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AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ QUARTA-FEIRA 29 DE MAIO DE 2013 ANO XII Nº 2860 PUB PUB VENHAM MAIS CINCO (SÉCULOS) Ter para ler De 1993 até 2003, o GAES supervisionou os cursos tirados fora de Macau, dando- -lhes o reconhecimento e a avaliação técnica dos diplomas tirados em uni- versidades fora de Macau, por pessoas que viriam trabalhar para o território. Dez anos depois, um despacho do Che- fe do Executivo retirou essas mesmas competências. Até hoje as razões conti- nuam por explicar e o Governo apenas fala em “mera alteração legislativa”. O ex-director do IPOR, Rui Rocha, e o ac- tual vice-reitor da UMAC, Rui Martins, fizeram parte da equipa do GAES que avaliava o ensino superior. Ambos não sabem porque foi extinta mas lembram algumas “situações problemáticas” e “licenciaturas forjadas”. Agora, apenas vigora “o sistema de mera verificação ou confirmação de habilitações acadé- micas” cuja competência está entregue “a diversas entidades, consoante a situ- ação em concreto”. O GAES continua a ser um órgão meramente consultivo. CENTRAIS MOP$10 AGUACEIROS OCASIONAIS MIN 27 MAX 31 HUM 75-95% EURO 10.1 BAHT 0.2 YUAN 1.2 PUB APERFEIÇOAMENTO CONTÍNUO PROGRAMA PODE CONTINUAR MAS COM ALTERAÇÕES, DIZ O GOVERNO PÁGINA 2 Como o GAES deixou de avaliar os cursos tirados no exterior Por um canudo • MEC - EsCola dE gEstão DSEJ têm muitas dúvidas, mas aceita os seus cursos PÁGINA 5 • lEI do patrIMónIo Discussão na AL até 15 de Agosto, afirma Cheong U PÁGINA 3 a hIstórIa por dEtrás da rEColha autoMátICa PÁGINA 6 RESÍDUOS SÓLIDOS REPORTAGEM

Hoje Macau 29 MAI 2013 #2860

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Edição do jornal Hoje Macau N.º 2860 de 29 de Maio de 2013

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AgênciA comerciAl Pico • 28721006 D irector carlos morais josé • quarta-feira 29 de maio de 2013 • Ano Xii • nº 2860

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Venham mais cinco (séculos)

Ter para ler

De 1993 até 2003, o GAES supervisionou os cursos tirados fora de Macau, dando--lhes o reconhecimento e a avaliação técnica dos diplomas tirados em uni-versidades fora de Macau, por pessoas que viriam trabalhar para o território. Dez anos depois, um despacho do Che-fe do Executivo retirou essas mesmas competências. Até hoje as razões conti-nuam por explicar e o Governo apenas fala em “mera alteração legislativa”. O ex-director do IPOR, Rui Rocha, e o ac-tual vice-reitor da UMAC, Rui Martins, fizeram parte da equipa do GAES que

avaliava o ensino superior. Ambos não sabem porque foi extinta mas lembram algumas “situações problemáticas” e “licenciaturas forjadas”. Agora, apenas vigora “o sistema de mera verificação ou confirmação de habilitações acadé-micas” cuja competência está entregue “a diversas entidades, consoante a situ-ação em concreto”. O GAES continua a ser um órgão meramente consultivo.

centrais

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aguaceiros ocasionais min 27 max 31 hum 75-95% • euro 10.1 baht 0.2 yuan 1.2

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aperfeiçoamento contínuo

programa pode continuarmas com alterações, diz o governo

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como o Gaes deixou de avaliar os cursos tirados no exterior

por um canudo • MEC - EsCola dE gEstão

DSEJ têm muitas dúvidas, mas aceitaos seus cursos

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• lEI do patrIMónIo

Discussão na AL até 15 de Agosto, afirma Cheong U

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Joana [email protected]

ApesAr de todas as críticas de que foi alvo, o progra-ma de Aperfeiço-

amento e Desenvolvimento Contínuo é para continuar, depois de Dezembro. A ideia é defendida pela Direcção dos serviços de educação e Juventude (DseJ), que assegura que “98% dos resi-dentes sugere a continuação do programa, porque entende que este eleva a qualidade e tecnicidade”.

O programa, que atribui cinco mil patacas a cada residente para a frequência de cursos ou aulas para for-mação pessoal, teve início em Julho de 2011 e era suposto terminar em De-zembro deste ano. A DseJ, contudo, revela agora que o programa pode continuar, apesar de poder vir a sofrer algumas alterações. “As instituições que organizam cursos consideram que a população tem de pagar uma certa quota para es-timular a aprendizagem”, revelou numa conferência de imprensa Leong Vai Kei, chefe do departamento de ensino da DseJ. “As instituições consideram que se os cidadãos não tiverem de pagar uma certa percentagem, saem a meio do curso.”

A sugestão deixada é a de que o Governo pague 80% do total do curso, ficando os residentes encarregues de pagar os restantes 20%. Mas há excepções: cursos relacionados com o desen-volvimento de Macau en-quanto plataforma e centro mundial de turismo e lazer podem ser cobertos a 100% pelo Governo. Línguas e tradução podem estar na lista, mas a DseJ admite

eM setembro, todos os profes-sores com 55 anos ou mais,

reformados e que tenham tra-balhado em escolas privadas de Macau durante mais de 20 anos podem candidatar-se à atribuição do “subsídio para docentes”.

Concedido pelo Governo, este apoio é válido apenas uma vez, não sendo uma política a longo-prazo. A ideia é benefi-ciar os docentes que não estão abrangidos pelo recentemente

aprovado Quadro Geral do pessoal Docente. “este qua-dro permite que os docentes beneficiem de um mecanismo a longo-prazo, mas tivemos conhecimento de que alguns professores não podem bene-ficiar desta medida, daí que resolvemos aplicar esta medida a curto-prazo, para mostrar respeito pelos docentes”, re-feriu Wong Kin Mou, chefe de departamento da Direcção

dos serviços de educação e Juventude (DseJ).

Ontem, após uma reunião plenária do organismo, o res-ponsável explicou aos jornalistas que ainda não se sabe quantos professores serão abrangidos por este esquema de subsídio, nem sequer o montante do subsídio.

Ao certo, sabe-se apenas que os destinatários do apoio têm de reunir todos os três requisitos para serem consi-

derados aptos à atribuição do dinheiro: completarem 55 anos até 31 de Agosto, estarem já desvinculados do serviço e terem prestado 20 anos ou mais de serviço em instituições edu-cativas particulares de ensino não superior de Macau.

Os pedidos podem ser rece-bidos em setembro deste ano, mas Wong Kin Mou descarta mais pormenores para “mais tarde”. - J.F.

Ensino programa de Aperfeiçoamento Contínuo pode continuar após Dezembro com alterações

O povo é quem mais ordena

Ensino Professores reformados podem pedir subsídio a partir de Setembro

“Uma medida de respeito”

Os residentes querem a continuação do Programa de Aperfeiçoamento e Desenvolvimento Contínuo, assegura o Governo. Este desejo pode ser concretizado, garante a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, mas com alterações que vão beneficiar mais quem pretenda tirar cursos relacionados com o desenvolvimento de Macau como plataforma e centro de lazer mundial. Um grupo de trabalho já estuda que cursos podem ajudar o território neste sentido

as instituições não cumpram regras. A chefe do departa-mento de ensino da DseJ disse ontem que “610 avisos verbais já foram feitos”, enquanto “76 avisos por escrito e 16 investigações a actos irregulares” tam-bém foram já conduzidas. “Caso os actos sejam mais graves, encaminhamos para as autoridades judiciárias”, explica, acrescentando que, muitas vezes, as instituições não mudam mesmo depois dos avisos.

“APErFEiçOAmEntOS Em curSO” recorde-se que, no ano passado, o Comissariado de Auditoria teceu duras críticas à forma como estava a ser gerido o pro-grama de Aperfeiçoamento e Desenvolvimento Con-tínuo. O organismo falou em perdas de, pelo menos, 22 milhões de patacas do erário público por “defi-ciências de vários níveis” na execução, gestão e fiscalização do programa. As conclusões apontavam para cursos autorizados de-pois do prazo determinado por lei, cursos autorizados sem cumprirem todos os critérios necessários e ain-da classificação de institui-ções como “honestas” sem que estas tivessem sido, na verdade, fiscalizadas.

Questionada sobre o tema, ontem, Leong Vai Kei não se expande muito nas explicações. “Depois de recebermos este relatório, elaboramos um nosso, que já foi entregue ao senhor secretário para os Assuntos sociais e Cultura. Desde Janeiro até agora que temos vindo a seguir as medidas de aperfeiçoamento.” por saber, fica se alguém foi res-ponsabilizado ou penalizado pelas falhas.

que precisa de encarregar um grupo de trabalho que investigue quais os cursos que se relacionam com este sistema. “Já pedimos um grupo de trabalho que investigue que cursos con-tribuem para Macau como plataforma.”

A DseJ garante que ainda não foi tomada qual-quer decisão sobre este novo esquema, mas admite concordar com a ideia das instituições.

irrEgulAridAdES A DSEJ confirma que houve já três casos enviados para o Ministério público – dois pertencentes à mesma insti-tuição de ensino -, devido a falsificação de documentos. Leong Vai Kei assegura que têm sido feitas fiscali-zações in loco e inquéritos periódicos sobre os cursos a participantes, de forma a perceber se há alterações do local ou conteúdo do curso, algo que não pode acontecer.

O sistema da DseJ funciona como um sistema de pontos que vão sendo descontados, após avisos variados que são feitos caso

Mais de 300 milhõesSobre a situação actual do programa – quantos residentes frequentam cursos e quanto dinheiro foi gasto -, a DSEJ diz que, de acordo com dados desde Julho de 2011 até agora, 104 mil residentes participaram no programa, sendo que “52,3% destes já esgotaram as cinco mil patacas a que têm direito”. Acerca do dinheiro gasto pelo Executivo, a DSEJ diz que foram gastos quase 345 milhões de patacas. Cerca de oito mil residentes participaram em cursos de formação no exterior, situação que levou a uma despesa de “mais de 39 milhões de patacas”. Cerca de 40% dos participantes têm entre 15 a 24 anos e 6% têm mais de 60 anos.

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Joana [email protected]

Com o desenvolvi-mento de macau, surgiram “dife-rentes interesses”,

alertou ontem Cheong U, que fizeram nascer a Lei de Salvaguarda do Património. o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura encontrou--se ontem com os jornalistas, à margem de uma reunião com a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, a quem confirmou que a Lei de Salvaguarda do Patrimó-nio deverá subir a plenário antes de 15 de Agosto. “A

JoSé Pereira Coutinho não desiste de chamar a atenção

do Executivo no que diz respei-to à responsabilização política. Em mais uma interpelação es-crita, o deputado eleito pela via directa volta a acusar o Execu-tivo de Chui Sai on de “adop-ção de critérios diferentes na responsabilização política e disciplinar relativamente aos escândalos relacionadas com as dez campas e a instalação de fibras ópticas e Internet de uso ilimitado à custa do erário

oS Serviços de Saúde já fiscaliza-ram mais de 240 mil locais onde

é proibido o fumo, nos casinos, numa média que chega a 600 estabelecimen-tos por dia. o anúncio foi feito ontem por Cheong U, secretário para os As-suntos Sociais e Cultura, à margem de uma reunião nos Serviços de Educação e Juventude. No total, os Serviços de Saúde já emitiram oito mil multas.

Cheong U assegura que a Lei de Proibição de Fumo nos Casinos é eficaz, apesar de admitir que o Governo conti-nua “a acompanhar de perto a situação daqueles que ainda não atingiram o nível satisfatório, conforme a lei,” de forma a dar mais garantias aos traba-

lhadores. Já quatro mulheres grávidas se queixaram aos Serviços de Saúde devido ao local onde trabalham não ter cumprido os padrões da qualidade do ar. Queixas que Cheong U assegura terem já sido tratadas.

Não foi revelado que casinos estão a ser incumpridores, mas o secretário assegura que podem ser penalizados. “Se houver casinos que voltam a ser reprovados no segundo exame da qualidade do ar, vamos reduzir o tamanho das áreas para fumadores. Se, depois, os casinos reprovarem no exame a longo prazo, vamos cancelar a autorização para que tenham áreas para fumadores.” - J.F.

Património Cheong U diz que lei será analisada na AL antes de 15 de Agosto

Em breve, a protecção desejada

Há “dualidade de critérios”nas polémicas do Governo, diz Coutinho

onde está a responsabilização política?

Fumo Serviços de Saúde passam oito mil multas e quatro grávidas queixam-se

Cheong U promete penalizações

protecção do património não é novidade em macau. Nos anos 50, Governo e sociedade já tinham este consenso e as leis começaram a entrar em vigor nos anos 70”, explicou Cheong U, justificando que não deverá ser difícil que a lei passe na especialidade. “Com o desenvolvimento, é certo que há diferentes interesses, daí a dificuldade em fazer lei, mas é bom ver que a sociedade age dinami-camente sobre este aspecto”.

A Lei passou na gene-ralidade em Julho de 2012 e, passado um ano, poderá finalmente ser aprovada na especialidade. “Estamos só à espera da nova ver-são, mas a lei deverá ser aprovada antes de 15 de Agosto.” é nesta data que termina a actual legislatura da Assembleia e, caso a lei não subisse até lá, teria que dar nova entrada.

público, perpetrados por um titular de um cargo principal e um dirigente de serviço que conseguem manter-se nos referidos cargos”.

Pelo contrário, Coutinho lembra o facto dos casos que envolveram a ex-directora e sub-directora da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), em que as “comissões de servi-ços dos cargos das ex-dirigentes foram de imediato terminadas e muito antes de os casos serem julgados nos tribunais”.

Coutinho questiona, assim, “quais as medidas que vão ser tomadas para que haja uma aplicação uniforme de crité-rios de responsabilização”. “Quanto mais elevado for o cargo público maior será o grau de tolerância da irres-ponsabilidade e o assumir de responsabilidades políticas?”, acrescenta.

Coutinho traça, na sua interpelação, um histórico dos casos a que se refere, sem esquecer o considerado “mega escândalo de corrup-ção do século”, protagoniza-do por Ao Man Long. “Referi que os cidadãos exigem dos elementos da Comissão dos Assuntos Eleitorais da As-sembleia Legislativa (AL) níveis elevados de integri-dade e ética profissional e critiquei a escolha de alguns dos seus membros, por es-tarem envolvidos em escân-dalos como, por exemplo, o escândalo das dez campas e o da instalação de fibra óptica e rede ilimitada.”

A postura do Chefe do Exe-cutivo é criticada pelo facto de Chui Sai on ter frisado que “o Governo estava a aguardar o desfecho dos vários processos crimes para tomar uma decisão sobre o assunto”. - A.S.S.

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tiago alcântara

quarta-feira 29.5.2013www.hojemacau.com.mo4 política

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE TURISMO

ANÚNCIO

A Região Administrativa Especial de Macau, através da Direcção dos Serviços de Turismo, faz público que, de acordo com o Despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 07 de Maio de 2013, se encontra aberto concurso público para adjudicação do “Serviço de aluguer de barcaças e barcos de apoio destinados ao 25.o Concurso Internacional de Fogo de Artifício de Macau”.1. Entidade que põe a prestação de serviços a concurso: Direcção dos Serviços de Turismo2. Modalidade do concurso: Concurso público.3. Objecto dos serviços: aluguer de barcaças e barcos de apoio destinados ao 25.o Concurso Internacional de Fogo de

Artifício de Macau.4. Prazo de execução: Obedecer às datas constantes no Caderno de Encargos5. Prazo de validade das propostas: O prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do encerramento

do acto público do concurso.6. Caução provisória: MOP53.000,00 (cinquenta e três mil patacas), a prestar mediante garantia bancária ou depósito em

numerário, em ordem de caixa ou cheque efectuado directamente na Divisão Financeira da Direcção dos Serviços de Turismo ou no Banco Nacional Ultramarino de Macau, através de depósito à ordem do Fundo de Turismo, na conta número:「8003911119」devendo ser especificado o fim a que se destina.

7. Caução definitiva: 4% do preço total da adjudicação.8. Preço base: Não há.9. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: sede da Direcção dos Serviços de Turismo, sita em Macau, na

Alameda Dr. Carlos d’ Assumpção, n.os 335-341, Edifício “Hotline”, 12.º andar até às 17:45 horas do dia 10 de Junho de 2013.

10. Local, dia e hora do acto público do concurso: pelas 10:00 horas do dia 11 de Junho de 2013 no Auditório da Direcção dos Serviços de Turismo, sito no 14.º andar da sua sede.

