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1 Tema: Diversidade 2010 I Coletânea do Concurso de Redação Unidade Tamboré

I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré. Tema: Diversidade. 2010.

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Page 1: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Tema: Diversidade

2010

I Coletânea do Concurso

de Redação

Unidade Tamboré

Page 2: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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A versão digital deste livro encontra-se no site da Escola Morumbi

www.escolamorumbi.com.br

Page 3: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Prefácio .......................................................... 5

A chance de um convívio ................................... 6

A diversidade entre os seres humanos ................. 7

A graça da vida ............................................... 8

A ignorância oculta nossa capacidade................... 9

A igualdade na diferença ................................... 10

A individualidade não vive sozinha ......................

A lei da vida .....................................................

11

12

A nossa essência .............................................. 13

A outra classe .................................................. 14

A riqueza da diversidade ................................... 15

Aceitar para evoluir .......................................... 16

Acima de tudo diferente .................................... 17

Conscientização é a sua decisão ......................... 18

Diferenças no mundo ....................................... 19

Diferentes, mas no fundo todos iguais ................. 20

Diferentes nas igualdades e iguais nas diferenças . 21

Diversidade...................................................... 22

Diversidade ou igualdade ................................... 23

Diversidade, por que não? ................................. 24

sumário

Page 4: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Exclusão social. Quem irá detê-la?.......................

Nosso maior defeito ..........................................

25

26

Nunca se feche a novas descobertas .................... 27

O ciclo sóciocultural ......................................... 28

O desafio do (ser) humano.................................. 29

O diferente nunca é igual, e daí? ......................... 30

O mundo desigual ............................................. 32

Respeito é bom ................................................. 33

Respeito é bom e todos merecem ........................

Ser diferente é ser igual .....................................

34

35

Ser ou não ser, eis a questão .............................. 36

Somente ganhos ...............................................

Uma conclusão diferente ....................................

37

38

Vivendo e aprendendo ....................................... 39

Cartas de leitor ................................................. 40

sumário

Page 5: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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O Concurso de Redação, promovido pelo departamento de Orientação Pedagógica e

o Corpo Docente da Escola Morumbi, teve como objetivo despertar e incentivar nos

alunos o interesse, o domínio e a criatividade na produção textual. Todos os alunos,

do 6⁰ ano do Fundamental II ao 3⁰ ano do Ensino Médio participaram.

O EIXO TEMÁTICO foi DIVERSIDADE. A pesquisa para aprofundamento do tema

contou com a participação dos professores de geografia, história, ciências, inglês,

espanhol. Os gêneros textuais foram trabalhados pelos professores de redação,

segundo o planejamento do curso de redação para cada ciclo.

A música dos Engenheiros do Hawaii - Há tantos quadros na parede / há tantas

formas de se ver o mesmo quadro / há tanta gente pelas ruas / há tantas ruas e

nenhuma é igual a outra [...] - e a música dos Titãs - Os homens são todos iguais

(...) /Brancos, pretos e orientais / Todos são filhos de Deus (...) - foram dois dos

textos da coletânea apresentada como subsídio para a proposta O desafio de se

conviver com a diferença e as formas de relacionamento que podem ganhar

novos contornos em decorrência das diferenças sociais, políticas, religiosas e

culturais.

Todos os alunos puderam refletir sobre a importância de conviver com a diferença e

preparar um texto sobre o assunto, escolhendo uma destas três modalidades:

carta, dissertação argumentativa e narração. Houve uma avaliação dos textos, e os

selecionados estão reunidos nesta coletânea, que representa o trabalho

desenvolvido nesse projeto.

Profª Márcia Romano

prefácio

Page 6: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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A chance de um convívio A história que passo a contar ocorreu há alguns anos na minha escola. A instituição

que eu frequentava era conhecida por ser a escolha da maioria dos pais bem-

sucedidos para matricular seus filhos. Entretanto a história de Sônia era um pouco

diferente.

Sônia, negra, alta e corpulenta, entrou, no primeiro dia de aula, acompanhada pelo

orientador Maia. Segundo ele, a novata ganhara uma bolsa de estudos na escola,

por meio de um projeto do governo direcionado a crianças carentes.

Passaram-se semanas, meses, e a garota continuava isolada. De fato seu pior

momento era a hora do almoço, quando, no grande refeitório, as diferenças

ficavam mais evidentes. Inteligentes junto com os que tinham dificuldades, jamais;

patricinhas não se misturavam; e acima de tudo, brancos nunca eram vistos com

negros. Mas nem mesmo no último grupo Sônia parecia encaixar-se; assim,

escolhia sentar-se sozinha.

Durante uma aula de redação, a professora pediu-nos que fôssemos à biblioteca e

que, em duplas, escrevêssemos sobre diversidade. Tive a iniciativa, levantei-me e

convidei Sônia como parceira para realizarmos a atividade; ela aceitou de pronto.

No momento da apresentação, lemos um documento oficial que trazia as seguintes

ideias: A diversidade se manifesta na originalidade e na pluralidade de identidades

que caracterizam os grupos e a sociedade. Li esse trecho e passei a palavra a

Sônia, que continuou: Nesse sentido constitui o patrimônio comum da humanidade

e deve ser reconhecida e consolidada em benefício das gerações presentes e

futuras.

Não sei dizer ao certo qual foi o impacto causado pelos trabalhos. Porém, com mais

algumas semanas, outros acanhados também deram um passo à frente. E é assim

que sempre devemos agir, dando chance à interatividade e às diferenças que cada

um de nós possuímos.

Giovanna Amorim Ranieri – 2º EM

Page 7: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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A diversidade entre os seres

humanos

Há alguns anos, adolescentes atearam fogo em um índio e foram presos. O fato é

que somos todos diferentes e precisamos ter essa consciência para respeitar o

outro, seja ele diferente em aparência, etnia, cultura, ideia ou até fisicamente.

Somos todos seres humanos e nisso sempre seremos iguais.

Em minha opinião os seres humanos deveriam aprender a conviver e a respeitar

uns aos outros, de modo diferente dessa loucura que é hoje em dia: aluno não

respeita professor, adulto não respeita criança, magro não respeita gordo, e vice-

versa.

Acredito que precisamos mudar e aprender a conviver respeitando o outro e

deixando as diferenças de lado, tendo assim um mundo melhor.

Porém existem alguns aspectos em que deveríamos ser iguais. E por exemplo, na

generosidade, na forma de viver (classe social), nas condições de trabalho, na

educação e em muitas outras coisas. Afinal todos temos os mesmos direitos.

Gustavo de Mello Albuquerque – 7º B

Page 8: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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A graça da vida

A diversidade é algo muito importante para o ser humano, é o que nos difere dos

outros, é a diferença que nos ajuda a escolher e classificar.

Nós, seres humanos, queremos nos dar bem na vida, temos estruturas corporais

semelhantes, temos um ciclo de vida, etc.; essas são igualdades. Porém também

temos diferenças, como nossas preferências, nossas opiniões, pensamentos,

objetivos, características físicas, etc.

A vida nos mostra que todos nós temos diferenças, ou seja, somos diferentes.

Temos igualdades, ou seja, somos iguais. Se nós não conseguíssemos ver essas

diferenças e igualdades, a vida não teria graça.

O ser humano e outros seres vivos que existem precisam ter um motivo para viver.

Se não houvesse diversidade, para que descobriríamos ou aprenderíamos História e

Geografia? Todos os seres humanos pensam em ser iguais, mas todos também

querem se destacar. Por isso eu acredito que somos diferentes e ao mesmo tempo

iguais.

