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7^^~\-— '.' jr"l /-*—"N. j**v ANNO XXXV(lS?9p°\ v\o._^ A-«.JL03 O* ^_S_É_«_>V ¦r-1-"- '1 hykx) ^vfOK^O W^_____ __X L5^(o)^/- .'___£¦/¦& ifl^7S< Wk7Ji& WJEÇOS: MO RIO.,«500 «OS E5TADOS...8600 10 DE JANEIRO, 30 DE MARÇO DE 1938 ,'^_à._7__vjr/?'* i *^^r^S_BirwbiWwwuflí^è ¦ Fl ^"^iflcM-r^T_____l B V «Iftiilii i ifn i_______l^^^^«-í^^^^^^^^^^__ I il "Zêzinho" brincava noI I quintal com o "Pclúdo",B I quando viu, caido ao chão,I I piando desespcradamcntc, umJA I filhote de rõlinha. mm *^l/r»f____a____\a\r^^ ár^^sM *tjt. i ,__ -i/i! S____. H$ linha-mãi.ífl frl IX - "Zczinho". não poden- ido apanhar o peteca. poz-se a chorar, muito sentido por fi- car privado do seu querido brinquedo. —MÊAX wlfc^Tk m ¦*-*£/ 7/7 // ¦ -/ *_^_K 'ÍÍ_w'í^___áW^X_J il __ te 3 —» Dias depois, "Zézi- nho' jogava petéca no quintal. E. a um golpe mais forte, a petéca caiu sobre o telhado, H •« ^^__' WT^ii^w _____ p\__^fl^ç ^_-^IÉ___l >V/'S__iil ____á ^8____fl__L_____l P^ AMA ''vàS Ht Ç ¦»?^">^y" '"'^^__L.-ÍÍ^J __^»^-t*_afa!r7> 7-~^ / Mas a rõlinha. grata á ação de "Zízinho" reMituin- do-lhe o lilho, com mais alcju- mas companheiras, pegou a petéca e.. ,' __i____ __fl___t*v -"v ^^^E____. ^•^'vT^^a / l|f/«.6 ... foi restitui-la ao 9J / v>^w'5om nienino Uma bôajA 77/" ?ação nunca fica sem re-_aá| compensa..

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WJEÇOS:MO RIO., «500«OS E5TADOS...8600

10 DE JANEIRO, 30 DE MARÇO DE 1938

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¦ Fl ^"^iflcM-r^ T_____lB V «Iftiilii i ifn

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I filhote de rõlinha.

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IX

- "Zczinho". não poden-

ido apanhar o peteca. poz-se achorar, muito sentido por fi-car privado do seu queridobrinquedo.

—MÊAX wlfc^Tkm ¦*-*£/

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— Mas a rõlinha. grata áação de "Zízinho"

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O TICO-TICO 30 Março — 1938

O melhor presente pava 93creanças é um livro. Nos livros»ci>jas ^mniiaturas esrâo dese-nliadas nesta pagina, ha mo-ti ves* de recreio e de culturapara a infância. Bons livrosdados ás creanças sãoTescoIasque lhes illuminam ajntelli-*gencia»

-g- ' "I

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Redator-Chefe: Carlos Manhães Diretor-Gerente: A. de Souza e Silva

-i--f- r -¦ — ii ¦¦ - *— •

À ortografia oficialMeus netinhos:

Em recente decreto, o governo tornou obrigatório nas repartições

públicas e em todas as escolas o uso cia ortografia simplificada .— tra-

balho devido, na sua grande parte, ás Academias de Letras do Brasil e

de Portugal. Essa ortografia, meus netinhos, é a que vocês usam nas

escolas e que, sem desprezar por completo a razão etimológica, tem feição

não apenas racional, mas prática.

Muitas creanças. no entanto, têm encontrado dificuldade em escrever

de modo certo pela ortografia oficial e por isso Vovô vai dar aqui alguns

esclarecimentos que servirão de base para que todos escrevam bem.

Vovô vai começar pelo alfabeto que, de acordo com a lei institutiva

da grafia aludida, é o seguinte :

a. — b — c — ç — ch — d — e — f — g -*- h —• i— j — t — Ih — m —

n — nh — o — p — q — r — 3 — t — u — v — x — z.

Como vocês voem, desapareceram do alfabeto as letras K, W e Y

e, do mesmo modo, os grupos consonantais ch (com som de k), pb» rh

è th, que eram uzados na grafia das palavras de origem grega. Assim,

de agora por deante, os nossos queridos leitores escreverão : — quilo-metro (em vez de kilometro). tipo (em vez de typo) e visque (cm

vez de whisky) porque o y foi substituído pelo i e o w pelo v.

As vogais, meus netinhos, continuam a ser as mesmas e a terem ó

mesmo uso na grafia atual. No alfabeto acima enumerado variaram apenas

as consoantes, que foram aumentadas. O pequeno espaço desta pagina

não permite que Vovô prosiga hoje no assunto mais demoradamente.

Na próxima semana, Vovô dará a vocês esclarecimentos relativos á si-

labação e o modo de escrever as palavras obedecendo ás regras da

ortografia oficiak

V ô V Ô

SAUDADE...A saudade não é apenas esta

flòrzinba roxa, branca ou côr devinho que existe nos canteirosdos jardins, mas também umarecordação melancólica do que já |se foi !. . . A lembrança de entes

queridos que se acham distantes,cujas imagens não desaparecemim só momento do nosso pensa-mento. . . também se chama sau-

dade...Saudade! palavra que pouco

a pouco mata um coração. . . pa-lavra que lembra lágrimas e me-lancolias !. ..

Saudade, és companheira detodo o mundo, pois velhos, cre-ancas, todos, te sentem invadir ocoração ! As creanças percebem-te recordando um passeio quepassou, um brinquedo que seacabou... os velhos, dos quais éssempre inseparável companheira,relembrando a mocidade quepassou, revivendo assim, em re-cordações os que viveram emépocas que os anos levarampara nunca mais trazer!...

Saudade. . . palavra doce queamarga... Saudade... quizeraeu nunca te sentir inv3dir-me ocoração...

Recordações do que passou...reviver dias felizes da nossavida já vivida... é o que sechama saudade!

Mareia Roriz Macedo

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O TICO-TICO 4 — 30 Março -r- 1938

V • Â

I \L

Conto QricntaiNo I O 11 R i li-

quo deserto deSaara, em plenooásis, habitavaorgulhosamente osenhor absolutodaquela região,chamado Abdo II-Carim, em com-panhia de sua es-posa, possuidorade inigualável eestonteante for-

mosura. Quando, muitas vezes, saiaá passeiar, era admirada por todos,principalmente pelos rapazes, quelhe dirigiam frases meigas e bonitas,somente para apreciar o seu encanta-dor sorriso e a bela fileira de dentes,que mais pareciam pérolas. Certodia, o lar rico do soberano amanhe-ceu festivo. É que viera ao mundoum garoto lindo . . . muito lindo,mesmo.

A rainha não sabia o que fazer,tal era o contentamento que sentia,e pensava, de si para si : — Um me-nino . . . exatamente um menino queDeus me deu ! O sexo preferido portodos. Se fosse mulher?. . . Seriaobandonada por meu real esposo ...seria jogada ao relento ... '.

privadade todos os prazeres do mundo.E . . . os festejos prolongavam . ..milhões de presentes eram ofertadosao pequenino herdeiro, que no seubercinho branco, todo coberto de se-das e rendas, era abstrato á tudo omais. Tratado com todo o carinho,não saia um só instante dos braçosde sua mãezinha, a não ser nos mo-mentos de maior necessidade, fican-do, então, no regaço do rei, pai ex-tremoso c esposo amanlissimo. E opequenito parecia compreender ogrande amor que lhe era dedicado,agitava os gorduchos bracinhos, sor-rindo, numa alegria sem fim. Mas,um dia . . . (na nossa vida tem sem-pre um mas), o destino . . . esse ava-ro' judeu, estendeu sobre aquele lar,onde ha tanto tempo morava a feli-cidade, as suas mãos. O principe-zinho, que se achava enfermo, acha-va-sc nos braços do pai, e este, em-balando-o, caminhava de um ladopara outro, do aposento. O pequer-nicho, não suportando tamanha agi-tação, (pois seu coraçãozinho acha-va-se seriamente abalado), tomboulevemente a loura cabecinha, paranão mais erguê-la. Assustado, o reisentiu um desejo imenso de gritar ...de gritar limito . . . chamar por todaa criadagem . . . todos qüc o quizes-sem ouvir. No emtanto ... a vozda consciência lhe disse : — Quementisse I Seria melhor mentir !...E o soberano ouviu a voz da. conscien-cia praticando a mentira.

Pé, anie-pé, dirigiu-se alé o apo-sento real, e cuidadosamente no lu-xuoso leito, deitou o cadaverzinho dogaroto, que parecia adormecido. Eo rei pensava : — Vou mentir . . . émuito melhor mentir ! . . .

Instantes depois, a rainha veiu aoseu encontro e, ao vê-lo sem o filhi-nho querido, balbuciou :

—- Que é do nosso filho ? . . .Está adormecido ! . . .Por esta razão . . . deves andar

de mansinho, para êle não açor-dar !...

Cobriste-o diretinho ? . . .Ora, querida ! — respondeu o

rei, abraçando-a e beijando-a, cheio<le carinho.

Não podes duvidar de mim ! Nossofilhinho dorme um sono cheio de bo-nanças . . . e sonha . . . sonha mui-to ! . . . Entretanto . . . quero tecontar uma cousa. E, sentando-seem rico divan, carinhosamente pe-gando as aveludadas mãos da jovemesposa, fê-la sentar-se junto dele.

A cousa que desejo dizer-te . . . émuito simples. Fiz uma promessa.Esta promessa . ."".

Continue ! . . . -— ilijsc a mu-lher, na maior ânsia, apertando nef-vosamente, as grossas mãos de AbdoIl-Carim. Estou ansiosa por saber !Diga-me, depressa «

E Abdo U-Cariin continuou !É uma promessa que fiz. O seu

coração pulsava fortemente de temor,por estar mentindo pela primeiravez na vida, ainda mais a quem êletanlo queria, sua adorável e bela es-posa. Mas cra preciso . . . era pre-ciso, mentir.

Tens que ir á uma casa, onde osmoradores não tenham passado pelorude golpe de perder um ente que-rido, e pedir uma vasilha para sercozida uma guloseima para nós dois.E repetiu : — Mas olhe : a vasilhatem que ser de uma casa onde a fa-milia nunca tivera a desdita de vêralguém cerrar os olhos para o mun-do.

Vás c tragas ! . . . — Sim ! Eslapalavra a rainha pronunciou com avoz trêmula. E, após depositar umlongo ósculo na face de Abdo 11-Ca-rim, partiu, serena . . . á procurar oimpossível. Ao encontrar a primei-ra morada, bateu. Admirada, a pes-soa que veiu lhe atender, ficou aolhá-la e, finalmente, indagou : —Vossa Magestade! Que desejais?Poderieis ter mandado um créàdo cmvosso lugar.

' V*^«-W«irtíWV-^V-WWN V

Uma vasi-lha para cum-

. prirmos u m apromessa.. Pri-meiramente, de-sêjo saber se,por acaso, noseio de vossa fa-milia, alguém jáfoi arrebatadopelas garras tre-inendas da Mor-te?

Infelizmente, já 1Então . . . dispenso o que pe-di. Não me serve.

Após muito agradecer, a rainha se-guiu o caminho e, em todas as casasque batia, o mesmo dialogo, a mes-ma decepção lhe era reservada.

