IBASE - Relatório 2009

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    Ibase Instituto Brasileiro de AnlisesSociais e Econmicas

    A. Rio Branco, 124/8 andar CentroCEP 20040-916 Rio de Janeiro RJTel.: +(21) 2178.9400 Fax: +(21) 2178.9402

    [email protected]

    Conselho Curador

    Sebastio Soares presidenteJoo Gerra ice-presidente

    Carlos Afonso 1 secretrioNdia Reboas 2 secretria

    Sonia Caralho 3 secretria

    Suplenes

    Cladis CecconCleonice Dias

    Carla RodrigesJean-Pierre Leroy

    Jorge Romano

    Conselho Fiscal

    Jaime Patalano

    Pedro CelestinoMrio Osaa

    Suplenes

    Lia BlowerManel Lapa e Sila

    Celso Japiass

    Direo-execuiva

    Cndido Grzybowski diretor-geral

    Dlce PandolfiFrancisco Menezes

    Coordenadores(as)

    Antonia RodrigesFernanda Caralho

    Itamar SilaJoo Roberto Lopes Pinto

    Lzmere Demoner

    Moema MirandaRenata Lins

    Relario Ibase 2009

    Tambm disponel em

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    SuMRIO

    Pare I Desaques dos resulados do Ibase .................4

    I Objetivo estratgico de articulao e fortalecimentodo tecido associativo ........................ ......................... ............... 5

    II Objetivo estratgico de incidncia poltica ...................... ... 7

    III Objetivo estratgico de contribuir para uma culturademocrtica de direitos ..................... ......................... ............... 8

    Pare II Iniciaivas agregadoras ..................................11

    A. Frum Social Mundial ........................................................ 12

    B. Fruns temticos ....................... ........................ ................. 12

    C. Viabilizao de acordo programtico do GPN .................... 13

    D. Plataforma Ibase ................................................................ 13

    E. Dilogo Sul-Sul .................................................................. 14

    F. Iniciativas de luta contra o racismo .................................... 151. Dilogos contra o racismo ........................................... 152. Combate ao racismo ................................................... 15

    G. Observatrio da Cidadania para o PAC nas favelas ........... 15

    H. Indicadores Ibase de cidadania ......................................... 16

    I. Cine Ibase .......................................................................... 16

    Pare III Linhas programicas ...................................17

    A. Alternativas democrticas globalizao ........................ . 18

    B. Desenvolvimento e direitos ............................................... 18

    C. Direito cidade ...................... ......................... ................. 19

    D. Economia Solidria ............................................................ 21

    E. Juventude, democracia e participao ..................... ......... 22

    F. Observatrio da Cidadania: direitos e diversidade .............. 23

    G. Responsabilidade social e tica nas organizaes ............. 24

    H. Soberania e segurana alimentar e nutricional ................. 25

    Pare IV Esragias insiucionais .............................27

    A. Administrao e finanas .................................................. 28

    B. Comunicao ....................... ......................... .................... 29

    C. Relaes institucionais ........................ ......................... ..... 30

    Pare V Compromissos, riscos e resulados ..............32

    Pare VI Balano social ..............................................39

    Parcerias de financiameno ..........................................48

    Anexo 1 .........................................................................49

    Anexo 2...........................................................................56

    Siglas e abreviauras .....................................................61

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    PARTE I

    Desaquesdos resuladosdo Ibase

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    PARtE I

    DESTAquES DOS RESuLTADOS DO IBASE

    No ano de 2009, em m contexto de crise e incertezas, o Ibase de importantes passos emdireo ao enfrentamento dos desafios de se reinentar e criar noas bases de sstentabilidade

    poltica e financeira e contribi de forma efetia para o processo de democratizao sbstantia,sa razo de ser. A estratgia de priorizar iniciatias agregadoras tanto internamente como em

    sa atao externa, de forma a ampliar impacto, em se reelando fecnda. Porm, mito aindaprecisa ser feito. O Ibase entro em ma fase de transio, de refundao eaggiornamento1,realizando a sa sexta Plataforma com esse esprito.

    Para o Ibase, to profndamente engajado no processo do Frm Social Mndial (FSM) e apos-

    tando e otro mndo possel, a grande crise econmica e financeira da globalizaocapitalista, pxada pelos pases desenolidos, torna necessrio otro mndo. Para alm das

    contradies do desenolimento socialmente excldente e destridor da natreza em escalaglobal como a ameaa da mdana climtica reela de forma dramtica , impe-se a neces-sidade de aaliar nossa responsabilidade como organizao de cidadania atia na constro

    desse otro mndo. uma responsabilidade e tem sas razes na cidade do Rio de Janeiro,no Brasil e na regio sl-americana, e e nos lea, cada ez mais, a cooperar com redes e

    frns sem fronteiras.

    O desafio de monta e, em 2009, tiemos clareza de sa profndidade e extenso. No o

    fato de sermos ma peena organizao e dee orientar a aaliao de nosso agir o atlimitar a osadia. Precisamos aaliar se as sementes cltrais e polticas e plantamos ingame contribem efetiamente, com base na radicalizao da democracia, para a constro, desde

    ai e agora, de sociedades sstenteis, jstas social e ambientalmente, participatias, nas aistodos os direitos hmanos sejam referncia do bem-ier para todos os seres hmanos.

    I Objeivo esragico de ariculao eforalecimeno do ecido associaivo

    O ano de 2009 mostro a grande potencialidade da iniciatia Dilogo Sul-Sul, e tem oIbase como idealizador e ma das principais foras de empxe, com a Trst for CommnityOtreach and Edcation (TCOE), da frica do Sl, e a unio Nacional de Camponeses (unac),de Moambie. Sob liderana dessas organizaes, existem, na Amrica Latina e na frica

    Astral, atios grpos de referncia do projeto compostos por organizaes e moimentos so-ciais de diferentes pases. Para chegar ao escopo atal, o projeto passo por mitas tentatias

    mais o menos exitosas. Inspirado no FSM e sempre com ele entrelaado, o projeto ai alm,procrando criar ma agenda enraizada na cidadania atia e nos processos de cooperao

    Sl-Sl. Trata-se de m dilogo intermoimentos e organizaes, com base na diersidade depoos e cltras.

    1 Atalizao com renoao.

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    PARtE I

    DESTAquES DOS RESuLTADOS DO IBASE

    Desde 2006, e particlarmente de 2008 para c, o projeto passo a desenoler ma rede dealianas e, hoje, o tornam referncia e contribem para a sa expanso. Em 2009, abri-se

    ma frente de dilogo com a Associao Brasileira de Cooperao (ABC) e a Secretaria-Geral daPresidncia da Repblica, permitindo a inda de importante grpo africano ao FSM em Belm e,

    logo aps, a m seminrio de intercmbio de sociedades ciis e goernos, em Braslia. Mais tarde,ma misso brasileira foi organizada para isitar a frica, tendo como esto central o resgate

    de sementes natias para a atonomia dos agricltores familiares e sa segrana alimentar. Hoje,o projeto est sendo desafiado a se estender at a sia. A parceria com a ActionAid Amricas

    e a abertra de m canal jnto ao Departamento para o Desenolimento Internacional (DFID),do Ministrio de Relaes Exteriores da Inglaterra, exigem m alargamento do prprio escopo

    do projeto. No Ibase, foi constitdo m grpo de trabalho e jnta as eipes de SegranaAlimentar, Direito Cidade e Dilogo Sl-Sl para fazer face a esse desafio.

    Para o Ibase, tem sido estratgico articlar-se com organizaes irms e contribir para o

    processo de constro coletia de alternatias de desenolimento institcional. A essa arti-clao, foi dado o nome Grupo Pedras Negras (GPN). Em 2009, abri-se concretamente mcanal de negociao com o Goerno Federal, tendo em ista o financiamento de organizaesde cidadania atia e moimentos sociais no Brasil. Reconhecendo as mdanas na cooperao

    internacional com relao ao Brasil, at ai ma fonte importante de recrsos para a socie-dade ciil engajada na democratizao e promoo dos direitos hmanos, o goerno Lla est

    aberto a negociaes e isem a alternatias de financiamento e formlao de ma polticade Estado para o setor. O GPN aceito o desafio de contribir para isso, endo a importanteoportnidade de aanar sas propostas de criar noas bases de sstentabilidade. Como par-

    ceira do GPN at ai, a Oxfan Noib tambm se enole nas negociaes. Por iniciatia doGPN, foi feita a proposta imediata de m fndo atnomo, com recrsos da cooperao (em

    e Oxfan Noib j sinalizo interesse em participar) e do goerno brasileiro. Alm disto, oGPN aalio a experincia de cofinanciamento de agncias e/o departamentos encarregados

    da poltica de cooperao de pases da Eropa.

    Cabe m destae especial Plataforma Ibase em 2009. Com praticamente toda a eipedo Ibase e mais de 80 participantes de organizaes e moimentos sociais do Brasil e exterior,

    a Plataforma foi m momento de sintonia fina com parceiros(as). Tendo como cenrio a crisemndial, ista como crise de ciilizao, e os desafios para a cidadania planetria, o Ibase i

    na Plataforma a possibilidade de dar ma irada e iniciar a sa reconstro com o objetio deamentar se impacto na sociedade. Esse processo de erdadeira refndao e aggiornamento

    tee incio apenas em 2009. E o Ibase no er mant-lo como ma esto apenas interna,de definies estratgicas de direo e eipes sob a orientao do Conselho Crador. Para o

    Ibase, dee ser feito com os(as) parceiro(as), posicionando-se como m nodo de ma extensarede. Da o conite a todos e todas para participarem na definio dos rmos institcionais

    do Ibase. Da, tambm, o conite a todo(as) para se jntarem ao Ibase na extensa rede deAmigos(as) do Ibase, iniciatia annciada no fim da Plataforma. Importante foi a sinalizaoinstitcional para e seja osada e inoadora, bem enraizada localmente e, ao mesmo tempo,grande articladora da sociedade ciil planetria.

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    PARtE I

    DESTAquES DOS RESuLTADOS DO IBASE

    II Objeivo esragico de incidncia policaAi, importa destacar, pela noidade, o esforo de constitir m espao de controle socialsobre o Programa de Acelerao do Crescimento (PAC) urbanizao de Faelas. Trata-se ainda

    de ma experincia embrionria, e ainda precisa ser expandida e mais bem testada comomecanismo de participao da cidadania e de incidncia nas polticas pblicas. O protocolo de

    cooperao entre Caixa Econmica Federal (CAIXA) e Ibase foi assinado em 2008. Com basenele, foi assinado tambm o projeto incial do Observatrio da Cidadania para o PAC nasFaelas, de 8 meses, com foco na intereno goernamental no Complexo de Manginhos. Aproposta do Ibase foi no sentido de potencializar a intereno para e seja assmida pelacidadania e pela cidade como ma poltica e diz respeito a todo(as) e no s s faelas.

    Para isso, alm de leantar dados e informaes e possam alimentar os debates, o Ibasese props a desenoler ma metodologia de dilogo e concertao, com istas ao controle

    social das obras.

    Assim, foi constitdo o Frum da Cidadania, com representantes das comnidades de faelas,organizaes de cidadania atia, moimentos sociais, entidades profissionais e empresariais,intelectais, polticos, rgos goernamentais e gestores das polticas em esto. Foi posselrealizar trs sesses do Frm da Cidadania, ma delas na Fiocrz, no centro do Complexo

    de Manginhos. uma sistematizao da metodologia o principal prodto do projeto, masprecisa ser testada de forma mais ampla, com noos atores e mais sitaes de intereno.