Os concorrentes ou os seus representantes legais deverão estar presentes no acto público de abertura das propostas para os efeitos de apresentação de eventuais reclamações e/ou para esclarecimento de eventuais dúvidas dos documentos apresentados a concurso, nos termos do artigo 27.° do Decreto-Lei n.° 63/85/M, de 6 de Julho.Os concorrentes ou os seus representantes legais poderão fazer-se representar por procurador devendo, neste caso, apresentar procuração notarial conferindo-lhe poderes para o acto público do concurso.11. Adiamento: Em caso de encerramento dos serviços públicos por motivo de força maior, o termo do prazo de entrega

das propostas, a data e a hora de abertura de propostas serão adiados para o primeiro dia útil imediatamente seguinte, à mesma hora.

12. Critérios de apreciação das propostas:Preço 30%Qualidade e valia técnica da proposta 20%Experiência e competência técnica do concorrente 20%Maior garantia de segurança e eficiência na prestação do serviço 20%Maior flexibilidade dos prazos 10%

13. Local, dias, horário para a obtenção da cópia e exame do processo do concurso:Local: 12.º andar da sede da Direcção dos Serviços de Turismo.Dias e horário: Dias úteis, desde a data da publicação do respectivo anúncio até ao dia e hora limite para entrega das proposta e durante o horário normal de expediente.

Direcção dos Serviços de Turismo, aos 14 de Maio de 2013.

A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes

EDITAL

Edital no :36/E/2013Processo no :1006/BC/2012/FAssunto :Início do procedimento de audiência pela infracção às respectivas disposições do Regulamento

de Segurança Contra Incêndios (RSCI)Local :Rua da Doca dos Holandeses n.º 8, Ind. Oceano (Bloco 1), fracções 6.º andar F (CRP:F6) e 6.º

andar H (CRP:H6), Macau.

Chan Pou Ha, subdirectora da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), no uso das competências delegadas pela alínea 7) do no 1 do Despacho no 09/SOTDIR/2009, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) no 16, II Série, de 22 de Abril de 2009, faz saber por este meio aos dono da obra e proprietário, cujas identidades se desconhecem, da obra existente no local acima indicado, o seguinte:

1. O agente de fiscalização desta DSSOPT constatou no local acima identificado a realização de obra sem licença, cuja descrição e situação é a seguinte:

Obra Situação da obra Infracção ao RSCI e motivo da demolição

1.1Construção não autorizada com suporte, rede e pala metálicos no terraço de recuo em frente da janela da fracção.

ConcluídaInfracção ao no 12 do artigo 8o, obstrução do acesso aos pontos de penetração no edifício.

2. Sendo a janela acima referida considerada como ponto de penetração para realização de operações de salvamento de pessoas e de combate a incêndios, não pode ser obstruído com elementos fixos (gaiolas, gradeamentos, etc.) de acordo com o disposto no no 12 do artigo 8o, aprovado pelo Decreto-Lei no 24/95/M, de 9 de Junho. As alterações introduzidas pelos infractores nos referidos espaços, descritas no ponto 1 do presente edital, contrariam a função desses espaços enquanto pontos de penetração no edifício e comprometem a segurança de pessoas e bens em caso de incêndio. Assim, a obra executada não é susceptível de legalização pelo que terá necessariamente de ser determinada pela DSSOPT a sua demolição a fim de ser reintegrada a legalidade urbanística violada.

3. Nos termos do no 7 do artigo 87o do RSCI, a infracção ao disposto no no 12 do artigo 8o, é sancionável com multa de $2 000,00 a $20 000,00 patacas.

4. Considerando a matéria referida nos pontos 2 e 3 do presente edital, podem os interessados, querendo, pronunciar-se por escrito sobre a mesma e demais questões objecto do procedimento, no prazo de 5 (cinco) dias contados a partir da data de publicação do presente edital, podendo requerer diligências complementares e oferecer os respectivos meios de prova, em conformidade com o disposto no nº 1 do artigo 95o do RSCI.

5. O processo pode ser consultado durante as horas de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, no 33, 15o andar, Macau (telefones nos 85977154 e 85977227).

Aos 21 de Maio de 2013

A Subdirectora dos ServiçosEngª Chan Pou Ha

Joana [email protected]

O Governo vai rever o despacho que regula as medidas a adoptar

pelas escolas quando chove torren-cialmente em Macau. O anúncio foi ontem feito por Cheong U, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, à margem de uma reunião da Di-recção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ). “Como sabem,

O Instituto de Acção Social (IAS) vai lançar um inquérito

sobre a participação das mulheres nas actividades do jogo e a sua saúde mental. Desde ontem e até 14 de Junho, o organismo vai fazer entrevistas por telefone, com o objectivo de ter uma ideia mais clara da actual relação das mulheres de Macau com o jogo e seus efeitos psicológicos. “Com o desenvolvimento contínuo da indústria do jogo em Macau, tem havido, nos últimos anos, um aumento do número de casos de jogadores do sexo feminino que procuram apoio para problemas

Jogo IAS lança inquérito sobre o vício do jogo entre residentes do sexo feminino

Pedidos de ajuda levam a pesquisa

Escolas Governo vai rever despacho sobre medidasde alerta para alunos em caso de chuva intensa

Segurança em primeiro lugar

derivados do jogo”, justifica o IAS. “Segundo os dados coli-gidos pelo Sistema de Registo Central dos Indivíduos afectados pela Problemática do Jogo, os indivíduos do sexo feminino que procuraram ajuda representam 32% do total, uma percentagem ligeiramente superior à das regi-ões vizinhas.”

A ideia é estudar o comporta-mento e a psicologia das mulheres de Macau perante o jogo e o objectivo é reforçar e melhorar a prevenção e o tratamento dos problemas derivados do jogo em Macau.

A responsável pelo inquérito será a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Univer-sidade de Macau e o alvo são as residentes do sexo feminino maiores de 18 anos, que tenham participado em actividades de jogo nos últimos 12 meses.

ultimamente temos muitas chuvas torrenciais e, apesar de estar em vigor um despacho meu sobre medidas a adoptar, agora estamos a rever para ver como podemos melhorar este despacho.”

O secretário afirma que, mal aconteceram as chuvas que têm inundado a cidade, a DSEJ e os Serviços Meteorológicos e Ge-ofísicos começaram os trabalhos para tentar adoptar medidas que

permitam aos alunos saber ante-cipadamente do encerramento das escolas. “Sugere-se a alteração do horário do aviso para as 6h30, em vez das 7 horas e a suspensão de um dia de aulas das turmas dos en-sinos infantil, primário e especial, mantendo a suspensão de meio dia de aulas para o ensino secundário.” O despacho sobre esta matéria já foi alterado cinco vezes desde a entrada em vigor em 1996.

Caso os alunos se encontrem nas aulas quando começarem as chuvas, as as aulas são suspensas mas os estabelecimentos de ensino não são encerrados, de forma a “que os alunos possam ficar nas escolas”. “A segurança dos alunos é nossa prioridade.”

Cheong U assegura que, para já, estão a ser recolhidas opiniões e, posteriormente, serão anunciadas as medidas concretas a ser aplicadas. Para já, ao certo, o secretário diz que as escolas deverão facilitar aos alu-nos nova data para os exames, caso chova demasiado em dia de testes.

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Andreia Sofia Silva*[email protected]

São contornos pouco cla-ros aqueles que ligam a escola de gestão intitulada Macau Business Admi-

nistration and Educational Centre (MEC) à Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ). No website da escola podemos ver o número 362/2008 como sendo o do reconhecimento da MEC por parte do Governo, mas a DSEJ garante que “por enquanto não há resposta sobre esse centro, está em investigação. A informação que temos é que os cursos desse centro de ensino não superior dão para o programa de desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuo. Esta-mos a avaliar”.

Ao Hoje Macau, Patrick Chui, director da escola, garante que a MEC é, de facto, uma escola virada para o ensino técnico-profissional e que nunca disponibilizou licen-ciaturas. Garante ainda que não tem qualquer ligação à DSEJ, apesar dessa informação constar no website. “Não temos qual-quer ligação com os serviços de educação, apenas oferecemos os nossos cursos”, garante o director, que confirma a participação no programa do Governo.

“Dão-nos autorização para nos candidatarmos a cada três meses, e depois alguns cursos são aprovados, e outros são rejeita-dos. Temos vindo a providenciar boa qualidade nos últimos dois anos.”

EScolA já dEu ExplicAçõES o Hoje Macau chegou à fala com Patrick Chui um dia depois do comunicado do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) que diz não reconhecer a MEC como uma instituição do ensino superior. “Somos um instituto profissional registado em Macau. Penso que há aqui um mal-en-tendido, porque não oferecemos cursos de ensino superior, nunca oferecemos. Somos um instituto vocacional e o nosso objectivo é dar mais formação às pessoas que já trabalham.”

Com cerca de 12 cursos na área da gestão de eventos e gestão de empresas, bem como finanças, Patrick Chui explica que a MEC tem parcerias com universidades de todo o mundo e que são elas que dão as licenciaturas. Há quem fique apenas com o diploma da MEC, e há outros que prosseguem os seus estudos nas universida-

Ensino Governo pouco diz sobre escola de gestão não reconhecida

dSEj investiga escola, mas aceita os seus cursosA Macau Business Administration and Educational Centre não é reconhecida como instituição de ensino superior pelo GAES, e o director da escola confirma ao Hoje Macau que a escola é virada para o ensino profissional. A DSEJ diz que “não tem resposta” e que o centro “está em investigação”, embora continue a participar no programa de desenvolvimento contínuo

des parceiras. São estas mesmos instituições que enviam docentes para Macau para dar as aulas na MEC. “Recomendamos aos nossos estudantes que depois continuem os seus estudos fora de Macau. Podem ir para Hong Kong ou até para Hainão para concluírem a sua formação. Isso não tem nada a ver connosco.”

Segundo Patrick Chui, o co-municado do GAES surgiu de-pois de um aluno ter entregue os documentos para ter acesso a um subsídio escolar no valor de três mil patacas. Aí, foi questionado onde estava a tirar a formação. “Envi-ámos ontem (segunda-feira) uma

carta ao departamento a explicar tudo”, garante.

o responsável garante que tudo está a ser feito de acordo com a lei, e que estão registados como um “colégio”. “Todos os nossos cursos são reconhecidos e estamos a fazer tudo correctamente”, apon-ta, garantindo que a MEC “é uma instituição privada” e que nunca recebeu financiamento do Governo.

Quanto à presença do deputado Ung Choi Kun na lista dos conse-lheiros honorários, é apenas pela sua importância no mundo dos negócios, garante Patrick Chui, e nunca deu qualquer tipo de finan-ciamento à MEC. - *com Joana Freitas

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quarta-feira 29.5.2013www.hojemacau.com.mo6 sociedade

Rita Marques [email protected]

Mencionado inú-meras vezes no caso ao Man Long, muito pouco se sabe sobre

o sistema de recolha automática de resíduos sólidos urbanos. Um projecto que foi adjudicado, sem concurso público, pelo Governo em Junho de 2006 à cSR - com-panhia de Sistema de Resíduos, que já então era responsável pela recolha de lixo urbano, e que, três meses depois, viu o seu contrato renovado pelo Governo. esteve, por isso, envolvido no esquema de corrupções entre a cSR e ao Man Long, entre 2002 e 2006, como um dos três contratos que foram adju-dicados - no valor de 129 milhões de patacas - à concessionária (a par da construção da estação de Trata-mento de Resíduos Perigosos e da renovação da exploração exclusiva da recolha de lixos públicos).

Pouco falado foi que, em 2006, o grupo português de consultadoria de engenharia e gestão consulgal, que detém subconcessionárias in-ternacionalmente, nomeadamente, a consulasia, empresa de direito local, foi um dos subempreiteiros do projecto. isto porque, antes, a Sisaqua, única accionista da con-sulgal, já tinha operado no sistema de recolha automática de resíduos no recinto da expo ‘98, em Lisboa, que começou a ser construído em 1995. no mesmo participou a empresa sueca envac, criadora do sistema de recolha de lixo a vácuo em 1961, que, por meio de contrato adjudicado pelo Governo à cSR, veio aplicar a mesma tecnologia em Macau, 10 anos mais tarde. Segun-do a própria, num projecto que foi iniciado em 2005, tendo começado depois a operar em 2009, data em que foi concluído - ao contrário do que indica a dSPa [ver caixa].

Recuando aos anos 90, Hum-berto Basílio, director da central de incineração e das estações de Tratamento de Águas Residuais (eTaR’s), departamento do Go-verno que acompanhava também a actividade da cSR, mostrou-se adepto de um projecto semelhante

Resíduos sólidos Recolha automática foi adjudicada à cSR em 2006 com o aval do ex-director da central de inceneração e das eTaR’s

Com dedinho de Humberto BasílioO sistema de recolha automática de resíduos sólidos urbanos já vinha sendo pensado desde finais de 90, quando o engenheiro civil Humberto Basílio dirigia a pasta sobre a Central de Incineração e ETAR’s de Macau. Uns anos mais tarde, em 2006, foi adjudicado à CSR que apresentou a proposta como uma “melhoria” para conseguir a renovação do contrato de limpeza urbana. Na mesma foram incluídos, entre outras, duas empreiteiras: a Consulgal e a Envac. Fonte ligada ao processo, diz que o engenheiro tinha relação com as mesmas. Este nega

primeiro ao segundo, tal como foi feito este ano? “Havia que construir e a construção envolvia, como disse, outros subempreiteiros mas também não lhe posso dizer porque não incluíram, não fui ouvido nem achado nessa matéria.”

EMpREsa suECa tRaz tECnologiacontudo, a mesma fonte acusa no-vamente Basílio de ter agido como “agente da consulgal para ganhar dinheiro” e que os fornecedores (entre os quais, a envac) vieram pela mesma empresa portuguesa. inquirido sobre o facto de ter re-lações à consulgal, o engenheiro civil desmente peremptoriamente. “não tenho nenhuma ligação à consulgal”, garante.

e, mais, nega que possa ter sido responsável por incluir a consul-tora no projecto ou tampouco a empresa sueca. “[a consulgal] não era autora do projecto, só fez a fiscalização, penso eu, de obras deste género na expo, não é ‘ex-pert’, essa é a empresa sueca que foi o principal subempreiteiro, que é a empresa que tem ‘know-how’ (...) não lhe sei dizer se foi essa empresa também que esteve em Portugal, não lhe sei dizer sequer, porque na altura vivia em Macau e não acompanhei ao pormenor a implementação do sistema lá (...) Sei que estava a ser implementado, verifiquei as obras, e gostava de o ter feito aqui porque era respon-sável por esses serviços aqui em Macau”, justifica.

o agora consultor privado, explica ainda, que “não conhece pessoalmente” a empresa envac. “nem sei bem qual é, sei que é uma empresa sueca, nem sei se foi essa que instalou em Portugal mas é uma empresa que tem know-how, fabrica este tipo essa que instalou em Portugal mas é uma empresa que tem ‘know-how’, fabrica este tipo de equipamentos, como haverá outras”. Mas o mesmo parece ser negado por uma ‘newsletter’ de 2007 da empre-sa envac, que pode ser acedida na página na internet da mesma. em declarações a Jonas Törnblom, di-rector da envac concept, Humberto Basílio fala sobre a infra-estrutura a título oficial. “Estamos a tratá-lo como um projecto-piloto”, diz. “e temos aprendido muito até agora. instalar os tubos, por exemplo, foi mais difícil do que antecipávamos. devido à falta de planos e desenhos sobre as instalações subterrâneas existentes, havia muitas surpresas à nossa espera.”

a publicação indicava ainda que Basílio teria aprendido muito sobre a tecnologia do sistema na expo 1998 em Lisboa.

a publicação diz ainda que, à data, Macau planeava instalar um sistema subterrâneo de transporte de lixo em toda a cidade. Mas, para já, a expansão não foi efec-tivada apesar dos bons resultados anunciados pela dSPa [ver caixa].

ao que veio a ser desenvolvido em 2006. “Fui favorável à im-plementação deste sistema desde 1995-1997 (...) na altura falou-se com a administração Portuguesa na possibilidade de se incluir um projecto-piloto e, nomeadamente, quando se estava a fazer o projecto do cotai porque era uma zona nova mas não foi implementado porque não havia dinheiro”, explicou ao Hoje Macau.

uM paRECER juRídiCo CoM intEREssEs?depois de ter saído do cargo, ainda antes da transferência de soberania, e da pasta ter sido absorvida pelo Gabinete para o desenvolvimen-to de infra-estruturas (Gdi), o engenheiro civil, que em 1999 se ausentou de Macau por um

período, voltou entretanto para abrir a empresa PaRSiSaL, uma empresa de consultadoria que, nos últimos tempos, segundo o próprio informa, dá assistência técnica, por exemplo, à direcção dos Serviços de Protecção ambiental (dSPa) em “diversas áreas e em nenhuma em concreto”.

