 a metade do valor das contribuições em dívida.

Assim, poderá exercer o seu direito de defesa por escrito no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte ao da publicação do presente edital. A notificação da acusação em causa pode ser levantada no DIT, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, Macau, dentro das horas de expediente, sendo também permitida a consulta do respectivo processo n.º 4352/2010. A falta de apresentação da defesa escrita pelo notificado, dentro do prazo acima referido, findo o prazo anterior, seguirá a tramitação do processo da presente infracção administrativa nos termos do Decreto-Lei n.º 52/99/M.

Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 24 de Abril de 2012

O Chefe do DepartamentoRaimundo Vizeu Bento

N.º 59/2012 N.º 60/2012

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7nacionalsexta-feira 27.4.2012 www.hojemacau.com.mo

Maria João [email protected]

UMA visita de estudo no melhor sentido do termo. Oitenta por-tugueses, estudantes

do Lisbon MBA, uma parceria entre a Universidade Católica, a Nova e o MIT, estão na China para uma visita de uma semana de conhecimento daquela que é a segunda maior economia do mundo.

Encontros, palestras e visitas a empresas e fábricas chinesas, divididos entre Pequim e Xan-gai, pretende dar a visão mais abrangente possível sobre como funciona a economia chinesa e que oportunidades existem neste mercado.

Uma aula na Universidade Tsinghua com o professor Gao Xudong sobre estratégias com-petitivas das empresas locais chinesas abriu a agenda de actividades no segundo dia na China. Em Pequim, o grupo visitou a empresa Lenovo e participou ontem numa palestra sobre a internacionalização das

marcas portuguesas na China. Com a presença do embaixador português José Tadeu Soares, a palestra teve ainda como inter-venientes Miguel Coelho, do AICEP em Pequim, assim como João da Graça Santos, primeiro secretário da secção de Comércio e Investimento da delegação da União Europeia na capital.

Do lado chinês, os interve-nientes vinham de algumas das maiores empresas locais como a Lenovo, a Aigo e ainda a Three Gorges Corporation, que se fez representar pelo director-geral de investimentos Li Yinsheng.

A mensagem para a plateia constituída maioritariamente por engenheiros, gestores e economistas foi clara. A China é um mercado possível mesmo que leve tempo a compreender. Lembrando Vasco da Gama, o embaixador José Tadeu Soares falou de tempos em que não havia nem mapas nem estatísticas e que, mesmo assim, se fazia obra. Para o chefe da missão portuguesa, ter uma ideia, vontade e um plano são essenciais para quem quer entrar no mercado chinês.

As perguntas dos estudantes de MBA, este ano com uma maioria formada por engenhei-ros a que se seguem gestores e economistas, passaram pelas oportunidades que existem para trabalhar na China, mas também pelo que deve ser feito para trazer mais marcas portuguesas para o mercado.

Esta é a segunda vez que Be-lén de Vicente, directora executi-va do Lisbon MBA, realiza uma viagem a acompanhar estudantes à China, depois de em 2007 se ter realizado a primeira.

Com um preço total de 21 mil euros, o Lisbon MBA divide-se em dois anos para estudantes a ‘part-time’ ou um ano para ‘full--time’. Os 80 alunos agora em viagem pela China pertencem ao programa de dois anos que inclui uma viagem internacional. “Temos cinco destinos interna-cionais”, disse Belén de Vicente. China, Índia, Singapura e Vietna-me, Japão e Israel, são os cinco destinos que se repetem cada cinco anos. “De 70 participantes na viagem de 2007, passámos a 80 este ano”, disse a directora, re-

alçando o interesse que o destino China cria entre os estudantes.

Em Xangai a partir de hoje, a delegação de MBAs vai visitar a fábrica da Volkswagen e no sábado a consultora Pricewa-terhouse Coopers, onde haverá uma apresentação sobre fusões e aquisições. Além da compo-nente académica, a viagem passa também pelo lado cultural, com visitas aos principais sítios turís-ticos das duas cidades.

No fim-de-semana os estu-dantes estarão na Universidade de Fudan, em Xangai, para mais uma aula de economia. No domingo, último dia da visita, os 80 portu-gueses vão conhecer o centro da empresa ZTE e o gigante chinês Huawei.

Estando a maioria empregada em empresas, os participantes vêm de várias áreas económicas, destacando-se a maior presença do sector privado. A semana intensiva na China quer ajudar a estabelecer redes de contactos e conhecimentos num país que suscita cada vez mais curiosidade entre os engenheiros, economis-tas e gestores de Portugal.

Moody’s confirma ‘rating’ Aa3 da ChinaA agência Moody’s confirmou ontem o ‘rating’ Aa3 para as obrigações da China em moeda local e estrangeira, e manteve a perspectiva positiva do ‘rating’, citando a economia do país relativamente forte e as robustas finanças públicas. A agência afirmou ainda que a sólida economia chinesa proporciona estabilidade contra choques e compensa as fraquezas institucionais associadas a um nível de rendimento per capita relativamente baixo. Além disto, o rápido crescimento económico juntamente com os baixos défices do Governo Central e da dívida dão uma margem fiscal suficiente para gerir os riscos contingentes das finanças públicas locais. No entanto, a Moody’s sublinhou que é necessário um rígido controlo sobre as finanças do governo local e uma nova onda de reformas, especialmente no sistema financeiro, a fim de sustentar o crescimento económico rápido e sustentável do país ao longo de toda a década.

China tem 300 milhões de assinantes de sites sociaisAté ao final do ano passado, a China tinha 300 milhões de assinantes nas redes sociais. O número é o maior no mundo. A informação foi dada esta quarta-feira num relatório divulgado pela McKinsey, em Xangai. Segundo o documento, 95% dos habitantes urbanos chineses tem uma conta num site social. As páginas nacionais constituem a principal forma acesso dos cibernautas chineses às redes sociais. Até Dezembro de 2011, o país asiático tinha 513 milhões de cibernautas. Mais de metade passa semanalmente 12 horas na Internet.

Bo Xilai fez escutas telefónicas de dirigentes da China, diz ‘NYT’O líder do Partido Comunista da China em Chongqing, Bo Xilai, comandava um esquema de escutas telefónicas de membros do regime chinês, de acordo com o “New York Times”. Segundo a publicação, até o presidente Hu Jintao teve chamadas interceptadas quando visitou a cidade em Agosto. A reportagem do “New York Times” afirma que o sistema de escutas telefónicas foi a principal causa da investigação conduzida pelo governo chinês contra Bo Xilai, desmentindo a versão de que Bo teria sido destituído pelo envolvimento na morte de um diplomata inglês, crime pelo qual está acusada a sua esposa. Para as fontes consultadas pelo jornal, a espionagem foi encarada como “um desafio directo às autoridades centrais”.

A China deu o que pode ser um sinal de paz

para os Estados Unidos, Japão e Europa na disputa comercial pelas terras raras, ainda que tenha defendido o controlo da exportação. O ministro chinês da Indústria e da Tecnologia de Infor-mação convidou ontem as companhias estrangeiras a juntarem-se a empresas locais em sociedades de tecnologia de terras raras, principalmente de projec-tos de protecção do meio ambiente.

“As competências dos EUA, do Japão e da Eu-ropa em gestão ambiental, reciclagem, pesquisa de tecnologia e desenvolvi-mento de aplicações de ponta são bem-vindas na China”, disse o porta-voz do ministro, Zhu Hongren durante uma conferência de imprensa on-line.

A China controla quase toda a produção mundial de terras raras, um grupo de 17 minerais com aplicações de alta tecnologia que vão desde computadores pessoais até armas avançadas, mas espera subir na cadeia de

Maior delegação portuguesa de MBAs visita a China

Aprender na prática

Empresas estrangeiras convidadas a participar em projectos de terras raras

Sinal aparente de paz

valores para se tornar uma fabricante de produtos à base de terras raras, bem como uma fornecedora de minerais.

Como parte desta es-tratégia, o país convidou repetidas vezes empresas estrangeiras para formar sociedades locais no negócio de terras ra-ras, tanto para alavancar

sua própria capacidade tecnológica como para atender às reclamações estrangeiras sobre as quo-tas dos minerais. Mas este gesto mais recente, com ênfase nas tecnologias ambientais e dirigido ex-clusivamente aos EUA, União Europeia e Japão - os quais no abriram no mês passado um proces-

so sobre terras raras na Organização Mundial do Comércio - como potenciais colaboradores, parece ser uma iniciativa pelo menos em parte con-cebida para responder às queixas da OMC.

Pequim quer “com-panhias estrangeiras avançadas com tecno-logia e capital fortes”

para estabelecer “inter-câmbios e cooperação” para o “desenvolvimento conjunto da indústria de terras raras”, disse Zhu.

A iniciativa não repre-senta um afrouxamento da China do seu controlo de exportação de terras raras. Na verdade, um es-pecialista vê duas expli-cações para a iniciativa.

“Pode haver dois ele-mentos”, disse Michael Komesaroff, especialista na indústria chinesa de metais da firma Uranda-line Investments. “Um é que os chineses podem ge-nuinamente estar interes-sados em proteger mais o ambiente e acreditam que podem aprender com as tecnologias estrangeiras. Outro é que isto possa ser uma bandeira branca por causa da queixa comercial que os EUA e a UE apre-sentaram à OMC.”

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8 nacional sexta-feira 27.4.2012www.hojemacau.com.mo

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O número de chine-ses residentes em Angola, tema de frequente espe-

culação, ronda os 259.000, indicou esta quarta-feira em Pequim o director do Servi-ço angolano de Migração e Estrangeiros, Freitas Neto.

Em declarações à agência noticiosa oficial angolana

Angop, Freitas Neto precisou que “encontram-se actual-mente em Angola 258.920 chineses”, 258.391 dos quais com “vistos de trabalho”.

O número habitualmente re-ferido na imprensa chinesa é de “algumas dezenas de milhares”.

Segundo algumas estimati-vas ocidentais, seriam cerca de 70.000, empregados sobretudo

na construção e reparação de estradas, caminhos-de-ferro e outras infra-estruturas, mas chegou a falar-se em “quase um milhão”.

O director do Serviço de Migração e Estrangeiros en-contra-se em Pequim acom-panhando a visita à China do ministro angolano do Interior, Sebastião Martins.

A visita, de cinco dias, ficou assinalada por um acordo de cooperação policial contra o crime organizado e transnacional, nomeada-mente o tráfico de drogas e de seres humanos, assinado por Sebastião Martins e pelo conselheiro de estado chinês e ministro da Segurança Pú-blica, Meng Jianzhu.

Fórum Internacionalde Budismo em Hong Kong

State Grid aumentou “visibilidade internacional” da RENO presidente da REN - Redes Energéticas Nacionais, Rui Cartaxo, salientou ontem que a empresa passou a ter “uma visibilidade internacional muito maior” com a entrada da China State Grid no seu capital.”Com um accionista como a State Grid a empre-sa torna-se mais global. É a maior empresa de utilidade pública do mundo e com a sua entrada, a REN passou a ter uma visibilidade internacional muito maior do que tinha só com accionistas portugue-ses”, disse Rui Cartaxo em Pequim. Rui Cartaxo termina

na sexta-feira a sua primeira visita à China, realizada cerca de três meses depois de o Governo português ter acordado vender 25 por cento do capital da REN à State Grid .”Foi uma visita de cortesia, essencialmente para conhecimento mútuo. Não estivermos a discutir negócios em detalhe. Para já tem de se terminar a operação de privatização, que estará formalmente concluída nas próximas semanas”, disse o presidente da REN. A State Grid emprega cerca de um mi-lhão e meio de trabalhadores.