Laura Carolina Vehanen – 7º A

Page 9: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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A ignorância oculta nossa capacidade

Os humanos pararam de pensar por si mesmos. A sociedade mastiga os conceitos e

estabelece padrões, poupando a maioria de uma reflexão maior. O erro é que

estamos seguindo esse rebanho, caminhando lentamente para o matadouro.

Ensinam-nos a dirigir um carro, uma empresa, a exercer uma profissão, mas nos

ensinam a governar nossos pensamentos?

Tecnologicamente, estamos muito avançados. Mas, em questões como o

comportamento, estacionamos na Idade Média, presos a conceitos e complexos de

superioridade. O preconceito, cultural e historicamente, nunca se extingue. Alguns,

como racismo e homofobia, vão sendo amenizados. Mas, enraizado, o preconceito

redobra e ganha novas formas, de acordo com os valores vigentes numa sociedade.

Além do que, subjugamos o próximo mais por uma necessidade de autoafirmação

do que por desprezo. O branco, racista, se coloca num patamar acima dos

diferentes etnicamente. O homem, menosprezando a mulher, ganha espaço

socialmente e no trabalho.

Nós, humanos, somos capazes de muito quando pensamos por nós mesmos. Martin

Luther King, por exemplo, inspirou e inspira a sociedade até hoje. O segredo é não

acharmos apenas quem tem pensamento parecido, mas aceitar novas perspectivas

e aprender com elas; não nos limitar a um plano linear de ignorância, e, sim, nadar

na diversidade.

Luisa Passero Fontan e Silva – 9º A

Page 10: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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A igualdade na diferença

Como conviver com a diversidade que existe? Essa é uma pergunta que todos, em

algum período de sua vida, devem fazer-se, pois a dificuldade em aceitar o

diferente está presente na natureza humana.

Com o avanço tecnológico, com as transformações da sociedade, a relação e o

contato com outras etnias ficaram mais constantes. O modo de viver, as diferentes

culturas estão dividindo os mesmos espaços.

Entretanto a aproximação desses diferentes grupos nem sempre é feita de maneira

harmoniosa. O contato entre os diferentes tem sido conturbado em muitos lugares

e situações. Dessa maneira o número de conflitos causados pela diversidade étnica,

religiosa, cultural vem aumentando expressivamente em todo o mundo.

É possível perceber um grande preconceito racial ou cultural em países

desenvolvidos, principalmente na Europa, com altos índices de xenofobismo em

relação aos afrodiscendentes e aos latino-americanos. Em alguns casos, não se

permite a permanência dessas pessoas, alegando que tornam a imagem do país

inferiorizada.

Apesar de todas as diferenças que existem entre os seres, de alguma maneira,

todos são iguais e especiais, merecendo ser respeitados com igualdade entre todos,

independentemente de sua raça, cultura, religião, aparência ou cor.

Dalton Salgueiro – 1º EM

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A individualidade não vive sozinha

Anteparo. A palavra sintetiza a dificuldade do mundo em conviver com as

diferenças existentes. O homem busca construir uma barreira que cerca os seus

próprios interesses e dificuldades, individualizando e restringindo-os. Sendo assim,

uma comunidade ou mesmo cultura convive num mundo diversificado, o que pode

causar conflitos ou até o caos.

Essa diversidade explica o motivo de ninguém ser igual a ninguém, porém entre os

” ninguéns” alguns se identificam, formando grupos, esses interligados a um grupo

maior, a humanidade. A peculiaridade desse paradoxo descreve a harmonia

preexistente e, posteriormente, a desordem característica do ser humano, pois

como diz Rousseau: “O homem em sua natureza é bom, a sociedade é que o

corrompe.”

Durante a 2ª Guerra Mundial, o holocausto sintetizou o preconceito e a cobiça, em

seu estado extremo, existente na mente humana, representando uma venda a

qual não permitiu que os nazistas enxergassem o outro lado.

Na música “Ninguém = Ninguém”, o trecho “Há tantas formas de se ver o mesmo

quadro” permite a associação com o bilateralismo existente em todas as

diferenças, e todo o problema surge da individualização, do monolateralismo.

Dessa forma, as diferenças são necessárias, pois são elas que onstroem o mundo.

Porém, se a diversidade não é aceita, ou seja, não se enxergam múltiplas faces,o

caos é instaurado, e a individualidade não vive sozinha.

Gabriel César Prévidi -3º EM

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A lei da vida

Sempre pensei que conviver com o diferente fosse ruim, mas agora eu penso

diferente, penso que por fora as pessoas podem ser ma-ra-vi-lho-sas, mas por fora

podem ser um horror! Muitas vezes as pessoas são horríveis por fora, mas por

dentro seus corações brilham como um cristal.

Pode ter gente morena, loira, alta, baixa; falando outra língua, falando a mesma

língua, entre outros. Mas nós não deveríamos ter preconceito com ninguém.Você

deve se por no lugar dessas pessoas e sentir como elas sentem, tenho certeza que

você não iria gostar.

Mas se você não concorda comigo e é preconceituoso(a), pense no caso de Michael

Jacson e reflita...

Pode acreditar que por dentro cada um tem um defeito, até você! E você mesmo(a)

leitor(a) pode pensar que não tem, tente descobri-lo e melhorá-lo.

Já tive vários amigos, e um deles teve câncer. Foi tão otimista que conseguiu se

recuperar! Então se você quer ajudar as pessoas, as apóie e as deixe curtir a vida!

Andréa Isabel H. de Carvalho - 6º T

Page 13: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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A nossa essência

Em toda a história da humanidade o homem nunca esteve sozinho, pois é natural

querer compartilhar suas ideias e experiências com outras pessoas. Normalmente,

mantemos uma amizade e convivemos com aquelas que são mais parecidas

conosco, esquecendo que é aceitando as diferenças que nós seremos mais

humanos.

Ao longo da história do mundo, algumas sociedades não souberam lidar com essas

diferenças, sejam elas raciais, culturais ou religiosas. O melhor exemplo é o

holocausto: milhares de judeus foram mortos por não serem arianos, porque os

alemães então se julgavam superiores a eles. Apesar do que se aprendeu com

isso, houve recentes genocídios na África, além do apartheid.

Mas, como os Titãs já diziam, “aquele que une é o que separa”. Ao conviver com

uma pessoa até então diferente, aceitamos como ela é e nos surpreendemos ao

encontrar muitas coisas em comum, além de aprendermos também com a

diversidade, e isso supera qualquer diferença.

Então, no ano da biodiversidade, vamos aprender com o nosso passado a ser

pessoas mais tolerantes, que com vivem e aceitam as diferenças. Pois moramos no

mesmo planeta e, acima de tudo, somos todos seres humanos.

Dominique Costa - 2º EM

Page 14: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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A outra classe

Estudo na escola Morumbi desde que tinha três anos. Fiquei um ano e meio

estudando no período da tarde, quando, então, me mudei para o período da

manhã.

A partir do ano em que me mudei para a manhã, eu fiquei sempre na mesma

classe, com as mesmas pessoas. Fiz uma melhor amiga, éramos grudadas, tão

amigas que alguns pensavam que fôssemos irmãs gêmeas. Infelizmente, no início

deste ano, ela saiu da escola.

Percebi, então, que umas meninas não falavam mais comigo, outras eram falsas,

poucas as verdadeiras. Foi aí que eu decidi: já que minha amiga mudou para uma

escola onde não conhecia ninguém, eu vou mudar para uma classe onde não

conheço ninguém. Mudei de sala e hoje tenho mais amigos nesta do que na outra

sala, e as pessoas que eu pensava que seriam as mais chatas transformaram-se

em minhas melhores amigas.

