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SÉRIE COMUNICAÇÃO POPULAR CRP SP e c a f r e t n i a u s e a i g o l o c i s p A . I I com a assistência social

I I . A p s i c olo aig e s u a etni r af c e com a ... · O PAIF aposta na família co-mo espaço inicial e princi-pal de desenvolvimento e cuidado das pessoas. É muito comum que

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  • SRIE COMUNICAO POPULAR CRP SP ecafretni aus e aigolocisp A .II

    com a assistncia social

  • SRIE COMUNICAO POPULAR CRP SP ecafretni aus e aigolocisp A .II

    com a assistncia social

  • AGOSTO 2014

    XIII PLENRIO (2010-2013)

    DIRETORIAPresidente Carla Biancha AngelucciVice-presidente Maria de Ftima NassifSecretrio Lus Fernando de Oliveira SaraivaTesoureiro Leandro Gabarra

    CONSELHEIROS EFETIVOSAna Ferri de Barros, Carla Biancha Angelucci, Carolina Helena Almeida de Moraes Sombini, Fernanda Bastos Lavarello, Gabriela Gramkow, Graa Maria de Carvalho Cmara, Janana Leslo Garcia, Joari Aparecido Soares de Carvalho, Leandro Gabarra, Lus Fernando de Oliveira Saraiva, Luiz Tadeu Pessutto, Maria de Ftima Nassif, Maringela Aoki, Maria Orlene Dar, Patrcia Unger Raphael Bataglia, Teresa Cristina Lara de Moraes.

    CONSELHEIROS SUPLENTESAlacir Villa Valle Cruces, Cssio Rogrio Dias Lemos Figueiredo, Jos Ricardo Portela, Lilihan Martins da Silva, Luiz Eduardo Valiengo Berni, Marlia Capponi, Marly Fernandes dos Santos, Rita de Cssia Oliveira Assuno, Roberta Freitas Lemos, Rosana Cathya Ragazzoni Mangini.

    Conselho Regional de Psicologia de So Paulo - CRP SP

    XIV PLENRIO (2013-2016)

    DIRETORIAPresidente Elisa Zaneratto RosaVice-presidente Maria Ermnia CilibertiSecretrio Lus Fernando de Oliveira SaraivaTesoureira Adriana Eiko Matsumoto

    CONSELHEIROS EFETIVOSAdriana Eiko Matsumoto, Ana Paula Porto Noronha, Aristeu Bertelli da Silva, Elisa Zaneratto Rosa, Gabriela Gramkow, Graa Maria de Carvalho Camara, Guilherme Luz Fenerich, Ilana Mountian, Janana Leslo Garcia, Joari Aparecido Soares de Carvalho, Jos Agnaldo Gomes, Lus Fernando de Oliveira Saraiva, Maria Ermnia Ciliberti, Marlia Capponi,Moacyr Miniussi Bertolino Neto.

    CONSELHEIROS SUPLENTESAlacir Villa Valle Cruces, Bruno Simes Gonalves, Camila de Freitas Teodoro, Dario Henrique Tefi lo Schezzi, Gustavo de Lima Bernardes Sales, Jonathas Jos Salathiel da Silva, Lvia Gonsalves Toledo, Luiz Eduardo Valiengo Berni, Maria das Graas Mazarin de Araujo, Mirnamar Pinto da Fonseca Pagliuso,Regiane Aparecida Piva, Sandra Elena Sposito, Sergio Augusto Garcia Jnior, Silvio Yasui.

  • 1. Olha s 2. Os impostos 3. Existiu uma poca 4. At que 5. Para entender 6. Sabemos 7. Por exemplo 8. Mas o que 9. O CRAS10. Fique atento!11. s vezes12. Quando a gente13. Os profi ssionais14. Por que um psiclogo?15. Voc pode

    VERBETESOramento PblicoSegurana HumanaInformadoDireitos so indivisveisSUASCRASPAIFLei Maria da PenhaEstatuto do IdosoRedesCREASAcessar direitos

    SUMRIO

  • SEGURANA HUMANA a vida humana com paz e dignidade. O direito a se de-senvolver e contribuir com a sociedade. Para tanto so necessrias condies dig-nas de moradia, saneamento bsico, sade, educao, tra-balho, cultura e participao poltica.