Começou ontem de manhã o 3º Fórum Internacional de Budismo em Hong Kong. O evento tem como tema o “mundo harmonioso, vontade comum e acção comum”. O membro permanente do Po-litburo do Comité Central do Partido Comunista da China e presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh), Jia Qin-

glin, enviou mensagens de congratulação à organização do fórum, uma parceria entre a Associação do Budismo da China, a Confederação do Budismo de Hong Kong e a Associação de Intercâmbio da Cultura Religiosa da China. Cerca de mil participantes, vindos de mais de dez países e regiões, compareceram na cerimónia de abertura.

Angola Assinado acordo de cooperação policial com China

Mais de 200 mil chineses

ANÚNCION.º 117/2012

Paraosdevidosefeitos,vimosporestemeionotificararepresentantedoagregadofamiliardalistadecandidatosahabitaçãosocialabaixoindicada,nousodacompetênciadelegadapelaalínea7)don.º1doDespachon.º32/IH/2011,publicadonoBoletim OficialdaRAEM,n.º32,IISérie,de10deAgostode2011enostermosdon.º2doartigo72.ºdoCódigodoProcedimentoAdministrativo,aprovadopeloDecreto-Lein.º57/99/M,de11deOutubro:

Nome N.ºdoboletimdecandidaturaMAKUNSEONG 5007753

ApósasverificaçõesdesteInstituto,notamosqueototaldorendimentomensaldoagregadofa-miliardecandidatoahabitaçãosocialacimamencionadaultrapassaovalorconstantedatabelaIdon.º1doDespachodoChefedoExecutivon.º74/2011,alteradopeloDespachodoChefedoExecutivon.º170/2011,peloquenãoreúneosrequisitosexigidosparaacandidatura,nostermosdatabelaIdon.º1doDespachodoChefedoExecutivon.º74/2011,alteradopeloDespachodoChefedoExecutivon.º170/2011,alínea3doartigo2.º,n.º1doartigo3.ºeartigo46.ºdoRegulamentoAdministrativon.º25/2009(Atribuição,ArrendamentoeAdministraçãodeHabitaçãoSocial),esteInstituoinformou-apormeiodeofício,comon.º1109190157/DAH,datadade20deSetembrode2011,asolicitaràinteressadaacimamencionadaparaapresentarporescritoasuacontestaçãopelofactoacimareferidonoprazode10(dez)diasacontardadataderecepçãodoreferidoofício,quefezaentregadasuacontestaçãodentrodoprazoindicado,masamesmanãofoiaceiteporesteInstituto.Nesteactorecorreuinfracção,nostermosdosartigo5.º,n.º2doartigo9.ºaalínea2)doartigo11.ºdoRegulamentodeCandidaturaparaAtribuiçãodeHabitaçãoSocial,aprovadopeloDespachodoChefedoExecutivon.º296/2009,assimcomoodespachodosignatário,exaradonaInforma-çãon.º1742/DAHP/DAH/2011,arespectivacandidaturafoiexcluídadalistageraldeespera. Enostermosdosn.º3doDespachon.º32/IH/2011eartigo155.ºdoCódigodoProcedimentoAdministrativo,aprovadopeloDecreto-Lein.º57/99/M,de11deOutubro,caberecursohierárquiconeces-sáriodarespectivadecisãoadministrativa,aoPresidentedesteInstituto,noprazode30(trinta)diasacontardadatadepublicaçãodopresenteanúncio,orecursohierárquicotemefeitosuspensivo.

OChefedoDepartamentodeAssuntosdeHabitaçãoPública,

CheangSekLam23deAbrilde2012

ANÚNCIO 【N.º 120/2012】

Paraosdevidosefeitos,vimosporestemeionotificararepresentantedoagregadofamiliardalistadecandidatosahabitaçãosocialabaixoindicada,nousodacompetênciadelegadapelaalínea7)don.º1doDespachon.º32/IH/2011,publicadonoBoletimOficialdaRAEM,n.º32,IISérie,de10deAgostode2011enostermosdon.º2doartigo72.ºdoCódigodoProcedimentoAdministrativo,aprovadopeloDecreto-Lein.º57/99/M,de11deOutubro:

Nome N.ºdoBoletimdecandidaturaCHEONGMEI 5002421

Após as verificações deste Instituto, notamos que o elemento do agregado familiar de candidato ahabitaçãosocialacimamencionadofoiproprietáriodefracçãoautónomanaRegiãoAdministrativaEspecialdeMacau,antesdeentregadoboletimdecandidatura,masarepresentantedoagregadofamiliardeclarou,noboletimdecandidaturaentregue,quenenhumdoselementosdoagregadofamiliarfosseproprietáriodequalquerprédiooufracçãoautónomanaRegiãoAdministrativaEspecialdeMacau,prestandodeclaraçõesfalsasouinexactas.

Deacordocomosartigos93.ºe94.ºdoCódigodoProcedimentoAdministrativo,aprovadopeloDe-creto-Lei n.º 57/99/M, de 11 deOutubro, deve apresentar, por escrito, as suas contestações e todas as provastestemunhais,materiais,documentaisouasdemaisprovas,noprazode10dias,acontardadatadepublicaçãodopresenteanúncio.

SenãoapresentarascontestaçõesnoprazofixadoouasmesmasnãoforemaceiteporesteInstituto,asrespectivacandidaturaseráexcluídadalistageraldeesperaporIH,nostermosdoartigo46.ºdoRegulamentoAdministrativon.º25/2009(Atribuição,ArrendamentoeAdministraçãodeHabitaçãoSocial)eartigo5.ºen.º2doartigo6.ºdoRegulamentodeCandidaturaparaAtribuiçãodeHabitaçãoSocial,aprovadopeloDespachodoChefedoExecutivon.º296/2009.

Simultaneamente,foicessadoaconcessãodeabonoderesidênciaporagregadofamiliarbeneficiáriotersidoexcluídodalistageraldeespera,deacordocomostermosdaalínea1)don.º1dartigo8.ºdoRegulamentoAdministrativon.º23/2008(PlanoProvisóriodeAtribuiçãodeAbonodeResidênciaaAgregadosFamiliaresdaListadeCandidatosaHabitaçãoSocial).

Nocasodedúvidas,poderãodirigir-seaoIH,sitonaTravessaNortedoPatane,n.º102.IlhaVerde,Macau,duranteashorasdeexpediente,oucontactarSr.Wongatravésotel.n.º28594875(Ext.216),paraconsultadoprocesso.

OChefedoDepartamentodeAssuntosdeHabitaçãoPública,

CheangSekLam23deAbrilde2012

Page 9: Hoje Macau 27 ABR 2012 #2600

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9regiãosexta-feira 27.4.2012 www.hojemacau.com.mo

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, assumiu a responsabilidade pelo

Ministério da Justiça até ao final do processo judicial que decorre contra a ministra Lúcia Lobato, refere em comunicado divulgado ontem à imprensa o governo timo-rense. “O primeiro-ministro, Kay Rala Xanana Gusmão, assumiu, no dia 23 de Abril, as compe-tências da ministra da Justiça, garantindo, assim, a continuidade das atribuições próprias do Mi-nistério da Justiça”, pode ler-se no documento.

A ministra da Justiça de Timor--Leste, Lúcia Lobato, começou na segunda-feira a ser julgada pelo Tribunal Distrital de Díli por alegados crimes de corrupção, abuso de poder e falsificação de documentos.

O julgamento estava inicial-mente previsto para começar a 23 de Maio, mas foi antecipado, de-pois de o parlamento ter suspenso a ministra de funções no passado mês de Março.

Segundo o despacho do Tri-bunal Distrital de Díli, a acusação pública é deduzida contra Lúcia Lobato e contra um homem iden-tificado como António de Araújo Freitas.

Mudanças drásticas na política de Timor-Leste

Justiça nas mãos de XananaO despacho refere também

que os arguidos são “acusados do crime de corrupção, abuso de poder e de falsificação de documento”, nomeadamente por favorecimento em concursos públicos para a cons-trução de conservatórias de registo civil em vários distritos.

AMEERAH HAQ DE FORAEntretanto, segundo um comunica-do ontem enviado à agência Lusa, a representante do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, Ameerah Haq, vai deixar a chefia da Missão Integrada das Nações Unidas (UN-MIT) para o país em Junho.

O documento informa que a chefe da UNMIT vai ocupar o cargo de sub-secretária-geral do departamento das Nações Unidas de apoio às missões de campo na sede da organização, em Nova Iorque, e deixa Timor-Leste no próximo 09 de Junho.

“Estou muito triste por deixar este belo país, mas as recentes eleições presidenciais mostraram

a força das instituições timorenses, dos órgãos de gestão eleitoral e da polícia nacional”, afirmou Amee-rah Haq, citada no comunicado.

Ameerah Haq, do Bangladesh, foi nomeada em 2009 represen-tante do secretário-geral da ONU para Timor-Leste, depois de ter realizado missões no Sudão e Afeganistão. “Estou confiante que Timor-Leste tem um grande futuro pela frente”, afirmou a ainda representante do secretário-geral da ONU no país.

O chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, já disse que o dinamarquês Finn Reske-Nielsen

vai assumir o lugar de Ameerah Haq . “O lugar será preenchido pelo senhor Finn Reske-Nielsen, que está em Timor-Leste há quase dez anos e tem uma enorme expe-riência”, disse José Ramos-Horta.

Segundo o Presidente timoren-se, Ameerah Haq fez uma “grande missão de dois anos” no país. “É pena que se vá, mas há áreas da ONU que não podem esperar até terminar o mandato da UNMIT”, acrescentou.

ALTERAR A LEI ELEITORALTambém ontem o parlamento de Timor-Leste iniciou um debate para alterar a lei eleitoral do país nos artigos referentes à identificação do eleitor e local de votação com o objectivo de facilitar o exercício de voto dos eleitores.

A proposta propõe que os elei-tores possam exercer o seu direito de voto em qualquer centro ou es-tação de voto, independentemente do local onde estejam recenseados.

A outra alteração, refere que o

eleitor só pode exercer o seu direito de voto com um cartão de eleitor actualizado e “não furado”.

Segundo a Comissão de Assun-tos Constitucionais, a apresentação da proposta justifica-se para facilitar o exercício do direito de voto pelo conjunto dos cidadãos, criando con-dições para que quem deseje votar o possa fazer sem afectar as suas obrigações pessoais, familiares e profissionais, evitando deslocações morosas e encargos financeiros acrescidos.

Nas eleições presidenciais reali-zadas em 17 de Março e 16 de Abril, as autoridades timorenses tiveram de arranjar transporte para os estu-dantes que sem meios financeiros não tinham forma de ir aos distritos exercer o seu direito de voto.