Aprendi que é bom conviver com o diferente, você tem amigos diferentes, com

características diferentes, culturas diferentes... E isso é bom. Sem a diferença, tudo

seria igual e chato!

Júlia Hanek Ferreira de Albuquerque Pinto - 6º A

Page 15: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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A riqueza da diversidade

A diferença nos cerca, ela está em todo lugar. Nós somos diferentes, únicos, como

diz a música da banda Engenheiros do Hawaii “Ninguém=ninguém”, mas muitas

vezes temos dificuldades em respeitar essas diferenças.

Elas deveriam unir as pessoas e não fazer o inverso, separá-las. Aprender sobre

outras culturas, costumes e línguas deveria aumentar nossa curiosidade pelo outro.

A diferença é a maior riqueza do nosso mundo. Toda essa diversidade, não só de

pessoas e culturas, mas de plantas, animais e paisagens também, é o que torna o

nosso mundo interessante.

O ser humano, desde antigamente, tem a mania da aversão a tudo o que é

diferente dele próprio. Como odiar a diferença, se estamos cercados por ela? O

racismo e o preconceito são exemplos dessa aversão. O fato de ainda existirem

atos tão preconceituosos e racistas é a prova de que o ser humano ainda é

primitivo. Preconceito e racismo, essas duas palavras representam ignorância e

falta de cultura. Nós temos que expandir os horizontes da nossa mente para

enxergarmos realmente a riqueza da diversidade que nos cerca.

Apesar das diferenças, nós todos temos uma coisa em comum: somos seres

humanos. Exercemos os mesmos direitos e devemos ser tratados igualmente com

respeito. Este é o direito que cada ser humano tem e que não pode ser negado.

Todos merecem ser respeitados, independente de cultura, raça, cor, religião, etnia.

Somos todos iguais.

Isabella Mi Hyun Kim - 9º A

Page 16: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Aceitar para evoluir

O mundo está cada vez mais interligado, as pessoas habitam cidades gigantescas,

os meios de comunicação estão cada vez mais rápidos e acessíveis e, por

consequência, o acesso aos mais variados tipos de informação é mais fácil. Porém,

ainda assim, as pessoas têm uma dificuldade imensa em aceitar o outro e esse

outro inclui todas as pessoas que são diferentes de nossos padrões.

A concentração populacional nas cidades de certa forma força a convivência de

grupos de pessoas antagônicos, o que pode levar tanto à compreensão do outro

quanto à geração de conflitos.

Infelizmente, é da terrível natureza humana não aceitar o diferente e sempre tentar

sobrepujá-lo, pois, para nós, apenas o nosso ponto de vista está correto e, se o

outro não o aceita, ele deve ser forçado a pensar da mesma forma ou será

eliminado.

Chegamos a um ponto de nossa evolução em que esse comportamento predatório

contra nós mesmos não é mais aceitável, pois nós temos os meios para dialogar

com os outros, resolver nossas diferenças para que um dia o sonho utópico de uma

Terra em paz e unida sob uma única bandeira se torne realidade.

Felippe Augusto Pinheiro Samburgo - 9º B

Page 17: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Acima de tudo diferente

O que se espera ao adentrar num museu? Obras que são idênticas em todos os

aspectos? Da mesma forma um corpo: se todo órgão fosse olho, como ficaria a

audição? Assim deve ser encarada a diversidade.

O grupo Titãs insiste em dizer que Os homens são todos iguais; apesar de soar

muito poético, vejo um engano nessa idéia. Afinal, se todas as obras são iguais,

não haveria necessidade de criar mais que uma. Como já foi mostrado

anteriormente, não são vários ouvidos que formam um corpo, e sim vários

membros e órgãos diferentes, que desempenham funções diferentes.

As pessoas são diferentes, e por isso possuem diferentes funções na sociedade em

que vivem e aprendem com o outro pela diversidade. Para o funcionamento da

sociedade (corpo) é preciso que cada um exerça sua função e seja respeitada sua

particularidade. Quando uma padecer, que as outras partes ajudem como se

fossem ajudar a si mesmas, sem levar em conta as diferenças.

O ser humano não é capaz de viver sozinho. É necessário um ombro para se apoiar,

alguém que lute a nosso favor. Portanto respeitar as diferenças e a diversidade leva

a preservar a coletividade e a humanidade.

Matheus Rezende Lino – 2º EM

Page 18: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Conscientização é a sua decisão

Com a descoberta da América e a escravidão africana houve a mistura de

europeus, africanos e ameríndios, contribuindo para que houvesse, não apenas a

miscigenação étnica, mas também a cultural.

No mundo todo é possível reconhecer pessoas de etnias diferentes em cada

esquina, e em muitos países, negros, brancos, orientais, árabes vivem próximos.

Isso ocorre, principalmente, nos países onde a miscigenação foi maior, na América

Latina e na África.

Porém, em certas regiões, como o sul dos Estados Unidos e alguns lugares da

Europa, há discriminação em larga escala. Muitos são os casos de pessoas que são

contratadas com salários menores, ou deixam de ser contratadas, por preconceito.

A xenofobia ainda existe em nosso mundo, e nada é feito contra isso.

A única solução visível seria a conscientização da população mundial de que todos

somos iguais. Entretanto a opção de respeitar o próximo, se passar a enxergar a

diversidade como algo que torna o mundo mais rico e mais belo, é uma decisão

individual.

Davi Frare – 1º EM

Page 19: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Diferenças no mundo

A diversidade é muito boa para o nosso planeta, pois nós podemos descobrir coisas

novas e também aprofundar nossos conhecimentos.

Quando eu viajo, sinto e vejo muitas diferenças nas pessoas e descubro muitas

coisas.

Eu adoro viajar, não só para me divertir, mas também para aprender. Cada país

tem sua cultura, e o que eu acho mais legal na diversidade é isto: nós podermos

aprender com o diferente.

Um dia, quando eu estava em Portugal, fui a um restaurante com os amigos

portugueses de meu pai, e eles pediram camarão. Quando eu fui experimentar o

camarão caiu no meu dedo e eu percebi que ele era frio. Eu não queria mais

experimentar, porque eu achei que era ruim, porém, quando experimentei, achei

muito bom.

Normalmente é isso que as pessoas fazem, julgam só pela aparência (ou, no meu

caso, por ser gelado), mas depois descobrem que não é o que pensavam.

A diversidade é o que sustenta o nosso planeta, e sem a diversidade o planeta não

seria... diferente!

Juliana Cintra – 6º T

Page 20: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Diferentes, mas no fundo todos iguais

Desde que nascemos, estamos cercados por diferenças, sejam elas culturais,

religiosas, sociais ou políticas. Com o passar dos tempo, as diferenças só

aumentam; o convívio humano passa a ser obrigatório e para alguns mais difícil do

que se pensa. A diversidade é grande e acaba exigindo muito de nós, afinal as

diferenças estão presentes em todos os lugares, nas escolas, no trabalho, em

espaços públicos, na vida em geral.

Podemos achar que somos diferentes, e até somos, mas o que muitas vezes não

percebemos é que no fundo somos todos iguais. Diferentes na maneira de agir, de

pensar, no aspecto físico, mas iguais por sermos todos, sem exceção alguma, filhos

de Deus. É isso que muitas pessoas esquecem, e para elas rejeitar as diferenças

torna-se mais fácil do que aceitá-los.

Evitar ou conviver? Uma pergunta que deve passar na cabeça de várias pessoas ao

se depararem com algo novo. E evitar pode parecer muito mais fácil, afinal quem

vai querer dividir espaço com aquele que nem sequer é igual a você? Mas evitar

nem sempre é possível e querendo ou não conviver com as diferenças, o próximo

sempre fará parte da sua vida, e sua família é a maior prova disso.