    Por problemas operacionais, at o momento, a extenso do projeto, embora aproada, nofoi implementada. Os impactos da iniciatia so claros. Trata-se de jntar foras diersas para

    ma incidncia mais abrangente e e ajde a enfrentar a diiso da cidade em asfalto/faelacomo tarefa da cidadania.

    Otro destae das aes do Ibase em 2009 foi o projeto Juventudes sul-americanas: dilogopara a construo da democracia regional. Se ponto alto foram os Dilogos Jenis, comformao de grpos e realizao de sesses de dilogos em cada m dos seis pases integran-

    tes do projeto Argentina, Bolia, Brasil, Chile, Paragai e urgai e m Dilogo Regional,no Rio de Janeiro. As ises e demandas das jentdes com relao s polticas pblicas de

    jentde foram o centro do dilogo. Esse m projeto inoador para o Ibase sob diferentesperspectias. Em primeiro lgar, pela temtica da jentde, ressaltando como as jentdes de

    hoje eem, agem e participam da poltica. Em segndo lgar, pela ideia de trabalho em rede,concertando com organizaes parceiras os objetios do projeto, a metodologia e o crono-

    grama, compartindo recrsos e apropriando coletiamente os dados e as anlises. Em terceirolgar, pela extenso e incidncia e tal projeto permite, tanto para dentro do pas como nos

    processos regionais. Hoje, com base em sas iniciatias no campo da jentde, o Ibase minterloctor legtimo e esctado nos espaos de constro de polticas para jentde.

    Como importante impacto do projeto Democratizao dos Vetores do Desenvolvimento, em2009, destaca-se a d isponibilizao, no site do Banco Nacional de Desenolimento Econmicoe Social (BNDES), de dados das operaes de financiamento do banco em 2008. O presidente

    do BNDES lano a segnda fase do BNDES Transparente em feereiro de 2009, em ato pblico,com participao do Ibase e da Plataforma BNDES. Apesar de ser apenas m incio, ma

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    PARtE I

    DESTAquES DOS RESuLTADOS DO IBASE

    importante conista para a cidadania. Torna-se agora possel mapear as operaes financiadaspor setores e os impactos diretos em diferentes regies e territrios. Alis, a transparncia a

    condio fndamental para a participao e o controle social do BNDES, a principal agnciade financiamento do desenolimento do Brasil.

    No possel constrir otro pas, nem otra regio sl-americana, sem ter presente o papeldo BNDES e o modelo de desenolimento e ele estimla. Por isso, foi oportna a iniciatia

    do Ibase e da Plataforma de leantar a esto da corresponsabilidade do BNDES nos projetosfinanciados. A realizao de Atingidos I Encontro Sl-americano de Poplaes Impactadaspor Projetos Financiados pelo BNDES, em noembro de 2009, mostra o potencial de incidncia

    poltica do projeto, particlarmente chamando ateno para os impactos econmicos, polticos,cltrais e ambientais dos projetos financiados e trazendo, para o primeiro plano, as prprias

    poplaes afetadas, permitindo e fortaleam sa identidade e se poder em negociaese disptas.

    Das otras iniciatias do Ibase, isando ao controle social e incidncia em polticas o projetoIndicadores de Cidadania e o projeto Controle Social da Indstria Extrativista , no pderamser iabilizadas em 2009. Aanaram as negociaes, especialmente com organizaes parcerias

    em termos de financiamento, indispenseis para dar incio aos projetos. Nos debates internos,e depois na Plataforma Ibase, foi possel constatar o anto essas iniciatias so importantes

    para a prpria refndao do Ibase.

    III Objeivo esragico de conribuir parauma culura democrica de direios

    O Ibase tem, em se DNA, a promoo dos direitos por meio da radicalizao da democracia.Isso se realiza, antes de tdo, pelo debate pblico, pela ampliao de m espao pblico e macltra cidad e reconhea e promoa os direitos. Os direitos de cidadania entendendo a

    totalidade e indiisibilidade dos direitos hmanos e a responsabilidade de todos(as) para eses direitos sejam tambm direitos dos(as) otros(as) se concretizam nas relaes no interior

    da prpria sociedade, em m processo de permanente dispta e constro poltica, base desociedades sstenteis. Contribir para densificar m ambiente poltico e cltral de direitos de

    cidadania na sociedade condio indispensel para a concretizao dos prprios direitos naida cotidiana, tanto ciis e polticos como econmicos, sociais, cltrais e ambientais. Por isso,

    o Ibase sempre priorizo a comnicao, a dispta de espao na grande mdia, a comnicaoalternatia, as grandes campanhas e cobram responsabilidade coletia.

    Ao mesmo tempo e o Ibase comeo a reer profndamente sa estratgica de comnicao

    em 2009, ainda sem ter clareza das aes e deeria abandonar e das noas iniciatias a abra-ar, cabe destacar a oportnidade e significo o premiado filme de Jos Padilha Garapa.

    O diretor do Ibase, Francisco Menezes, integrante do Conselho Nacional de Segrana Alimentare Ntricional (Consea), tendo ocpado a presidncia desse Conselho por trs anos, assessoro

    o diretor Padilha na prodo do docmentrio. No ano de 2009, Francisco participo deinmeras projees do filme e debates e a ele se segiram com o diretor Padilha. Talez, a

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    PARtE I

    DESTAquES DOS RESuLTADOS DO IBASE

    lingagem do cinema tenha aberto m espao para o debate sobre o direito hmano alimen-tao jnto a segmentos mdios e formadores(as) de opinio como nenhm otro meio. Alm

    disso, a proposta foi debater a esto no Brasil de hoje a partir de cenas reais registradaspor Padilha. Na erdade, esse foi m brinde e o Ibase ganho para potencializar sa ao

    no tema da fome, hoje estrtrado em torno da iniciatia de soberania e segrana alimentar,isando ma sociedade sstentel e democrtica.

    Otro destae foi a iniciatia de pblicar m nmero da reista Democracia Viva, em se-tembro, sobre as mdanas climticas. Ela permiti ma aproximao estratgica entre Ibasee Greenpeace, pois jnto os desafios de mdana do modelo de desenolimento, e pro-

    moe a mdana climtica, com as demandas de jstia social. A reista foi aaliada comom eclo de grande impacto no pblico formador de opinio sobre democracia, ltas e

    moimentos sociais, promoo de direitos, enfrentamento das sitaes de pobreza, exclsoe desigaldade. Jntar tdo isso com o tema das mdanas climticas foi o desafio. A reista,

    lanada em m seminrio no Clbe de Engenharia, no Rio de Janeiro, tee boa repercsso.Cabe lembrar e tdo acontece no processo pr-Conferncia de Copenhagen, ando, no

    Brasil, se abri importante espao para o debate do tema. Esse tipo de iniciatia pode serirno ftro como modelo para otras.

    Para o Ibase, em termos de contribio para ma noa cltra poltica, tendo os direitos

    hmanos e a democracia no centro, nada se compara s possibilidades e o FSM oferece.Como j ressaltado no Relatrio de 2008 (escrito aps o FSM Amaznia 2009, realizado em

    Belm em fins de janeiro), o FSM 2009 tee enorme impacto na regio e no mndo. Nelesrgiram mitas iniciatias com foco no ftro. O Ibase, alm do papel no Grpo de Enlace2,no Conselho Internacional e em diferentes Comisses, engajo-se na constro do Frm

    Social Temtico Crise de Ciilizao, srgido da coalizo formada em Belm entre CoordenaoAndina de Organizaes Indgenas (Caoi), Poos Sem Estado, Obseratrio Erolatinoamericano

    de Democracia e Desenolimento Social (Eralat), Ibase-Dilogos dos Poos, Articlao Fe-minista Mercosl, entre otros. Em ista disso, participo do Encontro Continental dos Poos

    Originrios, em Pno, Per, em maio, e do Gs8 (G sotto ocho), em oposio ao Grpo dosOito (G8), na Sardenha, Itlia, em jlho. Essa iniciatia est consegindo ampliar as alianas,

    e m processo de preparao est em crso.

    Otra iniciatia do Ibase no processo FSM ps-Belm foi a de contribir para consolidar oGrpo de Articlao e Apoio ao Processo FSM (Grap). O grpo srge como m esforo para

    manter nidas as pessoas e organizaes brasileiras e tomaram a iniciatia de conocar oFSM 2001 e, por longos anos, foram o comit organizador dos eentos realizados no Brasil e

    o grpo facilitador do Conselho Internacional. Com o Grap, o grpo se reencontra e assmem papel mais de referncia e proposta, sabendo da enorme inflncia e ainda exerce no

    processo e reconhecendo a responsabilidade e da decorre. Como principal iniciatia do Grap,at o momento, destaca-se a proposta e a realizao do seminrio Dez anos depois: desafios e

    propostas para m otro mndo possel, no FSM Grande Porto Alegre 10 Anos, de 25 a 29 dejaneiro, j em 2010. Na erdade, boa parte do ano de 2009 foi dedicada a reflexes e debates,

    2 Constitdo por representantes de 16 organizaes de todos os continentes, interliga os membros do CI - formadoatalmente por 129 organizaes e responsel por fazer as discsses polticas gerais e sobre os rmos do FSM-, e as sascomisses (Metodologia, Contedo e Temticas, Expanso, Estratgias, Recrsos, Comnicao), com o sporte administratiode m escritrio sitado em So Palo (Brasil).

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    DESTAquES DOS RESuLTADOS DO IBASE

    bem como mobilizao de conidados histricos do processo Frm e captao de recrsospara iabilizar o seminrio. Ele foi m eento marcante no interior do Frm, com atro ses-

    ses dirias de exposies e debates, com pblico entre 500 e 1.000 pessoas em cada sesso.Agora, o Grap precisa digerir as contribies e apresentar m docmento de sistematizao

    e, certamente, inflir no processo de montagem do FSM de 2011 em Dakar.

    Foi por meio do FSM e o Ibase tee mais presena na grande mdia de jornais, teleises

    e rdios do Brasil e do exterior, bem como na mdia alternatia, de peenos jornais, blogs erdios comnitrias. O Ibase isto como ma das referncias, sobretdo, na defesa do FSMcomo espao aberto de dilogo, como ma espcie de niersidade para a constro da in-

    teligncia coletia da nascente cidadania planetria. As demandas por entreistas, depoimentose pblicao de artigos nas semanas e antecedem, drante e logo aps a realizao do FSM

    so enormes. Trata-se, sem dida, de significatia oportnidade para plantar ideias e ises,pregar alores, promoer casas. Mas , igalmente, ma enorme responsabilidade.

    Hoje, impossel para o Ibase manter-se dissociado do prprio FSM. um fato foi particlarmen-te importante nesse ltimo Frm. Como nos anos anteriores, o Ibase realizo a pesisa doperfil de participantes do FSM Amaznia 2009, em Belm. Os resltados da pesisa estaam

    disponeis desde meados de 2009. Mas, s agora, no contexto do Seminrio FSM GrandePorto Alegre 10 Anos Depois, e os dados chamaram a ateno de jornalistas. Isso permiti

    enorme repercsso, especialmente o fato de 37% dos(as) participantes de Belm terem sidojoens at 24 anos (64% com menos de 34 anos), mostrando e ma noa gerao toma

    conta do FSM e o transforma em sa forma de fazer poltica.

