40

HOME AND LEISURE NON-INTENTIONAL INJURIES …ec.europa.eu/health/ph_projects/2001/injury/fp_injury_2001_frep_17... · de dados foi concebida de acordo com o manual de codificação

  • Upload
    trantu

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

ADELIA 2002

Onsa

Sistema ADELIA 2002 – Acidentes Domésticos e de Lazer: Informação

Adequada

Relatório Final

Projecto 2001/IPP/1121 Home and Leisure non-intentional injuries surveillance system (new-

Ehlass)

Agreement SI2.327300 (2001 CVG3-319)

Autores:

Baltazar Nunes

João Brandão

David Brito

Lisboa, 13 de Janeiro de 2002

ADELIA 2002

Onsa 0

Índice

AGRADECIMENTOS 1

INTRODUÇÃO 3

ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS 5

MATERIAL E MÉTODOS 6

ORGÂNICA DO SISTEMA 6

DADOS E ANALISE ESTATÍSTICA 9

RESULTADOS 10

LOCAL DE OCORRÊNCIA DO ACIDENTE 14

ACTIVIDADE NA ALTURA DO ACIDENTE 17

MECANISMOS DA LESÃO 19

TIPO DE LESÃO 21

PARTE DO CORPO LESADA 24

SEGUIMENTO DO ACIDENTADO 26

ANEXO I 29

ADELIA 2002

Onsa 1

Agradecimentos

O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, o Observatório Nacional de Saúde e a

Coordenação do sistema ADELIA agradecem a todas as pessoas que tornaram possível a

implementação do Sistema ADELIA. Dessas pessoas, um agradecimento especial deve ser

dirigido:

• A todos os funcionários administrativos das unidades de saúde participantes cuja

disponibilidade e interesse tornaram o ADELIA viável.

• Ao Prof. Dr. Mário Cordeiro, um agradecimento especial pelo impulso, concepção e

coordenação na fase inicial deste projecto.

• Ao Dr. Reis Abreu, Drª Ana Maria Cordeiro e Dr. José Castanheira, do Instituto de

Gestão Informática e Financeira (IGIF) – Porto

• À Drª Margarida Marques, do IGIF – Coimbra.

• Aos interlocutores do sistema ADELIA nas unidades de saúde participantes,

nomeadamente:

D. Maria do Rosário, Hospital Espírito Santo – Évora

D.ª Maria de Fátima Loureiro e D.ª Lurdes Lopes, Centro de Saúde de Chaves

Dr. António Goulart e Sr. José Silveira, Hospital Distrital da Horta

Dr. António Jorge, Centro de Saúde de Castro D’ Aire

Dr. Carlos Ceia e Dr. Miguel Coutinho, Centro de Saúde de Coruche

Dr. Hugo Meireles e Sr.ª Maria Armanda Ferreira, Hospital de S. Sebastião

Dr. Jorge Costa e Dr. António Borges, Hospital Distrital de Chaves

Dr. Luís Lemos e Dr. Luís Januário, Hospital Pediátrico de Coimbra

Dr. Marcelino Gomes, Centro de Saúde de Vila Flor

Dr. Miguel Castelo Branco e Dr. António Gomes, Centro Hospitalar de Coimbra

Dr.ª Anabela Chau, Hospital Distrital de Lamego

Dr.ª Beatriz Cabrita e Dr. Jorge Gonçalves, Hospital Distrital de Faro

Dr.ª Berta Rodrigues e Dr. José M. O. Santos, Hospital S. Teotónio – Viseu

ADELIA 2002

Onsa 2

Dr.ª Felismina Calhau e Dr.ª Luísa Lopes, Hospital St.ª Luzia – Elvas

Dr.ª Laura Sande e Castro, Centro de Saúde da Parede

Dr.ª Maria de Fátima Breia e Sr.ª Leontina Bucho, Centro de Saúde de Montemor-o-

Novo

Dr.ª Maria do Rosário Branco, Centro de Saúde de Mirandela

Dr.ª Maria Goretti Rodrigues, Hospital de S. Pedro – Vila Real

Eng.ª Manuela Nunes e Dr.ª Ana Aleixo, Hospital S. Francisco Xavier

Sr. Armando Cachatra e Dr. Rogério Costa, Centro de Saúde de Évora

Sr. José Araújo Silva e Dr.ª Maria Emília Castro, Centro de Saúde de Barcelos

Sr.ª Helena Brazão e Dr. Rui Lourenço, Centro de Saúde de Loulé

ADELIA 2002

Onsa 3

Introdução

Em Portugal, a notificação dos acidentes domésticos e de lazer (ADL) foi inicialmente feita

segundo um programa alargado da Comunidade Europeia, o EHLASS (European Home

Leisure Accidents Surveillance System ), que desde o seu início em 1991 e até 1999 foi

gerido pelo Instituto do Consumidor.

Todavia, a partir de 2000, na sequência da reestruturação das Direcções-Gerais da

Comissão Europeia, passou a ser o Ministério da Saúde o órgão responsável pela gestão

deste programa. Por Despacho Ministerial, esta tarefa foi cometida ao Instituto Nacional de

Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), que apresentou uma proposta de reestruturação do

Programa EHLASS, a qual teve a aceitação da Comissão.

Continuando a fazer parte do programa europeu, o "novo EHLASS" passou a ser designado

em português pelo nome ADELIA – "Acidentes Domésticos e de Lazer: Informação

Adequada".

NO INSA, este sistema é gerido pelo Observatório Nacional de Saúde (ONSA) sendo

financiado pela Comissão Europeia, ao abrigo do Programa de Prevenção de Lesões,

mediante o contrato celebrado entre o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e a

Comissão Europeia (Agreement nº SI2.327300 (2001-319)).

Em estreita colaboração com o Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde (IGIF),

o ONSA, desenvolveu um sistema de recolha de informação sobre acidentes domésticos e

de lazer em serviços de urgência de Hospitais e Centros de Saúde.

Os objectivos da recolha e consequente análise dos dados são:

• a curto prazo: determinar frequências e tendências dos ADL em geral e das suas

diversas formas, bem como as características das vítimas, das situações e dos

agentes envolvidos;

• a um prazo mais dilatado: identificar situações de risco, bem como produtos

perigosos, que propiciem a ocorrência de ADL; estabelecendo assim uma base de

apoio para a definição de estratégias e medidas de prevenção baseadas na

evidência.