Já que a diversidade estará presente sempre, devemos aproveitar para dividir

nossas diferencias, aprender coisas novas e não apenas enxergar o lado ruim desse

convívio. Ter um bom relacionamento com o próximo e não julgá-lo por ser

diferente pode ser melhor do que parece, basta querer e aceitar.

Maria Caroline Marques Gonzaga – 1º EM

Page 21: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Diferentes nas igualdades e iguais nas

diferenças

Diversidade é basicamente diferença. Diferença no modo de ser, de pensar, de

viver, de agir, de se relacionar, etc.

O mundo se move em torno da diversidade. Cada ser vivo, embora às vezes quase

imperceptivelmente, é diferente. Cada um tem um toque especial que faz com que

nada seja igual.

Um exemplo dessa diversidade são as bolachas. Todas vêm da fábrica, em uma

embalagem colorida, dispostas uma em cima da outra, como se fossem clones.

Mas, se pegarmos duas delas para uma análise, veremos que são diferentes. Ou no

recheio ou na bolacha propriamente dita, mas são diferentes.

Também nós somos ou deveríamos ser iguais nos direitos, nos deveres, entre

outras coisas, porque afinal somos todos seres humanos.

Com isso percebemos que somos iguais nas diferenças, e diferentes nas igualdades.

Mas para Deus somos todos iguais. Portanto devemos apenas saber respeitar essas

diferenças, pois podemos aprender muito com elas.

Isabelle Hornos de Ávila – 7º A

Page 22: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Diversidade

O diferente. Ele é muito bom para nós. Com ele aprendemos muito, pois cada um

tem o seu jeito de ser. Na minha antiga escola, eu conheci uma garota chamada

Giovanna, que tinha um problema por nós desconhecido; ela simplesmente era

diferente das outras pessoas, e nós não gostávamos do seu jeito, pois pensávamos

que ela só queria nos irritar. Um dia resolvi ser amiga dela e descobri que era

superlegal! Eu queria mostrar isso para os outros, mas eles não entendiam.

Giovanna foi uma amiga com quem pude brincar normalmente, sem nenhum

problema, a quem pude contar segredos... Foi com ela que aprendi a respeitar o

diferente à sua maneira e perceber como isso é bom. Se ficarmos com alguém que

tenha o nosso jeito, goste do que gostamos e faça tudo igual a nós, inicialmente

pode até ser divertido, mas com o tempo vai enjoar, porque não será possível

experimentar algo diferente, porque não há diferença, é tudo igual a você.

Então, a frase “respeite o próximo”, também poderíamos dizê-la “respeite o

diferente assim como gostaria que o respeitassem”.

Hoje ainda ouço que, na minha antiga escola, há pessoas que rejeitam a Giovanna,

exatamente por desconhecer o diferente e não se permitir conhecê-lo, como eu

também já tinha feito. Fui preconceituosa, mas consegui perceber o quanto é bom

conhecer o diferente, e hoje não sou mais.

Laura Amaral Guimarães – 6º B

Page 23: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Diversidade ou igualdade

A diversidade é um assunto muito interessante e presente o tempo todo em nossa

vida. São vários os tipos de diversidade, entre eles a diversidade dos seres

humanos.

Em minha opinião, nós, seres humanos, somos iguais e diferentes ao mesmo

tempo. Somos diferentes em aspectos físicos, caráter, estilo, sentimentos,

condições econômicas... Os únicos aspectos que temos em comum são a vida e a

morte, já que todos morreremos um dia e, se ainda morreremos, é porque estamos

com vida. Por isso somos considerados seres ímpares, ou seja, sem par, únicos.

Muitas pessoas têm preconceito com a diferença, não a aceitam, mas é com ela que

aprendemos. É por causa dessas pessoas que não aceitam a diferença que são

praticados muitos dos atos de violência, física ou verbal, e um exemplo disso é o

bullying, que é toda agressão feita com a intenção de machucar e humilhar a

vítima.

Penso que o ser humano poderia ser igual na bondade, pois assim não haveria

tanta violência, mas infelizmente não é o que acontece.

A convivência com o igual é confortável, mas com o diferente deixa a vida menos

monótona, com mais aprendizado e novidades.

Por isso, considero muito boa a presença da diversidade em nossa vida, seja ela

qual for. Só é pena que haja muita diversidade também nessa forma de pensar.

Ana Carolina Sá Lins – 7º B

Page 24: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Diversidade, por que não?

Em minha opinião, todos os seres humanos têm aspectos iguais e desiguais.

Dentre os aspectos iguais, o mais certo é que todos nós, algum dia, alguma hora,

em algum lugar, iremos morrer. Também deveríamos ser totalmente iguais nos

direitos, mas infelizmente isso não acontece, por causa da diferenças sociais,

econômicas e culturais.

Porém, apesar de sermos iguais em certos pontos, também somos muito desiguais

em outros, como, por exemplo, nossa personalidade, que é totalmente diferente da

personalidade de outra pessoa, e nossos hábitos, pois as coisas que você está

acostumado a fazer podem ser totalmente diferentes e esquisitas para os outros.

Então, temos que aceitar a diversidade, pois ela é uma das melhores coisas que

existem, mas, apesar disso, ainda há pessoas que usam as diferenças de outra

para agredi-la.

O bullying não tem tradução certa para o português, mas podemos dizer que é uma

agressão feita alguém “diferente”.

Os agressores que praticam bullying, são quem geralmente tem alguma

característica que pode ser utilizada para a prática dessa indesejável agressão e,

por isso, eles se tornam os agressores para não serem as vítimas.

Essa agressão pode levar à depressão e até ao suicídio, e é por isso que devemos,

todos juntos, lutar contra isso, para que não exista mais nem prejudique nenhuma

pessoa inocente.

Gabriel de Mare Geras – 7º B

Page 25: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Exclusão social. Quem irá detê-la?

Ao mesmo tempo que todos nós somos iguais, temos nossas diferenças. Uns

nascem brancos; outros, negros. Uns nascem orientais; outros, ocidentais. Uns

aprendem a falar português; outros, inglês; alguns, japonês. Uns são judeus;

outros, católicos; alguns, muçulmanos. Mas todos nós somos seres humanos.

As pessoas têm que se conscientizar de que todos nós somos iguais, independente

de nossas diferenças étnicas ou raciais. Muitos acham que, só por haver alguma

diferença de cor ou de qualquer coisa, precisa haver a exclusão social para mostrar

quem é pior ou melhor. Mas não é assim, não deve ser assim. Esquece-se de

respeitar as diferenças.

É claro que não são todos que pensam assim. Há muitas pessoas que ajudam a

acabar com esse preconceito e tornam nosso mundo melhor. Cada um faz do seu

jeito: uns, música; alguns, filmes; e outros, ONGs. O importante é ajudar.

O preconceito está no mundo todo. Em alguns lugares, com imigrantes; em outros,

com negros. Mas acontece e está em todo lugar.

Onde se deve começar a ensinar é em casa, e o final disso está na mão de cada um

de nós,e das crianças, que devem ser ensinadas.

Aonde será que isso vai parar?

Só nós sabemos.

João Vitor Pereira Pinto – 9º A

Page 26: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

26

Nosso maior defeito

Aceitar as diferenças do outro é uma das maiores dificuldades do ser humano, que

deveria aprender a lidar com elas, pois as diferenças já geraram inúmeros conflitos

em nossa história.

O mais divulgado foi o holocausto que causou o extermínio de grande número de

pessoas pertencentes a minorias étnicas.

