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I Órgãos Sociais III Estrutura de Participações em 31 ... · As participações financeiras detidas no capital do Banco de Investimento Global (BIG) e ... No mercado cambial,

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I Órgãos Sociais

II Perfil do Grupo MSF

III Estrutura de Participações em 31 de Dezembro de 2011

IV Relatório de Gestão do Exercício de 2011

V Contas Consolidadas

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I. ORGÃOS SOCIAIS

ASSEMBLEIA GERAL: Drª. Margarida Maria Corvelo Borges de Menezes (Presidente)

Dr. Tiago Brito da Mana Ramalhão Fortunato (Secretário)

CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃO:

Engº. Joaquim Carlos Ramalhão Fortunato (Presidente)

Engº. José Manuel Ramalhão Fortunato

Engº. Carlos Pompeu Ramalhão Fortunato

Engº. José Manuel Brito da Mana Ramalhão Fortunato

Drª. Margarida Maria Corvelo Borges de Menezes

Engº. José Ernesto Cirilo Custódio dos Santos

Drª. Maria Carlos Ramalhão Fortunato Ramada

Dr. Tiago Brito da Mana Ramalhão Fortunato

Drª Ana Maria Louro de Aragão Teixeira de Sande e Lemos

COMISSÃO

EXECUTIVA:

Engº. Carlos Pompeu Ramalhão Fortunato (Presidente)

Engº. José Manuel Brito da Mana Ramalhão Fortunato

Engº. José Ernesto Cirilo Custódio dos Santos

Drª. Margarida Maria Corvelo Borges de Menezes

Dr. Tiago Brito da Mana Ramalhão Fortunato

FISCAL ÚNICO: DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC, S.A.

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II. PERFIL DO GRUPO MSF

O âmbito de intervenção do Grupo MSF, através das empresas directa ou indirectamente participadas,

estende-se aos sectores de actividade da Construção e Obras Públicas, Concessões de Infra-estruturas,

Turismo e Imobiliário, Tecnologias de Informação e Financeiro.

A MSF Engenharia, S.A. (MSF Engenharia) actua no sector da Construção Civil e Obras Públicas desde a

sua fundação, em 1969, intervindo em todos os segmentos e especialidades da construção, em domínios

tão diversos como barragens, túneis, redes de rega, condutas e canais, obras marítimas, estradas, auto-

estradas, pontes, viadutos, caminhos de ferro, aeroportos, infra-estruturas urbanas, construção industrial e

construção e recuperação de edifícios. Ao longo dos seus mais de 40 anos de actividade protagonizou a

execução de projectos de engenharia de grande envergadura e complexidade técnica, dando um contributo

inquestionável para a modernização de Portugal e dos diferentes países em que opera e, em particular,

para a melhoria da qualidade de vida das populações que deles usufruem. Esta empresa actua como sub-

holding centralizando as participações do Grupo neste sector.

A MSF Concessões SGPS, S.A. (MSF Concessões) é a empresa do Grupo especializada no

planeamento, aquisição e gestão das participações no mercado nacional e internacional de concessões de

serviços e de obra públicos. É nesta sub-holding que se concentram as participações sociais em

importantes concessionárias, estando directamente envolvida na gestão e operação de empresas como a

Auto-Estradas do Atlântico, a Brisal - Auto Estradas do Litoral, Auto-estradas do Marão / IP4 - Túnel do

Marão, Auto-estradas do Baixo Tejo, Auto-Estradas Litoral Oeste e Neofutur, entidade responsável pela

gestão, exploração e manutenção do Edifício dos Paços do Concelho de Lagos.

A actividade do Grupo nos sectores do Turismo e Imobiliário é desenvolvida pela MSF TUR.IM SGPS, S.A

(MSF TUR.IM) e participadas. As empresas do universo da MSF TUR.IM gerem, desenvolvem e promovem

actualmente vários projectos, essencialmente no mercado nacional, dos quais se destacam: a exploração

da concessão referente à Marina de Lagos e áreas adjacentes, incluindo a unidade hoteleira “Marina Club”;

a comercialização dos projectos “A Fábrica - Marina Lofts & Apartments” e “Condomínio do Infante”, em

Lagos, Algarve; a promoção do complexo de escritórios “Natura Towers”, em Lisboa; a exploração do

Centro Náutico de Algés, Lisboa; e o investimento no “Royal Óbidos Spa & Golf Resort”, que contempla a

construção, promoção e exploração de um resort turístico em Óbidos, que inclui um campo de golfe de 18

buracos já em actividade e que terá também um hotel de 5 estrelas, um aldeamento constituído por

apartamentos e moradias e um lote para um equipamento desportivo.

A CDP–SI – Consultoria em Organização e Sistemas de Informação. S.A. presta Serviços de

Consultoria, Implementação e Desenvolvimento de Sistemas de Informação disponibilizando soluções

específicas e únicas no mercado decorrente de profundo conhecimento de negócio do sector da Construção

e das tecnologias aplicáveis. A sua oferta, não obstante, não se circunscreve a esta área de negócio, tendo,

a título de exemplo, clientes dos sectores público, financeiro e serviços.

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As participações financeiras detidas no capital do Banco de Investimento Global (BIG) e na One Tier

Partners traduzem os actuais interesses do Grupo no Sector Financeiro.

O Grupo MSF iniciou a sua internacionalização em 1997, criando a Divisão Internacional no âmbito da

MSF Engenharia e elegendo como mercados preferenciais África e Europa Central e de Leste. A

experiência internacional, cimentada ao longo de década e meia, abrange países como Angola, Bulgária,

Cabo Verde, Gabão, Gana, Guiné Equatorial, Moçambique, Namíbia, Polónia, Qatar, São Tomé e Príncipe

e Senegal. As outras áreas do Grupo têm beneficiado da experiência e conhecimento adquiridos pela

Engenharia no sentido da sua própria internacionalização.

Mais de quatro décadas de experiência deram ao Grupo MSF uma estrutura sólida, o que lhe permite

adaptar-se à evolução da sociedade e dos mercados, e continuar a ver reconhecidas a sua competência

técnica e eficiência de gestão.

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III. ESTRUTURA DE PARTICIPAÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

100%

97,11%

50%

65%

6%

35%

10%

21%

100%

50%

Construção

100%Consultoria, Organização

e Sistemas

de Informação

Concessões (Rodoviárias/

Outras)

Participações Financeiras

Auto-Estradas do Oeste

SMLN

2,83%

0,06%

0,19%

9,62%

99,99%

0,01%

100%

1,26%

100%

19%

50%

Trakia Motorway AD

100%

90,19%

51%

15,6%

12,5%

45%

7,875%

20%

50%

Turismo e Imobiliário

87,50%

Ceramitur

(Marlagos)

100%

99%

MSF / LENAInvestimentos nos

Balcãs, SGPS

ALEPU 2003

100%

100%

49,99%

0,01%

1%

100%

50%

50%

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RELATÓRIO DE GESTÃO

2011

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IV. RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2011

1. Enquadramento da Actividade

1.1. A Economia Mundial em 2011

Ao longo do ano de 2011 assistiu-se a uma progressiva incerteza em relação à sustentabilidade da retoma

da economia mundial, com diversos países, em diferentes áreas geográficas, a apresentarem sinais de

abrandamento.

O enfraquecimento da actividade económica global foi profundamente influenciado pelo intensificar da crise

de dívida soberana na Zona Euro. O ano de 2011 ficou igualmente marcado pelos efeitos sociais e

económicos das catástrofes que atingiram o Japão, pelo endurecimento de políticas macroeconómicas nas

principais economias emergentes e pelas convulsões sociais e políticas profundas vividas em algumas

regiões, nomeadamente em países produtores de petróleo do Norte de África e Médio Oriente.

As estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) disponíveis no início de 2012 (World Economic

Outlook Update de 24 de Janeiro de 2012) indicam que a economia, em termos globais, terá registado um

arrefecimento, apresentando um crescimento de 3,8% em 2011, em comparação com o acréscimo de 5,2%

registado no ano precedente. Verificou-se um aumento da produção mundial de 1,6% para o conjunto das

economias desenvolvidas (1,6% para a Zona Euro, 1,8% para os Estados Unidos da América e -0,9% para

o Japão) e de 6,2% para o grupo dos países emergentes que, de novo, se afirmam como os principais

dinamizadores do crescimento económico global, tendo no entanto apresentado um abrandamento superior

ao previsto.

As dificuldades sentidas na Zona Euro condicionaram a recuperação global. Portugal recorreu a ajuda

externa e o agravar da crise grega levou esse país a apresentar um segundo pedido de resgate. Foi visível

o contágio a outros países da União Europeia, nomeadamente Espanha e Itália. Durante o ano assistiu-se a

períodos em que a crise de confiança em relação ao futuro da moeda única europeia atingiu níveis muito

elevados, pautados por cepticismo quanto ao entendimento dos principais líderes europeus sobre a forma e

as medidas a tomar para restaurar a estabilidade dos mercados. Intensificaram-se as dificuldades de

financiamento dos bancos em particular e da economia em geral, com forte impacto no crédito e,

consequentemente, na produção.

A economia americana apresentou, em 2011, um crescimento relativamente modesto, de 1,8%. Manifestou

melhoria ao nível do emprego, com a taxa de desemprego a reduzir de 9,8% para 8,7% em 31 de

Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2011, respectivamente, e registou um crescimento do consumo

privado, apesar da quase ausência de recuperação do mercado imobiliário.

Entre os países de maior dimensão, a China (9,2%) e a Índia (7,4%) foram os que mais cresceram em

2011, tendo o Brasil registado um forte abrandamento para 2,9% (7,5% em 2010), em parte explicável

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devido à deterioração da conjuntura externa, mas também atribuível ao efeito desfasado de políticas

económicas.

No mercado monetário, o Banco Central Europeu (BCE) adoptou numa primeira fase do ano uma postura

consumada na subida da taxa de referência até 1,5%, de forma a combater a subida dos preços. Assistiu-se

no entanto, na última parte do ano, a uma inversão clara desta política, tendo o BCE procedido a uma

redução da taxa de referência para 1%. As taxas médias (Euribor), que servem de referência à maioria dos

contratos de crédito, acompanharam esta evolução. A Euribor a 3 meses, por exemplo, subiu até 1,615%,

valor alcançado em Julho de 2011, e acabou por descer para 1,356% no último dia do ano, mantendo-se,

em qualquer caso, acima dos valores apresentados no final dos dois anos precedentes.

O BCE esteve também particularmente activo na cedência de fundos aos bancos da união monetária e no

apoio dado ao nível do mercado secundário de dívida soberana.

Euribor - 1M Euribor - 3M Euribor - 6M Euribor - 9M Euribor - 12M

31.12.04 2,128 2,155 2,215 2,281 2,356

30.12.05 2,401 2,488 2,637 2,751 2,844

29.12.06 3,633 3,725 3,853 3,952 4,028

31.12.07 4,288 4,684 4,707 4,725 4,745

31.12.08 2,603 2,892 2,971 3,018 3,049

31.12.09 0,453 0,700 0,994 1,127 1,248

31.12.10 0,782 1,006 1,227 1,372 1,507

30.12.11 1,024 1,356 1,617 1,791 1,947

Nota: Cotações do último dia de cada ano Fonte: Banco de Portugal

No mercado cambial, o euro desvalorizou em cerca de 3% quer face à libra esterlina quer em relação ao

dólar americano, quando comparada a taxa de câmbio de fecho de 2011 e 2010. De realçar no entanto que

a evolução foi distinta na primeira parte do ano, em que a moeda europeia chegou a acumular um ganho

significativo face às duas moedas em análise. De acordo com dados do Banco de Portugal, o câmbio

EUR/USD registou máximos próximos de 1,5 em Abril e, nos últimos meses do ano, acumulou perdas até

1,2939 (que compara com 1,3362 no ano precedente).

Ao contrário do ano anterior, no qual se atingiram valores máximos históricos para muitas matérias-primas

(o petróleo foi excepção), ao longo de 2011, em parte resultante do decréscimo global da procura, assistiu-

se a uma quebra generalizada dos preços, nomeadamente de bens alimentares. O ouro continuou a

acumular valorizações e o preço do petróleo, essencialmente devido à instabilidade geopolítica, registou

subidas assinaláveis que mantiveram o preço médio acima dos 110$/bbl durante grande parte do ano.

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1.2. A Economia Portuguesa em 2011

Em Abril de 2011, o Estado Português solicitou assistência financeira junto do Fundo Monetário

Internacional, do Banco Central Europeu e da União Europeia. Este pedido deu lugar à formalização de um

Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), com o compromisso de adopção de medidas de

ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos e de carácter estrutural. A necessidade de consolidação

acelerada das contas do Estado e o cumprimento de um calendário exigente a nível de reformas estruturais

influenciaram de forma determinante o comportamento da economia portuguesa ainda em 2011.

Os dados mais recentes disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para que a

economia portuguesa tenha registado em 2011 uma contracção do PIB no valor de -1,6%, contrastando

com o crescimento de 1,4% verificado em 2010.

Prevê-se que o decréscimo da procura interna tenha sido de -5,7%, em 2011 face ao ano anterior, com os

Consumos Privado e Público a apresentarem ambos quebras de 3,9%.

Ainda de acordo com as previsões, continuou a assistir-se a uma boa dinâmica das exportações, que

registaram um crescimento de 7,4%, que compara com 8,8% registado no ano precedente, contribuindo

assim para a recuperação dos fluxos de comércio internacional. A diminuição das importações de bens e

serviços ter-se-á situado nos cerca de 5,5%.

Agravou-se para -11,4% a contracção da Formação Bruta de Capital Fixo, que já vinha com valores

negativos de -4,1% no ano precedente e -8,6% em 2009, continuando a reflectir o clima de elevada

incerteza e risco para a tomada de decisões de investimento e dificuldades acrescidas de acesso a crédito.

A taxa de inflação prevista para 2011 é de 3,7%, um aumento face a 2010 (1,4%). As medidas de

ajustamento orçamental, a alteração das taxas de IVA, assim como o aumento do preço internacional das

matérias-primas energéticas, justificam o aumento dos preços.

Em 2011 continuou a verificar-se uma quebra no índice de confiança dos consumidores, que em parte se

deve à deterioração da condição financeira das famílias e à maior insegurança face ao emprego. A taxa de

desemprego atingiu novamente máximos históricos e deverá ter-se situado nos 12,7% (10,8% em 2010).

Para 2012, é esperado que a negociação e implementação de políticas económicas consistentes com os

objectivos de correcção dos desequilíbrios macroeconómicos conjunturais e estruturais, conjugadas com os

desafios de natureza social e política, continuem a ter uma influência determinante no curso da actividade

económica que, de acordo com diferentes fontes económicas, manterá um registo recessivo com redução

real do PIB, em montante bem superior ao verificado no ano que o precedeu.

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2. Desempenho do Grupo MSF em 2011

Ainda que muito condicionado pela actual crise económica, o Grupo MSF alcançou, no exercício de 2011,

um volume de negócios consolidado de 509 milhões de euros, superior em cerca de 20% ao valor registado

no período anterior, e atingiu um resultado líquido de 1 milhão de euros.

O perímetro de actuação do Grupo, através das empresas directa ou indirectamente participadas,

permaneceu centrado nos sectores de actividade da Construção, Concessões, Turismo e Imobiliário,

Tecnologias de Informação e Financeiro. À semelhança de períodos anteriores, em 2011 a actividade de

Engenharia e Construção contribuiu de forma muito relevante para a facturação consolidada, continuando a

ter um peso muito significativo. Salienta-se, como em anos precedentes, que as empresas concessionárias

detidas directa ou indirectamente são integradas por equivalência patrimonial, pelo que os respectivos

proveitos não têm qualquer impacto na consolidação dos proveitos totais do Grupo.

O desempenho alcançado confirma o êxito da estratégia de crescimento sustentado que o Grupo MSF tem

vindo a implementar, demonstrando a justeza das opções tomadas no passado que, entre outras,

permitiram desenvolver um processo de internacionalização consolidado, sucessivamente acompanhado e

ajustado em função das reais dificuldades e oportunidades encontradas, ao longo dos últimos quinze anos.

Não obstante o crescimento registado, durante o exercício foi reforçada a presença internacional,

nomeadamente ao nível da MSF Engenharia. A empresa intensificou a acção comercial, quer posicionando-

se para novas oportunidades nos países onde já operava, quer abrindo novos mercados e estudando outros

onde potencialmente possa vir a estar presente. No final de 2011, a experiência internacional do Grupo

MSF, cimentada ao longo de década e meia, abrangia a presença em países como Angola, Bulgária, Cabo

Verde, Gabão, Gana, Guiné Equatorial, Moçambique, Namíbia, Polónia, Qatar, São Tomé e Príncipe e

Senegal.

O Grupo MSF e cada uma das suas empresas têm uma estratégia sólida, construída a partir da “Visão 2015

– 2020”, que actualmente serve de base às orientações de médio e longo prazo e que é permanentemente

acompanhada e ajustada em virtude da instabilidade e imprevisibilidade da situação económica mundial.

Estamos convictos dos benefícios decorrentes da revisão dos objectivos a 3 anos e da construção de uma

perspectiva a 5 e 10 anos que posicione as diferentes empresas para cada novo período.

Para os próximos anos antecipa-se o aprofundar da presença internacional, continuando-se nomeadamente

a análise de diferentes mercados, actuais e potenciais, com base em critérios de rentabilidade e de grau de

exposição que, por via da dispersão geográfica, mitiguem os riscos de uma acentuada preponderância de

um determinado mercado ou país.

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3. Desempenho Económico e Financeiro

A MSF SGPS registou, em 2011, em termos consolidados, um volume de negócios de 508,9 milhões de

euros, o que representa um aumento de 20% relativamente ao período homólogo (425 milhões de euros).

Para o acréscimo da actividade contribuiu fundamentalmente o desempenho do sector da Engenharia e

Construção que representava, no final do ano, uma percentagem muito significativa das vendas e serviços

prestados consolidados do Grupo. Como anteriormente referido, as empresas concessionárias detidas

directa ou indirectamente são integradas por equivalência patrimonial, não contribuindo consequentemente

para este indicador.

No mercado nacional, regista-se uma subida de 8% da facturação para 303 milhões de euros (280 milhões

de euros em 2010). Destaca-se igualmente o significativo incremento do volume de negócios verificado nos

mercados internacionais (+42%), tendo o valor de vendas e serviços prestados aumentado de 145 milhões

de euros em 2010 para 206 milhões de euros em 2011. Da evolução verificada resultou um acréscimo da

contribuição da componente externa que, no final de 2011, representava, em termos consolidados, 40% do

total.

O EBITDA (Resultado antes de Depreciações, Gastos de financiamento e Impostos) apresentava, no final

de 2011, o valor de 38 milhões de euros, um acréscimo de 25% em relação ao montante de 30,4 milhões de

euros verificado no período anterior. Os resultados operacionais (EBIT) foram, no final do exercício, de

20,4 milhões de euros, tendo registado um crescimento de 59% face a 2010. Ambos materializam uma

evolução favorável muito influenciada pela performance operacional na esfera das empresas de construção.

278,8323,1

358,4316,1

425,0

508,9

0,0

100,0

200,0

300,0

400,0

500,0

600,0

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Milh

õe

s d

e e

uro

s

Vendas e Prestação de Serviços

25,930,4

38,0

7,5

12,8

20,4

-8,0

2,0

12,0

22,0

32,0

42,0

2009 2010 2011

Milh

õe

s d

e e

uro

s

EBITDA EBIT

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O resultado líquido, também consolidado, registou o montante de 1,0 milhão de euros no final de 2011,

inferior ao exercício transacto, penalizado fundamentalmente pela consolidação de activos na área das

concessões, ainda longe da maturidade.

O endividamento líquido consolidado, incluindo dívida sem recurso, apresenta no final do exercício de

2011 um valor de 250,6 milhões de euros, praticamente inalterado face a 2010. Para esta evolução

contribuiu a redução significativa da dívida líquida da MSF Engenharia, em cerca de 19 milhões de euros.

Em sentido oposto assistiu-se ao aumento do volume de endividamento associado a investimentos em

curso como são o projecto “Royal Óbidos SPA & Golf Resort” e as concessões rodoviárias “Túnel do

Marão”, “Litoral Oeste” e “Baixo Tejo”.

Durante o ano de 2011 manteve-se o elevado esforço financeiro das empresas do Grupo, fundamental para

continuarem a cumprir com os seus compromissos, como sempre foi a sua política, e para responder às

necessidades de reforço de fundo de maneio, no caso da MSF Engenharia, associadas à dispersão

geográfica da actividade e às dificuldades sentidas por alguns donos de obra em conseguirem cumprir os

prazos contratuais de pagamento.

77,1 78,0 76,7

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

2009 2010 2011

Milh

õe

s d

e e

uro

s

Cap. Próprio

210,9 249,6 250,6

8,1 8,2

6,6

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

0,020,040,060,080,0

100,0120,0140,0160,0180,0200,0220,0240,0260,0280,0

2009 2010 2011

Milh

õe

s d

e e

uro

s

Dívida Financeira Líquida Div Liq/EBITDA

20,4

13,4

6,0

1,0 0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

EBIT Res. Fin. Imposto Res. Liq.

Milhões de e uros

-

- 3,9

2,9

1,0

- 5,0

- 4,0

- 3,0

- 2,0

- 1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

2009 2010 2011

Milhões de e uros

Res. Liq.

-

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O financiamento encontra-se repartido por programas de papel comercial, locação financeira, linhas de

tesouraria e outros contratos de empréstimo de Médio e Longo Prazo com datas de vencimento que se

estendem até 2028. No final do exercício em análise, 47,5% dos financiamentos eram de Médio e Longo

Prazo.

O rácio Dívida Financeira Líquida/EBITDA apresentava o valor de 6,6 no final do ano, tendo evoluído de

forma positiva face ao período anterior, continuando a reflectir o facto de se consolidarem diferentes áreas

de negócio, incluindo concessões e imobiliário, ainda em fase de investimento, a que correspondem

consideráveis esforços de mobilização de fundos.

A consistência dos valores do capital próprio nos últimos três anos reflecte o reforço de 11 milhões de

euros, concretizado em 2009, e o reinvestimento dos resultados de anos anteriores. Reforça-se que é de

novo proposto, no corrente Relatório, que o resultado líquido distribuível do exercício seja integralmente

reinvestido na Sociedade sob a forma de resultados transitados.

Face ao carácter da empresa enquanto holding, toda a análise financeira supra detalhada foi efectuada

numa óptica consolidada.

4. Desempenho das Áreas de Negócio

Em 31 de Dezembro de 2011, a MSF SGPS, S.A. detinha, directa ou indirectamente, interesses em 32

sociedades, sendo do primeiro nível de participação, consolidadas integral ou proporcionalmente, as

seguintes:

Sector de Actividade Sociedades % de Participação

Construção MSF Engenharia, S.A. 100,0 %

Concessões de Infra-estruturas MSF Concessões - SGPS, S.A. 100,0 %

Turismo e Imobiliário MSF TUR.IM, SGPS, S.A. 87,5 %

Tecnologias de Informação CDP-SI, S.A. 100,0 %

Os principais indicadores referentes ao exercício de 2011, para as empresas acima referenciadas e que

actuam como sub-holdings para cada um dos sectores em que o Grupo está presente, podem ser

consultados no quadro infra:

Apresenta-se seguidamente, de forma sucinta, o desempenho de cada uma das áreas de negócio.

MSF

Concessões

MSF

TUR.IMCDP

Vendas e Serviços Prestados 508,0 1,0 11,6 1,7

EBITDA 35,3 -1,2 5,7 -0,2

Resultado Operacional 20,2 -1,7 4,0 -0,4

Resultados Antes de Impostos 14,1 -4,4 -0,2 -0,4

Resultado Líquido 7,0 -4,3 0,3 -0,3

(Valores em milhões de euros)

MSF

Engenharia

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4.1. Construção: MSF Engenharia e Participadas

4.1.1. Enquadramento da Actividade: O Sector da Construção em Portugal

A produção do sector da Construção apresentou em 2011 uma redução que se estima em 9,4%, a maior

dos últimos anos, apresentando valores negativos pelo décimo ano consecutivo. A quebra de produção

estendeu-se a todos os principais segmentos de actividade. O segmento da construção de edifícios

residenciais registou, de acordo com as previsões conhecidas da FEPICOP, uma diminuição de 17% em

2011, verificando-se uma quebra de 20,3% na construção nova e uma estagnação na reabilitação, quando

comparadas com 2010. O índice referente ao segmento dos edifícios não residenciais terá recuado 8,5%

em termos acumulados homólogos. Por outro lado, registou-se em 2011 um decréscimo do índice de

produção para o segmento das obras de engenharia civil da ordem de 5%.

Em termos acumulados, e considerando a produção global do sector, assiste-se desde 2002 a um

decréscimo que supera já os 40%. A forte redução do investimento público e privado, condicionantes

financeiras - incluindo a dificuldade de acesso a financiamento e elevados encargos com juros e comissões

-, a excessiva carga fiscal e os atrasos nos pagamentos do Estado e de outras entidades contribuíram,

numa conjuntura económica muito adversa, para agravar a situação de muitas empresas do sector e para

que fossem atingidos máximos históricos no desemprego proveniente da Construção.

Em 2011 degradou-se ainda mais a envolvente com que a maioria das empresas do sector se defronta,

especialmente em Portugal, onde se continua a observar uma quebra generalizada dos saldos relativos às

encomendas em carteira, o aviltamento dos preços nos escassos concursos lançados, as dificuldades de

cobrança, a insolvência de parceiros de negócio e a não adjudicação ou o protelar de empreitadas como

medida de contenção orçamental. Estes factores, entre outros, antecipam a continuação de um clima de

pessimismo entre os empresários do sector e nova quebra na produção em 2012.

4.1.2. Desempenho da MSF Engenharia e Participadas em 2011

Apesar de fortemente condicionada pela actual crise económica que afecta Portugal e muito em particular o

sector da construção, no ano de 2011, destaca-se o facto de a MSF Engenharia ter sido bem sucedida na

prossecução dos seus objectivos, tendo designadamente conseguido crescer, apresentar resultados

expressivos e ultrapassar as enormes dificuldades que se lhe depararam, decorrentes nomeadamente da

abrupta quebra de mercado, da falta de liquidez do sistema financeiro nacional, dos atrasos de pagamentos

dos seus clientes e das muitas insolvências que afectaram parceiros de negócio.

A empresa apresentava, no início do exercício, um volume de obras angariadas com facturação por incorrer

que ultrapassava os 700 milhões de euros e que contribuiu para o crescimento verificado no ano de 2011

em ambas as áreas de negócio, nacional e internacional. O volume de negócios consolidado da MSF

Engenharia atingiu, no final de 2011, o montante de 508 milhões de euros, um aumento de cerca de 22%

face ao registado no exercício anterior. A empresa conseguiu contrariar o comportamento do sector e

apresentar uma subida de 8% da facturação no mercado nacional, para 303 milhões de euros, e registou

igualmente um incremento significativo do volume de negócios nos mercados internacionais (+49%), onde o

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valor de vendas e serviços prestados atingiu 206 milhões de euros em 2011. O contributo da actividade

desenvolvida na área internacional, em países como Angola, Cabo Verde, Gana, Guiné Equatorial, Polónia

e Senegal aumentou de 33% para 41% das vendas e prestação de serviços consolidadas.

O EBITDA (Resultado antes de Depreciações, Gastos de financiamento e Impostos) registou, no exercício

de 2011, o valor de 35,3 milhões de euros, que compara com 28,1 milhões de euros verificados no período

homólogo. De igual forma se destaca a subida de 56% dos resultados operacionais (EBIT) que atingiram,

no final do exercício, o valor de 20,2 milhões de euros. O resultado líquido, também consolidado, da MSF

Engenharia, ascendeu a 7 milhões de euros, apresentando um crescimento de 13% face a 2010.

4.1.3. MSF Engenharia: Mercado Nacional

4.1.3.1. Actividade Comercial

A actividade comercial no mercado nacional foi decisivamente afectada pela forte quebra de obras postas a

concurso e pelo aumento irracional, mas expectável, de propostas com preços anormalmente baixos.

Durante o ano de 2011, a Divisão Comercial apresentou no mercado nacional 52 propostas a concurso,

com um valor global de 706 milhões de euros. As adjudicações, no mesmo período, atingiram o montante

de 78,3 milhões de euros, correspondendo a uma taxa de sucesso de 11%.

No segmento de obras públicas foram adjudicadas as seguintes Obras:

Empreitada geral de construção da Barragem de Foz do Tua, promovida pela EDP – Gestão de

Produção de Energia, S.A. e realizada por um ACE no qual a MSF Engenharia detém uma

participação de 33,3%, com um valor global aproximado de 159 milhões de euros.

No segmento da construção civil e industrial foram adjudicadas as seguintes Obras:

Empreitada de Execução do Edifício de Manutenção, Club-House, Hotel e Lock Offs, no

Empreendimento Turístico “Royal Óbidos SPA & Golf Resort”, no valor de 17,2 milhões de euros;

Empreitada de execução da Praça da Portagem de Plena Via IC36L / A8, integrada na

Subconcessão do Litoral Oeste e executada para o LOC Litoral Oeste Construtores ACE, no valor

de 3 milhões de euros;

Construção das Novas Salas de Controlo do Aeroporto de Lisboa, integrada no Plano de

Desenvolvimento do ALS, promovido pela ANA Aeroportos de Portugal, S.A.. A obra tem um valor

de 4,1 milhões de euros e é executada por um consórcio liderado pela MSF Engenharia com uma

participação de 65%;

Construção das Lojas Sul - Praça Central - Terminal 1 do Aeroporto de Lisboa, integrada no Plano

de Desenvolvimento do ALS, promovido pela ANA Aeroportos de Portugal, S.A.. A obra tem um

valor de 1,4 milhões de euros e é executada por um consórcio no qual a MSF Engenharia é líder e

detém uma participação de 65%.