O presente relatório tem como objectivo, em primeiro lugar, descrever as principais tarefas

levadas a cabo pela equipa do sistema ADELIA, para a implementação, manutenção e

ADELIA 2002

Onsa 4

melhoria do sistema durante o período de Outubro de 2001 a Setembro de 2002, conforme

contrato celebrado com a Comissão Europeia. Finalmente apresenta-se uma análise

descritiva dos dados recolhidos durante o mesmo período.

ADELIA 2002

Onsa 5

Actividades desenvolvidas

De Agosto a Setembro de 2001 decorreu a fase piloto da implementação do sistema

ADELIA (Acidentes Domésticos e de Lazer: Informação Adequada) na qual foi avaliada a

aplicabilidade e a exequibilidade do novo método proposto em 2 Hospitais e 3 Centros de

Saúde. Após este período de avaliação e atendendo aos resultados positivos obtidos, o

sistema foi alargado a outras unidades de saúde do SNS (Hospitais e Centros de Saúde).

Assim, em Novembro de 2001, foram incluídas no sistema ADELIA mais 16 unidades para

além das 5 que participaram no estudo piloto. Deste período em diante a recolha de dados

foi feita de forma continua.

Em Junho de 2002 foi incluído o Hospital São Francisco Xavier, que após uma fase de

formação e ensaios iniciou de forma normal a recolha contínua de informação.

Em Julho de 2002, no âmbito de uma acção de formação para a utilização da aplicação

EUPHIN-ISS (European Union Public Health Information Netwok – Injury Surveillance

System), ministrada a interessados na área dos acidentes domésticos e lazer e

representantes das unidades de saúde participantes no sistema ADELIA, foi feita uma

apresentação dos resultados preliminares do primeiro trimestre de 2002; seguida de uma

discussão sobre a validade dos resultados e a orgânica do sistema.

De modo a tornar fluido todo o sistema de validação e análise dos dados recolhidos pelas

várias unidades de saúde participantes, em Setembro de 2002, adquiriu-se uma aplicação

informática específica, contratando para o efeito uma empresa de desenvolvimento de

software.

ADELIA 2002

Onsa 6

Material e Métodos

Orgânica do Sistema

Definição de ADL: todos os acidentes com recurso ao serviço de à urgência em cuja causa

não se identifiquem acidente de viação, acidente de trabalho ou violência.

O funcionamento do sistema ADELIA, encontra-se descrito na (Figura 1), nas suas várias

componentes e fluxos:

Unidades de SaúdeCentros de Saúde

SINUSModulo ADELIA

Hospitais

SONHOModulo ADELIA

Lesões por ADL(Acidentes Domésticos e de

Lazer)

RIS

INSTITUTO NACIONAL DE SAÚDEDR. RICARDO JORGE

Resultados:Relatórios estatíticos mensaisRelatório anual

RIS

Serviços, prosissionais, media,cidadões

Figura 1 - Descrição do Sistema ADELIA nos seus componentes e fluxos (RIS: Rede Informática da Saúde)

De uma forma geral o sistema funciona da seguinte forma:

1. Registo de todas as urgências por Acidente Doméstico e de Lazer (ADL) que chegam ao

serviço de urgência de determinada unidade de saúde, tendo como suporte uma aplicação

modular inserida nas aplicações SINUS e SONHO do IGIF.

1.1 Do conjunto de causas listadas, nos programas SINUS e SONHO, foram seleccionadas

as causas que satisfazem a definição de ADL.

ADELIA 2002

Onsa 7

1.2 Módulo ADELIA (figura 2): constituído por uma caixa de diálogo, recolhe informação

sobre o acidente e as suas circunstâncias, assim como as características da lesão.

Figura 2 Caixa de diálogo da aplicação do módulo ADELIA

Os campos ou itens disponíveis neste módulo são:

• Data e hora do acidente;

• Local da ocorrência (espaço onde se deu o acidente - a dois níveis);

• Mecanismo da lesão (como a lesão foi provocada, por exemplo, por fogo, queda, etc.

- a dois níveis);

• Actividade (o que fazia no momento do acidente, por exemplo, doméstica, educativa,

etc. - a dois níveis);

• Tipo de lesão (por exemplo ferida aberta, queimadura, etc. - a dois níveis);

• Parte do corpo lesada (local da lesão principal, por exemplo, cabeça, tronco, etc. - a

dois níveis);

• Descrição do acidente (realizada de modo muito sucinto, deve descrever o que

provocou a lesão, assinalando o que correu mal, eventuais produtos envolvidos, local

do acidente e outras informações que sejam consideradas como pertinentes).

No que respeita aos itens codificados a dois níveis, o 1º nível de resposta, mais genérico,

aponta, por exemplo, no que se refere ao local onde se deu o acidente, se foi em casa, na

área de transporte, ao ar livre ou noutro local. O 2º nível deverá especificar onde, dentro de

casa (cozinha, quarto, garagem, etc.), onde na área de transporte, onde ao ar livre, etc. Os

ADELIA 2002

Onsa 8

dois níveis permitem pormenorizar melhor o acidente (Anexo I). Esta estruturação da base

de dados foi concebida de acordo com o manual de codificação V2000 elaborado e

fornecido pela Comissão Europeia (Programa de Prevenção de Lesões).

1.3. Para além da informação recolhida directamente sobre o acidente e a lesão (ou lesões)

é fornecida, pela aplicação SINUS e SONHO, informação relativa ao seguimento do doente

e, caso se dê internamento, a respectiva duração.

2. A informação, sobre a forma de uma base de dados, é recolhida de cada unidade de

saúde e concentrada numa base de dados central, residente num servidor do IGIF. Em

seguida é enviada para o ONSA, seguindo-se a junção à base de dados geral residente no

servidor do ONSA, dedicado a este projecto – A periodicidade com que estas tarefas são

executadas ainda não foi definida de forma definitiva.

3. Validação da informação recolhida: grau de preenchimento da base de dados e

incongruências entre os campos.