Outro exemplo é a questão judaico-palestina, que pode ser considerada a mais

relevante para a humanidade neste momento, por um motivo simples: se virar um

conflito nuclear, poderá acabar com o planeta. Mas é ainda mais importante por

nos mostrar como duas coisas tão parecidas, o judaísmo e o islamismo, duas

religiões irmãs de berço podem se odiar tanto.

Contudo, a questão a que devemos dar maior atenção é o racismo e a xenofobia,

pois não são práticas abertas e sim dissimuladas, o que gera uma maior dificuldade

para combatê-las.

Um dos maiores focos de racismo e xenofobia é o Ocidente Europeu, onde latinos,

judeus, árabes e pessoas do Leste sofrem intensa discriminação. Porém há um

motivo para isso: os habitantes locais se sentem roubados, uma vez que perdem

seu emprego para os imigrantes por estes cobrarem menos pelo mesmo serviço.

Cria-se um problema ainda maior, para o governo e, por consequência, para a

população local, que já há carência de trabalhadores, em razão da população

envelhecida e da baixa taxa de natalidade, e passa-se a ter menos mão de obra.

Mesmo com todos os exemplos históricos parece que ainda não conseguimos

superar nossas diferenças. Devemos aceitá-las para que sobrevivamos como

espécie, encontrando soluções cultural e economicamente viáveis.

Michel de Abreu Pereira Stockler - 9º B

Page 27: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

27

Nunca se feche a novas descobertas

Perguntaram-me por que é bom conviver com o diferente, e eu disse: “Ah, vou lá

saber?” E essa pergunta ficou ecoando em minha cabeça, o que me fez lembrar

uma triste história que vou contar a vocês.

Era um sábado, e eu estudava para Ciências com minha mãe. Estava muito

deprimida, pois, na sexta-feira, tinha ficado sabendo de algo terrível: minhas

melhores amigas do mundo (Ana Laura, Giulia, Rafaela, Beatriz e Júlia) iam se

separar no ano seguinte. Ana, Gi e Rafa iam mudar de escola, e eu e a Júlia íamos

ficar.

Minha mãe (ela deve ler mentes, porque sempre percebe quando não estou bem)

me perguntou o que havia acontecido. Contei-lhe e ela me disse que também

mudaríamos. Chorei, bati o pé, gritei, mas pelo jeito não adiantou, porque eu estou

aqui em Alphaville fazendo esta redação! Fiquei morrendo de medo de não ser bem

aceita!

No meu primeiro dia de aula eu queria morrer. Parecia um E.T. no meio daquela

gente. Pensava no que eu tinha feito para merecer tudo aquilo e me sentia cada

vez mais sozinha.

Mas, no final, deu tudo certo, as meninas são uns amores e me acolheram

superbem. É por isso que eu digo: o diferente sempre é bom, pois com ele a gente

descobre coisas novas, que nem imaginávamos que existiam. Se não existisse

diversidade, o mundo seria chato! Nunca se feche a novas descobertas, pois você

pode perder muito com isso!

Vitória Marun Grandi - 6º A

Page 28: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

28

O ciclo sociocultural

O homem é um dos únicos seres vivos da Terra, excluindo as bactérias, que

consegue ocupar e viver em praticamente qualquer lugar do planeta. O nosso

mundo é extremamente grande, possui diferentes regiões e cada uma com suas

características. Esse fato explica a grande diversidade sociocultural apresentada

pelo espécie humana, ou seja, em cada região do planeta surgiu uma cultura, uma

variante física (raça) que se mantiveram ou, em parte, miscigenaram-se.

Toda essa grande diversidade sociocultural gera duas consequências notáveis. A

primeira delas são as diferentes interpretações do mundo, que cada cultura

associou à sua tradição formada ao longo da história. A segunda delas pode ser,

classificada como uma sub-consequência da primeira: devido a esses diferentes

pontos de vista, há alguns choques culturais. Como todas as guerras e a própria

mistura de cultura, formando novas e, assim, destruindo suas geradoras. Ambas

têm como resultado máximo a “circulação “das culturas, pois, ao mesmo tempo que

uma se forma, outra se desfaz no decorrer do tempo.

Manter esse ciclo cultural da melhor forma possível e com equilíbrio é o que se

chama de “desafio de se conviver com a diversidade”, pois a dificuldade encontra-

se nestes pontos: como formar novas culturas, mantendo o ciclo, sem desmanchar

ou alterar profundamente a cultura anterior? Como no o exemplo da dizimação

cultural que atingiu os indígenas, provocadas pelos europeus quando houve o

encontro (incluindo o choque biológico, com as doenças que os nativos americanos

nunca viram), a cultura “arrancada“ tende a dominar completamente o menos

preparado.

As guerras são resultados naturais dos ciclos socioculturais e, apesar das grandes

catástrofes que causam, movimentam-nos, pois, quando um conflito termina, se

forma uma nova geração proveniente da mistura entre invasores e invadido,

ressaltando-se que esse fato vale somente até o ponto em que a cultura do

invadido não se altere em sua natureza.

Caio Vinícius Pinheiro Sambirijo – 3º EM

Page 29: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

29

O desafio do (ser) humano

Respeito. Mero substantivo abstrato que não tem seu sentido plenamente

compreendido. Desde quando a humanidade nem se entendia como tal, as

divergências eram primordiais para que houvesse associação de novos modos e,

então, surgisse a evolução. Porém, apesar da obviedade do conceito, o ser humano

não parece notar no outro, que normalmente dele difere, a rica concentração de

características que podem, agregar mais que conflitar, dependendo de como se vê.

Durante nosso processo evolutivo, muitos de nossos instintos naturais foram

tortuosamente mudados. E, hoje, traços como ganância excessiva e inveja geram

um repúdio desnecessário ao outro. A dificuldade de convivência com o diferente

baseia-se em não aceitar que existe algo além do que julgamos correto. O outro

pode ser melhor, pior ou apenas indiferente. O homem habituou-se a,

simplesmente, não aceitar; o homem esqueceu-se de sua maior conquista: o ser.

Criou-se uma sociedade extremamente individualista, que se priva de nossa maior

vantagem perante outras espécies, que é a chave de comunicar-nos e intercambiar

nossos conhecimentos e culturas e, assim, usufruir da combinação dos melhores

pontos de cada lado. É claro que nunca a concordância será total e caberá a nós o

exercício da tolerância, pois aceitar-nos não nos acarreta prejuízo, porém o

contrário promove nossa autodestruição.

Precisa-se concretizar a ideia de que conciliar é acrescentar. E, quando não há

maneiras de proceder dessa forma, o respeito torna-se essencial para que

continuemos como sociedade a desenvolver-se.

Laís Caracciolo – 3º EM

Page 30: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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O diferente nunca é igual, e daí?

O convívio com a diferença é algo extremamente comum e presente em nossas

vidas. Ao nos dirigirmos à escola, ao trabalho, a uma festa, ao shopping, ao nos

relacionarmos com as pessoas, estamos convivendo com as diferenças, pois as

pessoas nunca são iguais.

Você pode ir aos mesmos lugares que uma pessoa, ter a mesma classe social, a

mesma rotina, os mesmos amigos, mas nunca será igual a ela. Está na natureza

humana sermos diferentes, e isso é o que nos torna mais interessantes.

Sendo assim, poderíamos até dizer que convivemos com as diferenças, pois se

temos a capacidade de nos relacionar com as pessoas, e estas são diferentes de

nós, então sabemos conviver com as diferenças e o racismo não existe, certo?

Errado!