O governo deu também tole-râncias de ponto, nas duas voltas das presidenciais, para permitir aos eleitores regressar a Díli. As próximas eleições em Timor-Leste são as legislativas, marcadas para 7 de Julho.

O ex-secretário geral do Partido Democrático

do Japão, no poder, Ichiro Ozawa foi ontem absolvido por um tribunal de Tóquio das acusações de irregula-ridades financeiras.

Ex-líder japonês foi absolvido em escândalo

Ser assistente não compensa

O Ministério Público pedia a aplicação de uma pena de três anos de prisão a Ozawa, que liderou o partido até 2010, depois de o ter acusado de engendrar um plano com três assis-

tentes para ocultar ao fisco o investimento de cerca de 40 milhões de patacas na aquisição de um terreno em Tóquio, em 2004, atra-vés do gabinete que gere os donativos políticos.

Durante o processo, que arrancou em Outubro do ano passado, Ozawa, de 69 anos, e a sua defesa alegaram sempre que o político desconhecia as manobras dos seus três assistentes, que foram declarados culpados no mesmo julgamento.

Os três juízes que jul-garam o caso considera-ram não existir prova de ligação directa de Ozawa ao negócio.

Ozawa é considerado uma das personalidades com mais peso no pano-rama político do Japão e artífice da vitória eleitoral do seu partido em 2009, que pôs fim a mais de meio século de Governo do Partido Liberal Democrata.

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10 sexta-feira 27.4.2012www.hojemacau.com.mocultura oriental

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Helder [email protected]

FERNANDO Vitó-ria é estudioso de culturas orientais, colecciona histó-

rias, filmes e músicas, orga-niza com frequência ciclos temáticos de cinema, faz conferências, sente-se bem quando questões orientais de âmbito cultural são motivo de conversa ou debate. Na tarde de ontem, conferen-ciou no Clube C&C (Clube Recreativo, Desportivo, Cultural e de Apoio Social), perante uma sala lotada, sobre “Os 26 Mártires de Nagasaki-Macau, Política e Sangue”. Com alguma fre-quência, aspectos da cultura japonesa, prendem a atenção deste estudioso. “Em rela-ção a este tema concreto, o meu interesse começa pelo cinema, nomeadamente através do filme de Akira Kurosawa, “Kagemusha”, em português “A Sombra do Guerreiro” ou a “Som-bra do Samurai”, realizado em 1980 e que vi pouco depois”, referiu Fernando Vitória. “Há uma cena um pouco estranha nesse filme,

Fernando Vitória, estudioso das culturas orientais

“Portugueses e japoneses fizeram um encontro de culturas muito diferente”que é a saída de Nobunaga do castelo, com todo o seu exército, e que é objecto de uma bênção colectiva, em latim, por parte dos jesuítas, lá do alto do castelo. Essa cena impressionou-me ex-traordinariamente, a ponto de sentir muita curiosidade em estudá-lo historicamen-te”, revela Fernando Vitória.

Embora, antes desse filme já tivesse visionado outras obras, por exemplo de Mizo-gushi, Yasujiro Ozu e outros cineastas japoneses de há cerca de meio século atrás, mas que estiveram muito em voga na Europa, como recorda o conferencista: “Lembro-me de um famoso e extraordiná-rio ciclo de filmes de Kenji Mizoguchi, na Fundação Gulbenkian, organizado pelo Bénard da Costa. Isso abriu--me os horizontes em relação ao cinema, ao Japão, à cultura cinematográfica japonesa e à História do Japão. Porque há

uma série de filmes japoneses que têm muita desta história passada no século XVI.”

UM APAIXONADOPELA CULTURA NIPÓNICADe certo modo apaixonado por determinados aspectos da His-tória japonesa, Vitória propôs o tema ao Clube C&C que o acarinhou: “Este tema sobre os 26 mártires de Nagasaki é muito mais político do que religioso, ao contrário do que alguns poderão pensar. Uma política, aliás, bastante inte-ressante na perspectiva quer de Macau, quer de Portugal. Mesmo o livro “Silêncio”, de Shusaku Hendo (centrado na história do padre Sebastião Rodrigues pelo Japão, do século XVII), acaba por falar mais de Macau, local onde tem início a narrativa, do que em Portugal. Macau está en-volvida nesta tragédia desde o princípio até ao fim. Anseio ver a adaptação para cinema que

o Martin Scorsese promete. É realmente uma história com bastantes contornos políticos, muito para além de religiosos.”

Breve síntese do en-volvimento de Macau na martirização mencionada: “Primeiro, os jesuítas, quase todos portugueses e italianos, embora também houvesse, minoritariamente, franceses e espanhóis, acabam por vir, através de Lisboa, nas naus com destino a Goa, depois Malaca e daí para Macau. É em Macau que começaram a perceber a necessidade de estudar japonês para melhor contactarem com os japone-ses para posteriormente os converter ao cristianismo. No Colégio da Madre de Deus, de que hoje só temos as Ruínas de S. Paulo, es-tudaram língua e cultura do Japão, até o budismo japonês e chinês, vários aspectos da espiritualidade tradicional japonesa, como xintoísmo, etc., só depois partindo para o Japão, onde se associavam ao comércio, sobretudo o comércio da Grande Nau, ou Nau do Trato, que viajava de Macau até Nagasaki.

Fernando Vitória revela mesmo que foram os jesuítas quem organizaram o comércio naquela cidade. “Daí o seu contacto quase permanente com Macau, onde se carrega-vam os navios com produtos encomendados pelos jesuítas que então os distribuíam pe-los daimios (resumidamente, nobres senhores poderosos), sobretudo a seda, tecido que na altura era importantíssimo na elite japonesa. A chegada da seda a Nagasaki era sempre um grande acontecimento local. Macau desempenhava, então, um importante papel de charneira, de entreposto comercial, de preparação para a chegada às missões religiosas no Japão. E ainda como ponto de ordenação dos sacerdotes, uma vez que no Japão, durante muito tempo, não houve bispos para ordenarem. Daí, muitas das ordenações acontecerem em Macau, onde actualizavam os conhecimentos de filosofia e teologia, e também em Goa.”

Fica em síntese explicada a ligação de Macau a Naga-saki, embora existam tantos outros exemplos, alguns bem trágicos, de ligação entre Macau e Nagasaki, também

abordados na conferência de ontem no Clube C&C.

ENTRE O DIREITOE A HISTÓRIAToda a carreira profissional de Fernando Vitória foi, e é, desenvolvida na área do Direito, onde tem publicados alguns estudos. Formado academicamente em Direito - desde 1975 inscrito na Ordem

dos Advogados em Portugal, onde fez advocacia - é nessa área que tem obra publicada e onde prossegue a activida-de profissional, agora num organismo governamental macaense, depois de ter exer-cido advocacia, chefiado o Serviço de Estudos Jurídicos e do Contencioso da COSEC, em Lisboa, assessor jurídico do gabinete do secretário de

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11sexta-feira 27.4.2012 www.hojemacau.com.mo cultura oriental

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Fernando Vitória, estudioso das culturas orientais

“Portugueses e japoneses fizeram um encontro de culturas muito diferente”

Estado português da Educa-ção e também do secretário de Estado do Ensino Superior.

É autor da revisão técnica e do prefácio de uma obra de autor belga sobre seguros e créditos, “talvez o trabalho mais conhecido internacio-nalmente sobre esta matéria”. Entre finais dos anos 1970 até à década seguinte, escreveu para a revista “Exportar”, do

então ICEP (hoje AICEP), sob temas ligados aos contratos internacionais e à exporta-ção, aos incotermos (termos utilizados na exportação). Durante nove anos, em ho-rário extra laboral, deu aulas de Matemática Actuarial, componente relacionada com seguros e fundos de pensões, ensinando o enquadramento legal destas matérias com a

matemática. na Faculdade de Ciências e Tecnologia na Universidade Nova de Lisboa.

Para o Instituto Supe-rior de Economia e Gestão (ISEG), Fernando Vitória escreveu um livro apoios à exportação. Em Macau, na se-gunda metade dos anos 1990, Vitória trabalhou directamen-te com José Alarcão Troni, então secretário-adjunto para os Assuntos Sociais e Orça-mento, desempenhou funções em outros departamentos e hoje assessora juridicamente o gabinete do secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam.

Sobre a conciliação entre a actividade profissional que também contém em si própria necessidades de actualização, com as paixões pelo cinema ou por aspectos das culturas orientais, Fernando Vitória revela: “Naturalmente não é muito fácil conciliar as coisas de que gosto no meu dia a dia. Por outro lado, penso que ter-mos apenas uma actividade, desequilibra-nos. Se tivermos oportunidade de vivermos en-tre várias realizações do nosso agrado, devemos aproveitar. Outros temas, outras pessoas, outras áreas de interesse, outro tipo de iniciativas, a vida fica melhor temperada, olhamos o mundo sob novas e melhores perspectivas”.

Sobre próximo estudo rela-cionado com o Japão histórico, Fernando Vitória considera que “o relacionamento entre Macau e o Japão é um tema extraordi-nário. Ainda nos dias de hoje, quando vamos ao Japão, pode-mos sentir que há Portugal ali. por exemplo, vai-se a Quioto, percorre-se alguns lugares na parte sul japonesa, por onde andaram tanto os jesuítas, nos museus e em outros locais há frases portuguesas, tal como na própria linguagem japonesa, como sabemos. E ainda alguns aspectos da culinária que os portugueses lá deixaram. E tudo isto não é apenas teoria. Para além destes exemplos do quotidiano, persistem exemplos de uma certa mentalidade dos japoneses sobre Portugal, um tema bastante estudado. Entre portugueses e japoneses existe um encontro de culturas com-pletamente diferente de outros”.

Mais ciclos de cinema or-ganizados por este estudioso, estão prometidos. Mas, “o Direito, sempre!”

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12 vida sexta-feira 27.4.2012www.hojemacau.com.mo

NUM artigo recentemen-te publicado na folha

de S. Paulo, Zhou Zhiwei*, colaborador do Instituto da América Latina da Acade-mia Chinesa de Ciências Sociais, analisa a questão da segurança alimentar na China.

No final de 2011, a Chi-na publicou o livro branco “Novos Progressos de De-senvolvimento e de Alívio da Pobreza nas Áreas Rurais da China”, anunciando que, depois de ter adoptado uma série de medidas para ali-viar a situação de pobreza nas regiões rurais, o país já resolveu o problema de falta de comida e de roupa dos residentes rurais e está em vias de acabar com a pobreza extrema. Tendo em vista a urbanização re-lativamente baixa da China (46,6% em 2010) e a pobreza concentrada nas áreas rurais, o conteúdo deste livro pode ser entendido como “a China já resolveu o problema da pobreza extrema”. Tendo em conta o número de habitantes do país, o alívio da pobreza na China pode ser visto como uma magnífica façanha na história do ser humano.

Agora, com o proble-ma da falta de alimentos resolvido, “O que comer?” e “Se come bem?” são os próximos pontos na agenda de trabalhos do Governo. Comer de forma higiénica e nutritiva é a próxima meta das políticas de alimentação do governo e um grande de-safio para os chineses.