4. Elaboração de relatórios estatísticos mensais e anuais e divulgação respectiva.

ADELIA 2002

Onsa 9

Dados e analise estatística

Os dados apresentados neste relatório referem-se aos acidentes domésticos e de lazer,

registados nos Hospitais e Centros de Saúde que participaram no sistema ADELIA durante

o período de Outubro de 2001 a Setembro de 2002; segundo a metodologia apresentada na

secção anterior.

A análise dos dados é primariamente descritiva, procurando dar uma visão da distribuição

percentual dos acidentes registados pelas variáveis que se encontram disponíveis.

Assim apresentar-se-á a distribuição dos acidentes pelas seguintes variáveis: unidade de

saúde participante, mês da ocorrência, dia da semana da ocorrência, hora do dia da

ocorrência, sexo e grupo etário.

Em relação às características do acidente e da lesão, ou seja: local da ocorrência,

actividade no momento do acidente, mecanismo da lesão, tipo de lesão e parte do corpo

lesada, optou-se, para além da sua distribuição de frequência, por descrever a distribuição

das três situações mais prevalentes em cada uma destes itens por sexo grupo etário.

O seguimento dado ao acidentado também foi alvo de análise, tendo sido dada particular

atenção ao internamento. Desta forma estudou-se a distribuição da percentagem de

internamento e o tempo médio de duração por sexo, grupo etário e tipo de lesão.

Os dados foram analisados com o pacote estatístico SPSS 11.0 (SPSS inc.).

ADELIA 2002

Onsa 10

Resultados

Entre Outubro de 2001 e Setembro de 2002 foram recolhidos pelo sistema ADELIA 22.724

acidentes domésticos e de lazer, cuja distribuição pelas unidades de saúde participantes é

apresentada na Quadro 1. Os Centros de Saúde representam cerca de 2.8% do total de

registos.

Quadro 1 - Distribuição do número de acidentes ADL registados pelo sistema ADELIA por unidade de

saúde participante.

Unidades de Saúde

%

n

Região Norte Hospital S. Pedro – Vila Real

C. S. Vila Flor C. S. Mirandela

15,1 0,4 0,0

3438 85 4

Região Centro Hospital S. Teotónio – Viseu Hospital Distrital de Lamego

Centro Hospitalar Cova da Beira Hospital Pediátrico de Coimbra

Hospital S. Sebastião C. S. Castro D’Aire

C. S. Coruche

1,6 0,7 0,5 16,1 17,0 0,1 0,0

355 165 110 3664 3860 17 6

Região Lisboa e Vale do Tejo Hospital S. Francisco Xavier

C. S. Parede

3,9 0,0

890 1

Região Alentejo Hospital Espírito Santo – Évora

Hospital S. Luzia – Elvas C. S. Évora

C. S. Montemor-o-Novo

2,0 3,1 0,2 1,9

444 705 52 434

Região Algarve Hospital Distrital de Lagos

Hospital Distrital de Faro C. S. Loulé

8,2 21,2 0,1

1870 4812 28

Região Autónoma dos Açores Hospital Distrital da Horta – Faial

7,9

1784

TOTAL 100,0 22724

A distribuição dos ADL pelo mês do ano (Figura 3) parece ser de alguma forma homogénea

com excepção de Dezembro de 2001, mês que apresentou a maior proporção de acidentes.

ADELIA 2002

Onsa 11

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

Out-01 Nov-01 Dez-01 Jan-02 Fev-02 Mar-02 Abr-02 Mai-02 Jun-02 Jul-02 Ago-02 Set-02

Figura 3 – Distribuição percentual dos acidentes registados por mês.

Em relação ao dia da semana (Figura 4) foram o Sábado e a Segunda-feira que se

destacaram como os dias da semana que, proporcionalmente, apresentaram uma maior

ocorrência de acidentes.

13%

14%

14%

15%

15%

16%

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

Figura 4 – Distribuição percentual dos acidentes registados por dia da semana.

ADELIA 2002

Onsa 12

No que respeita à distribuição da ocorrência dos acidentes pela hora do dia (Figura 5),

verificou-se que a maior percentagem de acidentes registados ocorreu entre as 9.00h e as

21.00h (86,8%). Sendo o período que vai da 1.00h às 6.00h aquele com a menor

percentagem de ocorrência de acidentes (2,6%). Há ainda a registar dois picos de maior

ocorrência de acidentes: às 10.00h e às 16.00h.

0%

1%

2%

3%

4%

5%

6%

7%

8%

9%

10%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Figura 5 – Distribuição percentual dos acidentes registados por hora do dia.

A distribuição dos acidentados por sexo e grupo etário, para os Hospitais e Centros de

Saúde, é apresentada no Quadro 2. Se analisarmos a distribuição percentual por sexo em

cada um dos grupos etários podemos verificar que nos Hospitais, a proporção de homens

cresceu até ao grupo etário dos 15-19 anos, iniciando em seguida diminuição a partir deste

grupo etário. Este comportamento não foi tão claro nos Centros de Saúde.

A percentagem de acidentes em homens foi nitidamente superior à das mulheres até ao

grupo etário 35-64 anos, havendo uma inversão clara desta tendência nos dois grupos

etários mais elevados. Note-se que esta distribuição percentual não corresponde a

diferença, entre os sexos, do risco de ter acidente, pois não estão contabilizados os

efectivos populacionais por sexo.

ADELIA 2002

Onsa 13

Quadro 2 - Distribuição dos acidentes domésticos e de lazer nas unidades de saúde

participantes por sexo e grupo etário.

Hospitais Centros de Saúde Total

Grupo etário

M

%

F

%

N M

%

F

%

n M

%

F

%

n

<=4 58,0 42,0 3452 65,2 34,8 69 58,2 41,8 3521

5-9 63,9 36,1 2626 55,1 44,9 78 63,7 36,3 2704

10-14 61,2 38,8 3032 48,5 51,5 103 60,8 39,2 3135

15-19 66,0 34,0 1537 58,3 41,7 48 65,7 34,3 1585

20-34 67,8 32,2 3414 66,2 33,8 77 67,7 32,3 3491

35-64 51,0 49,0 4837 49,6 50,4 121 50,9 49,1 4958

65-74 35,8 64,2 1557 45,3 54,7 64 36,2 63,8 1621

>=75 29,2 70,8 1640 28,4 71,6 67 29,2 70,8 1707

TOTAL 56,0 44,0 22095 51,8 48,2 627 55,9 44,1 22722

ADELIA 2002

Onsa 14

Local de ocorrência do acidente

Em ambos os tipos de unidades de saúde, a Casa foi assinalada como o local onde mais

frequentemente se deram os ADL (52,3% nos Hospitais e 38,3% nos Centros de Saúde) (

Quadro 3, Figura 6).