    ORAMENTO PBLICO um instrumento legal que gerencia o dinheiro pblico e determina onde e como ele ser gasto.

    VAI PARA O GOVERNO.

    feijo, arroz, frango, linguia de porco,

    salsicha, maionese, macarro, molho de tomate, sopa de saquinho, batata frita,

    biscoito, caf, ch, suco em p, guaran, coca-cola, querosene, sabo, detergente, palha de ao,

    remdio, sabonete, xampu, creme de barbear, pasta de dente, gua de colnia, papel higinico, chupeta do beb, mamadeira, fralda, bola de plstico, carrinho, boneca, fi tinha de cabelo, saia, cala, blusa, agasalho, lpis, caneta, rgua, papel, caderno, tijolo, cimento, cal, azulejo,

    privada, pia, tanquinho, sof, cama, mesa, cadeira, fogo, geladeira, televiso, radinho de pilha,

    alfi nete, linha de costura, carretel, cola de goma, caixa de fsforos, vela

    etc., etc., etc.

    Olha s como as coisas funcionam. Todo mundo paga imposto para o governo. Uma parte do preo pago pelo...

  • INFORMADOA informao um direito humano. Ela a base do conhecimento. por meio da informao que podemos decidir os principais aspectos das nossas vidas. O governo tem o dever de nos informar sobre nossos direitos, suas aes, programas, projetos e polticas pblicas.

    Os impostos, junto com outras fontes de

    arrecadao, formam o

    Oramento Pblico

    A, o governo usa esse dinheiro para pagar as contas da sade, da educao, da segurana; o salrio dos servidores, a construo de estradas, as obras de saneamento bsico, os investimentos com assistncia social, entre outros.

    Quem anda para trs caranguejo, pessoas andam para frente. Todos tm o direito de melhorar as condies de vida. Para isso, o Estado e a sociedade precisam criar condies de segurana humana e justia.

    dever da assistncia social e direito do cidado: ser informado sobre seus direitos e como chegar at eles. dever da assistncia social e direito do cidado: ser tratado com educao e respeito.

    A assistncia social um direito de toda pessoa que precisa dos mnimos sociais, que so vida digna, sade, educao, cultura, lazer, segurana, trabalho e renda.

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  • 3Existiu uma poca em que a assistncia social no era vista como um direito. O governo cuidava dos mais pobres quando desejava e como queria. Normalmente, era a mulher do prefeito quem organizava bingos ou chs ou bazares benefi centes. Tambm faziam-se campanhas para arrecadar agasalhos, alimentos, brinquedos. Era uma questo de caridade.

    Nada contra a boa vontade dos doadores. O problema que bingos, chs, bazares e campanhas ocorriam de vez em quando. s vezes tinha, mas na maior parte do ano no tinha.

  • Quem precisava continuava precisando. Era uma dana parada, ningum saa do lugar.

    As pessoas que recebiam os produtos achavam que era um favor. Uma caridade para com os pobres. Dava-se um agasalho aqui, uma cesta bsica ali e tudo parecia resolvido no momento. Era tapar o sol com a peneira. Colaborar signifi cava fazer uma boa ao. Era uma questo de caridade com os mais necessitados.

    S QUE NO RESOLVIA NADA.

  • Os direitos humanos so inter-relacionados. Em outras palavras, os direitos individuais, sociais, econmicos e polticos formam a integralidade dos direitos humanos. Quando um direito desrespeitado, os outros tambm so. Por exemplo, a gente tem direito a votar e direito a exigir que os polticos cumpram o prometido. A gente tem direito ao ensino fundamental e qualidade desse ensino. A gente tem direito expresso coletiva e expresso individual, entre outros.

    direitos so indivisveis

    O SUAS uma espcie de gerente das aes da assistncia social. A inspirao veio da com-preenso de que as pessoas so por inteiro. Nossos direitos so indivisveis. Nossas necessidades esto interligadas.

    At que, depois de muita mobilizao e luta, a assistncia social foi reconhecida como direito do cidado e dever do Estado pela Constituio Brasileira que um conjunto de leis a ser respeitado em todo o pas.