Desanimada, após percorrer todosos recantos da cidade, trazendo nopensamento a imagem d0 filho que-rido, volveu á caminho de casa. Ea promessa do esposo querido ? Cer-tamente, não poderia ser cumprida.Ela não encontrara siquer uma casaonde a familia não estivesso resumi-da.. Tristonha, ela chegou a0 lar.Caindo nos braços do esposo, assimfalou :

Pobre de nós ! Não encontreio que pediste ! Em todos os laresque bati, tive a mesma resposta, quejá haviam perdido alguém.

E o rei viu, então, que o momentochegava de sua esposa ter o conhe-cimento da morte do filho adorado.Roçando cs lábios no rosto da espò-sa, o rei falou :

Pois nosso lar também pa,ssoupor éste golpe. O nosso filho mor-reu. Todos nós, sejamos ricos oupobres, temos que receber a visitahorrendo da Morte. A rainha ao ou-vir aquela triste narração, empalide-ceu. Sem nada proferir, saiu a vêro filho extremecido, sangue de seusangue, carne dc sua carne que, embreve, seria devorado pelos vermes.

E . . . alisando, com as mãos tré-mulas, a longa barba que lhe ornavao rosto bronzeado, falou conisigo :

Por meio de uma mentira sacro-santa (aliás louvável), arrebatei-a doabismo da dói* e <la loucura, que se-ria inevitável. Bôa idéa tive eu.Comludo, nêstc mundo, temos quenos conformar ! . . .

Mesmo assim ... a seta do arre-pendímento, parecia querer lhe feriro coração.

Seus olhos encheram-se fle crista-linas lágrimas, que impjedosamente,começaram a lhe descer pelas fa-ces ! . . .

LuciOLA Macedo Ramos

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' ~~*~~~~v_^J (CONTINUA NO PRÓXIMO NUMERO)

s p.rrlQsempre...

Numa loja de calçados:Uma fregueza — Este sapato me aperta

um pouco.O moço amável — Senhorita, esteja certa

que o sapato alarga um pouco depois que seanda...

Minutos depois.Ootrj fregueza — Este sapato está um pouco

largo.O moço amável — Senhorita esteja certa de

que o sapato estreita um pouco, se por acaso semolha...

Outro instante ainda:A terceira fregueza — Maravilhoso, este sa*

pato me está como uma luva.O mofo amável — E eu lbe dou minha pa-

lavra, senhorita, que o sapato será sempre assim!MUITO MAIS

Dois amigos se encontram:

— Olá! Fazem quasi 6 anos que não te vejo.E eu, fazem muito mais anos que não te vejo.

EVITANDO MOLÉSTIASO doente muito mal — E quanto me vai

custar esta operação, senhor Doutor ?O medico, com o serrote na mão:~ Não se preocupe o senhor disso, já me

intenderei com seus herdeiros.Araceli de Ia Rosa.

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O TICO-TICO G — 30 — Man-o 19ÍJ8

Kaiimbuwa na PandegolandiaNovela de MAX YANTOK

(Continuação do numero anterior)

As montanhas estavam ao avesso, as ca-sas tinham o telhado no porão, as arvorestodas envernizadas de preto com as fru-tas agarradas á raiz e as folhas dentro docaroço.

De repente ouviu-se no porto de Pa-tuscopolis o pipocar de tiros e de foguetesque saiam das nuvens e iam estourar no.chão.

Estavam mesmo esperando a chegada deKaximbown para recebê-lo com todas ashonras devidas ao primo de D. Quixote(sem a Mancha) .

Kaximbown foi ao camarote do coman-dante Rasgacueca e ali tanto remexeu queencontrou vistosa farda de almirante do glo-rioso exercito do General Foca. De sobrahavia mais uma farda de "attaché" diplo-matico da Embaixada da Embasbaconia, a

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Republica que mais guerra tem movido aosPiolhos de Galinha, os destemidos guerrci-

ros da Ratonia.Kaximbown e Pipoca, fardados, estavam

imponentes. Havia nessas fardas tantas de-corações que por falta de espaço Kaxim-bown decorou o cachimbo.

Com certeza iam fazer um figurão pe-rante o governo da Pandegolandia, glorio-so Reino da Republica Imperial que o convi-dará para a caçada de pulgas.

Só Tufão deixára-se ficar triste num can-

o amigo de quatro patas, teve ainda tempode pensar nele e tanto fez que descobriuna farrapeira da cabine uma esgarjante ealucinante farda de guarda noturno de 3"categoria com apito de corrente. Tinhatambém um revólver Bull-Dog, mas Tufãonão concordou por ser de outra raça.

Aproximavam-se as primeiras embarca-ções com o pessoal de recepção.

Os tubarões que iam levando o "Ka-

lhambeck" de roldão não contavam comessa recepção e escafederam-se, tendo umdôles, por picardia, ferrado o dente no

costado do navio e por esse buraco ia en-trando agua aos borbotões.

Não fosse a prestesa com que Kaxim-bown e seu séquito desembarcaram na pri-meira embarcação e teriam naufragado noporto, pois, o elegante transatlântico, aocabo de poucos segundos, submergia, sódeixando fora dágua, a boiar, a inven-eivei bandeira Kaximbownesca.

O nosso heróe, bastante distraído, já nãose recordava mais se viera num transatlan-tico, empolgado como estava pela rece-pção do fidalgo povo. da Pandegolandia.

Ali, de fato, estavam, diversas embarca-ções, empavezadas com ceroulas, camisas,maillots, cuecas e meias, a bancar bandei-ras e estandartes, todo o elemento oficialdo governo, fardados com retalhos, unifor-mes de arlcquim, penachòs, galõesv super-generais, super-marechais o o almiranteem chefe do ministério da Caixa d'Agua,todos com magníficas condecorações artis-ticamente feitas com tampas de latas desardinhas e de goiabada.

Um esplendor nunca visto, que deixouKaximbown deslumbrado.

Em vistosa embarcação, que pelo seu as-pecto dava a idéa de carro carnavalesco,

enfeitada de preciosos cacos de vidro, ten-do ao centro um rubi (rolha de vidro deperfume) com 738 quilates (mas não mor-de).

Suas Magestades republicanas estavemcercadas do corpo dcplumatico. ministrosgenerais e engraxates de cerimonia. Abanda da Associação Sinfônica dos Trensde Cosinha entoou o hino da Pandegolandia,

cada musico tocando em tom difeicute, umem tempo de valsa, outro de fox-trot, demaxixe, tango e samba, formando um con-junto admirável, de ensurdecedora deliciapara' os ouvidos.

Kaximbown, seguido por Pipoca, que pu-zera o monoculo e pelo Tufão que faziaesforços incriveis para não cocar a ore-lha com a pata, por principio de educa-ção, passou da embarcação onde descera,para a de S. M. Babaleo, que esperavamagestosamente de pé.

Seu capacete estava virado, mas não- deupor ísío.

Estrugiu fragorosa salva de palmas quan-do Kaximbown, empertigado, fez continen-cia á canhota, sem tirar o cachimbo daboca.

Pipoca não poude imitá-lo pois queocupou ambas as mãos para se cocar, de-vido ás pulgas que lhe subiam pelas per-nas.

to, a lamber o lombo. Ninguém pensavaem arranjar-lhe uma farda, seja o que fôr..

Mas, Pipoca, que muitas vezes dividiraseus .ossos (os do bife, expliquemos) com

achava-se S. M. o rei Babaleo III da ve-tusta dinastia dos Pedmolek, irmão gêmeodo rei momo, que amavelmente nos honracom sua presença.

Babaleo III era gordo, corado, transpi-tando saude e jovialidade por todos 398botões dourados de sua farda, côr de galode briga, com chanfalho á cinta.

A seu lado, repimpada em soberbo trono,sob baldaquim doirado, estava S. M. Gra-ciosa,' a Rainha Bobage, também gorducha,rochonchuda, enxundiosa, risonha, mostran-do sua deslumbrante dentadura com 68dentes. Ambos levavam na cabeça, na in-clinação de 45 graus, vistosa coroa de latSo

Cessados os aplausos, restabelecido o si-lencio, S. M. Babaleo III coçcu o lomboe falou:

— No inclito nome do vanglorioso povoe do circunspéto governo da Pandegolan-dia, tenho a sintomática e esecravel honrade saudar, a vós, cabo-general Kaxim-bown, que és o mais grande antepassado daesclarecida macacada do "Tico-Tico". Se-jaes, vocês bemvindos, ó tu, que sois apersonalidade mais iminente que visita osmeus imoertubaveis dominós.

'

(Continua no pcoximp numero)]

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30 Março — 1938 7 — O TICO-TICO

BSBE BUNTING HISTORIA DE AVENTüRAS EMPOLGANTES

CONTINUAÇAO-N.MÍ)

r. i

^^"^|,^^^'s^,^»«^^«**-^^'\^WWV% .

„ Por quén_o os aju- xT/^sí

Urge encontrar d°« Jak- $jK*Msua mãe. *A^JÚW<4

Escute. Fetters.tenciona deixarBabe morrer nes-ta ilha ?

Im^Sim, temos de

fazer algo. Ama- (Wkfjju^r.hã pela ma- ÇÜjTr?)nhã... Ç?^-*í

WW* ta ilha? '^i/fW !

¦SW^frai_í~". Bem sabia, os dois VZ* Aqui estão as marcas dos_ia___k/*S^ir''A diabinhos foram-se no SMèSa P(-'s ^° raPa'2' como nao vei°

- _EpT^\ Aw""'^^ mcu bote!... ¦í-fiw'' as marcas da pequena, concluo

Não se livrarão de mim tão fa- °"''1" AÍA^ sS^AA^r ¦^M*.~Z -íS! \

cilmente, nem perderei assim cs ~^AWkJCN^fÜ :!200 dollars. Basta que a lancha M ÍÍI^ÍIKc^ ¦ AmÁ P^LAcf ':do Jones esteja correndo bem * "PPa

-jllHlÈP*"'''-"" ^llffl làW-AAj/^M '•

J^/fê0&ÊpP i :03ar aS "^A. ^

'JBOATe »„ "^ -. C

,1<V%^^VWW_>, vr^(^-^ViLli_^_^-L^_(3_ . .119. .^..Lil J_,_L_-_j_J,j?J lio INVEJOSO

' Raul era muito invejoso.Um dia, Raul viu Pedro es-1 mlando muito, perguntou-lhe j

Por que é que você nã'írleixa os estudos ? Você 6Lobo, Raul. |

Não sou bobo, não ;porque, amanhã, vou fazerexame. '

Raul, disse-lhe : Vamosjogar bola.,

— Não vou, não, porqueposso machucar-me e, ama-nhã não poderei fazer exa-me.FSAifcrsco da Costa Antunes

(8 anos de idade)

VIDAA Vida, meus amiguinhos,

no homem, animal ou vege-lal, é um intercâmbio con-stante com o mundo exte-rior.

Tanto 0 homem, o animal

ou a planta, desde o moracii-to que nascem, tomam daNatureza os elementos paraa subsistência — exhala re-siduos das matérias gastas.

Como se distingue o ho-mem dos outros animais ? Éa reflexão a faculdade quedistingue o homem dos ou-tros animais.' Além disso, oanimal não tem livre arbi-trio, apanágio este, exclusivodo homem.

Leonidas Bastos

U m mimerosogrupo de patinado-res norueguezes an-dou 120 milhas em18 horas, atravezcie uma região mon-tanhosn.

Fjord é o nomeoue se dá nos pai-zes e.candinavos agolfes estreitos aber-tos entre as rochas.