Essa visão utópica do mundo só seria possível se o ser humano fosse diversificado

na individualidade, ou se soubesse respeitar as diferenças de grupos étnicos,

culturais, linguísticos e religiosos.

O ser humano forma grupos muito acomodados, e qualquer coisa ou pessoa que

quebre a sua rotina provoca-lhe medo e insegurança, e isso se demonstra na forma

de racismo e aversão ao novo. O ser humano moderno, num ato de extrema

ignorância, prefere afastar e rejeitar o que não lhe é familiar a aceitar e

compreender as diferenças que tornam o outro tão singular.

Já foi cientificamente comprovado que não existem, geneticamente, diferenças o

suficiente que separem brancos de negros, de árabes ou de asiáticos. Não existe

raça superior e, mesmo após isso se tornar público, muitos ainda creem na

“supremacia branca”. E isso não é um problema de educação apenas, pois, na

Europa, continente extremamente escolarizado, mais de 50% da população se

admite racista. Então qual o motivo desse comportamento irracional?

O problema é a falta de reflexão; as pessoas não param para pensar que, embora

as diferenças existam, elas não são um empecilho. O verdadeiro obstáculo é saber

respeitar as diferenças e aceitá-las ao invés de tentar mudá-las nos outros, pois

assim como eles podem parecer diferentes para você, o contrário também pode

acontecer.

Devemos, portanto, sempre idealizar que as diferenças existem em tudo e em

todos, pois somos diferentes, mas no fundo somos todos

Page 31: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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iguais e devemos ter direitos e ser tratados como iguais, já que todos nós somos

seres humanos.

Rafael Sucar Koraicho – 9º B

Page 32: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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O mundo desigual

Nós, seres humanos, somos iguais, mas também desiguais.

Somos iguais no físico, andamos igual - uma perna para frente, depois a outra-,

somos iguais no vestuário (claro, cada um com seu estilo, mas todos usamos

roupas), todos precisamos de água, comida, alguém para conversar; dormir,

respirar, entre uma infinidade de outras coisas, fazemos todos de uma forma igual.

Contudo, somos desiguais em algo: o pensamento. Podemos até ter as mesmas

ideias, mas o modo como cada um as formula é diferente.

A personalidade de cada um é diferente, cada um vê a vida do seu jeito, cada um

tem um objetivo na vida, e, mesmo que seja igual ao do outro, o modo como cada

um chega lá é diferente.

Portanto não é justo julgar alguém por qualquer que seja o motivo, devemos

respeitar a todos de uma forma igual, pois é a diversidade, no geral, que faz do

mundo um lugar bom!

O mundo não seria bom se todos fossem iguais. Não haveria comidas italianas,

japonesas, entre outras; não haveria as culturas africana e indígena, que são

maravilhosas.

Se fossemos todos iguais, o mundo seria um lugar chato; é com as diferenças que

ele fica melhor.

Ingrid Soga Carneiro – 7º T

Page 33: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Respeito é bom

O diferente é bom para aprendermos diversas coisas... Por exemplo, para

podermos respeitar a todos sem preconceitos.

Uma vez eu participei de uma colônia de férias e no meu grupo havia dois meninos

cegos. Eles eram gêmeos e muito legais!

Não é só porque as pessoas são diferentes que podemos julgá-las antes de

conhecê-las...

Para mim as pessoas são iguais, afinal todos temos corpo, mente, pele, ossos e

músculos. Não é?

A maioria dos taxistas não aceita cegos no carro (pois pensam que o cão - guia vai

sujar o carro), mas eles não sabem do que se trata.

Mudos, cegos, surdos: todos somos iguais! Um mundo sem diferenças seria

horrível!

Imagine: todos com o mesmo corte de cabelo, com a mesma roupa, com tudo

igual!

Seria horrível!

Cansativo ver tudo igual... Péssimo!

As pessoas têm diversas diferenças: língua, cultura, hábitos, físico, religião,

parentesco, características psicológicas, gostos... São muitas diferenças!

Respeitar é o mais importante, mesmo que existam as diferenças.

Heloisa Chaves Garcez Leme – 6º T

Page 34: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Respeito é bom e todos merecem

Eu considero que é bom conviver com o diferente porque as pessoas têm a

oportunidade de aprender a respeitar.

É muito importante ficarmos “abertos” para conhecer novas pessoas e fazer

amizade com várias delas.

A diversidade está em todo lugar. Ela existe entre países (cultura, língua, etnia...),

na natureza (animais, plantas...). E também nas pessoas (religião, deficiência,

sentimentos...).

Eu já passei por uma situação em que a diversidade estava presente. Foi no

semestre passado, quando minha mãe resolveu me colocar no vôlei, pois já tinha

feito balé a vida inteira e queria mudar de atividade.

Nos primeiros dias achei muito divertido, pois os outros participantes estavam

viajando, e eu fazia aula sozinha com a professora.

Quando todos retornaram, recebi a boa notícia de que eu havia passado de nível e,

é claro, fiquei muito feliz. Mas, nesse outro nível, as meninas eram bem mais altas

e melhores do que eu. Senti-me envergonhada e com medo de voltar para o nível

anterior, afinal tenho consciência de que não sou boa em matéria de esportes, e

sim nas demais disciplinas.

Foi então que elas começaram a falar mal de mim, a me chamar de coisas muito

desagradáveis e a dizer que eu jogava mal.

Restava-me chorar, mas somente quando saía de lá. Minha mãe, percebendo

minha tristeza, tirou-me do vôlei e me matriculou na natação, onde sou respeitada

e onde todos são amigos, sempre se ajudando.

Carolina Soares Bulcão – 6º B

Page 35: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Ser diferente é ser igual

Todas as pessoas no mundo são diferentes, e é nesse ponto que elas são iguais.

Mas não é por causa dessas diferenças que todos irão desprezar alguém, certo?

Errado. Como nada no mundo é perfeito, muitas pessoas que não são como a

sociedade determina sofrem preconceito- o que, na minha opinião, é uma futilidade

sem tamanho.

Um dos lugares onde há maior quantidade de exemplos do preconceito é a escola.

Os alunos são divididos em grupos! Isso é preconceito; todas as pessoas, de uma

forma ou outra, são iguais e não há nenhum motivo relevante para dividi-las na

escala “popularidade” (onde é que o mundo foi parar...?).

Esse é um tipo de preconceito grave, pois pode resultar em bulling, e que

estudantes já chegaram a se matar! Morreram apenas por que suas diferenças não

eram aceitas.

Mas não se engane, não é só na escola que fica o preconceito, ele está em todo

lugar, e qualquer um pode ser vítima dele.

As diferenças são uma vantagem. E são essas infinitas diferenças que fazem o

mundo ser um lugar tão apropriado para aprender e ensinar. Ser diferente é tão

normal quanto respirar.

Todos são diferentes, e é assim que deveria ser, a não ser por uma coisa: todos

têm de ser iguais na tolerância para com as diferenças.

As diferenças é que fazem o mundo girar, são elas que fazem com que ele não

fique tediosamente chato, tediosamente igual.

Maria Beatriz Guimarães Lopes – 7º T

Page 36: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Ser ou não ser, eis a questão

Afinal, somos ou não iguais?

Em minha opinião, somos diferentes, mas, em alguns aspectos, iguais. Cada um

tem um jeito de ser, um modo de vida, uma forma diferente de ver as coisas, uma

nacionalidade, religião, etnia, físico, sexo... E os aspectos iguais? Muitas pessoas

são morenas, gostam da mesma música, frequentam um mesmo lugar - por

exemplo, a escola-, vestem o mesmo uniforme e aprendem as mesmas coisas.