Por outro lado, adianta, man-tém-se ligado à central de incinera-ção. Mas, ainda antes de se formar a dSPa, em 2009, Humberto Basílio deu um parecer jurídico à administração sobre, precisa-mente, o contrato adjudicado à cSR da “concepção/construção, operação e Manutenção de um Projecto Piloto de um Sistema de Recolha automática de Resíduos Sólidos em Macau”, sem precisar ao certo se a mesma opinião foi

entregue ao Gdi ou directamente a ao Man Long. “Só me pronun-ciei sobre a viabilidade técnica da execução de um projecto deste tipo. dos subempreiteiros que vinham com a cSR, vi o currículo das empresas e as obras que tinham feito e mais nada”, indicou. Mas essa não foi a opinião partilhada por uma fonte ligada ao processo, que pediu escusa de identidade.

ouvida pelo Hoje Macau, a mesma acusa o engenheiro civil de se reunir com ao Man Long, com a consultora consulgal e com a cSR para debater uma proposta que já estaria feita, de acordo com os contactos anteriores com a consul-tora portuguesa e a empresa sueca envolvida no sistema de recolha automática de resíduos sólidos urbanos em Lisboa, no Parque expo. Por isso, diz a mesma fonte, “as propostas não foram feitas pela cSR” como foi alegado em tribunal por Frederico nolasco da Silva, representante da H. nolasco, detentora de acções da cSR, con-denado em 2008 pelo Tribunal de Segunda instância a seis anos de prisão por corrupção activa e bran-queamento de capitais. igualmente, os administradores de Hong Kong da Swire SiTa, que detinha em 80% a cSR, revelaram em depoimentos judiciais que a cSR “não apresentou o projecto ao Governo mas, antes, foi coagida a fazê-lo”.

o engenheiro civil nega esta versão dos factos. “não, não teve nada. não teve não. Foi uma pro-posta da cSR como outra proposta técnica normalíssima. compete à empresa, como concessionária, propor melhorias no sistema todos os dias e essa foi uma que foi sendo amadurecida e às tantas quando conseguiram encontrar os parcei-ros com o ‘know-how’ suficiente para formalizarem uma proposta tecnicamente viável”, revela.

e o sistema deveria, ou não, ser objecto de concurso público? “não sou da administração de Macau”, responde Basílio ao Hoje Macau, repetindo-o várias vezes. e, por outro lado, se os contratos distaram de poucos meses entre si (o do sistema e da renovação da limpeza urbana), porque não foi anexado o

Resultados do projecto-piloto na areia PretaAo Hoje Macau, a DSPA deu conhecimento da entrada em funcionamento de um projecto-piloto na Areia Preta, em Setembro de 2008, que consistia na “instalação de uma rede de condutas subterrâneas (com cinco quilómetros de cumprimento) com 128 bocas de descarga, sendo os resíduos transportados pelo método de sucção por vácuo até um posto de recolha de resíduos.” A capacidade de recolha diária varia entre as 35 e 40 toneladas, abrangendo cerca de 15800 residências, ou seja, mais de 50 mil habitantes. Actualmente, o sistema pode recolher mensalmente 650 toneladas de resíduos. Usado por cerca de 13 edifícios, departamentos governamentais, escolas, equipamentos comunitários e as pequenas empresas, apenas “trabalhadores de gestão de edifícios e de limpeza que tenham recebido a respectiva formação” podem ser parte do processo. Desde então, revela o organismo, os resultados que já antes se podiam prever foram evidentes.“O número de contentores grandes de lixo naquela zona reduziu de cerca de 300 para menos de 100. O tempo de funcionamento dos camiões de lixo que operam naquela zona também diminuiu cerca de três horas, o que mitigou eficazmente o ruído e o cheiro proveniente da recolha de resíduos.”

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7sociedadequarta-feira 29.5.2013 www.hojemacau.com.mo

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Concurso público para «Empreitada de Construção de Habitação Pública de Seac Pai Van

Lote CN6b Equipamentos de Apoio Social e de Tráfego»

1. Entidade que põe a obra a concurso: Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas.2. Modalidade de concurso: concurso público.3. Local de execução da obra: no Seac Pai Van, Lote CN6b.4. Objecto da Empreitada: construção de equipamentos de apoio social e de tráfego.5. Prazo máximo de execução: 720 (setecentos e vinte) dias.6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do acto

público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no programa do concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por série de preços.8. Caução provisória: $ 4 000 000,00 (quatro milhões de patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia

bancária ou seguro-caução aprovados nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber em cada um

dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).10. Preço base: não há.11. Condições de admissão: serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução

de obras, bem como as que à data do concurso tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar;Dia e hora limite: dia 18 de Julho de 2013, quinta-feira, até às 17,00 horas.

13. Local, dia e hora do acto público:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, sala de reunião;Dia e hora: dia 19 de Julho de 2013, sexta-feira, pelas 9,30 horas.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar;Hora: horário de expediente;Preço: $ 4 000,00 (quatro mil patacas).

15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:- Preço razoável: 60%;- Plano de trabalhos: 10%;- Experiência e qualidade em obras: 18%;- Integridade e honestidade: 12%;

16. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer na sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, a partir de 28 de Junho de 2013, inclusive, e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 23 de Maio de 2013.O Coordenador do Gabinete

Chan Hon Kit

O Instituto de Acção So-cial (IAS) vai lançar um inquérito sobre “A Participação das

mulheres nas actividades do jogo e a sua saúde mental”, entre os dias 28 de Maio a 14 de Junho. O inquérito, que terá o objectivo de Revisão do Regime Jurídico

da Administração das Partes Comuns do CondomínioA consulta pública sobre a revisão do Regime Jurídico da Administração das Partes Comuns do Condomínio promovida pela Direcção dos Serviços da Reforma Jurídica e do Direito Internacional está a decorrer, desde 30 de Abril até 31 de Julho de 2013. A primeira sessão de consulta pública terá lugar no próximo sábado (dia 1 de Junho), na qual serão auscultadas as opiniões do público sobre as propostas de alteração ao Regime, sendo bem-vinda a participação activa da população. A sessão de consulta pública será realizada, entre as 15 e as 17 horas, no Edifício Centro Comercial Cheng Feng, 7.º andar, Alameda Dr. Carlos D’Assumpção, n.º 322-362, (Centro de Formação para os Trabalhadores dos Serviços Públicos dos SAFP).

Saúde mental IAS vai lançar um inquérito sobre a participação das mulheres nas actividades do jogo

Até onde o juízo aguentater uma ideia mais clara da actual relação das mulheres de Macau com o jogo e seus efeitos psico-lógicos, será realizado através de entrevista por telefone, a uma amostragem aleatória.

Com o desenvolvimento contínuo da indústria do jogo

em Macau, tem havido, nos últimos anos, um aumento do número de casos de jogadores do sexo feminino que pro-curam apoio para problemas derivados do jogo. Segundo os dados coligidos pelo “Sis-tema de Registo Central dos

Indivíduos afectados pela Problemática do Jogo”, os in-divíduos do sexo feminino que procuraram ajuda representam 32% do total, uma percentagem ligeiramente superior à das regiões vizinhas.

Com este panorama, o IAS vai realizar uma investigação científica, numa abordagem que terá em conta a especificidade de género, a fim de reforçar e melho-rar a prevenção e o tratamento dos problemas derivados do jogo em Macau. O estudo estará a cargo da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Macau e o método será o de amostragem aleatória e o alvo das entrevistas, por telefone, com duração de 15 minutos para pre-enchimento de um questionário. Serão entrevistadas residentes do sexo feminino, maiores de 18 anos, que tenham participado em actividades de jogo nos últimos 12 meses.

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quarta-feira 29.5.2013nacional8 www.hojemacau.com.mo

Recentemente, numa noite fria, Phi-lip chow ultrapassou uma longa fila de

pessoas à espera de táxis no aeroporto de Pequim ao usar uma aplicação no smartphone que informava os motoristas que pagaria uma gorjeta extra para quem o apanhasse rapida-mente. O app, com o nome Didi Dache – Honk Honk, catch a

O Presidente chinês Xi Jinping recebeu

esta segunda-feira em Pequim o presidente do Uruguai, José mu-gica. no encontro, o presidente chinês disse que a china quer inten-sificar o intercâmbio e a cooperação com o Uruguai, assim como partilhar as oportunida-des de desenvolvimento e lidar em conjunto com os desafios actuais com o objectivo de promo-ver relações estáveis e profundas com o país sul-americano.

EUA tentam intensificar laços militares com a ChinaO assessor de Segurança Nacional dos EUA, Tom Donilon, está a intensificar os esforços para criar laços mais fortes entre os militares norte-americanos e chineses antes de uma reunião de alto nível entre os Presidentes Barack Obama e Xi Jinping. Donilon disse ao general chinês Fan Changlong, esta terça-feira que os dois lados devem aumentar a cooperação em actividades militares não tradicionais, como as forças de manutenção de paz, socorro em casos de desastres e no combate à pirataria. O assessor encontrou-se com Xi e outros líderes chineses durante dois dias em Pequim para preparar a cimeira de 7 e 8 de Junho, o primeiro encontro pessoal entre os líderes desde a reeleição de Obama e a ascensão de Xi Jinping a líder do Partido Comunista.

Li Keqiang reúne-se com líderes do SPD em BerlimO primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, encontrou-se ontem em Berlim com o ministro da Economia alemão, Philippp Rosler, e com os líderes social-democratas, Peer Steinbruck e Sigmar Gabriel. De acordo com a agenda do segundo e último dia da visita do chefe do Governo de Pequim à Alemanha, estava previsto também um pequeno-almoço de trabalho com Angela Merkel, com quem Li Keqiang se reuniu no domingo tendo sido assinados uma dezena de acordos económicos e comerciais entre os dois países relacionados sobretudo com a indústria automóvel alemã. Além dos acordos foi também abordado entre os dois governantes os diferendos com Bruxelas sobre produtos de telecomunicações chineses e as sanções que a União Europeia quer impor à importação dos painéis solares de fabrico chinês, apesar de Merkel defender uma “solução negociada”.

Governo chinês promete agir contra proteccionismo comercial da UE O vice-ministro do Comércio da China, Zhong Shan, reiterou esta segunda-feira que o governo chinês não vai ficar de braços cruzados em relação ao proteccionismo comercial europeu. A posição foi reforçada durante uma reunião com funcionários da Comissão Europeia para negociar as divergências comerciais sobre produtos fotovoltaicos e equipamentos de telecomunicações sem fios. No encontro com o comissário comercial da entidade, Karel de Gucht, e o director-geral do Departamento de Comércio, Jean-Luc Demarty, Zhong disse que as investigações de anti-dumping e anti-subsídio iniciadas pela UE vão causar grandes prejuízos ao sector chinês, e influenciarão as relações económicas com a Europa. O proteccionismo comercial é inaceitável para a China, afirmou o representante chinês.

Consumo É possível pedir táxi, prometendo gorjeta, com auxílio da tecnologia

A discreta rebelião dos consumidores

Xi Jinping China quer intensificar cooperação e oportunidades de desenvolvimento com Uruguai

encontro em Pequim

cab – é um dos exemplos re-centes de uma nova força que está varrer a china: o poder do consumidor.

As famílias estão a ficar impacientes com as directrizes governamentais contrárias aos seus interesses. Os agregados familiares começaram a obter vitórias não só descobrindo formas de contornar as tarifas artificialmente baixas que re-

duzem o número de táxis nas ruas, mas também arranjando alternativas aos altos preços dos telemóveis cobrados pelas operadoras estatais.

A tendência, que com frequência conta com a ajuda da tecnologia, é inovadora ao nível das áreas em que os líderes chineses têm falhado, redistribuindo a riqueza e passando para os consumido-

res mais benefícios gerados pelo desenvolvimento. Isto é crucial para um crescimento sustentável.

O Didi Dache é um peque-no mas importante exemplo desta tendência. As tarifas de táxi definidas pelo governo não acompanharam a inflação, desmotivando os motoristas. “Se é hora de ponta, esqueça os táxis”, diz chow, um con-sultor de filantropia que vive em Pequim. A nova aplicação coloca em acção as forças de mercado, permitindo que os clientes ofereçam gorjetas para conseguir um táxi rapidamente.

nos últimos dez anos, a combinação de baixos salários, baixas taxas de juros pagas pe-los bancos sobre os depósitos e oportunidades limitadas para os empreendedores impediu as famílias chinesas de obter a sua parcela na prosperidade crescente do país.

Xi Jinping pediu ain-da a intensificação do intercâmbio em todos os sectores e o desen-volvimento de medidas para planear a coopera-ção económica para os próximos cinco anos. O Presidente chinês, que visitará em breve três países da América Latina e caribe, subli-nhou ainda que a china aplaude o progresso obtido pelos países desta região e que está disposta a intensificar o diálogo e a cooperação com os países do mercosul.

Xi Jinping disse que após 25 anos do estabe-lecimento de relações diplomáticas entre os dois países, a china e o Uruguai tornaram-se grandes amigos e bons parceiros. Apesar da distância geográfica, as duas nações desen-volveram uma relação com base no respeito, igualdade e benefício mútuo, reforçou o presi-dente chinês, acrescen-tado que este é um bom exemplo de cooperação entre países em desen-volvimento.

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quarta-feira 29.5.2013 www.hojemacau.com.mo 9região

Um homem que as-sassinou um bebé no

último mês de março na China, depois de o encon-trar no banco de trás do veículo que tinha acabado de roubar, foi condenado à morte esta terça-feira pela justiça, uma decisão que põe um ponto final num caso que comoveu o país asiático, informou a imprensa oficial.

Segundo a sentença do Tribunal de Chancghun, noticiada pela agência “Xinhua”, o assassino, identificado como Zhou Xijun, de 48 anos, foi tam-bém sentenciado a cinco anos de prisão pelo roubo do veículo e, obrigado a pagar cerca de 24 mil patacas à família do bebé.

No dia 4 de março, Zhou roubou um veículo estacionado no cantei-ro de uma estrada em Changchun, capital da província de Jilin, na fronteira com a Coreia do Norte, sem perceber que dentro da viatura estava um bebé. O pai da criança encontrava-se numa loja próxima.

Em plena fuga, Zhou deu pela presença da crian-

ça e estrangulou-a antes de a enterrar na neve, enquan-to a Polícia de Changchun lançava uma intensa busca pelo bebé desaparecido, o que despertou a solidarie-dade imediata de muitos cidadãos chineses.

milhões de cibernautas no país tentaram colaborar com a busca publicando nas redes sociais informa-ções de testemunhas sobre a identidade do ladrão, enquanto a confirmação da morte do bebé foi home-nageada com uma vigília.

Um dia depois, o cri-minoso entregou-se às autoridades e confessou o assassinato. O facto foi muito comentado no país, especialmente nas redes sociais chinesas, onde os cibernautas condenaram o crime e também a atitude do pai, que deixou o bebé sozinho.

Em sua defesa, o pai da criança afirmou que deixou o automóvel ligado para que o aquecimento do interior permanecesse activo e a criança não passasse frio, já que a ci-dade de Changchun regista temperaturas até 30 graus abaixo de zero no inverno.

Um cidadão alemão aproveitou o facto

dos seus guardas australia-nos estarem a dormir para escapar por uma saída de emergência do aeroporto de Suvarnabhumi, em Banguecoque, informou ontem a imprensa local.

Carlo Konstantin Kohl, 25 anos, fugiu há cerca de duas semanas, quando fazia escala em Bangue-coque, procedente da Austrália para a sua terra

Um caça-bombardeiro F-15 das Forças Armadas dos Estados

Unidos despenhou-se ontem no mar, em frente à costa de Okinawa, no sul do Japão, mas o piloto conseguiu saltar a tempo, revelou a agência Kyodo.

De acordo com as informações facultadas pelo Governo japonês, o aparelho partiu da base norte--americana de Kadena, na ilha de Okinawa, caindo no mar a cerca de 100 quilómetros da costa por volta das 08:45 locais.

As causas do acidente são, de momento, desconhecidas.