    Enfim, apesar das atriblaes em m contexto maior e da persistente fragilidade financeirainterna, 2009 foi m ano de importantes aanos para o Ibase, com claros impactos. Para

    finalizar, ale a pena registrar os aanos no desenolimento institcional com o apoio doConselho Crador e Fiscal e do adro de associados(as). O Ibase inicio ma transio em

    2009, ainda modesta, mas preparo o terreno para tomar decises importantes anto sopes estratgicas em termos de radicalizao da democracia e impacto poltico e cltral,

    como sa estrtrao e se modo de operar interno. Ressalto ai o trabalho de acompa-nhamento realizado pelo Conselho e o esforo para definir internamente papis e atribies

    com o objetio de capacitar o Ibase para enfrentar os noos desafios.

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    PARTE II

    Iniciaivasagregadoras

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    INICIATIvAS AGREGADORAS

    A Frum Social Mundial

    Destaques: em janeiro de 2009, mais de 150 mil pessoas participaram do Frm Social Mndialna cidade de Belm, na Amaznia. O Frm cmpri m de ses grandes objetios,e era o de reitalizar e fortalecer as alianas na Pan-Amaznia. Diersas caraanas

    fliais e rios Encontros Sem Fronteira demonstraram a italidade dos poos em ltana Amaznia. Noos atores, at ento com presena menor na dinmica do FSM, tieram

    destae, entre os ais os poos e as organizaes indgenas e afrodescendentes.

    A italidade do Frm reelo-se, tambm, nas mais de das mil atiidades realizadas.

    Destaco-se, ainda, a forte participao de joens. Alm do Acampamento Internacionalda Jentde, e ocpo lgar central na uniersidade Federal Rral da Amaznia

    (ufra), pessoas com at 27 anos representaram 47% dos participantes.

    Otra inoao metodolgica mito importante foi a realizao de assembleias temticas

    no ltimo dia. Foram todas atogestionadas, mas hoe esforo de coordenao deltas e propostas, expressando importante agenda para o moimento altermndialistano ano de 2009.

    Resultados: considerando a dificldade na identificao dos resltados principais, ma ez eaconteceram cerca de das mil atiidades atogestionadas, destacamos algns aspectos:

    reitalizao da dinmica FSM, com sa consagrao como o mais importante espaode articlao dos moimentos altermndialistas;

    fortalecimento das articlaes e do Frm Pan-Amaznico, e sege com plano

    intenso de atiidades;articlao das assembleias temticas, e permitiram fortalecimento de agendascomns;

    forte participao dos grpos e das entidades locais;

    grande expresso dos moimentos indgenas no processo de organizao erealizao do eento, permitindo e temas noos entrassem com fora na agendaaltermndialista, entre os ais, ideias como bem-ier e Estados plrinacionais;

    estabelecimento de m consrcio de entidades da sociedade ciil, o e possibilitoeficiente gesto dos recrsos financeiros necessrios para a realizao do encontro.

    B Fruns emicos

    Destaques: os Frns Temticos (FTs), como espao de reflexo estratgica interna, foram fnda-mentais no processo de preparao da Plataforma Ibase 2009. Os antigos temas geradores,e learam a estrtrar trs diferentes Frns Temticos, deram lgar discsso do tema

    central da Plataforma: Desafios e refndao do Ibase em tempos de crise ciilizatria.Em sesses conjntas mensais, o espao dos Frns Temticos permiti o enolimento

    da eipe interna no processo de forma abrangente e com entsiasmo.

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    PARtE II

    INICIATIvAS AGREGADORAS

    Resultados: foi prodzida ma sntese dos pontos debatidos e montado m adro paraapresentar aos(s) participantes da Plataforma. Nele, so ressaltados como base para

    a refndao do Ibase: opo estratgica; princpios e alores; objetios; processoshistricos desafiantes a partir do Brasil; prioridades do Ibase (programticas, estes

    transersais e modo de atao). Nesse sentido, os Frns Temticos realizados noperodo pr-Plataforma foram o ponto de partida de m processo de transio instit-

    cional. Foi acertada a deciso de mdar a programao dos Frns para o desafio depensar o prprio Ibase.

    C Viabilizao de acordo programico

    do GPNDestaques: a abertra de negociao com o goerno federal para a constitio de ma

    poltica de Estado de financiamento leo o GPN a formlar ma proposta de fndo

    atnomo para o desenolimento institcional de organizaes de cidadania atia emoimentos sociais, com aportes da cooperao internacional e das empresas e dos

    bancos estatais brasileiros.

    Resultados: o GPN tee se projeto aproado aps ma renio com a direo da Oxfan Noib,em Haya, no comeo de maro de 2009. Tal fato de mais flego para atar de formamais intensa drante o ano, com constitio de grpos de trabalho e realizao deatro oficinas coletias. A abertra de m canal direto de negociao com o goerno

    federal a partir do FSM Amaznia 2009, em Belm, permiti ao GPN aanar mais naproposta de m fndo atnomo e obter m indicatio da Oxfam Noib de apoio.

    No fim do ano, o goerno federal pedi ao BNDES para aanar na iabilizao de talfndo. O GPN tambm solicito ao Fndo Brasil de Direitos Hmanos e integrasse o

    Fndo Atnomo, proposta e foi aceita em dezembro. Paralelamente, o GPN realizom estdo sobre polticas de financiamento e acessibilidade de organizaes ciis aos

    fndos nos pases da Eropa Ocidental.

    D Plaaforma Ibase

    Destaques: a realizao da Plataforma, em m momento difcil para a maioria das organi-zaes de cidadania atia brasileira, m grande feito. Foi possel mobilizar cerca

    de 80 representantes de diferentes parcerias do Ibase, entre agncias, organizaes,moimentos sociais, redes e frns, sendo mais de 30 do exterior, para disctir o etm em comm com o Ibase e como aaliam nossas apostas estratgicas. De 9 a 12 de

    setembro, em dois dias e meio de intensos e gratificantes debates, foram tecidos laose assmidos compromissos com mita cmplicidade e engajamento, no s da eipe,

    da direo, dos(as) conselheiros(as) e dos(as) associados(as) do Ibase, mas tambm detodos(as) os(as) participantes.

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    PARtE II

    INICIATIvAS AGREGADORAS

    Resultados: em fno da Plataforma, o Ibase (Frns Temticos) constiti m esboo dopercrso feito pela eipe na preparao e de como as estes esto sendo tradzi-

    das para a refndao da institio. A Plataforma tambm estimlo m docmentode reflexo estratgica do diretor-geral, e aponta os grandes desafios para organi-

    zaes de cidadania atia, docmento oferecido como sbsdio para participantes epblicado na reista Democracia Viva. um grpo de trabalho (GT), sob liderana das

    coordenaes do Ibase, fez ma sntese dos debates haidos na Plataforma. Tais sntesese os docmentos preparatrios integram o CD Memria da Plataforma, eniado a

    todos(as) os(as) participantes e a em no pde participar, mas manifesto interesseem acompanhar os debates. Para realizar a Plataforma, o Ibase consegi mobilizar

    apoio financeiro da Caixa Econmica Federal, de Frnas Centrais Eltricas S.A., ItaipBinacional e da Petrobras.

    E Dilogo Sul-Sul

    Destaques: o Dilogo consegi consolidar eipes de referncia para trabalho na frica eAmrica Latina e delimitar ma agenda de trabalho conjnto com contedos nacional,

    regional e inter-regional. Tambm foi possel a realizao de dois encontros regionais,m em Zimbabe e otro no Chile.

    O Dilogo consegi consolidar tambm a dinmica e a temtica e articlam moi-mentos e organizaes de pases do sl e leste da frica, assim como da Amrica Central,

    Amrica do Sl e do Caribe.

    Por meio do Dilogo, otros projetos, como Sementes Criolas: fortalecimento da

    Ao Camponesa, para Moambie, frica do Sl e Nambia, em parceria com aABC e a Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica do Brasil (no caso brasileiro,em parceria com Moimento de Mlheres Camponesas (MMC) e Moimento Paz

    no Campo (MPC), esto sendo encaminhados, possibilitando noos espaos de ar-ticlao. No caso do Brasil, e com o Institto de Estdos Socioeconmicos (Inesc),

    trabalha-se na criao de m espao e article as ONGs brasileiras e atamna frica (Espao frica-Brasil).

    Resultados: a partir das iniciatias tomadas, no mbito do Dilogo Sl-Sl, tornam-se

    claros algns resltados j obtidos, como a constro de ma agenda comm deperspectias e desafios para frica e Amrica Latina; o intercmbio e a conexo deredes e moimentos sociais entre as regies; o fortalecimento dos moimentos sociais

    e a constro coletia de ma metodologia de trabalho para o dilogo intercltral;ampliao de atores e noas redes no espao de ao coletia para o Brasil e sa

    relao com a frica; o apoio na elaborao e sistematizao de temas fndamen-tais do debate poltico atal para a Amrica Latina e a frica, e a participao dosmoimentos dos pases e regies em espaos de intereno internacional, como o

    FSM e as cplas internacionais.

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    INICIATIvAS AGREGADORAS

    F Iniciaivas de lua conra o racismo

    1. Dilogos conra o racismo

    Destaques: foram realizadas, em parceria com a Estratgia Institcional (EI) de Comnicao e aLinha Programtica (LP) Direito Cidade, atiidades para apoiar o debate sobre o racismo

    nas escolas de ensino mdio (pblicas e priadas). Alm disso, tiemos a oportnidadede lear a campanha Dilogos contra o Racismo a das grandes niersidades do

    estado do Rio de Janeiro: a Pontifcia uniersidade Catlica (PuC-Rio) e a uniersidadeveiga de Almeida (uvA).

    Resultados: debates em cinco escolas de ensino mdio no mbito da iniciatia Ibase ai sescolas alcanando aproximadamente 300 pessoas, alnos(as), professores(as), pais emes. A escassez de recrsos tem limitado nossas atiidades nesse tema.

    2. Combae ao racismo

    Destaques: foi pblicada a terceira edio da cartilha Cotas raciais, por que sim?, com distri-bio dos exemplares no Frm Social Mndial e em dez estados brasileiros, alm doDistrito Federal.

    Resultados: tilizao da cartilha como material informatio por coletios de estdantes negrosem manifestaes em apoio s cotas raciais, bem como nos crsos de pr-estiblar

    comnitrio, a exemplo da Rede Edcao e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes

    (Edcafro) do Rio de Janeiro e de So Palo.

    Realizao de oito rodas de conersa em escolas pblicas localizadas desde a zona norteat a Baixada Flminense. Em mdia, foi realizado m encontro por ms o a cada dois

    meses, dependendo da demanda.

    G Observario da cidadania para o PACnas favelas

    Destaques: o Frm da Cidadania, criado no ano anterior, com mais de 500 pessoas, constiti-se como espao estratgico de interloco entre as diersas entidades do Estado e dasociedade ciil, assim como do asfalto e da faela. Aproximadamente, 130 entidades

    o integram sistematicamente. Para sbsidiar os debates no Frm, foram realizadaspesisas alitatia e antitatia, examinando a percepo de moradores(as) da cida-

    de sobre a relao asfalto/faela e sobre o PAC. Os resltados das pesisas tieramgrande repercsso nos principais meios de comnicao.