Mas, vamos além, a Matemática. Isso mesmo! A Matemática é como nós, igual e

diferente. Quando resolvemos um problema, cada um tem um pensamento

diferente e há vários modos de resolver. Os números também são diferentes.

Mas não é todo mundo que aceita as igualdades, as desigualdades e diferenças. O

bullying é um exemplo disso. Pessoas são infernizadas, agredidas (e muito mais)

por outras pessoas. Todos nós somos seres humanos; por que não somos tratados

do mesmo jeito? Contudo existem as brigadas antibullying, que ajudam as vítimas

desse mal.

Fico feliz por ser diferente. Imagine se todos nós fôssemos iguais. Todos do mesmo

tamanho, mesmo sexo, corte de cabelo, mesmos pensamentos. A diversidade é que

nos desperta o interesse, nos dá liberdade de escolha.

Amanda Theodoro Calaça Vieira - 7º A

Page 37: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Somente ganhos

É bom conviver com o diferente, pois com ele se aprende mais do que com um

igual, se aprende a não ter preconceito, ou seja, a não julgar antes mesmo de

conhecer. É importante também conviver com o diferente, pois assim você conhece

mais coisas, adquire mais cultura. Se eu vir uma pessoa de outro país, vou lhe

perguntar como é lá... Então não existem brancos ou negros, loiros ou morenos,

judeus ou católicos, brasileiros ou franceses, só existem pessoas diferentes, mas

todas elas pessoas.

Muitos filmes que já vi têm a ver com a diversidade, entre eles Meu Nome é Rádio,

a história de um menino que era um pouco mais devagar do que os outros. Em A

Nova Cinderela, humilham a menina que é pobre; em Código de Honra, falam mal

de um menino judeu; em O Príncipe do Egito, após descobrir que Moisés não era

igual a Ramsés deixa de ser seu amigo.

Para mim diversidade não é diferença, e sim respeito por ela.

Roberta Peralta Perdiz Ribeiro – 6º A

Page 38: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Uma conclusão diferente

Somos, de certo modo, diferentes. Temos cores de pele diferentes, cabelos

diferentes e olhos diferentes. Além disso, temos gostos e pensamentos diferentes.

Algumas pessoas gostam de vermelho, e outras de azul. Algumas pessoas

acreditam em Deus, e outras não. Algumas pessoas gostam de futebol, e outras de

basquete. Mas não vale a pena discriminar as pessoas por causa das diferenças.

Com as diferenças, podemos descobrir coisas novas. Por exemplo, quando era

menor, eu queria jogar futebol e meu pai xadrez. Eu não queria jogar xadrez, mas

acabei jogando, e gostei. Descobri um jogo novo apenas fazendo algo diferente.

Porém, apesar das diferenças, somos sim iguais, pois somos todos seres humanos.

Todos temos um coração, todos precisamos de comida, oxigênio e água. Todos nós

ficamos alegres e tristes, todos choramos e rimos. Todos nós vivemos e morremos.

A morte é igual para todos. Não importa se somos ricos ou pobres, baixos ou altos.

Não importa se somos jovens ou velhos. Um dia nós morreremos.

Na minha opinião, somos diferentes e iguais. Não é uma conclusão estranha. É uma

conclusão diferente.

Heitor Chaves Garcez Leme – 7º T

Page 39: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Vivendo e aprendendo

Diferença é palavra que muitas pessoas estão precisando entender lidar e respeitar.

Afinal há alguém ou algo no mundo que seja igual? E se fosse, seria legal? Conviver

com o diferente é ótimo, pois aprendemos novas culturas, novos hábitos, novas

ideias. Se fôssemos iguais aprenderíamos o quê?

Lembro-me de uma época em que convivi muito de perto com a diversidade. Na

escola havia uma menina de quem eu não era nada chegada. Brigávamos o dia

todo e, graças às nossas briguinhas, consegui perceber quem eram

verdadeiramente meus amigos. Foi graças a ela que consegui enxergar meus erros

e corrigi-los, aprender que nem sempre estamos certos.

Um dia, então, resolvi comprar-lhe um presente. Está certo que também nem

sempre ajuda, mas, de qualquer forma, comprei. Quando fui entregá-lo, ela me

perguntou desconfiada:

— Para que um presente se nem somos amigas? E, além disso, não é meu

aniversário!

— Quero dizer-lhe obrigada — respondi. — Obrigada por você ser tão você e por só

existir uma de você! Não sabe o quanto isso me faz bem!

Acho que a convenci, pois me agradeceu e parecia feliz ao sair.

Sabe, não foi dar o presente que me aliviou e me fez bem, mas sim sair melhorada

por ter vivido mais uma experiência de diversidade na vida.

Luiza Danieli Agua – 6º B

Page 40: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Cartas de leitor

Produção de carta nas quais, os alunos dos 8ºs anos manifestaram-se em relação

ao tema desenvolvido na matéria “O mapa da exclusão”, assinada pelo jornalista

Rodrigo de Almeida e publicada em 03/12/2000 no jornal O POVO, de Fortaleza-CE.

Profª Cilene Gomes Brito de Almeida

Page 41: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Prezado jornalista Rodrigo de Almeida

Chamou-me muito a atenção, em seu texto “O mapa da exclusão”, o revelador

levantamento do Dieese de que no Brasil há negros que recebem salários menores

do que brancos, são maioria nos trabalhos precários, convivem mais com o

desemprego, têm menor estabilidade e estão mais distantes dos cargos de chefia.

Jamais pude imaginar que esse preconceito existisse entre nós de forma a nos

mostrar que negros, ainda hoje, são alvos de preconceito, o que é uma vergonha.

Não devemos classificar um ser humano por cor, nível social, religião ou por

qualquer coisa que seja.

Na atual sociedade, para uma pessoa ser considerada bonita ou normal, ela deve

estar dentro de um padrão e ser, de preferência, branca, alta, magra e com corpo

atlético. Eu, particularmente, sofri muito quando era menor. Por ter muitos pelos

nos braços, me excluíam, faziam piadinhas e me atribuíam apelidos.

Como nos enganamos quando preferimos nos aproximar de pessoas fortes, bonitas,

mas de inteligência alguma, a ser, por exemplo, amigos de uma chinesa, mais

cheinha, que esbanja inteligência e educação!

É o caso de uma conhecida minha que tem atraso mental. Isso afeta muito sua

vida social, pois as pessoas não se aproximam dela, embora pudessem, ao menos,

conversar. Mas não. Preferem isolar, excluir e torná-la mais uma vítima de

discriminação.

Infelizmente portadores de necessidades especiais e também idosos são grupos

tratados como peças de exposição e não como seres humanos que sentem, se

emocionam e pensam como qualquer um de nós.

Eu rezo muito, Rodrigo, para que seu texto possa conscientizar as pessoas dessa

vergonha que nos tornamos, fazer com que elas mudem suas atitudes e assim

possamos viver em harmonia.

Muito grata pela sua atenção.

Mariana Saas Kherlakian – 8º B

Page 42: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Caro jornalista Rodrigo de Almeida

Após ler uma matéria sua de título “O mapa da exclusão”, fiquei por horas

pensando sobre esse assunto.

Vários motivos impedem portadores de necessidades especiais de procurar um

emprego: escadas, atividades que exijam muito movimento e, o pior deles, o

preconceito de algumas pessoas.

Não menos obstáculos têm os idosos que, por necessidade ou desejo de começar

uma vida nova, são impedidos de exercer um trabalho numa sociedade cujas

exigências são preenchidas apenas por jovens.