Dezenas de desaparecidos após naufrágio em rio ao largo da MalásiaMais de duas dezenas de pessoas foram dadas como desaparecidas ontem, depois de o barco sobrelotado em que seguiam, com mais de uma centena de passageiros, ter naufragado num rio numa zona remota ao largo da Malásia. As autoridades malaias afirmaram desconhecer ainda o número de vítimas do acidente do barco, com capacidade para transportar só 67 pessoas, ocorrido no rio mais longo da Malásia, o Rajang, que flui do profundo interior da ilha do Bornéu em Sarawak, disse o chefe da polícia da remota cidade de Belaga, Bakar Anak Sebau, em declarações à agência noticiosa AFP.

Crime Assassino de bebé é condenado à morte

Está decididoTailândia Preso alemão protagonizou fuga

“digna de filme” no aeroporto de Banguecoque

Guardas a dormir

Japão Caça-bombardeiro norte-americano despenhou-se no mar

Piloto consegue salvar-se

natal, mas as autoridades só tornaram o caso público dez dias mais tarde.

Os guardas austra-lianos, identificados ini-cialmente, por erro, pela imprensa local como agen-tes da Interpol, só se aper-ceberam da fuga quando acordaram.

O avião da Thai Ai-rways, que iria levar o detido e os guardas austra-lianos que o acompanha-vam até Frankfurt, deveria

ter levantado voo às 23h do passado dia 15, mas acabou por ser atrasado até às 8h do dia seguinte, hiato que o detido aproveitou para se colocar em fuga.

Khol, que cumpriu uma pena de dois anos e cinco meses de prisão na Austrália por roubo e tráfico de droga, cortou a electricidade de uma saída de emergência, o que lhe permitiu entrar numa área restrita do aeroporto sem levantar qualquer tipo de alarme e assim escapar. “O que sabemos agora é que Khol abandonou o aeroporto”, explicou Suvitchpol Imjairat, chefe do Departamento de Imi-gração do aeroporto, em declarações reproduzidas pela Efe.

“Não passou pelos controlos de imigração. Khol enfrenta acusações por entrar ilegalmente no país. Os investigadores do Departamento de Imigra-ção estão a tentar localizá--lo”, detalhou.

Segundo o mesmo res-ponsável, as autoridades tailandesas não são respon-sáveis pela fuga do cidadão alemão, já que a Austrália não avisou a Tailândia que tinha sob sua custódia um prisioneiro que seria transferido para a Europa, após uma escala na capital.

Suvitchpol explicou que Khol, depois de ter cumprido uma pena de prisão na Austrália, estava a ser transferido para a Alemanha, onde deveria responder por outros ale-gados delitos.

Khol, detido em 2010, foi acusado de cometer vários crimes de roubo e tráfico de droga nos estados australianos de Queensland e Victoria, tendo sido con-denado a una pena de oito anos de prisão, reduzida depois para dois anos e cinco meses.

As autoridades tailan-desas oferecem uma re-compensa de cerca de 2600 a quem facultar pistas sobre o paradeiro do fugitivo.

O ministro porta-voz do Japão, Yoshihide Suga, indicou que não fo-ram registadas vítimas na sequência deste acidente e que, segundo as suas informações, “o avião se encontrava numa zona de exercícios”, pelo que

a queda do F-15 não representou qualquer perigo para a população.

O acidente mais recente do tipo ocorreu em Julho do ano passado, quan-do um F-16 das Forças Armadas norte--americanas se despenhou no Oceano Pacífico, junto à costa da localidade de Nemuro, na ilha de Hokkaido (norte), no qual o piloto também conseguiu saltar a tempo e ser resgatado.

Desde o fim da II Guerra mun-dial, os Estados Unidos mantêm em território japonês bases militares com cerca de 48.000 soldados, dos quais metade se encontra na ilha de Okinawa, a sul do arquipélago.

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Relatório de Gestão 2012

A direcção tem o prazer de anunciar os resultados da Sucursal de Macau do Standard Chartered Bank (“A Sucursal”) para o exercício findo a 31 de Dezembro de 2012.

Actividades PrincipaisA Sucursal faz parte do Standard Chartered Bank, constituída no Reino Unido e registada na Inglaterra e País de Gales. As principais actividades da Sucursal envolvem a prestação de serviços bancários comerciais e serviços financeiros relacionados.

Resultados de 2012O lucro antes de impostos diminuiu em 48%, de 63, 535 milhões de Patacas para 33,347 milhões de Patacas.A receita dos juros líquido diminuiu em 15% para 47,785 milhões de Patacas. As outras receitas, incluindo as receitas de emolumentos e comissões diminuíram 15% relativamente a 2011. O total de proveitos operacionais diminuiu em 16% para 77,604 milhões de Patacas.As despesas operacionais diminuíram 15% em 2012 para 10,812 milhões de Patacas. As perdas por imparidade em empréstimos e adiantamentos aumentaram 17,811 milhões de Patacas em comparação com 2011. Lucro depois de impostos foi de 29,364 milhões de Patacas, uma quebra de 26,486 milhões de Patacas relativamente aos 55,850 milhões de Patacas registados em 2011.O resultado sob as regras da AMCM foi de 37,356 milhões de Patacas, um decréscimo de 24,522 milhões de Patacas em relação aos 61,878 milhões de Patacas registados em 2011.

O Director da Sucursal do Standard Chartered Bank,Sucursal de MacauWong Wai Hing, Simon29 de Maio de 2013

Síntese do Parecer dos Auditores Externos

Para o gerente-geral doStandard Chartered Bank, Sucursal de Macau(Sucursal de um banco comercial de responsabilidade limitada, incorporado no Reino Unido)

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras do Standard Chartered Bank, Sucursal de Macau relativas ao ano de 2012, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 15 de Maio de 2013, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2012, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações nas reservas e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas e dos livros e registos da sucursal. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e os livros e registos da sucursal.

Para a melhor compreensão da posição financeira da sucursal e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Lei Iun Mei, Auditor de ContasKPMGMacau, aos 15 de Maio de 2013.

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13publicidadequarta-feira 29.5.2013 www.hojemacau.com.mo

Sucursal de Macau(Publicações ao abrigo do artigo 76º do R.J.S.F., aprovado pelo Decreto-Lei n.º 32/93/M, de 5 de Julho)

Síntese do Parecer dos Auditores Externos

Para o gerente-geral doHang Seng Bank Limited – Sucursal de Macau(Sucursal de um banco comercial de responsabilidade limitada, incorporado na Região Administrativa Especial de Hong Kong)

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras do Hang Seng Bank Limited – Sucursal de Macau relativas ao ano de 2012, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 14 de Maio de 2013, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2012, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações nas reservas e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao

ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas e dos livros e registos da sucursal. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e os livros e registos da sucursal.

Para a melhor compreensão da posição financeira da Hang Seng Bank Limited – Sucursal de Macau e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Lei Iun Mei, Auditor de ContasKPMGMacau, aos 14 de Maio de 2013

Hang Seng Bank Limited - Sucursal de Macau

(Anúncio previsto no artigo 76.º do Regime Jurídico do Sistema Financeiro, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 32/93/M. de 5 de Julho)

Resumo do relatório de actividades do exercício

No ano de 2012, a evolução da economia mundial continuou a ser pouco clara, e o Banco manteve uma estratégia estável bem como os serviços diversificados, através de investimentos com recursos adicionais a fim de se manter a par do continuado desenvolvimento económico de Macau. Assim, não obstante o confronto com diferentes desafios, houve um aumento estável dos negócios do Banco.

As actividades principais exercidas pelo Banco, no ano de 2012, consistiram na prestação de serviços diversificados de depósito, todos os tipos de financiamentos comerciais, serviços comerciais transfronteiriços em renmimbi, empréstimos garantidos por hipoteca sobre imóveis, empréstimos a empresas, transferências e operações cambiais, custódia de títulos, terminais de serviço automático e agenciamento de seguros, entre outros, os quais foram disponibilizados a empresários e clientes individuais. No dia do encerramento

do exercício anual, registamos como depósitos e empréstimos, respectivamente, dois mil e quarenta e cinco milhões de patacas, e cinco mil oitocentos e oitenta milhões de patacas, sendo o lucro, deduzido do imposto anual, de setenta e quatro milhões de patacas.

O ano de 2013, sendo 10º aniversário da nossa constituição em Macau, é um ano importante e continuaremos a seguir rigorosamente os objectivos iniciais, prestando serviços de boa qualidade aos clientes, com sinceridade e exploração estável. Vamos planear e analisar activamente a instalação de balcões com vista a aperfeiçoar os mecanismos de serviço em cooperação com a expansão rápida da economia de Macau, para que o Banco seja um parceiro na gestão de patrimónios com a confiança dos clientes.

Agradecemos aos Serviços Públicos da Administração de Macau, clientes, colegas e funcionários do Banco e seus familiares, o apoio que nos prestaram.

Hang Seng Bank Limited - Sucursal deMacauO Director da SucursalFong Chi Cheng

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14 publicidade quarta-feira 29.5.2013www.hojemacau.com.mo

Bank of Communications Co., Ltd. - Sucursal de Macau

RESUMO DO RELATÓRIO DE EXERCÍCIO

No ano de 2012, a Sucursal de Macau do Bank of Communications Co., Ltd. continuou a execução da estratégia de desenvolvimento determinada pela sede, no sentido de “Encetar o caminho da internacionalização e multiplicação, de modo a implementar um grupo bancário de primeira classe, cujas acções são detidas pelo público e que tem como propósito a gestão de patrimónios”, harmonizado com o objectivo de “integrar Macau, servir Macau”. “Servir os clientes de bloco do nosso grupo, reforçar a interacção entre os recursos existentes na China Continental e os existentes no Exterior, apoiar positivamente as empresas de Macau e salientar a característica da gestão de patrimónios” são assim os posicionamentos de desenvolvimento de actividades da nossa sucursal. Através do estabelecimento de relações de colaboração com as grandes empresas locais, a sucursal participou nas suas actividades de financiamento, pres-tando auxílio financeiro a sociedades locais de empreendimentos de infraestruturas, apoiando robustamente o desenvolvimento da sociedade económica de Macau, desenvolvendo activa-mente as actividades de interacção entre a China Continental e o Exterior, com as vantagens da sua localização favorável, tendo oferecido a grandes empresas locais serviços financeiros transfronteiriços integrais apostando na inovação dos negócios. O Centro de Serviço OTO FORTUNE da sucursal de Macau oferece a pequenas e médias empresas e aos cidadãos ser-viços de gestão financeira profissionais. Verificou-se, na sequência dos esforços conjuntos dos nossos empregados e do forte apoio concedido pelos diversos sectores da sociedade de Macau, um considerável progresso nas operações desenvolvidas pela nossa sucursal.

Para além do desenvolvimento dos seus negócios, a sucursal de Macau fomenta, sustentada-mente, as relações comerciais entre os diversos sectores da sociedade de Macau, participa em actividades sociais e cumpre as responsabilidades sociais da empresa.

A sucursal de Macau do Bank of Communications Co., Ltd. , realizará um esforço persistente para um desenvolvimento sustentável, melhorará a função dos seus serviços e reforçará a cola-boração e o intercâmbio entre os diversos sectores da sociedade de Macau, contribuindo assim para o desenvolvimento económico e sustentado de Macau.

Pelo presente, a sucursal de Macau do Bank of Communications Co., Ltd. expressa os seus sinceros agradecimentos aos diversos sectores da sociedade de Macau, pelo seu apoio enérgico e pela atenção concedida a esta instituição durante todo este tempo!

Gerente-Geral,TAN ZhiqiNG

SÍNTESE DO pARECER DOS AUDITORES EXTERNOS

para a Gerência do Bank of Communications Co., Ltd. – Macau Branch

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras do Bank of Communications Co., Ltd. – Macau Branch relativas ao ano de 2012, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Téc-nicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 15 de Abril de 2013, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2012, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações da conta cor-rente e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas a que acima se faz referência. Em nossa opinião, as demonstra-ções financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demons-trações financeiras auditadas.

Para a melhor compreensão da posição financeira do Bank of Communications Co., Ltd. – Macau Branch e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as de-monstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Quin VaAuditor de ContasDeloitte Touche Tohmatsu – Sociedade de Auditores

Macau, aos 15 de Abril de 2013

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15publicidadequarta-feira 29.5.2013 www.hojemacau.com.mo

THE BANK OF EAST ASIA, LIMITED, SUCURSAL DE MACAUSíntese do relatório de actividade

Em 2012, a Sucursal de Macau do Bank of East Asia, Limited (“BEA”) concentrou-se na expansão da gama de produtos e na melhoria da qualidade dos serviços. Durante o ano, a Sucursal de Macau lançou muitos novos produtos e serviços, incluindo cartões ATM, a conta SupremeGold, serviço de folha de pagamentos automática, uma aplicação para telemóvel, e empréstimos para aquisição de táxi e lugares de estacionamento para melhor servir as necessidades dos clientes. Trabalhando de perto com o Bank of East Asia (China) Limited (“BEA China”), a Sucursal de Macau também forneceu uma vasta gama de serviços bancários transfronteiriços para os clientes em Macau e das regiões vizinhas. Através da optimização da estrutura do activo e passivo, a margem dos juros líquidos da Sucursal de Macau continuou a melhorar. Os créditos e depósitos dos clientes aumentaram 42% e 8%, respectivamente, no ano.

Olhando para o futuro, a Sucursal de Macau do BEA continuará a concentrar-se no fornecimento de uma gama alargada de produtos de retalho, a di-versificar o seu portfolio de empréstimos, e a potenciar a força do BEA China para corresponder às necessidades de serviços bancários transfronteiriços dos clientes individuais e das empresas.

WONg CHUN KWANGerente GeralSucursal de Macau de Banco de East Asia

Síntese do Parecer dos Auditores Externos

Para a gerência doBanco da East Asia, Limitada – Sucursal de Macau (Sucursal de um banco comercial de responsabilidade limitada, incorporado na Região Administrativa Especial de Hong Kong)

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras do Banco da East Asia, Limitada – Sucursal de Macau relativas ao ano de 2012, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 29 de Abril de 2013, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2012, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações nas reservas e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilís-ticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas e dos livros e registos da Sucursal. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações finan-ceiras auditadas e os livros e registos da Sucursal.

Para a melhor compreensão da posição financeira da Sucursal e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Lei Iun Mei, Auditor de Contas

KPMGMacau, aos 29 de Abril de 2013

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quarta-feira 29.5.201316 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

Quase que poderí-amos chamar-lhe um mistério aca-démico envolto em explicações ju-

rídicas. em 1993 o executivo, à data liderado por edmund Ho, criou duas comissões consultivas para o reconhe-cimento das habilitações do nível primário, secundário e de nível superior, tuteladas pelo Gabinete de apoio para o ensino superior (Gaes). Por

Gabinete de sou Chio Fai avaliou cursos tirados lá fora entre 1993 e 2003

O ano em que o Governo tirou uma competência ao GAES

outras palavras, cabia a esta entidade, hoje liderada por sou Chio Fai, o reconhecimento e a avaliação técnica dos diplomas tirados em universidades fora de Macau, por pessoas que vi-riam trabalhar para o território.

a 14 de agosto de 2003, um despacho assinado por edmund Ho extinguiu essas mesmas comissões, tirando competências ao Gaes para avaliar os cursos.

as razões, essas, continu-am por explicar. em resposta escrita enviada ao Hoje Macau, é referido que se tratou de uma

“mera alteração legislativa”. sem poder avaliar as compe-tências académicas dos que chegam a Macau para trabalhar, o Gaes só tem direito a emitir um parecer caso seja solicitado para tal, segundo a lei.

em resposta escrita en-viada ao Hoje Macau, tanto o Gaes como o gabinete do secretário para os assuntos so-ciais e Cultura explicaram que “desde 2003 que não existem no ordenamento jurídico da RaeM os procedimentos téc-nicos e os critérios objectivos orientadores da actuação da

administração nesta matéria, vigorando actualmente o sis-tema de mera verificação ou confirmação de habilitações académicas”. assim sendo, desde 2003 que “a verificação de habilitações é da competên-cia de várias entidades, conso-ante a situação em concreto”.

O Hoje Macau quis perce-ber se o Gaes mostra vontade em voltar a ter esta competên-cia para si, agora que está quase a nascer uma nova proposta de Lei de Bases do ensino su-perior, ainda sem presença na assembleia Legislativa (aL).

Mas a resposta foi inconclusi-va. “Não cabe ao Gaes fazer juízos de mérito nem apreciar os critérios de oportunidade do legislador, competindo-lhes apenas, enquanto unidade orgânica da administração Pública da RaeM, obedecer

à Lei Básica e cumprir a leis e regulamentos em vigor.”

