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HOLDING COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E SUCESSÓRIO. Marcelo Carlos Zampieri Profº de Direito Tributário e Empresarial UFSM e FADISMA; Sócio da ZAMPIERI & ADVOGADOS ASSSOCIADOS Email:

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HOLDING COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E

SUCESSÓRIO.

Marcelo Carlos ZampieriProfº de Direito Tributário e Empresarial UFSM e FADISMA;

Sócio da ZAMPIERI & ADVOGADOS ASSSOCIADOSEmail:

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – INTRODUÇÃO. PERSPECTIVAS DA EMPRESA FAMILIAR

O Modelo dos três Círculos descreve o sistema da

Empresa Familiar enquanto três subsistemas

independentes, mas entrelaçados: gestão

empresarial, propriedade e família. (Derivado dos Estudos de

John Davis em Harvard no início dos anos 80)

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – INTRODUÇÃO. PERSPECTIVAS DA EMPRESA FAMILIAR

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES. REALIDADE TRANSDICIPLINAR. DIVERSIDADES DE ÁREAS DO CONHECIMENTO.

DinâmicaFamiliares. Área da Psicologia.

Direito Sucessório, Direito de Familia, Direito Societário, Direito Tributário, Governança Jurídica etc.

Área da Administração; Gestão, Contabilidade, Governança etc.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – INTRODUÇÃO. PERSPECTIVAS DA EMPRESA FAMILIAR

O desenvolvimento de uma Empresa familiar, com algumas variações, compreende (03) três etapas:

(i) Empresas com Proprietário controlador;

(ii) Sociedade entre irmãos

(iii) Consórcio de primos.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – MOMENTO PARA INICIAR O PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO.

A necessidade de definições em torno do planejamento sucessório se torna mais evidente à medida que as gerações familiares se sucedem e, por conseguinte, aumenta a complexidade das relações entre as pessoas envolvidas no que diz respeito a sentimentos, interesses, relacionamento, trabalho, propriedade entre outros aspectos.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – BASES E CONDIÇÕES DO PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO. FAMILISMO.

A falta de definição poderá implicar na

tomada de decisões a partir de critérios que

levam em consideração a influência de

aspectos essencialmente familiares:

familismo.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – BASES E CONDIÇÕES DO PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO. HERDEIROS X SUCESSORES.

Pais inteligentes formam sucessores, não

herdeiros (Augusto Cury).

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – O QUE JUSTIFICA O PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO?

O que justificaria, na prática, um planejamento sucessório e societário?

a) Economia (custo financeiro e tributário);

b) Facilitação e rapidez no processo decisório (pais x filhos);

c) Preservação do patrimônio, evitando que herdeiros despreparados assumam a administração dos bens familiares.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – BASES E CONDIÇÕES DO PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO. REORGANIZAÇÃO PATRIMONIAL. OBJETIVOS.

A reorganização e proteção patrimonial

objetivam a salvaguarda, dentro dos limites

legais, de bens e direitos ante as

responsabilidades assumidas por seus titulares e

as eventuais adversidades em diversos âmbitos,

como o familiar por exemplo.

(in José Henrique Longo).

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – BASES E CONDIÇÕES DO PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO. REORGANIZAÇÃO PATRIMONIAL. JUSTIFICATIVA.

Os procedimentos ordinários do Direito

Sucessório não se mostram sempre aptos a

disciplinar a sucessão no ambito empresarial.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – BASES E CONDIÇÕES DO PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO. REORGANIZAÇÃO PATRIMONIAL. DIREITO SUCESSÓRIO E DIREITO EMPRESARIAL.

(…) a combinação do Direito Sucessório com o Direito Societário pode, sim, oferecer uma alternativa mais profícua para o planejamento futuro da familia e corporação empresarial.

(in Cladston Mamede, in Holding Familiar e suas vantagens)

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – BASES E CONDIÇÕES DO PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO. REORGANIZAÇÃO PATRIMONIAL. HOLDING FAMILIAR

A preocupação com os negócios da família, bem assim a sua continuidade, tem levado muitas pessoas a constituírem holdings familiares. Essa medida visa, principalmente, evitar possíveis mudanças de filosofia na gestão dos negócios, advindas dos diferentes perfis dos herdeiros, impedindo, inclusive, que problemas familiares atinjam os negócios. ( in Fred John Santana Prado)

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING. TRADUÇÃO

A expressão holding, está no verbo do idioma inglês “to hold” o que significa segurar, manter, controlar, guardar.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – OBJETIVO DA HOLDING.