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4.1.3.2. Actividade de Produção

Adicionalmente às obras adjudicadas no ano, salientamos as seguintes empreitadas concluídas ou em

execução em 2011 pela MSF Engenharia:

Obras Hidráulicas

Empreitada geral de construção do reforço de potência da Barragem de Picote, promovida pela

EDP – Gestão de Produção de Energia, S.A. e realizada em consórcio, com uma participação da

MSF Engenharia de 60%, por um valor global aproximado de 60 milhões de euros;

Empreitada geral de construção do reforço de potência da Barragem da Bemposta, promovida

pela EDP – Gestão de Produção de Energia, S.A. e realizada em consórcio, com uma participação

da MSF Engenharia de 35%, por um valor global aproximado de 50 milhões de euros;

Empreitada geral de construção do reforço de potência da Barragem de Venda Nova III,

promovida pela EDP – Gestão de Produção de Energia, S.A. e realizada por um ACE liderado pela

MSF Engenharia, que detém uma participação de 28,34 %, por um valor global aproximado de 132

milhões de euros.

Vias de Comunicação

Conclusão da empreitada de construção do alargamento de 2x3 vias e beneficiação do lanço

CRIL/Loures da A8/IC1, promovida por Auto-Estradas do Atlântico – Concessões Rodoviárias de

Portugal, S.A. e realizada por um consórcio liderado pela MSF Engenharia, que detém uma

participação de 25%, por um valor global aproximado de 34 milhões de euros.

Empreitada de construção de auto-estrada, e conjuntos viários associados, designada por

Concessão Túnel do Marão, promovida pela Concessionária Auto-Estradas do Marão, S.A. e

realizada por um ACE onde a MSF Engenharia detém uma participação de 45%, por um valor de

359 milhões de euros;

Empreitada de concepção, projecto, expropriações, construção e fornecimento e montagem de

equipamentos integrados na Subconcessão do Baixo Tejo, contratada com a VBT – Vias do Baixo

Tejo, S.A. e realizada por um ACE onde a MSF Engenharia detém uma participação de 17,5%, por

um valor global de cerca de 203 milhões de euros;

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Contrato de construção da rede viária, num valor global aproximado de 436 milhões de euros,

inserido na Subconcessão do Litoral Oeste, e promovido pela AELO – Auto-Estradas do Litoral

Oeste, S.A., do qual fazem parte as seguintes empreitadas, a realizar por um ACE liderado pela

MSF Engenharia, no qual detém uma participação de 37,5%:

₋ Execução dos trabalhos de concepção, projecto, expropriações, construção e fornecimento

e montagem de equipamento nos lanços de auto-estrada do IC 36-Leiria Sul/Leiria

Nascente e IC2-Variante da Batalha;

₋ Execução dos trabalhos de concepção, projecto, expropriações, construção e fornecimento

e montagem de equipamento nos lanços de IC9-Nazaré/Alcobaça/EN1, variante da

Nazaré, IC9-EN1/Fátima e IC9-Fátima/Ourém;

₋ Concepção, projecto, expropriações e construção do alargamento no lanço em serviço IC2-

Nó IC36/Nó EN 109.

Construção Civil e Industrial

Conclusão da empreitada de execução das obras de reabilitação e modernização da Escola

Secundária Dr. Solano de Abreu, em Abrantes, para o Parque Escolar, E.P.E., no valor de 9,9

milhões de euros. A obra foi executada em consórcio com a Neocivil em percentagens iguais;

Conclusão da empreitada de construção do Novo Hospital de Braga para a ESCALA BRAGA,

entidade gestora do edifício. A obra tem um valor de 119,5 milhões de euros e foi executada por

um ACE no qual a MSF Engenharia tem uma participação de 12,5%;

Conclusão da empreitada de execução dos acabamentos e das instalações especiais das

estações de Moscavide, Encarnação e Aeroporto da Linha Vermelha entre a Estação do Oriente e

a Estação do Aeroporto de Lisboa, para o Metropolitano de Lisboa, E.P.. A obra tem um valor

aproximado de 25 milhões de euros e foi realizada por um ACE liderado pela MSF Engenharia na

qual detinha uma participação de 26,5%;

Conclusão da construção das Infra-estruturas do Empreendimento “Royal Óbidos SPA & Golf

Resort” para a Royal Óbidos – Promoção e Gestão Imobiliária e Turística S. A., empreendimento

promovido pela MSF TUR.IM, obra no valor de aproximadamente 14,6 milhões de euros;

Construção do “Condomínio Casas do Parque”, nos Lotes 1, 2, 3 e 4 da malha 6 da Alta de

Lisboa, promovido pela SGAL – Sociedade Gestora da Alta de Lisboa, S.A., no valor aproximado

de 60 milhões de euros;

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Construção do Novo Hospital de Vila Franca de Xira para a Escala Vila Franca de Xira, entidade

gestora do edifício. A obra tem um valor de 76,6 milhões de euros e é executada por um ACE no

qual a MSF Engenharia tem uma participação de 12,5%;

Empreitada de execução das obras de modernização da Escola do Ensino Secundário Júlio

Dantas em Lagos e da Escola do Ensino Secundário Poeta António Aleixo em Portimão, para o

Parque Escolar, E.P.E., no valor de 28,4 milhões de euros. A obra é executada em consórcio com

a Neocivil em percentagens iguais;

Empreitada de Execução dos Toscos, Acabamentos, Baixa Tensão, Telecomunicações e AVAC

do Novo Terminal Fluvial, no Interface do Terreiro do Paço, obra promovida pelo Metropolitano de

Lisboa, E.P.. A obra tem um valor de, aproximadamente, 26,7 milhões de euros e é executada por

um ACE no qual a MSF Engenharia detém uma participação de 24,5%.

4.1.4. MSF Engenharia: Mercado Externo

4.1.4.1. Actividade Comercial

No mercado externo, na continuidade da linha estratégica de expansão da actividade da MSF Engenharia

que lhe tem permitido compensar a continuada retracção do mercado nacional, apresentaram-se 48

propostas a concurso, com um valor global de 2.305 milhões de euros. A taxa de sucesso atingida foi de

14,5%, sendo o valor das obras contratadas de 334,6 milhões de euros.

África e Médio Oriente

Foram apresentadas propostas em concursos em Angola, Benim, Burkina-Faso, Cabo Verde, Gabão, Gana,

Moçambique, Qatar e Senegal. Como consequência, foram-nos adjudicadas as seguintes empreitadas:

Execução da estrutura de pavimento do Runway e Taxiway do Aeroporto Internacional Blaise

Daigne, em Dakar, no Senegal, contrato valorizado em 18 milhões de euros;

Construção da estrada Evinayong – Acureman - Medunu para o Ministério de Infraestruturas Y

Urbanismo da República da Guiné Equatorial, adicional ao contrato no valor de 60,7 milhões de

euros;

Construção de 5.000 habitações sociais, para o “Ministère de L´Habitat, de L’Ecologie et du

Dévellopement Durable” da República do Gabão, contrato valorizado em 141,5 milhões de euros;

Construção das Infra-estruturas du Site Bikele, para o “Ministère de L´Habitat, de L’Ecologie et du

Dévellopement Durable” da República do Gabão, contratada pelo valor de 114,2 milhões de euros.

Europa

Na Polónia e na Sérvia a actividade comercial manteve-se com um número elevado de propostas

entregues, como consequência da aplicação de fundos europeus a estes mercados, mas os preços

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anormalmente baixos apresentados a concurso pela generalidade da concorrência não permitiram obter

qualquer adjudicação.

4.1.4.2. Actividade de Produção

A actividade de produção nos mercados internacionais apresentou no ano em análise um crescimento de

49%, representando 41% da produção consolidada da MSF Engenharia, repartida por seis países europeus

e africanos. Este facto traduz uma consolidação importante na actividade internacional da MSF Engenharia

e na sua capacidade de expansão.

África

Para além das obra adjudicadas e já anteriormente mencionadas, salientamos as seguintes outras

empreitadas concluídas ou em execução no ano de 2011:

Conclusão da construção dos edifícios do Porto da cidade da Praia, para o Ministério de Infra-

estruturas e Transportes e Telecomunicações do Governo de Cabo Verde, contrato valorizado em

11,5 milhões de euros, realizada em consórcio, com a participação de 50%;

Conclusão da construção da estrada Aeroporto – Lacacão da via estruturante da ilha da Boavista

– Construção dos tramos II e III, para a Sociedade de Desenvolvimento Turístico das ilhas da Boa

Vista e Maio, com o valor contratual de 9,2 milhões de euros, realizada em consórcio, com a

participação de 50%;

Construção da estrada Evinayong – Acureman - Medunu para o Governo da Guiné Equatorial,

com o valor contratual de 129,4 milhões de euros;

Construção do lote 2 da auto-estrada N1 entre Apenkwa Interchange e Mallam Road Junction, em

Acra, para a República do Gana, com promoção do Millenium Development Authority, com o valor

contratual de 83,7 milhões de dólares;

Construção da estrada de Penetração do Vale da Ribeira da Torre, na Ilha de Santo Antão,

República de Cabo Verde, para o Ministério das Infra-estruturas, Transportes e Mar, no valor de

7,2 milhões de euros;

Reabilitação de 59,9 km da National Trunk Road n.º 8 entre Assim Praso e Bekwai, na República

do Gana, com o valor de 60,1 milhões de dólares;

Execução da estrutura de pavimento da pista principal e acessos à plataforma do aeroporto de

Diass, em Dakar, no Senegal, contrato valorizado em 54,8 milhões de euros;

Obras de expansão e modernização do Porto da cidade da Praia – Fase 2, para o Ministério de

Infra-estruturas e Transportes e Telecomunicações do Governo de Cabo Verde, com o valor

contratual de 72 milhões de euros, realizada em consórcio, com a participação de 37,5%;

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Construção da expansão do Porto de Sal Rei, na ilha da Boa Vista, para o Ministério de Infra-

estruturas e Transportes e Telecomunicações do Governo de Cabo Verde, contratada pelo valor

de 32,1 milhões de euros, realizada em consórcio, com a participação de 50%;

Construção de 36 casas de interesse social na ilha da Boa Vista, para o Ministério da

Descentralização, Habitação e Ordenamento do Território do Governo de Cabo Verde, com o valor

de 89,7 milhões de escudos cabo-verdianos, realizada em consórcio, com a percentagem de 51%.

Europa

A actividade na Polónia esteve ligada ao acompanhamento dos processos de reequilíbrio financeiro

resultantes dos contratos terminados, junto das respectivas instâncias de resolução. Realça-se neste

particular a decisão do Tribunal Arbitral, estabelecido nos termos contratuais ao abrigo das regras do

International Chamber of Commerce (ICC), que condenou a Generalna Dyrekcja Dróg Krajowych i Autostrad

(GDDKiA) ao pagamento de 21 milhões de euros por diversas reclamações apresentadas pelo consórcio

responsável pela empreitada de construção da A4 Motorway Section E: Kleszczow – Sośnica, no qual a

MSF Engenharia detém uma participação de 50%.

No mercado das obras públicas a MSF Engenharia S.A. desenvolveu a sua actividade na execução dos

seguintes contratos:

Construção da via rápida S19 entre Stobierna e Rzeszów, República da Polónia, para a GDDKiA,

com o valor de 213,5 milhões de zlotys, realizada num consórcio onde a MSF Engenharia S.A. e a

MSF Polska sp.z o.o. detêm uma participação de 64,8%;

Projecto e Construção da auto-estrada A1 entre Stryków e Tuszyn, com uma extensão de 37,3 km,

para a GDDKiA, valorizado em 1.159 milhões de zlotys, realizada em consórcio, com a

participação agregada de 25% para a MSF Engenharia S.A. e MSF Polska sp.z o.o.

4.1.5. MSF Engenharia: Participadas Nacionais

Neocivil

Não obstante o agravamento da crise económica, no ano de 2011 o volume de negócios da Neocivil –

Construções do Algarve S.A. (“Neocivil”) registou um importante crescimento face ao ano anterior, fixando-

se nos 28,7 milhões de euros, um valor que compara com o montante de 12,3 milhões de euros obtido no

exercício anterior. A empresa apresentou uma recuperação da generalidade dos indicadores, tendo

registado, no final do exercício de 2011, um EBITDA (Resultado antes de Depreciações, Gastos de

Financiamento e Impostos) no montante de 1,4 milhões de euros, resultados operacionais no valor de 1,2

milhões de euros e resultados líquidos no montante de 294 milhares de euros.

Face à actual conjuntura do mercado e ao valor de obras em carteira, perspectiva-se para o ano de 2012

um decréscimo da facturação em comparação com o ano de 2011. No entanto, a expectativa de virem a ser

iniciadas as obras de projectos já adjudicados à Neocivil, essencialmente no sector turístico, que se

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encontram adiados a aguardar sinais de melhoria da envolvente económica, permite acreditar que no

próximo triénio se irá registar a retoma de um crescimento sustentado.

Indubel

No exercício de 2011, a Indubel - Indústrias de Betão S.A. (“Indubel”) registou um volume de vendas de 14

milhões de euros, o que representa um crescimento de 16% em relação a 2010. A repartição do volume de

negócios pelas várias áreas de produção que a empresa desenvolve foi de 75% para o Pré-fabrico, 2% para

o Pré-esforço e 23% para a Geotecnia e Fundações Especiais. O contributo da área de pré-fabricação,

reforçado em 2011, correspondeu na sua maior parte a produção de empreitadas iniciadas em 2010,

nomeadamente o fornecimento de vigas e pré lajes para os viadutos e obras de arte correntes para o Litoral

Oeste Construtores ACE (LOC), no âmbito da Subconcessão do Litoral Oeste. O sector da Geotecnia e

Fundações Especiais atingiu os 3,2 milhões de euros de facturação em 2011, sustentado pelo processo de

internacionalização da empresa e reforçando a oportunidade do mesmo.

O ano de 2011 fica marcado pelos efeitos provocados pelo processo de insolvência da Novopca,

Construtores Associados S.A. (Novopca), um dos principais accionistas da Indubel. Esta situação causou

problemas de tesouraria, com consequências directas nos fornecimentos, e custos relacionados com a

suspensão e posterior reatamento dos trabalhos para a Novopca. Acresceu a impossibilidade de liquidação

das dívidas desta à Indubel, que por si gerou uma perda extraordinária com um impacto total superior a 3,8

milhões de euros. Com o reconhecimento da imparidade da dívida da Novopca, e ainda que 2011 tenha

sido um ano de excepcional volume de negócios, a Indubel regista um resultado líquido negativo de cerca

de 3 milhões de euros, que compara com 36,6 mil euros positivos no ano de 2010.

4.1.6. MSF Engenharia: Participadas Internacionais

A actividade das participadas internacionais, MSF Engenharia Angola, Lda., MSF Bulgária OOD, MSF

Polska sp.z o.o. e MSF Cabo Verde, S.A., desenvolveu-se ao longo do ano no apoio às actividades

comercial e de produção do Grupo nos respectivos países, contribuindo decisivamente para o sucesso

alcançado. De salientar o crescimento de facturação da MSF Polska sp. z o.o e da MSF Cabo Verde S.A.,

consequência do aumento das actividades de produção nos respectivos países. Acresce que a MSF Angola

tem vindo a negociar contratos cuja assinatura espera vir a concretizar nos primeiros meses de 2012.

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4.2. Concessões: MSF Concessões e Participadas

4.2.1. Enquadramento da Actividade: MSF Concessões e Participadas

4.2.1.1. Mercado Nacional

As alterações parlamentar e governativa ocorridas em Portugal no final do primeiro semestre de 2011, as

percepções mais precisas e mais difundidas sobre a capacidade creditícia do Estado e sobre a

insustentabilidade do seu desequilíbrio orçamental, vieram, no que respeita ao sector das parcerias público

privadas, apenas, tornar insofismável que não se assistiria ao lançamento de qualquer nova iniciativa em

2011, não tendo sido empreendida qualquer actividade de desenvolvimento digna de nota.

4.2.1.2. Mercado Internacional

Mantiveram-se, em 2011, as condições nos mercados financeiros, muito em particular da dívida soberana e

da dívida comercial, sobretudo em mercados menos maduros, sendo, por isso, muito reduzida a actividade

internacional de prospecção da MSF Concessões.

4.2.2. Desempenho da MSF Concessões e Participadas em 2011

A MSF Concessões detém participações sociais no capital de cinco sociedades concessionárias e de duas

sociedades operadoras de infra-estruturas rodoviárias: de forma directa – “Auto-Estradas do Marão, S.A.”

(AEM), “Túnel do Marão Operadora, S.A.” (TDM), “GEIRA – Gestão e Exploração de Infraestruturas

Rodoviárias do Atlântico, S.A.” (GEIRA), “Auto-Estradas do Baixo Tejo, S.A.” (AEBT) – e indirecta - “Brisal -

Auto-Estradas do Litoral, S.A.” (BRISAL), Auto-Estradas do Litoral Oeste, S.A.” (AELO) e “Auto-Estradas do

Atlântico, S.A.” (AEA) - através, respectivamente, da “SMLN – Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A.

(SMLN)” e da “AEO – Auto Estradas do Oeste, S.A.” (AEO); esta, por sua vez, detida pela “MSF Oeste,

SGPS S.A.” (MSF Oeste).

As sociedades participadas estão, maioritariamente, no período de intenso investimento inicial em

construção – AEM, AELO e AEBT – a que corresponde considerável esforço de mobilização de capitais

accionistas. Em fase de exploração corrente encontram-se a AEA, BRISAL, TDM, GEIRA, “Neofutur,

Promoção e Conservação de Imóveis, S.A.” (Neofutur) e, naturalmente, dado o seu cariz instrumental, a

AEO, SMLN e MSF Oeste.

As contas consolidadas da MSF Concessões revelam um incremento de 17,2 milhões de euros dos activos

não correntes, decorrente essencialmente dos já referidos reforços de fundos accionistas nas

concessionárias ainda com investimento em curso. A dívida financeira líquida consolidada cresceu 7,9

milhões de euros por via da operação de financiamento, muito limitadamente recursiva ao accionista,

associada aos novos activos da MSF Oeste.

O EBITDA, ainda negativo em 1,2 milhões de euros, materializa uma evolução favorável no valor de 0,5

milhões de euros, muito influenciada pela redução de encargos com concursos e um esforço de

racionalização de despesas gerais. Os resultados líquidos registados foram de 4,3 milhões de euros

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negativos, que comparam com o valor negativo de 4,1 milhões de euros em 2010 (embora os resultados

antes de impostos tenham apresentado uma tendência positiva).

Tal como no exercício económico de 2010 e pelas razões amplamente expendidas no respectivo Relatório

de Gestão, para o qual, sobre esta matéria e supletivamente, se remete, o Conselho de Administração da

MSF Concessões mantém o entendimento de que os contratos swaps de taxa de juro, contratados pelas

empresas AEM, AELO, AEBT e NEOFUTUR (empresas participadas, directa ou indirectamente, pela MSF

Concessões) devem ser tratados, segundo a nomenclatura da IAS 39 e no âmbito da sujeição de cada

empresa à sua aplicação, como “contratos derivados embutidos” não separáveis do contrato de

financiamento, para efeitos de reporte financeiro.

O passivo remunerado da AEBT, da AELO ou da AEM (e dos contratos swaps, embutidos) deve, por

conseguinte e no melhor do nosso entendimento, ser relevado nas Demonstrações Financeiras daquelas

empresas, ao seu custo amortizado, não se procedendo a qualquer outro reconhecimento contabilístico

relacionado com o financiamento - nomeadamente não se registando os contratos swaps ao “valor de

mercado” que um hipotético contrato, com os mesmos fluxos financeiros dos contratos de swaps da

empresa, teria a 31 de Dezembro de 2011.

O Conselho de Administração entende subscrever a orientação das suas participadas AELO, AEM e

NEOFUTUR e proceder à reexpressão das demonstrações financeiras da AEBT, nesses mesmos sentido e

exacta medida.

Procedeu-se, portanto, nas Demonstrações Financeiras da AEBT, à correcção da conta de capital próprio,

rubrica “Outras Reservas”, anulando o impacto do registo do swap pelo seu “valor de mercado”, no

montante, negativo, de 29,1 milhões de euros, registando por essa via, o capital próprio, o valor negativo de

9,5 milhões de euros e mantendo-se inalterado o resultado líquido do exercício de 2011. No entanto, esta

correcção acaba por não ter efeito nas contas da MSF Concessões de 2011 dado que a quota parte dos

capitais próprios reexpressos continua a estar abaixo dos fundos já aplicados ao projecto.

4.2.2.1. Concessionária Auto-Estradas do Marão, S.A. e Operadora Túnel do Marão, S.A.

O ano de 2011 foi dominado pelos esforços e diligências desenvolvidos pela empresa e seus Accionistas

para a reestruturação contratual e financeira da Concessão, reagindo às situações extremamente adversas

provocadas pela continuada falta de apoio dos Bancos Financiadores e pela total ausência de interlocução

com a Tutela, entre os meses de Fevereiro e Agosto - isto é, desde o início do período pré-demissionário do

XVIII Governo, até cerca de um mês após a tomada de posse do XIX Governo.

A interrupção dos trabalhos com a Tutela para a restruturação da Concessão, condição indispensável à

retoma do financiamento sénior, e a impossibilidade de o ACE Construtor ver ampliada a linha de

financiamento por cessão de créditos detidos sobre a Concessionária, ditaram, inevitavelmente, que a

Concessionária ordenasse ao ACE, em Junho, uma suspensão dos trabalhos por um período de 90 dias –

período, então, julgado mais do que suficiente para a retoma e conclusão do diálogo negocial com o

Governo que viesse a ser empossado, mas que foi imprescindível prorrogar, mantendo-se, ainda em vigor.

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A interlocução com a Tutela, embora progredisse a ritmo mais lento e entrecortado do que a gravidade e a

complexidade da matéria, reconhecidamente, exigiam e do que a Concessionária pretendia, veio a dar

resultados, materializando-se num “Acordo de Princípios”, entre o Estado e a Concessionária.

Aguarda-se a celebração deste Acordo, cuja minuta final foi proposta pela Secretaria de Estado das Obras

Públicas, Transportes e Comunicações e a que a Concessionária declarou, já em Março de 2012, a sua

total anuência.

A Concessionária cumpriu, até Novembro de 2011, as suas obrigações contratuais com os Bancos

Financiadores, também no que respeita ao pagamento de encargos financeiros - pese, embora, a

suspensão do financiamento, decretada pelos Bancos em Dezembro de 2009 - novamente por recurso à

antecipação voluntária de prestações acessórias dos Senhores Accionistas, na data e nos montantes

necessários para a satisfação das obrigações da Concessionária perante os Bancos. Porém, não se

entendeu exequível repetir, em 30 Novembro de 2011, aquele mecanismo de substituição, da

Concessionária, pelos Senhores Accionistas, sem que estivesse negociado e firmado o acordo visando a

restruturação da concessão e retoma do financiamento, acima referido. Persistem, portanto, desde aquela

data, um incumprimento contratual financeiro e outros incumprimentos, de cariz técnico e com diminuta

gravidade, de que os Bancos já notificaram a Concessionária.

Releva-se que, em Dezembro de 2011, no âmbito do Contrato de Construção e estando os trabalhos

suspensos, como se disse, desde Junho de 2011: i) o investimento acumulado era de 241,2 milhões de

euros, ii) estavam perfurados 3.708 m no túnel norte (2.159 m em 2010) e de 3.627m no túnel sul (1.991 m

existentes em 2010), perfazendo um total de 7.336 metros (4.150 metros em 2010), iii) as actividades da

natureza “obras de arte especiais” atingiam um grau de execução de 89,9% e iii) as actividades da natureza

“terraplanagens e drenagens”, atingiam um grau de execução 88,9%.

As actividades de operação e de manutenção da infra-estrutura desenvolveram-se em regime de completa

normalidade, registando-se um Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) de 13.718 veículos dia, no conjunto dos

dois sublanços em exploração (i.e. Geraldes/Padronelo e Padronelo/IP4), representando um crescimento

homólogo de 6%, face a 2010. A maior intensidade de tráfego continua a observar-se no sublanço

Geraldes/Padronelo, com 15.443 TMDA.

O exercício encerrou com um resultado líquido positivo de 322,3 mil euros.

A TDM, contratada pela AEM para a operação e manutenção da rede da AEM, tem, por enquanto, a sua

actividade limitada aos lanços A4-Geraldes/Padronelo e Padronelo-IP4. Os serviços incluem o

patrulhamento, a assistência a utentes (telefónica, por SOS e no local), bem como a manutenção e a

conservação das infra-estruturas (viária e telemática). Estes serviços estão, por enquanto, subcontratados,

prevendo-se a internalização destas actividades para a exploração da rede viária completa.

A actividade desenvolveu-se de acordo com os padrões de qualidade fixados e com as expectativas

orçamentais, registando-se, nesta matéria, a situação de atraso de pagamento por parte da AEM.

O exercício encerrou com um resultado líquido negativo de 27,3 mil euros.

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4.2.2.2. Concessionária Brisal - Auto-Estradas do Litoral, S.A.

A actividade da BRISAL caracterizou-se pela intensificação dos contactos com o Concedente, visando a

reposição do equilíbrio financeiro da Concessionária, gravemente alterado desde Outubro 2010, recorde-se,

pela introdução de portagens na concessão “Costa da Prata”, bem como pela terminação do período de

estabilidade relacional e contratual (stand still), acordado com os Bancos, que vigorava desde Julho de

2009.

A BRISAL foi confrontada, ainda em 2010, com a impossibilidade de prosseguir, através da Comissão

nomeada no segundo semestre desse ano, a interlocução com o Estado, apresentando, em consequência e

ao InIR, um pedido de reposição do equilíbrio financeiro, em 21 de Março de 2011. Em reacção a este

requerimento, a Tutela reiniciou as conversações que, por sua vez, se mostraram completamente

infrutíferas, facto que se tornou incontroverso, pelo menos para a BRISAL e para os Bancos Financiadores,

em Outubro de 2011.

Perante esta constatação, a BRISAL concluiu os estudos e diligências necessários ao pedido de reposição

do equilíbrio financeiro da concessionária e apresentou, em 16 de Fevereiro de 2012, o requerimento para a

constituição de tribunal arbitral.

Os Bancos Financiadores recusaram prorrogar o período de stand still, estando, desde Março de 2011, a

Concessionária em suspenso, no que se refere à autorização do incumprimento de rácios, podendo,

portanto, os direitos decorrentes, para os Bancos Financiadores, deste incumprimento, ser exercidos a todo

e qualquer momento.

Os níveis de tráfego observados sofreram, indiscutivelmente, em 2011, a mesma influência penalizadora da

existência de portagens na concessão “Costa da Prata”, em Outubro de 2010. Recorde-se que no último

trimestre daquele ano, de 2010, se registou uma quebra homóloga de 22,2%, por oposição ao crescimento

médio homólogo de 14% (com máximos de 19,3%) que se vinha verificando entre Janeiro e Agosto de

2010.

Em 2011, o TMDA foi de 6.205, que, por comparação com o TMDA de 8.509, em 2010, representa uma

quebra homóloga de 27,1%. Não fora este facto, ainda, revelador do enorme impacto da introdução de

portagens, regista-se que nos três sublanços imediatamente contíguos à concessão “Costa de Prata”, a

quebra foi superior a 32%.

O exercício encerrou com um resultado líquido negativo de 40,6 milhões de euros e capital próprio negativo

em 49,4 milhões de euros, montante fortemente determinado pelo registo da amortização extraordinária

realizada no exercício de 2010, a que a sua accionista e nossa participada, SMLN, se opôs, como reportado

no Relatório e Contas de Gestão do exercício de 2010 e com os fundamentos aí expendidos – posição que,

a este propósito, se reitera.

Enfatiza-se que, tal como o Conselho de Administração da BRISAL, postulamos uma perspectiva de

continuidade das operações da empresa e de sucesso quanto à acção, em sede de tribunal arbitral, para

reposição do equilíbrio financeiro da Concessão.

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4.2.2.3. Subconcessionária Auto-Estradas do Litoral Oeste, S.A.

O ano de 2011 constituirá um marco na actividade da empresa, nele se tendo realizado, tal como se previa,

o maior volume anual de investimento em construção da rede subconcessionada.

Em Novembro de 2011, ficaram concluídos e entraram em operação, em observância dos prazos

contratuais, os lanços IC2 - Variante da Batalha (A19) e IC36 (A8), ambos em perfil de auto-estrada, com

extensões de, respectivamente, 13,3 km e 6,4 km, elevando a extensão de rede em exploração para um

total de 55 km.