AlGunS curSOS ErAm fAlSOSRui Rocha, ex-director do Instituto Português do Oriente (IPOR), actualmente com fun-

Em 1993 foram criadas duas comissões consultivas, da tutela do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior, encarregues de avaliar os cursos tirados em universidades fora de Macau. Passados dez anos, o GAES deixou de ter essa competência por despacho do Chefe do Executivo, algo que se mantém até hoje. O Governo assume que não há na lei critérios concretos para essa análise e que existe o sistema de “mera verificação e confirmação das habilitações académicas”

Universidade de Macau

ensino superior

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17quarta-feira 29.5.2013 ensino superiorwww.hojemacau.com.mo

Gabinete de Sou Chio Fai avaliou cursos tirados lá fora entre 1993 e 2003

O ano em que o Governo tirou uma competência ao GAES

ções na Universidade Cidade de Macau (UCM) era, à data, membro da comissão para a avaliação no ensino superior. Ao Hoje Macau também não consegue encontrar explica-ções para o seu fim. “Até eu sair, em 1998, a comissão fun-

cionou plenamente, todas as semanas funcionava. Analisá-vamos todas as licenciaturas que vinham de todos os países que não tinham paralelismo com o sistema pedagógico português. Não sei quais fo-ram as razões (para o fim).”

Rui Martins, hoje vice--reitor da Universidade de Macau (UMAC) também era membro, dado que na altura era professor na faculdade de ciências e tecnologia da mesma instituição. “Não sei as razões porque acabou. Era uma comissão nomeada pelo Governo e não me cabia a mim decidir se acabava ou não. Continuei o meu mandato até a comissão acabar.”

Rui Rocha recorda algumas discussões “complicadas”. “Como cidade e Estado de Direito, não podíamos dizer que aquela universidade que era, por exemplo, acreditada pelos Estados Unidos, não

tinha credibilidade. Mesmo as universidades chinesas, se o Governo Central entendia que podiam existir, com os cursos aprovados, quem era a autori-dade de Macau que vinha dizer que um curso não era credível?”

“Tínhamos um imenso manancial de informações e a questão era ver quais as li-cenciaturas que eram forjadas. Essa era a nossa preocupação. Tínhamos de ligar para a reito-ria da universidade, e às vezes acontecia que o aluno não tinha tirado nada.” O vice-reitor da UMAC fala, contudo, em si-tuações pontuais. “Havia algu-mas situações problemáticas, mas não era nada de especial”.

Rui Rocha não sabe dizer se hoje a comissão deveria voltar para a tutela do GAES. “Não posso dizer como estão as coisas neste momento. Na-quela altura foi a melhor so-lução, resultou plenamente.”

Já Rui Martins considera uma situação “normal”, dando como exemplo a situação em Portugal, onde as universi-dades têm autonomia para avaliar os canudos e onde o Ministério para o ensino superior já não tem essa com-petência. “Essa equipa existia em circunstâncias diferentes. A China não estava tão aberta como está neste momento, ainda havia dúvidas sobre alguns cursos obtidos, mas as coisas mudaram significativa-mente nos últimos 20 anos”.

CAdA CAbEçA, CAdA SEntEnçAComo funciona, então, o reconhecimento das licen-ciaturas que chegam de fora, numa altura em que Macau precisa de importar recursos humanos, muitos deles para cargos de topo?

Segundo a lei, cabe às universidades a avaliação dos casos que pretendem conti-nuar os seus estudos além da licenciatura. Para ingressar na Função Pública, cabe ao júri de cada concurso público analisar os canudos. Quando não hou-ver concurso, “a competência é dos serviços ou entidades públicas interessadas” na contratação.

Na lei não surgem infor-mações mais claras quanto à contratação no privado. Questionado sobre a possi-bilidade de irregularidades, Rui Martins diz apenas que “isso pode acontecer em qual-quer lado”. “Desde que haja responsabilidade das pessoas que estão à frente dos serviços não vejo qualquer problema.”

O CASO dA SAúdE Fernando Gomes, médi-co com especialidade em

fisioterapia a trabalhar no sector público, está ligado à comissão de fiscalização dos diplomas nessa especia-lidade. Afirma que “no caso da saúde (o reconhecimento das licenciaturas) está mais estruturado”. “Temos comis-sões que fazem a avaliação desses casos, mas aquando da atribuição das licenças temos uma unidade técnica. É essa entidade que no fundo faz a revisão curricular”.

Depois é emitida a carteira profissional e o profissional só pode exercer no privado. Mas “se porventura os Serviços de Saúde (SSM) abrem concur-so, é diferente. Para além de lhe ser reconhecido o diploma tem de fazer um teste escrito de aprovação. Aí é passado um certificado para poder exer-cer, e com esse documento a pessoa pode concorrer para eventuais lugares disponíveis na Função Pública”.

Fernando Gomes fala em “dois critérios”. “Não é que um seja mais exigente do que o outro. O que é feito no

público acaba por ser mais um pequeno filtro do que uma exclusão”, diz ao Hoje Macau.

Também o médico não compreende o fim da comis-são. “A melhor entidade para avaliar os diplomas dispersos por este mundo fora seria esse serviço (GAES), porque é que acabaram com aquilo?”

“Uma pessoa que tivesse uma licenciatura, de qualquer área, a primeira coisa que tinha de fazer era ver reconhe-cido o seu diploma perante os serviços. Estava centralizado. Parece que foi um golpe de mestre. Ou alguém não queria assumir funções e os serviços simplesmente deixaram de se responsabilizar pela situação. Cada entidade acaba por ter de confirmar o diploma dos concorrentes.”

O CASO dA ArquitECturA Nuno Soares, da direcção da Associação dos Arquitectos de Macau (AAM), defende que deveria ser o GAES a fazer o trabalho de avalia-ção. “Poderia ser feita uma

segunda solução, que não é a ideal, que seria existir um departamento no Governo, neste caso o GAES, que faria o reconhecimento, porque os serviços não têm essa vo-cação. A vocação das Obras Públicas não é propriamente reconhecer as licenciaturas.”

A primeira solução, acredi-ta Nuno Soares, seria a própria associação poder reconhecer as licenciaturas, “uma ordem profissional que regulasse a profissão, com critérios defi-nidos por regulamentos, muito claros e rígidos”, que neste caso seguiriam os fundamen-tos da União Internacional dos Arquitectos.

Actualmente cabe às Obras Públicas o reconhe-cimentos dos cursos. O ar-quitecto que queira assinar projectos deve apresentar um curso de, pelo menos, cinco anos. Mas Nuno Soares diz que os critérios seguidos pelo organismo “não são muito claros”, nem são conhecidos os responsáveis pela mesma avaliação.

Instituto de Formação Turística

Instituto Politécnico de Macau

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quarta-feira 29.5.2013 www.hojemacau.com.mo 21www.hojemacau.com.mo vida

Macau Sã Assado

O “resumo numa frase” dos resul-tados publicados esta quinta-feira

por cientistas chineses no site da revista Science não podia ser mais claro: “O vírus emergente da gripe humana H7N9 é infeccioso e transmissível entre ma-míferos.”

Foi a 31 de Março deste ano que se registou o pri-meiro caso humano de gripe aviária H7N9 na China. Embora menos letal do que o temível H5N1 (gripe avi-ária mais rara que mata 60% das suas vítimas humanas), a expansão do novo vírus foi inicialmente explosiva: segundo a Organização Mundial da Saúde, o H7N9 infectou, em pouco mais de um mês, 131 pessoas, das quais 36 morreram. Actu-almente, porém, graças em grande parte às restrições entretanto impostas aos mercados de aves vivas na-quele país, não tem havido novas infecções humanas pelo H7N9 registadas desde 8 de Maio.

Tanto quanto se sabe, até agora não se verificou qual-quer caso de transmissão directa entre seres humanos do H7N9: as vítimas huma-nas foram infectadas por terem estado em contacto com aves de capoeira. Ora, para este vírus ter poten-cial pandémico na espécie humana, teria de conseguir passar directamente de uma pessoa para outra, requisi-to que o H7N9 ainda não preencheu.

Todavia, certas carac-terísticas genéticas deste novo vírus da gripe das aves fazem os especialistas recear que isso possa acon-tecer no futuro. Em parti-cular, o H7N9 apresenta mutações que sugerem que está mais bem adaptado aos mamíferos do que seria desejável.

Foi por isso que Huachen Zhu, da Universidade de Shantou, e colegas decidi-ram testar a transmissibili-dade de H7N9 entre furões, considerados como o melhor modelo animal para estudar as gripes humanas.

Os cientistas inocularam em seis furões, por via nasal, vírus colhidos numa das primeiras vítimas humanas

“Portão de emergência” num autocarro?

• uma inovação de todo o tamanho. mas deve estar bem escondido, que eu só vejo uma janela de vidro. “Bate ao lado”? antes de mais, temos de ter atenção às confianças. não sou amiga do governo. e fiquei também pouco esclarecida. não consigo analisar lados de estruturas destas. dada a imagem consigo depreender, no entanto, que falamos das extremidades superiores. em situações de emergência, já sabe, não perca tempo e limite-se a olhar para a figura!Porque macau sã assi mas também sã assado

Foto: rita marques ramos

H7N9 Vírus transmite-se entre furões por contacto e às vezes pelos espirros

Experiência desanimadoramortais do H7N9 e come-çaram por constatar que esses animais tinham efec-tivamente sido infectados mesmo antes de manifesta-rem sintomas da doença. Já agora, isto sugere que poderá de facto haver muitos mais casos de infecção humana (a partir das aves) do que os ofi-cialmente diagnosticados, hipótese que também tem preocupado as autoridades chinesas e internacionais de saúde.

Mais prEocupaçõEsAs experiências com resul-tados mais preocupantes vieram a seguir, quando os cientistas expuseram furões não infectados aos furões doentes. Por um lado, para avaliar a transmissibilida-de do vírus por contacto directo, introduziram um furão saudável em cada uma das três gaiolas onde pares dos seis furões infectados estavam alojados. Por outro lado, para monitorizar a transmissibilidade por via aérea do H7N9, colocaram mais três gaiolas, com um

furão não infectado dentro de cada uma, a uns dez centímetros de distância das primeiras.

Resultado: passados três dias, os três furões a convi-

ver em contacto directo com os casais de animais doentes começaram a espirrar, a tossir, a pingar do nariz e a ficar apáticos. Quanto aos outros três animais isolados

nas suas gaiolas individuais, apenas um manifestou sin-tomas de doença, enquanto os outros dois permanece-ram livres de vírus. “Por-tanto, os furões infectados

pelo [vírus] conseguem transmiti-lo através de contactos directos e por via aérea, embora esta segunda forma de transmissão seja menos eficiente”, escrevem os cientistas na Science.

Numa segunda série de experiências, quiseram ver se o mesmo tipo de trans-missibilidade se verificaria com porcos, na medida em que estes animais são o principal hospedeiro dos vírus da gripe humana com potencial pandémico. Mas quando expuseram porcos e furões não infectados a quatro porcos infectados por inoculação nasal, os porcos não conseguiram transmitir o H7N9 aos ani-mais saudáveis.

Porém, esta situação poderia vir a alterar-se. “Se este vírus vier a adquirir a capacidade de se transmitir eficientemente de humano para humano”, alertam os autores, “a sua extensa disseminação poderá ser inevitável, dado que as medidas de quarentena ficarão sempre aquém da velocidade de difusão do vírus”. Para impedir que o vírus evolua nesse sen-tido, concluem, pode ser indispensável repensar cabalmente a gestão dos mercados de aves vivas, em especial nas áreas urbanas.

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quarta-feira 29.5.2013cultura22 www.hojemacau.com.mo

Exposição Artes Visuaisno Edifício do Antigo TribunalA Exposição Anual de Artes Visuais de Macau 2013, organizada pelo Instituto Cultural e integrada no XXIV Festival de Artes de Macau, será oficialmente inaugurada no próximo dia 31 de Maio, pelas 18h30, no Edifício do Antigo Tribunal. Com um formato diferente das edições anteriores, este ano a “Exposição Anual de Artes Visuais de Macau” é dedicada à pintura e caligrafia chinesas, gravação de sinetes e tintas experimentais. O prazo de entrega das obras iniciou-se em Outubro do ano passado e no total foram recebidos mais de 280 trabalhos. Um júri de cinco elementos – composto por experientes pintores e calígrafos chineses, de várias regiões e áreas de especialidade – seleccionou finalmente 81 peças/conjuntos para integrarem esta exposição. Ao longo das suas numerosas edições, a “Exposição Anual de Artes Visuais de Macau” tem suscitado uma resposta entusiástica e recebido o apoio dos artistas, reunindo numa única mostra os criativos locais. A Exposição estará patente ao público até ao dia 11 de Agosto. – T.Q.

Arte Carruagens da CP transformadas em “galerias”A moda de pintar carruagens de comboios com graffiti de inspiração e qualidade variáveis já tem alguns anos, mas a CP – Comboios de Portugal decidiu elevá-la ao estatuto de arte pública. Até ao final do ano, dez carruagens das linhas de Braga, Porto, Aveiro e Cascais vão transformar-se em galerias de arte em movimento, decoradas com imagens em vinil. O convite foi feito a seis artistas plásticos, com destaque para Alexandre Farto, ou Vhils, celebrizado pela arte urbana em que escava paredes para revelar rostos. Da lista de artistas convidados constam ainda o brasileiro Jorge Fonseca e os portugueses Luís Alegre, Francisca Torres e Bruno Pereira. Para João Seno, técnico de aplicação de vinis da empresa de publicidade contratada para executar a visão dos artistas, a questão da efemeridade da arte é ainda mais bem-vinda. O projecto Janela vai ser visível em três interiores de carruagens CP das linhas de Braga, Porto e Aveiro e em quatro interiores e um exterior de comboios da linha de Lisboa. A CP estima que estas linhas transportem uma média diária de 260 mil passageiros. – T.Q.

Educação O portuguêsem debate na SorbonneEntre o português como língua de trabalho e como língua de cultura, o objectivo é fazer com o português deixe de ser visto em França “como uma língua de imigração”. Na Sorbonne há 200 alunos de português. Quarenta anos depois do grande fluxo migratório que chegou a fazer da capital francesa a segunda maior cidade portuguesa, é ainda preciso “quebrar de vez com a ideia do português como língua minoritária, de imigração”, diz Isabelle Oliveira, directora da Faculdade de Línguas, Civilizações e Sociedades da Sorbonne e presidente do comité organizador do Congresso Internacional de Língua e Culturas Lusófonas no Mundo, a decorrer esta semana, entre o Instituto do Mundo Anglófono da Sorbonne e a sede da Unesco, co-organizadora do evento. Na Sorbonne há 100 alunos portugueses, luso-descendentes ou falantes de português oriundos dos vários países da CPLP a estudar a língua. A estes, juntam-se outros 100 alunos de outros países. Isto faz com que o português seja a terceira língua mais procurada da universidade, depois do inglês e do espanhol. As primeiras sessões do congresso, contudo, dedicam-se a temas como o português enquanto língua de comunicação e Cultura, os novos desafios do ensino do português e as possibilidades de promoção do multilinguismo no palco internacional. Na cerimónia de encerramento, o poeta e ensaísta Nuno Júdice e o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas José Cesário apresentarão testemunhos sobre as suas vivências culturais na lusofonia. – T.Q.

Tiago [email protected]

EntrE as mais di-versas expressões artísticas presentes na Art Basel Hong

Kong, a instalação de Seung Yul Oh procurou o seu espaço sem se mostar complacen-te. Apresentada na secção Encounters, Periphery, a instalação de Seung Yul Oh, provocou com os seus gigan-tes insufláveis amarelos que convidavam os visitantes ao confronto físico.

O artista neo-zelandês, de origem coreana, trabalha quase sempre com o objec-tivo de redefinir espaços e problematizar conceitos provenientes do mundo das artes e da cultura. As suas peças, geralmente muito grandes, tendem a assumir processos de crítica social ao convidarem os espectadores a participarem, tornando--se elementos essenciais na forma como interagem com a obra ou com o conjunto de obras expostas. A obra de Oh remete, de um modo muito constante, para a deslocação física, para a partida e che-gada. Para a descoberta e o confronto com o novo. A sua experiência pessoal concorre no mesmo plano. Aos 15 anos, Seung Yul Oh mudou-se com a sua família, da Coreia para

Arte Seung Yul Oh na Art Basel Hong Kong

Periferia, limites e territóriosa nova-Zelândia. De súbito o jovem Oh teve de aprender a viver numa nova casa, a falar uma nova língua, E essa foi a maior viagem de todas. Uma viagem que ainda não termi-nou. Seung Yul Oh procurou no desenho uma forma de poder comunicar e de evitar sentir-se à margem. As mar-gens ou periferias que agora procura encontrar na sua obra artística.

