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rw *+m**m^mmmmmÊQiMAuiuimwmmm BtamaayaaiaaaBw v* i-ltl -iV, V Photographias, vãVà* instantâneas, desenhos e caricaturas. REVISTA DA SEMANA Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL Redaotor-gerente, DR. CÂNDIDO MENDES - Redactor-chefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA Director-technioo, GASPAR DE SOUZA Anno II.-K. 56 DOMINGO, o DE JUNHO Numero : 3oo réis GAITAS A LILI *W^V^^ I . .. e depois communicas-me, que, tendo com- pletado 15 annos, estás uma moça, precisas do conselho de minha experiência, dando a entender, com muita arte, muita graça, muita malícia, que sou velho e por isso devo saber muito. Velho sou, efíectivamente, podia ser teu pae e se o fosse, aquella que te deu o ser me egualaria em ternura. Se eu, não te sendo nada, quero-te com en- tranhado affecto, calcula o excesso de amor que em minha alma se desenvolveria, se Deus me hou- vesse dado uma companheira tão boa, tão santa, tão amante, que me desse por filha uma adorável creatura como tu. Os conselhos da minha experiência queres. Tel-os-ás, os mais sinceros, mais reflectidos, mais sãos. Como não posso estar ao de ti, pois que vives na capital e eu nos confins do Brasil, met- tido no interior dos sertões, quasi esquecido das cidades cheias de luz, de theatros, salões e não direi de jardins superiores á interminável floresta que se estende para todos os lados da estância em que vivo, perdendo-se muito longe, até onde a minha vista se perde, luxuriante, grandiosa e va- riada,,escrever-te-ei todas as semanas, uma car- tinha, breve e concisa, na qual estamparei, sem atavios de forma, sem refolhos de linguagem, em prosa chã, clara e precisa o que me parecer dever te aconselhar, minha querida amiguinha. Tratarei de guiar o teu coraçlosinho bom, pondo-lhe um regulador, para que nno piille vio- lentamente; darei aos teus formosos olhos negros, profundíssimos, rasgados, cheios de brilho e de pureza, uma myopia quasi completa, para que nunca vejam bem, em toda a nitidez, aquillo que os poderia cegar e dotal-os-ei de vista longa para que se apercebam dos abysmos, collocados pelo diabo nos pontos mais apràsiveis dos caminhos da vida e à beira dos quaes, se puzeres um dos bicos de teus diminutos pés escorregarás, indo parar num momento em baixo onde ha lodo, jogo, pestes todos os males da terra e do inferno, em- fim, depois de esquartejado o teu corpinho fran- zino nas arestas das escarpas negras e viscosas, de pontas agudas, afiadas, como as pontas dos pu- nhaes. Adeus, minha Lili. Fica certa de que nem uma semana pássaras sem receber uma cartinha do teu amigo, mais sin- cero, que te dedica affeiç/o egual à votada à santa que te deu o ser e Deus levou para si, fazendo-a deixar neste mundo um desdobramento da formo- sura, da honestidade, da intelligencia que lhe dera na mais completa perfeição e que és tu. Do velho Cazuza* ORACAO Ave, Estrella do mar!... Ave, Maria, Cheia de graça e cheia de ternura !... Doce mãe"do que sente da agonia, Pesar-lhe sobre a fronte a noite escura. Amparo do que soffre e que, á procura De um lenitivo á magua que excrucia, Desta existência —estrada de amargura Faz, soluçando, a immensa travessia. Salve, Lyrio do céo!... Salve, Senhora!.. Cmia daquelle que da vida em fora, Pelos caminhos a vagai perdido, Desherdado da sorte e sem abrigo, Segue chorando, ai segue, como eu sigo, Eternamente só... sempre esquecido. Mendes Martiaas. bHdWbb flM^mflP^^^Bmm iSSilll l-flaaaLflflflB-^ *"-V \vmÉ1bWubW i >'. w ' ^av ^^mwAmiW^ÊmW^^AnmmmwmmT^' J/f' ^B^mW§mfl ;'» BraPfl^BMfl^Sâflfl^Pfl^sifllellinll tíBflafllfl i -."-\ÍVí1bví- VnÊü.# / "*. flBVèflrffiSBSB^*^flfl^êÈMÜm^ •¦ ^ «a «flri'í4** Kl^^lSIll naWm%Hfl^™J B^ lUlüB! flHufflmm:-. ¦ V ; |D> Í^W^MwÊk ^RaaV vi^ '.'"''^aw' '^MlVflJflflimSauttTWflflflTBfluv^J~flflfll ?Má ¦' -^^f--' '¦¦ '¦'''TaVflflBsífc ¦ulfl BPIlií A'~AIB11IÍ llfliVllÜÉl'- ^^Sí^Na^''ilaVia^aB*5íá,' '^%MM^AwmwS^^mW^W^if0''r' ' mWAmÈk^/' fll' ^^mmm*****^^^^^* ' "_t_7 _Jà ' Bflmmara^aV flBBflmrW^amjPEafla. jPBflmlaaaíWí 40^ "% j* '^É^Mmf.JS^Amh. ^ "maVa *^mmiflf '^mmBTmBBr^vllflBB^flflBflfl^fl^faffflflfl I fl W\\m ^^aaammflfcafll¦^^^¦--"'^^amBB mflPâa^fll flflfl^flW/m^amaaaflr^^ll aT^KflaflB m flBaflBflf ^flmflmw^amr Mm flaa fl MmmAuAt flBBaJflPflaL 'WaLflfl mKmaB^wEmflMflEma. fllrnflpiB - Kaaaam^am S3 (, 1 Kv-iiíi^aiéii^mm>m^K>it/^aaa..^BmcmmaL-.^aamkm aatm m^.m m ^b bb Ba ¦ Br»a la^BwSjBaaaawrHtaj i isar.^^mi^a» ai Hit. **^^i Rnai BL,i^FHmfl BTBanftia aa ¦xamai i,<bji bb ai mBAS** *.im mflma^aau.ic^KrmBpjmEuZr^mai j ¦ ab^.jr? ¦ 3fli_ ^^*^% -fl àfl7 ^^P^^B iBk^flfl' fl m\ fll aaTTBflanfll kWEfl Ir'flàflTflLfllHTfl Bw-lMF <l íflVJaV^P WSmc^i^m^^mwJÊ BFflak>V?ífl müÊfc' fll ^nfla*' 'n^rn'J' 'fll^^^aaar^Bfi^^flflflflUflflfl flfl^B Flflfl flfltmo m flflfl flLfli flflBflflflJ^flPJa flMflar^m^flflB ^aT^flfl flflTflflflflflflfl afllflflfi*^flflfl flflr ^flflflVa^flflTflflflg^^fll Bfl^flK -^^flflBmfla ^^ ' H BBu Kflaftüaf?vâT* aa^^^^ flt•'**•¦'¦''^flfljflfli^fljBBflaaflmafl"^fl^^flflBflflfl^flJ BflflflflflflBBB BHflflHflHflJ^SJB^^BBBflLflflJflflr mflflHflr"^m2 aflfllflflfla^mfla>aa BB»ii^P!HlBMl*Í«a^Rí æaTWtLj BmI R^l bVJIa^l HD1 amBTaTw^ E'1 B4 ¦ mfaraàr7 ''Ml aRi-Ilaflaat¦ ¦ *x, -flBJI BB^fl BiarmV^*flM^fl^w^ml Brrfl B'flflr'flBTmflp1* *-w m ¦Vk^bI Rfflxi^aM^&Mátfafl Iflflfla^iiflflaWSiifll B^aa^S B,:.flr^fllBr3*^ * -"mI I flr ^Psel fli.^JtmB»^^^^m ¦¦'a L^r^mj ayflD mcímr jíâ fl^B K^H B. iflfl_t*Sfc a. 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VPhotographias, vãVà* instantâneas, desenhos e caricaturas.