* Em Gonir.ga, can-tão de Zurich, exis-Ua um jornal queera o órgão comum_^ dois partidos ad-versarios. O Jornalse chamava: "Wo-

chcmblat" (jornalda semana). A pri-meira e a segundapagina pertenciam-o partido liberalconservador, a ter-ceira e e quarta;aos socialistas de-u.iocraíicos.

_o!ío é uma gran-bahia.

O organismo Iiu-ir.ano requer, no mi-niino, para repousodiário o espaço de;ete horas.

O leite é um dosalimentos mais ricoscm vitaminas.

-s pães do en-diabrado meninoconvidam uma fa--afia de suas rela-'ções para jantar.A' mesa o cepeirooffereceu almonde-gas.

Por que vocênão quer ? indagouuna mocinha, vendoC!]:e o Carlinhos re-jeitava o prato.Não gostas de ai-mondegas ?

Gosto...E então 1E' porque as

vi fazer.

wVAAA^SAAlVVVVVVV^VVVS,

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O T I C O - T I C O 8 -- 30 — Março —^;19:i3

¦¦assa' (BlocamC_i©_.a[P__.0<___î@CHAMAVA-SE ALLAN JACX ERA UM HÁBILIMITADOR DE VO_- FEMININA. DEfXOU O TEATRO AO MESMO TEMPO «-J.E MARlA STE VES.

^-?^[yd^_T yj foBrVGADoT^y

"Y/o^PODE ME~^ <A^-*1- **^J W*^!^

'(. EMPRESTAR ESSA) ~. ^N. V )£ /_- _<C FOTOGRAFIA ? i l I, i Éfc ;k_^$$^

I _y> SêrrSà1 (^K V,a-^MÉ _&_ SE • _, fer % fete

SE POR O QÜE.ESTOü) ~~\ <TeSTa' Sim SR\^

SR COMISSÁRIO,QUERO ")/" -> -"Ni "~~ V_- ¦__, ¦>-'•. ¦ ' —""~ "\ 1

QUE VErVHA COMicO,--</C0MO f /NAO > ENTÃO 'RE I SO. ATE . ;PRENDER O ASSASSI-VV QUE RO MAIS) ( LOGO SR. COMISSÁRIO.'., »NODE MARIASFEVESÜ/bRiNCAOEIRA) '—r t_-____^-\i j<______- e—^nr~^

( VA' AMOL- AR/ í^Ív \

/.«•• —ir-

czorv T/wO/\

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_______ I •¦ / 4 "'_/*> /^^N

D«>de a mil, ,emol» anllguldada a Im». B^>T_I vUFtAS ANTIGAS EM TRAÇOS RUDIMENTARfcS <?UE O

Iam inúmeros animeis fantásticos que bem _d_B _¦ J 1 U/vi ^_few I ^,u muíío ^ut *ai,r a c'en

justificam c;ifl p4*j'na. -__B^_^_i mwWu$lE 1 9_n. c'# *m ^o5'01 01 *'mP",> O

JO _^__ _)XvnjtQ-ivB—. t^B H_» ___^_l

— — .__ ^, . , jMM v| Bn I ¦ /AvXrl/í^ V-Jl_fl H_K~ ¦- —M_BC—WP_____H_B—^_l__~__1_11^»*^^^—^—B WW——«»m——^—=—=~J — ¦-• .-V/7 ______

"• _>__. B_fg^ >S/^ ^^____B^B' / A'*esquc'da um bi;po marinho que segundo Gesner surgia em ^__ff^^^^^WI_^.

* *

**m**l\ B^k c=> Am&SssÒksu. sV^BB^ ;-<?'-^. ~-3j____| BP^^ pleno oceano censurando cs pescadores com atitude. *i ,mm\mvT '

_____l

J^l^^^^^^^KvM-^-/jij-^i—L--^^^^y^—I \^i v\ ^ "^i ____E6 l_^___ ___kfl__ I /^ w Jm______K vi

*yp€ /'CM-^CO -rc>> Acim* vemos um curioso animal que foi responsável peto pa«

-^2?^ >r/^/^^rV'\x\VJ^V' RESCA que se dava ao esporte de sugar o sangue das cre» _fi___§_3

- A; Ilhas Britânicas são visitadas no ínvar**

Hfj por um belo ganso ÁRTICO chamado cí-

entificamente ANALIrA. Como os antigos,

não conhecendo bem a capacidade migra-

toria das aves, ignorassem a origem da-mis-

teriosa ave, não tardou que so atribuiss*"* o

nascimento do ganso «'uma arvore — BAR-

J".ACL_, que reproduzimos acima, rcspeítan-

do o traço rudimentar dc uma gravura da

época*

j A* direita vemos um dos inúmeros ani.mais fantásticos que se acreditou viver nas

profundezas oceânicas. Descreve Gesner

que o peixe monge ou monge do mar (á di*

reita) foi víito na Noruega na Idade Média

não sa tendo conseguido sua captura \

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O TICO-TICO 10 íJO — Marco — 193S

As proezas de Gato Felix' (Desenho de Pat SuHwan - Exclusividade <TO TICO-TICO para o Brasil)-^ \ r

% ^ r^=., t; p^i "ni

rm /- -;—-x

A PAZ, finalmente !!!Quc alivio, ficar-se. . ..N

;,..' livre daquele cachorro terri- AU-AU-AU-AU. E. uma multidãovel de cães perseguia Gato Felix..

Quc diabos !!!. ai está o que acontece a quem tem gatos— Por que serã.que esses danados

sempre me perseguemcm casa i

<f Aí yeem cies. .,. será melhor que eu . .. ..por essa multidão!!!! Salto! Estou Estou cançadissimo, estou exhaus-pule para aqui do que ser apanhado.,-. .,-| salvo desses horríveis inimigos! to!!!!

Ainda salvo! Nunca que eles desço-)f Ah, um salva-vidas !!! vou escondec Aqueles cachorros estão atraz aa brírão este cesta'.!! ele me salvara !me no cesto do filho do carniceiro ü! minha carne üj \(Continúa no próximo numero)

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_*%»*V*s^/V«*\/VNi^^«NA^^%/>^

- TEMOS DE IR PARA CASA

PELA PLANÍCIE MAS DEVEMOS

FUGIR DA TRILHA DAS PEDRAS

- VOCÊ CONHE-

CE O CAMINHO ?

- CONHEÇO, MAS

VOCÊ NUNCA O CO-

NHECERIA.

||

- POR AQUI CON-

I P íl I fl i SEGUIREMOS ESCA-

jj PAR DO ATAQUE DA _ QUE CAMINHO

;: FÉRAÍ|| TOMAREMOS?[Enean-fyi^ -<-— ^ R, :aã*

Aventuras *» -—' - "~ikil -i, \Y ~ ESTOU OUVINDO UM BA- ( ~ PAREM AQUI! OLHEM ^ M\Y\ í l'l: arrebatado- r\* ílvJ-¦-i-=__L_y7

RULHO! SILENCIO! O QUE ESTA'ALI \\^^\)\ JSm9*—!/

r "J SíM« [X__M__i-*

QUE SURGIU A

FRENTE DAS

TRES CRIANÇAS?

VEJAM A CON-

TINUAÇ\0 N A

PRÓXIMA SEMA-

NA.

V Iam Z+mmCfm .^«. Ã^sOM Z**~.lmi, ItÂm 9 " 7» » <**^«WW^N^-*-W^V

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O TICO-TICO 12 30 — Março — 1938

i___tMá_-E _k-_R_^^_^fc_R_RR__. -mm, •, É Jpfci'- \\ \n_\ ° J ° /L* '

<Jrim.. .,ra\ /H5TÍG10 • A BOL^A ph ] /ra^ra JJ

(CONTINUA X O PRÓXIMO NUMERO)

Mâfs depres si se apanba um mentiroso pe uni cmNum recanto soccgado dc certa região,

residia Elsa, uma interessante criança dcfaces coradas olhos azues e expressivoscabelos encaracolados... enfim ! Uma me-nina. "E

quem não o seria possuindo juntojo" do que propriamente o seu delicadonome.

— São felizes, diziam todos os habitan-tes do local referindo-se aos pais da me-nina. "E

quem não o seria possuindo juntode si um encanto desses", replicavam ain-da.

O mesmo porem não pensavam os geni-tores dc Elzinha, se bem que nâo deixas-sem de se orgulhar sabendo-se donos dessajóia tão preciosa, sentiam-se infelizes porobservar na filha o horrível vicio dc men-tir.

Certa tarde achava-se a progenitora da"mentirozinha", mais triste do que nunca

por te-la outra vez apanhado em falta; co-mo mãi extremosa já adivinhava para afilhinha um futuro cheio dc agruras, cousaque por certo se lhe apresentaria mais tar-de, caso não abandonasse o defeito adqui-rido, mas eis qua a menina interrompeu-lhe

a meditação com \;m abraço, ao tempo que

dizia ternamente: "Que tens mãizinha ?Pareces triste..."

A senhora assim interpelada, referiu-lheo motivo do seu pezar, e empregou tal ex-pressão nas palavras, que ao concluir, Elzadisse:

Está bem mamai, não mentirei mais.Passaram-se os dias e ela querendo cer-

tificar-se se de fato a menina se curara detão grande mal, resolveu um passeio c dei-xou-a cm casa recomendando-lhe que nãomexesse em cousa alguma.

Sim mamai, respondeu logo. — Podesir tranqüila que ao regressar não terás rc-precnsão alguma a fazer-me.

Mal, porem, sua genitora se afastou, El-zinha correu á sala de jantar c poz-se acontemplai o apetitoso doce de laranja quena compoteira se encontrava.

Oh ! que vontade irresistiver dc pro*val-o. . . mas, não. Jamais bulirci nele.

E assim dizendo passeava dc um para

outro lado, sem desfitar o doce. — mas...a mãizinha não me proibiu de provar odoce. .. e eu vou faze-lo e depois conto-lhea verdade:.. e zás 1 Eis Elza saboreandocom felicidade um pouco da gulodice.

Satisfeito o scu desejo, tapou cautelosa-mente a compoteira e dispoz tudo de modoque ninguém percebesse o que havia feitopois scu terrível habito novamente se ma-nifestára e ela estava resolvida a mentir. I

Daí a momentos chegou a referida se-nhora e a interrogação não se fez esperar:

Não buliste em nada ?Em cousa nenhuma.

Porém a distinta senhora já sabia doocorrido pois vira uma mancha de doce novestidinho branco da criança. Com a pressaela não notara isso e ao ver-se descobertapoz-se a chorar dizendo:

Desculpa... foi a ultima vez...A mãe beijou-a na fronte c meigamente

lhe disse:E' bom que nunca esqueças, que mais

depressa se apanha um mentiroso do queum coxo.

Olinda do Nascimento A/ac/erra*

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t**MH^V**MnMAwNM?9bM»---5— PREPARANDO - SE PARA UMA CORRIDA NO MAR NO BOTEMOTOR, O CAPITÃO CLOUD ORDENA OS ÚLTIMOS PREPARA-TIVOS. Sk / ^L_»_ivO 5-1 — BE REPENTE, A GAZOLINA ES-

|frj i**^ *_-T\ ?V' *Vm PALHADA NA ÁGUA SE INCANDES-

V*Sí* I_r__ K^r"*"" _fi_g_ _M_k. 11M-'-^- ^^»<^_ ^^ -rrCi^Tii»^**^ r ¦_* d____íT"^> wS»»** '''*''!. ^^ ''i

fVW^V-^^^^A»^^*'r>»*»^'^'*»,1

(Continua no próximo numero)'<***W*><"»*>»n*vvw'V^-. '****^m>~m'V>r*r<*r*r*f**y,f*s^^

equilíbrio dos líquidos

por

prio liquido, que a superfície do mesmo é horisontal e plana. Essahorisontalidade se mantém mesmo quando inclinamos, para um ou

Enchendo-se um recipiente qualquer de um liquido, de água, outro lado, o recipiente. A horisontalidade dos líquidos 6 perpen-exemplo, nota-se, uma vez estabelecido o equilíbrio do pro- dicular á direcção do fio a prumo.

