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Homilia Sobre a Santa Ceia

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Page 1: Homilia Sobre a Santa Ceia

SERMÃO EM Lc. 22: 19 - 23 SOBRE “A CEIA DO SENHOR”

DO BACHAREL HEBER BERTUCCI PARA A IGREJA PRESBITERIANA REV. JMC

INTRODUÇÃO

1. Irmãos, hoje interromperemos a nossa seqüência do estudo da vida dos apóstolos para tratar de um assunto de extrema impor-tância para a vida da Igreja: a Ceia do Senhor. Hoje é o primeiro domingo do mês e a noite, os membros em plena comunhão com esta Igreja do Senhor Jesus participarão da Santa Ceia. Por isso é importante explicá-la para que participemos dela com conhecimen-to do que a Bíblia e a história falam sobre este assunto.

I – A PÁSCOA JUDAICA E A CEIA DO SENHOR

2. Em primeiro lugar é necessário que entendamos as raízes da Ceia do Senhor do Novo Testamento. De acordo com Oskar Skar-saune, no livro “À Sombra do Templo”, a maioria dos especialistas bíblicos concorda entre si que a Santa Ceia do Senhor deve ser es-tudada tomando-se como referência a ceia pascal dos judeus. Se-gundo ele, o próprio nome “eucaristia” que foi dado a Santa Ceia pelos cristãos primitivos, tem forte conexão com a cultura judaica porque “É um nome judeu, uma vez que procede do termo original judai-

co dado às orações feitas por ocasião das refeições. Antes e depois de cear, os judeus agradeciam a seu Deus de acordo com um formato especial de

oração, conforme prescrito no livro de Deuteronômio 8:10...”. 1 Ali diz: “Comerás, e te fartarás, e louvarás o SENHOR, teu Deus, pela boa

terra que te deu.” Segundo Skarsaune, “Assim, a oração dos judeus à hora da refeição começava da seguinte forma: ‘Bendito sois vós que nos proporcionastes...’. Essa oração era conhecida como ‘uma benção [do Se-nhor]’, e benção nesse sentido, em grego, traduz-se por eulogia ou eucha-ristia. Isso nos dá de imediato uma primeira referência acerca do contexto

original da Eucharistia: a ceia judaica.” 2

3. Há algumas semelhanças entre o ritual judaico da páscoa e a ceia do Senhor. Não entraremos em detalhes por questão de tem-po, mas, neste momento, o que nos interessa é saber que a Santa Ceia cristã tem laços convictos com a ceia pascal judaica, embora o seu significado tenha passado da libertação de Israel do cativeiro egípcio, para a libertação que os filhos de Deus tem em Jesus Cristo.

II – FORMAS EUCARÍSTICAS DOS PRIMEIROS SÉCULOS

4. Em segundo lugar é preciso que nós resumamos sobre as formas eucarísticas do primeiro século. Para isso, devemos observar primeiramente que a narrativa da Ceia se encontra nos três primei-

1 SKARSAUNE, Oskar. À sombra do templo: as influências do judaísmo no cristia-nismo primitivo. Tradução de Antivan G. Mendes. São Paulo – SP: Vida , 2004. p. 415. 2 Ibid., p. 415.

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ros Evangelhos. 3 No entanto, a Carta que mais nos explica a prática da Ceia no primeiro século é a primeira do Apóstolo Paulo à Igreja de Corinto, no seu capítulo 11. Mas quem lê esses textos logo per-cebe que eles não nos dão um panorama completo de como era rea-lizada a Ceia naquele tempo. Por isso, o historiador Russel Cham-plin ensina que “Nossas informações sobre a natureza exata da cerimônia da ceia do senhor não são muito grandes, pelo que várias coisas permane-

cem a respeito que continuam um tanto incertas.” 4

5. É possível, em termos de prática, que existia uma múltipa

forma 5 de se celebrar a Ceia, cada uma em certas regiões do mundo

cristão primitivo. 6 A que Paulo se refere em I Co. 11 talvez fosse uma “... festividade, uma refeição, provavelmente em imitação à celebração

da Páscoa pelos judeus.” 7 O nome que se dava a esta festa era agapae que significava “festa do amor”. Esta festa acompanhava a Ceia do Senhor e nela era comum que “... o povo tr[rouxesse] os ingredientes