REVISTA DA SEMANAEdição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

Redaotor-gerente, DR. CÂNDIDO MENDES - Redactor-chefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA — Director-technioo, GASPAR DE SOUZA

Anno II.-K. 56 DOMINGO, o DE JUNHO Numero : 3oo réis

GAITAS A LILI*W^V^^

I. .. e depois communicas-me, que, tendo com-

pletado 15 annos, estás uma moça, precisas doconselho de minha experiência, dando a entender,com muita arte, muita graça, muita malícia, quejá sou velho e por isso devo saber muito.

Velho sou, efíectivamente, podia ser teu pae ese o fosse, só aquella que te deu o ser me egualariaem ternura.

Se eu, não te sendo nada, quero-te com en-tranhado affecto, calcula o excesso de amor queem minha alma se desenvolveria, se Deus me hou-vesse dado uma companheira tão boa, tão santa,tão amante, que me desse por filha uma adorávelcreatura como tu.

Os conselhos da minha experiência queres.Tel-os-ás, os mais sinceros, mais reflectidos,

mais sãos.Como não posso estar ao pé de ti, pois que

vives na capital e eu nos confins do Brasil, met-tido no interior dos sertões, quasi esquecido dascidades cheias de luz, de theatros, salões e nãodirei de jardins superiores á interminável florestaque se estende para todos os lados da estância em

que vivo, perdendo-se lá muito longe, até onde aminha vista se perde, luxuriante, grandiosa e va-riada,,escrever-te-ei todas as semanas, uma car-tinha, breve e concisa, na qual estamparei, sematavios de forma, sem refolhos de linguagem, emprosa chã, clara e precisa o que me parecer dever teaconselhar, minha querida amiguinha.

Tratarei de guiar o teu coraçlosinho bom,pondo-lhe um regulador, para que nno piille vio-lentamente; darei aos teus formosos olhos negros,profundíssimos, rasgados, cheios de brilho e depureza, uma myopia quasi completa, para quenunca vejam bem, em toda a nitidez, aquillo queos poderia cegar e dotal-os-ei de vista longa paraque se apercebam dos abysmos, collocados pelodiabo nos pontos mais apràsiveis dos caminhos davida e à beira dos quaes, se puzeres um dos bicosde teus diminutos pés escorregarás, indo pararnum momento lá em baixo onde ha lodo, jogo,pestes — todos os males da terra e do inferno, em-fim, depois de esquartejado o teu corpinho fran-zino nas arestas das escarpas negras e viscosas, depontas agudas, afiadas, como as pontas dos pu-nhaes.

Adeus, minha Lili.Fica certa de que nem uma semana pássaras

sem receber uma cartinha do teu amigo, mais sin-

cero, que te dedica affeiç/o egual à votada à santaque te deu o ser e Deus levou para si, fazendo-adeixar neste mundo um desdobramento da formo-sura, da honestidade, da intelligencia que lhe derana mais completa perfeição e que és tu.

Do velhoCazuza*

ORACAOAve, Estrella do mar!... Ave, Maria,Cheia de graça e cheia de ternura !...Doce mãe"do que sente da agonia,Pesar-lhe sobre a fronte a noite escura.Amparo do que soffre e que, á procuraDe um lenitivo á magua que excrucia,Desta existência —estrada de amargura —Faz, soluçando, a immensa travessia.Salve, Lyrio do céo!... Salve, Senhora!..Cmia daquelle que da vida em fora,Pelos caminhos a vagai perdido,Desherdado da sorte e sem abrigo,Segue chorando, ai segue, como eu sigo,Eternamente só... sempre esquecido.

Mendes Martiaas.

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COXGRESSO SCIEXTIFICO LATINO AMERICANO por occasião de sua installaçâo em 19 de março do corrente no theatro Solis, em Montevidéo.