Quanto à rede ainda em construção, releva-se que os lanços do IC9 - Nazaré / Alcobaça, EN1 / Fátima e

Fátima / Ourém, do itinerário IC9, foram alvo de pedido de prorrogação de prazo, por iniciativa do ACE

Construtor, cujos fundamentos foram devidamente avaliados. Obtiveram-se as necessárias aprovações e

autorizações (da Tutela, do Subconcedente e dos Bancos Financiadores) ficando, em consequência,

postergado, sem qualquer impacto nos custos ou proveitos da AELO, o prazo de entrada em serviço

daqueles lanços, para o dia 30 de Abril de 2012.

Com a entrada em serviço dos lanços IC2 - Variante da Batalha (A19) e IC36 (A8), iniciou-se a actividade

de cobrança de portagens aos utentes que, por imposições legais supervenientes à celebração do Contrato

de Subconcessão, se faz em regime distinto daquele contratualmente previsto, ao introduzir a modalidade

de cobrança não exclusivamente electrónica e uma nova Entidade Cobradora de Portagens. A avaliação do

impacto destas alterações, no âmbito do Contrato de Subconcessão, sob diversas perspectivas,

nomeadamente jurídica e económica, está concluída, devendo a questão ser endereçada, formal e

oportunamente, no quadro do relacionamento contratual com o Subconcedente.

As actividades de operação e manutenção decorreram de forma plenamente satisfatória, continuando a

obter-se significativa melhoria das condições de circulação, em termos de segurança, conforto e rapidez,

realçando-se, a este propósito, que em 2011 se alcançou nova redução dos indicadores de sinistralidade

rodoviária, certamente em resultado do investimento na melhoria das condições da rede viária que a AELO,

em cumprimento do contrato de subconcessão, tem vindo a realizar.

O desempenho económico e financeiro da empresa ultrapassou, também no ano de 2011, em termos

anuais e acumulados, as estimativas constantes do modelo financeiro do caso base e do orçamento anual.

Esta observação não pode deixar de ser devidamente ponderada pelo facto de os proveitos da AELO não

incluírem durante o período que se estenderá até Fevereiro de 2014 (nem prospectivamente, no “caso

base”, nem em actividade, nos registos contabilísticos) proveitos que dependam do volume de tráfego

circulante na rede concessionada.

O exercício de 2011 encerrou com um resultado líquido positivo de 0,9 milhões de euros.

4.2.2.4. Concessionária Auto-Estradas do Atlântico, S.A.

Em 2011 a empresa concluiu dois importantes projectos de investimento: i) o alargamento de 2 para 3 vias,

em cada sentido de circulação, dos lanços CRIL – Loures (em Março de 2011) e Loures – Malveira (ainda

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em Dezembro de 2010), ii) a instalação, em todas as praças de portagem, do sistema de máquinas

electrónicas para a cobrança de portagens (e-toll). O primeiro, em cumprimento das obrigações do Contrato

de Concessão, o segundo, para a obtenção de melhorias da rentabilidade operacional que, registe-se,

ficaram, em 2011, plenamente alcançadas.

A circulação automóvel sofreu um decréscimo, por comparação com o ano de 2010: o TMDA da rede

registou uma variação homóloga negativa de 8,8% (com destaque para as diminuições de 13,3% na A8

entre Tornada e Leiria e de 10% na A15). As receitas de portagem sofreram, consequentemente, um

decréscimo, que resultou agravado, devido à diminuição das deslocações de longo curso e à alteração do

mix de classes de veículos – recorde-se, a propósito de ambas, a influência da introdução de portagens na

concessão “Costa da Prata”.

O exercício de 2011 saldou-se com um resultado líquido positivo de 1,3 milhões de euros.

4.2.2.5. Operadora GEIRA – Gestão e Exploração de Infraestruturas Rodoviárias do Atlântico, S.A.

A Geira é responsável pela prestação, à Concessionária EP - Estradas de Portugal S.A. (EP), de todos

serviços necessários à operação e manutenção da auto-estrada A21, integrada, desde 2010, na concessão

da EP.

O quadro de pessoal é constituído por dezoito portageiros, recorrendo-se também a alguns trabalhadores

em regime de trabalho temporário, para suprirem faltas ou acréscimos pontuais de tráfego.

É intenção da EP proceder, durante o ano de 2012, ao lançamento de concurso público para a contratação

dos serviços ora prestados pela Geira, já que o actual contrato resulta de adjudicação directa realizada em

2005.

O exercício de 2011 encerrou com um resultado líquido negativo de 27 mil euros.

4.2.2.6. Subconcessionária Auto-Estradas do Baixo Tejo, S.A.

A acção judicial cautelar interposta pela Quercus, requerendo a suspensão da eficácia do Despacho

Conjunto de decretamento da DUP relativa à ER 377, marcou negativamente a actividade da empresa, por

interromper, provisoriamente, todos os trabalhos de construção daquele sublanço viário, suscitando

perturbações e incidentes no âmbito dos contratos de Construção e de Financiamento.

A EP, cumprindo instruções da Tutela, iniciou, em Novembro de 2011, um processo negocial com a

Subconcessionária, de desfecho ainda indefinido, no qual se debatem várias reduções do objecto da

subconcessão, nomeadamente: i) a eliminação da construção da ER 377 e, ocorrendo esta, ii) a eliminação

da construção da Av. do Mar e iii) a retirada de todos os sublanços transferidos da esfera da EP, para a da

Subconcessionária, através do Contrato de Subconcessão e que estavam em operação, à data da

celebração do contrato. A Subconcessionária (e, através dela o ACE Construtor e a Operadora) apresentou

as condições requeridas para tais alterações, esperando-se, ainda, reacção da EP.

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Fica, desta forma, irremediavelmente comprometida, em termos de prazo, a actividade de construção da ER

377, por imposição judicial de medida cautelar provisória, e da Av. do Mar, por força da negociação

encetada pela EP e cujos trabalhos preparatórios não chegaram, sequer, a iniciar-se.

Em Novembro de 2011 ficou concluída a construção do sub-lanço (IC32)Casas Velhas-Palhais, com 4 km

de extensão, ocorrendo a abertura ao tráfego no dia 18 de Novembro de 2011.

O exercício de 2011 encerrou com um resultado líquido negativo de 3,1 milhões de euros.

Concessões - Macro Descritores

Concessões OESTE LITORAL CENTROIP 4 - TUNEL DO

MARAOLITORAL OESTE BAIXO TEJO

EmpresaAuto Estradas do

Atlântico

Brisal - Auto

Estradas do Litoral

Auto Estradas do

Marão

Auto Estradas do

Litoral Oeste

Auto Estradas do

Baixo Tejo

Extensão 171 kms 92 kms 29.3 kms 111 kms 67 kms

Entrada completa em operação Março 2002 Maio 2008 Fevereiro 2012 Julho 2011 Janeiro 2012

Tráfego Médio Diário Anual da rede Em 2011 - 15 059 Em 2011 - 6 205 Em 2011 - 13 718 Em 2014 - 12 400 Em 2015 - 47 000

Investimento total (preços correntes) € 519 Milhões € 641 Milhões € 403 Milhões € 436 Milhões € 281 Milhões

Fundos accionistas € 112 Milhões € 178 Milhões € 65 Milhões € 100 Milhões € 55 Milhões

Dívida Bancária máxima € 464 Milhões € 528 Milhões € 353 Milhões € 507 Milhões € 340 Milhões

Dívida Bancária a 31 de Dezembro de 2011 € 325 Milhões € 513,2 Milhões € 58,9 Milhões € 409 Milhões € 203,4 Milhões

Proveitos Operacionais em 2011 € 62,9 Milhões € 20,2 Milhões € 67,7 Milhões € 246,4 Milhões € 120,2 Milhões

Resultados Operacionais em 2011 € 28,3 Milhões - € 15,6 Milhões - € 0,1 Milhões € 22,1 Milhões - € 1,3 Milhões

Resultados Financeiros em 2011 - € 20,8 Milhões - € 25 Milhões € 0,5 Milhões - € 20,8 Milhões - € 2,8 Milhões

Resultados Líquidos em 2011 € 1,3 Milhões - € 40,6 Milhões € 0,3 Milhões € 0,9 Milhões - € 3,1 Milhões

EBITDA em 2011 € 43,5 Milhões € 7 Milhões € 0,4 Milhões € 22,1 Milhões - € 1,3 Milhões

Grupo MSF, participação accionista 25,00% 5,00% 45,00% 32,50% 7,88%

MSF Concessões - SGPS, S.A., participação

accionista25,00% 3,80% 35,00% 32,50% 7,88%

MSF Engenharia, S.A., participação accionista 0,00% 1,20% 10,00% 0,00% 0,00%

MSF Engenharia, S.A., participação no ACE 10,76% 25,00% 45,00% 37,50% 17,50%

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4.2.2.8. NEOFUTUR – Promoção e Conservação de Imóveis, S.A.

A actividade da sociedade, que permanece centrada na gestão e exploração do edifício dos Paços do

Concelho de Lagos, decorreu, excepção feita ao atraso no recebimento das rendas devidas pela Futurlagos,

E.M., conforme planeado, realçando-se um desempenho orçamental de desvio positivo, substancialmente

em resultado da evolução favorável das taxas de juro.

A sociedade encerrou o ano com três rendas em atraso por parte da arrendatária, facto que criou alguns

constrangimentos ao normal desenvolvimento da sua actividade.

O exercício de 2011 encerrou com um resultado líquido positivo de 0,1 milhões de euros.

4.2.2.9. SMLN – Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A.

O Conselho de Administração da SMLN, detentora de 20% do capital da BRISAL e participada, em 25%,

pelo Grupo MSF (19% pela MSF Concessões e 6% pela MSF Engenharia), partilha a convicção do

Conselho de Administração da BRISAL quanto à continuidade da empresa e ao sucesso do pedido de

reposição do equilíbrio financeiro, efectuado já em Fevereiro de 2011.

Em 2011, a SMLN consolidou, por equivalência patrimonial, 20% do resultado líquido negativo (prejuízo)

apurado pela BRISAL, no montante de 8,1 milhões de euros.

4.2.2.10. AEO – Auto Estradas do Oeste, S.A.

Não existem factos relevantes na actividade da AEO. O exercício de 2011, após equivalência patrimonial

das participadas AEA e AELO, respectivamente de 50% e 65%, encerrou com um resultado líquido positivo

de 0,9 milhões de euros.

4.2.2.11. MSF Oeste, SGPS, S.A.

A MSF Oeste, constituída em Janeiro de 2010, detém uma posição de 50% no capital de AEO, em resultado

do que a MSF Concessões detém participações indirectas no capital social de AEO (50%), de AEA (25%) e

de AELO (32,5%).

A MSF Oeste tem, essencialmente, a registar, em acréscimo à integração da sua única participada, a AEO,

os encargos financeiros próprios. Consequentemente, a empresa apresenta no exercício 2011 um resultado

líquido negativo de 2 milhões de euros.

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4.3. Turismo e Imobiliário: MSF TUR.IM e Participadas

4.3.1. Enquadramento da Actividade: Os Sectores do Turismo e Imobiliário

4.3.1.1. Mercado do Turismo

De acordo com os últimos dados da World Tourism Organization, o sector do Turismo a nível mundial é

directamente responsável por 5% do PIB mundial, representa 6% das exportações e emprega uma em cada

doze pessoas nas economias desenvolvidas e emergentes.

Apesar de todos os condicionalismos derivados do clima económico que caracterizou o ano de 2011, o

turismo mundial apresentou um acréscimo de 4,4% quando comparado com o período homólogo anterior.

Esta melhoria foi mais significativa nas economias desenvolvidas, em especial na Europa, contrariando a

tendência dos últimos anos, o que se deveu quer à maior aposta nestes sectores, quer à turbulência vivida

no Norte de África e Médio Oriente.

Em Portugal, e de acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE), os proveitos totais

da actividade turística verificados entre Janeiro a Novembro de 2011 ascenderam a aproximadamente 1.830

milhões de euros, o que representou um acréscimo de cerca de 6,01% relativamente a igual período de

2010.

Apesar das incertezas em torno da recuperação económica, a World Tourism Organization prevê que o

Turismo cresça entre 3% a 4% em 2012.

4.3.1.2. Mercado Imobiliário

Apesar da incerteza económica que caracterizou o ano de 2011, o volume de investimento imobiliário

europeu cresceu em 2011, em resultado do aumento de actividade na Alemanha, países nórdicos, França e

Europa Central e de Leste, que contrariou a redução do volume de investimento observado nas economias

periféricas, como Portugal e Espanha. A crise da dívida soberana portuguesa e a instabilidade politica

sentidas em 2011 afastaram os investidores internacionais do país e afectaram a liquidez e o acesso ao

financiamento dos investidores nacionais. O volume de investimento, em Portugal, em 2011, sofreu um

decréscimo de 65% face ao ano anterior, tendo sido de aproximadamente 250 milhões de euros, um dos

valores mais baixos da última década e um dos piores de sempre ao nível do investimento imobiliário.

No mercado de escritórios assistiu-se a uma clara diminuição de investimentos em pipeline, em virtude do

aumento das dificuldades de acesso ao financiamento bancário para a construção e promoção de novos

projectos, bem como à quase inexistência de contratos promessa de arrendamento que pudessem

contribuir para diminuir o risco da operação. Observou-se algum dinamismo nos negócios, induzido pelo

facto de os inquilinos aproveitarem a conjuntura para analisar as suas estratégias de localização, para

procederem à racionalização dos espaços e para apostarem na redução do valor das rendas.

No mercado de primeira e segunda habitação o acesso ao financiamento bancário tem sido, nos três

últimos anos, progressivamente dificultado. A difícil conjuntura económica levou ao aumento da procura de

imóveis para arrendamento habitacional e alguns promotores, cientes das dificuldades em vender os seus

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activos, começaram a considerar esta via como alternativa, pese embora o facto de a legislação em vigor

manter os proprietários numa posição de insegurança caso o inquilino entre em incumprimento.

As perspectivas para 2012 apontam para montantes em linha com os valores apresentados no ano de 2011,

pelo que se estima que se mantenha o fraco dinamismo ao nível das operações, quer de investimento quer

de arrendamento. É ainda expectável a diminuição do investimento internacional no curto prazo e o

aumento das prime yields. A excepção prende-se com a potencial procura por parte de investidores

estrangeiros privados, com perfil oportunístico, atraídos principalmente por imóveis para os quais exista

dificuldade no refinanciamento da dívida e que deverão surgir no mercado devido à necessidade de

recapitalização dos bancos.

4.3.2. Desempenho da MSF TUR.IM e Participadas em 2011

Em 2011, a MSF TUR.IM deu continuidade à estratégia definida em anos anteriores, tendo-se dedicado, ao

longo do exercício, à consolidação dos activos sob gestão, à revitalização da promoção dos

empreendimentos em fase de comercialização, ao investimento nos projectos ainda em fase de

desenvolvimento e tendo dado início a um novo desafio no sector da náutica de recreio.

Ao longo do exercício de 2011 foram analisadas 62 oportunidades de negócio no mercado nacional e

internacional, com avaliação de propostas para investimento em Portugal, noutros países europeus, no

Brasil e em África, num montante global de 160 milhões de euros. Foi realizada uma análise de viabilidade

económica e financeira e efectuada uma proposta de aquisição. Concretizou-se a adjudicação da

concessão para construção e exploração de um Centro Náutico em Algés, tendo sido constituída uma

empresa para o efeito, a CNAlgés, enquadrada na estratégia estabelecida pela MSF TUR.IM de reforço de

investimentos no sector náutico, sempre que os mesmos salvaguardem o cumprimento dos critérios

definidos e sejam considerados uma oportunidade de beneficiar da larga experiência na gestão da Marina

de Lagos, ligação que poderá ainda potenciar notórias sinergias operacionais.

Em termos consolidados, a MSF TUR.IM alcançou um volume de negócios de 11,6 milhões de euros,

representando um incremento de 77% face ao ano transacto. O principal contributo para este desempenho

está relacionado com a venda de 32 lotes para moradias por uma das suas participadas no

empreendimento “Royal Óbidos SPA & Golf Resort”. O EBITDA atingiu os 5,7 milhões de euros e os

resultados operacionais os 4 milhões de euros, apresentando crescimentos na ordem dos 86% e 180%

respectivamente, face ao período homólogo.

O resultado líquido, no valor de 261 mil euros, apresenta um crescimento face a 2010, que foi no entanto

limitado pelos custos financeiros associados aos projectos em carteira.

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4.3.2. MSF TUR.IM: Participadas

4.3.2.1. MARLAGOS – Iniciativas Turísticas, S.A.

A Marlagos - Iniciativas Turísticas S.A. (“Marlagos”) é integralmente detida pela MSF TUR.IM e tem como

principal actividade a gestão e exploração do complexo da Marina de Lagos, do qual tem a concessão por

um período de 75 anos, da unidade hoteleira “Marina Club” e dos espaços comerciais envolventes à Marina.

Numa escala residual, a Marlagos tem em comercialização unidades habitacionais e espaços comerciais

localizados na zona da Marina de Lagos. Acresce ainda que, a partir de Dezembro de 2011, a Marlagos

assumiu, por transferência de uma outra empresa do Grupo, a gestão de 13 condomínios em Lagos, todos

eles localizados na área envolvente da Marina.

No final do exercício de 2011 a Marlagos apresentou um volume de negócios de aproximadamente 4,5

milhões de euros, e o resultado líquido atingiu os 7,9 milhares de euros.

4.3.2.2. CERAMITUR - Sociedade Turística da Fábrica da Cerâmica, S.A.

A Ceramitur – Sociedade Turística da Fábrica da Cerâmica S.A. (“Ceramitur”) é uma sociedade

integralmente detida pela MSF TUR.IM que tem como actividade o desenvolvimento do projecto imobiliário

designado por “A Fábrica – Marina Lofts & Apartments”, integrado no complexo da Marina de Lagos e

destinado ao mercado de segunda habitação. No final do exercício, o número total de fracções do

empreendimento, já transaccionadas, era de 11, de um total de 50 unidades, não tendo sido realizada

qualquer escritura de venda em 2011. Os principais indicadores económicos e financeiros referentes ao

exercício de 2011 reflectem as difíceis condições de mercado e a ausência de vendas, tendo a Ceramitur

apresentado um resultado líquido negativo de 498 mil euros, essencialmente decorrente dos encargos

financeiros suportados, que registaram um custo agravado quando comparados com o ano precedente.

4.3.2.3 MSF – Activos Imobiliários, S.A.

A MSF - Activos Imobiliários, S.A. (“MSF Activos”) é uma sociedade detida a 100% pela MSF TUR.IM que

tem como principal actividade a gestão do empreendimento “Natura Towers”, constituído por dois edifícios,

destinados ao arrendamento e cedência de espaços para escritórios e comércio que apresentavam, no final

de 2011, uma taxa de ocupação próxima dos 60%. A Torre Norte encontra-se, desde finais de 2009,

totalmente ocupada pela sede do Grupo MSF, estando também arrendadas algumas fracções da Torre Sul.

A MSF Activos continua a desenvolver esforços comerciais com o objectivo de colocar no mercado as

restantes fracções. O volume de negócios da MSF Activos apresenta um crescimento de 19% face ao ano

transacto, tendo atingido um valor próximo dos 2,1 milhões de euros. O resultado líquido foi negativo no

valor de 104 mil euros.

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4.3.2.4. MSF Condomínios, S.A.

A MSF Condomínios S.A, (“MSF Condomínios”) detida a 100% pela MSF TUR.IM desde a sua constituição

em Novembro de 2007 até à sua liquidação em finais de 2011, centrava a sua actividade na gestão de

condomínios privados em empreendimentos construídos e promovidos por empresas do Grupo MSF. Até ao

final de Novembro a empresa assegurou a gestão de 13 condomínios no perímetro da Marina de Lagos,

assim como em áreas adjacentes, como é o caso dos “Condomínio do Infante” e da “Fábrica – Marina Lofts

& Apartments”. A partir dessa data, a actividade da MSF Condomínios passou a ser efectuada pela

Marlagos, S.A., que absorveu a estrutura da MSF Condomínios.

4.3.2.5. Royal Óbidos - Promoção e Gestão Imobiliária e Turística, S.A.

A Royal Óbidos - Promoção e Gestão Imobiliária e Turística, S.A. (“Royal Óbidos”) é uma sociedade detida

a 100% pela MSF TUR.IM que tem como actividade o desenvolvimento do projecto imobiliário “Royal

Óbidos SPA & Golf Resort”, que contempla a construção, promoção e exploração de um conjunto turístico

com um campo de golfe de 18 buracos, um hotel de 5 estrelas, um aldeamento constituído por

apartamentos e moradias e um lote para um equipamento desportivo, implantado num terreno com cerca de

130 hectares, propriedade da empresa. O ano de 2011 ficou marcado pela conclusão da construção do

campo de golfe e pelo início da sua operação. O volume de negócios da Royal Óbidos registou, no exercício

de 2011, um valor ligeiramente acima de 5 milhões de euros, montante em grande parte atribuível à venda

de 32 lotes para moradias no empreendimento, tendo os resultados líquidos da empresa registado o valor

positivo de 2,5 milhões de euros.

4.3.2.6. CNAlgés – Centro Náutico S.A.

A CNAlgés – Centro Náutico S.A. (“CNAlgés”) foi constituída em 6 de Julho de 2011 e é detida em 50% pela

MSF TUR.IM. Enquanto entidade concessionária do estaleiro de Algés, a sociedade irá centrar a sua

actividade na instalação e exploração de um centro náutico, tendo para o efeito celebrado com a APL –

Administração do Porto de Lisboa, S.A. (“APL”) um contrato de concessão, pelo qual lhe foi atribuído o

direito de uso privativo de duas parcelas de domínio público afecto à APL por um período de 27 anos. O

plano desenvolvido para a CNAlgés prevê a construção e a exploração de um centro náutico capaz de dar

resposta a todas as necessidades das embarcações de recreio no estuário do Tejo e todas as que passam

anualmente ao largo da costa portuguesa.

A empresa dedicou os primeiros meses de laboração a criar as condições para o início da oferta de

serviços, nomeadamente através da contratação e realização de trabalhos de adaptação do local ao

exercício da actividade. Desta forma, e como previsto no plano de negócios, não se concretizaram

quaisquer vendas nem se verificou facturação de serviços no decorrer do ano de 2011, tendo e empresa

apresentado um resultado líquido negativo de cerca de 7 mil euros.

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4.3.2.7. MSF / LENA - Investimentos nos Balcãs, SGPS, S.A.

A MSF / LENA - Investimentos nos Balcãs, SGPS, S.A. é detida em 50% pela MSF TUR.IM e MSF SGPS.

No exercício de 2011 a empresa não desenvolveu novas actividades, tendo mantido a participação de 100%

na sociedade de direito Búlgaro denominada ALEPU – 2003, detentora de um terreno naquele país. Os

indicadores financeiros espelham o facto de a empresa ter estado inactiva durante o exercício de 2011,

mantendo os custos operacionais associados à manutenção da participação no activo.

4.3.2.8. MSF TUR.IM Cabo Verde, S.A.

A MSF TUR.IM Cabo Verde, S.A. é uma sociedade detida em 99% pela MSF TUR.IM, constituída com o

objectivo de promover um projecto imobiliário na Murdeira, ilha do Sal, denominado “Murdeira Sands”. A

aquisição do terreno para a sua construção ainda não está concretizada.

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4.4. Consultoria, Gestão e Sistemas de Informação: CDP-SI

4.4.1. Desempenho da CDP-SI em 2011

Perante a debilidade do contexto macro e micro económico, a CDP-SI – Consultoria em Organização e

Sistemas de Informação S.A. (“CDP-SI”) focalizou a sua actividade maioritariamente em projectos para o

Grupo MSF, na exploração de oportunidades geradas por ligação a empresas associadas e,

pontualmente, no mercado externo.

A existência de um ambiente concorrencial cada vez mais exacerbado, com empresas particularmente

fortes, dispostas a praticar preços mais competitivos e a disponibilizar soluções integradas com novas

funcionalidades colaterais e, por último, a crise profunda no sector da Construção, prejudicaram

fortemente a geração de negócio, particularmente o que poderia decorrer da venda do sistema AXIS4All,

especialmente desenvolvido para este sector. Não obstante, a CDP-SI mantém a aposta na divulgação

deste produto, com particular ênfase nos mercados externos.

A actividade da empresa alicerçou-se pois na prossecução dos seguintes objectivos:

Estabilização do produto AXIS4All (sistema aplicacional orientado para a gestão operacional e

apoio ao negócio das empresas do sector de Construção Civil e Obras Públicas);

Consolidação de competências, particularmente, no âmbito da consultoria desenvolvida com

base em software Oracle e Microsoft, plataformas Cisco e APC (datacenters, infra-estruturas

de rede, telefonia, segurança, redundâncias, serviços e manutenção);

Reorganização e reestruturação interna com vista a uma adequação da mesma à actual

conjuntura do mercado.

A CDP-SI apresentou, em 2011, um volume de negócios agregado de 1,6 milhões de euros. A vertente

de prestações de serviços, que constitui a componente mais relevante na estrutura de proveitos da

empresa, atingiu o montante de 1,3 milhões de euros, o que traduz um decréscimo de 18% relativamente

ao ano de 2010. Na componente de venda de hardware e software, a empresa facturou 340,8 milhares

de euros, traduzindo um decréscimo de 43% face ao volume verificado em 2010.

A actividade da empresa no ano 2011 caracterizou-se sobretudo pela realização de projectos para

suportar necessidades de empresas do Grupo, reflectindo-se tal facto na redução da proporção de

serviços para o mercado de 23% em 2010 para 16% no ano em apreço.

O resultado líquido da empresa foi negativo no valor de 317,7 milhares de euros.

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5. Sustentabilidade na Criação de Valor

O Grupo MSF procura incessantemente que o exercício da sua actividade tenha um impacto positivo na

melhoria da qualidade de vida das pessoas e comunidades, bem como na preservação do meio ambiente,

tendo o firme propósito de contribuir para o crescimento de forma sustentável. Esse conceito é muito

abrangente, compreendendo o respeito pelos princípios e valores éticos, a motivação e desenvolvimento

dos colaboradores, a promoção da segurança, saúde e bem estar, o assegurar bons níveis de

produtividade, a eficiência, a inovação, o controlo de custos, a gestão dos riscos, a busca de melhores

práticas e soluções técnicas, a preservação ambiental ou a responsabilidade social.

5.1. Recursos Humanos

Em 31 de Dezembro de 2011, encontravam-se ao serviço do Grupo MSF e empresas integradas no seu

perímetro de consolidação 3.804 colaboradores, que compara com 2.545 no final do ano de 2010. Este

número inclui, no fecho do exercício de 2011, 870 colaboradores em regime de trabalho temporário.

Resultante do elevado grau de internacionalização, a componente externa de colaboradores ao serviço das

empresas do perímetro de consolidação do Grupo MSF representava, no final do exercício, 3.099

colaboradores.

O Grupo MSF entende que o reforço contínuo da qualificação dos seus Recursos Humanos é essencial

para que estes disponham de instrumentos que possam permitir a resposta com eficácia aos desafios com

que se defrontam. Nesse sentido, o Grupo promoveu, no ano de 2011, 264 acções de formação,

envolvendo 1.555 participações, num total de 10.366 horas. Estas acções incidiram primordialmente nos

domínios da Qualidade, Segurança e Ambiente, Técnicas de Engenharia, Contabilidade e Finanças.

Em 2011, 35 colaboradores estavam inscritos nas “Novas Oportunidades” e 18 colaboradores concluíram o

grau habilitacional a que se propuseram.

5.2. Saúde Ocupacional

Mantiveram-se no Grupo MSF as políticas de promoção da saúde dos colaboradores, cumprindo o Grupo

os objectivos a que se havia proposto para o ano 2011.

Para além dos exames médicos que visam cumprir as obrigações legais, salientam-se as seguintes

actividades desenvolvidas nesta área:

Exames médicos complementados com electrocardiograma, audiograma, teste de visão,

doseamento do colesterol e da glicose sanguíneos e espirometria, para uma avaliação tão

completa quanto possível do estado de saúde dos colaboradores, face à actividade profissional

por eles desenvolvida;

Programa de controlo da Hipertensão Arterial (HTA) entre os colaboradores, com acções de

sensibilização sobre os riscos cardiovasculares da HTA, vigilância da T.A. e aconselhamento

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sobre estilos de vida saudável. Neste sentido continuaram a ser feitos os passeios MSF Vida

Activa.

Formação dos colaboradores na área da saúde. Durante o ano de 2011 foi dada especial atenção

à ergonomia no local de trabalho, com acções de formação sobre este tema e implementação de

ginástica laboral no posto de trabalho.

Monitorização da exposição ao ruído de todos os colaboradores da empresa e trabalhadores de

trabalho temporário e escolha dos protectores auriculares mais adequados de modo a minimizar

os riscos de surdez profissional. Todos os colaboradores são informados sobre os valores de ruído

a que estão expostos e esclarecidos sobre as medidas de protecção que devem adoptar;

Informação aos colaboradores deslocados dos riscos existentes para a saúde e informação das

medidas de profilaxia recomendadas para cada região.

5.3. Sistema de Qualidade, Segurança e Ambiente

Mantiveram-se no Grupo MSF, e mais especificamente na MSF Engenharia, as políticas definidas no âmbito

da qualidade, segurança e ambiente (QSA), cumprindo a empresa os objectivos a que se havia proposto

para o ano 2011, nomeadamente a consolidação do alargamento da implementação do Sistema QSA às

obras internacionais.