O segundo local mais assinalado foi tanto para os Hospitais como para os Centros de

Saúde, a Escola/Instituições, com 13,6% nos Hospitais e 20,1% nos Centros de Saúde.

Para o total, os três locais de ocorrência que apresentaram uma maior percentagem de

acidentes foram a casa, a Escola/Instituições e o Ar livre.

Quadro 3 – Distribuição dos ADL registados por local de ocorrência, nos Hospitais e

Centros de Saúde

Local da ocorrência Hospitais

n=22097

Centros de Saúde

n=627

Total

n=22724

Área Transporte 8,6 0,5 8,3

Casa 52,3 38,3 51,9

Local Trabalho/Campo 4,5 6,9 4,5

Área Comércio/Serviços 1,0 0,6 1,0

Escola/Instituições 13,6 20,1 13,8

Área Desportiva 4,5 5,6 4,6

Área Diversão 2,2 8,0 2,4

Ar Livre 10,4 18,3 10,6

Outros 2,9 1,8 2,9

ADELIA 2002

Onsa 15

0 10 20 30 40 50 60

Área Transporte

Casa

Local Trabalho/Campo

Área Comércio/Serviços

Escola/Instituições

Área Desportiva

Área Diversão

Ar Livre

Outros

Centros de SaúdeHospitais

Figura 6 - Percentagem dos locais onde mais frequentemente se registaram os ADL em cada tipo de

unidade de saúde

Pela observação do Quadro 3 podemos verificar que a distribuição dos acidentes pelos

locais de ocorrência não foi homogénea ao longo dos grupos etários. Nomeadamente, nos

grupos etários mais extremos (<= 4, 5-9, 35-64, 65-74 e >=75), a proporção de acidentes

ocorridos em Casa mais elevada do que nos restantes, apresentando sempre valores acima

dos 40%.

Por outro lado, os acidentes ocorridos na Escola/Instituições, mostram uma percentagem

mais elevado nos grupos etários que englobam as idades dos 5 aos 19 anos.

Quanto aos acidentes ao Ar livre as percentagens mais elevadas foram encontradas nos

grupos etários dos 15 aos 74.

Comparando esta distribuição entre os sexos, nota-se que os acidentes ocorridos em casa,

apesar de serem os mais frequentes em ambos os sexos, foram nos grupos etários dos 15

anos em diante, mais frequentes nas mulheres. Outra diferença verificada é na percentagem

de acidentes ao ar livre que nos grupos etários dos 10 aos 64 anos foi mais elevada nos

homens.

ADELIA 2002

Onsa 16

Quadro 4 - Distribuição percentual dos acidentes registados por local de ocorrência, por sexo e grupo

etário.

<= 4 5-9 10-14 15-19 20-34 35-64 65-74 >= 75 Total

Total n=3521 n=2704 n=3135 n=1585 n=3491 n=4958 n=1621 n=1707 n=22722

Casa

Escola/Inst.

Ar livre

Outro

75.9

7.8

4.8

11.5

42.2

28.7

8.7

20.5

20.4

47.1

8.8

23.6

28.4

24.4

14.0

33.2

47.5

2.4

14.2

35.9

60.7

1.2

13.2

24.9

62.4

1.5

12.6

23.5

71.2

2.7

8.6

17.5

51.9

13.8

10.6

23.7

Sexo

Masculino n=2048 n=1722 n=1906 n=1042 n=2365 n=2526 n=586 n=498 n=12693

Casa

Escola/Inst.

Ar livre

Outro

75.2

8.8

4.9

11.0

40.0

28.7

9.3

22.0

20.2

43.0

10.2

26.6

24.8

19.7

15.8

39.7

40.2

2.2

15.5

42.1

53.2

1.0

14.5

31.4

56.1

1.0

14.3

28.5

58.8

1.8

12.7

26.7

45.6

14.1

11.8

28.5

Feminino n=1473 n=982 n=1229 n=543 n=1126 n=2432 n=1035 n=1209 n=10029

Casa

Escola/Inst.

Ar livre

Outro

76.9

6.2

4.7

12.2

46.0

28.7

7.5

17.7

20.7

53.5

6.8

19.0

35.4

33.5

10.5

20.6

62.8

2.7

11.5

23.1

68.5

1.5

11.8

18.2

66.0

1.7

11.6

20.7

76.3

3.1

6.9

13.6

59.9

13.3

9.0

17.7

ADELIA 2002

Onsa 17

Actividade na altura do acidente

Quadro 5 – Distribuição dos ADL registados por actividade na altura do acidente, nos Hospitais e

Centros de Saúde

Actividade Hospitais

n=22097

Centros de Saúde

n=627

Total

n=22724

Doméstica 19,5 13,7 19,4

Bricolage 2,8 5,3 2,9

Educativa 4,2 6,7 4,3

Lazer 34,7 40,0 34,9

Exercício físico 6,6 7,3 6,7

Actividade vital 5,6 13,4 5,8

Outra 26,5 13,6 26,1

A actividade de lazer foi a que apresentou a proporção mais elevada (34,9%), seguida da

doméstica (19.4%) e do exercício físico (6,7%). Esta ordenação foi idêntica tanto nos

Hospitais como nos Centros de Saúde. Refira-se ainda que em termos globais a segunda

categoria mais especificada foi a outra actividade (Quadro 5).

Na Figura 7 pode ver-se a distribuição percentual dos ADL registados, de acordo com o tipo

de actividade desenvolvida na altura pela vítima.

0 10 20 30 40

Doméstica

Bricolage

Educativa

Lazer

Exercício Físico

Actividade Vital

Outra

Centros de Saúde

Hospitais

Figura 7 Percentagem das actividades mais desenvolvidas no momento de ADL em ambas as

unidades de saúde

ADELIA 2002

Onsa 18

Quadro 6 - Distribuição percentual dos acidentes registados por Actividade, por sexo e grupo etário.