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CAPITÃO BLUFF- Continuação n. 3/ÍP^J_^^SfSf] UJ- ™ «W flTWftfl, GOVTA ^

' - -^ J HONQ-. ATONOrA |

A TRIBU TARIMBA QUER. I I DE-Tt-UlREI OStANOS FA1E.R GrUEKR__ PAR-, Ri M BAS E.M MENOS5E AROOEf-AC. DE NOSSAS j-» / DE urtA MOCA iyoc&l^i^i.í/^r^ I NÃO SABEM O QuE

_T __>. <<&?£:

_.' pi?q_iso OT-e_.e.ce.c- ao de.. f_»noon&üUli FA1SÃO ASSADO CjOHO S»&AR.\F.aO ^QUE SeOA»' COU.CC-.DO SOBRE A PE.O- SA .

rxr; zri Qrnj^aa.. DEPai_.,-ro.Dos .e abasta/j -A CAO PACA O MíttoT

ton&a no. pccrreaEi_ victoria se.R_>'r^írr"N05S-» <

J.".

/<*„*_ J *¦ Ktu,oio)j l* /"/ _-\ CAO PARA OMa-tto/ -1 mjSJSj.

N. G5JTOU LOUCO PACA - p<__?__e • _ IPONHA o -SAO-iridO SOBSt A \ÍIVMÉ,/-/. !__i(\ I/k \ AQUELLE F__t SÃO ASSADO. QUAN. 1 l PE£*?A _*A<M-AD-- EAWSrE-se. /WliWÍlI Mítt. íAM/V tX. O O^IXAPCM SOBRE Ar ' l COM A "TOiau -1 »ywmit^w%m,\^m^ pepr.. vou "AB_.r_.--o.

Ts ^--cj.

x-, (C3U. TRABÃlHÃO RAEA I f~ _•-»>_ .-(VT -j.Jr.EU t>\MlNO f_-E FANDOHÇA er.ALE' j_Vj^tA,\ARRe(.EO__i. um mila&c. X ^» ~^ ^(V^^tE^ou OSâCB\Tvuq_Gj—-1 yjj 6^ .^

^p* ,AA vau. a pena seu ce - / . OÍ-^iÇ^iVAE,?SOTEa£L^T-^—Sã- (-'%> J~^§s\

(CONTINUA. NO PRÜXIMÜJ )-,

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|*EMMB9iUlJ«-La___KttM90M**••** mm i ¦ ¦——¦_¦———— «i mu ¦WTW_gwwM-_p-pMw_y^^--"—¦ « ... ¦ ¦_________i___.mw-____m._ii ¦¦ ¦ ¦—¦¦___¦__ i ¦¦..,_. ¦ i--—-~__N__M___w*«__»--w«-__«^M,gwBWM-_a_y-^

l 4Hrjf_S?M._JOTèS! sSA AS SUAS 0RDENSl SERÁ QUE AQUELE NE- ^L^V^| - HORAS LM PONTO 1 1 /^\ GOCI0 SERVE MESMO S^S*** Tp_- i*^ ^ —7^ "•—¦"* -7W^>?

DIGA AO COIFFEUR QUE V^1///? S^V /^__.ol^_V. \ 11/¦ I CLIENTE CHEGOU '// 1) ^<^%9 TERÃO UMA CERTIDÃO DE

|i ||o prn.. i z \. / fr^\ >/\ tyfí/ l MENOS-

\. conclusão , j-W^y ^~^S^yãyr^y^~

:=^^-S^áifí^yM ,£___.

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COcs

Fevereiro — época das cabeças viradas,fantasias, serpentinas, confétls, lança per-fumes, corsos, batalhas, brincadeiras, abu-sos, derordens, aborrecimentos, alegria exa-gerada, barulho, lamentações dos velhos,pecados perdoados na quarta-feira de cin-zas, com repetições nos anos que vêm.

Reveillons nos casinos luxuosos, ondeoutrora não penetrava quem se prezasse.Séde do vício e da perdição. Vícios disfar-çados sob as sedas e as jóias dos ricos

provisórios, e a alegria pouco duradourados que conseguem ganhar.

Nas ruas, reina a apoteose das fantasias,e as cantorias pan-universais.

Uns passam cantando o samba "Toura-das em Madrid", outros "Dona Gelsha", eassim desfilam todos os países pela bocairônica do carnaval.

Mascara — tolo tapume ás travessurasque se quer fazer I

Já não vivemos todos escondidos sob aniüscara da hipocrisia ! ?

cAS_NAVAL

O povo, religiosamente fiel aos ensina-mentos de Cristo, o nosso salvador, gastadinheiro e forças nos três dias de farra, elogo após, põe uma mascara mais séria,uma fantasia mais simples e mais fingida,e, pegando no livro d* missa e no rosário,vão prostrar-se aos pés dos santos dasIgrejas, pedindo perdão pelas brincadeirasque fizeram, sinceramente arrependidos.Muitos comungam.

E tem o padre que ouvir uma infinidadesde peccados, ainda não todos, porque o

confessante guarda metade para outra ver,e em nome de Deus, perdoar tudo pelavigéssima ou trigéssima vez.

Depois com santo respeito tomam a hos-tia, que simboliza o corpo do Senhor.

Pobre Cristo 1 Além de ser crucificado,é convencionalmente engulido pelos cren-tesl

Bom, não falarei mais. Deixo o restopara o ano...

Agenôra de Carvoliva.

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^^^^^^^^^^^^Í ÍHIH 'ÁfWmmWi

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São inúmeros os peí?xe$ das águas brasi-leiras dignos de aten-

ção pela sua multipíaaplicação pratica ecuriosa biologia. A.Taóca ou "Baiacú dachifres", porém, apre-senta duas proemi-nencías que lhe em?

prestam uma curiosaaparência agressiva J,

Os sapos presHm inúmeros serviços ao

Homem. Entre eles destaca-se o coma

bate a serpentes peçonhentas que é

comum em algumas espécies de sapos

brasileiros como o que aqui se vê aca-bando de digerir uma cobra !

Wmm W* ^ " 3 '—mÊ __lii-„ ^99

'ftb^ ^m\ mW \ $¦' mÊ m\v Amam &Lw£**~~

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30 — Março 1938 17 — O TICO-TICO

A viagem a bordo do navio em que/Pernambuco" em-barcara em alfo mar corria bem no convés. O mesmo nãoacontecia na torre de comando,

Ali o comandante dizia a todo momento'ao imediato ¦

que "Pernambuco"

parecia ser um policial disfarçada,¦ f, 4.' ¦ !

H "^Í^V _'.&. WÊk **V£r t- mmW -M9 y^^ •Sm^í^^SÊ ^-U SíZ__f-~mmmM

i \ "-a"*** I IfímW \W_____f .¦- / -¦ J^m^^ f ^^imf ¦^^«.ft ^^8 ^^

___ A'^B9 ^_^_W V'^^1 -=&_T Á^k^kmW aaaaaaaff _ . -J '

"TT-"Pernambuco**, sem .descanso, trabalhava,,, lavando o

"convés" e limpando todos os metais do navio cargueiro. fcDe uma feita, quando agachado, baldeava uma galeria,

recebeu formidável ponta-pé nas costas que o^fez cair. *

fflcaie com "mâis^^^comandaníe^è

fr?lr 1 -'"-JQma], \• delicatlèia. rator I quer /alar |A- J^È? m% 'insolenfe'í cie návíoj - JL comsigol

^^^•ft^^^jT J

¦<^--^^^^l\-^^mmmmm\ f TaW ^ '^iPH»a> V_/S*.aH B^. /aH aaaaaaBH^' •^\\"1 1// | hil

"Pernambuco" erguera-se logo e verificara que seuagressor era o imediato. Não houve, porém, maiores dis-fcussões. "Pernambuco", a uma áspera investida do . . • 1 . . . imediato, lançou mão da força. Aplicou ao ínsolen+e -me-

diato um formidável soco que o fez cair ao chão desacordado.{Contínua no próximo número).

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O TICO-TICO f- 18 — 30 Março —. 1938

O CAVALINHO DE PAU(LEONIDAS BASTOS)

Dona Etelvina não era, como, muitos

diziam, assim tão má O fundo de suálma

era uma paisagem de bondade, Leccionan-

do naquele bairro pobre uma meia dúzia

de garotos, a vida daquela gurizada era

um pedaço de sua vida. Enérgica, magra,

sempre de máu humor, vestida invariável-

mente de preto, ela aprentava, na verda-

de, aspecto de austeridade.. — Se essa bola quebrar algum vidro de

minha janela, vocês vão todos cara a ca-

deia !' Talvez, pela quinta vez no ano, D.

Etelvina fazia essa ameaça....— Vagabundos 1 porque n£o vão tra-

balhar, estudar 1 fl' A gurizada desaparecia num relance...

E' que a mestra impunha respeito!! t

* * *Como se chamava primitivamente a

cidade do Rio de Janeiro ?A mestra fazia a pergunta e corria o

olhar pela meia dúzia de garotos, que afitavam medrosos... O Arizinho, ruivo,

magro, nariz de batata, ficava mesmo emfrente á mestra... Robertinho, vestido sem-

pre com capricho, bêm penteado, unhas lim-

pas, muito recomendava sua zelosa mãizinha.

Era o melhor aluno. Rubatão, filho do ze-

Jador do cemitério, era gordinho, sem den-tes, e o isolamento da turma... Julinho,que nas horas vagas lustrava sapatos, erainteligente, mas também um pouquinho men-tiroso... Pedro e Carlos completavam onumero. Pedro era o mais levado, motivode muitas gargalhadas e muitos castigosda turma.

Afinal ninguém respondeu á pergunta damestra.

Nem o senhor, seu Robertinho ! Ondeíe viu isso!... naturalmente esteve on-tem jogando bola também, não c X

Nisto, do fundo da sala surge uma ri-sadinha abafada...

Quem foi o engraçado... quemfoi ?...

Foi o Arizinho-grita o Pedro..— De castigo os dois! o moleque e ¦o

delator ! E podem perder a esperança de

ganhar o cavalinho! (E tirou um cadernoda gaveta e fez três cruzes...),

O cavalinho de páu... Ali estava ele,em cima do guarda-louças, esperando quechegasse o fim do ano, e ele fosse entre-

gue ao melhor aluno. Com aquela ultimaarte dos dois meninos só restavam agora

quatro candidatos ao prêmio... E aindaera mez de Maio... Maio frio e poético,inspirador, bonito. Só lá pelas âez e taldaí manhã, o sol consegue despertar as

gótinhas de orvalho que dormem sobre asflores e sobre as folhas verdes... As vi-draças das casas pobres e antigas aindaestavam embaciadas. Tremendo de frio,

pés descalços, braços nús, o menino chegaá cidade guiando o burrinho que traz ovasilhame com leite. O carro de bois, va-

garosamente também passa. Também pas-sa o verdureiro, o mascate, com seus pré-gões matinais... E a vida da cidade vai

passando quasi resumida nisso.* * *

Maio findava-se. Os garotos, como seestivessem esquecidos da ultima ameaça deD. Etelvina, aos poucos foram voltando»gté que formaram novamente um dia, o

"team" completo... Entre eles, só faltavaArizinho, todos os demais ali estavam.