VALIDADES EXPIRADASA imprensa chinesa revela, quase todos os dias, uma grande quantidade de in-fracções cometidas pelas empresas de alimentos: a rede McDonald´s usa produ-tos com a validade expirada; os supermercados mudam os prazos de validade; fa-bricantes de alimentos uti-lizam aditivos ilegalmente; os restaurantes cozinham com óleo de má qualidade; os pequenos comerciantes vendem ovos artificiais etc. Estes péssimos exemplos colocam os chineses numa situação de escolha: passar fome ou arriscar consumir

Higiene e segurança alimentar O que devemos chineses comer?

Comer em casa é uma escolha inteligente

alimentos com possíveis problemas de qualidade.

Chen Junshi, da Acade-mia Chinesa de Engenharia projectou, com base num controlo activo de doenças transmitidas por alimentos, que, em média, um em cada seis chineses morre devi-do a estas enfermidades. Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde, tratam-se de doenças infecciosas ou tóxicas con-traídas através da ingestão de alimentos com agentes patogénicos. Obviamente que as doenças transmitidas pelos alimentos não existem apenas na China, também se encontram noutros países em vias de desenvolvimento e até em alguns países de-senvolvidos.

As novas tecnologias dão-nos outras condições alimentares, como os trans-génicos e os alimentos de alta qualidade, mas também nos colocam diante do gran-de desafio da segurança, como a produção de ovos artificiais. Ainda me lembro de que, quando estávamos a passar fome no passado, co-mer num restaurante era um luxo. Hoje significa colocar a vida em risco. “Refeições em casa” passaram a ser uma escolha inteligente.

PARA A FRENTEÉ QUE É CAMINHOSe não podemos recusar o avanço das tecnologias, pre-cisamos de nos esforçar para diminuir os riscos de outras

formas. Em primeiro lugar, o mais importante é a ética nos negócios e a questão da integridade. A conquista de lucros dos comerciantes é uma regra universal no mundo dos negócios. No entanto os consumidores têm direito a consumir produtos e serviços de boa qualidade. Os fabricantes que produzem comidas e serviços defeituosos devem ser criticados como imorais e castigados pela lei. Isto é um controlo tanto moral como da supervisão do governo.

A China tem regulamen-tações e regras relativamente rígidas em termos de segu-rança alimentar, feitas de acordo com os parâmetros das normas internacionais dos Estados Unidos. Mas o problema é que a gestão e a supervisão do governo são insuficientes, o que resulta no fracasso da implemen-tação dessas normas. Para combater esta situação, os especialistas chineses suge-rem que o modelo de gestão de segurança alimentar da China deva ser alterado do modelo actual de “mostras de mercado reveladas pela imprensa”, e de acção após a ocorrência, para o modelo de gestão preventiva, de “controlo do começo ao fim, rastreamento do produto, garantia de integridade, avaliação de risco e aviso de risco”.

No último fim de sema-na, perguntei ao meu filho, Paulinho, de quatro anos, onde é que ele queria ir comer. Depois de ter visto tantos relatos na televisão sobre a situação da higiene e segurança dos alimentos na China, respondeu: “É melhor passarmos fome, já que a comida dos restau-rantes não presta.” Fiquei chocado com a resposta. Como é que nós, adultos, devemos entender estas palavras de uma criança de apenas quatro anos?

* Zhou Zhiwei é colaborador do Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais e secretário-geral do Centro de Estudos Brasileiros. Foi investigador de relações internacionais na USP e no BRICS Policy Center da PUC-RJ.

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O Pedido do Projecto de Apoio Financeiro do FDCTpara à 2ª vez do ano 2012

(1) Fins O FDCT foi estabelecido por Regulamento Administrativo nº14/2004

da RAEM, publicado no B. O. N° 19 de 10 de Maio, e está sujeito a tutela do Chefe do Executivo. O FDCT visa a concessão de apoio financeiro ao ensino, investigação e a realização de projectos no quadro dos objectivos da política das ciências e da tecnologia da RAEM.

(2) Alvos de Patrocínio (i) Universidades, instituições de ensino superior locais, seus

institutos e centros de investigação e desenvolvimento (I&D); (ii) Laboratórios e outras entidades da RAEM vocacionados para

actividades de I&D científico e tecnológico; (iii) Instituições privadas locais, sem fins lucrativos; (iv) Empresários e empresas comerciais, registadas na RAEM,

com actividades de I&D; (v) Investigadores que desenvolvem actividades de I&D na RAEM.

(3) Projecto de Apoio Financeiro (i) Que contribuam para a generalização e o aprofundamento

do conhecimento científico e tecnológico; (ii) Que contribuam para elevar a produtividade e reforçar a

competitividade das empresas; (iii) Que sejam inovadores no âmbito do desenvolvimento industrial; (iv) Que contribuam para fomentar uma cultura e um ambiente

propícios à inovação e ao desenvolvimento das ciências e da tecnologia;

(v) Que promovam a transferência de ciências e da tecnologia, considerados prioritários para o desenvolvimento social e económico;

(vi) Pedidos de patentes.

(4) Valor de Apoio Financeiro (1) Igual ou inferior quinhentos mil patacas. (MOP$500.000,00) (2) Superior a quinhentos mil patacas. (MOP$500.000,00)

(5) Data do Pedido Alínea (1) do número anterior Todo o ano Alínea (2) do número anterior A partir do dia 2 – Maio – 2012 até 2 – Julho – 2012 (O próximo pedido será realizado no dia 3 – Set. – 2012 ao 5 – Nov. – 2012)

(6) Forma do PedidoDevolvido o Boletim de Inscrição e os dados de instrução mencionados

no Art° 6 do Chefe do Executivo nº 273 /2004, «Regulamento da Concessão de Apoio Financeiro», publicado no B. O. N° 47 de 22 de Nov., para o FDCT. Endereço do escritória: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n° 411-417, Edf. “Dynasty Plaza” 9° andar, Macau. Para informações: tel. 28788777; website: www.fdct.gov.mo.

(7) Condições de AutorizaçõesPor despacho do Chefe do Executivo nº 273 /2004, processa o

«Regulamento da Concessão de Apoio Financeiro».

O Presidente do C. A. do FDCT,Tong Chi Kin27 / 4 / 2012

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13vidasexta-feira 27.4.2012 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

AS análises do responsável pelo Gabinete Coor-denador de Segu-

rança (GCS) são claras. O ter-ritório irá sentir a passagem de cinco tempestades, cuja intensidade poderá ser maior do que nos anos anteriores. “Prevê-se que vão haver cin-co tempestades tropicais este ano. Devido às alterações climáticas que se sentem no mundo, a intensidade dos desastres naturais deverá ser maior para este ano, mas é difícil dizer até que ponto os tufões serão mais fortes”, explicou Cheang Seng Chio.

KURT Mix, ex-enge-nheiro da BP que terá

destruído provas ligadas à explosão da plataforma petrolífera no Golfo do México em 2010, foi deti-do e incorre numa pena de prisão de 20 anos, anunciou o Departamento de Justiça norte-americano.

A 20 de Abril de 2010, uma explosão na platafor-ma petrolífera Deepwater Horizon, no Golfo do Mé-xico, e a fuga de crude do poço a ela ligado, a 1500 metros de profundidade, deram início à pior maré negra na história dos Es-tados Unidos. A BP era a operadora da plataforma e durante meses forneceu estimativas da quantidade de combustível que estava a ser derramado e tentou selar o poço.

Kurt Mix, de 50 anos, é a primeira pessoa a ser acusada no âmbito do processo Deepwater Ho-rizon e, se for condenado, arrisca-se a uma pena de prisão de 20 anos e ao pa-gamento, por cada crime, de uma multa de 250 mil dólares (189 mil euros), de acordo com a decisão do tribunal de Houston, a 24 de Abril.

Este antigo engenheiro da BP, que se reformou em 2011, é acusado de obstrução à Justiça porque, em Outubro de 2010, terá apagado do seu telemóvel centenas de mensagens trocadas com um supervisor sobre a operação “Top Kill”, de selagem do poço. Mix

Cheang Seng Chio, do Gabinete Coordenador de Segurança, garantiu aos jornalistas que Macau deverá sentir a passagem de cinco tempestades. Na reunião anual da Protecção Civil, vários organismos prometeram reforçar a prevenção

Estão previstos cinco tufões para este ano

Vêm aí as tempestades

Antigo engenheiro da BP detidopor alegada destruição de provas

Mix de asneirastinha sido avisado várias vezes para manter todas as mensagens e comunicações relacionadas com a maré negra.

Segundo o jornal Hu-ffington Post, as mensa-gens apagadas descreviam que uma grande quanti-dade de petróleo estava a escapar daquele poço e que a operação de selagem estava a ser um fracasso. A 26 de Maio de 2010, Mix escreveu: “Demasiado flu-xo: mais de 15.000 e uma fissura demasiado grande”. Segundo o Departamento de Justiça, naquela altura, a BP dizia que estavam a escapar apenas 5000 barris por dia e que a operação tinha 70% de hipóteses de sucesso.

Em comunicado, o se-cretário da Justiça dos EUA, Eric Holder, refere que o grupo que investi-ga as causas da explosão “continua o seu trabalho” e responsabilizará diante da Justiça “todas as pessoas que violaram a lei”. A BP disse, em comunicado, que não comenta o processo contra Kurt Mix e vai con-tinuar a cooperar na inves-tigação do Departamento de Justiça.

Além da morte de 11 trabalhadores da BP, o acidente provocou, a 20 de Abril de 2010, o derrame no mar de 4,9 milhões de barris de crude, causando, segundo Eric Holder, “a maior catástrofe ambiental da história dos Estados Unidos”.

No âmbito de mais uma reunião anual da Protecção Civil, Cheang Seng Chio prometeu ainda alterar o calendário dos trabalhos: se até agora o encontro com os diversos organismos foi fei-to depois das simulações de tufão, daqui para a frente vai passar a realizar-se antes.

José Lam, chefe do GCS, garantiu que está tudo a postos para responder a uma eventual catástrofe. “Como nos anos anteriores, caso seja içado o sinal 8 de tufão, o centro no Quartel de São Francisco vai ser re-aberto. Todo o pessoal está preparado.” Incidentes, es-ses, são poucos. “Por sorte Macau é uma península sem

grandes incidentes, só acon-tecem alguns ferimentos. O resto são apenas ligeiras ocorrências, como inunda-ções ou desabamentos.”

PRIMEIROSSINAIS EM MAIOApesar do território poder vir a sentir efeitos de cinco tem-pestades da mãe-natureza, o número mantém-se seme-lhante ao ano passado e até abaixo da média anual. De acordo com Tang Io Man, dos Serviços Meterológicos e Geofísicos (SMG), há “em média, seis tempestades tropicais por ano, sendo que a ocorrência dos tufões predo-mina entre Julho e Outubro.”

Os primeiros sinais de

tufão podem acontecer já no próximo mês, estando previs-to “haver duas tempestades que obrigam a içar o sinal 8”, disse Tang Io Man.