Até dos 19 anos de idade a actividade que apresentou a percentagem mais elevada foi a do

Lazer, que foi também a que predominou em termos gerais. Dos 20 anos em diante foi na

actividade Doméstica que os acidentes mais se concentraram (Quadro 6). É também de

apontar que foi nos grupos etários dos 10-14 e 15-19 que surgiram os valores mais elevados

da percentagem de acidentes durante o Exercício físico.

No que respeita à comparação entre os sexos, até aos 14 anos de idade, foi o Lazer que

prevaleceu em ambos os sexos. Nos homens esta predominância continuou até aos 34

anos, passando depois a ocupar, em termos de grandeza, um valor muito próximo do

apresentado pela actividade Doméstica. Em relação às mulheres, dos 14 anos em diante a

distribuição foi diferente da dos homens, mais especificamente: dos 15-19 anos foi o

Exercício físico que apresentou a maior percentagem e, dos 20 anos em diante, a actividade

Doméstica dominou sempre com valores acima ou muito perto dos 40%.

<= 4 5-9 10-14 15-19 20-34 35-64 65-74 >= 75 Total

Total n=3521 n=2704 n=3135 n=1585 n=3491 n=4958 n=1621 n=1707 n=22722

Doméstica

Lazer

Exercício Físico

Outro

5.1

62.9

0.3

31.6

3.2

65.6

3.1

28.2

3.7

41.3

20.8

34.3

11.2

26.8

24.4

37.7

26.2

24.3

8.8

40.6

35.8

17.2

1.4

45.6

35.3

16.3

0.2

48.2

33.8

14.6

0.1

51.5

19.4

34.9

6.7

39.1

Sexo

Masculino n=2048 n=1722 n=1906 n=1042 n=2365 n=2526 n=586 n=498 n=12693

Doméstica

Lazer

Exercício Físico

Outro

4.6

63.6

0.4

31.3

3.3

66.6

3.4

26.8

3.2

44.2

18.7

33.8

9.6

31.5

23.9

35.0

9.7

28.8

12.0

39.6

25.4

20.0

2.3

52.3

23.7

19.3

0.3

56.7

20.1

20.1

0.2

59.6

13.1

39.5

8.0

39.4

Feminino n=1473 n=982 n=1229 n=543 n=1126 n=2432 n=1035 n=1209 n=10029

Doméstica

Lazer

Exercício Físico

Outro

5.9

61.9

0.1

32.0

3.0

63.8

2.5

30.7

4.4

36.7

23.9

35.0

14.2

17.9

25.2

42.7

40.1

14.9

2.1

42.9

46.5

14.2

0.5

38.7

41.8

14.6

0.1

43.5

39.5

12.4

0.0

48.1

27.3

28.9

4.9

38.8

ADELIA 2002

Onsa 19

Mecanismos da lesão

No que respeita ao mecanismo do acidente verificou-se que a queda foi a mais registada,

com 66,0% nos Hospitais e 61,6% nos Centros de Saúde (Quadro 7).

Quadro 7 – Distribuição dos ADL registados por mecanismo da lesão, nos Hospitais e Centros de

Saúde

Mecanismo da lesão Hospitais

n=22097

Centros de Saúde

n=627

Total

n=22724

Queda 66,0 61,6 65,9

Atingido por... 15,5 16,6 15,5

Compressão/Corte 6,6 16,1 6,9

Corpo Estranho 2,3 1,1 2,3

Asfixia 0,0 - 0,0

Envenenamento 0,1 - 0,1

Intoxicação 1,0 0,2 1,0

Queimadura 1,5 1,9 1,5

Electricidade 0,0 - 0,0

Esforço 2,4 0,3 2,4

Outro - - -

0 10 20 30 40 50 60 70

QuedaAtingido por...

Compressão/CorteCorpo Estranho

AsfixiaEnvenenamento

IntoxicaçãoQueimaduraElectricidade

EsforçoOutro

Centros de SaúdeHospitais

Figura 8 - Percentagem dos mecanismos envolvidos no momento de ADL em cada tipo de unidade

de saúde

ADELIA 2002

Onsa 20

O mecanismo atingido por... e Compressão/corte surgiram como o 2º e 3º mais apontado,

tanto nos Hospitais e Centros de Saúde, conforme se pode verificar na Figura 8.

Quadro 8 - Distribuição percentual dos acidentes registados por Mecanismo da Lesão, por sexo e

grupo etário.

Os acidentes que tiveram como mecanismo de lesão a queda foram os mais frequentes em

todos os grupos etários, com um peso mais acentuado nos grupos etários extremos; em

especial nos indivíduos com mais de 65 anos, onde as quedas representaram mais de 80%

dos acidentes registados. O mecanismo da lesão atingido por… apresentou as

percentagens mais elevadas nos grupos etários entre os 5 e os 64 anos.

As diferenças entre os sexos não foram muito notórias, destaca-se no entanto, a subida

mais acentuada da percentagem de acidentes por queda, nas mulheres a partir dos 35

anos, e a maior percentagem de acidentes com mecanismo da lesão atingido por… nos

homens, para os grupos etários 35-64 e 64-74.

<= 4 5-9 10-14 15-19 20-34 35-64 65-74 >= 75 Total

Total n=3360 n=2563 n=2945 n=1506 n=3309 n=4780 n=1588 n=1694 n=21745

Queda

Atingido por

Compressão/corte

Outro

74.6

9.6

4.7

11.1

72.0

16.4

5.3

6.3

70.3

20.0

4.7

5.1

63.5

20.3

9.0

7.1

53.0

24.2

11.5

11.3

62.6

18.8

10.4

8.2

81.5

8.3

5.5

4.7

92.0

3.1

2.1

2.8

68.9

16.2

7.2

7.7

Sexo

Masculino n=1962 n=1633 n=1792 n=992 n=2245 n=2412 n=570 n=494 n=12100

Queda

Atingido por

Compressão/corte

Outro

76.0

9.8

4.5

9.6

70.4

18.6

5.5

5.6

70.4

20.2

4.8

4.6

65.3

19.1

9.3

6.4

50.7

27.8

11.4

10.1

55.0

24.8

11.5

8.7

70.4

15.4

9.6

4.6

87.4

4.9

3.2

4.5

64.9

19.7

7.9

7.5

Feminino n=1398 n=930 n=1153 n=514 n=1064 n=2368 n=1018 n=1200 n=9645

Queda

Atingido por

Compressão/corte

Outro

72.6

9.3

4.9

13.2

74.8

12.7

4.9

7.5

70.2

19.7

4.4

5.7

60.1

22.8

8.6

8.6

57.8

16.6

11.7

13.8

70.4

12.7

9.2

7.7

87.7

4.3

3.2

4.7

93.8

2.4

1.6

2.2

73.9

11.8

6.3

8.0

ADELIA 2002

Onsa 21

Tipo de lesão

Analisando a distribuição por tipo de lesão, constatou-se que a Contusão/hematoma foi a