    No fi nal de 2004, foi aprovada a Poltica Nacional de Assistncia Social PNAS, construda coletivamente com o objetivo de implementar o Sistema nico de Assistncia Social SUAS, criado no ano seguinte.

    A gente precisa de comida; mas tambm, de escola. A gente precisa de escola; mas tambm, de lazer. A gente precisa de lazer; mas tambm, de trabalho e renda.

  • Tambm precisamos de desejos, esperana, afeto, respeito.PRECISAMOS QUE NOSSOS DIREITOS SEJAM GARANTIDOS. No precisamos de esmolas.

    Necessitamos de informao, apoio e oportunidades para transformarmos nossas vidas.

    informao, apoio e oportunidades devem ser articulados. Em outras palavras, os servios e as polticas que atendem ao cidado precisam conversar entre si, a sade com a assistncia social, a educao com o esporte, a cultura com o lazer.

    PARA FUNCIONAR,

    Somar foras, nunca separ-las.

    Por exemplo, reunir informaes de todos os servios de apoio aos idosos. Reunir informaes de todos os pro-jetos e programas voltados para crianas e adolescentes.

    A gente tem que saber aonde ir e por que ir.

    SUAS Sistema nico de Assistncia SocialFaz a gesto da poltica na-cional, estadual e munici-pal de assistncia social. O SUAS, cuja lei caminha para total aprovao, articula duas estruturas: a Proteo Social Bsica e a Proteo Social Especial (de mdia e alta complexidade).

  • 5 Para entender de maneira clara os direitos socioassistenciais, vamos comear pela porta de

    entrada dos cidados. Vamos conhecer o CRAS Centro de

    Referncia de Assistncia Social.

    O CRAS trabalha com a proteo social bsica. A proteo comea com a famlia, por meio do PAIF Servio de Proteo e Atendimento

    Integral Famlia.

    Porque na famlia que temos o primeiro espao de proteo e socializao. Ningum nasce solto, ningum cai de um galho de rvore.

    H sempre um lugar de referncia. No precisa ser aquele modelo de famlia com pai e me. Pode ser famlia s com a av, s com a tia, s com a me de criao, s com o pai, s com os irmos, s com os amigos.

    Por que aassistncia social

    trabalha com a famlia?

  • Ento, a famlia, quando cuidada e recebe ateno, fortalecida e todos os que esto nela tambm o so. Pois o ncleo familiar pode ser a referncia e o ponto de partida para a garantia dos direitos e lugar de preveno.Se a famlia est bem, seus membros recebem proteo e afeto, as relaes com a comunidade so ativas, e a famlia torna-se espao de relaes, interaes, trocas, diferenas.

    a porta de entrada pa-ra o cidado acessar seus direitos socioassistenciais. Seu foco de atuao a preveno de desigualda-des sociais e a promoo da vida dentro do terri-trio em que est sedia-do. Cabe ao CRAS desen-volver e articular aes para a Proteo Social Bsica, ou seja, preven-o de situaes de risco pessoal e social, por meio do desenvolvimento de potenciali dades e acesso a direitos e pelo fortale ci-mento de vnculos fami-liares e comunitrios.

    CRAS Centro de Referncia de Assistncia Social

    PAIF Servio de Proteo e Atendimento Integral Famlia responsabilidade do CRAS ofertar de forma ex-clusiva o PAIF no territ-rio de sua atuao. Trata-se do pri n cipal servio de Proteo Social Bsica. O PAIF aposta na famlia co-mo espao inicial e princi-pal de desenvolvimento e cuidado das pessoas.

  • muito comum que o dilogo seja trocado por gritos e agresses.

    Sabemos que tambm a famlia recebe infl uncias culturais e ambientais. Dentro da famlia podem ocorrer difi culdades, violncia, injustia, conflito.

    Lei Maria da PenhaSeu objetivo principal a defesa das mulheres vtimas de violncia domstica e de gnero. A lei abrange todas as mulheres, as casadas, as juntadas, as namoradas, as fi cantes e as even-tuais. O agressor responde a processo criminal e pode ser preso.

    Na maioria das vezes, as mulheres so responsveis pelo cuidado da famlia. Trabalham dentro e fora de casa.