    Resultados: consolidao dos princpios para maMetodologia de Interlocuo Pblica e Cidad,com o objetio de potencializar o impacto da implementao do PAC nas faelas do Rio

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    INICIATIvAS AGREGADORAS

    de Janeiro e romper a sitao de segregao da faela pelo asfalto. O elemento centralda iniciatia o Frm da Cidadania, instrmento de controle social e participao cidad

    nas polticas pblicas. Parti-se do princpio de e somente ma ampla participaode organizaes e entidades de toda a cidade, mobilizando cidados e cidads em m

    acompanhamento atio das polticas pblicas, pode criar condies para ma noa formade articlao da cidade com a faela, reafirmando e faela cidade.

    H Indicadores Ibase de cidadania

    Apesar da prioridade acordada a essa iniciatia agregadora, no foi possel iabiliz-lano decorrer do ano de 2009. Foi, porm, constitdo m grpo de trabalho interdisci-

    plinar, e ma proposta inicial foi esboada. Tambm se iniciaram as negociaes com oCentro Internacional de Desenolimento e Pesisa do Canad (IDRC), e manifesto

    interesse em ser parceiro dessa iniciatia. Como atiidade inicial, em noembro de 2009,foi decidido e em maro de 2010 seria realizada ma oficina com participantes exter-

    nos, com reconhecida experincia de indicadores. Para iabilizar a oficina, m peenoprojeto foi desenolido. Essa atiidade est sendo condzida diretamente pelo diretor-

    geral at e ela seja implantada de forma mais estrtrada no Ibase.

    I Cine Ibase

    Destaques: foram realizadas trs sesses de cinema, segidas de debate. Os filmes foram: Ja-nelas para o mundo (Direo: Sidney Schroeder) ma iagem pelo pecliar comrcioda Sociedade de Amigos e Adjacncias da Ra da Alfndega (Saara), Rio de Janeiro,

    onde imigrantes de diersas regies do mndo estabeleceram ses hbitos e costmes;Procurando pela revoluo (Direo: Rodrigo vazez) perfil da crise poltica boliiana,

    tendo incio na morte de Che Geara nas selas do pas, at as dificldades enfrentadaspelo atal presidente Eo Morales; Os caminhos da democracia (Direo: Cleyde Afonso/Prodo: Canal Imaginrio) docmentrio sobre trinta anos da histria do Brasil,

    tomando como ponto de partida a anlise de Betinho.

    Resultados: a iniciatia mostro e o cinema pode ser m importante meio para comnicartemas e gerar discsses.

    Observaes: Das iniciatias agregadoras propostas em 2008 no pderam ser re-alizadas: Desenolimento local e inclso socioprodtia das famlias beneficiadaspelo Programa Bolsa Famlia (proposta constitda conjntamente com o Institto

    Plis no pde ser realizada por falta de financiamento); Controle social da indstriaextratiista no Brasil (segem as negociaes com a Reene Watch Institte (RWI),

    isando parceria para a realizao do projeto.

    qanto a atiidade agregadora Ibase ai s escolas, er item 6.1 deste docmento.

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    PARTE III

    Linhasprogramicas

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    LINHAS PROGRAMTICAS

    A Alernaivas democricas globalizao

    Projeto Dilogo entre os Povos: er iniciatias agregadoras, em Dilogos Sl-Sl.

    B Desenvolvimeno e direios

    Democratizao dos vetores do desenvolvimento

    Destaques: por meio da Plataforma BNDES, hoe continidade do trabalho de bsca demaior transparncia e corresponsabilizao do banco pelos impactos prodzidos por

    ses financiamentos. A Plataforma se afirma como ma rede oltada para incidir sobreesse instrmento pblico-chae na economia brasileira e regional o BNDES. O grpoexectio da Plataforma formado pela Federao dos Agricltores na AgricltraFamiliar (Fetraf), Central nica dos Trabalhadores (CuT), Confederao Nacional dos

    Trabalhadores na Agricltra (Contag), pelo Moimento dos Trabalhadores Sem Terra(MST), Moimento dos Atingidos por Barragem (MAB), pela Rede Brasil, pelo Frm

    Boliiano sobre Meio Ambiente e Desenolimento (Fobomade), Ibase, Frm Brasileirode Economia Solidria (FBES), Conselho Indigenista Missionrio (Cimi) e pela Jstia

    Global. Igalmente importante foi a retomada do dilogo com a Presidncia do BNDES,no mbito da Plataforma, sobre a implantao de poltica de dilgao de informaes

    pelo banco, e se compromete a aperfeioar a poltica.

    Entre as iniciatias realizadas esto: das oficinas no Frm Social Mndial de Belm,

    ma sobre fndos pblicos e desenolimento, e otra, no mbito da Plataforma BNDES,sobre os impactos socioambientais gerados por projetos financiados pelo banco. Alm

    disso, podemos ressaltar a realizao, no mbito da Plataforma, do encontro Atingi-dos I Encontro Slamericano de Poplaes Impactadas por Projetos Financiados peloBNDES, segido pela adincia com o presidente do banco, Sr. Lciano Cotinho, em

    noembro de 2009, no Rio de Janeiro. Destaca-se, ainda, a organizao, com o Inesc, doInternational Bdget Partnership Meeting, enolendo mais de 15 organizaes parceiras

    do International Bdget Partnership (IBP) de pases da frica, Amrica Latina e sia. OIbase, com a Rede Brasil, organizo tambm a Renio Geral da Plataforma BNDES, no

    ms de jnho, em Braslia.

    Podemos destacar, ainda, a prodo, pelo Ibase, de materiais e sbsidiam com

    argmentos consistentes a discsso e a Plataforma realiza com o BNDES, como aprodo do Mapa interatio de projetos financiados pelo BNDES (www.plaformabndes.

    org.br/mapas) e de atro prodtos adioisais sobre a atao da Plataforma BNDES(er Prodes Ibase) e com a atalizao semanal do site , com informaes e anlises sobre o banco.

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    PARtE III

    LINHAS PROGRAMTICAS

    Resultados: a Plataforma BNDES contribi para a introdo no debate pblico do temada corresponsabilizao do BNDES com relao aos impactos sociais e ambientais dos

    projetos financiados pelo banco. Frto do trabalho realizado pela Plataforma, o BNDEStem assmido pblicamente compromissos socioambientais em sa poltica operacional,

    ainda e com poca efetiidade. O banco passo a dilgar, a partir de feereiro, emse site, a totalidade de sa carteira de projetos, limitada, contdo, ao perodo dos

    ltimos doze meses.

    C Direio cidade

    Ncleos de IntegraoDestaques: consolidao das condies de desenolimento territorial comnitrio implantadas

    pelo projeto nos anos iniciais da proposta. Destaca-se, nos ncleos j implantados

    Jardim Gramacho (RJ), Araatiba e Retiro (ES) e Manso (MT) , a efetiao de prticasalternatias de gesto de ses territrios, bem como o fortalecimento da organizaocomnitria, implsionando a participao de moradores(as) no processo de desenol-

    imento e a sa emancipao. Alm de estimlar, integrar e mediar aes coordenadasentre poder pblico, setor priado e organizaes da sociedade ciil.

    Resultados:

    Jardim Gramacho, (RJ)

    A institcionalizao do Frm Comnitrio de Jardim Gramacho implsionada pela

    identificao da necessidade de se estabelecer m dilogo formal com o poder pblicolocal e ter sas demandas (necessidades e prioridades da comnidade) reconhecidas

    como legtimas por esse interloctor. Ressalta-se e, a partir do encerramento dasatiidades do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, a Prefeitra Mnicipal de

    De de Caxias (PMDC) passar a administrar m fndo de reitalizao do Bairro deJardim Gramacho.

    Araaiba (ES)

    Inagrao do Projeto de Referncia, a sede do Costrart Ateli das Mlheres

    qilombolas de Araatiba; lanamento da pblicao sobre a histria de Araatiba:Araatiba, terra de descendentes de escravos e patrimnio da santa; Articlao do

    Frm Comnitrio de Araatiba, criado com parceiros locais como a rede Comit deEntidades Pblicas no Combate Fome Pela vida do Esprito Santo (Coep/ES) e o poder

    pblico local, principalmente no e diz respeito s demandas do grpo de mlheresilombolas de Araatiba.

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    LINHAS PROGRAMTICAS

    Reiro (ES)

    Aproao do projeto eniado a Frnas para aisio do material para o acabamentodo prdio da sede do Centro de Referncia qilombo do Benindo, projeto de refern-cia da comnidade. Realizao de parceria com a Prefeitra de Santa Leopoldina para

    adirir mainrio e moblia para o Centro de Referncia; recebimento da titlao dasterras da comnidade pelo Institto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (Incra);

    elaborao do deo sobre a histria da comnidade ilombola de Retiro.

    Aproveiameno Mliplo (APM) de Manso (Mt)

    Inagrao de dois projetos de referncia: a Casa de Farinha e beneficiar no smoradores(as) dessa localidade, mas tambm os Projetos de Assentamento (PA) qi-

    lombo e Mamede, ambos parte desse Ncleo do Integrao , ligada Cooperatia de

    Agricltores da Chapada (Cooperagricltor); e a Sede da Associao de Mlheres de JooCarro. Alm de eipamentos de costra, a Associao de Mlheres adiri tambm,no mbito do projeto, ma despolpadeira para beneficiar a grande antidade de frtas

    e no so consmidas pela comnidade. Hoe tambm articlao realizada pelaAssociao de Mlheres e reslto em rias capacitaes em corte e costra oferecidas

    por representante do Serio Nacional de Aprendizagem Rral (Senar).

    Agenda Social Rio

    Projeto e atiidades oltados para o fortalecimento de grpos comnitrios do Rio de Janeiro

    e recebem a assessoria do Ibase: Grpo Arteiras; Cidade de Des e de Direitos e Grpo ECO/Santa Marta.

    Grupo Areiras do Rio

    Destaques: o intercmbio de conhecimentos e experincias institcionais enolendodas representantes do Grpo Arteiras, ma representante do Ibase e tcnicos

    da Prefeitra de Sant Cgat del valls acontece na Catalnha/Sant Cgat delvalls, como parte do Programa de Cooperao Tcnica, firmado desde 2004

    entre o Ibase e a Oficina Mnicipal de Solidariedad y Cooperain Internacionaldel Ayntamiento de Sant Cgat del valls. A experincia permiti troca de

    aprendizagens e conhecimento entre os grpos implicados, em ma erdadeirarelao de mo dpla.

    Resultados: a partir desse intercmbio, abre-se a possibilidade para o Grpo Arteiras deiniciar m processo de exportao de ses prodtos por meio da parceria comestabelecimentos ligados rede de comrcio jsto da Catalnha.

    Agncia Cidade de Deus de Desenvolvimeno Local

    Destaques: realizao de crsos de formao sob gesto direta de entidades locais Coope-ratia de Trabalho Forte da Cidade de Des (Coopforte), Associao Beneficente Obra

    Social Estrela da Paz (Abosep), Centro Edcacional Criana Ftro e Adolescncia(Cecfa), Institto Dona Benta , em dilogo com a coordenao da Agncia.

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    LINHAS PROGRAMTICAS

    Resultado: manteno do espao fsico da Agncia Cidade de Des de DesenolimentoLocal com o reforo de se papel dinamizador no desenolimento local.