3 Cf.: Mt. 26: 26 – 29; Mc. 14: 22 – 25 e Lc. 22: 19 – 20.

4 Ceia do Senhor. In: CHAMPLIN, Russel Norman. Enciclopédia de Bíblia teolo-gia e filosofia. 6. ed. São Paulo – SP: Hagnos, v. 1 (A - C), 2002. p. 690. 5 Cf.: BENTO XVI. Sacramentum Caritatis. São Paulo – SP: Loyola, 2007. Introd-ção, 3, p. 8 – 9. (Coleção “Documentos do Magistério”). [Exortação apostólica pós - sinodal dada em Roma em 22 de fevereiro de 2007]. 6 Cf.: Ceia do Senhor. In: Russel N. CHAMPLIN, Enciclopédia de Bíblia teologia e filosofia, p. 690. 7 Ibid., p. 691.

necessários...”. 8 Neste caso, a Ceia ocorria apenas após a refeição

comum. 9

6. Sobre quem presidia o rito da Ceia devemos ensinar que e-ram os ministros regulares de cada região. Talvez na ausência de-

les, algum crente ordinário pudesse presidir a reunião. 10 A idéia de que somente os ministros autorizados poderiam presidir a Ceia do Senhor foi determinada por Clemente de Roma, que teria sido o 4º

bispo de Roma, no fim do primeiro século. 11 Em sua primeira Carta a Igreja de Corinto ele diz que “... é nosso dever cumprir em boa ordem tudo aquilo que o Senhor nos ordenou fazer (...) Ele estabeleceu, por sua suprema autoridade, onde e por quem devem ser celebradas as funções litúrgicas] (...) ao sumo sacerdote foram confiadas suas funções litúrgi-

cas próprias (...) o leigo está ligado aos encargos leigos.” 12 Claro que, onde Clemente diz “sumo sacerdote”, devemos interpretar como “ministro autorizado pelo Senhor”, isto é, o líder da Igreja local, devidamente instalado em seu cargo.

8 BERKHOF, Louis. Teologia sistemática. Tradução de Odayr Olivetti. 2. ed. São Paulo – SP: Cultura Cristã, 2004. p. 595. 9 Cf.: Ceia do Senhor. In: Russel N. CHAMPLIN, Enciclopédia de Bíblia teologia e filosofia, p. 691.

10 Cf.: Ibid., p. 691.

11 Cf.: Clemente I de Roma 92 (88?) – 101 (97?). In: DENZINGER, Heinrich; HÜNERMANN, Peter. (Orgs.). Compêndio dos símbolos, definições e declara-ções de fé e moral. Traduzido com base na 40ª edição alemã (2005) por José M. Luz e Johan Konings. São Paulo – SP: Paulinas / Loyola, 2007. p. 43.

12 Cf.: Clemente I de Roma 92 (88?) – 101 (97?). In: Ibid., A ordem hierárquica entre os membros da Igreja, p. 43.

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7. Nós, da Igreja presbiteriana do Brasil, observamos de forma rigorosa este preceito de que apenas alguém devidamente instalado no cargo pastoral, pode liderar a realização da Ceia do senhor. Nos-sa Constituição afirma que isso é uma das funções privativas do

pastor. 13 Nem presbítero, nem diácono, e nem o membro da Igreja tem autoridade para liderar a Santa Ceia, mas apenas o líder da I-greja, o seu Reverendo.