Por outro lado, em 2011, a Marlagos continuou a promover iniciativas de valorização da qualidade das

instalações e dos serviços prestados, sendo de destacar a atribuição da certificação máxima de 5 estrelas à

Marina de Lagos, pelo International Marine Certification Institute (IMCI), que desta forma reconhece a

qualidade superior da infra-estrutura e dos serviços que presta. Lagos continua a ser única marina

portuguesa à qual foi atribuído o “Euromarina Anchor Award”, a bandeira azul da Europa e as 5 Âncoras de

Ouro da “The Yatch Harbour Association”.

5.4. Gestão de Risco

No desempenho da sua actividade, as empresas do Grupo MSF estão expostas a diferentes tipos e níveis

de riscos, que resultam das incertezas e ameaças inerentes ao desenrolar das operações em sectores,

países e enquadramentos socioeconómicos e legais múltiplos. Conhecedor de que a exposição ao risco é

limitada e acessória às actividades das áreas de negócio de todas as suas participadas, o Grupo MSF

procura, no dia a dia, controlar, mitigar os potenciais impactos negativos e aproveitar as oportunidades de

melhoria numa perspectiva de garantia de continuidade das operações e de criação de valor.

A gestão de riscos no Grupo consiste fundamentalmente na identificação, avaliação dos impactos,

determinação de acções de mitigação, implementação, acompanhamento e reporte.

Especificamente na MSF Engenharia, o Sistema de Qualidade, Segurança e Ambiente desempenha neste

contexto um papel fundamental, contribuindo com a definição de normas e procedimentos internos, aos

mais diversos níveis, cujo objectivo é garantir que as actividades são desenvolvidas da forma mais segura,

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eficaz, controlada, sem imprevistos e com respeito pelas diversas normas e políticas. Existem nas

empresas do Grupo metodologias desenvolvidas para lidar com riscos associados, entre muitos outros, à

elaboração de propostas, à volatilidade dos preços das matérias primas, à realização das obras, à compra e

operação de equipamentos, ao crédito de clientes, à capacidade de desempenho de fornecedores ou

subempreiteiros, à gestão de projectos, à prestação de garantias e à integridade do seu património,

incluindo dos seus sistemas de informação e comunicação. Nas diversas empresas do Grupo e

concretamente na área financeira existem procedimentos com vista à gestão de riscos como a variação das

taxas de juro, a variação dos câmbios, a liquidez e os riscos da contraparte.

Destaca-se ainda que, com a consolidação da presença internacional e o contínuo crescimento da presença

do Grupo MSF nos diferentes mercados, têm vindo a ser reforçadas medidas específicas de gestão dos

riscos inerentes ao desenvolvimento da actividade no estrangeiro.

5.5 Sistemas de Informação e Desenvolvimento

O Grupo MSF continuou, neste exercício, a investir nos seus sistemas de informação, visando um maior

controlo sobre as operações e a indução de acréscimos de produtividade por via da automatização de

algumas tarefas. Destaque-se a implementação do Projecto PeopleSoft - PO (módulo de Compras). A

crescente complexidade do negócio decorrente do aumento da actividade internacional, especialmente no

âmbito da MSF Engenharia, será atenuada pelo carácter transversal deste módulo, perspectivando-se que

contribua acentuadamente para circunscrever os efeitos negativos da distância física entre unidades da

empresa. Algumas das Sucursais da MSF Engenharia beneficiaram ainda da implementação de projectos

de PeopleSoft Financials para cobrir as áreas financeiras que, tal como a nova aplicação de compras, muito

contribuirá para a padronização de procedimentos e melhoria da informação disponível. Releve-se, por

último, a entrada em produtivo de um “Portal do Colaborador” que permitiu a disponibilização em regime de

self-service de um conjunto diverso de informações, agilizando muitos processos associados à gestão de

recursos humanos.

5.6. Responsabilidade Ambiental

Conforme já referido em anos anteriores, o Grupo MSF desenvolve um esforço permanente de preservação

das condições ambientais e implementou diversas medidas de mensuração e controlo com vista à

promoção, junto dos seus colaboradores, fornecedores, subcontratados e outros parceiros de negócio, dos

valores e princípios da responsabilidade ambiental.

No exercício de 2011 mantiveram-se, entre outras, campanhas de sensibilização e formação no âmbito da

redução do consumo e utilização racional da energia, que abrangeram quer as instalações fixas, quer os

estaleiros de obra. De acordo com as políticas definidas, foram efectuadas acções de sensibilização e

promoção da diminuição do consumo de água e minimização dos impactos resultantes do seu uso. Deu-se

continuidade a acções que promovem a redução da poluição sonora e continuaram a ser implementados

procedimentos gerais de minimização de impactos no âmbito das poeiras, das emissões de CO2, de COV e

de HCFC.

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2011 foi o segundo ano de utilização plena da nova Sede Social do Grupo, inaugurada em finais de 2009.

Durante o ano, já com base em mais um exercício completo com elementos de consumo, produção e

facturação existentes, reviu-se o funcionamento base do edifício e introduziram-se algumas medidas

adicionais com o objectivo de optimização da produção e dos consumos de energia. O processo é evolutivo

tendo em conta os resultados que vão sendo obtidos e dada a dinâmica do edifício, a sua utilização e

reacções a factores externos (estações do ano).

Em Março de 2011, foi atribuído às “Natura Towers”, por parte da ADENE – Agência para a Energia, o

prémio “Parceiro Green Building”. Esta iniciativa foi promovida pela Comissão Europeia e tem como

objectivo melhorar a eficiência energética e promover a integração das energias renováveis em edifícios

não residenciais. As “Natura Towers” foram também distinguidas em 2011, pela Comissão Europeia, com o

prémio “Melhor Novo Edifício Europeu do Ano”. Esta distinção com o “Annual GreenBuilding Award 2011”,

na categoria de novos edifícios, premeia edifícios não residenciais em várias categorias (escritórios, saúde

e ensino). Igualmente, foi atribuído o prémio de Sustentabilidade dos prémios do Jornal Construir, evento

que condecora as empresas, personalidades e obras que mais se destacaram no ano.

As três distinções ao empreendimento de escritórios “Natura Towers” concedidas em 2011, conjugadas com

os galardões recebidos em 2010, representam o reconhecimento, por parte dos principais reguladores de

mercado e agentes, da estratégia seguida por parte da MSF TUR.IM e pelo Grupo MSF na busca de

soluções cada vez mais eficientes energeticamente, de maior sustentabilidade ambiental.

5.7. Responsabilidade Social

No âmbito da sua política de mecenato e em colaboração com instituições e projectos de índole social,

cultural e educacional, o Grupo MSF concede apoios, designadamente através do desenvolvimento de

trabalhos de construção civil mas também sob a forma de cedência de fundos ou bens a entidades e causas

que apoiem grupos carenciados.

No ano de 2011, de novo um ano difícil para muitas comunidades, o Grupo MSF reforçou o seu orçamento

disponível e intensificou a disponibilização de mão de obra para iniciativas ligadas a acções de

solidariedade social. O reforço das iniciativas de cariz social abrangeu adicionalmente a participação em

actividades organizadas por outras entidades que reuniram um conjunto de empresas e promoveram

acções de solidariedade.

Na área internacional manteve-se o desenvolvimento de acções em prol das comunidades locais,

nomeadamente na colaboração da melhoria de infra-estruturas como escolas, redes de água ou estradas.

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6. Perspectivas para 2012

Todas as projecções apontam para uma nova contracção da economia portuguesa em 2012 e para a

continuação de uma conjuntura adversa. O prosseguimento do esforço de consolidação orçamental em

Portugal, bem como noutros países, continuará a limitar o consumo e o investimento. Nesta conjuntura,

perspectiva-se que o ano de 2012 venha de novo colocar aos diversos agentes económicos, às empresas

em geral e também às do Grupo MSF, desafios acrescidos na prossecução dos seus objectivos.

Tal como em anos anteriores, confiamos que o significativo nível de internacionalização da MSF Engenharia

e participadas, os trabalhos em execução em diversos países sustentados numa carteira de obras que no

final de 2011 era na ordem dos 744 milhões de euros e a manutenção do reforço da solidez económica e

financeira como prioridade, conduzirão a uma bem sucedida implementação da estratégia traçada.

No sector das Concessões, é nosso entendimento que existem condições para que, durante um largo

período de tempo, não seja promovido, em Portugal, qualquer projecto relevante no formato de Parceria

Público-Privada. Continuaremos uma gestão próxima e exigente dos projectos em que participamos e

prosseguiremos na detecção de oportunidades de expansão internacional, segundo critérios de

selectividade estabelecidos e aprovados no documento de orientação estratégica, de Novembro de 2010.

A MSF TUR.IM irá induzir um maior dinamismo na promoção dos activos da empresa e participadas e

fomentar a diversificação das soluções propostas, sempre sustentando a sua acção na qualidade dos

projectos promovidos e dos serviços prestados e actuando com prudência, de forma a mitigar os efeitos de

uma conjuntura económica que consensualmente não se perspectiva favorável.

Estando ciente de que, em 2012, os efeitos adversos que caracterizam o actual enquadramento macro

económico se sentirão ainda de forma marcada, a CDP-SI traçou os seus objectivos com base nesse

pressuposto e, nomeadamente, propõe-se concentrar a actividade no Grupo MSF, privilegiando projectos

estruturais que estão previstos arrancar em 2012 e que permitirão crescer moderadamente face a 2011.

7. Factos Relevantes Após o Termo do Exercício

Construção:

Após o termo do exercício destacamos a adjudicação do contrato para a empreitada de Concepção –

Construção do Empreendimento Habitacional para colaboradores da Angola LNG, na cidade do Soyo,

Província do Zaire, no Norte de Angola, no valor de 227 milhões de dólares, a realizar por um consórcio

liderado pela MSF Engenharia Angola, Lda. (MSF Angola), no qual esta detém uma participação de 50%. A

obra tem um prazo de execução de 36 meses, estando as primeiras entregas de habitações previstas para

o primeiro quadrimestre de 2014.

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Refere-se adicionalmente a confirmação da adjudicação à MSF Angola do contrato de construção do

Complexo Industrial de Assemblagem de produtos electrónicos e electrodomésticos, no valor de 18,8

milhões de dólares pela Inovia, Electrónica de Angola, Lda.

Em Janeiro de 2012 foi constituída a MSF Construction Qatar, Al-Mustafawi, Leptis, Fortunato –

Construction LCC, que resulta de uma parceria entre sócios do Qatar e de Portugal, na qual a MSF

Engenharia S.A. detém uma percentagem de 39% do capital, a que correspondem 55% dos direitos a

dividendos.

Concessões:

Como facto relevante, registamos a decisão, por unanimidade, em Março de 2012, de extinção do “Asterion,

ACE”, candidato à privatização da ANA-Aeroportos de Portugal S.A. e à construção do “Novo Aeroporto de

Lisboa”.

Turismo e Imobiliário:

Em Março de 2012 foi constituída a sociedade “CHI – Consultoria, S.A”, detida em 40% pela MSF TUR.IM,

que irá exercer a actividade de prestação de serviços de consultoria no mercado do turismo.

No mesmo mês, foi assinado com o Estado Português o contrato de Benefícios Fiscais Contratuais ao

abrigo da candidatura apresentada pela participada Royal Óbidos ao Quadro de Referência Estratégico

Nacional (“QREN”).

Consultoria, Organização e Sistemas de Informação

Até à data de conclusão deste Relatório não ocorreram factos significativos que mereçam destaque.

8. Outras Informações Legais

Dando cumprimento à Lei, refere-se que a MSF SGPS não tem dívidas em mora ao Sector Público Estatal

ou à Segurança Social.

Em 31 de Dezembro de 2011, a MSF SGPS empregava directamente 12 colaboradores sendo que, no seu

conjunto, as empresas do Grupo integravam 3.804 colaboradores ao seu serviço, incluindo 870

trabalhadores em regime de trabalho temporário.

A sociedade detém 17.000 acções próprias em carteira e, durante o exercício, não foi celebrado qualquer

negócio entre a Sociedade e qualquer Administrador que, nos termos da lei, deva ser mencionado.

A MSF SGPS não tem sucursais.

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9. Proposta de Aplicação de Resultados

É proposto pelo Conselho de Administração que o resultado líquido do exercício de 2011, no montante de

1.016.180 euros, tenha a seguinte aplicação:

Reserva Legal 50.809 euros

Resultados Transitados 965.371 euros

10. Nota Final

O Conselho de Administração deseja expressar o seu reconhecimento a todos os que, ao longo do

exercício de 2011, o apoiaram na prossecução dos objectivos fixados para a empresa. Agradece o apoio e

confiança demonstrados pelos Accionistas, a disponibilidade e valiosa colaboração do Fiscal Único e do

Revisor Oficial de Contas, o empenho, dedicação e elevado profissionalismo dos colaboradores do Grupo

MSF, bem como a cooperação fundamental de entidades, empresas e pessoas com quem teve o prazer de

contactar.

Lisboa, 18 de Abril de 2012

O Conselho de Administração

__________________________________________________________

Presidente: Joaquim Carlos Ramalhão Fortunato

__________________________________________________________ José Manuel Ramalhão Fortunato

__________________________________________________________ Carlos Pompeu Ramalhão Fortunato

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__________________________________________________________ José Manuel Brito da Mana Ramalhão Fortunato

__________________________________________________________ Margarida Maria Corvelo Borges de Menezes

__________________________________________________________ José Ernesto Cirilo Custódio dos Santos

__________________________________________________________ Maria Carlos Ramalhão Fortunato Leça Ramada

__________________________________________________________ Tiago Brito da Mana Ramalhão Fortunato

__________________________________________________________ Ana Maria Louro de Aragão Teixeira de Sande e Lemos

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CONTAS CONSOLIDADAS

2011

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1

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE

A MSF – S.G.P.S., S.A. (“Empresa”) foi constituída em 23 de Dezembro de 1998, tendo a sua sede na Rua Frederico

George nº 37, Alto da Faia em Lisboa. A Empresa tem por objecto social a gestão de participações de outras

sociedades como forma indirecta do exercício da actividade económica.

A Empresa detém o conjunto de participações financeiras que compõem o Grupo MSF (“Grupo”). As demonstrações

financeiras apresentadas são as demonstrações financeiras consolidadas da Empresa. O Grupo cuja empresa-mãe é a

própria Empresa, actua essencialmente nos sectores de construção civil e obras públicas, imobiliário, turismo e

concessões.

2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras anexas estão em conformidade com todas as normas que integram o Sistema de

Normalização Contabilística (SNC). Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, a Estrutura Conceptual,

as Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras, os Modelos de Demonstrações Financeiras, o Código

de Contas e as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF), e as Normas Interpretativas.

Sempre que o SNC não responda a aspectos particulares de transacções ou situações, são aplicadas supletivamente e

pela ordem indicada, as Normas Internacionais de Contabilidade, adoptadas ao abrigo do Regulamento (CE) n.º

1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho; e as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS)

e Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), emitidas pelo IASB, e respectivas interpretações (SIC/IFRIC).

3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

a) BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas de acordo com o regime contabilístico do acréscimo e no

pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, subsidiárias e

agrupadas mantidos de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, estando garantidas as

características qualitativas da compreensibilidade, relevância, materialidade, fiabilidade, representação fidedigna,

substância sobre a forma, neutralidade, prudência, plenitude e comparabilidade.

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2

b) PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas anexas incorporam as demonstrações financeiras da Empresa e as das

empresas (incluindo empresas constituídas com finalidades especiais) por si controladas (as suas subsidiárias) ou

conjuntamente controladas (associadas e Agrupamentos Complementares de Empresas).

Entende-se existir controlo quando a Empresa tem o poder de definir as políticas financeiras e operacionais de uma

entidade, de forma a obter benefícios derivados das suas actividades, normalmente associado ao controlo, directo ou

indirecto, de mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de direitos de voto potenciais que sejam

correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados na avaliação do controlo que a Empresa detém sobre uma

entidade.

O controlo conjunto de uma entidade resulta de uma forma particular de empreendimento conjunto, o qual se traduz na

criação de uma entidade que, por via contratual, é conjuntamente controlada pelos vários empreendedores.

CONSOLIDAÇÃO DE EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS

As subsidiárias são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas através do método de consolidação integral,

desde a data em que a Empresa assume o controlo sobre as suas actividades financeiras e operacionais até ao momento

em que esse controlo cessa.

Os resultados das subsidiárias adquiridas ou alienadas durante o exercício são incluídos na demonstração dos resultados

desde a data da sua aquisição ou até à data da sua alienação.

Todas as transacções e saldos entre subsidiárias e entre a Empresa e subsidiárias, assim como os rendimentos e gastos

resultantes das referidas transacções são integralmente anulados no processo de consolidação. Perdas não realizadas são

também eliminadas, mas consideradas como um indicador de imparidade para o activo transferido.

Na redução dos interesses do Grupo em subsidiárias, qualquer diferença entre o justo valor da contraprestação recebida ou

a receber e a quota-parte correspondente nos activos líquidos da subsidiária é registada em resultados do exercício.

CONSOLIDAÇÃO DE ENTIDADES CONJUNTAMENTE CONTROLADAS

As participações financeiras em empresas conjuntamente controladas são incluídas nas demonstrações financeiras

consolidadas pelo método de consolidação proporcional desde a data em que o controlo conjunto foi adquirido. De

acordo com este método, os activos, passivos, rendimentos e gastos dessas empresas são integrados, nas

demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível ao Grupo .

As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas conjuntamente controladas e outras empresas

do Grupo são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

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c) ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, que compreende o preço de compra,

quaisquer custos directamente atribuíveis para colocar o activo na localização e condição necessárias para o mesmo

funcionar da forma pretendida, deduzido das correspondentes depreciações e das perdas por imparidade acumuladas, ou

ao custo considerado, no que se refere aos activos reavaliados ao abrigo da legislação fiscal no normativo anterior e ao terreno

da Indubel – Indústrias de Betão, S.A., que embora adoptando o valor de custo como critério valorimétrico dos seus activos

fixos tangíveis, nos termos da NCRF 3, passou a considerar como novo valor de custo (“deemed cost”) o justo valor do

terreno à data de transição para o SNC.

As depreciações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados, pelo método das

quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:

Anos de vida útil

Terrenos 75

Edifícios e outras construções 1 a 100

Equipamento básico 1 a 24

Equipamento de transporte 1 a 28

Equipamento administrativo 1 a 20

Outros activos fixos tangíveis 1 a 40

Existindo algum indício de que se verificou uma alteração significativa da vida útil ou da quantia residual de um activo, é

revista a depreciação desse activo de forma prospectiva para reflectir as novas expectativas.

Os dispêndios com reparações que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em melhorias significativas nos

elementos dos activos fixos tangíveis são registadas como gasto do exercício em que incorridos. Os dispêndios com

inspecção e conservação dos activos são registados como gasto.

O ganho (ou a perda) resultante da alienação ou abate de activos fixos tangíveis é determinado como a diferença entre o

preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração dos

resultados nas rubricas “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas”.

d) PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, imóveis detidos para obter rendas ou valorizações do

capital (ou ambos), não se destinando ao uso na produção, a fornecimento de bens ou serviços nem para fins

administrativos ou venda no curso ordinário dos negócios.

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A mensuração das propriedades de investimento é realizada com base no modelo do custo o que, neste caso particular

significa que se encontram registados pela soma dos custos de compra, custos de conversão e outros custos directos

incorridos, deduzido das correspondentes depreciações e perdas por imparidade acumuladas.

As depreciações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados, pelo método das

quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

Considerando o facto de os activos em causa se tratarem de edifícios/fracções de edifícios, a taxa de depreciação utilizada

tem subjacente um período de vida útil estimado de cerca de cinquenta anos.

Existindo algum indício de que se verificou uma alteração significativa da vida útil ou da quantia residual de um activo, é

revista a depreciação desse activo de forma prospectiva para reflectir as novas expectativas.

Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento em utilização nomeadamente, manutenções,

reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no exercício a que se referem. As

beneficiações ou benfeitorias em propriedades de investimento relativamente às quais existem expectativas de que irão

gerar benefícios económicos futuros adicionais são capitalizadas na rubrica de “Propriedades de investimento”.

e) CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS

As aquisições de subsidiárias e entidades conjuntamente controladas são registadas utilizando o método da compra. O

correspondente custo da concentração é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos

activos entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incorridas ou assumidas; (c) justo valor de

instrumentos de capital próprio emitidos do Grupo em troca da obtenção de controlo sobre aquelas entidades; e (d) custos

directamente atribuíveis à aquisição. O excesso do custo da concentração relativamente ao justo valor da participação do

Grupo nos activos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo da concentração for inferior ao justo valor

dos activos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida directamente na demonstração dos resultados.

Quando aplicável, o custo da concentração ou aquisição inclui o efeito de pagamentos contingentes e/ou adicionais

acordados no âmbito da transacção.

Na eventualidade da contabilização inicial de uma aquisição não estar concluída no final do exercício de relato em que a

mesma ocorreu, o Grupo relata montantes provisórios para os itens cuja contabilização não está concluída. Tais montantes

provisórios são passíveis de ajustamento durante um prazo de 12 meses a contar da data da aquisição.

Decorrente da excepção prevista na NCRF 3, a Empresa apenas adopta as disposições da NCRF 14 – Concentrações de

Actividades Empresariais às aquisições ocorridas posteriormente a 1 de Janeiro de 2009. Os valores de goodwill

correspondentes a aquisições anteriores a 1 de Janeiro de 2009 foram mantidos de acordo com os valores anteriores,

sendo sujeitos a testes de imparidade anuais desde aquela data.

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f) GOODWILL

O goodwill reconhecido no contexto de uma concentração de actividades empresariais representa um pagamento feito pelo

Grupo em antecipação de benefícios económicos futuros de activos que não sejam capazes de ser individualmente

identificados e separadamente reconhecidos. Este activo é mensurado pelo seu custo, que é o excesso do custo da

concentração de actividades empresariais acima do interesse do Grupo no justo valor dos activos, passivos e passivos

contingentes identificáveis, deduzido de quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

Anualmente é efectuada uma análise quanto à imparidade do goodwill adquiridos numa concentração de actividades

empresariais. Sempre que o valor pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é

reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “'Imparidade de

investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)”. As perdas por imparidade de goodwill não são passíveis

de reversão.

g) ACTIVOS INTANGÍVEIS

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes amortizações e perdas

por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados, pelo método das

quotas constantes em conformidade com um período de vida útil estimado de três anos. Não é considerada qualquer quantia

residual, pelo facto de a mesma ser considerada irrelevante.

Se existir algum indício de que se verificou uma alteração significativa da vida útil ou da quantia residual de um activo, é

revista a amortização desse activo de forma prospectiva, para reflectir as novas expectativas.

h) IMPARIDADE DE ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS, INTANGÍVEIS E PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

À data de cada relato, e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o

montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável, é efectuada uma avaliação de imparidade dos

activos fixos tangíveis, activos intangíveis e propriedades de investimento.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante

que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos

custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são

esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é

estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa mais

pequena à qual o activo pertence.

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Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma

perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “'Imparidade de investimentos

depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)”, ou em outra rubrica, caso a mesma respeite a activos não depreciáveis.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui que as perdas

por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é

reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica supra referida. A reversão da perda por imparidade é efectuada até

ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se

tivesse registado em exercícios anteriores.

i) LOCAÇÕES

A classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos contratos em causa e não

da sua forma.

Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras se através deles forem transferidos

substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo ou como (ii) locações operacionais se através

deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo.

Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades são

contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo é registado no activo, a correspondente

responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização/depreciação do activo,

calculada conforme descrito acima, são registados como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que

respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas referentes a bens adquiridos neste regime são

reconhecidas como gasto na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam, numa base linear.

j) PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

A rubrica “Participações financeiras - método da equivalência patrimonial” inclui os investimentos nos quais o Grupo tem uma

influência significativa.

As participações financeiras acima descritas, são registadas pelo método da equivalência patrimonial, ou seja, são

inicialmente reconhecidas pelo seu custo e a quantia escriturada é aumentada ou diminuída para reconhecer a parte do

Grupo nos resultados e noutras variações dos capitais próprios da participada depois da data de aquisição. A parte do Grupo

nos resultados da participada é reconhecida na demonstração dos resultados do Grupo e quaisquer dividendos recebidos

são reconhecidos como uma redução do valor escriturado do investimento.

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Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados das participadas, entidades conjuntamente controlada ou

associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é relatado por valor nulo, excepto

quando a Empresa tenha assumido compromissos de cobertura de prejuízos da participada, casos em que as perdas

adicionais determinam o reconhecimento de uma provisão. Se posteriormente a participada relatar lucros, o Grupo retoma o

reconhecimento da sua quota-parte nesses lucros somente após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não

reconhecidas.

A rubrica “participações financeiras – empréstimos concedidos” diz respeito a prestações acessórias, realizadas após

deliberação da Assembleia Geral da participada, e são relevadas ao custo subtraído de qualquer perda por imparidade

acumulada.

A rubrica “participações financeiras - outros métodos” inclui os investimentos numa participada na qual o Grupo não exerce

controlo nem influência significativa. Esta participação financeira é relevada ao custo, deduzido de qualquer perda por

imparidade acumulada. Os dividendos são reconhecidos quando se estabelece o direito ao respectivo recebimento por

parte da Empresa, e são relevados em “juros e rendimentos similares obtidos”.

É feita uma avaliação das participações financeiras quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade,

sendo registadas como gastos na demonstração dos resultados, as perdas por imparidade que se demonstre existir.

k) INVENTÁRIOS

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo e mercadorias são valorizadas ao custo de aquisição, compreendendo a

soma do preço de compra com os gastos suportados directa ou indirectamente necessários para os colocar no seu estado

actual, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao custo de produção, que inclui o

custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado.

Durante o exercício foi utilizado, como método de custeio dos inventários, o custo médio ponderado apurado na data da

incorporação das matérias-primas para a produção/venda dos produtos acabados/mercadorias.

Anualmente é efectuada uma avaliação da recuperabilidade do custo dos inventários comparando o valor escriturado com a

melhor estimativa do valor realizável líquido. Sempre que, à data da avaliação, o valor realizável líquido seja inferior ao

valor escriturado é reconhecida uma perda por imparidade e o inerente gasto no exercício em que a necessidade de

ajustamento ocorra.

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l) INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os activos financeiros e passivos financeiros são mensurados ao custo ou ao custo amortizado deduzido de eventuais

perdas por imparidade acumuladas (no caso de activos financeiros), quando:

Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; e

Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e

Não sejam ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.

O custo amortizado corresponde ao valor pelo qual um activo financeiro ou passivo financeiro é mensurado no

reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa, usando o método da

taxa de juro efectiva. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados

no valor líquido contabilístico do activo financeiro ou passivo financeiro.

Os activos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:

Accionistas e outras empresas do grupo;

Clientes;

Outras contas a receber;

Caixa e seus equivalentes;

Financiamentos obtidos;

Fornecedores;

Outras contas a pagar.

ACCIONISTAS E OUTRAS EMPRESAS DO GRUPO

As contas a receber/a pagar de/a accionistas e outras empresas do grupo são registadas pelo seu valor nominal dado

que, com excepção dos suprimentos obtidos/concedidos, não vencem juros e o efeito do desconto é considerado

imaterial.

Os suprimentos, que não têm um prazo de reembolso definido, são remunerados de acordo com as condições normais

de mercado para operações similares, sendo os juros a liquidar/a receber reconhecidos nas outras contas a pagar/a

receber seguindo o princípio do acréscimo.

CLIENTES

A maioria das vendas é realizada em condições normais de crédito, e os correspondentes saldos de clientes não

incluem juros debitados ao cliente. Quando o crédito apresenta um prazo superior ao das condições normais de

crédito, as contas de clientes são mensuradas ao custo amortizado utilizando o método do juro efectivo.

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No final de cada exercício são analisadas as contas de clientes de forma a avaliar se existe alguma evidência objectiva de

que não são recuperáveis. Se assim for é de imediato reconhecida a respectiva perda por imparidade. As perdas por

imparidade são registadas em sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável,

que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, o Grupo tem em consideração

informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como

informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.

OUTRAS CONTAS A RECEBER

As outras contas a receber são registadas pelo seu valor nominal dado que não vencem juros e o efeito do desconto é

considerado imaterial.

No final de cada exercício são também analisadas as outras contas a receber, de forma a avaliar se existe alguma evidência

objectiva de que não são recuperáveis, procedendo-se da mesma forma que o referido para os clientes.

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

A rubrica de caixa e seus equivalentes inclui valores de caixa, depósitos à ordem, e que possam ser imediatamente

mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.

FINANCIAMENTOS OBTIDOS

Os financiamentos obtidos, utilizando uma das opções da NCRF 27, são registados no passivo pelo seu valor nominal. Uma

vez que o peso do comissionamento cobrado é pouco significativo, a diferença entre o valor das comissões pagas e o efeito

da aplicação do custo amortizado é considerado imaterial.

FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR

As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não vencem juros e o efeito

do desconto é considerado imaterial.

INSTRUMENTOS FINANCEIROS EXPRESSOS EM MOEDA ESTRANGEIRA

Os instrumentos financeiros que, à data do balanço, se encontravam expressos em moeda estrangeira foram convertidos para

Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes nessa data, publicadas por uma instituição financeira. As diferenças de

câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio, são registadas como

rendimento/gasto na demonstração dos resultados do exercício em que ocorram.