    Grupo Eco Morro de Sana Mara

    Destaque: realizao da 30 Colnia de Frias Eco atiidade e enole 320 crianase 40 joens da faela de Santa Marta Botafogo, Rio de Janeiro, por 15 diasconsectios, garantindo a crianas o direito ao lazer e cidade.

    Resultado: fortalecimento do Grpo Eco no processo de interloco interna e externano e concerne aos direitos de crianas e joens, como tambm no debate em

    torno das polticas de segrana e rbanizao para faelas.

    Peris - Percorsi di inserimento sociale e lavorativo di Giovani edonne della municipalit di Mesquita / Formas de insero sociale laboral de jovens e mulheres do Rio de Janeiro

    Destaques: realizao da pesisa Leantamento socioeconmico na regio Carat, na Cidadede Des, no Rio de Janeiro, a fim de ter adro mais claro da sitao real da rea no

    e diz respeito s condies sociais e econmicas, origem e localizao social egeogrfica de moradores(as) da rea pesisada e aos neis de renda, escolaridade e

    alificao para o trabalho.

    Resultados: realizo-se parceria entre Ibase e Prefeitra de Mesita, por meio da SecretariaMnicipal de Assistncia Social e Trabalho e do Frm de Economia Solidria de Mes-

    ita. O objetio foi o de fomentar a economia solidria no mnicpio por meio dasaes do Centro de Referncia da Economia Solidria.

    Alm disso, hoe parceria com o Grpo o Arteiras para a realizao do I Crso deFormao Bsica em Economia Solidria na Casa da Acolhida Marista da Tijca. Alm

    das alas, foram feitas rias isitas a sedes de grpos de economia solidria.

    Em parceria com a Agncia de Desenolimento Local da Cidade de Des, foram realizados

    atro crsos: Montagem e manteno de comptadores; Noes bsicas de mantenoe conserao residencial; Cidadania se faz na Rochina 2; crsos de doce e salgado.

    D Economia solidria

    Cirandas e Sistema Nacional de Informaes em EconomiaSolidria (Sies)

    Destaes: o Ibase tee participao nas Comisses Gestoras nacional e estadal do Sies, con-

    tribindo, especialmente, com a introdo dos mdlos de gnero e polticas pblicasno noo mapeamento nacional da economia solidria.

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    LINHAS PROGRAMTICAS

    Da mesma forma, tee participao na constro e implementao de m sistema deinformao em economia solidria (Cirandas http://cirandas.net) do FBES. A constro

    do Cirandas representa ma forma inoadora de apropriao dos dados do mapeamentopara o fortalecimento da economia solidria.

    O Ibase ato em ma rede de colaboradores e em apoiando a gesto do Cirandas.Alm de contribir para o desenolimento de fncionalidades no sistema, realizo

    capacitao em economia solidria de olntrios(as) da Petrobras, e cedero horasde trabalho para capacitar trabalhadores(as) de empreendimentos econmicos e soli-

    drios no so do Cirandas. Tambm participo da capacitao em economia solidriano mbito do processo de formao do Centro Regional Sdeste de Formao em

    Economia Solidria.

    Resltados: o Sies foi fortalecido com a inclso de noas dimenses na pesisa entre os em-preendimentos econmicos solidrios e com a expanso do mapeamento para as polticas

    pblicas. Com a organizao de ma noa ida a campo e a aplicao de estionriosnos empreendimentos isitados em 2005 e 2007, e a inclso de noos, reafirma-se a

    possibilidade de contar com m precioso instrmento de isibilizao e planejamento.O Ibase contina inestindo nesse processo como forma de contribir, por meio da

    prodo de dados releantes, para os moimentos sociais.

    O trabalho de capacitao realizado pelo Ibase reslto na formao de 20 tcnicos(as)

    da Petrobras na temtica da economia solidria, bem como de 40 lideranas dos frnsestadais de economia solidria do Esprito Santo, de So Palo, de Minas Gerais e do

    Rio de Janeiro.

    Implementao de estratgia nacional de formao emeconomia solidria

    O projeto foi aproado em dezembro de 2009 e ser implementado ao longo de 2010.

    E Juvenude, democracia e paricipao

    Juventudes Sul-americanas: dilogos para a construo dademocracia regional

    Destaques: realizao da ltima fase da pesisa Jentdes Sl-americanas: dilogos paraa constro da democracia regional Grpos de Dilogos Nacionais nos seis pases

    enolidos e o Grpo de Dilogo Regional , e promoe intercmbios e dilogosentre joens dos pases enolidos na pesisa; lanamento da pblicao Sociedades

    sul-americanas: o que dizem jovens e adultos sobre as juventudes, resltado da faseantitatia do projeto, editada pelo Centro de Inestigao e Difso Poplacional de

    Achpallas (CIDPA), entidade parceira no Chile; prodo de seis relatrios nacionais em regional finais. No mbito de incidncia nas polticas pblicas de jentde, o Ibase

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    PARtE III

    LINHAS PROGRAMTICAS

    foi reeleito no Conselho Nacional de Jentde (Conje) para o binio 2010-2011, eocpa a cadeira de entidade de apoio na categoria de institio de pesisa, trabalho

    e ser realizado em parceria com o Institto Plis.

    Resultados: inflncia sobre as concepes de jentde nas sociedades pesisadas, comnfase nos(as) joens como sjeitos de direitos. Contribio para as polticas pblicasnos pases (goernos nacionais e locais) e nas instities do Mercado Comm do Sl

    (Mercosl). Reconhecimento dos(as) joens como sjeitos estratgicos a serem oidos(as)na formlao de polticas para jentde e alorizao de grpos jenis como agentes

    decisios no processo de integrao da Amrica do Sl.

    F Observario da cidadania: direios ediversidade

    Observatrio da Cidadania

    Destaques: foi lanada, em agosto, edio especial do Obseratrio da Cidadania 2009 Dilogossobre a violncia e segurana pblica Razes e urgncias drante a 1 ConfernciaNacional de Segrana Pblica, e reni mais de 3 mil participantes de todo o pas.

    O trabalho frto de ma srie de dilogos, realizados em 2007 e 2008, entre orga-nizaes integrantes da iniciatia Obseratrio da Cidadania, sob a coordenao de m

    Grpo de Referncia composto por Centro de Estdos Feministas e Assessoria (Cfemea),

    Centro de Estdos de Segrana e Cidadania da uniersidade Candido Mendes (Cesec/ucam), Criola, Inesc e Ibase, e exerce a coordenao-exectia.

    Resultados: por escassez de recrsos, hoe ma descontinidade no processo de dilogos edebates sobre a iolncia rbana e as polticas de segrana pblica, e inha sendodesenolido desde 2007. Apesar disso, foi possel condensar no Observatrio da Cida-

    dania 2009 algns resltados dos dilogos. Se lanamento e sa distribio drantea 1 Conferncia Nacional de Segrana Pblica foi extremamente oportno, e a p-

    blicao tem circlado amplamente entre organizaes da sociedade ciil, alimentandodebates. Ainda em 2009, como integrantes da rede internacional, inicio-se m processode aperfeioamento do ndice de Capacidades Bsicas (ICB) e do ndice de Eidade de

    Gnero (IEG), prodzidos analmente pelo Social Watch para 180 pases.

    Liberalizao financeira e governana global: o papel dosorganismos internacionais

    Destaques: realizao da conferncia internacional Da crise re-reglao: pela democrati-zao da goernana do sistema financeiro internacional. Coordenada pelo Ibase, aconferncia, aberta ao pblico, reni acadmicos(as) e representantes de organizaes

    da sociedade ciil de 15 pases. Em segida, foi realizada oficina com participantes deredes e organizaes da sociedade ciil de diersos pases para aprofndar a anlise

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    PARtE III

    LINHAS PROGRAMTICAS

    do impacto dos mercados financeiros na operao da economia, particlarmente comrelao a emprego, crescimento, distribio de renda e rieza, comrcio e sistemas

    de segridade social. Foram debatidas posseis alternatias para a democratizao dareglao financeira e as estratgias de ao das organizaes da sociedade ciil.

    Resultados: em todos os debates realizados, foi explicitada a natreza poltica do processode reglao financeira. Neste momento de crise financeira global, a iniciatia extre-

    mamente oportna e contribi para o fortalecimento da capacidade das organizaesde incidirem no processo de reiso da reglao da goernana do sistema financeiro

    global. O fncionamento desse sistema m determinante essencial no apenas doscesso de economias capitalistas em termos de gerao de prodto e emprego, mas

    tambm da apropriao da rieza pelos diersos grpos sociais. Nas discsses em-preendidas no mbito do projeto, enfatizo-se e a crise financeira internacional abri

    noas oportnidades para e essa esto pdesse ser compreendida e exploradapela sociedade ciil, tornando-se mais bia a necessidade da criao de materiais decapacitao nessa rea. Para ampliar a disseminao das ilformaes e dos conhecimen-

    tos, acmlados pelas pesisas e pelos debates realizados, foi criado o site .

    G Responsabilidade social e ica nasorganizaes

    Monitoramento das empresas multinacionais (EMNs) brasileirasque atuam na frica

    Destaques: no foi possel dar continidade ao processo de monitoramento das EMNs bra-sileiras em Angola e Moambie, pases onde o leantamento inicial realizado como apoio do Somo (Centre for Research on Mltinational Corporations) mostro ser o

    foco das maiores complexidades na relao entre grandes empresas brasileiras, goernos,sindicatos e organizaes sociais.

    Resultados: o relatrio final foi dilgado entre as organizaes parceiras na frica lsfona.

    Monitoramento da Responsabilidade Social das Empresas (RSE) edo Balano Social (BS)

    Destaques: a campanha pela pblicao anal do balano social de empresas foi encerrada,j e praticamente todas as grandes empresas brasileiras pblicam balano social

    analmente e esto sendo acompanhadas por organizaes mais focadas no tema.Entretanto, participaes em frns para implantao da RSE e do BS em organizaes

    sem fins lcratios e atarias e tambm em eentos para disctir criticamente o temaforam atiidades marcantes neste ano.

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    PARtE III

    LINHAS PROGRAMTICAS

    Resultados: ocorreram 170 mil isitas ao site BS. Foram obtidas 20 incidncias estratgicas namdia nacional. O BS modelo Ibase sege como a ferramenta de RSE mais tilizada no

    Brasil, e ses dados ampliaram o debate crtico sobre o tema, no s no meio empre-sarial, como entre algmas organizaes sociais e sindicais. Por otro lado, amplio-se

    a discsso sobre a necessidade de fortalecimento do monitoramento e do controlesocial sobre as empresas.

    Transparncia e prestao de contas de empresasdo setor extrativista

    Destaques: respondendo necessidade de m acompanhamento mais sistemtico das prticassociais e ambientais e iolaes de direitos da indstria extratiista, principalmente dosetor de minerao, foi desenolido projeto, em parceria com a Ajda das Igrejas No-

    regesas (NCA), isando o estdo e acompanhamento da atao da empresa Alnortee da cadeia prodtia do almnio no estado do Par. Estabeleceram-se parcerias com

    lideranas locais, Ministrio Pblico e organizaes e tratam do tema, Jstia nosTrilhos e Institto Internacional de Edcao do Brasil (IIEB).

    Ao longo de todo o foram estabelecidas negociaes com o RWI isando ma parceria

    para acompanhamento dos debates e desenolimento do projeto do goerno para oPr-Sal e para monitoramento do processo de implantao do Complexo Petromico

    do Rio de Janeiro (Comperj) e da Companhia Siderrgica do Atlntico (TKCSA), ambosno estado do Rio de Janeiro.