466 - N. 56 REVISTA DA SEMANA 9 de Junho de 1901

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Lm S. Luiz do Maranhão, na praça dos Benie-clios, extensa, larga, cercada por um gradil quea abrange nas faces latteraes e na do afundo, deonde se descortina o mar verde e revolto, ergue-sea estatua que a saudade do povo fez erigir°á me-moria do grande cantor de 1 — Juca — Pirama.

O monumento representa unia palmeira e so-bre eila a figura solemne do inimitável poeta, depe, olhando para o ponto dá bahia em que se des-dobrou a scena trágica do seu naríragiÓ, tendo emuma das mãos o manuscripto dos Ti/mbiras, poemasublime, cujo acabamento a morte impiedosa im-pédio.

Na base—medalhões de João Francisco Lis-boa, Joaquim Gomes de Souza, Manoel OdoricoMendes e Francisco Sote.ro dos Heis.0 mármore branco, assim talhado por mão deartista estrangeiro celebre, tem a expressão dascoisas animadas, parece traduzir a immortalidadedo meigo sonhador dos Olhos Verdes e do impeccavei autor das Sexlilhas de Frei Anlüo.Nos traços accentuados da estatua desenha-se o

gemo que aureolou a fronte de Gonçalves Dias-no olhar de pedra scintilla aquella chamma de in-cendio de extranha inspiração, que o illustre ma-rannense eternisou nas suas poesias, tle uma íei-tura própria, esquisita, ora suave como a melan-

cholia das tardes, ora estridente de luz, como aapothçose do sol nascente em dias de verão esten-dendo uma lamina de aço incendida sobre a ver-dura dos montes altos e majestosos; do porte or-gulhoso da figura marmórea do insigne mestre dapoesia nacional resalta essa soberbia da pobrezahonrada, que se envergonha de galgar as escadasa tapetadas dos palácios e solfre rio recolhimentode resignações dignas os atrozes soffrimentos dasnecessidades de toda a espécie.

Éramos criança quando o monumento foiinaugurado. Recordamo-nos do dia esplendido etropical em que a tocante ceremonia se realisou.A cidade inteira revestio-se dessa feição rui-dosa dos momentos festivos.A praça dos Remédios, extensa e larga, foi pe-quena para conter a onda popular, soffrega portestemunhar a sua admiração pelo gênio caxiense.Éramos crianças, mas do nosso^espirito jamaisse apagou a lembrança daquelle dia memorávelda consagração de um brasileiro, que soubera en-

grandecer a historia litteraria de sua pátria.Mas, força é confessar: a impressão por nósrecebida no ultimo domingo, quando se inaugurouo busto de Gonçalves Dias, no Passeio Publico foimais funda, mais commovente do que a recolhidapelo nosso espirito naquella oceasião, na terra natal.Tratava-se então de um monumento buriladopor estrangeiro, que não poderia traduzir, emboratodos os esforços, a personalidade perfeita dopoeta., Fel-o grande, cheio de gênio, olhar flamme-jante, mas Bernadelli, artista nacional e glorioso,traçou-o meigo, como elle era, parecendo que dosseus lábios de bronze escapa-se a doçura daquellasestrophes da Canção do exílio, á beira do lago, soba copa do arvoredo, que espalha em torno a poesiado rumorejar das suas folhagens verdes açoitadasde manso pela aragem da bahia da Guanabara...Sim ! A impressão foi mais profunda ... Só umgemo nacional poderia interpretar a physionomiamoral do maior dos poetas brasileiros...

CHRONICA DA ELEGÂNCIA

Paris, 17 de Maio de 1901.

hfvM\ linda manhã de maio, linda como os* amores, de uma casinha em Neuilly, bem pertoda villa que um escriptor celebre encheu com osaííectos puros da família e a irradiação da sua no-bre e alta intelligencia, lhe escrevo estas linhas eIrancamente, não sei o que dizer-lhe. Entrámos naestação dos amores e o passaredo, empoleiradonas arvores e espreitando da cumieira dos telhadosanda tão faceiro, tão gracioso, tanto se desfaz emrequebros, de tal arte varia o gorgeio que não haresistir-lhe ás diabruras e lá fica a gente, horas ehoras, á janella, como qualquer badaud boquiabertoa ver passar o sr. Loubet e mais a sua escolta decouraceiros.Demais, ha quanto tempo o sol nos era esquivorecusando-nos a sua cooperação no movimento ena vida. Mausinho! Mêchant! Como dizem as pa-nsienses naquelle modo tão seu de fazer beicinhoonde vae um poema de espirito gaulez e de se-ducção feminina. Pois não devia ser assim por issomesmo que é grande senhor e soberano. Só porqueanda Ia por cima num grande carro de ouro nãovejo motivo para não visitar os pobres. A verda-oleira nobreza é affectiva, liberal, paternal. Sober-bia, nos tempos que váo correndo, cruzes!E não imaginam como os arredores de Paris

prendem e absorvem nesta meia estação, sem asardentias do estio e sem essa neve implacável queankylosa as articulações e nos mumifica dentrode uma pesada couraça de pelles caras. A brisa te-pida tem um roçar de caricia, passa no ar e nacampina uma revoada de nupeias. As energias danatureza, reconstituídas por um largo beriodó derepouso e fecundadas pelo trabalho inlelligente'irrompem-numa vertigem triumpl.al. Por toda aparte a Vida, —forte e bella, enverga as suas me-

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KSTADO DA BAHIA - Egreja do Bomllm. Viste tirada do Hospital PortuguezP^;jI'._

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9 df Junho de 1901 REVISTA DA SEMANA 467 — N. 58

lhores roupagens e até eu, para festejar o mez dasflores vou vestir uma loilelle taiíleur do Hedfernque é simplesmente ura mimo de frescura e ele-gancia

Tolhieltcí.