8. Entretanto, nosso Princípio de Liturgia, afirma que os pres-bíteros devem auxiliar o ministro que dirige a Ceia na distribuição de seus elementos, a saber, o pão e o cálice. É importante também sabermos que o Manual diz que “Na falta ou impedimento de presbíte-ros, o ministro poderá convidar diáconos ou membros da Igreja, de reco-

nhecida piedade, para auxiliar na distribuição dos elementos.” 14 Na prá-tica, a ordem de distribuição dos elementos da Ceia geralmente é: Presbíteros regentes, na falta, presbíteros em disponibilidade, na falta, diáconos, na falta, membro da Igreja com reconhecida pieda-de.

III – A DOUTRINA DA SANTA CEIA NA HISTÓRIA MEDIE-VAL: A TRANSUBSTANCIAÇÃO

9. Vistas estas questões, nos cabe agora dar um resumo da doutrina da Santa Ceia no período da idade Média. Mas, para nos referirmos a este período, devemos saber o que Agostinho pensava

13 Cf.: Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil. In: CAMPOS, Silas de. (Org). Manual presbiteriano com jurisprudência. 2. ed. São Paulo – SP: Cultura Cris-tã, 2007. At. 31, a, p. 23.

14 Princípios de liturgia. In: Ibid., Art. 15, parágrafo único, p. 143.

sobre o assunto porque ele foi fundamental para as controvérsias da Ceia neste período.

10. Uma das coisas que praticamente todos os cristãos da Igre-ja Primitiva tinham convicção era que a presença real de cristo nos elementos da Ceia do Senhor era verdadeira. Mas, a grande per-gunta era: “Essa presença real de Cristo no pão e no vinho devem ser entendidas simbolicamente ou literalmente”? Agostinho vai contribuir e muito para a resposta desta pergunta. Agostinho se

referia ao Pão e o Vinho como o corpo e o sangue de Cristo. 15 Por exemplo, em um de seus sermões ele disse: “Aquele pão que vedes sobre o altar, santificado pela Palavra de Deus, é o corpo de Cristo. Aquele

cálice, santificado pela Palavra de Deus, é o sangue de Cristo.” 16

11. Entretanto, Agostinho não para por aí. Ele vai além disso e ensina que na Ceia temos dois símbolos: o pão e o vinho. Ora, um símbolo é um sinal que representa uma realidade que vai além de si

mesmo. 17 Então, quando Agostinho afirma que a Ceia do senhor é um símbolo ele está fazendo uma distinção entre o sinal, isto é, o pão e o vinho, e a coisa significada, que é o corpo e o sangue de Cristo. Para ele, não havia nestes sinais uma mudança de essência,

15 Cf.: HAGGLUND, Bengt. História da Teologia. Tradução de Mário L. Rehfeldt e Gládis K. Rehfeldt. Porto Alegre – RS: Concórdia, 1973. p. 131.

16 Eucaristia, Ceia do senhor. In: FERREIRA, Franklin. Agostinho de A a Z. Tra-dução das citações em latim: Paulo J. Benício. São Paulo – SP: Vida Acadêmica, p. 98. (Coleção “Pensadores Cristãos”). 17 Cf.: COSTA, Hermisten Maia P. Os Símbolos de Fé na história: sua relevância e limitações. Fides Reformata. São Paulo – SP: Mackenzie, v. IX, n. 1, p. 54, 2004. (Revista do Centro Presbiteriano de Pós – Graduação Andrew Jumper – CPAJ).

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isto é, o pão jamais viraria de fato, o corpo de Cristo, e nem o vinho,

o sangue de Cristo. 18

12. Mas na Idade Média o conceito simbólico de Agostinho foi, aos poucos, sendo substituído. Em 818, Pascásio Radberto apresen-tou uma doutrina diferente de Agostinho. Segundo ele, “depois da consagração, existe apenas o corpo e o sangue de Cristo, embora sob a for-ma de pão e vinho. O corpo que é dado é o mesmo que nasceu da Virgem Maria, que sofreu na cruz e ressuscitou dos mortos. A modificação que

ocorre nos elementos resulta do poder criador da Palavra onipotente.” 19

13. Só que o próprio Pascásio teve que assumir que sua posi-ção era bem misteriosa porque mesmo após a consagração, o que se via e sentia era um pedaço de pão e um pouco de vinho. Para os que o perguntavam sobre isso ele passou a defender que o símbolo se restringia apenas ao que é externo, isto é, o pão e o vinho. Já a realidade, isto é, o corpo e o sangue, ocorreriam apenas interna-