    Resultados: isita ao polo indstrial de Barcarena/PA, acompanhado de lideranas locais, para

    mapeamento e discsso da sitao da regio. Promoo de ma oficina no Frm SocialMndial, em Belm/PA, com a presena de parceiros: Ministrio Pblico do Par, frmlocal de entidades de Barcarena/PA, Campanha Jstia nos Trilhos, lideranas locais e

    diersos pblicos e diersas organizaes interessadas no acompanhamento do tema.

    H Soberania e segurana alimentare nutricional

    Formao participativa em segurana e soberania alimentarDestaques: as atiidades preistas no projeto de Formao Participatia em Segrana e So-

    berania Alimentar foram concldas com xito nas trs regies em e se realizaram

    (no estado de Pernambco, na regio do Serto do Araripe; no estado do Sergipe, eincorporo as regies de serto, litoral e agreste; no Baixo Amazonas, Par). Ressalte-se

    e a inoao metodolgica empregada, de isitas a diferentes sitaes do sistemaagroalimentar, gero ma dinmica bastante estimlante para o debate e a constro

    do conhecimento entre participantes.

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    PARtE III

    LINHAS PROGRAMTICAS

    Resultados: foram formados(as) 90 participantes das oficinas nos trs estados, e experi-mentaram ma metodologia at ento no conhecida, de isitas e discsso sobre os

    componentes do sistema alimentar em sas regies (prodo da agricltra familiar e doagronegcio, cooperatias, indstria alimentcia, eipamentos pblicos, escolas etc.).

    Formao a distncia em participao nos espaos pblicos desegurana e soberania alimentar

    O projeto no pde ser desenolido por iniabilizao de financiamento.

    Frum Brasileiro de Soberania e Segurana Alimentare Nutricional (FBSSAN) e Conselho Nacional de SeguranaAlimentar e Nutricional (Consea)

    Destaques: o Ibase prossegi em se esforo de incidncia sobre as polticas pblicas nessetema por meio de sa atao no FBSSAN e nos Conseas, nacional e do estado do Rio deJaneiro, bem como em otras atiidades. O enfoe dado foi sempre referente ao prin-

    cpio do direito hmano alimentao, sadel e adeada. O Ibase, ao fazer parte dacoordenao do FBSSAN e exercendo sa secretaria, contribi para sa realizao.

    No Consea nacional, tee participao destacada no processo de aproao, na Cmara

    dos Deptados, do Proposta de Emenda Constitio do direito hmano alimentao,no captlo vI da Constitio Brasileira. A Proposta, j aproada no Senado Federal, foi

    aproada em primeiro trno na Cmara Federal, em noembro, e agarda a segndaotao para e possa entrar definitiamente na Constitio.

    O docmentrio Garapa, e o diretor de cinema Jos Padilha realizo em parceriacom o Ibase, chamo noamente ateno para o tema da fome, foi exibido, entre

    otros espaos, na mostra no-competitia do Festial de Berlim; no Festial tdoerdade, em Braslia, no Rio de Janeiro e em So Palo; e no Festial de Haana,

    onde recebe o segndo prmio na modalidade de docmentrios. O filme tambmfoi exibido na Cmara dos Deptados, reforando a campanha pela aproao da

    Proposta do direito alimentao.

    Resultados: o vI Encontro Nacional do FBSSAN delibero as resoles e definiram saslinhas estratgicas para os prximos anos. O Consea nacional, alm da participao

    j mencionada em faor da aproao da Proposta do direito alimentao, estee

    frente na discsso e proposio da poltica e do plano nacional.

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    PARTE Iv

    Esragiasinsiucionais

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    PARtE IV

    ESTRATGIAS INSTITuCIONAIS

    A Adminisrao e finanas

    Sustentabilidade financeira

    Destaques: com o apoio do Sporte de Tecnologia da Informao, foi realizada a implantaode sistema integrado: financeiro, folha de pagamento, contbil e atio imobilizado.

    Resultados: melhoria de procedimentos internos da institio, otimizao de tempo emaior transparncia e confiabilidade no desempenho da prestao de contas e en-

    trega de relatrios.

    Polticas funcionais

    Destaques: acompanhamento reglar e eficiente da ida fncional de fncionrios(as), de saremnerao, das relaes trabalhistas, de admisso e demisso. Apoio ao treinamentode pessoal, desde o ensino fndamental at a ps-gradao, e tambm idiomas e

    crsos especficos das respectias reas de atao. Iniciada a atalizao do Plano deCargos e Salrios (PCS).

    Resultados: desenolimento das competncias de fncionrios(as) e implementao de prticasinoadoras de gesto dos recrsos hmanos.

    Integrao institucional

    Destaques: realizao de renies reglares com as Linhas Programticas, de forma a atalizaras informaes sobre os projetos em andamento e as preises.

    Resultados: amento da transparncia na execo dos recrsos financeiros, direcionando-osestritamente aos objetios dos projetos.

    Suporte em tecnologia da informao

    Destaques: realizao de treinamentos internos e externos (Cidade de Des e Frm Com-nitrio de Jardim Gramacho) nas diersas ferramentas em software lire tilizadas pelainstitio. Alm disso, hoe difso da poltica de software lire.

    Resultados: as eipes foram capacitadas nas ferramentas de prodtiidade e hoe amentodo nmero de pessoas familiarizadas com a poltica de software lire.

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    PARtE IV

    ESTRATGIAS INSTITuCIONAIS

    B Comunicao

    Portal do Ibase

    Destaques: deido ao processo rmo renoao/atalizao do Ibase, cja Plataforma Ibasefoi etapa fndamental, jlgo-se propcio adiar a reformlao do portal, planejada

    para 2009. O noo portal precisa ser ma expresso dos noos rmos institcionaise, tambm, dos noos rmos da Comnicao. O portal foi atalizado semanalmente,

    bscando temas inclados s conjntras poltica, econmica e social, com enio deboletim eletrnico para assinantes.

    Resultados: aproximadamente 23 mil pessoas assinam o boletim eletrnico do Ibase. O portaltee 680 mil isitantes e 4 milhes e 400 mil pginas acessadas drante o ano. Foramrecebidas 946 mensagens pelo Fale Conosco. um total de 125 comentrios de leitores(as)

    sobre os textos pblicados no portal foram postados.

    Jornal da Cidadania

    Destaques: deido falta de financiamento e aposta de e o jornal poderia ser adaptadopara a web, foi pblicada apenas ma edio em 2009. A tiragem foi de 57.600 mil

    exemplares. Isso interferi na demanda pelo projeto Ibase ai s escolas (er iniciatiasagregadoras), criado em 2007. A iniciatia se tradz na isita de adros do Ibase s

    escolas e recebem o Jornal da Cidadania, isando o contato mais direto entre a insti-tio e estdantes e edcadores(as). Otras formas de dilgao desse projeto esto

    sendo pensadas para e esse contato contine sendo estabelecido.

    Resultados: o Jornal da Cidadania chego a mais de 229 mil pessoas, principalmente estdantesde escolas pblicas.

    Assessoria de imprensa

    Destaques: o Ibase mantee presena constante na imprensa em 2009. A pesisa sobre jen-tde na Amrica do Sl foi lanada na mdia em entreista de estdio na Globonews,

    segida por matria de destae no jornal O Estado de So Paulo. vrias Tvs, entre elasa CNN, fizeram matria, alm de rdios (como CBN e Sistema Radiobras). A pesisafoi capa da reista Semana, da Editora Abril. J a pesisa sobre o PAC nas Faelas foi

    destae em O Globo, Jornal do Brasile O Estado de So Paulo, alm de Tvs (Globo-news, Band, Tv uOL, entre otras), rdios e sites. Cabe destacar ainda a dilgao do

    ndice sobre Transparncia Oramentria (citado na Folha de So Paulo e O Globo) ea presena do Ibase no Frm Social Mndial de Belm (nota em colna poltica de O

    Globo e atendimento a diersos jornalistas).

    Resultados: em 2009, foram realizadas 24 dilgaes (releases e notas, abrangendo diersasredaes e redes), atingindo cerca de 500 jornalistas. Para alm disso, 151 jornalistasprocraram a assessoria de imprensa de modo espontneo,. Foram pblicados, em

    eclos externos, sete artigos de opinio: O Globo (3), I (1), Correio Braziliense (1),

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    PARtE IV

    ESTRATGIAS INSTITuCIONAIS

    O Estado de So Paulo (1) e reista Teoria e Debate (1). A assessoria prodzi aindamailings especficos de comnicadores(as), como no caso da dilgao do Observatrio

    da Cidadania sobre segrana pblica, ando o lireto foi eniado para mais de 70profissionais de comnicao enolidos(as) com o tema (o e gero citaes em blogs

    e ma nota na reista Carta Capital).

    Revista Democracia Viva

    Destaques: com o apoio da assessoria de imprensa, foi possel ampliar e alificar o cadastroda reista, acrescentando nomes de jornalistas ligados(as) s temticas pblicadas. O

    objetio desse esforo foi estimlar a reprodo de artigos e/o entreistas e citaesda pblicao em otras mdias (comerciais e no-comerciais).

    Resultados: foram prodzidas trs edies da reista Democracia Viva, em janeiro, maio esetembro, com tiragens de 10 mil, 5 mil e 5.150 exemplares, respectiamente, benefi-ciando diretamente cerca de 20 mil pessoas em 2009.

    C Relaes insiucionais

    Planejamento

    Destaque: preparao relatrios e planos anais e os respectios relatrios.

    Resultados: todos os planos e relatrios foram elaborados de acordo com os parmetros eprazos estiplados.

    Mobilizao de recursos locais

    Destaque: a partir de aaliao da Rede Amigos(as) do Ibase, possibilitada por pesisa realizada em2008, opto-se pela ampliao da ideia de Amigos(as) para alm do espao de mobilizaode recrsos, passando a rede a significar m espao poltico de apoio institio.

    Resultados: o noo formato dos(as) Amigos(as) do Ibase foi referendado pelo Conselho Crador e,tambm, apresentado na Plataforma Ibase. Sa implantao se dar ao longo de 2010.

    Apoio avaliao do Conselho Curador

    Destaque: o Ibase realizo, ao longo do segndo semestre de 2009, aaliao de se Conselho Cra-dor. A rea de Relaes Institcionais participo das entreistas com membros do Conselho,

    scios(as) do Ibase, coordenadores(as) e Comisso de Fncionrios, sistematizando o materialcoletado, e foi, posteriormente, apresentado ao Conselho e prpria institio.

    Resultados: a aaliao foi importante para dar retorno ao Conselho Crador sobre sa imagempara o coletio comprometido com a institio, bem como para amentar a clareza

    sobre a atao do Conselho para os membros da eipe do Ibase.

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    PARtE IV

    ESTRATGIAS INSTITuCIONAIS

    Apoio avaliao da Direo

    Destaque: o Ibase realizo, ao longo do segndo semestre de 2009, a aaliao do con-jnto de ses diretores. A rea de Relaes Institcionais participo das entreistascom diretores(as), coordenadores(as) e Comisso de Fncionrios, sistematizando o

    material das entreistas.

    Resultados: A aaliao tee como resltados a manteno da direo atal, e hoe a decisode entrada de mais m(a) diretor(a) no primeiro semestre de 2010.