A Holding é uma pessoa jurídica cuja constituição tem por objetivo manter a titularidade de bens móveis, imóveis, patrimônios intangíveis (marcas, patentes etc.) ou ainda participações societárias em outras pessoas jurídicas.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING. FORMA JURÍDICA.

A holding não pressupõe um tipo societário específico podendo ser constituída sob forma de sociedade por ações, de sociedade limitada ou mesmo a partir de uma EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada.

Portanto, a Sociedade holding não se constitui em um tipo societário ou pessoa jurídica específica.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING. FORMA JURÍDICA.

Modelos de Pessoas Jurídicas:

(a) Sociedade LIMITADA

(b) Sociedade ANÔNIMA

(c) Sociedade Simples

(d) Empresa Individual de Responsabilidade Ltda - EIRELI

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING. CLASSIFICAÇÃO.

A doutrina, de uma forma geral, classifica as sociedades holding em holding pura ou de participações, que seria aquela pessoa jurídica que tem por objeto social apenas a participação no capital de outras sociedades, sendo então apenas uma controladora; e uma outra espécie denominado de holding mista que além do objeto social trazer a participação em outras empresas, também permite a exploração de outras atividades. A doutrina foi desenvolvendo outras espécies e ou classificações conforme o objeto social: holding administrativa, holding de participação, holding familiar.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING. Lei das Sociedades Anônimas.

As classificações doutrinárias sobre as diversas modalidades de sociedades holding não encontram previsão legal. Na Lei das Sociedades Anônimas tem previsão própria para constituição de sociedades holdings no artigo 2°, § 3º da lei 6.404/76: A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda que não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING. MODALIDADES

Modalidades:

(i) Holding de participações;

(ii) Holding patrimonial;

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING DE PARTICIPAÇÕES.

A formação da holding de participações tem por objetivo a integralização no seu capital social de participações sociais de outra(s) pessoa(s) jurídica(s), de modo que essa sociedade (holding) passa a integrar o quadro de sócios da(s) sociedade(s) em geral na condição de controladora.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING DE PARTICIPAÇÕES.

Qual a justificativa de uma holding de participações?

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING DE PARTICIPAÇÕES.

(i) A holding permitirá a instauração de foros de discussões prévias;

(ii) Questões particulares envolvendo o sócio, como falecimento, separações, disputas familiares;

(iii) Alterações patrimoniais envolvendo a pessoa do sócio

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – BASES E CONDIÇÕES DO PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO. REORGANIZAÇÃO PATRIMONIAL. CAUSA ADEQUADA.

Essa reorganização deve ter como causa a

adequada e lícita separação de determinado

patrimônio em relação à pessoa do sócio (...),

com vistas a não permitir que circunstâncias

adversas de um interfira na vida e valores de

outro. (in José Henrique Longo).

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING DE PARTICIPAÇÕES.

Situação:Indústria Santa Maria Ltda.

Sócios:a) João da Silva Pereira: 40% (R$ 400.000,00)b) Pedro Almeida: 30% (R$ 300.000,00)c) Maria da Silva Pereira: 30% (R$ 300.000,00) Capital Social: R$ 1.000.000,00

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING DE PARTICIPAÇÕES.

João da Silva Pereira:Casado pelo Regime da Comunhão Parcial.

Filhos:1. Alberto da Silva Pereira;2. Luiza da Silva Pereira;

3. Francisco da Silva Pereira;

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING DE PARTICIPAÇÕES.

Situação:Indústria Santa Maria Ltda.

Sócios:a) JSP Participações Ltda;b) Pedro Almeida: 30%c) Maria da Silva Pereira: 30%

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING MISTA OU PATRIMONIAL.

Uma outra modalidade de holding que vem sendo muito utilizada é a holding patrimonial, cujo objetivo é trazer para o patrimônio dessa pessoa jurídica principalmente bens imóveis, segregando-os (imóveis) da empresa que desenvolve atividade operacional.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING MISTA OU PATRIMONIAL.