A' noite, quando todos estavam na salade aula, a mestra entra, olha-os como sem-

pre, e num tom enérgico exclama:— Senhores Pedro, Carlos, Ari, Rubatão

è Julinho: todos de castigo ! I!Depois, a velha mestra pegou no cader-

no e fez três cruzes...

*C

Veio um dia trágico... Comentavamtodos. Foi uma bola que bateu na vidra-

ça da casa da velha mestra. Desesperada,ela sai para agarrar um dos garotos, e,sem mesmo se lembrar de apanhar o óculo,miope que era, vai de encontro a uma car»roça que passava na ocasião.

Durante os dois mezes que D. Etelvinaesteve na Santa Casa, não houve um sódia que ali não estivesse um dos garotos.Perante aquela cena, tudo desaparecia: aausteridade da velha professora e as tra-

quinagens dos meninos sem juizo. D. Etel-

vina passou dias felizes. Ela fora vítima

dum acidente, mas feridos, bem mais feri-

dos estavam aqueles meninos no sentimen-

to... Eles deram prova sobeja disse...

Um dia era uma latinha de marmelada, cu-

tro, uma de compota...'» * ,*

Não houve mais bate bola. Não houve

mais nada. Quando o fim do ano chegou

e trouxe consigo as festas, lá estava em

cima do guarda-louças de D. Etelvina, seiscavalinhos de pau, para, no último dia de

aula, serem distribuídos pelos seis garotos.

* * *Criança:

"também na escola da vida, a

felicidade é um cavalinho de pau na vi-

trina do basar: os bons, os obedientes Q

terão como prêmio..

¦ ¦ a. .ii NI AMO " ' '- - - "¦ ¦">¦" *MARTI

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30 — Março — 1938 lü — O TICO-TICO

As aventuras do Camondoigo Mickey'(Desenhos de Walter Disneg t M. B. Iwérks. exclusividade para O TICÕ-TICO em todo o Brasil) '

ZzÁsPZ^Z W>Ê "--^»&g_»_.*(*í^——*c i*""**^

j_^*F\ ______!____ aT*— O'snr. acha que o Morcego sabe que o

snr. está esperando receber dinheiro? —Talvez.-?» mas se se lembrar que somos doisa guardar o dinheiro talvez náo nos.-»,.

>fe^VÍr-^0^

, ...aborreça... — O Shcriff não vaimandar-Ihè guardas tambem? —Ora, aqueles soldados são capazesle correr da sombra de um-.-^.»

r Ézz^z^M^n

ÊÊF

...... poderá vir por este caminho-x_. você temtempo de sobra para ir até lá avisar-me.-. • —Está bem„,. posso descobrir aquela peste »milhas de distancia — Está tudo calmo.*»

.. morcego... — Vou ao guichet buscaro dinheiro — você espera aqui e ob^scr-ve^e ha algum signal da vinda doMorcego. — Se ele vier á cidade, só...,'

Z7ZZZT

-.creio que o Morcego vai consentir que DoaJúlio receba em paz o seu dinheiro.^, — Bang-banp-bang. — PRESTEM ATENÇÃO — £SUBAM OS MORROS! E NÃO SE... r

%z^) 3_â_@s_P#^^

.j.r.é o Morcegol — Bem.,._ vou me pie-venir.-.—<» oh„ ele está atirando uma bolsapara um dos companheiros! — E' MickeyMouse e eles estão viajando juntos!! !¦=,

..„., ~ Dê um ponta pe nisso.-.-:; e suma-se daqui' — se você "escorregar" algumacoisa, eu d.Ixarei á luz do sol sua carcassaá mostra.-~ — APANHE O.. ,

— DESVIEM POIS.ESTOU ATRAZ DE»VOCÊS.-.-., Credor... fu--'mando Jericho-~.> .

cõé~<-c **¦*§_%»££_.-¦•*_--«-¦¦--•*¦____ >^rf .-W.-S-' Jiv ~^>--"»

^kLSZTç.

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A—ti <~*>

.^.-SHERIFF! eles não poderãofugir assim durante o dia! COR*

;RAM ATRAZ DELES. RAPA-ZES!!!. — Rapazes, juro que^.»'

«...este é o dia solene de minha vida!jSe este bandido não fôr capturado, fi-careí convencido que náo presto mesmopara coisa alguma!!!___

.,. .O Sheriff e a tropa vêm aí atraz dosnr.; O snrj não pode mais fugir. —Ah, acha que sim ? Pois não se esaueçade cçue sc eles me».-.

t

...--.apanharem tambem o. apanharão;.».,Será melhor que o snr. me ajude naíuga com seriedade-...

(Termina no fim do número.

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O TICO-TICO .— 20 30 — Março -— 1933

PTVff)

\ I | O CWCO, _..»„_ UH_ ONÇA \ yyl i Ei! S__TC DE OS. NcZ- CUM II\u\ r\ —/^vn__NA^" y^A^Ks/^ '____«_i^-^_r—^ lAv^-A^\ /tuMJ V'M^ íew A n<fff_ll^ -íxAA (S-^A~-^11 Y^h Y^\% '![a ^^è^w

___ ««_ . ^____^ yzzzzzzzzzz^zzzzz^zzzzzzzzzzzzzz(" Ç jAl^Úb Ta «J a r~T>s« W_i\o,,BiwiMHir /,JZ,-íj^-. %«_k_-A^^c:^¥y>-»^)__^ -*n _,^-s-V_- ->, úRR^M.ei _•,_ ,yyy^-y/

{* Z}\p^V£^ ^4*<\lmvW_/!í --_¦-"-,-.*-¦. pp-_--i ,,/rlf^ *v^*1__^-.

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NUH VOU TI H_XA, _5_(-.UEf-D TE COMeJô __*_>_.'

Sf___*_^>-__S'' v \_ 5

s.._2£I QUE *-p<_HC-E.i VOU B£*_ LO RlCORDE DA VUUXi--.---

»''x'y'^ • jAWwffi^.j,_ ? ^,

Um so para tudo MOTORES(MONÓLOGO)

Para sc vencer na vidaUm só processo é preciso :Nos momentos mais difíceisTer nos lábios um sorris.).

Chamam a este processo,Que é seguro, na verdade,A campanha sistemáticaFeita dc bôa- vontade.

Quando alguém dá contra nósUm parecer indeciso,Não devemos nos zangar ;Mus recorrer a um sorriso . . ,

E, se dizem que nós temosNa cabeça pouco juízo,Essa opinião devemosRecebê-la com um sorriso.,

Será nossa vida alegreComo o tilintar de um guizer.

Si mantivermos, constante,Nos lábios um bom sorriso."

Seja alegre, prazenteíroQue não lhe traz prejuízo,Ao contrário, só se lucraTendo aos lábios um sorriso.

Seja franco c jovial,Nas suas falas conciso,Nos olhos bondade, graça,E nos lábios, um sorriso.

Faça tudo bem pensado,Não r**.Qlva de improviso ;Mas conserve improvisado,Nos seus lábios, um sorriso.

Ao sair daqui agora,Quero fazer um aviso :Todos têm de apresentarNos seus lábios um sorriso ! . . .

T.U.ST0RC.I0 WANDERLE-

A MENTIRA E' UM HABITO AVILTANTE

Os motores de aviação gastam-sedepressa. Após 200 ou 300 horasde funcionamento estão velhos e pre-cisam ser postos de lado.' Os motoresde automóveis têm vida muito maislonga. Duram anos, conforme o tra-to que recebem. As maquinas de va-por são as que têm maior longevida-de. Apezar do serviço intenso a quesão submetidas, alcançam uma exis-tencia que causa admiração. Na Ame-rica do Norte, fizeram um estudo cs-tatistico sobre 30.000 locomotivas. I.esse estudo demonstrou que a dura-ção media, em efetivo serviço, é de32 anos.. A maior parte das refor-mas foram: não porque elas estives-sem em más condições de funciona-mento; e, sim, por que não corres-rpondiam mais ás necessidades do tra-fego. Certas companhias possuemlocomotivas com 43 anos de serviçoininterrupto e tendo percorrido doismilhões e quinhentos mil quilômetros.

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ANNO IV

Órgão .os leitoreid'0 TICO-TICO MEU JORNAL N."> 13

A creança diz nojornal o que .uer

DIRETOR Chiquinho — Colaboradores — ledos que quizerem

O MALCRIADO

Juquinha é uin meninomuito malcriado.

Certa vez, sua mãe man-«lou èlc ir á farmácia e, narua, mexeu com um garotoque por êle passara, quieto.

A mãe do menino vendo,ralhou com êle e, por zom-baria, êle começou a xinga-Ia e ela foi fazer queixa ámãe de Juquinha.

Quando êle voltou, apa-Jihou uma grande surra.

Moralidade "

Nunca devemos ser mal-criados. Viram o que acon-teceu ao Juquinha ?

Apollo Halle de Farias

víciosA prática desíionesta dos-vicios : jogo, álcool, fumo,

arrasta comsigo á deshonra,á enfermidade e á morte ;são três grandes inimigosdo homem, eslragando-lheas funções, perfurbando-Ihe

viver e encurtando-lhe aexistência. Precisamos, com-batê-los com energia. Se pu-déssemos penetrar em todosos lares, veríamos quantamiséria, quantos lares des-

' feitos, c quantas crianças naorfandade, por causa d0 jõ-go e da embriaguez.

Um homem embriagado éum louco, pratica os maiorescrimes que se pôde imagi-nar, mata, rouba, abandonaseu lar, deixando a prole namiséria e na deshonra.

0 jogador na mesa de jô-go tambem perde o racioci-"nio, joga tudo o que possueinclusive a vida, porque ter-mina no suicídio.

Jorge Augusto Christianes(11 anos}

A CHUVA

Estávamos no Verão. 0sol, com seus raios lumino-sos, inundavam toda a terra;dando um brilho mais for-le. O calor intenso, casti-gava os pobres trabalhado-res (pie tabulavam expostosao sol.

Mas, eis que á tardinha,surgem, no horizonte, peque-nas nuvens negras que, den-tro em pouco, toldavam todoo céo.

Linda Paímeira!Linda palmeira da minha terraMergulhada no cimo da serra ;Eu te quero bem, linda palmeiraQue desafia o vento que castiga,Que na sombra, o viajante abriga,Ou que abriga a ave cantadeira !

Linda palmeira minha, que range,Que vê da serra, a choça lá, longo.Do violeiro que sabe cantar.Linda palmeira do meu sertãoQue cativa todo o coração,De um alguém que sabe amar !

Linda palmeira da minha terra,Que nasceu e inda vive na serra ;Contemple com amor quem te ama,Pois fó quem ama compreendeQuanto á tua beleza sem par, prende .Um coração envolto em chama !

Quem te vê, ó bela palmeira, linda,Mesmo que não conheça aindaO que é o amor, sempre te amará!Pois tu, ó linda palmeira da serra,Cativa o coração sem fazer guerra,E este coração não Fesquecerá 1

Orlando Rodrigues Maio

i' Ao longe, ouvia-se o forteribombar d0 trovão. As fais-cas cortavam o espaço, eomseus zig-zagues. O fortevendaval carregava arvorese destelhava as casas. Emmeio deste alvoroço, via-seos escolares, operários, em-fim, todos fugindo do máutempo, que os perseguia.