    Aes institucionais de articulao e parcerias

    Destaque: gerenciamento articlado das demandas dirigidas ao Ibase e organizao e apoioa projetos e eentos e possam apresentar o trabalho do conjnto do Ibase a noos

    parceiros institcionais, alm de aprofndar a relao com parceiros j existentes.

    Resultados: apoio ao processo FSM Par e representao institcional jnto AssociaoBrasileira de Organizaes no Goernamentais (Abong).

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    PARTE v

    Compromissos,riscos e resulados

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    PARtE V

    COMPROMISSOS, RISCOS E RESuLTADOS

    Quadro de seguimeno e reviso dos compromissos assumidos 2009

    Efeios direos que poencialmene

    conribuiro para mudanas de

    policas e pricas

    Indicadores de progresso dos

    efeios direos 2009

    Resulados Resulados no previsos

    1. Criar base de dilogopermanente sobre cooperao,desenvolvimento e democracia,trabalhando em rede comorganizaes parceiras, paraenfrentar o desafio da reinvenoda atuao e sustentabilidadepoltica e financeira deorganizaes de cidadania ativano Brasil.

    Autonomia poltica e financeira1)das organizaes de cidadaniaativa fortalecida.

    Aprofundamento do dilogo2)com a Abong, da qual todasas entidades do GPN somembros ativos.

    Elaborao da proposta polticado Fundo Autnomo para odesenvolvimento institucionalde organizaes de cidadaniaativa e movimentos sociais.

    Aceitao pelo Fundo Brasil deDireitos Humanos de gesto doFundo Autnomo.

    Designao do BNDES,pelo governo federal, paradesenvolver a proposta doFundo Autnomo.

    Inteno da Oxfam Novib deapoiar o Fundo.

    Realizao de reunio coma Abong, mas o seminrioconjunto foi adiado.

    Envolvimento do GPN, porintermdio da direo do Ibase,nas negociaes abertas junto Secretaria-Geral da Presidnciada Repblica do Governo doBrasil.

    A ideia de um Espao deCultura e Cidadania para sedee referncia de organizaes doRio, proposta pela direo doIbase e apoiada pelos governosfederal e municipal.

    2. Tema das energias renovveis(agro-combustveis) incorporadona agenda do dilogo Sul-Sul,envolvendo entidades de AmricaLatina e da frica, fortalecendo aslutas dos agricultores familiares ecamponese (a)s contra a expansoda monocultura.

    Financiamento pblico paraos setores de agrocombustvel(etanol) e hidroeletricidademonitorado por meio daPlataforma BNDES, incidindonos critrios de regulao dosetor em favor de um modelode desenvolvimento justo esustentvel.

    Encaminhamento, pelo governo,ao Congresso do ZoneamentoAgroecolgico da Cana, queestabelece limites para oplantio de cana nos biomas daAmaznia, do Pantanal e daBacia do Alto Paraguai e vedao financiamento pblico nessescasos.

    O BNDES tem insistido emoferecer amplo apoio ao

    setor (nas condies definanciamento e no volumede desembolsos), apesar dasinvestidas da PlataformaBNDES, com peties emobilizaes, contra o apoiodo banco a grandes projetoshidreltricos na regioamaznica.

    3. Novos atores e temas centraisno FSM 2009, na Amaznia,mobilizados contra polticas queproduzem excluso, pobreza,desigualdade e destruioambiental.

    Promoo do FSM TemticoCrise de Civilizao por Caoi,Rede de Povos sem Estado,Euralat e Ibase.

    Apesar do acordo entre asorganizaes, a realizaodo Frum Social Temtico foiadiada para 2010.

    Participao e incidncia doIbase e de outras organizaes

    na Cpula dos PovosOriginrios das Amricas (6 milparticipantes, com importanterepresentao feminina), emPuno, Peru, em maio de 2009.

    Incidncia do Ibase no Gs8,paralelo ao G8, na Sardenha,Itlia, com foco na Crisede Civilizao (500 pessoasaproximadamente, sendo maisda metade mulheres).

    Publicado nmero da revistaDemocracia Viva em parceriacom o Greenpeace sobremudana climtica, com eventopblico de lanamento edistribuio a formadores(as) deopinio e lideranas polticas,

    de movimentos e organizaes(6 mil exemplares).

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    PARtE V

    COMPROMISSOS, RISCOS E RESuLTADOS

    Quadro de seguimeno e reviso dos compromissos assumidos 2009

    Efeios direos que poencialmene

    conribuiro para mudanas de

    policas e pricas

    Indicadores de progresso dos

    efeios direos 2009

    Resulados Resulados no previsos

    4. Incidncia sobre as polticaspblicas de direitos humanos,econmicos, sociais, culturais eambientais (DHESCAs) mediantecursos de educao a distncia(EAD), atravs de rdio e Internet.

    Participao em rede dasprincipais organizaes dasociedade civil nos processosde preparao do ProgramaNacional de Direitos Humanos(PNDH).

    Participao, por meio doFrum de Entidades Nacionaisde Direitos Humanos (Fendh),no intenso processo dedefinio do 3 PNDH.

    Participao de uma articulaoe de entidade da sociedadecivil do Rio de Janeiro Arendhno acompanhamento dareviso do Plano Estadual e naconstituio do Conselho deDDHN do Estado.

    5. Campanhas pblicas contrao racismo realizadas nos meiosde comunicao de massa e

    alternativos, provocando debatepblico em mbito nacionalsobre direitos humanos eresponsabilidade cidad e polticasde ao afirmativa.

    Insero do debate sobre cotasraciais em escolas, cursos depr-vestibular comunitrios,

    universidades, organizaescomunitrias e emorganizaes do movimentonegro brasileiro.

    Oito rodas de conversa sobrecotas raciais realizadas emescolas pblicas e universidades

    localizadas entre a zona norte ea Baixada Fluminense/RJ.

    Quatorze mil cartilhas CotasRaciais por que sim? (3edio) distribudas em dezestados brasileiros e no DistritoFederal.

    Site dos Dilogos contra oRacismo (80 mil consultas).

    6. Redes (e.o. Via Campesina) emovimentos sociais (especialmentecamponeses, feministas,indgenas e ambientalistas) naAmrica Latina (MERCOSUL) e

    frica Austral, com capacidadepara incidir sobre as aes dasempresas transnacionais e projetosde integrao regional em curso.

    Redes de camponeses(as),1)feministas, indgenas eambientalistas envolvidasem um processo de dilogoconstante.

    Agenda de debates2)consolidada.

    Participao das entidades3)envolvidas nos Dilogos emprocessos de articulao nasregies.

    Participao de mais de 40organizaes feministas,indgenas, camponesas eambientalistas nos debatespromovidos.

    Ativa participao no FSM emBelm, em especial de grupose organizaes indgenasvinculadas aos Dilogos Sul-Sul.

    7. Debate no Parlamento doMERCOSUL sobre os resultados dapesquisa Juventude e IntegraoRegional e consolidao de umarede de entidades de jovens deseis pases da Amrica do Sul(Brasil, Uruguai, Bolvia, Argentina,Paraguai e Chile), influenciando as

    polticas nacionais.

    Debate sobre Direito ePolticas Pblicas de Juventudequalificado e ampliadoem mbito nacional einternacional.

    Realizao de Grupo de DilogoRegional no Rio de Janeiro,envolvendo jovens de seispases.

    Produo e distribuio dodocumentrio Dilogos: serjovem na Amrica do Sul (3.500

    cpias).Construo com a RedeEspecializada de Juventude(Reje) do Plano Estratgico deAo Social do Mercosul.

    8. Mecanismos de exigibilidadedo direito humano alimentao adequada criados eimplementados.

    Mobilizao de setores dasociedade para aprovao doPEC que introduz o DireitoHumano Alimentao.

    Produo de vinheta sobre oDireito Humano Alimentao,com participao de artistasconhecidos pelo pblico eexibio em canais de TV.

    PEC aprovada na primeiravotao na Cmara dosDeputados.

    CONTINuAO

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    PARtE V

    COMPROMISSOS, RISCOS E RESuLTADOS

    Quadro de seguimeno e reviso dos compromissos assumidos 2009

    Efeios direos que poencialmene

    conribuiro para mudanas de

    policas e pricas

    Indicadores de progresso dos

    efeios direos 2009

    Resulados Resulados no previsos

    9. Ampliao dos oramentospblicos, federal e do estado doRio de Janeiro, no que ser referemaos programas de seguranaalimentar e nutricional.

    Ampliao do oramentopblico de programasde Segurana Alimentare Nutricional (SAN) alimentao escolar, Programade Aquisio de Alimentosda Agricultura Familiar, entreoutros.

    Ampliao do oramento daalimentao escolar para R$ 2bilhes de forma a atender incorporao do ensinomdio, passando a beneficiar48 milhes de estudantes eaumento do valor do percapita/aluno/dia de R$ 0,22para R$ 0,30.

    10. Insero na economia local/regional de trabalhadores deempreendimentos solidrios,estimulando a criao de cadeiase redes produtivas.

    Dados e anlises (e.o. nmero1)de empreendimentos, inserona economia local/regional etrabalhadores e trabalhadorasenvolvidos, com corte degnero e raa) divulgadose apropriados por 2 mil

    empreendimentos solidrios,beneficiando 60 mil pessoasem todo o pas.

    Grupos de produo local2)(Grande Rio) mais bempreparados e articulados paraatuar no mbito da economiasolidria.

    Implementao do sistemade informao em economiasolidria do Frum Brasileirode Economia Solidria,que abrange 20 milempreendimentos.

    Incluso da dimenso degnero no novo mapeamentode empreendimentoseconmicos e solidrios, eproduo de um instrumentoespecfico para o levantamentonacional de polticas pblicasem economia solidria (omapeamento foi adiado para2010).

    Formao de 20 tcnicos(as)da Petrobras na temtica daeconomia solidria, bem comode 70 lideranas (sendo que50 so mulheres) de economiasolidria dos fruns estaduaisde economia solidria doEsprito Santo, de So Paulo,de Minas Gerais e do Rio deJaneiro.

    Frum Zona Norte/Zona Sul/RJ de Economia Solidriafortalecido em sua estruturaorganizativa.

    11. Polticas pblicas de economiasolidria implementadas, emespecial o Sistema Brasileiro deComrcio Justo e Solidrio e oSistema de Finanas Solidrias.

    Poltica Nacional de Formaoem Economia Solidriaestruturada com base naoperao dos centros regionaise nacional de formao.

    Capacitao de 400multiplicadores(as) emeconomia solidria nos centrosde formao regionais enacional.

    CONTINuAO

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    PARtE V

    COMPROMISSOS, RISCOS E RESuLTADOS

    Quadro de seguimeno e reviso dos compromissos assumidos 2009

    Efeios direos que poencialmene

    conribuiro para mudanas de

    policas e pricas

    Indicadores de progresso dos

    efeios direos 2009

    Resulados Resulados no previsos

    12. Poltica de informaopblica sobre inverses doBNDES (30 bilhes de dlares/ano) implementada; plataformanacional composta pelas principaisorganizaes da sociedade civilbrasileira (aproximadamente40) influenciando as decisesde financiamento do Banco,visando a promoo de umdesenvolvimento inclusivo eambientalmente responsvel.