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IMPARIDADE DE ACTIVOS FINANCEIROS

Os activos financeiros classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de imparidade em

cada data de relato. Tais activos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objectiva de que,

em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros

estimados são afectados negativamente.

Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença

entre o valor líquido contabilístico do activo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à

respectiva taxa de juro efectiva original.

Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre o

valor líquido contabilístico do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo.

As perdas por imparidade são registadas em resultados no exercício em que são determinadas.

Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminuir e tal diminuição puder ser objectivamente relacionada

com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão

deve ser efectuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido

inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados na rubrica “Reversões de perdas por

imparidade”.

DESRECONHECIMENTO DE ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

O Grupo desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando

transfere para outra entidade os activos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos

mesmos. São desreconhecidos os activos financeiros transferidos relativamente aos quais o Grupo reteve alguns riscos e

benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.

O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

m) RÉDITO

O rédito é reconhecido líquido de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do

montante recebido ou a receber.

CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO

Quando o desfecho de um contrato de construção puder ser fiavelmente estimado, o rédito e os custos associados ao

contrato de construção são reconhecidos como rédito e gastos respectivamente com referência à fase de acabamento da

actividade do contrato à data do balanço. Considera-se que o desfecho de um contrato pode ser fiavelmente estimado

sempre que: (i) o rédito do mesmo pode ser mensurado fiavelmente; (ii) que é provável que os benefícios económicos

associados ao contrato fluirão para o Grupo; (iii) que tanto os custos para a conclusão e a fase de acabamento podem ser

fiavelmente mensurados e; (iv) os custos atribuíveis ao contrato podem ser claramente identificados e mensurados.

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A fase de acabamento é, neste contexto, definida como a proporção em que os custos incorridos no trabalho executado

estejam para os custos estimados totais.

Utilizando este método, o rédito do contrato é reconhecido como rédito na demonstração consolidada dos resultados nos

períodos contabilísticos em que o trabalho é efectivamente executado.

ACTIVIDADE IMOBILIÁRIA

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido quando: (i) são transferidos para o comprador os riscos e

vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau

geralmente associado com a posse ou o controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser

fiavelmente mensurada, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam para o

Grupo e; (v) os custos incorridos, ou a serem incorridos, referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados.

O Conselho de Administração considera que as condições, atrás referidas, estão reunidas no acto da escritura, momento em

que a totalidade do rédito é reconhecido nas demonstrações financeiras.

ACTIVIDADE TURÍSTICA

Quando o desfecho de um contrato de prestação de serviços puder ser fiavelmente estimado o rédito associado ao mesmo é

reconhecido, com referência à fase de acabamento da transacção à data de balanço. Considera-se que o desfecho de um

contrato pode ser fiavelmente estimado sempre que: (i) o rédito do mesmo pode ser mensurado fiavelmente; (ii) que é

provável que os benefícios económicos associados ao contrato fluirão para a empresa; (iii) que tanto os custos para a

conclusão e a fase de acabamento podem ser fiavelmente mensurados e; (iv) os custos atribuíveis ao contrato podem ser

claramente identificados e mensurados.

A fase de acabamento é, neste contexto, definida como a proporção de tempo decorrido face o período total definido

contratualmente.

A fase de acabamento é determinada como a proporção do tempo decorrido face ao período total contratado para a

amarração da embarcação na marina ou ao período total contratado para a estadia no hotel, conforme aplicável, garantindo

que os réditos relativos à prestação de serviço são reconhecidos no período do contrato de amarração/estadia. Já a fase de

acabamento das anuidades recebidas no contexto da actividade golfista é determinada como a proporção do tempo

decorrido face ao período total coberto pela mesma, garantindo que os réditos relativos a este serviço são reconhecidos de

forma sistemática durante o período contratado.

Utilizando este método, o rédito do contrato é reconhecido como rédito na demonstração dos resultados nos exercícios

contabilísticos em que o serviço é efectivamente prestado.

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n) TRABALHOS PARA A PRÓPRIA ENTIDADE

O Conselho de Administração do Grupo efectua uma análise de todos os gastos industriais variáveis e fixos,

necessariamente suportados na construção de vários activos que serão, com um elevado grau de certeza, utilizados na

operação do Grupo, com o propósito último de gerar benefícios económicos futuros. Estes tipos de gastos são, por via

dos trabalhos para a própria entidade, capitalizados em activos fixos tangíveis.

o) OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS

Os outros rendimentos e são reconhecidos, com referência à fase de acabamento da transacção à data de balanço, quando

o seu desfecho puder ser estimado com fiabilidade, o que implica que: (i) o rédito pode ser mensurado com fiabilidade; (ii) for

provável que os benefícios económicos associados à transacção fluam para o Grupo; (iii) a fase de acabamento da

transacção possa ser mensurada com fiabilidade; e (iv) os custos incorridos com a transacção e os custos para a concluir

possam ser mensurados com fiabilidade.

A fase de acabamento é, neste contexto, definida como a proporção em que os custos incorridos na realização da prestação

de serviço estejam para os custos estimados totais.

p) JUROS DE FINANCIAMENTOS CONCEDIDOS

Os juros recebidos/a receber pelo Grupo só são reconhecidos na demonstração dos resultados quando for provável que

os benefícios económicos associados à transacção fluam para o Grupo e que a quantia do rédito associado

possa ser mensurado com fiabilidade. Garantidas as condições de reconhecimento estes são registados

utilizando o método do juro efectivo.

q) CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Os custos com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto na demonstração dos resultados do exercício de acordo

com o pressuposto do acréscimo, excepto quando sejam directamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de

activos.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de

activos que levem necessariamente um período substancial de tempo para ficarem prontos para o seu uso pretendido ou

para venda são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da

preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão

disponíveis para utilização, no final da construção do activo, ou quando o projecto em causa se encontra suspenso.

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r) IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O gasto relativo a “Imposto sobre o rendimento do exercício” representa a soma do imposto corrente e do imposto

diferido.

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis do Grupo de acordo com as regras

fiscais em vigor, enquanto o imposto diferido resulta das diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para

efeitos de relato contabilístico (quantia escriturada) e os respectivos montantes para efeitos de tributação (base fiscal).

Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em

vigor ou anunciadas para vigorar à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais

futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que

compensem as diferenças temporárias dedutíveis no exercício da sua reversão. No final de cada exercício é efectuada uma

revisão desses activos por impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização

futura.

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, excepto se resultarem de valores

registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

s) INTEGRAÇÃO DE SUCURSAIS

As demonstrações financeiras das sucursais com que a empresa do Grupo MSF Engenharia, S.A. desenvolve a sua

actividade na Polónia, Cabo-Verde, Senegal, Guiné Equatorial e Gana, foram integradas nas respectivas rubricas do

balanço e das demonstrações dos resultados, após terem sido anulados os saldos e transacções ocorridas no

exercício entre a sede e as suas sucursais. Na preparação das contas das sucursais foram, fundamentalmente,

utilizadas as mesmas políticas contabilísticas que as utilizadas para a operação realizada em território nacional.

Sempre que o normativo local divirja do normativo em vigor em Portugal são feitos os adequados ajustamentos para

que seja garantida a uniformidade de políticas contabilísticas para transacções e acontecimentos idênticos em

circunstâncias semelhantes.

Sempre que a moeda funcional da sucursal diverge da moeda de relato do Grupo é realizado o seguinte processo de

transposição: (i) os activos e passivos de cada balanço apresentado são transpostos à taxa de câmbio em vigor na

data desse balanço; (iii) os rendimentos e gastos de cada demonstração dos resultados são transpostos, por razões

práticas, à taxa média do exercício em que as transacções ocorram; (iii) as diferenças de câmbio daqui resultantes

são reconhecidas numa componente separada de capital próprio na conta de “Outras variações no capital próprio”.

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Assim, foram utilizadas as seguintes taxas de câmbio para converter, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, para

Euros as demonstrações financeiras das sucursais:

31.12.2011 31.12.2010

Taxa média

Taxa de fecho

Taxa média

Taxa de fecho

PLN (Polónia)

4,14 4,46 4,35 4,10

CVE (Cabo Verde)

110,26 110,26 110,26 110,26

XOF (Senegal)

655,96 655,96 655,96 655,96

XAF (Guiné)

655,96 655,96 655,96 655,96

Cedis (Gana)

2,18 2,13 2,00 2,06

t) PROVISÕES

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tenha uma obrigação presente (legal ou

construtiva) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de

recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. O montante reconhecido das provisões consiste o

valor presente da melhor estimativa, na data da balanço, dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é

determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

As provisões são revistas na data de cada balanço e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

u) INSTRUMENTOS DERIVADOS E CONTABILIDADE DE COBERTURA

O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros, unicamente como forma de garantir a

cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação. À data do balanço

estão detidos instrumentos derivados para cobrir os seguintes riscos: (i) risco de taxa de juro de instrumentos de dívida

mensurados ao custo amortizado; (ii) risco de taxa de câmbio numa transacção de elevada probabilidade futura.

Quando as condições para adoptar a contabilização de cobertura se verificam, o instrumento derivado é inicialmente

reconhecido pelo seu justo valor e as suas alterações reconhecidas directamente em capital próprio. O ganho ou perda

reconhecido no capital próprio deve ser reclassificado de capital próprio para a demonstração dos resultados quando o item

coberto seja reconhecido na demonstração dos resultados. A contabilização de cobertura dos instrumentos derivados é

descontinuada sempre que o instrumento de cobertura expirar, for vendido ou termine ou se a cobertura deixe de satisfazer as

condições para a contabilização de cobertura. No que se refere aos derivados contratados no âmbito dos contratos de

concessão, o Grupo considera que o seu reconhecimento seria contrário à substância económica que presidiu à sua

contratação e aos modelos financeiros correspondentes, pelo que não foram reconhecidos contabilisticamente.

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Um instrumento financeiro derivado com um justo valor positivo é reconhecido como um activo financeiro, sendo que se

apresentar um justo valor negativo é reconhecido como um passivo financeiro.

Um instrumento financeiro derivado é apresentado como não corrente se a sua maturidade remanescente for superior a 12

meses e não for expectável a sua realização ou liquidação no prazo de 12 meses.

v) ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS

O Grupo regista os seus gastos e rendimentos no exercício a que dizem respeito, de acordo com o regime contabilístico do

acréscimo, independentemente do momento em que são contabilizados ou recebidos os documentos de suporte. Os gastos

e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Os gastos e rendimentos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios

futuros são registados em outras contas a pagar por acréscimos de gastos e outras contas a receber por acréscimo de

rendimentos, respectivamente. As despesas e receitas que já ocorreram, mas que respeitam a exercícios futuros e que

serão imputados aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde, são registados nas

rubricas de diferimentos.

x) ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência somente será

confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, mas são objecto de

divulgação quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

Os passivos contingentes são definidos como: (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja

existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não

totalmente sob o controlo do Grupo; ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não

são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário

para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não possa ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os mesmos objectos

de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota,

caso este em que não são sequer objecto de divulgação.

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y) JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS

Na preparação das demonstrações financeiras, o Grupo adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e

passivos, rendimentos e gastos relatados. Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de

Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações

financeiras, dos eventos e transacções em curso.

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras incluem: (i) vidas úteis e valores

residuais dos activos fixos tangíveis, intangíveis e propriedades de investimento; (ii) análises de imparidade,

nomeadamente de activos fixos tangíveis, activos intangíveis, propriedades de investimento, participações financeiras,

goodwill, inventários e contas a receber; (iii) registo de provisões; (iv) reconhecimento de activos por impostos diferidos; e

(v) rendimentos e gastos estimados das obras para efeitos do reconhecimento dos resultados das mesmas, tendo em

consideração a percentagem de acabamento.

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das

demonstrações financeiras e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou

correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em exercícios subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram

consideradas nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das

demonstrações financeiras, serão corrigidas na demonstração dos resultados de forma prospectiva.

De salientar, que a estimativa de custos e proveitos das obras é muito complexa e envolve um grande número de

variáveis, parte das quais fora do controlo do Grupo.

z) ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO

Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do

balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem

informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem

considerados materiais.

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4. FLUXOS DE CAIXA

O saldo apresentado como caixa e depósitos bancários, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, pode detalhar-se da seguinte

forma:

Quantias

disponíveis para

uso

Quantias

indisponíveis

para uso

Totais

Quantias

disponíveis para

uso

Quantias

indisponíveis

para uso

Totais

Caixa

Numerário 201.022 201.022 191.271 191.271

Sub-total 201.022 201.022 191.271 191.271

Depósitos bancários

Depósitos à ordem 21.505.487 21.505.487 6.256.088 6.256.088

Depósitos a prazo 10.760.548 10.760.548 19.609.167 19.609.167

Sub-total 32.266.035 32.266.035 25.865.255 25.865.255

Total de caixa e seus equivalentes 32.467.057 32.467.057 26.056.526 26.056.526

Descritivo

31.12.2011 31.12.2010

5. PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

As entidades que constituem o perímetro de consolidação do Grupo MSF, e a informação sobre as suas sedes sociais,

método de consolidação utilizado e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, são como segue:

Empresa Sede Social

2011

% Efectiva de

Participação

2010

% Efectiva de

Participação

Método de

consolidação

MSF SGPS, S.A.

Empresa Mãe Empresa Mãe Empresa Mãe

MSF Engenharia, S.A. Lisboa 100,00% 100,00% Integral

Neocivil - Construções do Algarve, S.A. Lagos 100,00% 100,00% Integral

MSF Engenharia Angola, Lda. Luanda 100,00% 100,00% Integral

MSF Polska, SP Zoo Varsóvia 100,00% 100,00% Integral

MSF Bulgária, Ltd Sófia 100,00% 100,00% Integral

MSF Empreiteiros Cabo Verde, S.A. Mindelo 100,00% 100,00% Integral

Indubel - Indústrias de Betão, S.A. Lisboa 49,99(9)% 49,99(9)% Proporcional

Infratúnel, ACE Porto 45,00% 45,00% Proporcional

LOC Litoral Oeste Construtores, ACE Lisboa 37,50% 37,50% Proporcional

Barragem de Foz Tua, ACE Linda - a - Velha 33,33% (a) Proporcional

ZMT - Zagope/MSF/Tâmega, ACE. Lisboa 29,00% 29,00% Proporcional

ZTM - Zagope, Tâmega/MSF, ACE Lisboa 28,00% 28,00% Proporcional

Venda Nova III, ACE. Lisboa 28,34% 28,34% Proporcional

Aeroestações, ACE. Lisboa 26,50% 26,50% Proporcional

Obras Civis L.N.2.1., ACE Paço de Arcos 27,50% 27,50% Proporcional

LACE - Litoral Atlântico Construtores, ACE Outeiro do Louriçal 25,00% 25,00% Proporcional

LMNS Atlântico, ACE Lisboa 25,00% 25,00% Proporcional

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Empresa Sede Social

2011

% Efectiva de

Participação

2010

% Efectiva de

Participação

Método de

consolidação

Interpaço, ACE Lisboa 24,50% 24,50% Proporcional

Aerómetro, ACE Lisboa 22,00% 22,00% Proporcional

Conbate, ACE Oeiras 17,50% 17,50% Proporcional

TACE, ACE Lisboa 16,67% 16,67% Proporcional

Acmetro, ACE Lisboa 16,27% 16,27% Proporcional

NHBraga, ACE Porto 12,50% 12,50% Proporcional

NHXira, ACE Sintra 12,50%(a) Proporcional

Nova Estrada, ACE Amadora 10,76% 10,76% Proporcional

MSF TUR. IM. SGPS, S,A, Lisboa 87,49975% 87,49975% Integral

Marlagos – Iniciativas Turísticas, S.A. Lagos 87,49975% 87,49975% Integral

MSF Activos Imobiliários, S.A. Lisboa 87,49975% 87,49975% Integral

Ceramitur, Sociedade Turística da Fábrica da Cerâmica, S.A. Lagos 87,49975% 87,49975% Integral

Royal Óbidos, Promoção e Gestão Imobiliária e Turística, S.A. Óbidos 87,49975% 87,49975% Integral

MSF Condomínios, S.A. Lagos 87,49975%(b) 87,49975% MEP

MSF TUR. IM. Cabo Verde, S.A. Mindelo 87,49975% 87,49975% Integral

MSF/Lena SGPS, S.A. Lisboa 43,74988% 43,74988% Proporcional

CNALGÉS – Centro Náutico, S.A. Lisboa 43,74988% (a) Proporcional

MSF Concessões, S.G.P.S., S.A. Lisboa 100,00% 100,00% Integral

MSF Oeste, S.G.P.S., S.A. Lisboa 100,00% 100,00% Integral

Neofutur – Promoção e Conservação de Imóveis, S.A. Lagos 51,00% 51,00% Proporcional

AEO – Auto Estradas do Oeste, S.A. Torres Vedras 50,00% 50,00% MEP

TDM – Túnel do Marão Operadora, S.A. Porto 45,00% 45,00% MEP

AEM – Auto Estradas do Marão, S.A. Porto 45,00% 45,00% MEP

SMLN Concessões Rodoviárias, S.A. Torres Vedras 25,00% 25,00% MEP

Geira, S.A. Torres Vedras 12,50% 12,50% MEP

CDP-SI, S.A. Lisboa 100,00% 100,00% Integral

(a) Entidades conjuntamente controladas constituídas durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

(b) Empresa liquidada no decorrer do exercício de 2011.

As empresas referidas foram incluídas no perímetro de consolidação da MSF S.G.P.S., S.A. na medida em que esta

entidade detém pelo menos 20% dos direitos de voto tendo a capacidade, quer por via da participação directa quer por

participação indirecta, de influenciar as decisões de gestão das sociedades acima referidas cumprindo, por isso, o disposto

no nº1 do art. 6º do Decreto-Lei 158/2009. Os empreendimentos conjuntos (ACE’s), a Indubel – Indústrias de Betão, S.A. e

a Neofutur são consolidados proporcionalmente, de acordo com o disposto parágrafo 30 da Norma de Contabilidade e

Relato Financeiro nº 13 – Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas. Apesar do Grupo

manter uma participação no capital da Neofutur – Promoção e Conservação de Imóveis, S.A. acima dos 50%, esta empresa

é consolidada proporcionalmente, na medida em que está contratualmente definido que o controlo é, independentemente

da estrutura de capital, conjunto com o outro accionista.

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De referir ainda que a Auto-Estradas do Oeste detém 50% da Auto-Estradas do Atlântico, S.A. e 65% da AELO – Auto-

Estradas do Litoral Oeste, S.A..

As participadas abaixo não foram incluídas no perímetro de consolidação pelo facto de a Empresa não as controlar ou

exercer influência significativa, estando registadas ao custo de aquisição, deduzido de perdas por imparidade:

Empresa Sede Social 2011

% de Participação

2010

% de Participação

Trakia Motorway AD Sófia 21,00% 21,00%

ABT – Auto Estradas do Baixo Tejo, S.A. Carnaxide 7,87498% 7,87498%

Asterion, ACE Lisboa 4,00% 4,00%

BIG – Banco de Investimento Global, S.A. Lisboa 1,26% 2,5%

Onetier Partners, S.G.P.S., S.A. Lisboa 15,60% 15,60%

6. VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS

As vendas e serviços prestados, realizados durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, podem ser

apresentados, por localização geográfica, da seguinte forma:

Vendas Serviços prestados Total Vendas Serviços prestados Total

Portugal 7.104.196 295.955.241 303.059.437 2.361.673 277.666.280 280.027.953

Polónia 2.213 28.307.420 28.309.633 2.518 22.361.733 22.364.251

Guiné Equatorial 16.099.456 16.099.456 1.060 25.356.977 25.358.037

Gana 1.842 59.770.162 59.772.004 585 16.512.969 16.513.554

Senegal 701 37.079.846 37.080.547 1.235 18.370.769 18.372.004

Angola 1.330 19.549.534 19.550.864 1.886 41.189.177 41.191.063

Cabo Verde 402 44.981.181 44.981.583 8.947 21.119.931 21.128.878

Totais 7.110.684 501.742.840 508.853.524 2.377.904 422.577.836 424.955.740

Descritivo31.12.2011 31.12.2010

As vendas e serviços prestados, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, podem ser

apresentados, por segmentos de negócio, da seguinte forma:

Vendas Serviços prestados Total Vendas Serviços prestados Total

Construção 1.158.017 496.749.107 497.907.124 415.455.653 415.455.653

Turismo e imobiliário 5.901.458 3.764.811 9.666.269 2.154.360 5.811.814 7.966.174

Consultoria informática 51.209 244.783 295.992 223.544 295.458 519.002

Concessões 984.139 984.139 982.910 982.910

Outros serviços 32.001 32.001

Totais 7.110.684 501.742.840 508.853.524 2.377.904 422.577.836 424.955.740

Descritivo31.12.2011 31.12.2010

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7. SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO

As quantias atribuídas ao Grupo a título de subsídios, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010,

podem apresentar-se da seguinte forma:

Descritivo 31.12.2011 31.12.2010

Programa de estagiários profissionais 15.561 16.500

Totais 15.561 16.500

O programa acima referido caracteriza-se por estágios profissionais de 9 meses, para pessoas até aos 30 anos (inclusivé),

com curso profissional ao nível de 12º ano ou licenciatura, bem como pessoas desempregadas à procura de novo emprego,

com idade superior aos 30 anos e qualificações diversas, tendo em vista a sua inserção ou reconversão profissional.

8. GANHOS/(PERDAS) IMPUTADOS DE SUBSIDIÁRIAS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS

CONJUNTOS

Os ganhos/(perdas) imputados de participadas, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, podem

ser apresentadas da seguinte forma:

31.12.2011 31.12.2010

Método da equivalência patrimonial:

MSF - Condomínios, S.A. (Nota 27) 60.212 60.212

AEO - Auto Estradas do Oeste, S.A. (Nota 27) 434.371 434.371 1.726.617 1.726.617

TDM - Túnel do Marão Operadora, S.A. (Nota 27) 12.299 12.299 2.058 -2.058

AEM - Auto Estradas do Marão, S.A. (Nota 27) 36.798 36.798 27.306 27.306

Asterion, A.C.E. (Nota 27) 24.229 -24.229

SMLN – Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A. (Nota 27) 2.036.445 -2.036.445 1.791.718 -1.791.718

Geira, S.A. (Nota 27) 3.337 -3.337 8.264 8.264

Sub-totais 543.680 2.039.782 -1.496.102 1.762.187 1.818.005 -55.818

Outros métodos

B.I.G., S.A. (Nota 27) (a) 38.651 38.651 284.602 284.602

AEBT – Auto Estradas do Baixo Tejo, S.A. (Nota 27) 279.563 -279.563

Totais 582.331 2.319.345 -1.737.014 2.046.789 1.818.005 228.784

Total Descritivo Ganhos

imputados

Perdas

imputadas

Ganhos

imputados

Perdas

imputadasTotal

(a) A participação no B.I.G., S.A. está valorizada ao custo de aquisição, pelo que este montante respeita a

dividendos recebidos.

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9. VARIAÇÃO NOS INVENTÁRIOS DA PRODUÇÃO

As demonstrações da variação nos inventários da produção, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e

2010, podem ser apresentadas da seguinte forma:

31.12.2011 31.12.2010

Inventários no começo do exercício (Nota 31) - 24.525.746 13.163.643 37.689.389 24.632.762 5.707.798 30.340.560

Alterações de critério valorimétrico +/- -9.318.774 -9.318.774

Alterações no perímetro de consolidação +/- -4.217.881 -4.217.881

Regularizações +/- 30.740 30.740 5 435 440

Reclassificações +/- -360.497 -360.497

Inventários no fim do exercício (Nota 31) + 24.037.957 30.974.784 55.012.741 24.525.746 13.163.644 37.689.390

Variação nos inventáriosda produção = -457.049 8.492.367 8.035.318 -107.011 2.877.902 2.770.891

Produtos e

trabalhos em

curso

Totais Descritivo Produtos acabados

e intermédios

Produtos e trabalhos

em cursoTotais

Produtos acabados

e intermédios

10. TRABALHOS PARA A PRÓPRIA ENTIDADE

Os trabalhos para a própria entidade, realizados nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, podem

apresentar-se da seguinte forma:

Descritivo31.12.2011

(Nota 23)

31.12.2010

(Nota 23)

Desenvolvimento turístico no empreendimento "Royal Óbidos SPA & Golf, Resort 8.519.689 9.900.148

Desenvolvimento imobiliário realizado nas Natura Towers 3.268.739

Expansão da área fabril e área de armazenagem de produtos pré-fabricados em betão 188.948 622.787

Execução de trabalhos de construção civil 31.190

Grande reparação 971

Desenvolvimento de software 36.119

Totais 8.739.827 13.828.764

11. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas, reconhecidas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de

2011 e 2010, pode ser apresentado da seguinte forma:

31.12.2011 31.12.2010

Inventários no início do exercício (Nota 31) + 730.492 7.315.750 8.046.242 499.016 8.269.843 8.768.859

Compras + 920.886 114.233.811 115.154.697 1.211.166 64.691.787 65.902.953

Regularizações diversas +/- -42.698 -42.698

Inventários no fim do exercício (Nota 31) - 771.744 12.376.358 13.148.102 730.492 7.315.750 8.046.242

Custo das mercadorias vendidas e das matérias

consumidas= 879.634 109.173.203 110.052.837 936.992 65.645.880 66.582.872

Mercadorias

Matérias-primas,

subsidiárias e de

consumo

Totais Mercadorias

Matérias-primas,

subsidiárias e de

consumo

Totais Descritivo

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12. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Os gastos incorridos com fornecimentos e serviços externos, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010,

podem apresentar-se da seguinte forma:

Descritivo 31.12.2011 31.12.2010

Subcontratos (a) 268.390.911 226.105.837

Trabalhos especializados 9.607.930 31.159.595

Deslocações e estadas 4.036.039 3.852.157

Licenças camarárias (b) 3.759.273

Combustíveis 8.205.225 1.851.695

Rendas e alugueres 4.281.682 1.154.693

Electricidade 732.111 858.890

Transportes de mercadorias 931.744 786.423

Conservação e reparação 6.124.421 464.187

Material de escritório 150.519 387.234

Honorários 570.902 279.996

Condomínios 219.533 234.842

Limpeza, higiene e conforto 338.464 174.845

Vigilância e segurança 696.754 173.792

Comunicação 413.759 136.825

Água 131.186 128.043

Seguros 913.270 124.271

Publicidade e propaganda 135.171 105.952

Outros Fluídos 55.800 63.906

Comissões 79.078 61.224

Contencioso e notariado 250.367 42.979

Portagens e estacionamentos 255.507 42.544

Despesas de representação 45.085 22.239

Artigos para oferta 20.646

Ferramentas e utensílios 159.202 2.080

Livros e documentação técnica 33.075 841

Diversos 2.371.104 5.942.424

Totais 309.128.839 277.937.433

(a) O aumento que se verificou na rubrica “Subcontratos” decorre do aumento da actividade das empresas do Grupo, que

se verificou no decorrer do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

(b) A variação verificada na rubrica “Licenças camarárias” decorre de uma alteração de classificação dos gastos desta

natureza, que agora estão apresentados em “Outros gastos e perdas” (Nota 18).

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23

13. GASTOS COM PESSOAL

Os gastos com o pessoal, incorridos durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, podem ser

apresentados da seguinte forma:

Descritivo 31.12.2011 31.12.2010

Remunerações dos órgãos sociais 3.127.601 4.085.945

Remunerações do pessoal 43.328.303 38.485.111

Encargos sobre remunerações 5.811.535 7.421.003

Seguros de acidentes no trabalho e doenças profissionais 515.113 567.659

Gastos de acção social 44.196 93.224

Outros gastos com pessoal 5.894.702 6.079.704

Totais 58.721.451 56.732.646

Os outros gastos com pessoal são, essencialmente, referentes ao pagamento de horas extraordinárias e suplementares,

prémios e incentivos e à especialização dos gastos com férias, subsídio de férias e respectivos encargos.

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o número de colaboradores ao serviço do Grupo, por

nível de qualificação pode ser apresentado da seguinte forma:

31.12.2011 31.12.2010 2011 2010

Quadros superiores 161 162 158 164

Quadros médios 146 148 97 155

Quadros intermédios 367 753 402 755

Profissionais altamente qualificados 1.139 717 1.052 812

Profissionais semi qualificados 1.576 537 1.411 698

Profissionais não qualificados 415 183 454 268

Totais 3.804 2.500 3.574 2.852

Níveis de qualificação

Média

14. IMPARIDADE DE DÍVIDAS A RECEBER

As perdas ou reversões por imparidade, registadas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010,

relativos a dívidas a receber, podem ser apresentados da seguinte forma:

31.12.2011 31.12.2010

Reforço Reversão Totais Reforço Reversão Totais

Imparidade para dividas de clientes (Nota 32) 60.340 384.566 -324.226 104.500 16.330 88.170

Imparidade para dividas de outros devedores (Nota 30) 712.828 40.097 672.731 414.141 19.213 394.928

Totais 773.168 424.663 348.505 518.641 35.543 483.098

 Descritivo

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15. IMPARIDADE DE INVESTIMENTOS NÃO DEPRECIÁVEIS

A rubrica de “Imparidade de investimentos não depreciáveis”, reconhecida nos exercícios findos em 31 de Dezembro de

2011 e 2010, pode ser apresentada da seguinte forma:

 Descritivo Reforço Reversão Totais Reforço Reversão Totais

Perdas por imparidade de goodwill (Nota 25) 762.428 762.428

Perdas por imparidade em participações financeiras 125.000 125.000 200.000 200.000

Totais 887.428 887.428 200.000 200.000

31.12.2011 31.12.2010

O reforço da perda por imparidade reconhecido na rubrica “Participações financeiras”, no exercício findo em 31 de

Dezembro de 2011, ocorreu no contexto de desvalorização do valor unitário por acção da ONETIER PARTNERS, S.G.P.S.,

S.A..