mente, isto é, dentro do homem. 20

14. Mesmo com bastante críticas, os ideais de Pascásio foram sendo desenvolvida até chegar na concepção medieval da Ceia do Senhor que é resumida no termo “transubstanciação” que significa: “mudança da substância.” Esta doutrina é aceita pela Igreja Católi-ca Romana até os dias de hoje. Vejamos de uma maneira breve co-mo os Concílios da Igreja Católica expõe esta doutrina:

15. O IV Concílio da cidade de Latrão, em 1215 escreve que o corpo e o sangue de Cristo “... são contidos verdadeiramente no sacra-

18 Cf.: Louis BERKHOF, Teologia sistemática, p. 596.

19 Bengt HAGGLUND, História da Teologia, p. 131.

20 Cf.: Ibid., p. 132.

mento do altar, sob as espécies do pão e do vinho, pois que, pelo poder divi-

no, o pão é transubstanciado no corpo e o vinho no sangue;”. 21 Por essa época, Tomás de Aquino, grande pensador medieval, chamou a Eucaristia de “Sacramento da caridade” porque nela Jesus se doou

a si mesmo e nos mostrou o grande amor de Deus por nós. 22 E ele também disse sobre a transubstanciação que a presença do verda-deiro corpo de cristo e de seu verdadeiro sangue, “... ’não se podem descobrir pelos sentidos, (...) mas só com fé, baseada na autoridade de

Deus’." 23

16. O II Concílio de Lião, em 1274 também disse que no sa-cramento da Ceia “... o pão é verdadeiramente transubstanciado no corpo

e o vinho no sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.” 24 E finalmente, o auge desta doutrina na Igreja Medieval foi o Concílio de Trento, ocorrido entre 1545 a 1563. Ele definiu a transubstanciação assim: “Ora, porque Cristo, nosso redentor, disse que aquilo que se oferecia sobre a espécie do pão (...) era verdadeiramente o seu corpo, existiu sempre na Igreja de Deus a persuasão que este santo Concílio novamente declara: pela

21 IV Concílio de Latrão (12º ecumênico): 11 – 30 nov. 1215. In: Heinrich DENZIN-

GER; Peter HÜNERMANN. (Orgs.). Compêndio dos símbolos, definições e decla-rações de fé e moral. Cap. 1. A fé católica: Definição contra os albigenses e cáta-ros, 802, p. 284.

22 Cf.: BENTO XVI, Sacramentum Caritatis, Introdução, 1, p. 7.

23 Tomás de Aquino apud CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 9. ed. [Revisada de acordo com o texto oficial em latim]. São Paulo – SP: Loyola, 2006. Segunda parte, segunda seção, cap. I, Art. 3, V,1381, p. 381.

24 II Concílio de Lião (14º ecumênico): 7 mai. – 17 jul. 1274. In: Heinrich DENZIN-

GER; Peter HÜNERMANN. (Orgs.). Compêndio dos símbolos, definições e decla-rações de fé e moral. 4ª sesão, 6 jul. 1274: Carta do imperador Miguel ao Papa Gregório: Profissão de fé do imperador Miguel Paleólogo, 860, p. 303.

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consagração do pão e do vinho realiza-se uma mudança de toda a substân-cia do pão na substância do corpo de Cristo, nosso senhor, e de toda a subs-tância do vinho na substância de seu sangue. Esta mudança foi denomina-da, convenientemente e com propriedade, pela santa Igreja católica, tran-

substanciação.” 25

17. Percebemos neste anunciado que o seu primeiro erro está na referência de que a doutrina romana da transubstanciação foi sempre presente na vida da Igreja. O Concílio de Trento se esque-ceu gravemente que Agostinho, um dos principais teólogos antigos, conforme já vimos, jamais defendeu a doutrina da transubstancia-ção. E o segundo erro, vai ser respondido pela nossa visão calvinis-ta sobre os elementos da Ceia do Senhor. Este será o nosso último ponto.