    6Tambm sabemos que a

    violncia contra as mulheres uma situao comum. E que essa violncia

    precisa acabar.

    E tambm por essas questes que ela precisa ser cuidada para ter melhores condies de proteger seus membros.

    No Brasil, j existe uma lei para ajudar as mulheres. a Lei Maria da Penha.

    Temos ainda a violncia domstica

    contra crianas e adolescentes.

  • Crianas e adolescentes esto em fase de desenvolvimento.

    So sujeitos de direitos, como est descrito no ECA Estatuto da Criana e do Adolescente, e precisam de proteo.

    Idosos merecem uma vida livre de violncia e de negligncia. Contriburam para a sociedade e continuam em muitos casos a serem responsveis pela manuteno da famlia, com sua aposentadoria ou benefcio da previdncia. Os idosos tm prioridade no atendimento e benefcios em algumas situaes que garantam sua manuteno. Existe uma lei especfi ca para eles: o Estatuto do Idoso.

    QUANDO A VIOLNCIA VAI EMBORA, SOBRA O AFETO.

    O afeto poderoso. ele quem tece a rede de proteo familiar.Uma famlia tambm precisa de outras famlias. Vrias famlias formam a rede de vizinhana. Se a gente olhar com maior ateno, vamos perceber que o mundo formado por redes.

    uma lei que dispe sobre os direitos das pessoas com idade igual ou superior aos 60 anos. Ao lado da criana e do adolescente, o idoso tem priori-dade no acesso aos servios sociais. Ele tambm conta com preferncia em fi las, estacionamentos, assentos de metr e nibus etc.

    Estatuto do Idoso

    No so propriedade dos adultos.

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    RedesA exemplo da rede da mulher rendeira que tecida ponto a ponto, falamos em rede quando temos pessoas, equipamentos, polticas pblicas, servios, programas, projetos e benefcios conversando entre si. Neste sculo XXI, as redes costuram o tecido social.

    Por exemplo, a rede comunitria composta pela escola, unidade de sade, comrcio local, igrejas, conselho tutelar, associaes, moradores, entre outros.

    A rede comunitria se conecta com uma rede maior, a rede municipal.

    A rede estadual se conecta com a rede nacional.

    A rede municipal se conecta com a rede estadual.

    A rede nacional se conecta com a rede mundial.

    Ento, voltando:

    Todo mundo tem direito convivncia familiar, comunitria e mundial.

  • AS FAMLIAS TM REALIDADES DIFERENCIADAS:

    Famlias com crianas pequenas precisam de creches e postos de sade.

    Famlias com crianas e adolescentes precisam de escolas e espaos de fortalecimento de convivncia e vnculos, cultura, esporte e recreao.

    Famlias com jovens precisam de alternativas de educao continuada, formao profi ssional e trabalho.

    Famlias com pessoas idosas precisam de apoio para cuidar da sade e do bem-estar dos idosos.

    Famlias com pessoas com defi cincia precisam de apoio para fortalecer a autonomia da pessoa com defi cincia.

    TODAS AS FAMLIAS PRECISAM DE

    oportunidades de trabalho e renda, de convivncia comunitria, segurana, de

    proteo e aes de preveno s vulnerabilidades e risco.

  • O que assistncia social

    UM FAVOR UMA CARIDADE COISA DE POBRE UM SERVIO

    IMPROVISADO UMA PERDA DE TEMPO UM FINAL DE LINHA UMA MESMICE UM SILNCIO

    O que assistncia social no

  • UM DIREITO UMA POLTICA PBLICA

    UM RESPEITO AO CIDADO

    UM SERVIO DE QUALIDADE

    UMA OPORTUNIDADE UM COMEO DE CAMINHO

    UMA MUDANA UM DILOGO

    O que assistncia socialO que assistncia social

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    Ento, necessrio um trabalho de preveno. Por exemplo, profi ssionais que acompanhem as famlias em difi culdades, oferecendo possibilidades de superao e autonomia. Outra ao estimular a participao dessas famlias em processos polticos que dizem respeito s suas vidas.

    Vamos entender agora: quando acontece o desemprego em uma famlia, ela fi ca em condio de vulnerabilidade, porque se o desemprego perdurar, suas condies de manuteno, alimentao, transporte, vesturio, moradia estaro ameaadas.