Com a alienação do lote 14 ao lote 45 do empreendimento Royal Óbidos, Spa&Golf Resort considerou o Conselho de

Administração da Empresa que estava realizado o facto gerador do goodwill, pelo que este foi desreconhecido com o

registo de uma perda por imparidade.

16. VARIAÇÕES DE JUSTO VALOR

A rubrica “Aumentos/reduções de justo valor” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 espelha a evolução do justo

valor do instrumento derivado contratado para cobrir o risco de taxa de juro, que não cumprindo os requisitos de cobertura

definidos na NCRF27 – Instrumentos Financeiros, vê reconhecido nos resultados consolidados do exercício a variação do

seu justo valor. A variação positiva apresentada decorre dos pagamentos realizados ao banco ao longo do exercício,

materializando a redução de justo valor apresentada no exercício findo a 31 de Dezembro de 2010, que tornam o justo valor

do instrumento progressivamente menos negativo até ao momento em que este instrumento de cobertura expirou.

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17. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS

Os outros rendimentos e ganhos obtidos durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 podem

apresentar-se da seguinte forma:

Descritivo 31.12.2011 31.12.2010

Alienação de participações financeiras (Nota 43) 839.405 1.837.853

Outros rendimentos suplementares 5.281.783 1.410.981

Diferenças de câmbio apuradas 206.333 439.161

Facturação dos custos de gestão e concursos de concessões a terceiros 429.700 406.800

Redébito de água, luz e comunicações das lojas arrendadas 13.835 119.121

Alienação de activos fixos tangíveis 80.550 62.162

Descontos de pronto pagamento obtidos 19.839 31.211

Crédito de imposto SIFIDE 21.062

Correcções relativas a exercícios anteriores 139.467 30.890

Excesso de estimativa para impostos 90.890

Subsídios para investimentos 17.598 17.598

Cedências de exploração 7.476 6.783

Outros 1.031.185 28.733

Total 8.179.124 4.391.293

Os montantes apresentados como “Alienação de participações financeiras” são referentes à mais-valia gerada nas vendas

de acções do Banco B.I.G., S.A. a accionistas do Grupo efectuadas em 2011 e 2010.

Os montantes apresentados como “Outros rendimentos suplementares” dizem respeito a facturação emitida por cedência

de meios, acertos de consórcio, entre outros, que, sendo de natureza distinta da facturação emitida aos Donos de Obra,

são classificados como rendimentos suplementares à actividade principal desenvolvida.

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18. OUTROS GASTOS E PERDAS

Os outros gastos e perdas, incorridos durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, podem apresentar-

se da seguinte forma:

Descritivo 31.12.2011 31.12.2010

Indemnizações 2.165 2.350.011

Imposto do Selo 2.417.723 1.980.319

Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.514.083 554.597

Imposto Único Circulação 6.378

Outros imposto indirectos 2.170.894 1.608.841

Gastos com expropriações 1.562.129

Insuficiência de estimativa para impostos 300.089

Taxas (a) 1.626.237 288.971

Imposto Municipal sobre Imóveis 235.504 236.916

Correcções relativas a exercícios anteriores 64.515 422.648

Descontos de pronto pagamento concedidos 163

Abates de activos fixos tangiveis 10.274

Diferenças de câmbio desfavoráveis 1.346.467 91.900

Dívidas incobráveis 1.285.383

Despesas confidenciais 563 74.286

Quotizações 19.776 35.730

Donativos 20.360 22.800

Multas e penalidades 46.376 9.402

Outros gastos e perdas 3.515.820 2.569.576

Total 14.282.681 12.108.215

(a) A variação verificada nas taxas decorre de uma alteração de classificação dos gastos com licenças camarárias, que no

exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 estavam apresentados em “Fornecimentos e serviços externos” (Nota 12)

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19. GASTOS/REVERSÕES DE DEPRECIAÇÃO E DE AMORTIZAÇÃO

Os gastos/reversões de depreciação e de amortização, ocorridos durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011

e 2010, podem apresentar-se da seguinte forma:

Gastos Reversões Total Gastos Reversões Total

Activos f ixos tangíveis não concessionados:

Edifícios e outras construções 1.440.027 1.440.027 1.407.574 1.407.574

Equipamento básico 12.284.299 12.284.299 11.815.143 11.815.143

Equipamento de transporte 1.001.329 1.001.329 764.424 764.424

Equipamento administrativo 694.756 694.756 868.049 868.049

Outros activos f ixos tangíveis 232.320 232.320 870.474 870.474

Sub-total 15.652.731 15.652.731 15.725.664 15.725.664

Activos f ixos tangíveis concessionados:

Terrenos e recursos naturais (Nota 23) 7.495 7.495 7.495 7.495

Edifícios e outras construções (Nota 23) 346.717 346.717 352.583 352.583

Equipamento básico (Nota 23) 3.085 3.085 3.545 3.545

Equipamento de transporte (Nota 23) 1.389 1.389 1.415 1.415

Equipamento administrativo (Nota 23) 2.139 2.139 2.283 2.283

Outros activos f ixos tangíveis (Nota 23) 9.511 9.511 12.991 12.991

Sub-total 370.336 370.336 380.312 380.312

Total de activos f ixos tangíveis

Terrenos e recursos naturais (Nota 23) 7.495 7.495 7.495 7.495

Edifícios e outras construções (Nota 23) 1.786.744 1.786.744 1.760.157 1.760.157

Equipamento básico (Nota 23) 12.287.384 12.287.384 11.818.688 11.818.688

Equipamento de transporte (Nota 23) 1.002.718 1.002.718 765.839 765.839

Equipamento administrativo (Nota 23) 696.895 696.895 870.332 870.332

Outros activos f ixos tangíveis (Nota 23) 241.831 241.831 883.465 883.465

Sub-total activos f ixos tangíveis 16.023.067 16.023.067 16.105.976 16.105.976

Activos intangíveis:

Projectos de desenvolvimento (Nota 26) 714.759 714.759 697.080 697.080

Outros activos intangíveis (Nota 26) 21.726 21.726 1.133 1.133

Propriedade industrial - licenças (Nota 26) 5.770 5.770

Sub-total activos intangíveis 742.255 742.255 698.213 698.213

Propriedades de investimento:

Direito de superfície (Nota 24) 49.581 49.581 49.580 49.580

Edifícios e outras construções (Nota 24) 720.301 720.301 701.089 701.089

Sub-total propriedades de investimento 769.882 769.882 750.669 750.669

Totais 17.535.204 17.535.204 17.554.858 17.554.858

31.12.2011 31.12.2010Descritivo

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28

20. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES OBTIDOS

Os juros e rendimentos similares obtidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 podem apresentar-se

da seguinte forma:

Descritivo 31.12.2011 31.12.2010

Juros compensatórios atribuidos por tribunal arbitral 3.213.787 528.006

Juros de suprimentos concedidos (Notas 20 e 43) 1.229.118 258.781

Juros obtidos de aplicações financeiras 590.410 146.677

Diferenças de cambio 2.169.041 4.260.269

Outros 74.051 225.369

Total 7.276.407 5.419.102

21. JUROS E GASTOS SIMILARES SUPORTADOS

Os juros e gastos similares suportados, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, podem apresentar-se

da seguinte forma:

Descritivo 31.12.2011 31.12.2010

Juros de financiamento obtidos 16.198.108 9.938.561

Juros de suprimentos obtidos (Notas 40 e 43) 452.254 157.734

Juros com locações financeiras 29.741 15.544

Juros de factoring 648.564

Juros de mora e compensatórios 13.508 4.208

Serviços bancários 1.546.601 1.097.468

Diferenças de câmbio desfavoráveis 875.178

Outros gastos e perdas de financiamento 1.598.415 1.350.425

Totais 20.713.805 13.212.504

22. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

O Grupo encontra-se sujeito a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) sendo a taxa de imposto

actualmente apurada em função da matéria colectável: (i) até ao limite de 12.500 Euros a colecta é determinada fazendo

incidir uma taxa de 12,5% sobre a matéria colectável; (ii) quando esta é superior a 12.500 Euros a colecta é determinada

pela soma do valor apurado em (i) acrescido do montante apurado aplicando uma taxa de 25% ao excedente entre a

matéria colectável e os 12.500 Euros definidos como primeiro escalão de tributação, que pode ser incrementado pela

derrama até à taxa máxima de 1,5% do lucro tributável, resultando numa taxa de imposto agregada máxima de 26,5%.

Adicionalmente, a partir de 1 de Janeiro de 2010 os lucros tributáveis que excedam os 2.000.000 Euros são sujeitos a

derrama estadual à taxa de 2,5%, nos termos do artigo 87º-A do Código do IRC. Nos termos do artigo 88º do Código do

IRC, o Grupo encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no referido

artigo.

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29

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da

Administração Fiscal durante um período de quatro anos (sendo de cinco anos para a Segurança Social), excepto quando

tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou

impugnações, caso em que dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as

declarações fiscais do Grupo dos anos de 2008 a 2011, poderão ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração

entende que eventuais correcções, resultantes de revisões ou inspecções por parte da Administração Fiscal, não terão um

impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011 e 2010.

A Empresa é tributada, em sede de IRC, pelo regime especial de tributação de grupos de sociedades, encabeçando o

grupo fiscal composto por si própria, e as empresas MSF Engenharia, S.A., Neocivil – Construções do Algarve, S.A., MSF

Concessões, S.G.P.S., S.A., MSF Oeste, S.G.P.S., S.A., CDP-SI, Consultoria em Organização e Sistemas de Informação,

S.A. Consequentemente, o lucro tributável da Empresa é calculado pela sociedade dominante e apurado através da soma

algébrica dos lucros tributáveis. O lucro tributável do Grupo é apurado como a soma algébrica do lucro tributável do grupo

de consolidação fiscal atrás referido, o grupo de tributação encabeçado pela MSF Tur. Im., S.G.P.S., S.A. e a Royal Óbidos,

Promoção e Gestão Imobiliária e Turística, S.A..

O imposto sobre o rendimento do exercício, registado nas demonstrações financeiras, foi apurado de acordo com o

preconizado pela NCRF 25. Na mensuração do referido imposto, para além do imposto corrente determinado com base no

resultado antes de impostos, ajustado de acordo com a legislação fiscal, são também considerados os efeitos das

diferenças temporárias entre o resultado antes de imposto e o lucro tributável, originadas no exercício.

A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, pode ser apresentada

da seguinte forma:

Demonstração Capital Totais Demonstração Capital Totais

dos resultados próprio dos resultados próprio

Imposto do exercício 5.930.698 1.215.409 7.146.107 2.282.090 -5.031 2.277.059

52.951 -5.070 47.881 383.531 -5.031 378.500

99.425 99.425

110.001 110.001

-632.728 -632.728

-15 -1.220.479 -15 -947.370 -947.370

-170.030 -170.030

Imposto diferido -540.396 -1.225.549 -1.765.945 -563.839 -5.031 -568.870

Descritivo

Impostos diferidos com origem em diferenças

temporárias

31.12.2011 31.12.2010

Impostos diferidos pela reversão de diferenças

temporárias

Impostos diferidos com origem em perdas por

imparidade de contas a receber

Gastos (proveitos) de impostos do exercício

reconhecidos neste exercício e anteriormente

reconhecidos como impostos diferidos

Gastos (proveitos) de impostos não reconhecidos

anteriormente como impostos diferidos

Impostos diferidos pela reversão de diferenças

temporárias, reporte fiscal gerado pela imputação

de 1/5 do ajustamento SNC

Diminuição de activos por impostos diferidos

referente à utilização de prejuizos fiscas

Reporte de prejuízos

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30

Os passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, de acordo com as diferenças temporárias que os

geraram, têm a seguinte composição:

Demonstração dos

ResultadosCapitais Próprios Totais

Demonstração dos

ResultadosCapitais Próprios Totais

Diferenças temporárias que originam activos por impostos

diferidos

Reporte de prejuízos fiscais 3.004.571 1.239.677 4.244.248 3.085.362 3.085.362

Diferença de valorização de activos fixos tangiveis e

inventários com impacto no apuramento de imposto1.193.101 1.193.101

Perdas por imparidade de contas a receber 642.180 642.180

Ajustamentos de transição para SNC 486.026 486.026 468.396 468.396

Justo valor de instrumentos derivados (contabilidade de

cobertura)4.607.714 4.607.714 1.725.387

Grau de acabamento das obras 14.668 14.668 19.555 19.555

Diferenças temporárias resultantes de operação na

Polónia 478.947 478.947

Eliminação das margens geradas no grupo 4.645.967 4.645.967 2.920.580 2.920.580

9.272.359 7.040.492 16.312.851 6.493.893 6.493.893

Diferenças temporárias que originam passivos por

impostos diferidos

Revalorização de activos fixos tangíveis-57 3.704.975 3.704.918 -57 3.684.341 3.684.284

Diferenças acumuladas até 31 de Dezembro de 2009

originadas pela comparação entre o grau de

acabamento e a Circular 5/90

847.570 847.570

Subsídio ao investimento 300.419 300.419 318.017 318.017

Grau de acabamento das obras

Alterações de Estimativas 1.130.048 1.130.048

Totais 847.513 4.005.394 4.852.907 1.129.991 4.002.358 5.132.349

Valores reflectidos no balanço

Activos por impostos diferidos 2.289.353 1.760.123 4.049.476 1.720.882 1.720.882

Passivos por impostos diferidos 224.591 1.046.137 1.270.728 299.447 1.060.625 1.360.072

31.12.201031.12.2011

Descritivo

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31

A composição do imposto sobre o rendimento do exercício e as componentes do capital próprio em 31 de Dezembro de

2011 e 2010 pode apresentar-se da seguinte forma:

Demonstração dos

resultadosCapital próprio Totais

Demonstração dos

resultadosCapital próprio Totais

6.981.814 6.981.814 5.051.366 5.051.366

Diferenças definitivas 8.902.716 8.902.716 1.688.002 1.688.002

Diferenças temporárias -21.284 -21.284 -177.321 -177.321

15.863.246 15.863.246 6.562.047 6.562.047

435.266 435.266

15.427.980 15.427.980 6.562.047 6.562.047

-5.547.841 -5.547.841 -1.806.404 -1.806.404

Beneficios fiscais contratualizados 492.785 492.785

Imposto sobre rendimento após dedução de beneficios fiscais -5.971.588 -5.971.588

-508.484 -508.484 -467.329 -467.329

Derrama estadual -401.542 -401.542 -312.586 -312.586

-268.991 -268.991 -259.610 -259.610

-6.965.592 -6.965.592 -2.845.929 -2.845.929

1.034.894 1.034.894 563.839 563.839

-5.930.698 -5.930.698 2.282.090 2.282.090

-44% -44% -43% -43%

-100% -100% -56% -56%

Derrama municipal

Descritivo

31.12.2011 31.12.2010

Resultados e capitais próprios antes de impostos (contabilístico)

Ajustamentos para o lucro tributável

Imposto corrente

Imposto diferido

Imposto do exercício

Taxa média (imposto corrente/lucro tributável)

Taxa efectiva (imposto corrente/lucro contabilístico)

Resultados e capitais próprios antes de impostos (fiscal)

Dedução de perdas fiscais

Matéria colectável

Imposto sobre o rendimento

Tributações autónomas

No apuramento do imposto corrente foi considerado o efeito do Contrato Fiscal de Investimento, celebrado entre o Estado

Português, representado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. e a Royal Óbidos -

Promoção e Gestão Imobiliária e Turística, S.A.. Este contrato atribuiu um crédito fiscal em sede em sede de IRC e Imposto

do Selo até 31 de Dezembro de 2022 pelo montante máximo de 4.186.095 Euros, sendo que a dedução máxima anual

permitida tem por limite o total da colecta apurada em cada exercício. Neste contexto, foi realizada uma utilização deste

benefício fiscal, no valor de 457.228 Euros, que eliminou a estimativa de imposto corrente apurado pela Royal Óbidos –

Promoção e Gestão Imobiliário e Turístico, S.A..

A atribuição do benefício fiscal acima referido depende do cumprimento dos seguintes objectivos:

a) A criação de um número total de 68 (sessenta e oito) postos de trabalho permanentes, bem como a manutenção destes

e dos 2 (dois) postos de trabalho já existentes, até ao final da vigência do contrato que data até 31 de Dezembro de

2022.

b) O alcance, pelo Projecto, dos seguintes Valores de Prestação de Serviços Acumulados desde 1 de Janeiro de 2012:

i. 10.484.159 Euros em 31 de Dezembro de 2015;

ii. 19.416.521 Euros em 31 de Dezembro de 2017;

iii. 46.653.077 Euros em 31 de Dezembro de 2022;

c) A obtenção, pela Empresa, dos seguintes Valores de Valor Acrescentado Bruto Acumulados desde 1 de Janeiro de

2012 e resultantes da sua actividade turística:

i. 7.872.321 Euros em 31 de Dezembro de 2015;

ii. 15.275.013 Euros em 31 de Dezembro de 2017;

iii. 38.920.805 Euros em 31 de Dezembro de 2022.

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32

23. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nos activos fixos tangíveis, respectivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, durante

os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, pode apresentar-se da seguinte forma:

Equipamento Equipamento Equipamento Outros activos Activos fixos Totais

Terrenos Edificios básico de transporte administrativo fixos tangíveis tangíveis em curso

6.624.736 2.877.695 41.390.075 107.554.800 7.412.302 8.796.161 2.813.228 39.620.335 217.089.332

Em 01.01.2010 79.923 16.234.579 79.354.455 5.300.265 6.228.001 1.589.295 108.786.518

6.544.813 2.877.695 25.155.496 28.200.345 2.112.037 2.568.160 1.223.933 39.620.335 108.302.814

2.370 10.534 7.391.754 7.404.658

10.671 3.997.020 998.749 470.635 392.375 4.054.551 9.924.001

10.111.505 10.111.505

-1.950 -1.950

-308 517.901 94.557 -612.149

3.426.456 13.365.158 -31.878.241 -15.086.627

Iva a recuperar -4.464.389 -4.464.389

45.747 1.377.291 45.004 321.811 1.789.853

7.495 1.760.157 11.818.688 765.838 870.332 883.466 16.105.976

45.747 1.346.427 45.004 316.603 1.753.781

6.624.428 6.304.151 55.238.058 110.271.456 8.366.047 8.955.519 3.205.603 24.221.416 223.186.678

Em 31.12.2010 87.418 17.948.989 89.826.716 6.021.099 6.781.730 2.472.761 123.138.713

6.537.010 6.304.151 37.289.069 20.444.740 2.344.948 2.173.789 732.842 24.221.416 100.047.965

27.204 80.418 6.812 114.434

Adições 1.355.177 459.858 13.240.650 583.672 482.761 152.227 212.184 16.486.529

8.739.827 8.739.827

-9.318.774 -9.318.774

3.979.773 1.644.199 17.922.780 -16.608 -23.546.752 -16.608

502.693 3.787.991 174.513 330.920 18.523 4.814.640

7.495 1.786.744 12.287.384 1.002.718 696.895 241.831 16.023.067

474.731 3.658.075 180.270 325.419 18.523 4.657.018

11.986.582 6.304.151 56.839.422 137.646.895 8.855.624 9.097.564 3.339.307 307.901 234.377.446

Em 31.12.2011 94.913 19.261.002 98.456.025 6.843.547 7.153.206 2.696.069 134.504.762

11.891.669 6.304.151 37.578.420 39.190.870 2.012.077 1.944.358 643.238 307.901 99.872.684

Quantias brutas escrituradas

Depreciações e perdas por imparidade acumuladas

Quantias líquidas escrituradas

Transferências para activos fixos tangíveis

Reclassificações para activos não correntes detidos para venda

Alienações, sinistros e abates

Depreciações do exercício (Nota 19)

Reversão de depreciações por alienação, sinistros e abates

Depreciações e perdas por imparidade acumuladas

Quantias líquidas escrituradas

Trabalhos para a própria entidade (Nota 10)

Transferência para inventários de activos em curso capitalizados até

31/12/2010

Alterações do perímetro de consolidação

Por aquisição

Revalorizações

Transferências para propriedades de investimento

Reclassificações para activos não correntes detidos para venda

Alienações, sinistros e abates

Depreciações do exercício (Nota 19)

Reversão de depreciações por alienação, sinistros e abates

Quantias brutas escrituradas

Quantias líquidas escrituradas

Alterações do perímetro de consolidação

Adições por aquisição

Trabalhos para a própria entidade (Nota 10)

Revalorizações

Transferências

Terrenos e recursos

naturais

Edificios e outras construções

Quantias brutas escrituradas

Depreciações e perdas por imparidade acumuladas

Os aumentos de activos fixos tangíveis verificados, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010,

reflectem fundamentalmente o seguintes investimentos:

SEGMENTO DA CONSTRUÇÃO

Os aumentos de activos fixos tangíveis, verificados durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e

2010, reflectem, fundamentalmente, o investimento efectuado em equipamento que se encontra a laborar na área

internacional, mais especificamente nas sucursais da Empresa a operar no Gana, Guiné Equatorial, Senegal,

países onde o recurso à subempreitada é reduzido, pelo que os trabalhos são, essencialmente, realizados com

meios próprios, implicando necessidades de investimento superiores.

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SEGMENTO DO TURISMO E IMOBILIÁRIO

O aumento verificado no activo fixo tangível em curso espelha a capitalização, via trabalhos para a própria entidade, dos

custos de construção do projecto “Royal Óbidos SPA & Golf Resort” (posteriormente reclassificada a componente de golfe e

equipamentos auxiliares para activos fixos tangíveis).

No contexto dos contratos de financiamento de longo prazo, contraídos para dar apoio à construção dos empreendimentos

“Natura Towers” e “Royal Óbidos SPA & Golf Resort”, foram apresentadas as hipotecas sobre os referidos

empreendimento como colateral ao financiamento, pelo que estes se encontram onerados (Nota 44).

Tendo em consideração o processo de internacionalização de algumas empresas do Grupo, com ênfase particular na

segmento da construção, parte do activo fixo tangível encontra-se deslocalizado geograficamente. Assim, o valor do activo fixo

tangível por localização geográfica pode ser apresentado como se segue:

Quantias brutas

escrituradas

Depreciações e perdas por

imparidade acumuladas

Quantias líquidas

escrituradas

Quantias brutas

escrituradas

Depreciações e perdas por

imparidade acumuladas

Quantias líquidas

escrituradas

Portugal 137.992.193 57.986.153 80.006.040 151.055.238 65.254.525 85.800.713

Gana 24.791.243 18.311.094 6.480.149 15.055.298 11.495.548 3.559.750

Guiné Equatorial 26.966.907 24.001.955 2.964.952 26.773.298 21.418.861 5.354.437

Senegal 11.905.239 8.508.310 3.396.929 4.871.126 3.359.235 1.511.891

Cabo Verde 23.043.313 18.380.575 4.662.737 19.791.646 16.652.628 3.139.018

Polónia 9.129.278 7.100.373 2.028.905 5.606.303 4.924.705 681.598

Gabão 136.551 136.551

Angola 412.825 216.405 196.420 33.769 33.211 558

Totais 234.377.549 134.504.865 99.872.684 223.186.678 123.138.713 100.047.965

Localização

31.12.2011 31.12.2010

Dos valores apresentados como activos fixos tangíveis há uma parcela cuja aquisição se encontra financiado com recurso a

contratos de locação financeira. As relações contratuais mais relevantes, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e

2010, detalham-se da seguinte forma:

Prazo

Quantias escrituradas

líquidas dos activos

locados em 31.12.11

Passivo em

31.12.2011

Rendas de locações

operacionais reconhecidas

como gasto no período

Quantias escrituradas

líquidas dos activos

locados em 31.12.2010

Passivo em

31.12.2010

Rendas de locações

operacionais reconhecidas

como gasto no período

Equipamento básico 48 meses 10.897.064 15.970.786 5.535.878 13.655.425 11.080.970 4.752.920

Equipamento de transporte 48 meses 66.979 143.976 136.312 155.999 172.796 408.524

Total 10.964.043 16.114.762 5.672.190 13.811.424 11.253.766 5.161.444

Descritivo

31.12.2011 31.12.2010

De referir também que no valor dos activos fixos tangíveis estão incluídos activos detidos em regime de concessão. O seu

registo decorre da celebração com a Junta Autónoma dos Portos do Barlavento do Algarve (“JAPBA”) , em 29 de Setembro

de 1991, de um contrato de concessão de construção e exploração da Marina de Lagos pelo qual foi concedido ao Grupo o

direito de construir e explorar um porto destinado à navegação de recreio e de instalações de apoio a ele afectas, na zona

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do Porto de Lagos. O contrato de concessão tem uma duração de 75 anos, podendo ser prorrogado por períodos de 10

anos mediante acordo das partes e estabelece um conjunto de obrigações e direitos.

O Grupo realizou uma análise quanto à aplicabilidade da International Financial Reporting Interpretations Committee 12

(“IFRIC 12”) e, concluiu que a mesma não seria aplicável, dado que, o contrato de concessão referido não se destina ao

público em geral, como tal entendeu-se que não configura um contrato de concessão de um serviço público. Neste

contexto, o Grupo entendeu não aplicar a IFRIC 12 na valorização dos activos afectos ao contrato de concessão do serviço

gestão e exploração da Marina de Lagos.

Deste modo, e considerando que a actividade concessionada está directamente relacionada com as amarrações de

embarcações, o Grupo mantém reconhecidos como activos fixos tangíveis o conjunto de bens afectos a esta actividade. Os

valores líquidos, por natureza, dos activos fixos tangíveis concessionados, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, podem

apresentar-se da seguinte forma:

Terrenos e

recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento

básico

Equipamento de

transporte

Equipamento

administrativo

Outros activos

fixos tangíveisTotais

Quantias brutas escrituradas 562.101 14.767.382 30.887 33.853 104.127 325.850 15.824.200

Depreciações e perdas por imparidade

acumuladas79.923 7.267.908 14.021 20.863 98.127 279.388

7.760.230

Quantias líquidas escrituradas 482.178 7.499.474 16.866 12.990 6.000 46.462 8.063.970

816 159 2.010 2.985

7.495 352.583 3.545 1.415 2.283 12.991 380.312

Quantias brutas escrituradas 562.101 14.767.382 31.703 33.853 104.286 327.860 15.827.185

Depreciações e perdas por imparidade

acumuladas87.418 7.620.492 17.565 22.278 100.410 292.379 8.140.542

Quantias líquidas escrituradas 474.683 7.146.890 14.138 11.575 3.876 35.481 7.686.643

138 4.419 2.774 7.331

7.495 346.717 3.085 1.389 2.139 9.511 370.336

Quantias brutas escrituradas 562.101 14.767.382 31.841 33.853 108.705 330.634 15.834.516

Depreciações e perdas por imparidade

acumuladas 94.913 7.967.209 20.650 23.667 102.549 301.890 8.510.878

Quantias líquidas escrituradas 467.188 6.800.173 11.191 10.186 6.156 28.744 7.323.638

Em 31.12.2011

Reversão de depreciação por alienação, sinistros e abates

Em 31.12.2010

Adições

Revalorizações

Depreciações do exercício (Nota 19)

Reversão de depreciação por alienação, sinistros e abates

Em 01.01.2010

Adições

Revalorizações

Depreciações do exercício (Nota 19)

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Revalorização como custo considerado:

O detalhe dos custos históricos de aquisição de activos fixos tangíveis e correspondentes valores de revalorização em 31

de Dezembro de 2011 e 2010, incluídos no custo considerado da MSF Activos Imobiliários, S.A., Marlagos – Iniciativas

Turísticas, S.A. e Indubel – Indústria de Betão, S.A., líquidos de depreciações acumuladas, é o seguinte:

Custo históricoExcedentes

revalorização

Valor líquido

revalorizadoCusto histórico

Excedentes

revalorização

Valor líquido

revalorizado

14.667.255 3.528.565 18.195.820 9.305.313 3.535.848 12.841.161

35.718.774 626.861 36.345.635 36.628.955 660.114 37.289.069

39.480.976 39.480.976 20.444.739 1 20.444.740

2.092.556 362 2.092.918 2.344.551 397 2.344.948

1.905.374 1.905.374 2.173.755 34 2.173.789

661.356 196 661.552 731.922 920 732.842

1.190.409 1.190.409 24.221.416 24.221.416

95.716.700 4.155.984 99.872.684 95.850.651 4.197.314 100.047.965

31.12.2011 31.12.2010

Descritivo

Outras imobilizações

Activos fixos em curso

Totais

Activos fixos tangíveis

Terrenos e recursos naturais

Equipamento administrativo

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Uma vez que as revalorizações efectuadas na MSF Activos Imobiliários, S.A. e na Marlagos Iniciativas Turísticas, S.A.

ocorreram antes da transição para o SNC, o valor reavaliado assume, na data de transição, a forma de custo considerado.