Amostra da eloqüência de um promotor pu-blico:7- Depois que o homem bebe a tinta do crime,

o remorso é o mata-borrão da consciência.

O 37 DA 4a¦»»wwwv

TÔ*a incorrigivel o 37 da 4a companhia do 18° de-*-\f linha,- estacionado em uma cidadella do sul.Por qualquer motivo, sobre o mais comesinbo

acontecimento o 37 da 4a fazia uma aposta e, ver-dadeiro pianista, ganhava sempre, levando enormepartido sobre o seu contendor.

Por isso, dizia elle muito ancho, batendofortemente no amplo e robusto peito, ninguém hade fazô canga no cangote do Pantaleâo Boa Nova,sordado velho da 4" que nunca se aperta.

Até com os officiaes, com o próprio comman-dante, velho rabugento e endemoninhado, o Pan-taleão, o 37 da 4a, fazia apostas.

Nunca passou de soldado razo, apezar de terdado provas de valor em algumas refregas em queestivera.

Guando entrava no piquete de promptidão oude guarda podia deixar de levar o capote, a barre-tina ou os cigarros, mas nunca esquecia o baralho,uns ensebadissimos cartões, cujas gravuras já senão distinguiam, e os dados, objectos esses queguardava cuidadosamente, bem aconchegados aolundo da cartucheira ou no canno dos cotliurnos,quando estava desarmado. .

Era incorrigivel, o 37 da 4a, tão insupportavelque o seu commandante viu-se obrigado a transfc-ril-o para o 9o de linha, destacado

"no norte, bem

distante. <Antes, porém, o velho e rabugento coronel

escrevera ao seu collega do norte, recomendando-lhe especialmente o Pantaleâo como apostadorterrível, pianista feroz, capaz até de desapertar nosoldo do próprio commandante numa aposta qual-quer.

Por occasião da leitura da ordem o Pantaleâosoube da sua transferencia para o 9o e ruminouum novo plano.

No alojamento, despedindo-se dos seus cama-radas, começou o seguinte dialogo, emquanto ar-rumava suas blusas ha caixa de madeira:

Vocês quê aposta como o Pantaleâo quandochega no 9o vê o commandante com a roupa queDeus lhe deu?—. 37, replica o sargenteante, você não ha de

tomar juizo um dia?Ora, seu sargento, juizo não se fez p'ra sor-

dado...Eu cá aposto minhas intapas como o 37 não

vê o seu commandante com a tal roupa.Pois eu dou o meu soldo o aposto.Aposto duas blusas e o meu capote.Perco todo o soldo e mais uma calça branca.E em poucos momentos toda a soldadesca da

4a ficou empenhada na nova aposta que por des-pedida o 37 fazia. *

Eis o nosso heróe dahi a dias no 9o de linha,em presença do commandante, official moço e tei-moso..

Ficas sendo da 2a e terás o numero 45, di-zia o coronel, mas toma cuidado, patife que secontinuas aqui com as tuas apostas, como-te ocouro.

Seu corone, vossenhoria sabe que a gentenão toma tcito quando faz as coisa, depois é quepensa e se arrepende.

Está bem, vae para tua companhia.Desculpe vossenhoria, mas eu já fui orde-

nança de vossenhoria naquelle combate de 15, nacidade de Bagè, até que vossenhoria foi ferido nacoxa, onde tem uma cicatriz, começou o pianista.Eu, replicou o commandante, nunca te vi,nem fui ferido em parte alguma.

Vossenhoria desculpe, mas é verdade e eujuro e aposto até que vossenhoria foi ferido.

Digo-te que não mas como tu apostas eaté juras; olha, vou mostrar-te.

E o coronel, rápido, tirou o dolman e des-piu-se para certificar ao damnado soldado quenunca lòra ferido.

É o Pantaleâo perdeu a aposta com o com-mandante, mas ganhou-a com os seus antigos ca-maradas, aos quaes logo escreveu reclamando oslucros, pois vira o coronel com a roupa que Deuslhe deu.

Oirnm.

O cumulo da paciência :Ir á Grécia de propósito para ver uma grega

de vestido.

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468 - N. 56 REVISTA DA SEMANA 9 de Junho de 1901

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Sciiliorila AIAIIIA ülAMtUPEDircclora da Escola Publica de Aplicacion de Varoncs,em Monlcvidéo.

PAGINAS SOLTAS

J_ AV.BEM.a n,lllllor a:raa a guerra, mas de longe,tora do espectaculo cruel tias suas tremendasrealidades. Ama-a pela nota lyrica que da lueta sedesprende e vem numa tempestade de sonoridadesrepercutindo de quebrada em quebrada té aos ner-vos impressionáveis do eterno feminino e a ima-ginaçao facilmente esquentavel cios povos. Masacalmada a loucura heróica, dada a palavra aobom senso, de novo facultada ao coração a entradacia piedade, logo a mulher repudia essa iníqua erepugnante solidariedade com o sangue e ondeantes toryelmhavam as coloras do orgulho é aca-nhaclo o espaço para abrigar a dor agoniada e acompaixão infinita.