mais frequente nos Hospitais (50,1%) e a segunda mais referida nos Centros de Saúde

(34,9%) (Quadro 9).

Por outro lado a ferida aberta, que foi a segunda mais referida nos Hospitais (16,0%),

apareceu como a mais frequente nos Centros de Saúde (41,1%).

Estes dados podem ser observados vistos na Figura 9, em termos de distribuição

percentual.

Quadro 9 – Distribuição dos ADL registados por tipo de lesão, nos Hospitais e Centros de Saúde

Tipo de Lesão

Hospitais

n=22097

Centros de Saúde

n=627

Total

n=22724

Concussão 5,2 10,7 5,3

Contusão/Hematoma 50,1 34,9 49,7

Esfolamento 1,4 4,8 1,5

Ferida Aberta 16,0 41,1 16,7

Compressão 0,8 0,5 0,8

Amputação 0,0 - 0,0

Envenenamento 0,4 - 0,4

Queimadura 1,7 2,1 1,7

Corrosão (química) 0,1 0,2 0,1

Electrocussão 0,0 - 0,0

Radiação (solar, raio X, etc.) 0,0 - 0,0

Asfixia 0,1 - 0,1

Nenhuma lesão diagnosticada - 0,7 0,7

ADELIA 2002

Onsa 22

0 10 20 30 40 50 60

ConcussãoContusão/Hematoma

EsfolamentoFerida AbertaCompressãoAmputação

EnvenenamentoQueimadura

Corrosão (química)Electrocussão

Radiação (solar, raio X, etc.)Asfixia

Nenhuma lesão diagnosticada Centros de Saúde

Hospitais

Figura 9 Percentagem do tipo de lesão dos ADL em cada tipo de unidade de saúde

Da análise do Quadro 10, apesar de se observarem algumas oscilações nos valores

percentuais, a distribuição dos acidentes pelo tipo de lesão registada para total não variou

de forma muito relevante entre os grupos etários, para o total e para cada um dos géneros.

ADELIA 2002

Onsa 23

Quadro 10 - Distribuição percentual dos acidentes registados por Tipo de Lesão, por sexo e grupo

etário.

<= 4 5-9 10-14 15-19 20-34 35-64 65-74 >= 75 Total

Total n=3521 n=2704 n=3135 n=1585 n=3491 n=4958 n=1621 n=1707 n=22722

Contusão/hematoma

Concussão

Ferida aberta

Outro

39.9

22.9

2.6

34.5

42.8

21.9

2.7

32.7

52.6

10.2

5.0

32.2

56.7

13.3

5.6

24.4

50.4

16.3

6.0

27.3

50.7

16.8

6.5

26.0

55.0

14.1

8.4

22.5

59.3

14.1

7.8

18.8

49.7

16.7

5.3

28.3

Sexo

Masculino n=2048 n=1722 n=1906 n=1042 n=2365 n=2526 n=586 n=498 n=12693

Contusão/hematoma

Concussão

Ferida aberta

Outro

40.6

25.1

2.5

31.7

41.2

24.7

2.7

31.4

50.9

12.4

5.1

31.5

58.2

14.7

5.2

22.0

50.7

17.8

5.2

26.3

46.1

21.1

5.6

27.2

46.9

22.0

7.5

23.5

52.0

20.1

6.8

21.1

47.4

19.8

4.7

28.2

Feminino n=1473 n=982 n=1229 n=543 n=1126 n=2432 n=1035 n=1209 n=10029

Contusão/hematoma

Concussão

Ferida aberta

Outro

38.9

19.9

2.8

38.4

45.4

17.0

2.7

34.8

55.2

6.8

4.8

33.1

53.8

10.7

6.4

29.1

49.8

13.2

7.5

29.4

55.6

12.3

7.4

24.7

59.6

9.7

8.9

21.8

62.4

11.6

8.2

17.9

52.6

12.9

6.2

28.4

ADELIA 2002

Onsa 24

Parte do corpo lesada

A parte do corpo mais envolvida no acidente, como ilustra o Quadro 11, foram os membros

(Hospitais – 58,8% e Centros de Saúde – 58,2%), seguida da cabeça (Hospitais – 31,4% e

Centros de Saúde – 35,9%) conforme se pode ver na Figura 10.

Quadro 11 – Distribuição dos ADL registados por parte do corpo lesada

Parte do corpo

Hospitais

n=22097

Centros de Saúde

n=627

Total

n=22724

Cabeça 31,4 35,9 31,5

Tronco 9,8 5,9 9,7

Membros 58,8 58,2 58,8

0 20 40 60

Cabeça

Tronco

Membros

Centro de Saúde

Hospital

Figura 10 Distribuição dos ADL por parte do corpo envolvida, em cada tipo de unidade de saúde

ADELIA 2002

Onsa 25

Quadro 12 - Distribuição percentual dos acidentes registados por Parte do Corpo Lesionada, por sexo

e grupo etário.

Os membros foram a localização mais referida nos acidentes registados, em todos os

grupos etários com excepção dos acidentes com indivíduos pertencentes ao grupo etário

<=4 anos, onde a cabeça foi a parte do corpo afectada com maior frequência (65.4%)

(Quadro 12).

A percentagem de acidentes que lesaram o tronco foi subindo gradualmente com a idade,

começando com 3.7% no grupo etário <=4 anos e atingindo 18.2% no grupo etário >=75

anos.