Em Periphery, Oh pro-curou convidar as pessoas a entrarem num território desconhecido, árido de refe-rências. À volta da ideia de periferia, Oh distingue duas ordens: a de lugar, caracte-rizada por uma estabilidade de forma, e a de velocidade, caracterizada pelo desvane-cimento da forma. Desta ma-neira, podemos concluir que Periphery não procura tanto uma localização geográfica específica, mas sim, muito mais uma condição mental. Seung Yul Oh propõe-nos uma obra fundada nas ideias de periferias, limites e territórios. Em Periphery somos levados a entrar num espaço ancorado entre o homem e o território habitado, entre o mundo e as suas representações. A deslocação já não conduz a passar periferias porque são as periferias, elas próprias, que se deslocam. Se elas delimitavam um território,

conferindo-lhe uma identi-dade, hoje, elas tornaram-se interiores. Finalmente, Pe-riphery diz-nos que habitar significa deixar marcas. E esta afirmação pressupõe que, mais do que identificar as periferias ‘territoriais’, inte-ressa identificar as periferias ‘mentais’.

Seung Yul Oh quis que as pessoas encontrassem na sua obra uma formulação hí-brida, evocativa de espaços do nada, e de ninguém, onde existe tudo menos identida-de, onde reina a anarquia e a proliferação de estilos, formas e materiais variados. Porque as periferias são também feitas do confronto entre as figuras humanas e a paisagem vazia. O que realmente fascina Seung Yul Oh é a margem, onde a relação que se estabelece entre o homem e o espaço, é uma relação de estranheza e mistério. Síntese de todas as fracturas, de todas as divi-sões. Peryphery torna-se no lugar simbólico de todas as rupturas, precisamente, pela fractura que apresenta, mas que a criação artística tende a ultrapassar. Periphery faz do tempo um lugar não li-near, não cronológico.

Por outro lado, a interven-ção de Oh demonstra uma atracção pelos limites dos espaços construídos, por cir-

cular nesses mesmos espaços, e, descobrir se existe fronteira entre interior e exterior. Para o artista neo-zelandês, o espaço, circunscrito e recortado pela construção, pelos cheios e vazios, implica o percurso e o movimento, a paragem e a exploração, e, são todas estas relações que lhe solicitam a instalação, ou seja, os recursos que um projecto de instalação pode oferecer. As relações que Oh estabelece com Periphery, constroem-se principalmente a partir da forma como vê esse mesmo contacto com o limite físico.

Em Periphery, Seung Yul Oh diz-nos que a linha de de-marcação é absurda, e é essa ideia que sustenta o absurdo do passo que se suspende sobre o arbitrário dessa linha. Mas Seung Yul Oh diz-nos também que são os próprios homens, mesmo os mais miseráveis e desprotegidos, que continuam a traçar fronteiras, divisões e separações, redutos de sangue e de ódio, no interior das suas próprias e devastadas terras de exílio. Periphery lança-nos num impulso de utopia, mas sem nunca rasurar o que de mais contraditório e trágico existe no coração dos homens. As contradições da arte con-temporânea estão a criar novos terrenos de investigação sobre a futura posição do indivíduo no mundo.

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23culturaquarta-feira 29.5.2013 www.hojemacau.com.mo

O coreógrafo francês Mourad Merzouki tor-nou-se numa figura da cena hip-hop interna-

cional no início dos anos 90 quando fundou a companhia de dança Käfig. Em Boxe Boxe, Merzouki explora diferentes estilos tendo juntado diversas disciplinas como o circo, artes marciais, belas artes e música ao vivo fundindo-as numa produção única. O coreógrafo fala sobre as suas motivações para esta peça, que estreará no Centro Cultural de Macau (CCM) no dia 8 de Junho.

Tudo começou ainda muito jo-vem numa altura em que praticava acrobacia e artes marciais. “Eu tam-bém tinha uma paixão pelas artes performativas e um forte desejo de partilhar essas artes com o públi-co. A dança hip-hop permitiu-me juntá-las todas”, afirma. Embora não tenham um mensagem em particular a passar ao público, nas suas criações o coreógrafo sente a necessidade de chegar a todos, trabalhando intensamente para assegurar que ninguém é excluído. “Nos meus trabalhos, tento contar histórias de temas universais que tenham significado em qualquer país. Em Boxe Boxe quero mostrar uma perspectiva diferente sobre esta arte e para tal eu utilizo o “código” do boxe, a sua linguagem corporal e energia, levando-a a um nível diferente.

Mais do que a brutalidade e violência que observamos num combate real, aquilo que aqui captamos é uma explosão de pra-zer e música ao vivo tocada por um quarteto de cordas com inter-pretações de compositores como Mendelsson, Schubert ou Phillip Glass, fundidos com a crueza urba-na dos sons hip-hop. “O Quarteto Debussy apresentou-me várias e diversificadas peças clássicas, e eu escolhi os temas que mais me inspiraram e que “encaixassem” na coreografia” revela, adiantando que graças ao quarteto pode “criar uma peça mais rica em termos mu-sicais e coreográficos. O universo da música clássica não me era familiar, por isso trabalhar nessa área foi um desafio novo, trazer o quarteto para o palco para dessa forma criar algo diferente. O de-

O MAM, (Museu de Arte de Macau), apresenta

pela quarta vez obras de artistas contemporâneos de Macau sob a designação Macau-China na 55.ª na Bie-nal de Veneza. Este ano na 55.ª Exposição Internacional de Arte da Bienal de Vene-za, PATO-MEN, de Carlos Marreiros tem inauguração agendada para hoje às 17.30 em Veneza.

A Bienal de Veneza teve lugar pela primeira vez em

Dança Boxe Boxe pela Companhia Käfig

Explosão de prazersafio também foi muito importante para os bailarinos que não estavam habituados a dançar com este tipo de música”.

Esse aspecto foi precisamente o maior obstáculo para por a ideia do espectáculo em prática, visto tratar-se de um desafio particular-mente grande “levar os bailarinos a executar novos movimentos inspirados no boxe, por forma a serem convincentes. Também tive de trabalhar intensamente a ligação

Bienal de Veneza Carlos Marreiros inaugura hoje exposição

Caminhos da informação1895. O MAM participa no evento desde 2007. A exposição deste ano localiza-se num edifício de dois pisos com um pátio interior, junto ao Arsenal, o espaço principal da Bienal de Veneza.

A instalação do reco-

nhecido arquitecto nas-cido em Macau ilustra a exploração na forma como opera a informação, numa tentativa de despertar a atenção das pessoas sobre a coexistência da mora-lidade possivelmente en-volvida em circunstâncias

em que a informação pode ser deliberada, informa o comunicado de imprensa da organização.

Quatro artistas locais, Sequeira Pa Keong, Lai Sio Kit, Chan Ka Keong e Denis Murrell, selec-cionados pelo MAM para

participarem no Programa de Visitas, estarão também presentes no evento e partilharão as suas visões sobre o evento na página do Facebook do MAM. A mostra está patente até 24th de Novembro 2013. A entrada é gratuita.

entre a música clássica e o lugar dos músicos em palco: não os queria num fosso de orquestra!”.

O facto de ter nascido em França numa família de origem argelina, fez Merzouki crescer encarando com muito à-vontade as mesclas e as trocas culturais. “Tenho tendência a evitar barrei-ras e estou sempre interessado e sinto-me atraído pelo “outro”, para poder perceber melhor outras cul-turas e outras histórias”, declara,

como quem diz que as suas origens o tornaram mais capaz de aceitar a diferença. “Actualmente, estou sempre a imaginar criações com uma preponderância na abertura a outros estilos e ao mundo. Eu mantenho sempre esse estado de espírito nas minhas peças, e graças a isso posso sempre introduzir uma nova dimensão no hip-hop e na dança em geral”, diz o coreógrafo.

Neste espectáculo, os bailari-nos têm todos formação em hip-

-hop mas também estão bastante disponíveis para outros estilos, incluindo a dança contemporânea, e têm curiosidade em relação a abordagens de dança diferentes, algo que Merzouki considera muito importante. “Quando criámos esta peça pedi-lhes que seguissem alguns planos de treino de boxe para que sentissem e percebessem melhor esse universo”, revela.

Questionado sobre quais pode-rão ser as expectativas do público local em relação a este espectáculo, Mourad Merzouki faz notar que este é dirigido a todo o tipo de público, de miúdos a avós. “Espero que apreciem um grande momento de dança, e que este espectáculo lhes traga ins-piração, motivação e vontade de se abrirem ao resto do mundo”, conclui.

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quarta-feira 29.5.2013desporto24 www.hojemacau.com.mo

Conselho de ConsumidoresAviso de abertura do concurso de ingresso externo

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Sr. Secretário para a Economia e Financas, de 30 de Agosto de 2012, e, nos termos da Lei n.o 14/2009 “Regime das carreiras dos trabalhadores dos serviços públicos” e do Regulamento Administrativo n.o 23/2011 “Recrutamento, selecção e formação para efeitos de acesso dos trabalhadores dos serviços públicos”, se acha aberto o concurso comum, de ingresso externo, de prestação de provas, para o preenchimento de dois lugares de assistente técnico administrativo de 2.a classe, 1.o escalão, área de oficial administrativo, da carreira de assistente técnico administrativo, em regime de contrato além do quadro do Conselho de Consumidores, aberto por aviso publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.o 22, II Série, de 29 de Maio de 2013.

As condições e informações relativas à candidatura constam no respectivo aviso, ou, podem ser encontradas na página electrónica do Conselho de Consumidores (http://www.consumer.gov.mo) ou na página electrónica da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (http://www.safp.gov.mo).

20 de Maio de 2013

O Presidente da Comissão ExecutivaWong Hon Neng

Chamados por Capello para o Portugal-Rússia, 10

jogadores internacionais partici-param numa noitada, em mosco-vo. o portal Lifenews.ru revela que alguns convocados beberam e fumaram cachimbos de água, dias antes da concentração para o jogo em Lisboa, de apuramento para o mundial’2014, no Estádio da Luz, a 7 de Junho.

dez jogadores da selecção da Rússia convocados pelo técnico Fabio Capello para o Portugal-Rússia estão envolvi-

dos numa polémica. de acordo com o Lifenews.ru, os jogado-res internacionais juntaram-se numa noitada, para beber e fumar, a poucos dias da partida com a selecção.

os jogadores – Chinin, Rykov e Granat (dínamo de moscovo), Glushakov e Grigo-riev (Lokomotiv de moscovo), smolov, Zhirkov e Chatov (an-zhi), Kombarov e Bilyaletdinov (spartak de moscovo) – foram apanhados numa festa num res-taurante, a beber vodka, uísque

e cachimbo de água, na capital moscovo.

a noitada terá terminado já depois das 3h, sendo que os inter-nacionais deixaram o restaurante alegadamente alcoolizados.

a partida que se disputa na próxima semana, de apuramen-to para o mundial’2014, é mais decisiva para Portugal do que para a Rússia. No entanto, a convocatória para o encontro marcado para o Estádio da Luz já é conhecida e a concentração está marcada para esta semana.

a poucos dias de deixar de conviver diariamente com José mourinho,

Florentino Pérez voltou a elogiar o treinador que está de saída do Real madrid e que colocou a equipa no lugar que merece, considerou o dirigente. “mourinho colocou-nos no lugar que corresponde ao nosso nível. Quando eu cheguei nem éramos cabeças-de--série na Liga dos Campeões, isso não é normal. o normal é sermos cabeças--de-série e chegarmos, no mínimo, às meias-finais”, afirmou o presidente do clube em entrevista à Cadena ser.

Futebol Florentino Pérezfala da qualidade de Mourinho

Colocou Real madrid “no nível que merece”

Futebol Dez jogadoresda Selecção russa apanhados na noite

alegadamente alcoolizados

a saída do português deveu-se ao “desgaste”, assegurou Florentino, que nunca viu qualquer protesto por parte dos jogadores: “os jogadores disseram-me que mourinho foi o me-lhor treinador que alguma vez tiveram. Não me parece que tenha havido um motim contra ele. desde 2010 que este plantel é o mais unido que já vi”.

o dirigente esclareceu que não houve pagamento de indemnização a José mourinho, já que houve acordo mútuo na quebra do contrato. sobre o treinador adjunto aitor Karanka: “Não sei se vai embora”.

o presidente do Real madrid quer ver Zinédine Zidane como “líder do projecto desportivo” e elogiou Iker Casillas, “o melhor guarda-redes do mundo”.

Florentino Pérez não esqueceu Vicente del Bosque, antigo treinador do Real madrid e actual seleccionador de Espanha: “Quando del Bosque terminar a sua etapa de seleccionador, esta é a sua casa”, garantiu.

Page 25: Hoje  Macau 29 MAI 2013  #2860

25quarta-feira 29.5.2013 www.hojemacau.com.mo futilidades

Sudoku [ ] Cruzadas

[ ] Cinema Cineteatro | PUB

Aqui há gato

[Tele]visão

Pu Yi

SoluçõeS do problema

HORIZONTAIS: 1–BURLA. CABO. 2-OU. CALO. 3–GAZUA. OIRA. 4-VOZ. VIL. SOL. 5-IA. MURAL. RA. 6–MAL. CEU. 7-EM. SARAU. RI. 8-ROL. REI. FIA. 9-ERIL. COCAR. 10-MIMO. AI. 11-POSE. FLAVO.VERTICAIS: 1-BI. 2-GOA. MOR. 3-ROAZ. LIMO. 4-LUZ. MAS. LIS. 5-UVULAR. ME. 6-CAIR. RECO. 7-CA. LACAIO. 8-ALO. LEU. CAL. 9-BOIS. FAIA. 10-ROR. RIR. 11-FALACIA. MO.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUçãO dO PROBLEMAdO dIA ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1 – Fraude; extremidade. 2 – designa alternativa (conj.); dureza (fig.). 3 – Ferro curvo para abrir fechaduras; tontura. 4 – A faculdade de emitir esses sons, de falar ou de cantar; mesquinho; astro considerado como centro de um sistema planetário. 5 – Caminhava; parietal; deus egípcio. 6 – doença; espaço ilimitado em que se movem os astros. 7 – Prep. que indica lugar, tempo, medo, causa, fim e outras relações; concerto musical de noite; sorri. 8 – Relação; monarca; vende a crédito. 9 – Que é de bronze; penacho que se usa na cabeça, no chapéu, no elmo, etc. 10 – Coisa delicada que se oferece; grito aflitivo. 11 – Posição estudada; da cor do ouro, do trigo maduro.

VERTICAIS: 1 – Bismuto (s.q.); mantimentos. 2 – Estado da Índia, cuja capital é Pangim; maior. 3 – devorador; planta da família das algas. 4 – Fulgor; certamente; o m.q. lírio. 5 – Relativo à úvula; a mim. 6 – Tombar; porco (prov.). 7 – Aqui; criado que acompanha o amo usando ou não libré. 8 – Para barlavento; vadiagem; nome vulgar do óxido de cálcio. 9 – Ruminante bovídeo empregado em serviços de lavoura, na alimentação do homem, etc. (pl.); planta fagácea. 10 – Grande quantidade; sorrir. 11 – Falatório; molibdénio (s.q.).

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INFORMAçãO TdM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:35 UHF Canal Maldito – 35 Anos15:30 Portugal Negócios16:00 Bom dia Portugal17:00 AntiCrise 17:25 Portugal Aqui Tão Perto18:20 O Teu Olhar (Telenovela)19:05 Regresso Sem Fim Com Eduardo Lourenço20:00 Jornal da Tarde 21:15 O Preço Certo22:10 Construtores de Impérios22:35 Tec@net22:50 Portugal no Coração

30 - FOX Sports 12:30 Russian Premier Liga 2012/13 Spartak Moscow vs. Alania Vladikavkaz14:30 Crowne Plaza Invitational At Colonial15:30 MLB Regular Season 2013 New York Yankees vs. New York Mets18:30 (delay) Baseball Tonight International 201319:30 (LIVE) FOX SPORTS Central20:00 (LIVE) Asean Basketball League 2013 Westports Malaysia dragons vs. Indonesia Warriors22:00 FOX SPORTS Central22:30 Chang World Of Football 2012/1323:00 Spirit Of The U.S. Open - Men Of Iron23:30 Crowne Plaza Invitational At Colonial

31 - STAR Sports13:00 diplomats Cup 2013 Highlights13:30 Turkish Airlines Ladies Open Highlights14:30 Jet Ski World Cup 201215:30 Freedom Riders Asia16:00 Golf Focus 201316:30 Max Power 201317:30 Russian Premier Liga 2012/1319:30 Golf Focus 201320:00 500 Great Goals20:30 HSBC Sevens World Series 2012/13-Highlights21:00 Smash 201321:30 (LIVE) Score Tonight 201322:00 Mobil 1 The Grid 201322:30 Smash 201323:00 Malaysian Invasion Mixed Martial Arts Fighting Championship

40 - FOX Movies12:35 The darkest Hour14:05 Fire With Fire15:45 The International17:45 Hide And Seek19:30 Armored21:00 Trespass22:30 Quarantine00:00 Lockout

41 - HBO12:00 Three Kings14:00 Bridesmaids16:00 About Schmidt18:10 Big Night20:00 Constantine22:00 Battleship00:15 The Last Exorcism

42 - Cinemax12:00 All About The Benjamins13:45 dracula dead And Loving It15:25 Hollywood On Set 49316:00 downhill Racer17:45 A Few Good Men20:00 Navy Seals22:00 Lost Boys23:25 Sheena

Pedidode AjudA

A HistóriA dA invenção nA CozinHA • Bee Wilson

Há engenho inventivo oculto nas nossas cozinhas que influencia a maneira como cozinhamos e comemos. Este não é um livro sobre a tecnologia da agricultura, nem acerca da tecnologia da cozinha de restaurante. Fala-nos do sustento quotidiano dos lares e dos benefícios (e riscos) que os diferentes utensílios trouxeram ao acto de cozinhar.

insurgente • Veronica Roth

A muito esperada continuação da saga “divergente” volta a impressionar os fãs, com um enredo pleno de reviravoltas, romance e desilusões amorosas, e uma maravilhosa reflexão sobre a natureza humana.