Da parte da Companhia de Electricidade de Macau (CEM), serão tomadas me-didas adicionais para evitar perdas de funcionamento da rede eléctrica. Apesar do fornecimento da empresa ter atingido uma taxa de sucesso na ordem dos 99,5%, a CEM vai reforçar a “fiscalização e controlo”, “tomar medidas de precau-ção no que diz respeito à manutenção”, “elaborar um projecto de emergência” e ainda promover a realização de simulações periódicas, admitiu Ho Kuai Seng. Os equipamentos de electrici-dade nas chamadas “zonas baixas” vão ser mudados, num plano de protecção que vai custar mais de sete mil horas de trabalho, garantiu o responsável.

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14 cultura sexta-feira 27.4.2012www.hojemacau.com.mo

Maria João Belchiorem Pequim

O que aconteceu de facto entre 1958 e 1961?

Como se viveram os anos do Grande Salto em fren-te na China rural onde a pressa do plano da indus-trialização do presidente Mao acabou por tornar-se numa das maiores fomes da história do século XX? Quem na China se lembra ainda do Grande Salto?

Foram estas algumas das questões que levaram o artista Wu Wenguang, residente em Pequim, a lançar o desafio a vários jovens para entrarem num projecto de refazer a me-mória popular da China com documentários sobre o que foi a Grande Fome.

A ideia foi convidar mais de vinte jovens, todos nascidos depois de 1985, para numa busca da história construírem a sua própria estória. Substituir as estatísticas por factos contados na primeira pessoa levou vários jovens num regresso à terra de origem. Os documentários tornaram-se uma viagem no tempo através de con-versas com os seus avós, anciãos com mais de oiten-ta anos que relembram os anos de escassez sem não acusar ninguém.

O tema da fome, as causas e consequências, continua a ser um tema sensível na China. Os maus cálculos de Pequim e os nú-meros falsos cedidos pelos governos provinciais ao

central criaram uma espiral de enganos que acabaram por ser fatais para muitos.

A MEMÓRIA POPULARWu Wenguang, um dos primeiros realizadores in-dependentes da China, desenvolveu o projecto e chamou-lhe “Memória Popular”. Armados apenas com uma câmara de filmar, os jovens não tinham de obedecer a nenhum progra-ma que não fosse registar.

Apresentados agora em Pequim, o conjunto de vários documentários passaram desde Yunnan até ao norte da China. Um país rural onde muitos idosos, hoje quase habi-tantes únicos de pequenas aldeias, vivem apenas com o básico.

“O inverno do meu avô”, documentário do jovem Jie Nannan, relata o dia a dia de um velho senhor viúvo, habitante de uma casa onde pouco mais há que uma cama e uma cadeira. Várias horas de conversas acabaram por levar Jie Nannan a deixar de lado o tema da fome do final dos anos 50 e mostrar o dia a dia do avô cuja companhia diária são os cigarros.

“De volta a Huamulin”, um outro documentário filmado em Yunnnan, é um regresso da jovem Li Xinmin à terra de onde ti-nha saído com 16 anos para trabalhar em Pequim. Sem formação universitária, Li Xinmin trabalhou muitos anos como empregada do-méstica antes de entrar na

residência artística de Ca-ochangdi em Pequim, onde pôde voltar a acordar a sua criatividade. Percorrendo toda a aldeia, Li Xinmin fala com os mais velhos sobre o tempo em que só havia erva para comer. As histórias trágicas parecem perder o dramatismo que ti-veram quando são contadas agora numa era em que mui-tos vivem na abundância. Mas a memória dos tempos difíceis não se apaga.

UMA PARTEDE UM TODOUm trabalho em constru-ção, os documentários mostrados em Pequim são apenas uma parte de vá-rias actividades integradas sobre recordar a China de outros tempos. Para Wu Wenguang não se trata do fim de um trabalho com es-tes documentários. Para os jovens, o projecto “Memó-ria Popular” é um regresso às origens, às vilas das quais saíram em direcção às cida-des para trabalhar e estudar. E é também um regresso à China de Mao Zedong, à história da qual só ouviram falar e que dificilmente imaginam como seria.

Num dos filmes uma jovem pergunta ao avô como vivia nos anos da Grande Fome, ao que o senhor responde – “mas que interesse tem falar desses tempos agora?” Mas para a neta a resposta é simples – “quando vocês já não estiverem entre nós, ninguém vai saber falar-nos do passado”.

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Ciclo de documentários relembra Grande Fome

Não esquecer o Grande Salto

ANÚNCIO [N.º124/2012]

Para os devidos efeitos, vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares seleccionados da lista de espera de habitação económica abaixos mencionados:

N.º do boletim de candidatura Nome N.º do boletim de

candidatura Nome

68611 HON OI PENG 57994 LEI ION KUAN62139 CHAO SUT LIN 72397 KONG CHI HONG

De acordo com os termos do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, o Instituto de Habitação (IH) informa os representantes dos agregados familiares acima referidos, através de ofícios, para se dirigirem pessoalmente ao IH, sita na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau (perto da Escola Primária Luso-Chinesa do Bairro Norte), no dia 16 de Maio de 2012, às horas fixadas nos respectivos ofícios, para escolha das fracções de habitação económica disponíveis de T3 na zona de Macau.

Nessa altura, os agregados familiares da lista de espera acima referidos devem apresentar os documentos comprovativos (originais e cópias) abaixo mencionados, para efectuar a nova verificação dos requisitos da candidatura da aquisição de habitação económica. Caso as respectivas informações afectem os actuais requisitos da aquisição de fracção ou existirem mudança da composição dos agregados familiares acima referidos, este Instituto irá suspender, imediatamente, o procedimento da escolha de habitação económica:

1. Documentos de identificação de todos os elementos do agregado familiar e os seus cônjuges (caso houver) registados no boletim de candidatura de habitação económica.

2. Prova de casamento (aplicável aos indivíduos casados. Caso tenha entregue ao IH, nos últimos três meses, não é necessário a entregar de novo).

3. Boletim de candidatura dos dados dos agregados familiares de habitação económica devidamente preenchidos e assinados.

De acordo com os termos do n.º 2 do artigo 13.º do decreto-lei acima referido, com as alterações introduzidas pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002, caso os agregados familiares da lista de espera acima referidos não tenham comparecido no IH, no dia e horas fixados, e apresentado os documentos acima referidos, para escolha de habitação ou não pretendam adquirir nenhuma das fracções de habitação económica disponíveis no momento podem optar entre, por motivo não justificado, implica a perda do direito de escolha e passagem automática para o último lugar da lista geral; ou após a apreciação dos dados apresentados, verifique que não reunirem com os requisitos da candidatura, os agregados familiares seleccionados serão excluídos na lista geral.

No intuito de proporcionar os agregados familiares seleccionados para terem mais conhecimentos sobre as informações das fracções de habitação económica disponíveis, o IH juntamente os ofícios enviará em anexo o catálogo com descrições das fracções para venda, tabela dos preços, rácio bonificado, pontos de observação, informações sobre o horário de abertura e o local da visita à fracção de modelo ou ao modelo de fracção. Caso os agregados familiares seleccionados não tenham recebidos os ofícios remetidos pelo IH, até sete dias antes da data fixada, poderão dirigir-se ao IH sito na Travessa Norte do Patane n.º 102, Ilha Verde, Macau) ou consultar através do telefone n.º 2859 4875, durante o horário de expediente.

O Presidente,

Tam Kuong Man

28 de Abril de 2012

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15culturasexta-feira 27.4.2012 www.hojemacau.com.mo

Concurso de som e imagem do Creative Macau com toque internacional

Talentos de maior alcanceO Concurso de Som e Imagem 2012 promete chegar mais longe este ano. Ao contrário das duas edições interiores, a Creative Macau, em coordenação com o Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), decidiu levar a competição além fronteiras. “Two senses one voice” promete atrair não só talentos locais como internacionais, nas áreas do design de imagem e som

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Rita Marques [email protected]

ONTEM, na apre-sentação oficial da competição, que hoje está já

apta a receber candidatu-ras, Lúcia Lemos, coorde-nadora do Creative Macau, está confiante na partici-pação e coordenação com parceiros internacionais. “Queremos fortalecer o concurso, dar oportunida-de a mais pessoas, tentar que seja mais competitivo e que ganhe mais prestigio.” A organização conta já com a Universidade Católica do Porto como parceiro estrangeiro, que prima pela qualidade em Som e Imagem do seu departa-mento de Artes, valoriza a coordenadora.

A cooperação interna-cional surge numa visita levada a cabo no ano passa-do, em que foram levados os trabalhos que tinham ganho a edição anterior. O interes-se surgiu então por revelar trabalhos muito próximos dos desenvolvidos na facul-dade. Além de Macau, Por-

tugal vai também albergar este concurso. “Eles [UCP do Porto] prometem enviar para outros parceiros seus, como os EUA, Inglaterra, França e Bélgica. Vamos também procurar parceiros chineses e da região”, refere a coordenadora.

As curtas não podem ter mais de três minutos e podem ser submetidos por equipas até oito elementos, profissionais e amadores, até ao dia 26 de Outubro. Todos eles têm de ser criativos e revelar uma mensagem, qualificada

como anúncio público, campanha publicitária ou aviso público, que serão exigidas pela organização a cada grupo.

A Associação Audio--Visual Cut é um dos três co-organizadores, tendo destacado a importância da promoção de talentos locais na apresentação do desafio à imprensa. “Aquilo que pretende-mos encorajar é o talento existente em Macau nesta área, no design da indústria de cinema e do design de som. E podemos mostrar

o trabalho desenvolvido por pessoas locais, ao con-tarmos com organizações internacionais”, refere Lawrence da associação.

Um dos objectivos que salientou foi a elevação da qualidade do design de som, a que será dada tanta importância como a vertente visual. Mas ainda sobrou tempo para fazer menção do respeito e preservação da lei de direitos de autor (termos e licenças).

Os primeiros trabalhos seleccionados pelo júri, de

todos os que forem entre-gues, vão estar online para votação entre 3 e 24 de No-vembro. O júri vai premiar os seis melhores vídeos por categorias: “Prémio para o melhor vídeo”, “Prémio para melhor design de som”, “Prémio para me-lhor imagem”, “Prémio de Favorito do Público”, escolhido por votação on-line, “Prémio para a melhor Comunicação dos Média” e ainda “Prémio para Vídeo Local”.

José Sales Marques, presidente do IEEM, des-

taca sobretudo o último prémio porque “se abre a possibilidade de pessoas de todo o mundo participarem, não deixando de destacar uma área em que se vê de-senvolvimento em Macau”. Sobre as indústrias criati-vas no território referiu que o avanço alcançado está ao nível da Europa.

O BNU atribuirá o “Prémio de Melhor Vídeo”, com um valor pecuniário de 20 mil patacas, os restantes cinco premiados levam para casa 10 mil patacas, atribuídas pelos parceiros, Macau Closer, Fundação Oriente, Jornal Tribuna de Macau e Macau Link.

O anúncio dos prémios será feito numa cerimónia a ter lugar a 1 de Dezembro, que segundo a coordenado-ra, poderá ser numa sala de cinema para visualização dos seis melhores vídeos.