    J quando uma criana abandona a escola, ou abandonada por ela, e passa a permanecer muito tempo nas ruas estar em risco de envolver-se em situaes perigosas, situaes em que seus direitos no so respeitados.

    Mas o que vulnerabilidade e risco?

  • 9O CRAS - porta de entrada do cidado para os direitos socioassistenciais e lugar de acesso s informaes e insero em programas, projetos e servios, tambm parte do territrio , o lugar onde vivemos, onde nossos fi lhos estudam, onde se encontra nossa rede de apoio e proteo.

    Cada territrio tem uma constituio, uma histria, uma cara, um jeito de ser e funcionar.

    Ele formado pelas histrias das pessoas que vivem nele.

    Para conhecer nosso territrio, devemos

    PERGUNTAR:

    Quem foram os primeiros a chegar? De onde vieram?

    Quais os servios pblicos existentes?Tem creche? Tem escola?

    Tem Unidade Bsica de Sade? Tem Conselho Tutelar?

    Tem espaos comunitrios? Tem coleta regular de lixo?

    Tem praa? Tem iluminao de rua?

    Tem nibus?

    Se no tem.Por que no tem?

    Todo territrio um espao de cidadania.

    Todo cidado um sujeito de direitos que interage nesse territrio e no mundo.

  • O CRAS aciona os seguintes direitos:

    Fique atento!

    SERVIOS

    Socioeducativos, sociocomunitrios, entre outros.Por exemplo, atividades ldico-educati-vas focadas no convvio comunitrio, for-talecimento de vnculos e crescimento pessoal.

    Benefcios

    Bolsa Famlia transferncia de renda para famlias em situao de pobreza e de extrema pobreza.

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  • Benefcio de Prestao Continuada (BPC) renda permanente para idosos com 65 anos ou mais e para pessoas com defi cincia, cuja renda familiar per capita seja do salrio mnimo.

    Benefcios emergenciais ou eventuais para casos de perdas e danos decorrentes de enchentes, incndios, desabamentos e outras catstrofes.

    Programas e Projetos

    De enfrentamento pobreza,de educao e cultura,de economia solidria, de gerao de trabalho e renda.

    Organizao e coordenao

    de outros servios de interesse da comunidade, projetos e programas ofertados no bairro ou em bairros vizinhos.

  • s vezes, as coisas DIFCEIS fi cam MAIS DIFCEIS AINDA.

    So situaes nas quais os vnculos com a famlia ou com a comunidade fi cam muito frgeis ou se rompem.

    Nesses casos, as pessoas precisam de uma PROTEO SOCIAL

    ESPECIAL.

    POR EXEMPLO:

    Mulheres vtimas de violncia domstica que precisem se

    afastar do agressor.

    CREAS Centro de Referncia Especializado de Assistncia SocialCabe ao CREAS desenvolver e articular aes de Proteo Social Especial para os casos de mdia complexidade, quando as pessoas ou famlias esti-verem sob risco pessoal ou social. Tambm quando os vnculos familiares ou comunitrios estiverem fragilizados, mas ainda no rompidos. Busca-se, as-sim, fazer com que famlias e comunidades voltem a ser espaos de cuidado e referncia.

    Crianas com direitos violados, que precisam de medidas de proteo,

    entre elas, deixar suas casas e permanecer em ambiente protegido.

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  • Adolescentes com direitos violados, que romperam vnculos familiares e

    comunitrios e fazem das ruas espaos de sobrevivncia, precisam de ateno

    imediata. Tambm aqueles que cometem atos infracionais, com possibilidade de reparao, precisam de servios para cumprirem medidas socioeducativas.

    Essa proteo social oferecida principalmente pelo PAEFI - SERVIO DE PROTEO E

    ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A FAMLIAS e Indivduos, bem como pelos servios para

    pessoas com defi cincia, idosos e suas famlias. H tambm: Servio Especializado em

    Abordagem Social de pessoas que usam o espao pblico como morad ia ou forma de sobrevivncia. Servio Especializado para

    Pessoas em Situao de Rua. Atendimento a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa e suas famlias.TODOS esses servios so de responsabilidade do CREAS.