Como resultado das revalorizações efectuadas, as amortizações do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, foram

aumentadas em 39.919 Euros, sendo que deste montante 32.636 Euros correspondem a revalorizações legais efectuadas

ao abrigo do Decreto-Lei n.º 31/98 e 7.283 Euros correspondem a revalorizações livres, cuja revalorização decorre de um

estudo solicitado a uma entidade externa. Destes montantes, e atendendo à legislação fiscal em vigor, 40% e 100% do

incremento das depreciações do exercício decorrentes de revalorizações legais e livres, respectivamente, não são aceites

como custo para efeitos de determinação do lucro tributável em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas

colectivas (IRC).

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24. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

O movimento das quantias escrituradas como propriedades de investimento, mensuradas pelo modelo do custo, bom como

respectivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, no decorrer dos exercícios fiscais de 31 de Dezembro de

2011 e 2010 pode apresentar-se da seguinte forma:

Direito de

superfície

Terrenos e recursos

naturais

Edificios e outras

construçõesTotais

Direito de

superfície

Terrenos e

recursos naturais

Edificios e outras

construçõesTotais

991.609 3.938.531 21.940.846 26.870.986 991.609 430.846 11.419.255 12.841.710

74.370 991.852 1.066.222 24.790 290.763 315.553

917.239 3.938.531 20.948.994 25.804.764 966.819 430.846 11.128.492 12.526.157

3.507.685 10.521.591 14.029.276

3.507.685 10.521.591 14.029.276

49.581 720.301 769.882 49.580 701.089 750.669

19.213 19.213

991.609 3.938.531 21.940.846 26.870.986 991.609 3.938.531 21.940.846 26.870.986

123.951 19.213 1.712.153 1.836.104 74.370 991.852 1.066.222

867.658 3.919.318 20.228.693 25.034.882 917.239 3.938.531 20.948.994 25.804.764

Depreciações do exercício (Nota 19)

Subtotal

Alienações

No fim do período

Quantias brutas escrituradas

Amortizações e perdas por imparidade acumuladas

Quantias líquidas escrituradas

Perdas por

imparidade

Reforços

Reversões

Subtotal

Adições

Por aquisição

Por trabalhos em curso

Por intermédio de concentrações empresariais

Reversão de depreciações por alienação

Subtotal

Transferências

De/Para inventários

De/Para activos fixos tangíveis

De/Para activos detidos para venda

31 de Dezembro de 2011 31 de Dezembro de 2010

No início do

período

Quantias brutas escrituradas

Amortizações e perdas por imparidade acumuladas

Quantias líquidas escrituradas

As quantias escrituradas como propriedades de investimento são referentes a:

- um Lote de terreno, situado na Polónia;

- um Parque de estacionamento situado em Lagos;

- Torre Sul do empreendimento “Natura Towers”;

- Edifício Multifuncional de Lagos, instalações da Câmara Municipal de Lagos.

Estes activos são activos detidos para valorização de capital e não para uso na prestação de serviços, no âmbito da

actividade do Grupo.

Na construção da Torre Sul do empreendimento “Natura Towers” e Edifício Multifuncional de Lagos foram contraídos

financiamentos bancários, tendo sido apresentadas hipotecas sobre os terrenos/direitos de superfície e as benfeitorias

sobre eles realizadas como colateral, encontrando-se por isso onerados.

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25. GOODWILL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o movimento ocorrido no valor contabilístico do goodwill,

bem como nas respectivas perdas por imparidade acumuladas, pode apresentar-se da seguinte forma:

Saldo em

01.01.2010

Goodwill

reconhecido

Goodwill

desreconhecido

Perdas por

imparidade

Saldo em

31.12.2010

Goodwill

reconhecido

Goodwill

desreconhecido

Perdas por

imparidade

(Nota 15)

Saldo em

31.12.2011

Quantias brutas 640.421 11.614.595 12.255.016 12.255.016

Perdas por imparidade acumuladas 762.428 762.428

Quantias líquidas 640.421 11.614.595 12.255.016 -762.428 11.492.588

O goodwill, em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, tem a seguinte composição:

Perdas por

imparidade

acumuladas

Perdas por

imparidade

acumuladas(Nota 15) (Nota 15)

Royal Óbidos, S.A. 2010 762.428 762.428 762.428 762.428

Indubel - Industria de Betão S.A. 2007 135.420 135.420 135.420 135.420

Auto-Estradas do Oeste, S.A. 2006 505.001 505.001 505.001 505.001

Auto-Estradas do Oeste, S.A. 2010 10.852.167 10.852.167 10.852.167 10.852.167

Totais 12.255.016 762.428 11.492.588 12.255.016 12.255.016

31.12.2011 31.12.2010

Entidade Ano de aquisição Valor bruto Valor

contabilístico

Valor bruto Valor contabilístico

No exercício de 2010, foi adquirida uma participação adicional de 25% na AEO, e de 50% na Royal Óbidos, tendo sido

gerado goodwill nestas aquisições de 10.852.167 Euros e 762.428 Euros, respectivamente.

No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, o Grupo procedeu à avaliação do valor recuperável do goodwill

tendo registado, após verificação da ocorrência do facto gerador do goodwill relacionado com o reforço de participação na

Royal Óbidos, S.A., uma perda por imparidade de 762.428 Euros.

PROCESSO SUBJACENTE ÀS ESTIMATIVAS USADAS PARA MENSURAR OS VALORES RECUPERÁVEIS

Para efeitos de testes de imparidade e de imputação de goodwill, cada uma das empresas geradoras do goodwill foi

considerada como sendo uma unidade geradora de caixa.

O valor recuperável de cada unidade geradora de caixa foi determinado com base no seu valor de uso, calculado com base

em projecções de fluxos de caixa assentes nos últimos modelos aceites e validados pelos bancos financiadores cobrindo o

período definido contratualmente para as concessões Auto Estradas do Atlântico e Auto Estradas do Litoral Oeste.

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26. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nos activos intangíveis, respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, durante os

exercícios findos a 31 de Dezembro de 2011 e 2010, pode apresentar-se da seguinte forma:

Intangíveis em

Curso

Quantias brutas escrituradas 6.819.835 2.521 69.175 332.346 7.223.877

Depreciações e perdas por imparidade

acumuladas6.184.689 2.022 68.194 6.254.905

Quantias líquidas escrituradas 635.146 499 981 332.346 968.972

Adições 1.060.516 4.006 3.233 15.685 1.083.440

Transferências 348.030 -348.030

183.325 64.250 247.575

697.080 1.133 698.213

183.325 62.111 245.436

Quantias brutas escrituradas 8.045.056 6.527 8.158 8.059.741

Depreciações e perdas por imparidade

acumuladas6.698.444 3.155 6.083 6.707.682

Quantias líquidas escrituradas 1.346.612 3.372 2.075 1.352.059

-233 -233

Adições 434.215 9.351 23.600 467.166

Transferências -188 16.608 188 16.608

150 150

714.759 21.726 5.770 742.255

Quantias brutas escrituradas 8.478.933 32.253 23.788 8.158 8.543.132

Depreciações e perdas por imparidade

acumuladas7.413.203 24.881 5.770 6.083 7.449.937

Quantias líquidas escrituradas 1.065.730 7.372 18.018 2.075 1.093.195

Reversão de depreciações por alienação, sinistros e abates

Perdas por imparidade

Em 31.12.2011

Alteração do perimetro de consolidação

Revalorizações

Reclassificações para activos não correntes detidos para venda

Alienações, sinistros e abates

Amortizações do exercício (Nota 19)

Reversões Depreciações por alienação, sinistros e abates

Perdas por imparidade

Em 31.12.2010

Em 01.01.2010

Revalorizações

Reclassificações para activos não correntes detidos para venda

Alienações, sinistros e abates

Amortizações do exercício (Nota 19)

Projectos de

Desenvolvimento

Programas de

computador

Propriedade

industrial – licenças

Outros activos

fixos intangíveisTotais

O valor apresentado como projectos de desenvolvimento diz respeito, essencialmente, a desenvolvimentos aplicacionais

feitos a pedido de algumas empresas do Grupo, relativos a situações específicas do sector da construção, contribuindo, de

forma significativa, para a sua actividade.

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27. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

As participações financeiras detidas pelo Grupo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, podem ser detalhadas da seguinte

forma:

Denominação % detida Capital próprio

ajustado

Resultado

líquido

Valor da participação

em balanço

Prestações

acessórias

Perdas de

imparidade

Investimentos

financeiros

Provisões para

perdas em

investimentos

financeiros

(Nota 37)

Perdas de

imparidade

acumuladas

accionistas (Nota

29)

Ganhos/(perdas)

em empresas

subsidiárias

(Nota 8)

Ajustamentos

de partes de

capital

Variação

Investimentos

financeiros

Provisões do

exercício

Método da equivalência patrimonial:

MSF Condominios, S.A. 100 116.659 60.212 60.212 60.212

AEO - Auto-Estradas do Oeste, S.A. 50 64.864.254 868.744 18.857.862 13.574.264 32.432.126 434.371 434.371

TDM - Túnel do Marão, Operadora, S.A. 44,99 80.051 27.337 36.015 36.015 12.299 12.299

AEM - Auto Estradas do Marão, S.A. 45 11.513.065 322.253 5.879 5.175.000 5.180.879 -30.919 36.798 36.798 108.215

Asterion, ACE 4 -2.752.602 -370.433 -110.105 -14.817

SMLN - Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A. 25 -7.237.254 -8.145.786 10.000.000 -10.000.000 -102.300 -1.799.813 -2.036.445 -2.036.445

Geira, S.A. 12,5 281.617 -26.698 35.203 35.203 -3.337 -3.337

18.934.959 28.749.264 -10.000.000 37.684.223

Outros métodos:

Banco B.I.G., S.A. 2,5 1.924.194 1.924.194 38.650

Onetier Partners, SGPS, S.A. 15,6 2.500.000 -300.000 2.200.000

Auto-Estradas do Atlântico, S.A. 17 17

TDM - Túnel do Marão, Operadora, S.A. 5 5

Lisgarante 15.000 15.000

Catim 37,5 6.221.044 6.221.044 1.000 1.000

Brisal 29 46.330 10.309 1 1

AELO 28 -26.678 18.506

Obrigações do Tesouro 28,34 104.805 104.805 2.257 2.257

Outras 26,50 307.397 307.397 5.004 5.004

AEBT – Auto Estradas do Baixo Tejo, S.A. 7,87498 -38.607.391 -3.066.250 279.562 -279.562 -3.937 -279.562 -279.562

4.447.478 279.562 -579.562 4.147.478

Totais 23.382.437 29.028.826 -10.579.562 41.831.701 -247.261 -1.799.813 -1.737.014 -1.835.876 93.398

31 de Dezembro de 2011

Denominação % detida Capital próprio

ajustado

Resultado

líquido

Valor da participação

em balanço

Prestações

acessórias

Perdas de

imparidade

Investimentos

financeiros

Provisões para

perdas em

investimentos

financeiros

(Nota 37)

Perdas de

imparidade

acumuladas

accionistas

Ganhos/(perdas)

em empresas

subsidiárias

(Nota 8)

Ajustamentos

de partes de

capital

Variação

Investimentos

financeiros

Método da equivalência patrimonial:

AEO - Auto-Estradas do Oeste, S.A. 50 54.388.605 3.453.235 18.423.491 8.770.812 27.194.303 1.726.617 4.935 1.731.552

TDM - Túnel do Marão, Operadora, S.A. 44,99 52.714 -4.576 23.716 23.716 -2.059 -2.059

AEM - Auto Estradas do Marão, S.A. 45 4.690.812 60.679 2.250.000 2.250.000 -139.134 27.306 27.306

Asterion, ACE 4 -2.382.169 -605.719 -95.287 -24.229 -24.229

SMLN - Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A. 25 908.533 -7.166.871 10.000.000 -9.777.455 222.545 -102.300 -1.791.718 -1.791.718

Geira, S.A. 12,5 308.315 66.109 38.539 38.539 8.264 8.264

18.485.746 21.020.812 -9.777.455 29.729.103

Outros métodos:

Banco B.I.G., S.A. 2,5 3.084.789 3.084.789 284.603

Onetier Partners, SGPS, S.A. 15,6 2.500.000 -175.000 2.325.000

Auto-Estradas do Atlântico, S.A. 17 17

TDM - Túnel do Marão, Operadora, S.A. 5 5

Lisgarante 15.000 15.000

Catim 1.000 1.000

Brisal 1 1

AELO

Obrigações do Tesouro 2.257 2.257

Outras 5.005 5.005

AEBT – Auto Estradas do Baixo Tejo, S.A. 7,87498 -3.938

5.608.074 -175.000 5.433.074

Totais 24.093.820 21.020.812 -9.952.455 35.162.177 -340.659 228.784 4.935 -50.884

31 de Dezembro de 2010

No exercício de 2010, o Grupo adquiriu uma percentagem adicional de 25% do capital da Auto Estradas do Oeste, S.A..

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28. ADIANTAMENTOS POR CONTA DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Os adiantamentos por conta de investimentos financeiros respeitam aos valores pagos para a constituição da participada

MSF Construction Qatar, Al-Mustafawi, Leptis, Fortunato – Construction LCC, cuja constituição ocorreu em Janeiro de

2012.

29. ACCIONISTAS E PARTES RELACIONADAS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os montantes a receber/a pagar aos accionistas e outras partes relacionadas podem

detalhar-se da seguinte forma (Nota 41):

Entidade 31.12.2011 31.12.2010

Activo não corrente:

AEO - Auto-Estradas do Oeste, S.A. (Nota 43) 23.854.137 13.042.383

SMLN - Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A. (a) (Nota 43) 2.291.061 2.897.273

Asterion, ACE (Nota 43) 147.577 120.548

Alepu 2003, LTD (Nota 43) 46.222 46.222

Accionistas da MSF LENA - Investimentos nos Balcãs, S.A. (Nota 43) 7 7

Outros 60 8.189

Sub-totais 26.339.064 16.114.622

Activo corrente:

Agrupadas do Interpaço, ACE (Nota 43) 203.473

Agrupadas do Aeroestações, ACE (Nota 43) 194.775

Agrupadas NHBraga, ACE (Nota 43) 386.858

Agrupadas Infratúnel, ACE (Nota 43) 2.630

Agrupadas do ACMetro, ACE (Nota 43) 1.666

Agrupadas do LMNS Atlântico, ACE (Nota 43) 93.750

Agrupadas do LACE - Litoral Atlântico Construtores, ACE (Nota 43) 44.208 124.538

Agrupadas do Nova Estrada, ACE (Nota 43) 32.471 32.471

Agrupadas do ZTM - Zagope, Tâmega/MSF, ACE (Nota 43) 44.201 24.040

Sub-totais 910.282 274.799

Totais 27.249.346 16.389.421

(a) O montante a receber da participada SMLN – Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A. encontra-se líquido de uma

perda por imparidade registada no montante de 1.799.813 Euros.

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Entidade 31.12.2011 31.12.2010

Passivo não corrente:

Suprimentos de accionistas (Nota 43) 8.057.606 7.000.000

Suprimentos de Onetier Partners, S.G.P.S., S.A. (Nota 43) 2.774.150 2.692.398

MSF Empreiteiros Cabo Verde, S.A. 63 3

Accionistas da MSF LENA - Investimentos nos Balcãs, S.A. 7 7

Sub-totais 10.831.826 9.692.408

Passivo corrente:

Agrupadas do LOC - Litoral Oeste Construtores, ACE (Nota 43) 123.879 131.961

Agrupadas do Infratúnel, ACE (Nota 43) 82.513

Agrupadas do LMNS Atlântico, ACE (Nota 43) 107.008

Agrupadas do ZTM - Zagope, Tâmega/MSF, ACE (Nota 43) 56.448 56.448

Agrupadas do ZMT - Zagope/MSF/Tâmega, ACE (Nota 43) 13.928 14.017

Agrupadas do Acmetro, ACE (Nota 43) 951

Agrupadas das Obras Civis - LN2.1., ACE (Nota 43) 18.719 18.720

Outros 35.600

Sub-totais 319.982 340.210

Totais 11.151.808 10.032.618

30. OUTRAS CONTAS A RECEBER

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a posição detalhada das outras contas a receber pode fazer-se da seguinte forma:

Valor brutoImparidade

acumuladaValor líquido Valor bruto

Imparidade

acumuladaValor líquido

Outros devedores não correntes 17.560.518 17.560.518 17.560.518 17.560.518

Sub-Total 17.560.518 17.560.518 17.560.518 17.560.518

Outros devedores correntes 16.638.004 1.346.146 15.291.858 21.152.943 673.415 20.479.528

Outros devedores por acréscimos de rendimentos 42.814.407 42.814.407 64.071.668 64.071.668

Sub-Total 59.452.411 1.346.146 58.106.265 85.224.611 673.415 84.551.196

Total 77.012.929 1.346.146 75.666.783 102.785.129 673.415 102.111.714

Descrição

31.12.2011 31.12.2010

As perdas por imparidade efectuadas ao saldo de outros devedores nos exercícios findos a 31 de Dezembro de 2011 e

2010 podem apresentar-se como se segue:

31-12-2011 31-12-2010

Saldo Inicial 673.415 278.487

Reforço (Nota 14) 712.828 414.141

Reversões (Nota 14) -40.097 -19.213

Totais 1.346.146 673.415

DescriçãoPerdas por imparidade acumuladas

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Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o valor líquido das outras contas a receber, por entidade e natureza, pode fazer-se da

seguinte forma:

Descrição 31.12.2011 31.12.2010

Activo não corrente:

Outros devedores

SGAL - Sociedade Gestão da Alta de Lisboa 17.560.518 17.560.518

Total não corrente 17.560.518 17.560.518

Activo corrente:

Devedores por acréscimos de rendimentos

Acréscimos de rendimentos contratos de construção (NCRF 19) 40.392.392 60.123.116

Juros de suprimentos a receber (Notas 20 e 43) 1.229.118 258.781

Juros a receber 611.249

Facturação a terceiros 85.225 34.062

Reembolso de parte do Imposto Municipal sobre Imóveis de 2009 32.674

Excesso de contribuição para administração do condomínio 16.257

Outros acréscimos de rendimentos 1.107.672 2.995.529

Sub-total 42.814.407 64.071.668

Outros devedores:

SOECO 2.301.557 10.764.063

Agrupadas do Infratúnel - Construtores do Túnel do Marão, A.C.E. (Nota 43) 398.713 611.588

Agrupadas do LMNS Atlântico ACE (Nota 43) 214.510

Agrupadas do LOC - Litoral Oeste Construtores, ACE (Nota 43) 198.206

SGAL - Soc. Gestão da Alta de Lisboa 463.052

Juros a receber 479.562 475.345

Oceanico Lusoirlandes Inv. Imob. Tur., SA 47.563 35.406

Depósito de cauções 17.284 17.999

Auto estradas do Atlântico, S.A. (Nota 43) 30.450 4.975

Outros devedores 11.140.961 8.570.152

Sub-total 15.291.858 20.479.528

Total corrente 58.106.265 84.551.196

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43

31. INVENTÁRIOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o detalhe das quantias escrituradas de inventários pode ser apresentado da seguinte

forma:

Quantias brutas Perdas por

imparidade

acumuladas

Quantias (líquidas)

escrituradas

Quantias brutas Perdas por

imparidade

acumuladas

Quantias (líquidas)

escrituradas

Mercadorias (Nota 11) 771.744 771.744 730.492 730.492

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo (Nota 11) 12.376.358 12.376.358 7.315.750 7.315.750

Produtos acabados e intermédios (Nota 9) 24.037.957 24.037.957 24.525.746 24.525.746

Produtos e trabalhos em curso (Nota 9) 30.974.784 30.974.784 13.163.644 13.163.644

Totais 68.160.843 68.160.843 45.735.632 45.735.632

Descritivo

31.12.2011 31.12.2010

O valor apresentado nos produtos acabados e intermédios espelha a actividade de promoção imobiliária desenvolvida pelo

Grupo. O património imobiliário compõe-se essencialmente por: (i) lojas nos espaços comerciais na Marina de Lagos; (ii)

fracções de habitação e estacionamentos para venda na Marina de Lagos, sendo que parte destes activos foram dados

como reforço de garantias para financiamentos já existentes; (iii) fracções, disponíveis para venda, do empreendimento a “A

Fábrica – Marina Lofts & Apartments”, sendo que para a sua construção foi contraído um empréstimo de médio e longo

prazo, tendo sido constituída hipoteca sobre o referido empreendimento para a garantia real apresentada à instituição

financiadora; (iv) Terrenos para construção em Lagos; (v) Fracções do empreendimento Condomínio do Infante em Lagos,

sobre as quais existe hipoteca para garantia de financiamento.

Em linha com a política contabilística da Empresa para a mensuração dos inventários, descrita na Nota 3, estão incluídos

no valor de custo dos inventários encargos financeiros, inerentes aos financiamentos contraídos para a sua construção.

32. CLIENTES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as contas a receber dos clientes podem apresentar-se da seguinte forma:

Valor brutoImparidade

acumuladaValor líquido Valor bruto

Imparidade

acumuladaValor líquido

Clientes, conta corrente 183.540.700 183.540.700 218.018.925 218.018.925

Clientes cobrança duvidosa 775.319 774.160 1.159 1.123.235 1.098.386 24.849

Total 184.316.019 774.160 183.541.859 219.142.160 1.098.386 218.043.774

31.12.2011 31.12.2010

Descrição

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44

As perdas por imparidade registadas para clientes, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, podem

apresentar-se como se segue:

31-12-2011 31-12-2010

Saldo Inicial 1.098.386 1.010.216

Reforço (Nota 14) 60.340 104.500

Reversões (Nota 14) -384.566 -16.330

Totais 774.160 1.098.386

Perdas por imparidade acumuladasDescrição

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a antiguidade do valor bruto da rubrica de clientes pode apresentar-se da seguinte

forma:

Clientes, conta

corrente

Clientes cobrança

duvidosaTotal

Clientes, conta

corrente

Clientes cobrança

duvidosaTotal

Não Vencido 66.107.152 66.107.152 17.099.437 17.099.437

1-90 Dias 31.330.159 31.330.159 120.099.924 120.099.924

Superior a 90 Dias 86.103.389 775.319 86.878.708 80.819.564 1.123.235 81.942.799

Total 183.540.700 775.319 184.316.019 218.018.925 1.123.235 219.142.160

31.12.201031.12.2011

Descrição

33. ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o valor dos adiantamentos prestados a fornecedores pode detalhar-se, por entidade,

da seguinte forma:

Entidade 31.12.2011 31.12.2010

Most Lobv 867.456

Agrupadas do Infratúnel, ACE (Nota 43) 5.146.408

Agrupadas do LOC, ACE (Nota 43) 562.500

J.M.Sousa 1.780

Soeco 301.008 301.008

Go2Africa Travel Agency 8.128

OZAROW 12.995

Aguadios 449.955

Ghacem 215.191

João Artur Cornacho & Filhos, Lda. 173.350

José Joaquim Cornacho & Filhos, Lda. 173.350

Golf Bom Sucesso, S.A. 903

Outros fornecedores 591.045 2.351.539

Totais 7.289.913 3.866.703

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Em algumas circunstâncias, ligadas com a actividade do Grupo, torna-se necessária a prestação de adiantamento. Estes

adiantamentos serão utilizados em linha com a facturação da prestação de serviços, realizada pelas entidades supra

referidas, como dedução aos montantes a pagar.

34. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a posição detalhada junto do Estado e outras entidades públicas com que o Grupo se

relaciona, pode fazer-se da seguinte forma:

Descrição 31.12.2011 31.12.2010

Activo corrente

Imposto sobre o Valor Acrescentado

IVA - Reembolsos pedidos República Portuguesa 8.835.524 8.702.969

IVA - Reembolsos pedidos República do Senegal 2.032.114 5.128.690

IVA - A recuperar República de Cabo Verde 1.121.654 1.298.968

IVA - A recuperar República da Polónia 585.362 211.779

IVA - A recuperar noutros Estados 138.370

Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas 54.197 1.794.531

Outros impostos 416.485 893.213

Total 13.045.336 18.168.520

Descrição 31.12.2011 31.12.2010

Passivo corrente

Contribuições para a Segurança Social 905.936 753.285

Retenções de Imposto sobre o Rendimento 631.885 506.309

Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.847.354 520.601

Imposto sobre o Rendimento 5.230.654 3.419.640

Outros impostos 819.668 1.296.901

Total 9.435.497 6.496.736

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35. DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a posição detalhada dos diferimentos registados no balanço pode fazer-se da

seguinte forma:

Descrição 31.12.2011 31.12.2010

Saldos devedores:

Gastos a reconhecer

Gastos com juros pagos antecipadamente 2.432.583

Gastos com concessões pagos antecipadamente 1.068.752

Seguros pagos antecipadamente 425.675 432.534

Gastos com emissões de papel comercial pagos antecipadamente 226.141 169.582

Outros 1.308 78.432

Outros gastos pagos antecipadamente 2.926.456 1.416.670

Totais 3.579.580 5.598.553

Descrição 31.12.2011 31.12.2010

Saldos credores:

Rendimentos a reconhecer

Receitas antecipadas decorrentes de contratos de construção (a) 22.655.967 23.795.065

Outros proveitos diferidos (b) 9.580.667 7.949.245

Receitas antecipadas de amarrações 495.306 546.100

Rendas facturadas antecipadamente 164.310 165.853

Facturação antecipada de alugueres de espaço 67.523 50.218

Totais 32.963.773 32.506.481

(a) Estes rendimentos diferidos decorrem do reconhecimento do resultado das obras de acordo com grau de acabamento

das mesmas, conforme estipulado na NCRF 19 – Contratos de construção.

(b) Respeitam essencialmente a revisões de preços facturados, mas que ainda não se encontram formalizadas.

36. CAPITAL PRÓPRIO

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a informação relevante relativamente às rubricas do capital próprio é como segue:

Capital

Em 31 de Dezembro de 2011, o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, era composto por 9.000.000 acções

com o valor nominal de 5 Euros cada.

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Acções próprias

Decorrente de uma deliberação da Assembleia Geral foi adquirido, no decorrer do exercício findo em 31 de Dezembro de

2011, um lote de acções próprias com um valor nominal de 52.000 Euros por 68.144 Euros, originando o apuramento de

um prémio de 15.644 Euros. Em 31 de Dezembro de 2011 o valor nominal das acções próprias detidas pela Empresa era

de 137.500 Euros, sendo o custo de aquisição de 186.346 Euros, originando o registo de um prémio de 48.846 Euros.

Outros instrumentos de capital próprio - prestações acessórias

As prestações acessórias foram concedidas pelos accionistas, não vencem juros e não têm prazo de reembolso definido.

Nos termos da legislação aplicável, o seu reembolso só pode ser efectuado, por deliberação da Assembleia-Geral, quando,

após o seu pagamento, os capitais próprios não fiquem inferiores à soma do capital e da reserva legal.

Prémio de emissão de acções:

O valor registado nesta rubrica resulta de ágio obtido em aumento de capital ocorrido em exercícios anteriores. Segundo a

legislação em vigor, a utilização do valor incluído nesta rubrica segue o regime aplicável à reserva legal, ou seja, não pode

ser distribuído aos accionistas, podendo contudo, ser utilizado para cobrir parte do prejuízo acusado no balanço que não

possa ser coberto pela utilização de outras reservas, para cobrir a parte dos prejuízos transitados do exercício anterior que

não possa ser coberto pelo lucro do exercício nem pela utilização de outras reservas, ou incorporado no capital.

Ajustamentos em activos financeiros:

O valor registado nesta rubrica está relacionado com o registo dos investimentos financeiros pelo método da equivalência

patrimonial, nomeadamente com as variações nos capitais próprios ocorridos nas empresas participadas e com o

movimento contabilísticos dos resultados não distribuídos pelas participadas. Adicionalmente, está registado nesta conta o

impacto da actualização cambial inerente à transposição das demonstrações financeiras das sucursais que têm uma moeda

funcional diferente da moeda de relato da sociedade e que serão revertidas no momento do repatriamento de capitais e/ou

encerramento de actividade.

Reserva legal:

Anualmente, 5% do resultado líquido do exercício, quando positivo, tem de ser aplicado como reforço da reserva legal até

que esta represente pelo menos 20% do capital. De acordo com o Art. 296º do Código das Sociedades Comerciais a

reserva legal só pode ser utilizada:

a) para cobrir parte do prejuízo acusado no balanço que não possa ser coberto pela utilização de outras reservas;

b) para cobrir a parte dos prejuízos transitados do exercício anterior que não possa ser coberto pelo lucro do exercício

nem pela utilização de outras reservas;

c) para incorporação no capital.

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Resultados transitados: Os resultados transitados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 foram afectados por três movimentos

contabilísticos: (i) a transferência, registadas por contrapartida de ajustamentos de partes de capital, da parcela de

resultados atribuídos não distribuídos em exercícios anteriores, que levou a uma redução dos resultados transitados em

5.519.636 Euros; (ii) a aplicação de resultados do exercício de 2009 que, conforme deliberado em Assembleia-Geral foi

integralmente transferido para resultados transitados; e (iii) aplicação do método de equivalência patrimonial.