    Plataforma BNDES fortalecida.1)

    Poltica de informao pblica2)sobre inverses do BNDES(atualmente US$ 70 bilhes aoano) implementada.

    Critrios e parmetros3)regionais e socioambientais(com corte de gnero e raa)adotados pelo BNDES em suapoltica operacional.

    Criao do grupo executivoda plataforma BNDES comdimenso regional.

    Comprometimento pblico daPresidncia do BNDES com oaperfeioamento da poltica deinformao do banco.

    Introduo no debatepblico do tema dacorresponsabilizao do BNDEScom relao aos impactossociais e ambientais dosprojetos financiados pelobanco.

    BNDES tem assumidopublicamente compromissossocioambientais em sua polticaoperacional (a exemplo doscritrios para o financiamentodo setor da pecuria), ainda quecom pouca efetividade.

    13. Propostas alternativas paraa governana financeira global(Banco Mundial, FMI, BIS eoutros) elaboradas com uma redede especialistas e lideranas demovimentos sociais de 13 pasesvisando a democratizao dosistema financeiro internacional.

    Anlise da crise financeira1)internacional e seus impactossociais atualizados eaprofundados.

    Propostas alternativas para2)uma governana financeiraglobal mais democrtica eestratgias de incidncia das

    organizaes de cidadaniaativa revistas e reelaboradas.

    Realizao de confernciainternacional com especialistase ativistas de OSCs de 13pases.

    Realizao de workshopinternacional, com redese representantes de OSCs,sobre os rumos da crise, as

    possveis alternativas para ademocratizao da regulaofinanceira e as estratgias deao das OSCs.

    Desenvolvimento de sitepara ampliar o debate e adisseminao de informaes.

    14. Cultura de monitoramentoe controle pblico cidadosobre grandes conglomeradosempresariais que atuam noBrasil, na frica lusfona eem outros pases da AmricaLatina (Argentina, Chile, Mxico,Peru e Uruguai), disseminada e

    fortalecida entre as organizaesda sociedade civil e suas redes,a partir de uma perspectiva dedesenvolvimento baseado nademocracia e nos DHESCAs.

    Definio de metodologia eincio do monitoramento e docontrole pblico cidado dosimpactos sociais e ambientaisde grandes mineradorasde origem brasileira, hojemultinacionais.

    Aproximao com RWI eafinamento da proposta comrelao Vale e Petrobras,mas sem concretizao de umprojeto comum.

    Estreitamento da relao com omovimento Justia nos Trilhos

    para o controle social da Vale.

    Parcerias com organizaesdo Par e possveisdesdobramentos deatividades com o IIEB e outrasorganizaes do Norte doBrasil.

    A entrada na agenda pblica

    do debate sobre a exploraodas reservas de petrleo dopr-sal revelou a oportunidadee urgncia de construo demetodologia e parcerias para ocontrole social.

    CONTINuAO

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    PARtE V

    COMPROMISSOS, RISCOS E RESuLTADOS

    15. Moradores de favelas ecomunidades populares apoiadosna sua luta pelo direito cidade, pelo desenvolvimentolocal integrado e pelo direito segurana cidad, como expressode um outro mundo possvel.

    Desenvolvimento de1)metodologia para apromoo da integrao,no subordinada, da favela cidade, buscando potencializaro impacto do PAC nas favelasdo Rio de Janeiro.

    Articulao de um espao2)estratgico de interlocuoentre as diferentes entidadesdo estado e da sociedade civil(do asfalto e da favela) no Riode Janeiro.

    Movimento de favela do Rio3)de Janeiro com visibilidade e

    incidncia no debate pblicosobre a poltica de seguranapblica voltada para as favelas.

    Fortalecimento de Fruns4)Comunitrios como espao dearticulao de atores locais.

    Articulao e consolidao de5)rede de parceiros articulada(Rede Coep, organizaeslocais e poder pblicolocal), e fortalecimento dasustentabilidade dos ncleoscomunitrios.

    Capacitao dos grupos6)

    comunitrios na regiometropolitana do Rio deJaneiro para gerir iniciativasautogestionrias de gerao detrabalho e renda.

    Desenvolvimento, teste esistematizao de princpiospara uma metodologia deinterlocuo pblica e cidad.

    Organizao do Frum daCidadania como espao deinterlocuo da cidade reunindo130 entidades, e realizao detrs encontros.

    Pesquisas sobre a percepo demoradores(as) da cidade sobreo PAC e a relao favela/asfaltoutilizadas para aprofundar eampliar o debate pblico.

    Participao do FrumComunitrio de JardimGramacho em discusso deprioridades de investimentono bairro por parte doFundo de Revitalizao (paracomercializao de biogs,administrado pela Prefeitura).

    Capacitao de 60 mulheresquilombolas de Araatiba/ES ede Joo Carro (Manso/MT) emdiferentes tcnicas de corte ecostura.

    Realizao de quatro cursos defortalecimento das iniciativas de

    gerao de trabalho e renda naCidade de Deus/RJ (80 mulherese 36 homens).

    Formao de trs turmas docurso de cinema e criaoutilizando o celular (42pessoas).

    Devido ao sucesso da criaodo Pacto pela Cidadania e doFrum da Cidadania, tendopor referncia as obras doPAC no Complexo de favelasde Manguinhos, o Ibasefoi convidado a estender ainiciativa a outras reas defavelas da cidade tambm sobinterveno do PAC Favelas.

    Desenvolvimento da campanhaSe somos todos iguais, porque no somos todos umacidade Favela Cidade.

    A comunidade quilombola de

    Retiro/ES, j reconhecida pelaFundao Cultural Palmares,recebeu a titulao de suasterras pelo Incra.

    Incluso da Comunidadede Araatiba e do Atelide Mulheres Quilombolasde Araatiba no folhetoinformativo sobre atraestursticas/culturais de Viana.

    Estruturao conjunta doevento Frum Nacional,coordenado pelo ex-ministroJoo Paulo dos Reis Veloso,sobre Segurana Pblica e

    oportunidades para as favelas.

    16. Fortalecimento institucional:

    a) gnero

    b) liderana e renovao

    c) transversalidade e coeso

    d) planejamento

    Gnero ampliado como varivel1)nos objetivos e indicadores doIbase.

    Fruns Temticos consolidados2)para reflexo estratgica.

    Instaurao de um clima de3)refundao do Ibase com arealizao da Plataforma.

    Fruns Temticos realizadoscom sucesso, tendo comoeixo a reviso das apostasestratgicas institucionais e abusca de coeso interna empreparao Plataforma.

    Plataforma realizada com80 parceiros(as) do Brasil eexterior, estreitando relaese apostando na renovao doIbase.

    Temas da igualdade degnero, combate ao racismoe promoo das juventudesadotados como transversaissob direta responsabilidade dadireo (um tema para cadadiretor).

    Quadro de seguimeno e reviso dos compromissos assumidos 2009

    Efeios direos que poencialmene

    conribuiro para mudanas de

    policas e pricas

    Indicadores de progresso dos

    efeios direos 2009

    Resulados Resulados no previsos

    CONTINuAO

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    PARtE V

    COMPROMISSOS, RISCOS E RESuLTADOS

    Reviso dos riscos

    Riscos principais para

    o sucesso dos efeios

    direos

    Indicadores de reduo ou conrole

    de riscos em 2009

    Resulados

    1. Articulao institucionaldo Ibase com osmovimentos sociais.

    Enraizamento do Ibase na cidade doRio de Janeiro, particularmente nasreas populares das favelas.

    Revitalizao das relaes com velhose novos parceiros do FSM.

    Avano no dilogo e articulao com a CUT.

    Ampliao das articulaes na cidade do Rio de Janeiro,particularmente no campo das associaes e dos movimento dasfavelas, com a realizao do Frum da Cidadania para o PACUrbanizao de Favelas.

    Estreitamento da relao com Caoi, Mulheres Camponesas, Grito dosExcludos e Articulao Feminista Marcosul.

    Realizao da Plataforma Ibase, em setembro, fortalecendo laos comvelhos e novos parceiros, e lanamento da ideia de Rede de Amigosdo Ibase.

    Consolidao da Plataforma BNDES com a criao do grupo operativocom abrangncia regional.

    Permanncia do risco, mas reduzido.

    2. Fore represenaodo Ibase na pessoa do

    direor-geral.

    Busca por maior entrosamento dadireo e melhor distribuio deresponsabilidades.

    Preenchimento da vaga da quartadireo.

    Melhor entrosamento interno da direo, mas h aumento dasobrecarga de trabalho.

    Avaliao da direo em seu conjunto pelo Conselho Curadore proposta para que o Ibase defina melhor os papis e asresponsabilidades para encaminhamento da questo da representaoe do preenchimento da quarta direo.

    Permanncia de forte representao na pessoa do diretor-geral.

    3. Financiamenoinsiucional do Ibase.

    Elaborao de plano estratgico decaptao de recursos (diagnsticoda cooperao internacional e suarelao com o Brasil; mapeamentode fontes no Brasil) com metas paraampliao do financiamento para os

    prximos quatro anos.

    Permanncia da situao financeira geral do Ibase na zona de risco.

    Proposio pelo GPN do Fundo Autnomo e avano nas negociaescom o governo federal e o BNDES para sua viabilizao com aporte derecursos das empresas estatais brasileiras.

    Aceitao, pela Fundao Fundo Brasil de Direitos Humanos, de alojar

    e administrar o Fundo Autnomo.

    Ibase no teve sucesso nas vrias disputas de licitaesgovernamentais para avaliao e pesquisa referentes a polticaspblicas. Os critrios exigidos nos convnios no so adequados natureza de instituies como o Ibase.

    4. Auonomia financeira esusenao do Ibase.

    Aposta na articulao GPN.

    Realizao da Plataforma Ibase comoreviso e refundao.

    GPN como importante referncia e espao de reflexo estratgica parao Ibase diante dos desafios de autonomia e sustentao.

    Demonstrao, durante Plataforma realizada em setembro, do poderconvocatrio do Ibase e de sua autonomia com relao a novosparceiros financeiros, como as empresas estatais brasileiras.

    Demonstrao de autonomia poltica por meio do Observatrio doPAC e da constituio do Frum de Cidadania, com apoio da Caixa.

    Apesar dos avanos, continua o risco de perda da autonomia por

    causa da fragilidade em termos de sustentao financeira.

    5. Perda de credibilidadedo Ibase com relao ao

    FSM.

    Aposta na revitalizao do grupohistrico brasileiro, responsvel pelonascimento e pela animao do FSM.

    Criao do Grupo de Reflexo e Apoio ao Processo FSM pela AoEducativa, Ao pela Tributao das Transaes Financeiras em Apoio aosCidados (Attac Brasil), Comisso Brasileira Justia e Paz, AssociaoBrasileira de Empresrios pela Cidadania (Cives), CUT, pelo Instituto PauloFreire e Ibase, e realizao do seminrio Dez anos depois: desafios epropostas para outro mundo possvel, durante o Frum Social MundialGrande Porto Alegre 10 Anos, de 25 a 29 de janeiro.

    Ibase com papel ativo na coalizo para o Frum Social MundialTemtico Crise de Civilizao.

    Significativa reduo de risco.

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    Balano social

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    PARtE VI

    BALANO SOCIAL

    Balano social do Ibase

    1. Identificao

    Nome da instituio: Instituto Brasileiro de Anlises Sociais e Econmicas Ibase

    Tipo/categoria (conforme