    Moradores de rua que desejem refazer seus vnculos familiares e comunitrios.

    Idosos que precisem de cuidados continuados.

    Mas h situaes que pedem outros tipos de proteo. Por exemplo: PROTEO SOCIAL DE

    ALTA COMPLEXIDADE.So servios oferecidos a pessoas e famlias sob risco pessoal e social. Pessoas e famlias que tiveram seus vnculos familiares ou comunitrios rompidos. Esses

    servios constituem uma REDE DE ACOLHIMENTO. So abrigos, casas-lares, famlias

    acolhedoras, repblicas.

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  • 12Quando voc acessa o SUAS SISTEMA NICO DE ASSISTNCIA SOCIAL, POR MEIO DE SERVIOS, PROGRAMAS E PROJETOS, tem direito a:

    SABER O NOME do profi ssional que est fazendo seu atendimento.

    Acessar direitosPara acessar direitos precisamos conhec-los. Para conhecer nossos direitos precisamos ser informados sobre eles. O acesso aos direitos o movimento principal para sua efetivao. Exija a informao!

    Quando a gente sabe dos nossos DIREITOS, passa a exigir o CUMPRIMENTO desses direitos, passa a participar das polticas voltadas preveno e

    proteo das famlias.

  • Ser ouvido em suas difi culdades e necessidades.

    SER INFORMADO SOBRE QUAIS SO OS direitos socioassistenciais e como fazer para acess-los.

    SER ENCAMINHADO para o local onde ir encontrar o atendimento adequado.

    TER PRIVACIDADE, sua conversa com o profi ssional no pode ser divulgada.

    SER CONVIDADO para participar de conferncias, como a de Assistncia Social, a de Criana e Adolescente, de Segurana, de Direitos Humanos.

    Ou seja, participar dos espaos onde so defi ni-das as polticas de atendimento populao e, tambm, participar de qualquer outra forma de organizao social.

    PERGUNTAR o que voc no entendeu, esclarecendo todas as dvidas.

  • 13 Os profi ssionais da assistncia social esto preparados para RECEBER VOC.Por fora do SUAS, devem ser garantidas equipes mnimas para atendimento populao. Os profi ssionais devem receber capacitao continuada e atuar em espaos adequados para o atendimento.

    A EQUIPE tem que contar com ASSISTENTE SOCIAL, PSICLOGO, TCNICO DE NVEL MDIO, AUXILIAR ADMINISTRATIVO e, dependendo do servio, com outros profi ssionais.

    A ideia que haja um encontro de sensibilidades e saberes: os seus e os dos profi ssionais.

    Voc ser atendido por um assistente social, psiclogo ou por outro profi ssional preparado para escut-lo e entend-lo.

    Esse profi ssional ser a pessoa da sua referncia.

    Preparado para a acolhida, a escuta e, junto com voc,

    pronto para pensar possibilidades para as situaes e problemas encontrados no dia a dia.

  • 14

    Por que um psiclogo na equipe de atendimento?

    Porque ele pode contribuir com seu conhecimento e formao, agregando e valorizando o aspecto das experincias subjetivas no individual, no coletivo, no social.

    As relaes podem ser compreendidas de uma maneira mais ampla e as alternativas podem ser mais abrangentes. Ele pode cuidar da gente e pensar conosco em alternativas para retomarmos o processo de protagonismo de nossas vidas.

    As difi culdades materiais tambm nos trazem tristeza.

    E, o pior, podem provocar

    desnimo.

  • reencontre as energiasnecessrias para a ao.

    Energia para perceber a realidade com

    outros olhos.

    Energia para reforar os vnculos com a famlia, os amigos, a comunidade ou

    outras redes de apoio.

    14 O psiclogo pode contribuir para que a gente

    Energia para reforar e fortalecer os vnculos

    interiores.

  • Voc pode transformar o MUNDO

    Para mudar o que est errado

    necessrio fortalecer os laos entre as pessoas.

    necessrio fortalecer os laos entre os cidados e o Estado.

    necessrio encontrar maneiras de se organizar.

    necessrio participar de atividades, reunies, audincias pblicas, fruns, associaes, espaos de refl exo e cidadania. Pois importante expressarmos nossas necessidades.