A formação de uma holding imobiliária exige o cuidado preliminar no sentido de que seja avaliada qual a verdadeira finalidade do imóvel tendo em vista os efeitos tributários diversos conforme o imóvel seja mantido na titularidade da pessoa física ou conferido ao capital social de uma pessoa jurídica. Qual a finalidade desse imóvel: uso pessoal, empresarial, locação, alienação...etc.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING MISTA OU PATRIMONIAL. JUSTIFICATIVAS.

(i) Segregação patrimonial: riscos da atividade;

(ii) evitar a formação de condomínio: planejamento sucessório;

(iii) efeitos tributários: planejamento tributário.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING MISTA OU PATRIMONIAL. ADVERTÊNCIAS.

(i) Inconveniência de integralizar o capital social da holding patrimonial com bem de família (Lei 8.009/90).

(ii) Integralização de bens ao capital social (Ganho de Capital)

(iii) Aspectos tributários na alienação de bens imóveis que foram integralizados no capital social da holding.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING MISTA OU PATRIMONIAL. ADVERTÊNCIAS.

(....) A impenhorabilidade foi corretamente afastada, pois o bem imóvel é de propriedade da empresa, não se confundindo com o patrimônio do sócio, ainda que um deles venha nele residir. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004552758, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cintia Dossin Bigolin, Julgado em 27/08/2014)

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS

FAMILIARES – HOLDING. CONFERÊNCIA DE BENS AO CAPITAL SOCIAL POR

PESSOA FÍSICA. ATIVIDADES RURAIS.

Instrução Normativa 83/2001, que Dispõe sobre a tributação dos resultados da atividade rural das pessoas físicas

Art. 5 º A receita bruta da atividade rural é constituída pelo montante das vendas dos produtos oriundos das atividades definidas no art. 2 º exploradas pelo próprio vendedor. (....)§ 2 º Integram também a receita bruta da atividade rural:

V - o valor pelo qual o subscritor transfere os bens e direitos utilizados na exploração da atividade rural e os produtos e os animais dela decorrentes, a título de integralização de capital, nos termos previstos no art. 23 da Lei n º 9.249, de 1995 ;

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING MISTA OU PATRIMONIAL. ADVERTÊNCIAS.

Processo nº 11516.004131/201052

Recurso nº Voluntário

Acórdão nº 1103000.972

– 1ª Câmara / 3ª Turma Ordinária

ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA IRPJ

CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE POR CISÃO COM VERSÃO DE IMÓVEIS RECEITA DA VENDA DE IMÓVEIS SOB REGIME DE LUCRO PRESUMIDO GANHO DE CAPITAL.

Sociedade constituída por cisão parcial com versão de imóveis, sem exercício de atividade a título oneroso (somente comodato dos imóveis à cindida), até a venda da propriedade dos imóveis. Conjunto de elementos indiciários fortes que conduzem à não à certeza fática, mas à certeza jurídica, de que a recorrente tinha como objeto social a venda de propriedade de imóveis. Ganho de capital, e não receita sujeita ao coeficiente de presunção de lucro.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – HOLDING MISTA OU PATRIMONIAL. ADVERTÊNCIAS.

Processo nº  19515.720013/2011­98.

Recurso Voluntário.  Acórdão nº  1102001.085 - 1ª Câmara / 2ª Turma Ordinária 

 Sessão de  09 de abril de 2014. Matéria  IRPJ, CSLL 

Recorrente  MOFARREJ EMPREENDIMENTOS E NEGÓCIOS  IMOBILIÁRIOS LTDA. 

Recorrida  FAZENDA NACIONAL   

IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA ­ IRPJ. LUCRO  PRESUMIDO.  BENS  PASSÍVEIS  DE  INTEGRAR  O  ATIVO  CIRCULANTE  E  O  ATIVO  IMOBILIZADO.  TRANSFERÊNCIA  DE  CONTA.A empresa optante pelo lucro presumido que, comercializa bens suscetíveis de serem contabilizados tanto no ativo permanente como na conta estoques, em virtude de suas atividades desenvolvidas constarem, em ambos os casos, de seu objeto social, pode transferir da primeira conta para segunda o respectivo bem a ser destinado para futura comercialização sem a necessidade de apurar o correspondente ganho de capital contanto que seja adotado um conjunto de procedimentos sistematizados, baseados nas normas e padrões de contabilidade geralmente aceitos. Recurso voluntário provido. Crédito Tributário Exonerado.