IV – A CEIA PARA O REFORMADOR JOÃO CALVINO

18. João Calvino ao falar da Ceia na história diz que “’Pouco tempo depois da era apostólica, a Ceia do Senhor ficou como que enferruja-

da por causa das invenções humanas.’” 26 Ele negava que a presença de Cristo fosse transubstancial conforme ensinava a Igreja Católica. Ao invés disso, ele defendeu a presença espiritual de Cristo nos ele-mentos da Ceia ensinando que “... Cristo, embora não corporal nem

25 Concílio de Trento (19º ecumênico): 13 dez. 1545 – 4 dez. 1563. In: Heinrich DENZINGER; Peter HÜNERMANN. (Orgs.). Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral. 13ª sessão, 11 out. 1551: Decreto sobre o sacramento da eucaristia. Cap. 4 – A transubstanciação, 1642, p. 422.

26 Santa Ceia. In: COSTA, Hermisten M. P. da. Calvino de A a Z. São Paulo – SP: Vida, 2006. p. 259. (Coleção “Pensadores Cristãos”).

localmente presente na Ceia, está, contudo, presente, e é desfrutado em sua

presença completa, corpo e sangue.” 27 Esta presença de Cristo seria então, espiritual, e isso significa que o pão e o cálice quando distri-buídos na Ceia do Senhor, continuam sendo o que são em essência, isto é: pão e vinho ou suco de uva.

19. É interessante sabermos que toda a teologia da Ceia de Calvino é pautada pelo ensino bíblico da união mística que o cristão tem com Cristo. “Ele dá ênfase à união mística dos crentes com a pessoa completa do Redentor. (...) [Calvino] parece querer dizer que o sangue e o corpo de Cristo, embora ausentes e localmente presentes só no céu, co-municam uma influência vivificante ao crente, quando ele está no ato de

receber os elementos.” 28

20. Por isso o ato em si da Ceia é importantíssimo para os cris-tãos, mesmo quando cremos que Cristo não está presente de forma real ou transubstancial nos elementos dela. Cristo está verdadeira-mente presente na ceia e nos edifica quando dela participamos. De-vemos então nos preparar para ela em santidade de vida diante de Deus para que ele nos vivifique mediante a Ceia. Calvino ainda diz que “Abençoamos o alimento que comemos para a nutrição de nosso corpo a fim de o recebermos legitimamente e sem qualquer impureza; mas consa-gramos o pão e o vinho na Ceia do Senhor, de uma forma muitíssimo mais

solene, para que sejam nossos penhores do corpo e do sangue de Cristo.” 29

21. Sendo assim sigamos o conselho de Calvino e nos prepa-remos da melhor maneira possível da Ceia do Senhor sabendo de

27 Louis BERKHOF, Teologia sistemática, p. 603.

28 Ibid., p. 603.

29 Santa Ceia. In: Hermisten M. P. da COSTA, Calvino de A a Z, p. 259.

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que tipo de alimento nós participamos. Encerramos esta mensagem com a advertência de Paulo aos Coríntios quando ele afirma: “27 …

aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente,

será réu do corpo e do sangue do Senhor. 28 Examine-se, pois, o ho-

mem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; 29 pois

quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si.”

(I Co. 11: 27 – 29).

CONCLUSÃO

22. Não deixemos isso acontecer conosco. Nos preparemos pa-ra a Ceia do senhor com bastante antecedência e viva a sua mensa-gem que é ter santidade ao Senhor mediante a nossa união mística com ele.

Que Deus nos abençoe e sustente hoje e sempre, amem.

Dado em Jandira, junto da Igreja Presbiteriana Rev. José Manoel da Conceição, no dia 5 de abril – culto matutino ao Senhor do domingo véspera da Santa Páscoa do Senhor – do ano de 2009, ano de minha licenciatura.

Licenciado Heber Ramos Bertucci