No que respeita à percentagem de acidentes que provocaram lesão nos membros, o

comportamento ao longo dos grupos etário não foi tão linear, pois a partir do grupo etário 5-

9 anos, teve um crescimento até ao grupo etário dos 15-19 anos, descendo em seguida de

forma consistente.

<= 4 5-9 10-14 15-19 20-34 35-64 65-74 >= 75 Total

Total n=3521 n=2704 n=3135 n=1585 n=3491 n=4958 n=1621 n=1707 n=22722

Cabeça

Tronco

Membros

65.4

3.7

30.9

42.4

5.5

52.1

19.3

6.1

74.7

16.5

9.1

74.4

24.1

10.4

65.5

23.0

13.4

63.5

22.8

15.7

61.4

28.7

18.2

53.1

31.5

9.7

58.8

Sexo

Masculino n=2048 n=1722 n=1906 n=1042 n=2365 n=2526 n=586 n=498 n=12693

Cabeça

Tronco

Membros

68.1

3.7

28.2

44.0

5.3

50.7

20.9

5.7

73.4

15.9

8.3

75.7

26.4

9.7

63.9

29.0

13.7

57.2

30.2

16.4

53.4

37.8

20.3

42.0

35.0

8.9

56.1

Feminino n=1473 n=982 n=1229 n=543 n=1126 n=2432 n=1035 n=1209 n=10029

Cabeça

Tronco

Membros

61.6

3.8

34.6

39.5

5.8

54.7

16.8

6.6

76.6

17.7

10.5

71.8

19.1

11.9

69.0

16.8

13.1

70.1

18.6

15.4

66.0

25.0

17.3

57.7

27.1

10.7

62.2

ADELIA 2002

Onsa 26

Seguimento do acidentado

Quanto ao seguimento dado ao acidentado, o exterior não referenciado ocupa 79.3% dos

registos nos Hospitais seguido do Serviço de internamento (5.0%) e a consulta externa. Nos

Centros de Saúde foi o domicilio que surgiu em primeiro lugar 38.9% seguido do não

especificado 27.1% e dos cuidados hospitalares com 23.0%. A percentagem de falecidos foi

de 0.02% (Quadro 13).

Quadro 13 – Distribuição dos ADL por seguimento dado ao acidentado.

Seguimento

Hospitais

n=21937

Seguimento

Centros Saúde

n=627

Abandono

Consulta externa

Serviço de internamento

Exterior não referenciado

Falecido

Outro Hospital

Saída contra parecer medico

Alta disciplinar

ARS/Centro de saúde

Alta administrativa

Recobro

Outro

0,5

4,8

5,0

79,3

0,0

3,0

0,2

0,0

0,2

0,8

0,0

5,5

Domicilio

Ambulatório

Cuidados hospitalares

Não especificado

38,9

11,9

23,0

27,1

A percentagem de acidentes que geraram internamento foi de 5.0%, este valor não se

distribui uniformemente entre os grupos etários. Como se pode verificar pelo Quadro 14 a

percentagem de internamento tomou os seus valores mais elevados nos grupos etários

extremos, apresentando valores mais elevados nos indivíduos mais idosos (>=75, 12.4%).

Por outro lado foi no grupo etário 15-19 anos que a percentagem de internamento atingiu o

valor mais baixo, com 1.6%.

Em termos gerais, o tempo médio de internamento foi de 7 dias. No entanto este valor

cresceu com a idade do acidentado, começando com um valor médio de 3 dias para o grupo

etário <=4 e atingindo um tempo médio de 12 dias no grupo etário >=75.

Entre os sexos não parecem existir diferenças muito notórias.

ADELIA 2002

Onsa 27

Quadro 14 - Percentagem de ADL com internamento e média do tempo de internamento (em dias)

por sexo e grupo etário.

Masculino Feminino Total

% n Média n* % n Média n* % n Média n*

Total 4,7 12280 6 633 5,3 9657 9 565 5,0 21937 7 1198

Grupo etário

≤ 4 6,6 1991 3 139 5,4 1442 3 83 6,1 3433 3 139

5 – 9 5,8 1666 4 103 4,9 937 4 52 5,5 2603 4 103

10 – 14 4,6 1835 4 95 2,8 1166 4 42 3,9 3001 4 95

15 – 19 2,0 1010 5 22 0,8 519 4 12 1,6 1529 5 22

20 – 34 2,3 2300 7 64 1,9 1095 6 25 2,2 3359 7 64

35 – 64 4,0 2452 7 106 3,7 2350 9 107 3,9 4802 7 106

65 – 74 7,1 553 10 40 7,0 993 12 72 7,1 1564 10 40

≥ 75 12,5 473 12 64 14,7 1153 14 171 14,0 1626 12 64

n* - número casos internados

Quadro 15 - Distribuição da percentagem de ADL com internamentos e a média (em dias) do

respectivo tempo de internamento por tipo de lesão.

% n Média n*

Tipo de Lesão

Concussão 5,2 1143 8 59

Contusão, hematoma 5,8 11071 9 639

Esfolamento 4,3 302 8 13

Ferida aberta 3,7 3545 5 131

Compressão 4,1 171 4 7

Amputação 0,0 5 - -

Envenenamento 29,6 81 4 24

Queimadura, escaldamento (térmico) 11,5 373 15 43

Corrosão (química) 15,2 33 12 5

Electrocussão 25,0 4 52 1

Radiação (raios solares, raio x, etc) 0,0 6 - -

Asfixia 38,9 18 5 7

Nenhuma lesão diagnosticada 2,7 149 1 4

Tipo de lesão não especificado 5,1 5196 4 265

n* - número casos internados

ADELIA 2002

Onsa 28

A distribuição da percentagem de internamento e do seu respectivo tempo médio pelo tipo

de lesão também não foi uniforme (Quadro 15). Nomeadamente, os valores mais elevados

da percentagem de internamento foram atingidos para a asfixia (38,9%), o envenenamento

(29.6%), a electrocussão (25,0%), a corrosão (15,2%) e a queimadura/escaldamento

(11,5%). Por outro lado, os tipos de lesão que originaram o maior tempo de internamento

foram a electrocussão (52 dias), a queimadura (15 dias) e a corrosão (química) (12 dias).