Sou gato, nada percebo de direito e, por isso, venho por este meio apelar à ajuda da comunidade jurídica – ou de quem disso entenda. Esta semana, foi noticiado nos jornais que Florinda Chan, a secretária para a Administração e justiça, estaria implicada num processo que deu entrada no Tribunal de Última Instância. Isto foi dito pelo deputado josé Pereira Coutinho, que o Ministério Público veio desmentir mais tarde: o organismo confirma realmente que um processo relacionado com as campas (o caso sobre a atribuição de dez sepulturas perpétuas no Cemitério São Miguel Arcanjo), mas assegura que Florinda Chan não está acusada de nada. Ok. É aqui que preciso de ajuda. Pelo que sei, o TUI apenas julga dirigentes de altos cargos. Se a secretária para a Administração e justiça não está acusada, porque deu entrada o processo neste tribunal? É possível que directores ou ex-presidentes de determinadas instituições do Governo sejam também julgados no TUI? É que se não puderem, então qual o propósito deste processo entrar no Tui, sem que haja um alto dirigente envolvido? Na minha cabecinha de gato, percebo que se Florinda Chan apenas fosse chamada para testemunhar, então teria de se deslocar ao Tribunal judicial de Base ou ao de Segunda instância, correcto? Se realmente não está acusada, porque deu entrada o processo no Tui? Todos estes esclarecimentos foram pedidos ao Governo, acredito que não só pelos jornalistas do Hoje Macau, mas por muitos mais. De qualquer forma, e como a maioria das vezes acontece, o executivo e respectivos responsáveis nunca conseguem responder ou explicar nada. Claro que percebo que este é um assunto demasiado delicado e que ninguém da Administração o quer ver nos jornais. Mas, alguém me ajuda na minha lógica? G(r)ato.

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quarta-feira 29.5.2013publicidade26 www.hojemacau.com.mo

(Publicações ao abrigo do Artigo 75.º do RJSF)

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27publicidadequarta-feira 29.5.2013 www.hojemacau.com.mo

(Publicações ao abrigo do Artigo 75.º do RJSF)

Parecer do Fiscal Único

Nos termos do disposto na alínea e) do artigo 25.º dos Estatutos e para os efeitos previstos na mesma disposição legal, o Conselho de Administração do Banco Industrial e Comercial da China (Macau), S.A., entregou a esta sociedade de auditores o relatório de actividades e contas auditado e referente ao exercício de 2012, para efeito de parecer.

Depois de examinados os documentos entregues a esta sociedade, para efeitos de emissão do parecer, concluímos que os referidos documentos reflectem, de forma clara, não só a situação patrimonial, mas também a situação financeira e económica do Banco.

O relatório do Conselho de Administração reflecte, de forma precisa, as actividades promovidas e desenvolvidas pelo Banco no ano de exercício ora em apreço.

Tendo em atenção o relatório apresentado pelo auditor externo, esta sociedade concorda com o exposto no referido relatório, sendo que os documentos que serviram de base à elaboração das contas reflectem, de uma forma correcta e real, a situação financeira demonstrada no balanço com data de 31 de Dezembro de 2012, bem como o resultado financeiro do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012.

Recapitulando o acima exposto, decidimos aprovar o referido relatório de actividades e contas do Conselho de Administração.

Macau, aos 26 de Março de 2013.

CSC & Associados – Sociedade de Auditores (Representada por Chui Sai Cheong)Fiscal Único

Relatório de Auditor Independente sobre Demonstrações FinanceirasConsolidadas Resumidas

Para os accionistas da Banco Industrial E Comercial Da China (Macau), S.A.(sociedade por acções de responsabilidade limitada, registada em Macau)

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras consolidadas da Banco Industrial E Comercial Da China (Macau), S.A. relativas ao ano de 2012, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 27 de Março de 2013, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras consolidadas das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras consolidadas a que se acima se alude compreendem o balanço consolidado, à data de 31 de Dezembro de 2012, a demonstração dos resultados consolidados, a demonstração consolidada do rendimento integral, a demonstração de alterações no capital próprio consolidado e a demonstração dos fluxos de caixa consolidados relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras consolidadas resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras consolidadas anuais auditadas a que acima se faz referência. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras consolidadas auditadas.

Para a melhor compreensão da posição financeira da Banco Industrial E Comercial Da China (Macau), S.A. e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras consolidadas resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras consolidadas das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Bao, King ToAuditor de ContasErnst & Young - AuditoresMacau, aos 27 de Março de 2013

Síntese do relatório de actividades

No ano de 2012, devido a uma conjuntura externa complicada, o ICBC (Macau) insistiu pelo cumprimento das directivas estabelecidas pela sociedade-mãe para as suas participadas no exterior, relativas a uma estratégia de desenvolvimento, promovendo a localização da sua gestão e melhorando em permanência as suas competências de concorrência no mercado, reforma e inovação e desenvolvimento sustentável. Paralelamente, procurou-se o desenvolvimento célere e coordenado do activo, passivo e actividades de intermediação, aprofundando uma gestão global do risco, a manutenção e o desenvolvimento da liderança nas principais áreas de actividade, criando um banco de excelência local para a população da RAEM.

Até ao final do ano de 2012, o activo total líquido do Grupo ascendia a MOP 116.700.000.000,00 (cento e dezasseis mil e setecentos milhões de Patacas), o que representou um acréscimo de MOP 27.600.000.000,00 (vinte e sete mil e seiscentos milhões de Patacas) em comparação com o ano transacto, correspondente a uma taxa de crescimento de 31,05%. O passivo total ascendia a MOP 108.100.000.000,00 (cento e oito mil e cem milhões de Patacas), o que representou um acréscimo de MOP 26.500.000.000,00 (vinte e seis mil e quinhentos milhões de Patacas) comparativamente com o ano transacto e corresponde a um aumento de 32,48%. O saldo dos depósitos (incluindo entidades públicas) avaliou-se em MOP 99.300.000.000,00 (noventa e nove mil e trezentos milhões de Patacas), o que representou um acréscimo de MOP 28.100.000.000,00 (vinte e oito mil e cem milhões de Patacas) em comparação com o ano anterior, correspondente a um aumento de 39,44%. O saldo dos diversos créditos concedidos ascendia a MOP 68.900.000.000,00 (sessenta e oito mil e novecentos milhões de Patacas), representando um acréscimo de MOP 10.400.000.000,00 (dez mil e quatrocentos milhões de Patacas) em comparação com o ano transacto, equivalente a uma taxa de crescimento de 17,83%. O saldo do rácio de créditos de cobrança duvidosa manteve-se num nível reduzido e as provisões mantiveram-se suficientes, o que reforçou a capacidade para enfrentar qualquer risco.

De acordo com as “Normas Internacionais de Relato Financeiro”, o Grupo conseguiu em 2012 um lucro, após dedução de impostos, avaliado em MOP 1.106.000.000,00 (mil cento e seis milhões de Patacas), com uma taxa média ponderada de retribuição do capital e taxa média de retribuição do activo total de, respectivamente, 13,77% e 1,06%. As demonstrações financeiras do Grupo, já auditadas e relativas ano findo em 2012, foram elaboradas de acordo com as “Normas Internacionais de Relato Financeiro”. Se atendermos ao reforço de provisões previsto no “Regime Jurídico do Sistema Financeiro”, o lucro passará a ser de MOP 1.010.000.000,00 (mil e dez milhões de Patacas), depois de feito o necessário ajustamento.

O bom comportamento negocial e os resultados positivos de exploração continuamente alcançados pelo Grupo granjearam uma boa apreciação por parte da comunicação social especializada em assuntos económicos e financeiros com prestígio mundial, tendo as publicações “Global Finance” (EUA) e “The Banker” (Reino Unido) atribuído em 2012, ao ICBC (Macau), pelo quarto ano consecutivo, o prémio de melhor banco em Macau.

O ICBC (Macau) pretende enraizar-se mais profundamente em Macau. Em conformidade com o planeamento global do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, o ICBC (Macau) reforçará os seus serviços no âmbito de construção de infra-estruturas, de projectos fulcrais para a Região, bem como no que diz respeito aos serviços sociais a serem prestados aos residentes locais, a fim de promover o desenvolvimento da diversificação adequada da economia de Macau, apoiando e contribuindo para o desenvolvimento económico e prosperidade social da Região Administrativa Especial de Macau.

Macau, aos 27 de Março de 2013.Zhu XiaopingPresidente do Conselho de Administração

Lista das instituições em que o Banco detém participações superiores a 5% do respectivo capital e indicação do valor percentual

Sociedade Financeira ICBC (Macau) Capital, S.A. 100%Sociedade Gestora de Fundos de Pensões 100%ICBC (Macau), S.A.

Seng Heng Development Company Limited 100%(Incorporado em Hong Kong)

Authosis, Inc. 11% (Incorporado em Cayman Islands)

Companhia de Seguros Luen Fung Hang, S.A.R.L. 6%

Lista dos accionistas qualificados

Industrial and Commercial Bank of China Limited

Sr. Huen Wing Ming, Patrick

Órgãos Sociais

Conselho de Administração

Sr. Zhu Xiaoping Presidente, Administrador-Delegado e Administrador Executivo

Sr. Shen Xiaoqi Vice-Presidente, Director-Geral e Administrador Executivo

Sr. Huen Wing Ming, Patrick Vice-Presidente e Administrador Executivo

Sr. Wu Hongbo Administrador

Sr. Zhu Wenxin Administrador

Sra. Nie Changwen Administradora

Sr. Tong Chi Kin Administrador

Mesa da Assembleia

Sr. Zhu Xiaoping Presidente

Sr. Zheng Kai Secretário

Fiscal Único

CSC & Associados – Sociedade de Auditores(Representada por Sr. Chui Sai Cheong)

Secretário de Sociedade

Sr. Zheng Kai

Síntese do Relatório de Actividades

No ano de dois mil e doze, a Sociedade Gestora de Fundos de Pensões ICBC (Macau), S.A., manteve a tendência para um de-senvolvimento sustentável, tendo atingido lucros avaliados em MOP 6.680.000,00 (seis milhões e seiscentas e oitenta mil Pa-tacas), após a dedução de impostos. Até ao final do ano de 2012, o activo total desta Sociedade ascendia a MOP78.270.000,00 (setenta e oito milhões e duzentas e setenta mil Patacas), o que representa um crescimento de 22,78%.

O valor de mercado dos activos sob gestão desta Sociedade foi calculado em mais de MOP 920.000.000,00 (novecentos e vinte milhões de Patacas), o que traduziu um aumento na ordem de 20,71% em relação ao ano transacto.

Desde o seu estabelecimento, e norteando-se pela estratégia global de desenvolvimento implementada pelo Banco Indus-trial e Comercial da China (Macau), S.A., e retirando vantagens da marca, rede, recursos técnicos e financeiros do “Industrial and Commercial Bank of China Limited”, a Sociedade empe-nhou-se em ascender a líder de mercado e da actividade gestora de fundos de pensões, sendo a mais procurada por clientes de Macau, a quem presta serviços de gestão de fundos de pensões cada vez mais seguros e de acesso fácil e rápido.

Macau, aos 27 de Março de 2013.Shen XiaoqiPresidente do Conselho de Administração

Relatório de Auditor Independente sobre Demonstrações Financeiras Resumidas

Para os accionistas da Sociedade Gestora de Fundos de Pensões ICBC (Macau), S.A.(sociedade por acções de responsabilidade limitada, registada em Macau)

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras da Sociedade Gestora de Fundos de Pen-sões ICBC (Macau), S.A. relativas ao ano de 2012, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 27 de Março de 2013, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2012, a demonstração de rendimento integral, a demonstração de alterações no capital próprio e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financeiras anuais auditadas a que acima se faz referência. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas.

Para a melhor compreensão da posição financeira da Sociedade Gestora de Fundos de Pensões ICBC (Macau), S.A. e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Bao, King ToAuditor de ContasErnst & Young - AuditoresMacau, aos 27 de Março de 2013

(Publicações ao abrigo do nº 1 do artigo 86.º do Decreto-Lei n.º 27/97/M, de 30 de Junho)

Parecer do Fiscal Único

Nos termos do disposto na alínea e) do artigo 24.º dos Estatutos e para os efeitos previstos na mesma disposição legal, o Conselho de Administração da Sociedade Gestora de Fundos de Pensões ICBC (Macau), S.A. entregou a esta sociedade de auditores o relatório de actividades e contas auditado e referente ao exercício de 2012, para efeito de parecer.

Depois de examinados os documentos entregues a esta sociedade, para efeito de emissão de parecer, concluímos que os referidos documentos reflectem, de forma clara, não só a situação patrimonial, mas também a situação financeira e económica da referida Sociedade.

O relatório do Conselho de Administração reflecte, de forma precisa, as actividades promovidas e desenvolvidas pela Sociedade no ano de exercício ora em apreço.

Tendo em atenção o relatório apresentado pelo auditor externo, esta sociedade concorda com o exposto no referido relatório, sendo que os documentos que serviram de base à elaboração das contas reflectem, de forma correcta e real, a situação financeira demonstrada no balanço com data de 31 de Dezembro de 2012, bem como o resultado financeiro do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012.

Recapitulado o acima exposto, decidimos aprovar o referido relatório de actividades e contas do Conselho de Administração.

Macau, aos 26 de Março de 2013.CSC & Associados – Sociedade de Auditores (representada por Chui Sai Cheong)Fiscal Único

Lista das instituições em que a Sociedade detém participações superiores a 5% do respectivo capitalN/A

Lista dos accionistas qualificadosBanco Industrial e Comercial da China (Macau), S.A.

Órgãos Sociais Conselho de Administração

Sr. Shen Xiaoqi Presidente

Sr. Huen Wing Ming, Patrick Administrador

Sr. Cheng Wing Fai Administrador

Sr. Yung Chun Fai, Dickie Administrador

Mesa da Assembleia

Sr. Zhu Xiaoping Presidente

Sr. Zheng Kai Secretário

Fiscal Único

CSC & Associados – Sociedade de Auditores(Representada por Sr. Chui Sai Cheong)

Secretário de Sociedade

Sr. Zheng Kai Secretário

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28 publicidade quarta-feira 29.5.2013www.hojemacau.com.mo

(Publicações ao abrigo do Artigo 75.º do RJSF)

Parecer do Fiscal Único

Nos termos do disposto na alínea e) do artigo 23.º dos Estatutos e para os efeitos previstos na mesma disposição legal, o Conselho de Administração da Sociedade Financeira ICBC (Macau) Capital, S.A. entregou a esta sociedade de auditores o relatório de actividades e contas auditado e referente ao exercício de 2012, para efeito de parecer.

Depois de examinados os documentos entregues a esta sociedade, para efeitos de emissão do parecer, concluímos que os referidos documentos reflectem, de forma clara, não só a situação patrimonial, mas também a situação financeira e económica da referida Sociedade.

O relatório do Conselho de Administração reflecte, de forma precisa, as actividades promovidas e desenvolvidas pela Sociedade no ano de exercício ora em apreço.

Tendo em atenção o relatório apresentado pelo auditor externo, esta sociedade concorda com o exposto no referido relatório, sendo que os documentos que serviram de base à elaboração das contas reflectem, de forma correcta e real, a situação financeira demonstrada no balanço com data de 31 de Dezembro de 2012, bem como o resultado financeiro do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012.