Quanto ao negro, que considero o mais excluído da sociedade, não é nada comum

vê-lo à frente de cargos de chefia, e sim fazendo trabalhos mais primários e de

menor remuneração. Por outro lado há rappers e chefs de cozinha negros muito

famosos e invejados por todos, o que prova que tudo não passa de uma questão de

pele, nada mais. A personalidade, o caráter, a capacidade não mudam com a cor da

pele. Para mim é como uma roupa diferente por cima do que realmente somos.

Para ser sincera, todos somos diferentes uns dos outros, seja em aparência,

preferência, personalidade... Por que julgar alguém diferente, se todos nós o

somos?

A nossa igualdade é ser diferente.

Obrigada pela atenção. Escreva mais matérias assim!

Livia Leme Grassia – 8º B

Page 43: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Prezado jornalista Rodrigo de Almeida

Li sua matéria sobre exclusão de negros, idosos e portadores de necessidades

especiais no mercado de trabalho formal.

Embora seja triste, é exatamente isso o que acontece com certas pessoas, por

preconceito de outras. A sociedade não respeita e não aceita o diferente, julgando

pessoas pela cor da pele, ou por sua idade, ou por uma necessidade especial que

tenham. O ser humano tenta construir um modelo perfeito de homem, o que é

completamente impossível, porque os diversos se completam.

Os negros não têm oportunidade porque são negros! Total absurdo, porque o ser

humano é um, o que difere são os tipos de cada pessoa, como, por exemplo, uma

que goste de Funk e outra de Punk Rock. São seres humanos iguais, com

capacidade, porém diversos em sua preferência.

O que falta hoje é oportunidade, faltam mentes abertas; os portadores de

necessidades especiais que o digam, pois sofrem muito pela falta dessas duas

coisas. São simplesmente excluídos, junto com os idosos, que são mais experientes

e, no entanto, também sofrem com a falta de oportunidade, justo eles que são os

mais preparados.

O mundo precisa melhorar!

Grato.

João Pedro de Lascio – 8º B

Page 44: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Caro editor do jornal O Povo

Após ler a matéria “O mapa da exclusão” e verificar a configuração dos três focos

de exclusão (negros, portadores de necessidades especiais e idosos) no mercado de

trabalho brasileiro em razão do preconceito, do juízo prévio que fazem dos

“considerados” diferentes, resolvi utilizar o espaço que o jornal oferece ao seu

público leitor e fazer algumas considerações.

Todos nós sabemos que conviver com o diferente não é fácil, algumas pessoas não

se dão nem ao trabalho de tentar e nunca param para pensar que, por mais

diferente que o outro seja, é igual a elas, pois somos todos seres humanos.

As pessoas não se colocam no lugar do diferente para saber o quanto deve doer ser

excluído pela diferença. Essas pessoas, a quem excluímos e discriminamos, são as

que nos abrem os olhos e nos fazem enxergar novos caminhos, nos fazem aprender

que o diferente nos acrescenta. E diferentes todos somos, é exatamente o traço

que nos faz iguais. Incapazes também não são. Nos esportes, por exemplo, quando

vejo jogos entre portadores de necessidades especiais, penso “Puxa, eu sou

perfeita, tenho braços, pernas, enxergo, mas não sei jogar o esporte que aquele

deficiente está praticando!”

Gostaria que todos parassem e se perguntassem: “Será que o diferente é tão

diferente assim ou somos nós que dizemos e os consideramos dessa forma?”

O que são a cor da pele, a idade, a deficiência? Apenas simples detalhes que não

representam absolutamente nada, não deveriam diferenciar as pessoas.

Espero que minhas palavras sejam publicadas e que sirvam pelo menos para

reflexão ou, quem sabe, mudança de postura.

Atenciosamente,

Bianca Dragoni Valente – 8º A

Page 45: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Prezado jornalista Rodrigo de Almeida

Li o seu texto “O mapa da exclusão” e me surpreendi com o que apresenta nele. E,

aproveitando a oportunidade deste espaço para o leitor, acrescento que realmente

não somos iguais em nossa aparência, cultura..., mas somos todos seres humanos.

Com certeza, como diz o texto, é difícil um idoso concorrer com um jovem de 20 e

poucos anos no mercado de trabalho brasileiro. Sabemos que a preferência pelo

jovem é grande e que a experiência do mais velho nada significa, mas a sociedade

não se ocupa disso.

Outro fato que comprova que diferenças não são bem aceitas pela sociedade é o de

o negro ainda ser discriminado pela sua cor. Como explicar que, segundo

pesquisas, receba salários menores do que os brancos, seja maioria nos trabalhos

precários, conviva mais com o desemprego, tenha menor estabilidade e esteja mais

distante dos cargos de chefia? É diferente na aparência? Sim. Mas todos nós somos

da mesma espécie.

Quanto aos portadores de necessidades especiais, a situação não é diferente. Sua

realidade de barreiras faz com que eles precisem de muita ajuda. Alguma coisa já

foi feita nesse sentido, mas é necessário muito mais. Acredito que pouco seja feito

porque quem poderia fazer não é um portador de necessidades especiais como eles

são. Só um para saber realmente como é.

A lei nos garante igualdade, mas o idoso, o negro, o portador de necessidade

especial e tantos outros sentem na pele que na prática o ser humano ainda tem

muito que aprender sobre o que seja diversidade.

Obrigada pelo espaço.

Bruna Lima Caracciolo – 8º A

Page 46: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Caro jornalista Rodrigo de Almeida

Li sua matéria publicada no jornal O Povo, de Fortaleza/CE, com o título “O mapa

da exclusão”.

Tenho 13 anos, sou estudante do 8º ano e acredito que não só no Brasil, mas em

todo o mundo, haja preconceito em todas as pessoas. Uns são contra negros,

índios. Alguns contra idosos, deficientes. Outros contra judeus, contra os mais

gordos...

Só quem é vítima do preconceito para saber o quanto se sofre com isso. Já vi

casos, por exemplo, de pessoas, acima do peso, pagarem uma taxa extra ao

cabeleireiro, por causa da cadeira em que sentaram, ou de preconceito contra

jogadores negros em estádios de futebol, exemplos que mostram que essa prática

está bem mais próxima do que pensamos. O seu texto me fez perceber isso ao

tratar da exclusão que sofrem negros, idosos e portadores de necessidades

especiais no mercado de trabalho formal brasileiro.

Sei que há medidas na tentativa de se acabar com o preconceito: leis, campanhas,

mas nada que tenha realmente alcançado êxito.

Conscientizar-se de que ele existe já é um bom começo. Aprender a lidar com as

diferenças, aceitando as pessoas como elas são, também. Afinal, ninguém é igual a

ninguém, nem muito menos melhor.

Sabe, existem tantos outros problemas piores no mundo dos quais deveríamos

cuidar, mas não, estamos discriminando pessoas, estamos discriminando a nós

mesmos. Porque pessoas são como pedras. As maiores a gente enxerga, mas é nas

menores que tropeçamos.

Atenciosamente,

Bruno Sanches Imaizumi – 8º A

Page 47: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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Agradecemos a todos aqueles

que participaram desse projeto.

Elaborado e impresso pela Escola Morumbi.

Page 48: I Coletânea do Concurso de Redação - Unidade Tamboré

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A diferença está presente em todos os lugares, em todos os seres, em

todos os objetos. É inerente à humanidade e deve ser aceita, pois a vida se

torna interessante a partir da diversidade.

Na infinitude de possibilidades está a beleza. Podemos apreciar todas as

nuances e imaginar inúmeras combinações. São tantos tons, tantos

tamanhos, tantos formatos!

Acabamos por fim, sempre e cada vez mais, diversos...

Viva nossa humana diversidade!