Na victoria de Santiago de Cuba, pagina su-blime na epopéia tragico-maritima da Hespanhapois n essa sortida desesperada todos caminha-vam scientemente para a morte, celebra talvezo neo-impenalismo yankee uma das maiores gloriasmasja o mesmo nào suecedeu á esposa do vencedor, a companheira dedicada do Almirante Samp-DOU ¦*¦

n omH?,'?'0 C,Ue í10 Rri1,cipP momento poude maisa embriaguez da gloria que a ahVctividade calma

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GOAIMEJVIiADOR JOSÉ PEREIRA DE SOUZA

do coração. Mas cedo reconquistou este os seusdireitos e na anciã de peidoar-sc a momentâneafraqueza buscou uma formula bem clara, bem evi-dente de desagravo.Não tardou em encontral-a, tão eloqüente nasua simplicidade que mais parece um versículo.« Lommemoremos annualmente, em data fixa, lem-brou ella, os que, victimas do dever, morreram nomar)).Marcos, Lucas, Matheus ou João não have-riam dito mais nem melhor; e a população pu-ntana da Athenas do Novo Mundo, arrastada

pelo sopro evangélico, prestou no primeiro dia dejunho essa homenagem melancólica ás victimas dodever enguhdas pelo Protheu multiíbrme, que orase espraia faceiro, meigo como uma cj.ricia, orase encabrita furioso, mais indócil que um potrodo pampa. L

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DR. JOSÉ MARIA VELHO DA SILVA

Cantando um hymno adequado, acudiram pro-cessionalmente ao porto de Boston milhares demeninos que, ao chegarem á praia, jogaram aomar braçados de flores, emquanto os navios deguerra e fortalezas, com o pavilhão estreitado ameia haste, salvavam com vinte e um tiros, mistu-rando-sç ao estampido dos canhões o elamor ini-menso da multidão apinhada no cães e pontos pro-ximos ao littoral. "

A idéia é respeitável e santa, mas haverá real-1 mente motivo para tanto chorar os que no mar

Sciiliorita AiVATOLIA iMA]\HUl*EAjudante e prolessora. da \k classe da Escola Publicaue Aplicacion de Varunes, em Monlevidéo1.

acabaram ? Deu-lhes Deus em compensação da suavida tao torturada, entre o Céu e a Vaga, a maisrica e vasta de todas as sepulturas. O cemitério éímmenso, os túmulos soberbos, o templo de umamagestade architectonica que deslumbra. Na terraa índiiferenca acompanha o infeliz até á derradeiramorada; alli. uma vez na voluta da onda, come-çou a legenda, a phantasia, a maravilha. Sereiasescoltam o corpo, Irilòes o arrastam e conduzem;em baixo, no fundo, não ha covaes; os infusoriosíazem ao pobre exéquias sólemnes c loco entraa carcassa a ser velada pelas madreporas e coraes.A vida respeita a morte: não a devora, não a suga,não a desfigura, antes lhe encrusta no sudario osmais rutilantes e opulentos arabescos. Oue sepul-tura de campo santo florentino, que obra prima daestatuaria ou da architectura egualam esta jóia daNatureza em sua evolução mvsteriosa, em suas in-umas e espontâneas predilecções !

Mas eu sei o que é, E enTtoda a parle assim é.Para as almas amorosas o espirito hão se desinte-gra da matéria e por uma ficção encantadora ficasobrevivendo no corpo, aquecendo-o, animando-ocomo se vivo fora. D'ahi a universalidade da tra-dicção. Também na aldeia portugueza, na longareza da lareira sempre a avósinha termina pedindoum Padre Nosso e uma Ave Maria pelos que andamsobre as águas do mar. 1'ctronio.

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CORIJIMAXO VILLAÇABarytono brasileiro

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9 de Junho de 1901 REVISTA DA SEMANA 469 — N. 56

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SENIIOBITAS DE SAVIO, typos de formosura de Montevidéo

QUE HERANÇAS!~'V\Si^/\SV\*'

Íram dez horas da noite e desde as seis que7 elles tinham se sentado á mesa.

Vermouth para abrir o appetite, um vinho paraa sopa, outro para o peixe, mais outro para ospratos de resistência, champagnc ao déssért, licoresvariados com o café; e, para rebater tudo isso umbomcognac do qual uma garrafa já se fora e a se-gunda seguia o mesmo caminho.

E' fácil de imaginar o estado de espirito dostrez convivas.

Discutiram política, fallaram de mulheres epor fim um delles contou a seguinte historia:— Meu avô materno, conhecendo que ia mor-rer, mandou chamar um medico e lhe ordenouque extrahisse de seu sangue todo o ferro quenelle existisse. E desse metal se fez um annel,que o moribundo collocou no dedo de sua esposa,lavada em lagrima pela commoção daquella lem-branca !...

—: Isso não me ad-mira! exclamou o se-gundo, pois o irmão demeu bisavô, também nahora extrema, teve abella idéa de pedir emseu testamento que deseu corpo fosse extra-hido todo o phosphoroafim de fabricar-se umacaixinha dos ditos.

E o terceiro acrescentou logo:Extravagante tudo isso! Porém ainda mais

extravagante a lembrança de meu tio! Quero —disse elle antes de morrer — que meu corpo sejacremado e que com as cinzas os meus herdeirosfaçam uma barrella para lavar a roupa suja da fa-milia.

Felp.Homem, aquelle typo que não larga as es-

poras e o chicote anda sempre a pé! Onde diaboterá elle o cavallo?

No pensamento.

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LE MONDE MARCHEVòs este fcdclho? E' um tal Samico Lima, namorado da Sá MiquelinaAh ! E' por isso ijno Sá Miquelina já nào mora na cidade .. .E . . . Samico Lima já namora nessa idade ! ! !

CURIOSIDADESH/Jntre os boers, diz-se que ha uma lei, pela qual>-^se ordena que na guerra se procure dar morte

a todos os ÒffiÇiaes inimigos.O ponto até o qualteem conseguido chegar

os exploradores arcticos dista quatrocentas e ses-senta milhas do pólo.Com uma população de pouco mais oumenos 52.000:000 de habitantes a Allemanha tem1.300:000 tuberculosos.

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\ovo edifício do Club dos Destemidos da Fabrica das C hitas. O grupo do barulho do Club dos Destemidos da Fabrica das Chitas(Photògraphias dos amadores Barroso Nclto e Sylvio Bevilacqua.)

470 — IV, 56 REVISTA DA SEMANA 9 de Junho de 1903

OS THEATROS***********>*

I-^kla novidadv, porque é realmente um recintoaprasivel, bem illuminado, decorado com arte

e exhi.be bons especlaculos do gênero que o pu-blico muito aprecia* tem grande coiicurrencia oCassino Nacional.