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PLANEJAMENTO SUCESSORIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES –FORMAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA– ASPECTOS TRIBUTARIOS. INTEGRALIZAÇÃO DE BENS IMÓVEIS.

A integralização de bens imóveis ao patrimônio de pessoa jurídica dispensa escritura publica.

É preciso verificar o objeto social e sua atividade preponderante, conforme dispõe o artigo 36 e 37 do Código Tributário Nacional, sem prejuízo de uma análise ao Código Tributário de cada Município.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – OBJETO SOCIAL. CNAE.

A holding deverá em seu ato constitutivo especificar o seu objeto social e definir o seu enquadramento no CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas).

As opções de CNAE são as seguintes:

6822-6 Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária;

6462-0 Holdings de Instituições Não-Financeiras

6810-2 Atividades Imobiliárias de Imóveis Próprios.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – TRANSFERÊNCIAS DA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA EM VIDA. TRANSFERÊNCIA ONEROSA.

Na transferência onerosa da participação societária são necessários alguns cuidados: a) Regras do contrato social;b) Origem dos recursos (patrimônio a descoberto);c) Doação em dinheiro (aspectos tributários);d) Regime de bens dos adquirentes (comunhão parcial, união estável, contrato de convivência...);e) Custos tributários e operacionais;

f) Ganho do capital nas transferências societárias (Imposto de Renda)

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – TRANSFERÊNCIAS DA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA EM VIDA. TRANSFERÊNCIA GRATUITA.

Na transferência gratuita da participação societária também são necessários alguns cuidados: a) Regras do contrato social;b) Limites da doação (doação inoficiosa);c) Regime de bens dos adquirentes;d) Clausulas da doação: reserva de usufruto,, reversão, incomunicabilidade e inalienabilidade e impenhorabilidade;e) Custos tributários: incidência do ITCD;

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – TRANSFERÊNCIAS DA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA CAUSA MORTIS.

Faixa Valor do quinhão (em UPF-RS)

valor do quinhão AlíquotaI 0 2.000 0%II 2.000 10.000 3%III 10.000 30.000 4%IV 30.000 50.000 5%V 50.000 6%(Redação dada pelo art. 1º da Lei 14.741, de 24/09/15. (DOE 25/09/15) - Efeitos a partir de 01/01/16.)

Obs.Valor da UPF em 2016 R$ 17,1441

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – TRANSFERÊNCIAS DA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA EM VIDA. TRANSFERÊNCIA GRATUITA.

Faixa Valor da doação (em UPF-RS)

valor do quinhão AlíquotaI 0 10.000 3%II acima de 10.000 4%(Redação dada pelo art. 1º da Lei 14.741, de 24/09/15. (DOE 25/09/15) - Efeitos a partir de 01/01/16.)

Obs.Valor da UPF em 2016 R$ 17,1441

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – TRANSFERÊNCIAS DA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA EM VIDA. TRANSFERÊNCIA GRATUITA. ITCD.

Na sucessão hereditária, o recolhimento do

imposto “causa mortis” é (era) realizado a

partir de uma base de calculo formada pelo

valor nominal (capital social) das ações ou

quotas do sócio ou pelo patrimônio líquido e

não sobre o valor de mercado, como seria

em caso de inventário dos próprios bens.

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – TRANSFERÊNCIAS DA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA EM VIDA. TRANSFERÊNCIA GRATUITA. ITCD. Instrução Normativa 41, de 24.06.2014.

6.4. Nas

hipóteses

previstas no

RITCD, art. 14, §§

12 e 13, para as

empresas de

capital fechado e

para as ações,

quotas,

participações ou

quaisquer títulos

representativos

do capital social,

que não forem

objeto de

negociação em

bolsa de valores,

ou não tiverem

sido negociados

nos 180 (cento e

oitenta) dias

anteriores à data

da avaliação, a

base de cálculo

do imposto será

o Patrimônio

Líquido

atualizado

acrescido de 50%

(cinquenta por

cento) da Receita

Líquida média,

anual e

atualizada.

6.4.1. O

Patrimônio

Líquido

atualizado

poderá

compreender,

ainda, parcela

referente ao

ajuste dos

valores dos bens

que tiver a

sociedade, caso o

valor de registro

esteja em

desacordo com

aquele praticado

pelo mercado na

data da avaliação.

6.4.2. Poderão

ser utilizados

outros métodos

de avaliação de

empresas, desde

que observadas

as normas

técnicas de

avaliação."