Da janela, eu apreciavaaquela cena tão comum.

Era já noitinha, quandocomeçaram a cair os primei-ros pingos da chuva. Cor-ri para casa, e da vidraça,eu via os transeuntes afoba-dos, dizendo :

— "Que chuva enjoada !"

O sol é necessário.E a chuva não deixa de ser.É nociva ao operário,Oue tem que cumprir com

[seu dever

Jandyra RodriguesI"15 DE XOVFAÍRRO"

O povo brasileiro estavacontente com o governo deD. Pedro II, homem gênero-s0 e justo, que só fazia bem ánossa Pátria.

Mas. pelo ano de 1870, for-mou-se, no Rio de Janeiro, oPartido Republicano, que in-.stigava os brasileiros a pro-clamarem a República.

Esse partido logo ganhou oapoio da gente moça.

O Partido Republicano nãocombatia D. Pedro II, mas

mostrava ao povo que, depoisque êle morresse quem gover-naria o Brasil seria a Impera-Íris Isabel, com seu esposo,o Cotfile DEn, o '•francês",como o chamavam ; e os bra-sileiros não queriam deixai*-se governar por um estran-gciro.

Diversos jornais que esta-vam ao lado dos republica-nos, atacavam, nos sòus arli-gos, o Conde, como "O Paiz",de Quintino Bocayuva c o"Diário de Xotícias", de RuiBarbosa.

D. Pedr0 II era ° únicoda Corte que se não incomo-dava com os aconleeimen-tos.

Um grande político, Silvei-ra Martins, e mais alguns,procuraram fazer com que ogoverno fosse para as mãosdo rieto d0 Imperador, de-

pois da morte dele, porém,nada conseguiram.

Os republicanos precisa-v_m do apoio do Exército e,sem um militar que fossoquerido nos quartéis não po-deriam proclamar a Repú-bliea.

Aconteceu que o MarechalDeodórò da Fonseca, o ho-mem mais querido nos quar-téis daquele tempo, encon-trava-se muito sentido com ogoverno, como todos os ou-tros militares, os republica-nos ao saberem disso, trata-ram dc convencê-lo a procla-mar a República, o que con-seguiram.

Em 188;J, os militares en-traram a conspirar.

Pouc0 tempo depois, Deo-duro caiu doente.

Logo que Deodóro melho-rou um pouco, os republica-nos fizeram uma importantereunião e depois de algunsdebates, ficou estabelecidoque a República seria pro-clamada no dia 18. (Esta-vam em Novembro).

O Major Soloii, um dosmais entusiasmados, impa-ciente pela demora do levan-te, espalhou o boato de queDeodóro e Benjamin Con-stant, tinham sido presos,para com isso, apressara proelamação da República.

Pelas sete horas da noitedo dia 14, o Exército come-çou a movimentar-se.

O Marechal Deodóro, querecairá, estava muito doente,seus parentes pensaram queéle não passaria daquela noi-te, mas, ao amanhecer, èle le-vanta-se, farda-se e vai co-mandar as tropas republica-nas.

Deodóro segue com o Eotér-cito para o Campo dc Sant'A-na, chegando lá, mandaapontar os canhões para oQuartel General.

Quando Deodóro seguiupara o portão do Quartel, ne-nhum dos que o guardavamm o v c r a m - s e para de-tê-lo, êle, ao chegar deantedo portão, este é aberto pe-los soldados (pie saüdam-nocom "Vivas á República".

Deodóro manda prenderos ministros.

Lá fora ouve-se uma salvade 21 tiros.

Eslava proclamada a Re-pública.

Dalton Gerson Trevisa>í(12 anos)

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SUPLEMENTO DO "MEU JORNAL

sf^ílí^^^^^il®^ ^5SÉ

MODA E BORDA-1)0 é o melhor fi-íurino que se ven-de no Brasil.

Quem não vê aDeus em todas aspartes, em parte ai-guina o encontra. —J. Petit Scnn.

•O inventor do tele-

fone foi Bourscul, em1854, 22 anos antesde Belly M. Gray.

•Junner, medico es-

cossez, descobriu noano de 1790, a vaci-na contra a varíola.

•Oh ! que eco

que h.aqui !Que éco é ?É o éco que ha

cá.O que ? Ha éco

aqui ?Cá éco ha,

•A capivara é o

maior dos roedores :chega a ter um metrode -comprimento e,ás vezes, peso quepassa de 50 quilos. ¦

•Os ventos sopram

de trinta e dois pon-los diferentes.

*O estado de calorque um corpo apre-senta chama-se tem-peratura.

•Calcula-se que as

tartarugas p õ e in a-mialmente de 150 a200 ovos.

Lu i gi Pirandellofoi um celebre escri-tor e dramaturgo

*ta-

liauo. Nasceu em1807, em Girgenti.Estudou em Roma.Recebeu o PrêmioNnbel em 1931. Fa-leceu em 1937.

a"O sucesso ó pro--.lut <t le três fatores :

talento, trabalho esorte." — Valtouk.

•"As pessoas irreso-lulas deixam a sòoa

esfriar no trajeto doprato á boca." —Cebvaktes .

«O esquilo vive até

7 anos._

1 O lago Tanganyikatem uma extensão de3 5.100 quilômetrosquadrados.

©Obedecer não é áto

3ue envergonhe quemo pratica. Mais ver-gonhoso é ser desobe-dienle, pois revelamenlalidadc incapazdc admitir ordem,disciplina c harnio-nia.

CPara transformar

milímetros em pole-gadas inglesas, bastalazer a multiplicaçãodo número que se temexpresso em milinie-tros por 0,03937- Oresultado será em po-legadas inglesas.

•A litografia foi in-

ventada por Sevcfel-der, env 1790.

•Aquele que é capaz

:le governar a si pró-prio, tambem temqualidades que o tor-nana capaz de gover-nar os outros.

• '

A tomada da Basti-lha é um dos episó-dios mais notáveis daHistoria da França.Teve lugar a 14 deJulho de 1789. .

O último recensca-mento feito nos Esta-dos Unidos revelou aexistência de 3.900pessoas com mais de100 anos.

CO nome Henrique

significa : trabalha-dor, econômico, me-tódico, tenaz.

•"Quando se tem

poucos desejos, tam-bem se tem poucasprivações," — Pu.-TAHCHO.

-Um homem chegou

á estação telegráficae, indo ao guichet,disse que queria pas-sar um telegrama. Afuncionária do Telé-

ILI.USTRAÇAO

BRASILEIRA

Mensario de luxo.

grafo lhe disse, então,que escrevesse o tex-to, que desejavatransmitir, numa dasfórmulas próprias.

— Si eu soubesseescrever — respon-deu êle, indignado —não vinha passar umtelegrama : escreve-ria uma carta !

•A Áustria é um país

central da Europa.Sua superfície é de83.833 quilômetrosquadrados. Sua po-pulacão em 1933 erade 0*875.000 de habi-tantes.

•Os hotéis hespa-

nhóis gosam da máfama dc não oferece-rem conforto aos seushóspedes. Contamque certo viajantechegou certa vez aum deles e, depois dcter subido para seuquarto, tocou a cam-painh a, chamr.ndonma criada. Apare-ceu esta e êle lhe pe-diu água.

Como ? — per-gunta a rapariga.

Sim. Quero umdouco de água . . .

•— Limpa ? — per-guntou a servente,com o ar mais ino-dente deste mundo.

•A célebre batalha

de Verdun, em queos franceses tanto sed i s t i n g u i r a mna grande guerra, foitravada a 21 de Fe-vereiro de 1910.

•Frutas verdes ou

quentes, são uni peri-

\.s quintas -loirascircula

O MALHO

go permanente paraa saúde dos meninos.

•Estude suas lições

logo que chegar emcasa, de regresso doColégio, pois aindaestá viva em sua me-mória a lembrançadas explicações doprofessor. Neste ca-so, das lições, temmais cabimento doipie em qualquer ou-tro o aviso sábio :não deixe para ama-nhã o que pôde scrfeito hoje.

•Santa Joana D'Arc

foi queimada viva pe-los ingleses. Hoje éconsiderada santa,pois foi canonizadapelo Papa.

•"Para aj u d a r os

que muito madrugam,f o i inventado porDeus o relógio - des-pertador." — Babãode Itararé.

•O nome Frederico

significa : o pacífi-co. Inteligência po-sitiva, refletida, rca-lízadora. Vontade te-naz. Perseverança.

•Lavar as mãos com

pedra hume, como seesta fosse sabão, fazcom que se deixe detranspirar abundan-leniente por elas epelas pontas dos de-dos.

•Em Zante, numa

das ilhas Jônicas,existe um poço de pe-trólco, conhecido hauns 3.000 anos apro-ximadamenle ; Hero-doto menciona-o cmuma de suas obras.

•O necessitado, que

tem amigos, merecea liberalidade da nos-sa mão direita;aquêlo que os nãolem, c vive de todoabandonado, precisa-ria que o auxiliasse-mos com a direita ecom a esquerda.

•A velocidade da

luz é de tresentosmil quilômetros porsegundo.

MEU LIVRO DE

HISTORIAS

presente de valorpara as crianças

A venda

1 Em .Tackson, naAustrália, h a v i a Ocostume dc dar àscrianças nomes deobjetos comuns, co-mo faca, chapéo,etc, etc. .

.•O chocolate prepa-

ra-se moendo 0 ca-cáo e, depois d« tos-tá-lo com baunilhaou canela, móe-se amistura com açú-car e colóca-se emfôrmas.

Lineu deu ao cacáoo nome de lheobro-ma ; o que quer di-zer "alimento dosdeuses".

•O poder do rico

não está no seu te-souro ; mas, sim, nonúmero dos seus be-neficiados.

Diz-se que um joa-lheiro de São Fran-cisco inventou umasbalanças tão rigoro-samente exatas, quepodem indicar atémesmo o peso deuma mosca viva c ode uma morta . Estaé um pouco mais pe-sada.

•»Numerosas plantas

c frutas comuns cmtodo o mundo c quefiguram entre osprincipais artigos doconsumo em todo omundo são origina-rias da América doSul e, por conseguin-le, eram desconheci-das na Europa, antesdo descobrimento doNovo Mundo. Conta-se entre eles, o milho,o tomate, o cacáo, oananaz, o mate e aa mandioca.

•As abelhas opera-

rias vivem 6 meses ;os zangãos, 4 mè-ses e a abelha fêmeajuatro anos.

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~ M I N G F O O» B ¦ Novela de BRANDON WALSH — (Continuação - N. 47)

" t tar cus^cTque eus- » » E' nenhum d e Só se morre uma Mas, é justamente Silencio, cambada. Geremia-tar'. Não podemos»

nós tem ura smlPles ft Que faria com ele JS vez. por isso que nao das nada adiantam. Escutemf|tífln I nos deixar matar es- |

«nivete* 5 ' entre mil brutos co- JH <3»cr°' Ming Foo.

cultura mÊAÈAÍÊÈ ALJ^-aA ¦ \ V V^^sn / M wft\\ifa v^CA^^^-t—ff^v/ vT^v l____l_'

irtfSDCÍa Quem poderá negar: A arvore mais solida curva-se ao vento. 08 <> Poderoso chefüo A rombra move-se conforme ^SáSO honrado cannibal Ram-Bo continua a manter-se en* silencio, || Ram-Bo chega. sol. E' o que minha insignifican- P|ͧPh

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(CONTINUA NO PRÓXIMO N U M E P, 0 )

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O TICO-TICO — 24 — 30 — Março — 1!)_8

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A cidade para onde foram levados Spot e-sua comitivaera um refugio dos raios escaldantes do sol e nela viviam re-voltados contra o dominio francês,

Ali se retugiavam eles e permaneciam em continuaslutas contra as legiões estrangeiras. Spot e seus companhei-ros foram levados á . . .