Recapitulando o acima exposto, decidimos aprovar o referido relatório de actividades e contas do Conselho de Administração.

Macau, aos 26 de Março de 2013.CSC & Associados – Sociedade de Auditores (Representada por Chui Sai Cheong)Fiscal Único

Lista das instituições em que a Sociedade detém participações superiores a 5% do respectivo capital

N/A

Lista dos accionistas qualificados

Banco Industrial e Comercial da China (Macau), S.A.

Órgãos Sociais

Conselho de Administração

Sr. Shen Xiaoqi Presidente

Sr. Huen Wing Ming, Patrick Administrador

Sr. Yung Chun Fai, Dickie Administrador

Mesa da Assembleia

Sr. Zhu Xiaoping Presidente

Sr. Huen Chung Yuen, Ian Vice-Presidente

Sr. Zheng Kai Secretário

Fiscal Único

CSC & Associados – Sociedade de Auditores(Representada por Sr. Chui Sai Cheong)

Secretário de Sociedade

Sr. Zheng Kai Secretário

Síntese do Relatório de Actividades

No ano de dois mil e doze, a Sociedade Fi-nanceira ICBC (Macau) Capital, S.A., man-teve a tendência para um desenvolvimento sustentável, tendo atingido lucros avaliados em MOP4.740.000,00 (quatro milhões setecentas e quarenta mil Patacas), após a dedução de impostos. Até ao final do ano de 2012, o activo total da Sociedade ascendia a MOP 94.030.000,00 (noventa e quatro mi-lhões e trinta mil Patacas), o que representa um crescimento de 5,51%.

Desde o seu estabelecimento, e norteando--se pela estratégia global de desenvol-vimento implementada pelo Banco In-dustrial e Comercial da China (Macau), S.A., e retirando vantagens da marca, rede, recursos técnicos e financeiros do “In-dustrial and Commercial Bank of China Limited”, a sociedade empenhou-se no crescimento financeiro sustentável dos seus activos, fortalecendo continuamente o controlo do risco e assegurando aos seus clientes uma retribuição mais estável e for-te dos seus investimentos.

Macau, aos 27 de Março de 2013.Shen XiaoqiPresidente do Conselho de Administração

MOP

Relatório de Auditor Independente sobre Demonstrações Financeiras

Resumidas Para os accionistas da Sociedade Financeira ICBC (Macau) Capital, S.A.(sociedade por acções de responsabilidade limitada, registada em Macau)

Procedemos à auditoria das demonstra-ções financeiras da Sociedade Financeira ICBC (Macau) Capital, S.A. relativas ao ano de 2012, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Ma-cau. No nosso relatório, datado de 27 de Março de 2013, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demons-trações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balan-ço, à data de 31 de Dezembro de 2012, a demonstração de rendimento integral, a demonstração de alterações no capital pró-prio e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um re-sumo das políticas contabilísticas relevan-tes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das de-monstrações financeiras anuais auditadas a que acima se faz referência. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas.

Para a melhor compreensão da posição financeira da Sociedade Financeira ICBC (Macau) Capital, S.A. e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as de-monstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demons-trações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Bao, King ToAuditor de ContasErnst & Young - AuditoresMacau, aos 27 de Março de 2013

MOP

MOP

MOP

MOP

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29quarta-feira 29.5.2013 www.hojemacau.com.mo opinião

cartoon por Steff

chá muito verde义來 Fernando Eloy

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30 opinião quarta-feira 29.5.2013www.hojemacau.com.mo

José António sArAivAin Sol

á quem pense que as actuais po-líticas de austeridade em vigor na Europa, aliadas à crise económica e financeira nos Estados Unidos, conduzirão provavelmente a uma Terceira Guerra Mundial.

Teme-se que os problemas colocados pela austeridade – recessão, queda do ren-dimento das famílias, existência de legiões de desempregados – agravem exponencial-mente os conflitos sociais, lançando vários países no caos.

E o certo é que na Grécia, em Itália, em Chipre, em França, em Portugal têm-se vindo a generalizar as greves, as manifes-tações, os confrontos, as escaramuças entre manifestantes e a Polícia.

Este estado de revolta ainda inorgânica poderá descambar – diz-se – numa rebelião generalizada na Europa e na consequente eclosão de uma guerra capaz de ultrapassar as suas fronteiras.

Não acredito nesta hipótese. E não acre-dito por um motivo que tenho visto muito pouco tratado pelos analistas e comentado-res: com a globalização, deu-se uma altera-ção qualitativa nas relações entre os países.

Até à Segunda Guerra Mundial, o ob-jectivo dos países com intenções imperiais era a conquista de terreno, de espaço vital.

Hitler invadiu a Polónia em Setembro de 1939 e daí partiu para a tentativa de conquista da Europa e do Norte de áfrica, do deserto do Sahara até aos confins da Rússia.

Nessa altura, os soldados lutavam palmo a palmo por um pedaço de terra.

Cada pequeno avanço no terreno era saudado como uma grande vitória.

As grandes guerras hoje são outras: são guerras pela conquista de mercados, e estas ganham-se com negócios e não na ponta das espingardas. Ganham-se em operações que não provocam mortos nem feridos – mas às quais, ironicamente, é muito mais difícil resistir

A Terceira Guerra Mundial

Hoje, porém, já não se luta por terreno – a guerra é outra.

Ninguém já quer conquistar territorial-mente um país ou uma região – porque a questão é dominá-los economicamente.

Noutros tempos, a Espanha invadiu mi-litarmente Portugal e foi rechaçada; depois tentou dominar diplomaticamente Portugal mas não conseguiu; porém, depois de 1986, quando começou a ocupar economicamente Portugal, não encontrou oposição.

Fê-lo sem sangue, nem lágrimas, nem qualquer atitude hostil.

Comprou empresas, adquiriu e instalou bancos, colocou cá os seus gestores, desviou os centros de decisão de Lisboa para Madrid.

Isto passa-se em todo o mundo onde a lógica capitalista se impôs.

Quando a China (que aderiu ao capitalis-mo, embora sob o controlo do Estado) quer aumentar as suas posições na Europa, em áfrica ou na América não manda os seus exércitos -- compra a EDP em Portugal, faz investimentos nos EUA, oferece-se para construir um estádio em Maputo ou um hospital na Nigéria.

E a China ainda é um caso especial, pois o comando económico pertence ao Estado.

Mas no mundo democrático, a guerra deixou definitivamente de ser entre países para ser entre empresas.

Já não se luta por ‘território’ mas por ‘quotas de mercado’.

A ‘guerra nas trincheiras’ foi substituída pela ‘guerra nas bolsas’.

A globalização impulsionou decisiva-mente este fenómeno.

Porque a luta entre empresas é global, não tem limites físicos – já que as empre-sas e os grupos em conflito têm fábricas e escritórios disseminados por vários países e por vários continentes.

Está em curso uma Terceira Guerra Mun-dial, que vai alterar os equilíbrios no planeta, levando os centros de decisão para outras paragens – designadamente para a ásia – mas trata-se de uma guerra de tipo novo.

É uma guerra que já não envolve soldados, nem carros de combate, nem mesmo mísseis.

O tempo dessas guerras passou – apenas as veremos daqui para a frente no cinema ou então em zonas subdesenvolvidas do Globo.

As grandes guerras hoje são outras: são guerras pela conquista de mercados, e estas ganham-se com negócios e não na ponta das espingardas.

Ganham-se em operações que não pro-vocam mortos nem feridos – mas às quais, ironicamente, é muito mais difícil resistir.

P.S. – A co-adopção, aprovada na passada sexta-feira na AR, suscita uma pergunta: por que razão uma alínea constitucional, às vezes muito datada, precisa de uma maioria de 2/3 para ser alterada, e questões civilizacionais, com séculos de tradição, podem ser modificadas através de uma maioria simples? Refiro-me à co-adopção, ao casamento gay ou à projectada eutanásia.

H

Page 31: Hoje  Macau 29 MAI 2013  #2860

31opiniãoquarta-feira 29.5.2013 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

a pal içadaCorreia Marques

Ouça um bom conselhoQue eu lhe dou de graçaInútil dormir que a dor não passaEspere sentadoOu você se cansaEstá provado, quem espera nunca alcança

Chique Buarque, letra da canção “Bom Conselho”

onforme os jornais de segunda--feira noticiaram, de acordo com os dados libertados pelos Serviços de estatística relativos ao ano de 2012, o «ambiente [está] cada vez mais doente», os «dias mais

cinzentos» ou o «ambiente piorou no ano passado». De chuvas ácidas foram 73 dias (qual a percentagem do total de dias chu-vosos?); em zonas como a rua do Campo apenas em menos de metade do ano o ar foi de boa qualidade e as partículas finas inaláveis excederam os valores máximos aconselháveis em 32 dias. Isto para não repetir outros dados alarmantes sobre a degradação ambiental nesta região Admi-nistrativa especial.

Há momentos na vida (seja das pessoas, seja das instituições) em que, como diz a letra da canção, é necessário agir «duas vezes antes de pensar», porque «devagar é que não se vai ao longe». e macau vive (nesta matéria e em outras questões decisivas para o nosso futuro coletivo) um desses momen-tos. Importa agir sem demora, que estudos científicos sobre as questões ambientais esses abundam.

É importante e positivo que os deputa-dos tenham, no passado dia 23, aprovado a realização de um debate sobre a proteção do «pulmão verde da cidade», ou seja de Coloane. mas esse debate só será relevante se for sério. Isto é, se não se pretender com ele apenas adiar a questão - varrendo o lixo para debaixo do tapete - ou legitimar agressões (ainda que limitadas) pretensa-mente legitimadas pelo sofisma: «o terreno é meu, se o Governo construiu eu também tenho direito a construir». Pois que, se de grão a grão enche a galinha o papo, tam-bém, de clareira em clareira, de prédio em prédio, se destruirá deliberadamente e aos poucos – uma grande caminhada começa por um pequeno passo! - o verde da ilha. Isto com consequências dramáticas para os filhos e para os netos daqueles que sejam forçados a ficarem por cá. Os outros, aque-les que enriquecerem com a construção e o imobiliário, esses rumarão à Austrália, aos States ou ao Canadá onde já terão o futuro assegurado.

Urge pois agir depressa em defesa não só do pulmão verde da cidade como também

De acordo com a vontade do autor, este texto respeita o novo acordo ortográfico

Gosto de Macau, mas também gostava de viver mais uns anitos. Mas, para tanto, necessito de continuar a poder respirar. Se não poder fazê-lo aqui, terei de partir

Verde é esperançaatuando na diminuição de gases poluentes, designadamente pelas emissões dos veículos automóveis.

e existem soluções fáceis de implemen-tar se houver coragem e vontade política de afrontar interesses corporativos de uns poucos ligados ao comércio automóvel e ao imobiliário, em prol da salvaguarda de um mínimo de qualidade de vida em macau.

Recentemente passei um fim de semana alargado em Zhenzen. e sabem o que vi? Uma numerosa frota de táxis elétricos (e-Táxi). Será difícil em macau, no concurso para próximas licenças de táxis, restringir a atribuição das mesmas apenas a veículos elétricos? não, claro que não. eles estão à venda e a circular do lado de lá das Portas do Cerco. Basta querer e não ceder a interesses particulares.

Será difícil impor um limite ao número dos autocarros casineiros, designadamente logo que o metro ligeiro entre em funciona-mento? ou, no mínimo, exigir que os novos veículos sejam movidos a gás?

Será impossível utilizar o túnel da Ponte Sai Van para a passagem de bicicletas entre macau e a Taipa, o que incentivaria o uso da bicicleta, principalmente como veículo de lazer, com todas as vantagens para a saúde e para o ambiente?

e não será altura de vencer os grupos de pressão e aprovar a legislação complementar a que se refere o n.º 2 do artigo 12.º da Lei do Trânsito rodoviário, no sentido de permitir a circulação de velocípedes a motor?

Pequenas coisas sim, mas o mundo é feito de pequenos nadas. e às vezes (porque o ótimo é inimigo do bom) mais vale correr o risco de errar (desde que haja abertura para corrigir os erros detetados) do que esperar sentado, escudado na necessidade de estudos cientificos, desnecessários para coisas notórias e evidentes.

Gosto de macau, mas também gostava de viver mais uns anitos. mas, para tanto, necessito de continuar a poder respirar. Se não poder fazê-lo aqui, terei de partir.

C

Page 32: Hoje  Macau 29 MAI 2013  #2860

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quarta-feira 29.5.2013www.hojemacau.com.mo

John hardy, conselheiro da rainha de Inglaterra, defen-deu ontem em Macau que as ameaças do Reino Unido de

saída da União Europeia são seme-lhantes às que a Coreia do norte costuma lançar, considerando-as apenas como uma estratégia po-lítica. “Esta mentalidade de saída [da União Europeia], ao invés da necessidade de se promover refor-mas necessárias, preocupa-me e, exactamente da mesma forma, a Coreia do norte diz que vai atacar toda a gente, mas sabemos que não vai. É tempo de estas nações e da sua gente crescerem”, disse John hardy à agência Lusa.

o responsável falava à margem de uma conferência sobre coope-ração judiciária internacional em Macau.

o também “barrister” lamentou a existência no seu país, “perante a ascensão de formações políticas como o Partido da Independência do Reino Unido, de um nível de insatisfação com a União Eu-ropeia, em particular, e com a operacionalização da Convenção

Reino Unido ameaça sair da UE como a Coreia do norte ameaça atacar

Tudo uma questão de estratégia política

Europeia dos Direitos humanos na lei” britânica.

Esta situação “revela um gran-de nível de deturpação dos ‘media’, de que os políticos procuram retirar vantagem, uma falta de sentido de Estado e de perspectiva e de sentido da integração necessária da Europa”, disse, vincando que este é um “ponto de vista pessoal”.

Ao apontar que “o senhor Came-ron [primeiro-ministro britânico] vai a cimeiras e diz efectivamente ‘se não renegociarmos os nossos termos, vamos sair da União Europeia’”, hardy considerou que isso não irá verificar-se em última instância porque as consequências “seriam

desastrosas”. “o Governo britânico propõe a retirada da parte do Tratado de Lisboa que regula os sistemas de justiça criminal e isso significaria que o Reino Unido sairia do esquema eu-ropeu do mandado de prisão, da rede de formação judiciária”, indicou.

Por outro lado, disse, a saída do Reino Unido, “além de causar o completo colapso da cooperação judiciária internacional, policia-mento internacional, amplas po-líticas da União Europeia contra o crime e inúmeros sucessos no trabalho de inteligência trans-fronteiriça, iria ter consequências económicas e culturais enormes”.

Ao realçar que se enquadra no

grupo pró-europeu, John hardy reconheceu que não considera que a “Europa seja uma coisa maravilhosa em termos de operacionalização, mas sim em termos do conceito”. “E para o conceito funcionar, a operaciona-lização tem de ser melhorada, mas para isso é preciso fazer parte da organização”, concluiu.

Uma sondagem divulgada este mês pelo jornal Guardian apurou que 35% dos britânicos pretendem um referendo sobre a integração na União Europeia e que 43% vota-riam pela saída, enquanto 40% são favoráveis à permanência.

Em relação ao combate à eva-são fiscal, área em que vários depu-tados britânicos prometeram agir, o conselheiro da rainha disse não ver “qualquer esperança de progresso para se obter um nível apropriado e razoável de tributação, particu-larmente sobre empresas como a Google e a Vodafone”.

Várias multinacionais, como a Amazon, Google ou a Starbucks, foram criticadas pela comissão de Contas Públicas do Parlamento Britânico por minimizarem o paga-

mento de impostos no Reino Unido, desviando os seus ganhos através de escritórios em países onde gozam de melhores condições fiscais.

“no Reino Unido, até que a legis-lação seja completamente reformada, até que o sistema de tributação seja simplificado, o que é extremamente complicado, não vamos poder dar nenhum exemplo que possa ser seguido”, prevê hardy.

Por isso, acrescentou, “tenho pouca paciência para políticos que fazem anúncios à imprensa dizen-do que temos de fazer alguma coisa sobre isto, quando não há nenhuma perspectiva a nível doméstico de o conseguir”.

o conselheiro da rainha de Inglaterra alertou ainda que cada Estado-membro da União Euro-peia “tem o seu sistema fiscal e de receitas e a harmonização desses sistemas não é desejável, mas sim um nível básico de padronização e cooperação e um acordo sobre como os indivíduos e as empresas deverão pagar os seus impostos para que um nível razoável seja pago por todos”. - Lusa

David Cameron