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS FAMILIARES – TRANSFERÊNCIAS DA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA EM VIDA. DOAÇÃO. BASE DE CALCULO.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA. São Paulo. APELAÇÃO CIVEL.Mandado de Segurança com pedido liminar –ITCMD – Doação de quotas de capital social – Base decálculo do tributo – Cálculo que deve recair sobre o valorpatrimonial das ações e não o ativo que integra opatrimônio da empresa – Exegese do art. 14, parágrafo 3º,da Lei 10.705/2000 - Complementação do recolhimento doreferido tributo – Inadmissibilidade – Observância aoprincípio da legalidade - Presença do direito líquido e certo– Precedente deste Egrégio Tribunal de Justiça - Sentençade denegação da ordem reformada – Recurso provido.

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DEFINIÇÃO DE PESSOA JURÍDICA. ANÁLISE DE CASOS PRÁTICOS. PRINCÍPIO DA ENTIDADE CONTÁBIL.

Princípio da Entidade (CFC n. 750/1993) Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como

objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

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ANÁLISE DE CASOS PRÁTICOS. RESPONSABLIDADE PATRIMONIAL.

Empresário individual é a própria pessoa física, respondendo seus bens pelas obrigações que assumiu - Denominação empresa individual é mera ficção jurídica, somente para fins fiscais - Distinção para efeitos de responsabilidade entre a empresa e seu único "sócio" - Inexistência - Desconsideração da personalidade jurídica -Desnecessidade (...) TJSP. AP 9295358-74.2008.8.26.0000 16ª Câmara de Direito Privado - Rel. Candido Alem - J. 30.07.2012).

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EMPRESARIO INDIVIDUAL. TRANFORMAÇÃO EM SOCIEDADE.

(...)

1. A transferência de bem imóvel somente se aperfeiçoa com o registro do título translativo no cartório competente. Precedentes. O Tribunal local contrariou a jurisprudência desta Corte ao decidir que a transferência de domínio de bem imóvel de empresário individual para sociedade limitada, a título de integralização do capital social desta aperfeiçoa-se independentemente do registro imobiliário.

3. Não se deve confundir a "transformação" do empresário individual em sociedade empresária com a transformação de pessoa jurídica, operação societária típica regulada nos arts. 220 da Lei n. 6.404/1976 e 1.113 do CC/2002. Nesta, ocorre a mera mudança de tipo societário. Naquela, há constituição de uma nova sociedade, passando o antigo empresário individual a ser um de seus sócios. Assim, a transferência de bem imóvel de sua propriedade para a sociedade é feita a título de integralização do capital social, razão pela qual não prescinde do registro para transmissão do domínio. Doutrina. (AgRg no REsp 703.419/DF, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 02/04/2013, DJe 16/04/2013).

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PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS E EMPREENDIMENTOS

FAMILIARES – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

1) HOLDING e suas vantagens. Planejamento Jurídico, Econômico do Patrimônio e da Sucessão Familiar. Gladson Mamede. ATLAS. 2011.

2) ESTRATÉGIAS SOCIETÁRIAS. Planejamento Tributário e Sucessório. Serie FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. SUCESSÃO FAMILIAR E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO I – Daniel Monteiro Peixoto, Editora SARAIVA, pág 169.

3) CRIAÇÃO DE HOLDING E PROTEÇÃO PATRIMONIAL, José Henrique Longo. IBET. Instituto Brasileiro de Estudos Tributários.

4) HOLDING IMOBILIÁRIA como Planejamento Sucessório. Martha Gallardo Sala Bagnoli. PWC. Insper Instituto de Pesquisa. Editora QUARTER LATIN. 2016.

5) PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO. Introdução a Arquitetura Estratégica Patrimonial e Empresarial, com vistas a sucessão causa mortis. Gladson Mamede e Eduardo Cota Mamede. Editora ATLAS. 2015.

6) EMPRESA FAMILIAR. Estudos Jurídicos. Coordenadores Fábio Ulhoa Coelho e Marcelo Andrade Feres (Coletânea de artigos). Editora ATLAS, 2016.

7) SUCESSÃO CAUSA MORTIS na Sociedade Limitada. Tutela da Empresa, dos Sócios e de Terceiros. Marcos Antônio Karam Siveira. Editora Livraria do Advogado. 2010.