Mantém a assistência conquistada o MoulinRougc e a Guarda Velha, exhibinclo cançonetas de-sopilantes, cantadas por cháhleiises bonitas, ele-gantemenle vestidas.

Nos theatros deu-se a I" representação da Blan-chelle, muito bem interpretada por Lucilia Simões,que desempenhou a protogonista, e levou a excel-lente p'-ça de Brieux em seu benefício.

Os demais artistas — todos os que compõem a

pequena companhia, ino coinpromettem o desem-penhu, merecendo alguns por exemplo, Christianoe Chaby, que os notifiquemos, como bonsauxiliaresda gentil artista.

A traducção., de João Luzo, é boa.Esteve concorrido o beneficio do Francisco de

Mesquita, effecluado no domingo, no S. Pedro deAlcântara, com o velho drama A Batalha do Bus-saco.

Na segunda-feira fez beneficio o Rranrl*o, noRecreio Dramático, levando à scena O Rio Nú, re-vista que estará em scena até á consuminnçào dosséculos.

Foi muito festejado o sympathico actor.O mesmo theatro tem explorado o vetusto

drama O remorso rim.E visto que falamos de coisas antigas, que

agradam aos velhos e aos novos, diremos que OAnjo da Meia Noilif, tem sido levado á scena no

Lucinda com regular concurrencia e manifestoagrado do publico.

Em Santos abriu um cale concerto intituladoVariedades, oxhibindo entre outros artistas, urnacantora tyrolesa — Kralik é o seu nome —que ca-hiu no agrado o vae ou foi segundo nos dizemconlractada para o Cassino Nacional. '

De 10 a 12, no Thames, deve chegarão nossoporto, a companhia Souza Bastos, devendo á suachegada seguir [tara o Sul a Iroupe Lucilia — Gtíris-tiano.

_____ P.A' mesa redonda de um hotel".

O que tem pára jantai'?Queira escolher,' tem direito a Ires pratos.Ah ! tenho direito a Ires pratos? nesse casodesisto do meu direito.

Levantou-se e sãlíiü!

ESTADO DE ALAGOAS

• • ,

O principio da rua do Commercio, em Pilar.

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O centro da rua do Commercio, em Pilar.

fllfl flflfl KSa> .'¦.•.¦'.;'. flfl¦ ;IHI jJ_pflBlflflflflBJflJflJflBflJ flfljfljjB^flfl _H fll' flTJ flL'>BBfltlflHflnÉv'í^_àflB flatí'''^fll''^l H||MB.^flB' BBl. MrmmnÊrÇ^mmmmm WmW^' E'iIH iV^> ¦¦TfllflalVB! ' ^W^Vfflfliflfl Sf^I ¦__]

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ESTADO DO PARAJVÁ

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O fim da rua do Commercio, em Pilar. Na Estrada de Tibagy, na serra de S. Joaquim(Püol. de E. Dukeufielfl .lone*. Castro.)

9 de Junho de 1901REVISTA DA SEMANA

1117

n^RECREAÇÕES |As soluções dos problemas publicados no nos«o im-mero passado sao as seguintes :Da charada no vitima, Anaclelo ; da charada aue-rnentativa, Orega-Oregâo; e da charada diminutivaLagoa — Lagoinha. „,;' ,d'" Glorinha, Aristobulo, Pequenino, Surico, DeianiraTatuzinho, Juracy, Condorcet e Bolineiro solveram to-dos esses problemas.Jurema, D. César. Consuelo, Pandorsa e Lucv Liaos dous primeiros ; Telleitemo, Jesmond, Dr AnUoMathias de Pinho e San Juah os dous últimos.Para hoje apresentamos:

charada novíssima (San Juan)2—2 —Apanhei uma fructa de cidade portuguezacahida de uma arvore colfossal. fe '

CHARADA ENIGMÁTICA (Perg)

verbl~pâUtuguehzTpm ^ * par^pÍ0 prescnte de um

CHARADA APIIEKESADA (Tlipij)3 — 2 — Saudação de sacerdote.

TORMQUETESOLUÇÃO DO PROBLEMA N. 40

A vida.PROBLEMA N. 41

Quem é que mais viveu até hoje?Archiaaacdcs Júnior.

XADREZPROBLEMA N. 54-conrado iúyer

Pretas (4)

Brancas (6) — Mate em 4 lances

Solução do problema n. 5/1 R8B.! n g r2D2T Retc u-*C

2 D 7 T etc ,

2 C 7 D (x) etc

PXC

Qualqur outra

Resolvido pelos srs. Theo, Lafs, dr. C. L, SilvanoA. de Oliveira e Eug. Agostini. ' c,no'

Torneio intimo. Por iniciativa de alguns amadores, acha-se em nro-jecto, um torneio de partidas de Xadrez, que se real -sara na residência de um dos concurrentcs Sobíe scondições do torneio, nada está ainda estabelecido no-ãpsB&ms»quc j"altinse a :s>;m-

sado * g° <1Ue W í,efinilivam«"teWM

Dr. W. Heniz. Já se acha nesta Capital, de voltadorT 2™aos Eslados Unidos'csse*u"'in*> «!?;

Partida — Contra — gambilo Falkbeer.Brancas

(Blackburne)1234567

PPPPDCP

8C3B10C5RllÜKfi12 P6D

4R4BR3D2R03B*P

Pretas(Marco)

P4 RP 4DP5RC3BRB4 B DRoqueTI RCXI'B4BB XCP3 B RD X P

R

Brancas(Blackburne)13B3R14 D 4 B (x)15 D X D (x)16 B 4 B17 B X T (x)18 B 8. B19 P X P20 T 1 B (x)2IT3B22 Roque23 B * P

Pretas(Marco)

