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I RELATÓRIO NACIONAL SOBRE GESTÃO E USO SUSTENTÁVEL DA FAUNA SILVESTRE

I RELATÓRIO NACIONAL SOBRE GESTÃO E USO FAUNA … · Traçar comparativos de experiências de gestões internacionais com as nacionais, propondo procedimentos de “correções”

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I RELATÓRIO NACIONAL

SOBRE GESTÃO E USO

SUSTENTÁVEL DA

FAUNA SILVESTRE

Objetivo Principal:

Apresentar uma análise técnica sobre a atual situação da fauna silvestre e exótica no

Brasil e suas implicações sociais, econômicas, ambientais e jurídicas, oferecendo um

marco teórico para subsidiar a proposição de políticas públicas, objetivando a criação de

um Código Nacional da Fauna Silvestre.

Objetivos Específicos:

Analisar a gestão pública da fauna silvestre e exótica no país;

Fortalecer os mecanismos de controle e fiscalização ambiental;

Sugerir critérios para o manejo da fauna silvestre e exótica;

Aperfeiçoar o modelo de gestão pública da fauna silvestre brasileira;

Estimular o aprimoramento das técnicas de uso sustentável da fauna silvestre;

Ampliar e fortalecer a contribuição dos criadouros, zoológicos, centros de manejo e demais

mantenedores de fauna para a conservação biodiversidade;

Contribuir para a implantação de uma política pública para a gestão e o uso da fauna

silvestres no país.

Resultados esperados no âmbito governamental:

Aplicação efetiva das normas e convenções internacionais sobre a gestão da biodiversidade,

das quais o Brasil é signatário;

Proposição e adoção de novos procedimentos sobre a gestão da fauna;

Aprimoramento da política nacional para a proteção da biodiversidade;

Disseminação da legislação ambiental vigente;

Aperfeiçoamento dos programas de pesquisa e manejo de animais silvestres;

Ampliação dos casos de sucesso dos programas de conservação da biodiversidade.

Resultados esperados no âmbito socioambiental:

Redução da demanda nacional por animais silvestres de origem ilegal;

Aperfeiçoamento da criação comercial e conservacionista no país;

Maior participação dos responsáveis pelos programas de preservação da fauna silvestre nas

ações de conservação ambiental;

Maior divulgação na mídia sobre os casos de sucesso dos programas de conservação das

espécies silvestres;

Ampliação e aprimoramento da cooperação científica entre os gestores dos programas para

o manejo da fauna;

Acréscimo no êxito nas ações de conservação da biodiversidade brasileira.

Estrutura do Relatório:

Cada capítulo está estruturado com uma introdução específica sobre o tema discutido, ao

todo são 7 capítulos;

Cada um dos capítulos possui um ou dois artigos de analistas e/ou pesquisadores com

notório conhecimento sobre o conteúdo abordado, no total são 54 artigos;

Para ilustrar cada um dos temas, foram eleitos 52 casos emplemáticos na área da

conservação e uso sustentável de fauna selvagem em vários países do mundo, inclusive no

Brasil;

O capítulo 7 faz uma análise sobre da situação atual e apresenta medidas que podem ser

adotadas para reverter o atual modelo de gestão da fauna no País.

Números do setor:

4 bilhões reais em faturamento (comércio de animais e produtos e serviços afins);

288 mil empregos diretos + 378 mil empregos indiretos;

307 mil empreendimentos devidamente licenciados nos órgão públicos de gestão;

3,63 milhões de espécimes em cativeiro;

Mais de 500 espécies criadas (não incluídos vertebrados e invertebrados aquáticos);

Brasil: 43 milhões de animais em domicílio (aves, peixes ornamentais e outros); 2º mercado de animais de estimação; 1º mercado em aves canoras e ornamentais; 9º em número de répteis e pequenos mamíferos; 10º em número de peixes ornamentais.

Potencial do setor:

Criar o domínio sobre o conhecimento biológico, taxonômico e zoogeográfico das espécies

silvestres, proporcionando o controle sobre a biodiversidade nacional;

Salvaguardar as espécies em cativeiro para a conservação, formando bancos genéticos vivos

a partir das coleções zoológicas;

Alavancar as pesquisas com as espécies nacionais, visando a conservação;

Desenvolver técnicas de manutenção e reprodução em cativeiro;

Regulamentar o uso econômico de centenas de espécies silvestres;

Identificar, avaliar e promover experiências práticas, tecnologias, negócios e mercados para

produtos oriundos da utilização sustentável da biodiversidade;

Combater o comércio ilícito através da oferta de animais vivos, partes, produtos e

subprodutos como bens de origem legal e sustentável.