A ATFPMSAÚDA O

1º DE MAIODIA DOS

TRABALHADORES

A APOMACSAÚDA O

1º DE MAIODIA DOS

TRABALHADORES

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16 desporto sexta-feira 27.4.2012www.hojemacau.com.mo

O IACMSAÚDA O

1º DE MAIODIA DOS

TRABALHADORES

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Sérgio [email protected]

QUANDO este fim-de-semana em Xangai arrancar a primeira

edição da “Taça Audi R8 LMS”, e em Sepang, na Malásia, o “Lam-borghini Blancpain Super Trofeo”, vira-se mais uma página no livro da história do automobilismo asiático, particularmente o da China.

A terra do “Império do Meio” é o segundo maior mercado mun-dial de carros de luxo e as marcas que apostam neste segmento não querem perder a oportunidade de entrar num nicho de mercado, como a competição automóvel, que traz valor acrescentado e que, em alguns casos, pode até ser auto-suficiente.

Para a Audi, nas palavras do presidente da filial chinesa, Diet-mar Voggenreiter, “a China é como uma segunda casa para a Audi”. “Ao entrarmos no desporto moto-rizado, nós ambicionamos começar a provar o lema da nossa marca, ‘Na Vanguarda da Tecnologia’ nas pistas deste dinâmico país”.

As vendas da Audi na China cresceram cerca de 37% em 2011 e poderão superar os quarenta por cento de crescimento este ano. Para a nova “Taça Audi R8 LMS”, a marca de Ingolstadt utilizará, como o nome indica, um carro em todo semelhante aquele que Edoardo

Fim-de-semana muda história automobilística da Ásia

Da estrada para as pistas

Mortara conduziu no Circuito da Guia para vencer convincentemen-te a Taça GT Macau o ano transacto.

O campeonato terá cinco pro-vas, passando por Xangai, Zhuhai e Ordos, e tem no piloto malaio ex-F1 Alex Yoong e em Marchy Lee, de Hong Kong, as caras mais conhecidas. No total serão dezasseis carros em pista, cada um avaliado em cerca de 2,67 milhões de patacas, cinco deles patrocina-dos por concessionárias da marca alemã no continente chinês.

LAMBORGHINI PRESENTEEm parceria com a relojoeira suíça Blancpain, a “irmã italiana” Lambor-ghini, marca de viaturas de luxo do Grupo Audi-Volkswagen, também resolveu este ano trazer para a Ásia o seu troféu monomarca, competição de relativo sucesso na Europa.

O país da grande muralha é actualmente o maior mercado da Lamborghini, fabricante que também já está oficialmente representado em Macau, onde vendeu uma dezena de viaturas o ano passado, contra 342 - núme-ro recorde - da filial chinesa. O “Lamborghini Blancpain Super Trofeo”, que utiliza o modelo Gallardo Super Trofeo, que custa cerca de 2,2 milhões de patacas, passará pela Malásia, China, Ja-pão e Taiwan. “Como uma marca global, a nossa expansão num dos mais importantes mercados foi muito bem recebida e esperamos continuar este sucesso com novos pilotos, equipas e fãs”, disse Ste-phan Winkelmann, presidente da Automobili Lamborghini no dia do anúncio oficial.

Tanto a competição agora

iniciada pela Audi, como a aque-la colocada em pé na Ásia pela Lamborghini, entram em concor-rência directa com dois outros campeonatos automobilísticos já em locomoção no continente, com especial incidência.

A VISIONÁRIA PORSCHEA marca alemã foi a primeira a compreender os benefícios da com-petição automóvel, tendo lançado em 2003 a sua “Taça” na região. Dez anos depois, a Taça Porsche Carrera Ásia é considerada o mais forte e competitivo campeonato de automobilismo do Sudeste Asiático e o único até hoje capaz de reunir pilotos profissionais. “Quando comecei a correr neste campeonato em 2009, éramos 3 ou 4 pilotos profissionais, este ano somos quase uma dezena, muitos deles chineses apoiados pelos revendedores locais”, disse Rodolfo Ávila, o piloto português de Macau que este ano faz a sua quarta época consecutiva na Taça Porsche Carrera Ásia.

Em 2011, a China tornou-se o maior mercado para os modelos

Cayenne e Panamera e não foi por acaso que o quartel-general do troféu monomarca da casa de Weissach foi transferido em 2010 de Singapura para Xangai.

Sem pretensões de rivalizar com a competição da eterna marca rival germânica, a Ferrari lançou o ano passado, ano em que celebrou a venda de mais de mil veículos na China, o “Ferrari Challenge”. Este troféu monomarca, que tem como “cavalo de batalha” o 458 Challenge e tem uma longa tradição no “Velho Continente”, é preferen-cialmente destinado a abonados “gentleman drivers”, muitos deles já clientes da prestigiada marca transalpina, que preferem desfru-tar de um ambiente exclusividade nos fins-de-semana de provas, em detrimento das luzes da ribalta.

Audi, Ferrari, Lamborghini ou Porsche; todas elas proclamam as suas particularidades no seu envolvimento na competição au-tomóvel e tentam a todo o custo diferenciar-se entre si num pais que até há 20 anos era conhecido como o “Reino das Bicicletas”. E no meio desta batalha fratricida que está prestes a começar, este pode-roso quarteto vai atraindo novos participantes para um desporto que só nos últimos anos, ajudado por um mercado a fervilhar, finalmente saiu das sombras.

Page 17: Hoje Macau 27 ABR 2012 #2600

17futilidadessexta-feira 27.4.2012 www.hojemacau.com.mo

[ ] Cinema Cineteatro | PUB

SALA 1BATTLESHIP [C]Um filme de: Peter BergCom: Taylor Kitsch, Brooklyn Decker14.30, 16.45, 21.30

[Tele]visão

Aqui há gato

Sudoku [ ] Cruzadas

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-Emblema da justiça; Fedor. 2-Aracnídeo de dimensões muito reduzidas; Cortar cerce. 3-Ruminante da América do Sul; Agulha de sapateiro. 4-Ice; Cério (s.q.); No ano do Senhor (abvev. lat.). 5-Nome científico do joio; Pequena argola. 6-Da natureza da aranha. 7-Anadava para lá; Desembaraçado. 8-Corpo Diplomático (abrev.); Inflamação do ouvido (pl.). 9-A eles; Espécie de calçado (ant.); Primeira mulher, Segundo a Bíblia. 10-Suspiro; Conter. 11-Insignificância; Abertura por onde o vulção expele a lava.

VERTICAIS: 1-Guitarra russa. 2-Entusiástico, exaltado. 3-Lâmina pequena; Que não está podre nem estragado. 4-Pedra de altar; Armadilha para apanhar coelhos. 5-Dificuldade; Acto ou efeito de premeditar um crime sem que este cheque a ser praticado. 6-Catedral; Espécie de cegonha pequena. 7-Jarro (planta); Acrescentara. 8-Salve! (interj.); Aquele de que se fala; Extraterrestre (abrev.). 9-Instante; União da preposição a com o artigo o; Carta de jogar. 10-Guardar silêncio; Assistir. 11-Charruas; Face.

HORIZONTAIS:1-Balança; Aca. 2-Ácaro; Rapar. 3-Lama; Sovela. 4-Ale; Ce; AD. Lólio; Aro. 6-Aracnídeo. 7-Ia; Hábil. 8-CD; Otiles. 9-Aos; Osa; Eva. 10-Ai; Reter. 11-Avo; Cratera.

VERTICAIS: 1-Balalaica. 2-Acalorado. 3-Lamela; São. 4-Ara; Ichó. 5-Nó; Conato. 6-Sé; Íbis. 7-Aro; Aditara. 8-Ave; Ele; ET> 9-Ape; Ao; Sete. 10-Calar; Ver. 11-Arados; Cara.

PROTECÇÃO A QUANTO OBRIGAS

O objectivo das reuniões anuais com entidades governamentais deveria ser sempre um: esclarecer a população sobre aquilo que está a acontecer nas mais diversas vertentes. Contudo, a maior parte das vezes o que fica no ar são imensos pontos de interrogação. Embora tenham discursado imensos responsáveis, a reunião anual da Protecção Civil deixou muitas questões por responder. Ficou prevista a passagem de cinco tufões no território e foram prometidas novas medidas, mas concretamente continua a não saber-se se Macau está pronta para uma ocorrência a sério. Ficou garantida que os centros especialistas vão retomar os trabalhos caso seja necessário e que a interligação entre organismos está garantida, mas eu quero ver quando andar a gatinhar e vir mortos e feridos a sério por causa de uma brincadeira da mãe natureza. Esqueçamos as breves consequências da passagem do Nesat o ano passado. Recordo-me que o meu dono não me deixou sair de casa à tarde porque o sinal 8 estava içado, mas fora uns desabamentos, a vida voltou ao normal.Confesso que fiquei com as orelhas em alerta quando vi aquilo que os meus tios escreveram por estes dias: “Macau não aguenta um tremor de terra.” Se o acidente for acima do grau 7 da escala de Ritcher, estamos tramados, disse Fung Soi Kun, director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos. Esta notícia deveria fazer com que o Governo tomasse medidas ainda mais sérias, reforçasse os recursos humanos, comprasse material de última tecnologia, porque dinheiro no território não falta. Mas não. Continuamos a ter respostas vagas, e todos julgam que é pouco provável que algo tão grave aconteça. Mas, e quando acontecer? Eu quero perceber se há medidas eficazes para entrarem em funcionamento no plano imediato, quando houver feridos graves por socorrer e quando imensas casas forem abaixo. Se os hospitais já não dão conta do recado nos casos mais simples do dia-a-dia, conseguirão dar uma resposta quando Macau for abaixo?