$>$$fâí§&}NÍ /_^~3-__r*«ilÍ-S .' ¦'7 Bi ¦ 'íiAAÊÊt Í_fc^_9

__SBí H^ ____________________________¦¦__>)_•

.. . presença do chete rebelde que indagou ao que faliam poraquelas paragens. Em máo árabe, crivou a caravana . . .

. . . Je perguntas. E' que êle julgava os aventureiros espiões e.desde- logo, os maltratava.

Spot, impacientado com tamanho interrogatório, par-»guntou de modo brusco que' deles queria faier o chefe re-belde.

— Pretendo prendê-los porque vocês não passam de ré»les espiões! — respondeu o chefe rebelde.

(Continua no próximo número).

A ORDEM É A PRIMEIRA LEI DO CÉ05

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30 — Marco — 193S O TICO-TICÒ—~ —— ¦—¦ = -—¦ jj mea

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Fmbarcadqs no avião que o sábio louco fora buscar nu-rra caverna, os aventureiros, em poucos minutos, cnegacam 3cidade fantástica. O sábio louco então revefou os seus pia-nos, dizendo que precisava do auxílio de pessoas fortes. . . .

. . . audaciosa» e inteligentes. E- que ia realizai oicia com o "avião estratosfr-rlco". dentro Jo qual iria á Lua. AlPunjo, o professo» 9 sua joven filha veriam o* tripulantes doavião. . ¦

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.__ ._ _--_^-_________^^^__».Al Punjo, seCer.to de novas aventuras, acenou a prcpos-

ta do sábio e declarou estar pronto a partir. O sabia mostrou-lhe então o avíã.» poderoso, que era capai "de voar dt_rantaum ano sem voltar a~ Terra.

Completamente preparado o avião, o. tripulante* ro-maram seus respetivos loqarés 6 declararam estar decididos-a partir para a Lua.

(Continua no próximo número), j

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O TICO-TICO 20 yu — Março — 193S

ZÉ MACACO

FAUST/NA

Zé Macaco e Faustina se haviam proposto tomarem umasensacional iniciativa com rj fim de preservar o mundoda futurais calamidades. Combinaram que haviam delimpar as manelms do sol, motivo de tantos males !

Para isso, munidos de umavalise, com os elementosindispensáveis, subiram aum dos pontos mais cui-minantes do Rio.

Aí chegados, trataram, coma maior ingenuidade, de esfre-gar o sol com um lira-manchasenfiado numa comprida canade bambu.

É obvio comentar que o ca-so era impossivel. E o ca-sal ficou um dia inteiro naânsia dc alcançar a "cara"

manchada do sol.

Só mesmo muita ignoran-cia podia tê-los induzido áesse disparate, mas êle»não sc davam por achadose no . . .

. . . dia seguinte, continua-ram nas tentativas. Então,Faustina teve uma genialidéa I ! ! Amarrar uma latade crcolina, uma borrachae uma vassoura a um balão,que, elcvando-sc no espaço

tomou a direção sul... E o ca-sal, então, retirou-se satisfei-to e com a consciência dc ha-ver prestado um grande ser-viço á humanidade, linipan-do... as manchas do sol, porcorrespondência . . .

A pequena Li-Cham-Pó. querida !'i-Jha do velho mandarim Sun-Tse-Pó,estava enferma. • '

I Impressionára-se pela gentileza eelegância de um jovem que, certavez, a comparara, poeticamente, áestrela da manhã e á flor da cere-jeira em noites de luar.

Acontece que esse jovem, — segun-'do fora apurado pelo prudente e sa-bio mandarim, — era um cozinheiro»• não um principe de alta linhagem,como aparentava ser pelos seus ade-manes distintos e cavalheirescos.

Não podia, portanto, sc casar om:i filha do sábio e poderoso Sun-Tsé-pó, — c, por isso, a jovem adoeceugravemente. Tinha um fastio terri-v<l, nada lhe apetecendo comer.

i Seu velho pai, apreensivo comaquela doença, despachou arautos porvários cantões, proclamando que da-ria metade da sua grande fortuna.demilhões de gens a quem lhe curassea filha.

;l Físicos e curandeiros apareceramgananciosos, ensaiando na enfermaos mais estranhos filtros c até sorti-legios, no intuito mais de ganhar apolpuda recompensa do que fazer sa-rar a enferma.

|i Nada, porém, surtiu efeito. Apa-receu, por fim, um forasteiro dc lon-'gos bigodes e cabelos grisalhos, pe-dindo permissão oara vêr o doente.

0 cosinheiromislorioso

Indo á sua presença, declarou quea faria sarar, desde que a jovem sesubmetesse ao ritual que lhe seria im-posto.

Ela aquiesceu e êle lhe determinouabsoluto jejum durante um dia e umanoite inteira. Emquanto isso, canta-ria com êle canções suaves, em quefalava no sabor de frutos maduros, nadelicadeza de um prato dc ouro, emque brilhassem grãos dc arroz e ou-tias iguarias finas.

I No dia seguinte, quando faltavauma hora para se completarem as24 do jejum, o estranho curandeirose afastou, indo á cozinha do pala-cio. Voltou meia hora depois, tra-zendo nas mãos um pequeno prato

de ouro, ao centro do qual havia umninho de andorinhas, rodeado de unipouco de arroz mais branco do quoa face da lua em noite primaveril, tleum céo azul sem nuvens.

Da iguaria se evolava um delicio-so perfume que aguçava o apetitemais embofatlo.

Com a maior galanteria, o miste-rioso personagem ofereceu á jovemo prato que trazia e ela o aceitou,provando-o, ao princípio, sem muitointeresse, porém, devorando-o depoisgulosamente, c cheia de alegria.

O mandarim, que assistiu á cena,lhe disse : '

Curastes minha filha, dando-lhealegria e fazendo-Ihe voltar o apetiteperdido. Tendes direito á metadeda minha fortuna, conforme o pro-meti.

Agradeço, porém, recuso vossagenerosa recompensa. Julgo-me bempago pela ventura dc haver restitui-do a alegria aos olhos de vossa fi-lha, que sc alimentará, normalmente,agora, si permitirdes que eu seja seucozinheiro.

Não somente permito, como ain-da vos rogo que aceiteis esse ertear-go, prontificando-me eu a remunerar.vosso trabalho com tantos milharesde yens por dia quantos exigirdes-

(Conlinúa no fim da revista).

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O MISTÉRIO DOS DIAMANTES AMARELOS «v aloysio

Bartley, percebendo que o corpo estendido junto á grande imagem de Mola ainda esta*va vivo, perguntou curioso a um dos negros de que se tratava.

— E' um traidor da amizade dos CABEÇAS DE PEDRA !•-— respondeu o homem; oene«?rou no GRANDE TEMPLO ,.

«

. . . diiendo-S'! protegido do Mola. mas ao tomar o licor divino que traria Mola ao seuespirito ficou ai entorpecido e só I~''artley

quiz descobrir o manto que escondia o tal "traidor" mas não houve tempo.Retiraram sua grotesca . . -.

. . mascara ao mesmo tempo que lhe era trazido um copo com um liquido amarelo chei-randa a mel. Naquele momento os neqros ia m tér a certeza si Mola protegia o |oveo bran*

(Continua no próximo númeroj

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O TICO-TICO 28.— SO Março — 1938

UMA LIÇÃO PROVEITOSA

Emquanto João, que é um menino estu-dioso, passa os dias em casa. lendo livros,seu primo Alberto é um vadio, que andaa passeiar e nunca passa nos exames»

Outro dia, o pai de João. que é um gran-de engenheiro, disse ao filho: — João, seide um meio de fazeres o Alberto estudar.Convida-o. ..

... para um passeio ao campo e, no ca-minho, conta-lhe um episódio da , historiapátria. Ele ha de se entusiasmar.

João assim fez e contou ao primo va-rios episódios da linda historia do nossoamado Brasil.

^3§l7 F ~~P^^gi ~

Alberto, desse dia em diante, tornou-seum menino estudioso e aplicado e não per-deu mais o..,

... tempo nos passeios inúteis e nos jogoaviolentos. Estudava, praticava esportes etornou-se um menino culto.

A' BANDEIRASagrado pavilhão da minha Pátria! CantoSimbólico da paz ! O hino, para saudar-te,Feito devera ser das bizarias da parte,Num poema de amor harmonioso e santo!

Pois que és de um livre povo, o palio, o verbo, o mnnto.—- Na escola, no quartel, no amor, em toda parteOnde sejas erguido, adorado estandarte,Não te borrife ou manche uma gota de pranto.

Lembras o céo formoso, evocas a grandezaDe tudo quanto traz de esplendido comsigoA nossa exuberante natureza:

Que da infâmia: o Destino amigo te resalve,O' ! dc ordem te progresso imaculado abrigo.Sagrado pavilhão de minha Pátria ! Salve !

LEONCIO CORRÊA.

P O m

<

Sol a pino.O relógio grande da ma-

triz batia 12 horas... e pe-Ias ruas andava um indivíduomaltrapilho, com a barba crês-cida e com o estômago vasio,tinha chegado naquela hora, \veio do Ceará; os seus pés ar-'diam

queimados pela areiajquente da rua.

Em uma casa rica e bonita'cercada por trepadeiras, este'pobre indivíduo bateu parapedir um pouco de comida,mas a "dona desta tal casa, quéera mulher má e sem caridafde, respondeu: Não tem cotmidã para dar a vagabundo;estas palavras rudes e cruéisforam para o coração daquelepobre como duas setas agu-das.

O. pobre saiu cambalean- jv do. Em sua mente vieram mil '•

pensamentos e ele pensou em :sua infância sem estudos e deuma mocidade consumida notrabalho e nas lutas no Cea-rá; e por fim pensou em suamiséria, lembrando-se destaspalavras:

"Não tem comidapara dar a vagabundo" .

Dobrou em um pequenobeco e foi para a margem deum rio que corria calmo e se-reno e o pobre disse: MeuDeus tenha pena de mim. Ecomeçou a chorar e por fimum corpo caiu nagua indopara o fundo.

Depois., tres dias depoisaparecia boiando nas águascalmas e serenas do rio o cor-po de um homem.

PAULO DANTAS(13 anos).'

Do livro Mentalidade In*fantiU

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30 — Marco — 1938 — 20 — O TICO-TICO

F e N H O . R 1 S T A j

Segundo a lenda, os penho-ristas tiraram o sigma das tresbolas de São Nicolau ou deSanta Claus.

A Historia nos diz que SãoNicolau era o bispo de uma ci-dade chamada Mira, na ÁsiaMenor. A lenda diz que um

certo pae tornou-se tão pobre que nãopoude dar o dote a suas tres filhas.

São Nicolau, sabendo disto,l.evou tres bolas de ouro aoquarto das meninas enquantoelas dormiam. As imagens deSão Nicolau nos mostra o san-to segurando as tres bolas, asquais os penhoristas adotarampara o sigma.

¦^^^vvvvv^k^v^/»^vv^*vv^AA^v^*v^»v^s*v^^^^%^^

PedacinhosO salitre do Chile é um excclen-

te adubo.*

O pó de carvão é um ótimo ab-sorvente.

*.0 óleo de coco é um primoro-

so condimento culinário.»

O cabelo humano embranquecepela desnutrição do bulbo capi-lar.