B X BD3RTXDP X cRI BP4TDT3 TR 1 RB5DC3Babandonam.

r*»rfaTíÍ! a cofrresP<>ndencia deve ser dirigida para a

Heibas.

rWBIrfli

iRAOUL DE NAVERY

(41)

^osIX

A AUDIÊNCIA

Lm geral, os curiosos, agçlomc-i'ados na sala da audiência, pareciammais espectadores esperando a subidadevernh,,. SíPvlP^ d° qil° home"s & espera

feitá? $K* °"yin-Sí>, no compartimento con-

vÜWMl|^W㻫 ^'rdo murmúrio devozes, a porta abriu.se de par em par, e a vo/rouquenha do porteiro gritou:bunãn

T',em °S chaPéos' senhores; entra o tri-Um silencio immediato, glacial, seguiu a en-trada solemne dos magistrados

m^fvISP5 tl,!na,'a,n

Jogar afêfttô da grandePp|lSso7a?u7 estavam fN^N -Sobre uma mesa menor e mais próxima aol^eorio, achavam-se os objectos comp,:obativosrotulados e numerados.

, Os jurados compareceram em seguida. Proce-deu-se a sua chamada nominal; depois, o presi-dente deu ordem para que introduzissem o réo.Senhoras e homens levantaram-se, todos osolhares, todos as lunetas, viraram-se avidamentepara Xavier Pomereul.

Yihhà pelo corredor, escoltado por dous poli-ciaes e procurava concentrar suas forças antes depenetrar na sala.

De pallido estava livido.. As màos ficaram-lhenirtas; quando assentou-se no.banco, pareceu nàoouvir as palavras de animação que lhe dirigia LeàoHenaut. &A multidSo curiosa, ávida, cruel, o atordoava,como a matilha assusta o veado. Xavier compre-hendia que elle responderia por um golpe a cadauma de suas lagrimas.Emfim, fez violento esforço sobre si mesmo eançou no rosto a mascara da im mobilidade, em-

quanto o advogado percorria o lenço cheio, queencerrava as suas notas e os documentos do oro-cesso. "Xavier, interrogado pelo presidente sobre seunome, appelhdos e qualidades, respondeu com voz

quasi imperceptível.O escrivão principiou então a leitura do nro-cesso; lA accusação era esmagadora de lógica.De resto,íora escnpta sobriamente, por um homem integro

possuindo raro talento de dialectica. Cada pontodessa accusação destacava-se formulado de ma-neira.mathematica, e, depois de ouvil-o, pareciaimpossível, deparar, não somente um argumentode deleza, mas uma objecção que se oppuzesse aesse trabalho conciso e claro, do qual, nem o ódionem a parcialidade tinham ditado os termos.Por seguro que estivesse da. sua innocencia, Xa-vier, ouvirido-ò ficou estupefacto.Desde esse momento, ò seu animo passou pormodihcação singular; pareceu-lhe que não se tra-tava delle, da sua vida, de seu futuro, mas quetudo era com outro. De actor, nesta espantosascena, continuação terrível do sanguinolento dramada rua da Chaussee-d^ntin, tornou-se espectador.

A placidez transformou-se-lhe em uma espécie decuriosidade doentia. Interrogava-se sobre o queaconteceria ao homem que era accusado de«semodo e esquecia que se tratava da sua própria vidaPor um momento pensou mesmo em abando-nar a delesa. Para que? 0 testemunho de seu ir-mão, que podia salval-o, tornára-se impossível.Deus não queria que se manifestasse a suainnocencia ; elle devia conservarão menos a vulgar

coragem de morrer. &Lmquanto se abandonava a si próprio, appa-receu uma senhora vestida de luto e o sr. Rénaut

tendo-a reconhecido, oflereceli-lhe o braço e trou-xe-a para perto do banco do réo, Essa senhora er-gueu o véo: era Sabina.

As amarguras haviam-lhe empallidecido o rostoencantador e traçado um listão roxo por baixo dosolhos, mas encontrava-se ainda, na expressão dolo-rosa das feições, a angélica suavidade de sua in-clole e sua extrema bondade.Não lhe foi possível fallar a Xavier, mas lan-

çou-lhe um olhar eloqüente que significava :— O que desdenhas fazer por ti próprio es-força-te fazel-o por nós! Defende tua vida, advoeatua innocencia ! Trata-se de nossa honra ~

A presença de Sabina reanimou a energia doaccusado. O busto endireitou-se, voltou a segu-

471 — N. 56

rança a seus olhares, e, sem ostentação, mas semtemor, percorreu com os olhos o auditório.As senhoras pareciam impressionadas pela sua

mocidade e elegância e o infeliz rapaz inspirougeral piedade.

Procedeu-se ao interrogatório das testemunhas.Contaram o pouco que sabiam.

(Continua).

í; LA ACUMULATIVACOMPANHIA AXOXYMA

8$" MUITA l_IE RC(K\0\IIAS

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Aulorisadti por decreto de 15 de Junho de 1899.•do Governo Argentino ))e por decreto do Governo Federal de 19 de No- (vembro do 19Ü0 /Capinl: 1.000.000 de PESOS ARGENTINOS ^

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472 — N. 56 REVISTA DA SEMANA 9 de Junho de 1901

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AS NOSSAS GRAVURAS

Actualidade brasileira. — Club dos Destemidosda Fabrica das Chitas. Solemnisando a trasladação deseus ricos estandartes para a sua nova sede, á ruaHaddok Lobo, essa sociedade effectuou domingo pas>-sado uma bellissima passeiata.

O luxuoso prestito, preccedido das bandas de mu-sica e de clarins do regimento policial era composto debellas carruagens garridamente enfeitadas.Percorreu varias ruas do Engenho Velho e S. Chris-tovam, sendo por toda a parte muito victoriado.A' noite, ao recolher-se o prestito, no qual toma-ram parte distinctas famílias dos sócios daquelle club,reahsou-se em sua nova sede, brilhantemente illumi-nada, magnífica festa.As gravuras que publicamos a respeito represen-tam a fachada do novo edifício social e o valente grupodo barulho do referido club.