Amparo legal:

A Lei n° 5.197, de 3 de janeiro de 1967 (Art. 6, “b”) ;

Decreto n° 4.339, de 22 de agosto de 2002, Institui os princípios e diretrizes para a implementação da Política

Nacional da Biodiversidade (item 12.3 e seus subitens);

A CITES – Convenção Sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Ameaçadas de Extinção

(Resolução n° 11.16 [Rev. CoP14]) e (Resolução n° 12.10 [Rev. CoP15]); implementado pelo Brasil através do

Decreto n° 3.607/00;

A CDB – Convenção da Diversidade Biológica, implementado pelo Brasil por meio do Decreto n° 2.519, de 16 de

março de 1998, (Artigo 10: Utilização sustentável de componentes da diversidade biológica);

As Metas de Aichi, estabelecidas pela 10ª Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica,

realizada em Nagóia, Japão. (Meta 12 – Reduzir os riscos de extinção e 13 – Salvaguardar a diversidade genética;

Os Princípios e Diretrizes de Addis Abeba, estabelecidos pela CDB em 2004 (Princípio Prático n° 1 – determina

que as políticas públicas e a leis de cada país signatário devem ser compatíveis com as determinações da CDB).

Desafios para o setor:

Buscar segurança jurídica para a gestão das atividades do setor faunístico;

Colocar em prática o incentivo e o fomento já previstos em leis;

Enfrentar a burocratização nos procedimentos de licenciamento e gestão;

Criar novas técnicas de criação e implementar novas tecnologias;

Inserir novas espécies na criação objetivando a sua conservação, sobretudo aquelas ameaçadas

e sem apelo econômico;

Criar um código de ética amplo que norteiem os procedimentos das atividades de uso da fauna;

Desempenhar papel de destaque e liderança na conservação das espécies nacionais, sobretudo

as ameaçadas de extinção.

Necessidades para o crescimento:

Criar e consolidar uma legislação específica (objetivando a segurança jurídica);

Buscar e fortalecer os mecanismos de incentivos fiscais e de crédito para a criação e a aplicação de

tecnologias, além de fomentar os empreendimentos e programas voltados para o uso sustentável da fauna;

Identificar, avaliar e promover experiências, práticas, tecnologias, negócios e mercados para produtos

oriundos do uso sustentável da biodiversidade, incentivando a certificação dos processos e produtos;

Promover a inserção de espécies nativas com valor comercial no mercado interno e externo, bem como a

diversificação da utilização sustentável destas espécies;

Apoiar, de forma integrada, a domesticação e o uso sustentável das espécies nativas da fauna com

potencial econômico, agregando valor social e cultural.

Perfil do Relatório:

Expõe as deficiências concretas na gestão pública, danosas ao setor e a conservação;

Qualifica a insegurança jurídica das atividades de uso da fauna silvestre e exótica, e os danos

causados à pesquisa e ao domínio científico das espécies;

Aborda “cases” de sucesso e insucessos na gestão de diversas atividades de uso da fauna

silvestre e exótica, traçando comparativos de gestão pública da fauna internacional com as

experiências nacionais;

Cria panoramas possíveis para o mercado e empreendimentos de uso da fauna, mudando

paradigmas obsoletos e retrógrados, corrompedores do uso sustentável;

Quantifica em números consolidados a realidade das atividades de uso da fauna e a variação

desta diante da governança nacional.

Propostas apresentadas pelo Relatório:

Criar instrumentos de garantia para a perpetuação de espécies silvestres;

Alertar e conscientizar o poder público e a sociedade sobre a importância estratégica da

biodiversidade de fauna, seja nos quesitos de conservação, uso sustentável dos recursos e

benefícios socioeconômicos advindos da atividade;

Apontar ferramentas para a maior e melhor efetividade no combate ao comércio ilegal de

fauna e seus produtos;

Traçar comparativos de experiências de gestões internacionais com as nacionais, propondo

procedimentos de “correções” na governança nacional;

Propor uma minuta de um Projeto de Lei para a efetivação do licenciamento e gestão da

fauna nos estados e no Distrito Federal, diante das competências criadas pela LC n° 140/11.

Obrigado!