    15

  • 15Voc pode transformar

    a simesmo

    Para mudar o que est errado:

    preciso mudar por PENSAR como a gentese percebe e como percebemos o mundo

    Inventar novas possibilidades para a nossa vida

    Fazer um pacto com a paixoRespeitar aquele que diferente de nsRespeitar o desenvolvimento da criana e do adolescente

    Respeitar a raa e a etnia das pessoasRespeitar a origem geogrfi ca de cada umRespeitar o envelhecimento de mulheres e homens

    Respeitar a pessoa com defi cinciaRespeitar a religio e f de cada umRespeitar as orientaes sexuais e amorosas

    FALARe

    OUVIR

  • I. O psiclogo basear o seu trabalho no respeito e na pro-moo da liberdade, da dignida-de, da igualdade e da integrida-de do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Decla-rao Universal dos Direitos Humanos.

    II. O psiclogo trabalhar visan-do promover a sade e a quali-dade de vida das pessoas e das coletividades e contribuir para a eliminao de quaisquer for-mas de negligncia, discrimina-o, explorao, violncia, cruel-dade e opresso.

    III. O psiclogo atuar com responsabilidade social, anali-sando crtica e historicamente a realidade poltica, econmi-ca, social e cultural.

    IV. O psiclogo atuar com responsabilidade, por meio do contnuo aprimoramento pro-

    PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DO CDIGO DE TICA DOS PSICLOGOS

    fi ssional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicolo-gia como campo cientfi co de co nhe cimento e de prtica.

    V. O psiclogo contribuir para promover a universalizao do acesso da populao s infor-maes, ao conhecimento da cincia psicolgica, aos servi-os e aos padres ticos da profi sso.

    VI. O psiclogo zelar para que o exerccio profi ssional seja efetuado com dignidade, rejei-tando situaes em que a Psi-cologia esteja sendo aviltada.

    VII. O psiclogo considerar as relaes de poder nos contex-tos em que atua e os impactos dessas relaes sobre as suas atividades profi ssionais, posi-cionando-se de forma crtica e em consonncia com os demais princpios deste Cdigo.

    Conhea o Cdigo de tica na ntegra e outras legislaes no site do CRP:www.crpsp.org.br

    Estranhou a postura do psiclogo?Converse com ele e, se necessrio, procure o CRP.

  • IBEAC

    Coordenao EditorialBel Santos MayerVera Lion

    Pesquisa, entrevistas e criao de textosFernanda Pompeu

    Projeto grfi co, imagens, diagramao e edio de arteCelso Linck

    Contedo a partir de entrevistas concedidas por: Alessandra Marques vila Medeiros, Lilihan Martins da Silva, Rita de Cssia Oliveira Assuno, Stela da Silva Ferreira e Vnia Nery.

    Fontes principais: SUAS Orientao acerca dos Conselhos e do Controle Social e SUAS Implicaes do Suas e da Gesto Descentralizada, publicado pelo Conselho Nacional de Assistncia Social, Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome e UNESCO. Referncias Tcnicas para atuao do psiclogo no CRAS / SUAS, publicado pelo Conselho Nacional de Psicologia e Centro de Referncia Tcnica de Psicologia e Polticas Pblicas. Orientaes Tcnicas para o CRAS, publicado pelo Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Parmetros para atuao de assistentes sociais e psiclogos na Poltica de Assistncia Social, publicado pelo Conselho Federal de Servio Social e Conselho Federal de Psicologia. Gabi e Wesley Descobrindo a Rede de Proteo Social SUAS, publicado pela Prefeitura Municipal de Campinas por meio da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistncia e Incluso Social. O que a Psicologia Comunitria, de Eduardo M. Vasconcelos. Tipifi cao Nacional de Servios Socioassistenciais (Resoluo 109/2009, do CNAS). Revista Creas e Revista Cras, publicadas pelo Ministrio do Desenvolvimento e Combate a Fome.

    Imagens a partir de Stock.Xchng

    Reviso da 2 edio: Comisso de Assistncia Social do CRP SP.

  • SRIE COMUNICAO POPULAR CRP SP ecafretni aus e aigolocisp A .II

    com a assistncia social