Os resultados transitados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 foram afectados por quatro movimentos

contabilísticos: (i) a transferência, registadas por contrapartida de ajustamentos de partes de capital, da parcela de

resultados atribuídos não distribuídos em exercícios anteriores, que levou a uma redução dos resultados transitados em

6.836.238 Euros; (ii) registo de indisponibilização de reserva para aquisição de acções próprias pelo seu valor nominal, que

levou a uma redução dos resultados transitados em 104.250 Euros; (iii) aplicação do método de equivalência patrimonial; e

(iv) a aplicação de resultados do exercício de 2010 que, conforme deliberado em Assembleia-Geral foi a seguinte:

Descrição Montante

Reserva legal 144.454

Resultados transitados 2.744.634

Totais 2.889.088

37. PROVISÕES

No decorrer dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os movimentos ocorridos nas provisões, podem

detalhar-se da seguinte forma:

DescriçãoAcumuladas em

01.01.2010

Aumentos ReduçõesRegularizações

Acumuladas

em 31.12.2010

Aumentos ReduçõesRegularizações

Acumuladas em

31.12.2011

Garantias a clientes 6.398.731 799.073 515.021 338.239 7.021.022 3.151.326 2.001.282 17.271 8.188.337

Processos judiciais em curso 209.655 1.287.752 158.114 1.339.293 47.626 97.538 1.289.381

Provisão para investimentos financeiros (Nota 27) 162.486 178.173 340.659 14.817 108.215 247.261

Outras provisões 447.797 293.707 741.504 79.262 113.301 707.465

Totais 7.218.669 2.558.705 673.135 338.239 9.442.478 3.293.031 2.320.336 17.271 10.432.444

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38. FINANCIAMENTOS OBTIDOS

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as dívidas a instituições de crédito podem apresentar-se da seguinte forma:

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Descobertos bancários 53.390.972 72.039.339

Empréstimos 21.430.362 48.779.192 15.927.386 99.438.229

Empréstimos - papel comercial 45.700.000 13.600.000 10.700.000 56.450.000

Empréstimos - locações financeiras 6.499.484 9.615.269 286.041 11.278.375

Empréstimos apoio à construção 21.486.677 61.950.606 8.646.247

Outros empréstimos 175.980 439.945 351.991 527.950

Total 148.683.475 134.385.012 99.304.757 176.340.801

31.12.2011 31.12.2010

O Grupo está actualmente a utilizar descobertos bancários autorizados no valor de 53.390.972 Euros. Se as actividades

operacionais futuras do Grupo, ou a necessidade de satisfação de compromissos financeiros o exigirem, o valor do referido

descoberto poderá atingir um valor máximo de 76.455.000 Euros, não existindo qualquer restrição na utilização desta

facilidade de financiamento.

Os descobertos bancários vencem juros a taxas normais de mercado para operações similares.

Os restantes financiamentos dizem fundamentalmente respeito a:

(i) quatro programas de papel comercial subscritos pelo Grupo no valor de 14.300.000 Euros, 30.000.000 Euros,

10.000.000 Euros e 5.000.000 Euros cujos prazos vão até 29 de Janeiro de 2014, 15 de Setembro de 2012, 10 de

Setembro de 2013 e 14 de Fevereiro de 2012 respectivamente, tendo como condições de financiamento as taxas de juros

praticadas no mercado para operações similares. Após 31 de Dezembro de 2011 foi assegurada a renegociação do prazo

de reembolso do programa de papel comercial no valor de 5.000.000 Euros, que passou a vencer-se a 15 de Maio de 2012.

(ii) cinco financiamentos de apoio à construção/desenvolvimento imobiliário, com condições de financiamento a taxas de

juros praticadas no mercado para operações similares à data da contratação, cujos valores, prazos e forma de reembolso

se podem detalhar da seguinte forma:

- financiamento no valor de 7.826.462 Euros amortizado, regra geral, por cada escritura realizada, momento em que o

banco emitirá um distrate de amortização da divida correspondente à fracção vendida, com limite máximo para o reembolso

a 1 de Agosto de 2012,

- financiamento de 25.000.000 Euros com vencimento a 31 de Julho de 2023, sendo amortizado em vinte e três prestações

semestrais, iguais e sucessivas, vencendo-se a primeira a 31 de Janeiro de 2012,

- financiamento de 31.060.685 Euros amortizado, regra geral, por cada escritura realizada, momento em que o banco

emitirá um distrate de amortização da divida correspondente à fracção vendida, com limite máximo para o reembolso a 22

de Dezembro de 2013;

- financiamento de 11.412.459 de Euros, regra geral amortizado por cada escritura realizada, momento em que o banco

emitirá um distrate de amortização de dívida correspondente à fracção vendida, com o limite máximo para o reembolso até

16 de Junho de 2012.

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- financiamento de 8.137.677 Euros que será amortizado sessenta e quatro prestações iguais e sucessivas com final 11 de

Fevereiro de 2028

(ii) operações de locação financeira utilizados para financiar aquisições de equipamentos, com uma duração média de 48

meses, com condições financeiras similares às praticadas no mercado para operações da mesma natureza e maturidade.

O valor apresentado como Outros empréstimos está relacionado com o recebimento de um incentivo reembolsável de

2.500.000,00 Euros, obtido ao abrigo do SIME – Sistema de Incentivos à Modernização da Economia, junto do Instituto de

Financiamento e Apoio ao Turismo (“IFT”), em 30 de Julho de 2002. O incentivo não vence juros e foi atribuído por um

prazo de 10 anos. Durante o exercício de 2011, foi negociada a prorrogação dos reembolsos a efectuar por mais 2 anos,

sendo a sua amortização efectuada em prestações semestrais sucessivas e iguais após um período de carência de 3 anos.

Anos Saldo inicial Amortização Saldo Final

2011 879.888 263.966 615.922

2012 615.922 175.978 439.944

2013 439.944 175.978 263.967

2014 263.967 175.978 87.989

2015 87.989 87.989

39. ADIANTAMENTOS DE CLIENTES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a posição detalhada dos adiantamentos de clientes pode fazer-se, por localização

geográfica, da seguinte forma:

Entidade 31.12.2011 31.12.2010

Passivo não corrente:

Portugal (reservas de apartamentos e villas) 189.462 187.454

Sub-total 189.462 187.454

Entidade 31.12.2011 31.12.2010

Passivo corrente (empreitadas):

Gana (Nota 45) 3.355.200 12.641.222

Portugal 8.141.887 9.769.778

Cabo Verde (Nota 45) 3.362.566 7.256.626

Senegal (Nota 45) 8.225.546

Guiné Equatorial (Nota 45) 12.151.711 5.942.627

Polónia (Nota 45) 2.605.425

Sub-total 35.236.910 38.215.678

Totais 35.426.372 38.403.132

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40. OUTRAS CONTAS A PAGAR

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a posição detalhada das outras contas a pagar pode fazer-se da seguinte forma:

Entidade/Rubrica 31.12.2011 31.12.2010

Passivo não corrente:

Consignação de equipamento  129.034

Total passivo não corrente 129.034

Passivo corrente:

Credores por acréscimos de gastos:

Remunerações a liquidar 4.628.652 3.959.640

Contrafacturação de consorciados a liquidar 1.454.936 2.868.817

Juros de suprimentos a liquidar (Notas 21 e 43) 452.254 157.734

Seguros a liquidar 7.406

Trabalhos de subcontratos a liquidar 971.304 1.349.728

Honorários a liquidar 30.430

Juros bancários a liquidar 1.071.127 1.077.074

Comissões de montagem/colocação papel comercial a liquidar 344.935

Imposto Municipal sobre Imóveis a liquidar 112.037 181.413

Taxa de conservação de esgotos a liquidar 8.993 23.022

Encargos bancários a liquidar 24.996 21.072

Autos de subempreiteiros aprovados mas não facturados 18.499 20.457

Custos com cobertura de taxa de juro a liquidar 30.296 56.657

Encargos com a cedência de infraestruturas à Camara Municipal de Óbidos a liquidar 440.114

Outros serviços a liquidar 2.115.967 3.865.209

Sub-total 11.711.946 13.580.823

Outros credores:

Agrupadas do NHBraga, ACE (Nota 43) 386.859

Agrupadas do Aeroestações, ACE (Nota 43) 194.775

Agrupadas do Interpaço, ACE (Nota 43) 204.153

Soeco, S.A. 2.800.312 8.656.363

Oceânico Lusoirlandes Inv.Imob.Tur., S.A. 5.143.466

Agrupadas do LACE - Litoral Atlântico Construtores, ACE (Nota 43) 58.000 166.050

Agrupadas da LMNS Atlântico, ACE (Nota 43) 125.000

Remunerações a liquidar ao pessoal 3.944 100.001

Depósitos de caução 58.504 68.285

Agrupadas do TACE, ACE (Nota 43) 60.000

Outros credores 1.600.243 760.280

Sub-total 5.306.790 15.079.445

Fornecedores de Investimento:

Agrupadas do Aerómetro, ACE (Nota 43) 113.558

Outros fornecimentos de investimento 554.220 437.995

Sub-total 554.220 551.553

Total passivo corrente 17.572.956 29.211.821

Total 17.572.956 29.340.855

O saldo a pagar à Oceânico Lusoirlandês de 5.142.465,79 Euros foi pago em espécie com a celebração de escrituras de 32

lotes de valor equivalente no exercício de 2011.

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41. FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as contas a pagar a fornecedores podem, quanto à sua antiguidade, detalhar-se da

seguinte forma:

Descrição

Fornecedores conta

corrente - nacionais

Fornecedores conta

corrente - outros países

Forn. facturas em

recepção e conferência

Rentenções a

fornecedoresTotal

Fornecedores conta

corrente - nacionais

Forn. facturas em

recepção e conferência

Rentenções a

fornecedoresTotal

Não Vencido 34.564.330 20.417.187 138.895 55.120.412 63.528.108 86.584 63.614.692

Até 1 Ano 26.659.631 633.794 27.293.425

1-3 Anos 24.490.370 21.697 24.512.067 63.201.326 63.201.326

Superior a 3 Anos 4.986.543 598.533 399.486 5.984.562 3.011.065 265.495 3.276.560

Total 90.700.874 21.671.211 138.895 399.486 112.910.466 129.740.499 86.584 265.495 130.092.578

31.12.2011 31.12.2010

Os valores apresentados com uma antiguidade mais significativa estão fundamentalmente relacionados com a actividade

desenvolvida pela empresa MSF Engenharia, S.A. e são gerados por: (i) retenções efectuadas a fornecedores no acto de

pagamento, e que são utilizadas como forma de caucionar o bom cumprimento contratual em substituição de garantia

bancária; (ii) valores em dívida a fornecedores em relação de transparência com o MSF Engenharia, S.A., pelo que o

pagamento dos montantes em dívida está dependente do recebimento pela MSF Engenharia, S.A. dos valores em dívida; e

(iii) valores facturados por fornecedores, mas não totalmente reconhecidos pela MSF Engenharia, S.A. aguardando-se

notas de crédito totais ou parciais.

42. INSTRUMENTOS DERIVADOS

O Conselho de Administração identificou a exposição ao risco cambial, fruto da actividade desenvolvida internacionalmente,

e o risco de taxa de juro, fruto dos financiamentos contraídos junto do mercado, como um risco significativo a acrescer ao

risco normal da operação da sociedade. Como forma de expurgar estes risco foram contratados sete instrumentos

derivados – três deliverable forwards e quatro swaps de taxas de juro – com o objectivo de fixar o câmbio EUR/USD, e o

indexante que remunera os financiamentos obtidos procurando, por esta via, efectuar a cobertura do risco de fluxo de caixa

inerente ao recebimento de montantes em dólares americanos (USD), e ao pagamento dos juros dos financiamentos

contraídos, trocando a taxa variável por taxa fixa, respectivamente.

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53

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a posição detalhada dos instrumentos derivados no balanço pode fazer-se da

seguinte forma:

Quantias cobertas

Reconhecido

em capitais

próprios

Reconhecido

em resultadosTotal

Risco de taxa de juro de instrumentos de dívida

mensurados ao custo amortizado

SWAP Taxa de Juro (a) Financiamento M L prazo 44.229.068 Swap taxa de juro

SWAP Taxa de Juro (b) Financiamento M L prazo 8.137.644 Swap taxa de juro

Risco de taxa de câmbio em compromissos

firmes ou em transacções de elevada

probabilidade futura

SWAP Taxa de Câmbio EUR/USD

Posição liquida de

tesouraria 74.325.000 Forward flexível -4.607.714 -4.607.714

Totais 126.691.712 -4.607.714 -4.607.714

31.12.2011

Elementos cobertos Instrumentos derivados

Descrição Descrição

Justo valor MSF ENG

Quantias cobertasReconhecido em

capitais próprios

Reconhecido

em resultadosTotal

Risco de taxa de juro de instrumentos de dívida

mensurados ao custo amortizado

SWAP Taxa de Juro Financiamento ML prazo 10.000.000 Swap taxa de juro -262.513 -262.513

SWAP Taxa de Juro Financiamento ML prazo 20.135.154 Swap taxa de juro

Risco de taxa de câmbio em compromissos firmes ou

em transacções de elevada probabilidade futura

SWAP Taxa de Câmbio EUR/USD Posição liquida de tesouraria 30.000.000 Forward flexível -741.089 -741.089

Totais 60.135.154 -741.089 -262.513 -1.003.602

Descrição

Justo valor

31.12.2010

Elementos cobertos Instrumentos derivados

Descrição

(a) Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o justo valor deste instrumento derivado é negativo em 2.473.938 Euros e

399.707 Euros, respectivamente.

(b) Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o justo valor deste instrumento derivado é negativo em 305.497 Euros e positivo

em 259.299 Euros, respectivamente.

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43. PARTES RELACIONADAS

A informação sobre saldos entre empresas do grupo e outras partes relacionadas para os exercícios findos em 31 de

Dezembro de 2011, com os respectivos comparativos, pode ser apresentada como se segue:

Clientes e outras

contas a receberAccionistas

Adiantamentos a

fornecedores

Acréscimo de

rendimentos

Fornecedores e outras

contas a pagarAccionistas

Acréscimo de

gastos

(Nota 30) (Nota 29) (Nota 33) (Notas 20 e 30) (Nota 40) (Nota 29) (Notas 21 e 40)

Accionistas 8.057.606 360.887

SMLN Concessões, S.A. 2.291.061

AEBT – AE Baixo Tejo, S.A. 4.428

Auto Estradas do Litoral Oeste, S.A. 20.300

Auto Estradas do Atlântico, S.A. 30.450

AEO - Auto Estradas do Oeste, S.A. 23.854.137 1.229.118

TDM – Túnel do Marão 471.150

Onetier Partners, SGPS 2.774.150 91.367

Geira, S.A. 121.800

Accionistas da MSF/LENA – Investimentos

nos Balcãs, S.A 7 7

Asterion, ACE 147.577

Alepu 2003 Ltd 46.222

Agrupadas dos ACE's 811.429 910.282 5.708.908 2.444.030 319.982

Outros 60 63

Totais 1.459.557 27.249.346 5.708.908 1.229.118 2.444.030 11.151.808 452.254

31.12.2011

Empresas

Saldos

Clientes e outras

contas a receber

Accionistas Acréscimo de

rendimentos

Fornecedores e outras

contas a pagar

Accionistas Acréscimo de

gastos

(Nota 30) (Nota 29) (Notas 20 e 30) (Nota 40) (Nota 29) (Nota 21)

Accionistas 7.000.000 75.982

AEO - Auto Estradas do Oeste, S.A. 3.300.000 13.042.383 258.781

SMLN Concessões, S.A. 2.897.273

AEBT – AE Baixo Tejo, S.A. 2.178

Auto Estradas do Litoral Oeste, S.A. 9.950

Auto Estradas do Atlântico, S.A. 4.975

TDM – Túnel do Marão 26.136

Onetier Partners, SGPS 2.692.398 81.752

Geira, S.A. 26.659

Accionistas da MSF/LENA – Investimentos

nos Balcãs, S.A 7 7

Asterion, ACE 120.548

Alepu 2003 Ltd 46.222

Agrupadas dos ACE’s 8.611.588 274.799 464.608 340.610

Outros 8.189 3

Totais 11.981.486 16.389.421 258.781 464.608 10.033.018 157.734

31.12.2010

Empresas

Saldos

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Para as relações entre empresas do grupo e partes relacionadas estão definidos prazos de pagamento médios de trinta

dias que são genericamente cumpridos e que, consequentemente, não obrigam à constituição de qualquer perda por

imparidade para dívidas a receber de partes relacionadas.

A informação sobre transacções com empresas do grupo e outras partes relacionadas para o exercício findo em 31 de

Dezembro de 2011, com os respectivos valores comparativos, pode ser apresentada como se segue:

Vendas e serviços

prestados

Juros e rendimentos

similares

Outros rendimentos

e ganhos

Fornecimentos e

serviços externos

Juros e gastos

similares

Financiamento

ConcedidoFinanciamento Obtido

(Nota 20) (Nota 17) (Nota 21)

Accionistas 839.405 360.887 1.000.000 2.057.606

Auto Estradas do Oeste, S.A. 1.229.118 10.811.754

Asterion, ACE 27.029

AEBT - AE Baixo Tejo, S.A. 7.200

Auto Estradas do Litoral Oeste, S.A. 240.000

Auto Estradas do Atlântico, S.A. 30.000

TDM – Túnel do Marão 329.400

Onetier Partners, SGPS 91.367 81.752

Geira, S.A. 120.000

Totais 726.600 1.229.118 839.405 452.254 11.838.783 2.139.358

31.12.2011

Empresas

Transacções

Vendas e serviços

prestados

Outros rendimentos

e ganhos

Juros e rendimentos

similares

Fornecimentos e

serviços externos

Juros e gastos

similares

Financiamento

Concedido

Financiamento

Obtido

(Nota 17) (Nota 20) (Nota 21)

Accionistas 1.837.853 75.982 1.000.000 8.000.000

Auto Estradas do Oeste, S.A. 258.781 13.042.383

SMLN Concessões, S.A. 1.060.000

AEBT - AE Baixo Tejo, S.A. 12.060

Auto Estradas do Litoral Oeste, S.A. 328.500

Auto Estradas do Atlântico, S.A. 57.500

TDM – Túnel do Marão 129.600

Onetier Partners, SGPS 81.752 122.536

Geira, S.A. 22.032 825

Totais 549.692 1.837.853 259.606 157.734 15.102.383 8.122.536

Empresas

Transacções

31.12.2010

Adicionalmente, no decorrer dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a Empresa alienou aos seus

accionistas 1.000.000 e 2.189.250 acções do B.I.G., S.A., originando mais-valias de 839.405 Euros e 1.837.667 Euros,

respectivamente (Nota 17).

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56

44. GARANTIAS BANCÁRIAS E OUTRAS RESPONSADBILIDADES

Garantias bancárias:

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o Grupo havia assumido responsabilidades por garantias bancárias prestadas a favor

de terceiros, no valor total de 249.008.131 Euros e 260.321.785 Euros, respectivamente. O detalhe destas

responsabilidades, por tipo, pode ser apresentado da seguinte forma:

Descritivo 31.12.2011 31.12.2010

Garantias de adiantamento de obras 37.977.927 47.119.512

Garantias de bom cumprimento de obras 103.618.605 91.311.648

Garantias de concursos 13.935.669 12.141.071

Garantias de caução de energia/água 96.303 95.335

Garantias de tribunal 110.920 105.566

Garantias de pagamentos 4.782.246 5.699.232

Garantias de subscrição de capital (concessões) 88.237.343 102.512.060

Garantias de outros 249.118 1.337.361

Totais 249.008.131 260.321.785

Penhores:

Ao abrigo do contrato de empréstimo com garantias foi dado, como garantia do financiamento, penhor das acções que

compõem o capital social da MSF Oeste, S.G.P.S., S.A. e as acções por esta detida na AEO – Auto Estradas do Oeste,

S.A. (Nota 38).

Hipotecas:

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 existiam hipotecas para garantia de financiamentos sobre diversos activos imobiliários

do Grupo, como segue:

- Empreendimento “A Fábrica”;

- Condomínio do Infante;

- Royal Óbidos Resort;

- Edifício Multifuncional de Lagos;

- Natura Towers;

- Imóveis ainda disponíveis para venda no Edifício Pedro Álvares Cabral, no Edifício D. João II e as lojas do Edifício

Astrolábio.

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57

45. CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a composição do rédito, custos e perdas reconhecidos relativamente a contratos de

construção pode detalhar-se da seguinte forma:

Reconhecido no

exercício

Acumulado à

data

Reconhecido no

exercícioAcumulado à data

Rédito reconhecido 387.731.854 709.565.487 281.901.256 753.666.044

Custos incorridos 351.788.044 678.842.472 243.928.646 727.500.779

Margem imputada por ACE’s 9.580.189 16.162.173 37.972.607 26.165.265

31.12.2011 31.12.2010

No contexto das obras em curso está também reconhecido um valor de adiantamentos recebidos de clientes de cerca de

35.236.910 Euros em 31 de Dezembro de 2011 e de 38.215.678 Euros em 31 de Dezembro de 2010 (Nota 39).

Conforme evidenciado na Nota 23 e no Relatório de Gestão, algumas empresas do Grupo têm vindo a intensificar o seu

esforço de internacionalização, estando presente nos seguintes mercados estrangeiros: Polónia, Angola, Guiné-Equatorial,

Senegal, Gana e Cabo Verde, onde desenvolve essencialmente obras públicas, para os governos ou entidades públicas

daqueles países.

Em 31 de Dezembro de 2011, a Empresa tem contas a receber de clientes e outros devedores e acréscimos de proveitos

relativamente às obras realizadas naqueles mercados geográficos, que são parcialmente compensados por adiantamentos

de clientes e proveitos diferidos, como segue:

País

Acréscimos de

rendimentos

Clientes e outras

contas a receber

Adiantamento de

clientes

Polónia 2.959.835 131.734

Guiné Equatorial 25.243.083 23.184.964 12.151.711

Gana 21.073.136 3.355.200

Senegal 2.921.777 30.374.934 8.225.546

Angola 71.953.050

Cabo Verde 2.862.377 8.943.716 3.362.566

Totais 33.987.072 155.661.534 27.095.023

31.12.2011

País

Acréscimos de

rendimentos

Clientes e outras

contas a receber

Adiantamento de

clientes

Polónia 16.043.426 537.957 2.101.079

Guiné Equatorial 24.804.009 20.818.370 5.942.627

Gana 4.369.025 21.270.814 12.641.222

Senegal 296.620 2.757.764

Angola 87.721.884

Cabo Verde 5.871.193 5.529.623 7.256.626

Totais 51.384.273 138.636.412 27.941.554

31.12.2010

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58

46. CONCILIAÇÃO ENTRE DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS E FUNÇÕES

Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a conciliação entre os valores apresentados nas demonstrações dos resultados que

fazem parte integrante das demonstrações financeiras pode ser apresentada da seguinte forma:

DR POR NATUREZAS RECLASSIFICAÇÕES DR POR FUNÇÕES

Resultado operacional 20.419.212 5.222.193 15.197.019

Resultado financeiro -13.437.398 -5.222.193 -8.215.205

Resultados antes de impostos 6.981.814 6.981.814

Imposto sobre o rendimento do exercício -5.930.698 -5.930.698

Resultado líquido do exercício 1.051.116 1.051.116

Resultado líquido atribuível ao grupo 1.016.180 1.016.180

Resultado líquido atribuível a interesses minoritários 34.936 34.936

31.12.2011

DR POR NATUREZAS RECLASSIFICAÇÕES DR POR FUNÇÕES

Resultado operacional 12.844.768 -1.447.509 11.397.259

Resultado financeiro -7.793.402 1.447.509 -6.345.893

Resultados antes de impostos 5.051.366 5.051.366

Imposto sobre o rendimento do exercício -2.282.090 -2.282.090

Resultado líquido do exercício 2.769.276 2.769.276

Resultado líquido atribuível ao grupo 2.889.088 2.889.088

Resultado líquido atribuível a interesses minoritários -119.813 -119.813

31.12.2010

47. INTERESSES MINORITÁRIOS

Os interesses minoritários nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 respeitam, exclusivamente, a 12,5%

do capital próprio da MSF-TUR.IM, S.G.P.S., S.A..

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48. DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

48.1 HONORÁRIOS FACTURADOS PELOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS

Considerando as exigências de divulgação estipuladas pelo nº2 do art.66º-A do Código das Sociedades Comerciais o valor

dos honorários facturados pelos Revisores Oficiais de Contas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e

2010 podem ser apresentados da seguinte forma:

Honorários

facturados

Efeitos das

periodizaçõesTotais

Honorários

facturados

Efeitos das

periodizaçõesTotais

Revisão legal das contas 43.690 64.950 108.640 82.662 35.603 118.265

Total 43.690 64.950 108.640 82.662 35.603 118.265

31.12.2011 31.12.2010

49. EVENTOS SUBSEQUENTES

Após o termo do exercício destacamos a adjudicação do contrato para a empreitada de Concepção – Construção do

Empreendimento Habitacional para colaboradores da Angola LNG, na cidade do Soyo, Província do Zaire, no Norte de

Angola, no valor de 227 milhões de dólares, a realizar por um consórcio liderado pela MSF Engenharia Angola, Lda. (MSF

Angola), no qual esta detém uma participação de 50%. A obra tem um prazo de execução de 36 meses, estando as

primeiras entregas de habitações previstas para o primeiro quadrimestre de 2014.

Refere-se adicionalmente a confirmação da adjudicação à MSF Angola do contrato de construção do Complexo Industrial

de Assemblagem de produtos electrónicos e electrodomésticos, no valor de 18,8 milhões de dólares pela Inovia, Electrónica

de Angola, Lda.

50. OUTRAS INFORMAÇÕES

50.1 SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS EM INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL

Durante os anos de 2007, 2008 e 2009 a MSF Engenharia, S.A. incorreu em despesas de Investigação e Desenvolvimento

(“I&D”) as quais, no seu entendimento, são susceptíveis de serem elegíveis no âmbito do Sistema de Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento Empresarial (“SIFIDE”), previsto na Lei nº 40/2005, de 3 de Agosto. Neste sentido, a MSF

Engenharia, S.A. apurou uma despesa total elegível de I&D de 358.508 Euros para a qual já foi aprovado um crédito fiscal

de 162.414 Euros relativamente ao ano 2007.

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No que respeita ao exercício de 2008, foi apurada uma despesa total elegível de I&D de 336.932 Euros, correspondente a

um crédito fiscal aprovado de 92.081 Euros. Relativamente aos anos posteriores, a MSF Engenharia, S.A. pretende, de

igual modo e dentro do normativo actual, apresentar candidatura ao SIFIDE de forma a obter a declaração comprovativa de

que as actividades realizadas corresponderam efectivamente a acções de I&D. No entanto, à presente data não foi ainda

apurado o valor da despesa de I&D suportada e consequentemente o respectivo crédito fiscal subjacente às candidaturas a

apresentar.

50.2 OUTROS

Em Dezembro de 2010, o Aerómetro ACE (participado pelo Grupo em 22%) foi notificado da intenção do dono de obra

aplicar duas multas no valor total de, aproximadamente, 20.750.000 Euros, por pretenso incumprimento dos prazos

contratuais da empreitada. O Conselho de Administração, com base na opinião dos responsáveis e dos advogados daquele

ACE, considera que não existe fundamento para a aplicação daquelas multas, tendo apresentado contestação às mesmas,

pelo que não foi registada qualquer provisão para este efeito. Existem inclusivamente reclamações ao cliente não

consideradas nas contas do ACE.

Em 31 de Dezembro de 2011, a participada AEM - Auto-estradas do Marão, S.A. suspendeu a construção do Túnel do

Marão e cessou o cumprimento das obrigações financeiras em Novembro de 2011, encontrando-se em negociações com o

concedente e com os bancos financiadores para desbloquear esta situação. Em consequência, a actividade do Infratúnel –

Construtores do Túnel do Marão, ACE. (“ACE”), no qual o Grupo participa em 45%, encontra-se suspensa desde Junho de

2011, estando a retoma dos trabalhos dependente do resultado das negociações que decorrem entre a Concessionária e o

Estado. No entanto, as demonstrações financeiras do ACE e da AEM, foram preparadas no pressuposto da continuidade

das suas operações, sendo que a realização dos seus activos e a liquidação dos seus passivos dependem do sucesso

futuro daquelas negociações.

O Técnico Oficial de Contas

___________________________________________________

Dr. Paulo José Godinho da Silva Ribeiro

O Conselho de Administração

_________________________________________________ Eng.º Joaquim Carlos Ramalhão Fortunato (Presidente) _________________________________________________ Eng.º José Manuel Ramalhão Fortunato

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_________________________________________________ Eng.º Carlos Pompeu Ramalhão Fortunato _________________________________________________ Eng.º José Manuel Brito da Mana Ramalhão Fortunato _________________________________________________ Dra. Margarida Maria Corvelo Borges de Menezes _________________________________________________ Eng.º José Ernesto Cirilo Custódio dos Santos _________________________________________________ Dra. Maria Carlos Ramalhão Fortunato Leça Ramada _________________________________________________ Dr. Tiago Brito da Mana Ramalhão Fortunato

_________________________________________________ Dra. Ana Maria Louro de Aragão Teixeira de Sande e Lemos

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MSF - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.ARua Frederico George, nº37, Alto da Faia 1600-468 Lisboawww.msfsgps.pt