Pu Yi

TDM13:00 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h14:45 RTPi DIRECTO17:35 Liga Europa: Atlético de Bilbao - Sporting (Repetição)19:00 TDM Talk Show (Repetição)19:30 Amanhecer20:30 Telejornal21:00 Ásia Global21:30 Regresso a Sizalinda22:15 Passione23:00 TDM News23:30 Resumo Liga Europa23:45 Glory Road01:30 Telejornal (Repetição)02:10 RTPi DIRECTO

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:30 TEC@Net14:45 Rota das Estrelas15:15 Sexta às 916:00 Bom Dia Portugal17:00 Portugal Negócios – Com: Mário Ferreira17:30 Musicais – Fernando Pereira – Um Espetáculo de Digressão 19:00 Estado de Graça20:00 Jornal da Tarde 21:15 O Preço Certo22:00 Ler +, Ler Melhor 22:15 Couto & Coutadas22:45 Portugal no Coração

ESPN 3013:00 ABL 2012 Weekly H/L 13:30 Nextgen Series 2012 Ajax vs. Inter Milan16:00 Fina Diving World Series17:30 Unlikely Heroes18:30 (Delay) Baseball Tonight International 2012 19:30 (LIVE) Sportscenter Asia 2012 20:00 Football Asia 2012/13 20:30 Spirit Of London 21:00 Global Football 2011 21:30 The Football Review22:00 Sportscenter Asia 2012 22:30 Football Asia 2012/13

23:00 Spirit Of London 23:30 Melbourne 1956

STAR SPORTS 3113:00 Total Rugby 13:30 2 Wheels 14:00 FIA Formula 2 Championship 2012 - Highlights 15:00 Rebel TV 19 15:30 Auto GP World Series 17:30 HSBC Asian 5 Nations Rugby 2012 Sri Lanka vs. Philippines19:30 FIA F1 World Championship 2012 - Highlights Bahrain Grand Prix 21:00 SBK Superbike World Championship 2012 - Highlights 21:30 (LIVE) Score Tonight 2012 22:00 V8 Supercars Championship Series - Highlights23:55 (LIVE) HSBC Asian 5 Nations Rugby 2012 UAE vs. Hong Kong

FOX MOVIES 4012:00 The Chronicles Of Narnia13:55 Dear John15:45 Enron17:40 Black Hawk Down20:00 Homeland22:00 The Resident23:30 Gulliver’S Travels

HBO 4112:00 There Will Be Blood14:35 Losing Isaiah16:30 Black Sheep18:30 Dead Poets Society21:00 Game Of Thrones22:00 Gladiator00:35 A Nightmare On Elm Street 4 The Dream Master

CINEMAX 4212:15 Shutterspeed13:45 Assassins16:00 Stalag 1718:15 Paradise Alley20:10 Knight Rider 200021:45 Epad On Max22:00 Strike Back23:35 Green Zone

MACHINE GUN PREACHER [C]Um filme de: Marc ForsterCom: Gerard Butler, Michelle Monaghan19.30

SALA 2THE AVENGERS [3D] [B]Um filme de: Joss WhedonCom: Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo14.15, 16.45, 19.15, 21.45

SALA 3DARK FLIGHT [3D] [C](Falado em thai e inglês, legendado em chinês)Um filme de: Isara NadeeCom: Macha Wattanapanich, Peter Knight14.30, 16.30, 19.30, 21.30

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA

RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

O PREÇO DO DINHEIRO • Ken FollettUm político acorda com uma bela mulher ao seu lado; um criminoso faz uma reunião com a sua equipa; um magnata toma o pequeno-almoço com um alto funcionário bancário. E depois três histórias nascem: uma tentativa de suicídio, um sequestro e uma oferta pública de aquisição. Parecem ações isoladas, sem relação umas com as outras, até que certo jornalista do Evening Post co-meça a fazer perguntas e a desvendar uma conspiração bem mais ampla que envolve todos estes elementos. Um dos mais aclama-dos livros de Ken Follet, cuja narrativa se desenrola ao longo de um dia num jornal vespertino de Londres e põe a nu com mestria as interligações entre o crime, a alta finança e o jornalismo.

O LEGADO DE HUMBOLDT • Saul BellowDurante muitos anos, o grande poeta von Humboldt Fleisher e Carlie Citrine, um jovem inflamado pelo amor à literatura, foram os melhores amigos. No momento em que morreu, Humboldt tornara-se pobre, só e um falhado, enquanto Citrine, por seu turno, também não se encontrava numa fase da vida muito auspiciosa: deixara de progredir na carreira, debatia-se nas malhas de um divórcio litigioso, e vivia um enfatuamento por uma jovem mu-lher pouco recomendável envolvida com um mafioso neurótico. Eis senão quando Humbold age de alémtúmulo, concedendo a Charlie um legado inesperado, que poderá vir a mudar o rumo da sua vida.

BATTLESHIP

Page 18: Hoje Macau 27 ABR 2012 #2600

18 opinião sexta-feira 27.4.2012www.hojemacau.com.mo

S elementos necessários à existên-cia de um urbanismo sustentável devem ser enquadrados por tês pilares básicos, que definem as tendências da arquitectura e do urbanismo, relativamente à ges-

tão do meio ambiente urbano. A primeira iniciativa deu-se com a publicação, em 1990, pela Comissão Europeia das Comunidades Económicas Europeias (CEE) do “Livro Verde sobre o Ambiente Urbano”.

A segunda, produziu-se aquando da realização da “Cimeira da Terra” no Rio de Janeiro, que inspirou a redacção da “Agen-da 21”, pelo “Conselho Internacional para Iniciativas Ambientais Locais (ICLEI)”, em 1990, e que consiste num “Plano de Acção” para o desenvolvimento sustentável, que contém estratégias e um conjunto de medidas integradas para cessar e inverter os efeitos da degradação ambiental e incentivar um desenvolvimento compatível com o meio ambiente e sustentável em todos os países.

Este plano de acção, que abrange as-suntos económicos, sociais e culturais de protecção do meio ambiente, foi aceite por 150 países. A terceira iniciativa deu-se com a celebração das “Conferências Habitat” (1990) e “Habitat II” (1996) sob a égide da ONU. É de salientar também, as importantes realizações, como a do “Projecto Cidades Saudáveis – (Healthy Cities Project)”, criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como movimento de carácter mundial que tem por suporte o conceito de “Saúde para Todos no Século XXI” e as orientações estratégicas da “Carta de Ottawa” e o “Projecto de Cidade Ecológica” promovido pela “Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)”, ou o “Programa de Gestão Ambiental Urbana” co-responsabilizado pelo “Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)” e pelo Banco Mundial.

O “6.º Fórum Urbano Mundial” a realizar pela “ONU-Habitat” e pelo governo italia-no, em Nápoles, entre 1 e 7 de Setembro e cujo tema é “O Futuro Urbano”, tendo por objectivo relembrar a rapidez a que o mundo se urbaniza, e que actualmente metade da população do planeta vive em pequenas e grandes cidades, que abrigarão dois terços da humanidade em pouco mais de uma gera-ção. O que significa que se torna necessário planear melhor as cidades, criar e manter uma boa e adequada legislação e melhorar e

perspect ivasJorge Rodrigues Simão

Cidades sustentáveis“Combating the undesirable effects of mobility in cities caused by the use of the private car has become a key issue in the development of sustainable urban policy. Associated with car use are a number of well-documented problems including rising levels of energy consumption, road congestion, greenhouse gas emissions and pollution as well as road safety, health and severance effects”.

Dimensions of the Sustainable City (Future City)Mike Jenks and Colin Jones

governabilidade urbana, bem como a oferta de serviços básicos e residências.

Simultaneamente deve-se poupar mais energia, conservar o meio ambiente urbano, reduzir a poluição e fazer face à dimensão urbana das alterações climáticas de forma muito séria, sendo imprescindível coordenar tais acções e recursos de forma a ter cidades mais inteligentes, habitáveis e que desper-dicem menos, que é pertença das gerações futuras e particularmente dos milhões de pessoas que vivem em habitações e bairros precários e outras moradias sem condições dignas pelo mundo.

O urbanismo sustentável tem de ter em consideração que a vida humana sustentável no planeta, não pode ser atingida sem comu-nidades locais sustentáveis. As cidades têm um papel decisivo no processo de mudança dos estilos de vida, da produção e do consu-mo e dos modelos de organização espacial. A ideia de desenvolvimento sustentável, pode ajudar-nos a apoiar o nosso padrão de vida, em consonância com a capacidade da natureza. Deve-se alcançar uma justiça social, uma economia sustentável e um meio ambiente sustentável.

A justiça social tem que encontrar o suporte na economia sustentável e ambas requerem um meio ambiente sustentável. Um meio ambiente sustentável significa manter o capital natural, ou seja, que a quantidade de recursos renováveis que consumimos, e a consciencialização de que recursos como a água e energia, excederam a quantidade que os sistemas naturais são capazes de produzir. A quantidade de recursos não renováveis que consumimos, não deve exceder a quantidade de recursos renováveis que os substituem.

O desenvolvimento sustentável também significa, que a quantidade de poluentes emitidos não pode exceder a capacidade de absorção pelo ar, água e solo. A sustentabi-lidade ambiental pressupõe a manutenção permanente da diversidade biológica, da saúde, da manutenção dos padrões de qua-lidade do ar, água e solo, afim de suportar a vida humana e seu bem-estar, bem como a dos animais e vegetais. Aquando da pu-blicação pela Comissão Europeia do “Livro Verde sobre o Médio Ambiente Urbano”, os Estados-membros da União Europeia (UE) reuniram-se em Abril de 1991, em Madrid, para analisarem os principais problemas das cidades, pelo que a referência a esses trabalhos constituem uma boa forma de aproximação aos problemas urbanos actuais, revelando a perspectiva europeia.

O “Livro Verde sobre o Meio Ambiente Urbano” constitui um bom ponto de refe-rência e de orientação para as cidades. Nele se propõe uma ideia de cidade que respeita particularidades e diferenças. O seu objecti-vo é o de garantir a qualidade física e social, protegendo a identidade e herança cultural, social e histórica que apresenta a cidade europeia, preservando a paisagem urbana, a

forma urbana e a diversidade dos ambientes urbanos, das acções uniformizadoras de um urbanismo aniquilador, de edifícios uni funcionais de estilo internacional e carentes de personalidade.

A coesão social, o intercâmbio de expe-riências e ideias foi-se restringindo a alguns centros ou zonas privilegiadas esquecendo as periféricas, densamente povoadas e que, com frequência apresentam deficits de qua-lidade. O impacto da revolução industrial do passado, o funcionalismo imperante no urbanismo do século passado, baseado nos postulados de “Le Corbusier” sobre a nova arquitectura (propostos durante a década de 1920 em numerosos projectos urbanísticos e residenciais, tendo apenas sido construídos um conjunto de moradias unifamiliares pró-ximas de Paris e que são constituídos por blocos elevados sobre os pilares, planta livre, fachada livre independente da estrutura, janelões longitudinais e coberturas planas ajardinadas) e a “Carta de Atenas” que é um documento de carácter urbanístico, derivado do “IV Congresso Internacional de Arqui-tectura Moderna (CIAM)”, realizado em Atenas em 1933 sobre património histórico, terminaram numa cidade centralizada, se-gregada e ausente de identidade na periferia.

A periferia é com frequência o lugar da exclusão, da distância dos centros de poder, dos lugares de consumo cultural e

da multiplicidade social, podendo afirmar tratar-se de uma cidade a duas velocidades, com um centro divorciado da periferia, dos bairros e da sua gente. Em muitas cidades como reacção, instaurou-se um processo de descentralização e dignificação da periferia, nem sempre bem conseguido, que incide na criação de lugares com identidade própria, com uma história e uma imagem que permite que os cidadãos neles se possam reconhecer e/ou identificar.

Muitas experiências alicerçam-se na recuperação de instalações e de zonas que ca-íram em desuso (zonas industriais, militares, portos, entre outros), que convenientemente dotados de infra-estruturas, serviços e espa-ços públicos, favorece a habitabilidade e a apropriação do lugar pelos seus habitantes, reduzindo a mobilidade e, em consequência, a congestão e a poluição.

O então Comissário Europeu do Meio Ambiente, Segurança Nuclear e Protecção Civil, resumiu as estratégias que se deviam seguir e os principais problemas da cidade europeia actual afirmando que “É prioritário restabelecer as condições de habitabilidade ambiental das cidades. O factor ambiente tem de ser introduzido nos processos de planeamento”. Os problemas das cidades requerem um esforço por parte da adminis-tração pública, técnicos experientes e, sobre-tudo, dos cidadãos. É necessário um grande esforço de investigação e de intercâmbio de experiências que contemple aspectos como a recuperação dos centros históricos, a reu-tilização de zonas industriais abandonadas, a revitalização das periferias urbanas, e as formas alternativas de transporte.