Estado da Bahia. A gravura que hoje estampa-mqs sobre este Estado representa, o pittoresco localem que se acha edificada a magnífica egrejado Senhordo Bomfim, cuja festa tradicional attrahe todos os an-nos um sem numero de romeiros, tornando-a a festamais popular da Bahia.Estado de Alagoas. A rua do Commercio, em Pi-lar. é uma das mais movimentadas da florescente ei-dade alagoana. As photographias que apresentamosdesenham-n a do começo ao fim, nas horas em que a

percorrem os tropeiros vindos do interior, com os car-gueiros em que transportam as mercadorias com oueabastecem o mercado daquella cidade e as provisõesde que precisam em sua pequena lavoura.

Estado do Paraná. Das muitas bellas paisagensque a natureza prodigalisou ao adiantado Estado dó Pa-

raná destacamos hoje mais uma, tirada por hábil photographo na estrada de Tibagy, na occasião em quepassava pelas suas escarpas perigosas o carro de umviajante.

Commendador José Pereira de Sousa. E' naturalde Portugal, nascido a 24 de Fevereiro de 1866, na fre-guezia de Cepàes, conselho de Fafe, e filho legitimodo sr. Joaquim de Souza e de d. Thereza Pereira deSouza.

Veiu para o Brasil em 1877, deu-se á carreira com-mercial e pelo trabalho, pela actividade e pela intelli-

fencia lúcida e vivacidade de espirito conseguiu, em

889, de volta da sua viagem á Europa e ao Pará, ondeesteve em busca de melhoras para a sua saúde alte-rada, collocar-se na «Casa Sucena». Em janeiro de 1893teve o logar de sócio daquelle importante estabeleci-mento.

Depois de constituir família, pautando sempre osseus aCtos pela linha de honestidade que o distingue,pelos serviços prestados á humanidade e á religião,foi agracido com a commenda de N. Senhora de VillaViçosa, por S. M. Fidelissima, o Bei de Portugal.

Em 1899. foi nomeado Camareiro secreto de Capae Espada de S. Santidade, o Papa Leão XIII.

E' irmão de quasi todas as Irmandades e Confra-rias existentes nesta capital e protector de muitas ins-tituições de caridade.

Corbiniano Villaça. Este estimado barytono é na-tural do estado do Pará. E' um dos artistas nacionaesque honram a arte brasileira, tendo conseguido firmarum nome respeitável e festejado.

Cavalheiro, affavel, Corbiniano Villaça gosa de mui-tas sympatias e vive na nossa melhor sociedade, sem-pre appfaudido e festejado.

Actualidade sul-americana.—Congresso Scien-tifico Latino Americano. Conforme noticiou minu-

ciosamente o Jornal do Brasil, quer em sua desenvol-vida secção lelegraphica, quer em varias noticias quea respeito publicou,reunio-se solemnemente, pela Ia vez,em Montevidéo, no dia 19 de Março, esse importantecongresso cm que tomaram parte todas as nações lati-no-ámericanas.

Como se sabe o fim principal d'essa assembléa foio estado de todas as questões scientificas de interessed'aquellas nações e a adopção da arbitàgem para re-solver os litígios que entre éllas possam surgir.

A gravura que publicamos foi tirada no thealioSolis, no dia de sua sessão inaugural, na occasião emque, de pé, todos os congressistas e assistentes, ouvi-ram os hymnos das nações latino-americanas.

Senhoritas Maria e Anatolia Manrupe. Distinclaseducadoras uruguayás que fizeram parte do CongressoScientifico Latino Americano na secção correspondenteà instrucção publica. A respeito dessas conceituadasprofessoras que se destacam pelo seu talento no ma-gisterio uruguayo manifestaram-se nos termos mais elo-giosos não somente os nossos compatriotas drs. Ma-noel Victorino e Sérgio de Carvalho, como também osdrs. Patron e Paz Soldan, do Peru; Cecilio Baez, doParaguay; Alonzo Criado, do Chile e Ingenieros, daRepublica Argentina, que tomaram parte naquelle con-gresso.

Senhoritas de Savio. Filhas do architecto do go-verno sr. Angel Savio. >ão duas jovens que figuramna primeira sociedade pela sua rara educação e extra-ordinária belleza. O sr. Savio foi o apreciado archite-cto dos theatros Polytheama, da Avenida e de Ia Paz,de Montevidéo. _ • .

Os aaiortos da semana — Dr. José Maria Velho daSilva. Nasceu nesta cidade a 3 de Março de 1811.

Pouco depois de formar-se em medicina foi no-meado lente de rhetorica, poética e litteratnra nacionaldo Collegio D. Pedro I . Escreveu varias obras elogio-samente acolhidas pela critica.

Era membro do Instituto Histórico e GeographicoBrasileiro, da Sociedade Auxiliadora da Industria Na-cional, da Sociedade de Geographia etc. Era condeco-rado com os hábitos de Christo e da Rosa.

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A Voz do Povo—V numero, hebdomadário dedicadoexclusivamente á classe operaria no Brasil.

O n. 160 do interessante semanário Rua do Ouvidor.Catalogo, preços corrente* e formulas do material photo-

graphico do conhecido estabelecimento de Bastos & Dias.Expansões d'alma — Valsa expressiva, de D. Thessalia

Silva, editada pela casa E. Bevilacqua & C.Livro diário, brinde da Livraria Laemmert 4c C.

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Todas as carlas dirigidas a esta redacção serãopromptamente respondidas pela secção Corresponden-cia do Jornal do Brasil.

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MODAS DA SEM ANA — Últimos figurinos