ADELIA 2002

Onsa 29

Anexo I

Local da Ocorrência

Nível 1

Cod Descrição 0 Áreas de transporte 1 Casa 2 Locais de trabalho e campo 3 Área de comércio e serviços 4 Escola, área institucional e recintos públicos 5 Área desportiva 6 Área de diversão e entretenimento 7 Ar livre 9 Outros locais e não especificados

Nível 2

0 Áreas de transporte

Cod Descrição 001 Passeio 010 Pista de bicicletas 020 Auto-estrada 030 Estrada rural 040 Estrada urbana 060 Paragem de autocarro 070 Cais 002 Rua 061 Estação de comboios

1 Casa

Cod Descrição 101 Cozinha 110 Sala de estar 120 Casa de banho ou de lavagens 130 Escadas interiores 140 Interior da residência, outros 150 Residência, exteriores 160 Pátio de recreio na área residencial 170 Jardim 181 Caminho automóvel privado 111 Quarto 121 Lavandaria 182 Estacionamento 180 Garagem

ADELIA 2002

Onsa 30

2 Locais de trabalho e campo

Cod Descrição 202 Quinta 212 Floresta 220 Mina 232 Oficina 240 Obras públicas 260 Armazém 270 Escritório 211 Plantação 221 Pedreira 230 Fábrica 231 Estaleiro naval 200 Quintal 201 Fazenda 210 Campo

3 Área de serviço e comércio

Cod Descrição 300 Loja 320 Hotel 301 Mercado 321 Motel 340 Centro comercial 330 Supermercado

4 Escola, área institucional e recintos públicos

Cod Descrição 400 Creche 412 Escola 420 Recreio escolar 440 Serviços públicos 451 Hospital 460 Casa de repouso 470 Quartel 411 Colégio 410 Universidade 452 Clinica 450 Centro de saúde 403 Infantário 402 Jardim infantil 401 Ama 462 Lar 461 Instituição para deficientes

ADELIA 2002

Onsa 31

5 Área desportiva

Cod Descrição 500 Ginásio 510 Campo de jogos 520 Piscina 590 Área desportiva não especificada 511 Estádio

6 Área de diversão e entretenimento

Cod Descrição 601 Restaurante 610 Discoteca 621 Cinema 630 Parque de diversões 640 Parque infantil 650 Jardim público 690 Área de parque, diversão e entretenimento, não 603 Café 602 Bar 600 Pastelaria 620 Teatro 622 Sala de concertos

7 Ar livre

Cod Descrição 700 Terreno não cultivado 740 Praia 760 Campismo 800 Mar 810 Lago 820 Rio 830 Embarcação 890 Mar e zona aquática, não especificado 821 Ribeira 822 Barragem 823 Albufeira

ADELIA 2002

Onsa 32

Mecanismo da Lesão

Nível 1

Cod Descrição 00 Queda 01 Atingido por 02 Compressão, corte, perfuração 03 Corpo estranho em orifício natural 04 Asfixia 05 Corrosão 06 Envenenamento 07 Intoxicação 08 Queimadura 09 Electricidade 10 Esforço exagerado agudo do corpo ou parte do corpo 11 Acústico 99 Outro

Nível 2

00 Queda

Cod Descrição 001 Queda ao mesmo nível 003 Queda sobre ou de escadas 009 Queda, não especificado

01 Atingido por

Cod Descrição 010 Objecto em movimento 011 Objecto parado 012 Pessoa 013 Animal

02 Compressão, corte, perfuração

Cod Descrição 020 Beliscão, compressão 021 Corte 022 Golpe 023 Rasgão 024 Furo, perfuração 025 Mordida 026 Picada

ADELIA 2002

Onsa 33

03 Corpo estranho em orifício natural

Cod Descrição 030 Olho 031 Nariz 032 Boca 033 Orelha 038 Outro orifício natural

04 Asfixia

Cod Descrição 040 Estrangulamento 042 Afogamento 049 Asfixia, não especificado

08 Queimadura

Cod Descrição 080 Líquido 081 Vapor 082 Objecto 083 Chamas/Incêndio

ADELIA 2002

Onsa 34

Actividade

Nível 1

Cod Descrição 1 Doméstica 2 Bricolage 3 Educativa 4 Lazer 5 Exercício físico 6 Actividade vital (básica) 8 Outra actividade

Nível 2

1 Doméstica

Cod Descrição 10 Cozinhar 11 Limpar 12 Tratar de crianças, etc. 13 Compras 14 Jardinagem

4 Lazer

Cod Descrição 40 Brincar 41 Hobby 49 Actividade lúdica e de lazer não

5 Desporto

Cod Descrição 50 Educação Física 51 Desporto 59 Actividade desportiva não especificada

6 Actividade vital (Básica)

Cod Descrição 60 Comer 61 Dormir 62 Higiene pessoal 69 Outra actividade vital não especificada

ADELIA 2002

Onsa 35

Tipo de lesão

Cod Descrição 1 Concussão 2 Contusão, hematoma 3 Esfolamento 4 Ferida aberta 11 Compressão 12 Amputação 13 Envenenamento 14 Queimadura, escaldamento (térmico) 15 Corrosão (química) 16 Electrocussão 17 Radiação (raios solares, raio X, etc.) 19 Asfixia 97 Não se diagnosticou nenhuma lesão 99 Tipo de lesão não especificado

ADELIA 2002

Onsa 36

Parte do corpo lesada

Cabeça

Cod Descrição 02 Não 12 Craneo 13 Olho 14 Orelha 15 Nariz 16 Boca 17 Pescoço 19 Outro

Tronco

Cod Descrição 02 Não 21 Peito, esterno 22 Coluna 23 Abdómen 24 Pélvis 25 Genitais 29 Outro

Membros

Cod Descrição 02 Não 31 Ombro 32 Braço 33 Mão 34 Anca 35 Perna 36 Pé 39 Outro

This report was produced by a contractor for Health & Consumer Protection Directorate General and represents the views of thecontractor or author. These views have not been adopted or in any way approved by the Commission and do not necessarilyrepresent the view of the Commission or the Directorate General for Health and Consumer Protection. The EuropeanCommission does not guarantee the accuracy of the data included in this study, nor does it accept responsibility for any use madethereof.