No que diz respeito ao princípio de subsidiariedade, o que pode resolver-se localmente não deve ser gerido por admi-nistrações de âmbito geral. No entanto, a necessária orientação e recomendação de princípios gerais pode ser conveniente para garantir e pôr em prática algumas directrizes comuns de qualidade. Os princípios do “Li-vro Verde” foram resumidos posteriormente num conjunto acções prioritárias, entre as quais, se destaca, a de favorecer o uso misto das zonas urbanas baseado na coexistência de habitantes e actividades múltiplas, pro-teger e valorizar a identidade das cidades restabelecendo as relações de significado entre os lugares e a sua história, encaminhar o crescimento e desenvolvimento das cida-des preferencialmente para a utilização das zonas abandonadas do seu interior, e não para a ocupação de novas superfícies da periferia, reduzir a repercussão do transporte privado nas cidades, garantir a qualidade dos espaços públicos e das zonas verdes, introduzir critérios de poupança energética e de uso inteligente dos recursos na gestão das zonas urbanas, e garantir a participação dos habitantes nas decisões que afectem a organização da cidade e a gestão dos pro-blemas ambientais.

O A justiça social tem que

encontrar o suporte na economia sustentável e ambas requerem um meio ambiente sustentável

Page 19: Hoje Macau 27 ABR 2012 #2600

19opiniãosexta-feira 27.4.2012 www.hojemacau.com.mo

No meio de uma enorme confusão no trânsito é incrível que não se consiga ver um acidente em Saigão.POR FERNANDO

Ciclone

edi tor ia lCarlos Morais José

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Nuno G. Pereira; Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia; Peng Zhonglian; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

Não erro se disser que as estatísticas se enganam. Está sempre a acontecer. Muito re-centemente, em França, a dra. Le Pen teve mais seis por cento que o previsto. Esta semana em Macau, segundo um estudo científico, a maior parte dos turistas já não se desloca a esta cidade com o fito de jogar: compras e monumentos são as duas novas atracções. Acreditemos que sim. Ora deixando o Governo a César o que é de César, isto é, o comércio aos comerciantes, deveria centrar a sua atenção no Património, mas de uma forma radical.

Desde que a UNESCO atribuiu a Macau a distinção de ser Património da Humanidade, a coisa ainda não foi inteiramente compreen-dida pelos nossos governantes. Na verdade, tratam-no como um assunto menor, quiçá desconfortável, porque envolve despesas e pouco betão. Para alguns, mais fundamenta-listas, como o património tem reminiscências portuguesas, poderá causar algum engulho, alguma dificuldade em mastigar, engolir e digerir. E não parece que a famosa Água das Pedras possa carregar solução.

De facto, não se compreende assim à primeira como é que uma cidade que detém um conjunto arquitectónico e cul-tural classificado consegue tratá-lo com tamanha ligeireza. Por exemplo, parece que ainda não se percebeu que não basta conservar os edifícios classificados, mas que existem muitos outros que os rodeiam

A fé e os números No período de uma década

Macau não soube ainda aproveitar a sua herança única e fazer dela não somente um pólo de atracção turístico mas também de desenvolvimento e harmonia social

e os enquadram, com interesse histórico ou cultural, que merecem igualmente ser protegidos e reanimados.

Por exemplo, não conheço a existência de nenhuma comissão científica, composta por historiadores, arqueólogos, arquitectos, etc., que estude contínua e profundamente esse mesmo património. Se tal vai existindo é muito pouco por iniciativa governamental, que se limitará a dar algum apoio quando solicitado. E, por exemplo, tantas outras coisas...

Olhando para isto com paciência, torna--se claro que no período de uma década Macau não soube ainda aproveitar a sua herança única e fazer dela não somente um pólo de atracção turístico mas também de desenvolvimento e harmonia social. Com efeito, em volta do Património, poderão surgir uma miríade de actividades e profis-sões que abram aos jovens locais algumas

das portas que esta cidade parece nunca abrir. Não deverá ser difícil aos think-tank elaborar sobre isto.

Para além de ser muito bonito, o respeito pelo Património poderá então ser útil, se casado com um cada vez mais efectivo conhecimento por parte da população. É preciso contar e recontar as histórias de cada lugar, de cada esquina da cidade, de cada edifício, de cada ruela, travessa ou beco e contá-las a todos, para que todos as saibam e as possam contar a outros.

Não sei se é verdade que os nossos visi-tantes preferem os monumentos ao bacará e as voltas das compras à roleta. Mas talvez estes números sejam uma boa oportunidade para repensar o investimento que tem sido feito e aumentá-lo drasticamente. Não exis-te qualquer razão válida, a não ser talvez distracção. Acreditemos que sim, como acreditamos nos números. Afinal, esta é uma terra de fé. E se não é de fé, é de fezadas.

PS: Esperamos todos ansiosamente o dia em que o IACM pare de ocultar/desfigurar o Património no próprio prédio que alberga a sua sede e retire as madeiras onde pintou o seu nome, para que volte a refulgir o nome escrito em letras de bronze: LEAL SENADO, porque era assim quando o prédio foi apresentado à UNESCO e, claramente, hoje teria um mero sentido histórico e estético. Ou seja, que a mentalidade se torne adulta quando o Património está na balança.

Page 20: Hoje Macau 27 ABR 2012 #2600

sexta-feira 27.4.2012www.hojemacau.com.mo

car toonpor Steff

ESCÂNDALO DAS ESCUTAS

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Ex-presidenteda Libéria condenado por crimes de guerraO ex-presidente da Libéria Charles Taylor foi ontem considerado culpado de crimes de guerra e contra a humanidade durante a guerra civil na Serra Leoa (1991-2001). Charles Taylor torna-se, assim, o primeiro ex-chefe de Estado africano a ser condenado pela justiça internacional. Agora será marcada uma nova audiência para determinar a pena. “A câmara considera que o acusado é penalmente responsável de ter auxiliado e incitado a prática dos crimes 1 a 11 constantes no despacho de acusação”, disse o juiz Richard Lussick Samoa durante uma audiência pública em Leidschendam, um subúrbio de Haia. Se for condenado a uma pena de prisão, Charles Taylor, de 64 anos, vai cumprir a sentença no Reino Unido.

Camarate Alegado organizador de atentado confessouUm homem confessou ter organizado o atentado de Camarate, ocorrido a 4 de Dezembro de 1980 e que vitimou mortalmente Francisco Sá Carneiro, então primeiro-ministro. Em causa está a queda do avião em que seguia o chefe do Governo à data dos factos e Adelino Amaro da Costa, então ministro da Defesa, um acidente ocorrido há 31 anos nos arredores de Lisboa. Esta confissão poderá permitir uma nova abordagem ao processo, depois das reaberturas da comissão de inquérito ao caso. Foi o próprio primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que considerou pertinente uma nova investigação caso surgissem novos dados. Recorde-se que a IX Comissão de Inquérito a Camarate, presidida por Ricardo Rodrigues e tendo como relator José Ribeiro e Castro, foi interrompida em 2011, com a dissolução do Parlamento.

Sentimento económico melhora em PortugalO indicador de sentimento económico do Eurostat para Portugal melhorou no mês de Abril. No entanto, os números continuam inferiores à média da União Europeia. O gabinete de estatísticas europeu revelou que o indicador avançou de 77,1 pontos em Março para 78,5 pontos em Abril, em Portugal. Apesar de ter melhorado, o número ficou aquém do conjunto dos 27, que se manteve estável nos 93,2 pontos. Na zona Euro, pelo contrário, registou-se uma queda de 1,7 pontos, para 92,8.

Caso Maddie sempedido de reaberturaNenhum pedido para a reabertura do processo do desaparecimento de Madeleine McCann, deu ainda entrada no Ministério Público. Tanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) como a Direcção Nacional da Polícia Judiciária (PJ) mantêm a posição que têm vindo a sustentar de que não existem fundamentos para reabrir a investigação. “Só quando houver factos novos e credíveis é que o processo poderá ser reaberto. Não bastam hipóteses”, disse ao Público, o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, lembrando que houve “milhares de avistamentos” da criança que se revelaram falsos. Também Pedro do Carmo, director nacional adjunto da PJ, disse que, até agora, “não foram conhecidos elementos que fundamentem a reabertura do processo”. Segundo os meios de comunicação social britânica, a polícia britânica revelou ontem que foram detectados 195 “novas oportunidades de investigação” do chamado caso Maddie.

José Mourinhoquer continuarno Real MadridAinda na ressaca da eliminação das meias-finais da Liga dos Campeões aos pés do Bayern Munique, José Mourinho desvendou o seu futuro: vai continuar no comando técnico dos merengues na próxima época. “Se tinha algo na minha cabeça era ganhar com estes jogadores. O grupo tem uma margem grande de crescimento e o clube também porque tem que adaptar-se à evolução dos tempos. Pouco a pouco a mentalidade tem que mudar, com comunicação e empatia. Se o clube e os rapazes acreditarem que posso acrescentar algo mais, espero que assim seja, vou continuar”, confidenciou o técnico português.

Malásia para preparar Asiático de juniores

Com a Austrália na miraMarco [email protected]

AS cores de Macau vão marcar presen-ça pelo segundo ano consecutivo no principal torneio de saltos para a água organizado em território malaio. A

edição de 2012 do Open da Malásia de Mergulho Sincronizado disputa-se no fim-de-semana no estado de Negeri Sembilan e a RAEM vai marcar presença na prova com um total de oito atletas. Os mergulhadores do território vão disputar as provas respeitantes aos escalões de formação, com cinco atletas inscritos nos eventos competitivos da ca-tegoria B e os restantes três consignados à categoria C.

A prova deverá servir para preparar a participação, em Outubro próximo, no Campeonato Asiático júnior da modalidade. A competição tem a Austrália como país anfitrião e deverá ser o primeira grande prova de fogo de uma nova geração de mergulhadores que têm conseguido levar longe o nome de Macau.

MEDALHAS A RODOSEm meados do corrente mês, a selecção de saltos sincronizados conquistou um total de vinte medalhas no Open Internacional de Saltos para a Água do território. A competir perante o seu próprio público, a formação da RAEM não deixou créditos por mãos alheias, conquistando um total de seis medalhas de ouro pela mão de atletas como Choi Sut Ian, Lo I Teng, Leung Sut Chan ou Leung Sut In. Em Negeri Sembilan, a delegação do território vai disputar as provas individuais de saltos para a água a partir quer da prancha de um metro, quer da prancha de três metros. As principais hipóteses de sucesso da comitiva da RAEM concentram-se no entanto no torneio de saltos para a água na categoria de duplas

femininas, com a dupla constituída por Choi Sut Ian e Lo I Teng a tentar repetir o sucesso alcan-çado em Macau e a procurar bater a concorrência malaia. A tarefa não se afigura fácil. A selecção da Malásia de Saltos Sincronizados vai estar re-presentada nos Jogos Olímpicos de Londres por uma delegação de mais de uma dezena de atletas e é vista como uma séria candidata às medalhas no torneio olímpico da modalidade.