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Irradia~ao adaptativa Urn grupo ancestral pode se dispersar par varios ambientes, como florestas, campos e desertos, origi- nando novas especies. Cada ambiente tern diferentes fatores de sele<;iio natural, que podem selecionar distintas varia<;6es adaptativas. Os organismos com essas varia<;6es favoraveis podem sobreviver e originar diferentes especies, adap- tadas aos ambientes em que se desenvolvem. As no- vas especies ainda apresentariio aspectos semelhantes entre si, devido ao ancestral comum. A forma<;iio de novas especies a partir de urn an- cestral comum chama-se irradia~ao adaptativa (fi- gura 14). Figura 14 Representagao esquematica (sem escala) da prova- vel irradiagao dos mamiieros, a partir de um ancestral comum.

Homologia e Analogia

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Page 1: Homologia e Analogia

Irradia~ao adaptativaUrn grupo ancestral pode se dispersar par varios

ambientes, como florestas, campos e desertos, origi-nando novas especies.

Cada ambiente tern diferentes fatores de sele<;iionatural, que podem selecionar distintas varia<;6esadaptativas.

Os organismos com essas varia<;6es favoraveispodem sobreviver e originar diferentes especies, adap-tadas aos ambientes em que se desenvolvem. As no-vas especies ainda apresentariio aspectos semelhantesentre si, devido ao ancestral comum.

A forma<;iio de novas especies a partir de urn an-cestral comum chama-se irradia~ao adaptativa (fi-gura 14).

Figura 14 Representagao esquematica (sem escala) da prova-vel irradiagao dos mamiieros, a partir de um ancestral comum.

Page 2: Homologia e Analogia

Convergencia adaptativaCom 0 corpo quase todo submerso, ras, crocodi-

los e hipopotamos mantem olhos e narinas a superfi-cie da agua (figura 17). Tal semelhan~a nao indicaparentesco proximo, mas que sao descendentes deancestrais diferentes que ocuparam 0 mesmo ambi-ente, submetendo-se aos mesmos fatores de sele-~ao natural e que, com 0 tempo, desenvolveramaspectos adaptativos semelhantes. Esse tipo de evo-lu~ao e denominado convergencia adaptativa.

Figura 17 as animais representados nas iotos nao estao propor-cionais entre si. Ancestrais diierentes ocuparam 0 mesmo am-biente, originando especies com adaptagoes semelhantes:(a) crocodilo, (b) ra e (c) hipop6tamo.

Page 3: Homologia e Analogia

Homologia e analogiaA asa do morcego tern uma grande semelhan~a

com 0 membro superior humano quanto a estruturaintema, apresentando os mesmos tipos de ossos; en-tretanto, alguns sao mais longos, outros mais curtos.Essa semelhan~a pode ser explicada porque ambossao mamiferos com ancestralidade comum.

Homologia e a semelhan~a, quanta a estrutura,entre orgaos de especies diferentes (figura 18) quetem ancestral comum. Orgaos homologos apresen-tam, ainda, a mesma origem embrionaria.

A irradiac;:ao adaptativa resulta em homologia.

As asas de abelha sao proje~oes do exoesqueletode quitina, sem estruturas osseas intemas. Apresen-tam alguma semelhan~a com as asas de morcego,caracterizando urn caso de convergencia adaptativa.

Ancestrais diferentes originaram abelhas e mor-cegos, ambos com asas. Embora tenham estruturasdiferentes, as asas de morcego e as de abelha desem-penham amesma fun~ao, apresentando analogia (fi-gura 18).

Trata-se da semelhan~a, quanto a fun~ao, entreorgaos de ~species diferentes, e decorre de as espe-cies estarem submetidas as mesmas pressoes da se-le~ao natural.

A convergencia adaptativa resulta em analogia.

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Figura 18 Representayao esquematica (sem escala) de irra-dicayao e convergencia adaptativa. A semelhanya da estruturainterna entre (a) a membra superior humano e (b) a asa do mor-cego indica a existencia de um ancestral comum. A semelhangade funyao entre a asa de morcego e (c) a de abelha revel a aadaptayaO as mesmas condigoes ambientais.