Virgílio, 0 célebre poeta latino,nasceu cm Mantua.

¦X

l O sabão é obtido pela fervura<t de gorduras com potassa.

*! O boi é considerado pelos egi-pcios como animal sagrado.

-*No Brasil não existem vulcões.

* ..O cacáo é a mais abundante ri-

queza vegetal do Estado da Baía.*

São raros os ursos de pêlo nc-gro-

. *¦:

O frio, em algumas ilhas doÁrtico, é tão intenso que matamesmo os nativos.

*A população da Groenlândia

aumenta anualmente numa pro-porção dc doze por cento.

•O agrião é rico de iodo.

*Em Nuremberg fabricam-se rc-

; lógios menores do que a unha do;•ledo anular.

-»Quem corre cansa.

f^*V»*A/S*V-*»--**>N*-V*'*,',,'*V

cosinftelro misteriosa(FIM)

— Si tenho de exigir alguma cou-sa, ó grande mandarim, que seja amercê de receber em paga do meuínfimo trabalho um doce olhar degratidão da vossa augusta filha.

Assim seja, como dizeis, con-cordou o velho mandarim, olhandopara a filha que sorria contente.

Passaram-se, assim, mais sete dias,em cada um dos quais mais jovial efeliz se apresentava a jovem, cantan-do, venturosa, quando o estranhopersonagem declarou ao mandarim :

Agora é tempo dc partir. Vossafilha está curada e, assim, permane-cera, tenho esperança.

A jovem falou, então :Ó meu amado pai : Permiti que

não se afaste de mim esse cozinheirogentil, que me restituiu o apetite per-dido e a alegria de viver. ,.

— Não poderei retê-lo, minha fi-lha. É orgulhoso de mais para acei-tar uma quantia, — por maior queseja, — pelo seu trabalho.

O trabalho que fiz e que pode-rei ainda fazer pela saúde e pelavida de vossa filha não se paga convdinheiro.

Dizei, então, o que pretendeis., O jovem, tirando, então, os bigodes

grisalhos e a cabeleira postiça, declá-rou :

Não fosse eu um humilde cozi-nheiro, embora chefe das cozinhas deSua Magestade o Mikado, pediria, co-mo recompensa única a mão de cs-

posa daquela a quem salvei damorte.

O mandarim adiantou-se, solene-mente, tomou. a filha pela mão e,apresentando-a ao jovem, afirmou :

Ei-la. É vossa esposa. - Bemo fizestes por merecê-la !

Houve grande alegria por isso e, nodia das bodas, foi oferecido aos con-vidados um opiparo banquete.

Trancoso .

ILLUSTRAÇAOBRASILEIRA

Alais uma edição luxuosa dogrande mensario nacional, "Ilus-trarão Brasileira", está á venda,constituindo nova vitória para a*cultura e as artes gráficas do pais.tA linda revista, que espelha coma máxima nitidez o vigor da inte-,lectualidade brasileira, lcaderan--do incontestavelmente todo o mo-vimento litero-cultural que possui-mos, traz colaborações escolhidas,inéditas e variadas, formando umconjunto perfeito e admirável.Entre outros colaboradores desta-cámos o Conde de Afonso Celso,Olegario Mariano, Afonso de E.Taunay e A. Austregésilo, todosda Academia Brasileira de Letras ;o prof. Fléxa Ribeiro, da .E. N.de Belas Artes ; o prof. MagalhãesCorrêa, do Museu Nacional; ocomandante Galdino Pimentel Du-arte, d0 E. M. da Armada e outros.

O serviço fotográfico está mara-vilhoso. Reportagens da Redaçãoatraem a atenção do leitor, domi-nandu-a. Entre estas se destaca aintitulada "Como eles manejam apena", onde figuram nomes domei0 literário brasileiro, prestandocurioso depoimento sobre a manei-ra como escrevem, c explicando asrazões.

Duas reproduções de quadros, jem belas tricromias, nos mostramtrabalhos assinados por Oscar Pe-reira da Silva c Manoel Santiago.E os desenhos ilustrativos, em nú-mero abundante, alguns em doublé,trazem a assinatura de H. Cavallei-ro G. Trompovssky, Carmen Bar-reto e Helnnit.

Preço do exemplar, 3$000 emtodo o Brasil.

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O TICO-TICO — ou 30 — Março — Í93S

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CONCUR/OSC O XC U R S O N.° 2 5

Para os leitores desta Capital e dos Estados

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Oferecemos hoje aos nossos presa-dos leitores mais um concurso inte-ressante, um problema de palavrascruzadas fácil. As "chaves" do pro-blcma são as seguintes :

Horizontais;

1 — Cobre as casas(i — Olfáto de cão7 — Acha graça

¦ <S — Quirino Amaral9 — Querer muito

12 — Estimo muito13 -— Casinha pobre15 — AnéisKi — Ivo Teixeira Alves17 — Não é profissional.

Verticais:

— Cana— Do verbo ser— Luís Oliveir .— Movei— Linha que divide a circum-

ferencia igualmente10 — Rui Oliveira11 — Ora13 — Aqui14 — Operação aritmética.

As soluções devem ser enviadas úesta redação, separadas das de outrosquaisquer concursos e acompanhadasnão só do vale que vai publicado áseguir, e tem 0 número 25, como, tam-bem, das declarações dc nome, ida-de e residência do concurrente,

Para este concurso, que será cn-cerrado no dia (5 de Maio vindouro,oferecemos, como premios, por sor-

ic, entre as soluções certas, tres lu-xuosos livros de histórias infantis.

^vaTêPARA OCONCURÍON-i 25

— CONCURSO N." 2 G —

Para os leitores desta Capital e dos— Estados próximos

Perguntas:1.*

_f?£x_V)

— Qual a fruta formada dedois advérbios ?

Arleltc Barreto(2 sílabas)

2.* — Qual o advérbio (pie, lidoás avessas é ofício religioso '?

(2 silabas; Maria Leite

3.* — Qual o réptil ([lie é tempo dcverbo ?

(2 sílabas;

4.'

Cinira Bittencourt

- Qual o acidente geográficoque é sobrenome ?

(2 sílabas) Nestor Lwjo

5.* — Qual o animar feroz (jue.tem nome de medida dcpeso antiga ?

(2 silabas) Mário Almeida

Eis organizado o novo concursocom cinco perguntas, todas fáceis.As soluções devem ser enviadas á estaredação, separadas das de outros«piaisquer concursos, acompanhadas

das declarações de idade, residênciac nome do concurrenle c ainda dovale que vai publicado, a seguir, ctem o número 2G.

Para este concurso, que será encer-rado no dia 27 de Abril corrente, da-remos como prêmios, por sorte, entreas soluções certas, três lindos livrosilustrados de histórias infantis.

\__J<í__r

VALEPAPA OCONCURSO

N = 26

RESULTADO DO CONCURSO N." 13

Enviaram soluções certas 295 solu-cionisías.

Foram premiados com um lindo li-'vr() de histórias infantis os seguintes;concurrentes :

w.u/n.ii EUNST SCHIMIDTResidente á rua Osvaldo Cruz, nú-

mero 29 — Niterói, Icarai.

ADALBERTO DA SILVA NEVES jResidente á rua Conde de Porto

Alegre, número 37, Riachuelo, nestaCapital. .

MARIA APPARECIDA HOMEMResidente á rua Campos Sales, nú-

mero 783, Campinas, Estado de SãoPaulo.

RESULTADO DO CONCURSO NV* ¦ _

Respostas certas :

1:' — Filha, ilha2." •— Tesouro, tesoura3." — Silva4.-' —- Andes

Furacão.

Enviaram soluções cenas 390 solu-cionistas.

Foram premiados com um lindo li-vro de histórias infantis os seguintesconcurrentes :

JOÃO LUIZ NOGUEIRA

Residente á rua Balbino Cunha,número 8 -a, São João d'El Rei, Es-lado dc Minas Gerais.

MARIA PIRES DE CASTROResidente á rua Rangel Pestana, nú-

mero 15, Jundiaí, Eslado dc S. Paulo.

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30 — Março — 1938 - 31 O T ICO-TICO

O TICO-TICOPropriedade da S. A. O MALHO

EXPEDIENTEASSINATURAS

Brasil: . . 1 ano. . . . 25$0006 meses. . . . 13$000

75$000385000

Estrangeiro: 1 ano. ,6 meses.

As assinaturas começam sempre nodia 1 do mês em que forem tomadase serão aceitas anual ou semestralmente.TODA A CORRESPONDÊNCIA co-mo toda a remessa de dinheiro, (quepode ser feita por vale postal ou cartacom valor declarado), deve ser dirigidaá S. A. O Malho, Travessa do Ouvi-dor, 34 — Rio. Telefone: 23:4422.

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J00AK)W)yè ^^(ÊÊm\m

^Jao\ diga

(que eulhe disse:-Uso e nao mudoJUVENTUDE

ALEL&ANDREPARA A BELLEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

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LuzRevista mensal illustrada de Occul-

tismo e Espiritualismo Scicntifico nãose dirige só aos adultos.

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O algodão é uma grande riqueza dosolo brasileiro.

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"VôVÔ d'0 TICO-TICO"—Omais belo livro de lições de cousas.

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Mamãe ! Me dá . . . me dá CONTRATOSSE para eu não tossir. E' tão barato . . *

As presas do elefante são de mar-fim.

Os bons livros são excelentes pro-fessores.

»> .A lealdade é uma grande virlude.

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saveimrasdoElipiRlio-líIlllBfiPlKfl"

Chiquinhomer melado,sob a guardaempregada v

e Benjamim quedam co-Mas o melado estavada "tia"

Joaquina, umaelha e meio zangada

Mdb LhJq.i-iho "f.e uma idéa: —vcmíu t empttolou Benjamim e foidi;er á "<ia"

Joaquina que o medicoacabava de chegar para vê-la.

A "tia' Joaquina enxerga pouco

e. por isso, não desconfiou do pl^r.ode Chiquinho. Benjamim, com vozlorte, receitou para a doente.

^BL \yfy / áWÍ \B**\ Wl aXji>r Uí) /ii ^J«a\\\\\rz / * m-ét-\\\\\\ » J

aaa\^_^m^mm\\aa\\\\m^k**\m\^mm\\\ma^a^Smi . .... _ .._ J _ — — - Hr .. #i 1 ¦ / «¦ à*nn

car aofira me?» A "i.'!7 >l|Ó£»c£'r.a. -..>. í.3;*.''¦¦'Sr-— A senhomo.

'durantei~ . w«- ¦ . ..-

no oanco do... ma ¦-itoio para a

rn varie: rrinuros. spnvid.arditm E um N;tsua doínyj !

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tum r -jf '"c ffci r."'3' «> r.o >ju.-oCHicjirinho c Benjamim não per-

dfiàm iempo. Foram â despensa ctomaram de assaho o pote de mela-dó.

'*'* pa.-;> ü-c.í á uv'.ia"i/ã 3 'jís.j itt.

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1:.. com incrível vera'idade. ¦ t,nf»c>.n todo o melado, latiihúíàndo c

(oVio *¦ as rnaos»' •Pai narioi df2 tmnutoj a "tia".-

,,.|o<T,vM_ia voliou r. passandor.i-la <íeinfn«.a rioo viu o poV, de mr -Ía-Jo Dcícobiiu ass.in o '.r.-Qro emque caíra

Mj*< o castigo chegou logo —

Ch«;t»'.nhfl r Eemdm.n, enjoadqiK':am para « cama dePO'»' àe torojtem um cope com aguj e sal