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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Transferência - Tratamento fiscal a ICMS - Consignação mercantil a ICMS - Produtor rural ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 33/2014 Espírito Santo / a Federal IPI Revenda de embalagens usadas 01 / a Estadual ICMS Regimes especiais 05 / a IOB Setorial Federal Tecnológico - IPI - Incentivo fiscal - PATVD - Alíquota zero 07 / a IOB Comenta Estadual ICMS (SPED) - Utilização do Registro 1900 no Estado do Espírito Santo 09 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Bens de informática - Benefícios fiscais - Redução do imposto 10 Incentivos fiscais - Renuclear - Habilitação 10 ICMS/ES Denúncia espontânea - Ação fiscal 10 Não incidência - Salvados de sinistro 10 Pilhas e baterias usadas - Remessa para reciclagem 10

ICMS - IPI e Outros Espírito Santo a Veja nos Próximos · Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 ES32-03 ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos Voto

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Page 1: ICMS - IPI e Outros Espírito Santo a Veja nos Próximos · Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 ES32-03 ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos Voto

Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Transferência - Tratamento fiscal

a ICMS - Consignação mercantil

a ICMS - Produtor rural

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 33/2014

Espírito Santo

/a Federal

IPIRevenda de embalagens usadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Estadual

ICMSRegimes especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB Setorial

FederalTecnológico - IPI - Incentivo fiscal - PATVD - Alíquota zero . . . . . . 07

/a IOB Comenta

EstadualICMS (SPED) - Utilização do Registro 1900 no Estado do Espírito Santo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB Perguntas e Respostas

IPIBens de informática - Benefícios fiscais - Redução do imposto . . . . 10Incentivos fiscais - Renuclear - Habilitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

ICMS/ESDenúncia espontânea - Ação fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Não incidência - Salvados de sinistro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Pilhas e baterias usadas - Remessa para reciclagem . . . . . . . . . . . . . 10

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : revenda de embalagens usadas.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2220-0

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-07833 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

32-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 ES

IPI

Revenda de embalagens usadas SUMÁRIO 1. Introdução 2. Não incidência 3. Hipótese de incidência 4. Produtos adquiridos para uso, consumo ou integração

ao ativo imobilizado 5. Nota fiscal 6. Modelo

1. Introdução

Examinaremos, neste texto, o tratamento fiscal previsto na legislação do IPI para a revenda de embalagens usadas, assim entendidas aquelas que acondicionaram produtos (insumos) adquiridos pelo estabele-cimento industrial, tais como bar-ris, tambores, caixas de madeira, de papelão e outras, com base no Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, e em outros atos legais que serão citados no transcorrer da matéria.

(RIPI/2010)

2. não InCIdênCIa

Não constitui hipótese de incidência do IPI a revenda de embalagens usadas que acondicionaram matérias--primas ou produtos intermediários empregados pelo contribuinte no processo industrial e que se tornaram impróprias para reutilização como embalagens.

Esse foi o entendimento firmado pela Coordenação do Sistema de Tributação divulgado por meio do Pare-cer Normativo CST nº 311/1971 (item 11).

(Parecer Normativo CST nº 311/1971, item 11)

2.1 Manutenção do crédito fiscal

O crédito do IPI relativo à entrada dos produtos será mantido integralmente, não sendo exigido o seu estorno (proporcional ao valor das embalagens usadas vendidas).

O item 11 do Parecer Normativo CST nº 311/1971 esclarece ainda que, nos termos do § 2º do art. 33 do Regulamento do IPI de 1967 (aparas, resíduos etc.), serve como indicador da impropriedade dos materiais de embalagem o ínfimo valor que lhes seja atribuído na venda, em relação ao preço pelo qual normal-mente são comercializados os produtos na condição

de novos, da mesma natureza e finalidade.

(RIPI/2010, art. 255; Parecer Normativo CST nº 311/1971, item 11)

2.2 revenda a não contribuinte

Também não incide o IPI na venda de embalagens usadas quando destinadas a não contri-

buintes, sendo obrigatório, nesse caso, o estorno proporcional do

crédito lançado na entrada de maté-rias-primas e produtos intermediários

no estabelecimento.

O valor do IPI a ser estornado será determinado por meio de aplicação da alíquota desse imposto relativo a matérias-primas e produtos intermediários adquiridos sobre o valor das embalagens usadas ven-didas (item 12 do Parecer Normativo CST nº 311/1971).

(Parecer Normativo CST nº 311/1971, item 12)

3. HIPótESE dE InCIdênCIa

O item 12 do Parecer Normativo CST nº 311/1971 esclarece ainda que, se as embalagens não tiverem se tornado impróprias à utilização normal, sendo

a Federal

Não constitui hipótese de incidência do IPI a revenda de embalagens usadas que

acondicionaram matérias-primas ou produtos intermediários empregados

pelo contribuinte no processo industrial e que se tornaram impróprias para

reutilização como embalagens

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32-02 ES Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

vendidas para esse fim a industriais ou revendedores (para serem utilizadas como material de embalagem), a sua saída será tributada, e o cálculo será feito com aplicação da alíquota correspondente ao código da Tabela de Incidência do IPI (TIPI) sob o qual se classi-ficam as embalagens vendidas.

Nesse mesmo sentido decidiu o Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, por meio do recurso a seguir mencionado:

Número do Recurso: 110218

Câmara: PRIMEIRA CÂMARA

Número do Processo: 10380.000990/95-10

Tipo do Recurso: VOLUNTÁRIO

Matéria: IPI

Recorrente: - [...]

Recorrida/Interessado: DRJ-FORTALEZA/CE

Data da Sessão: 06/12/2000 - 10:00:00

Relator: Sérgio Gomes Velloso

Decisão: ACÓRDÃO 201-74145

Resultado: PPU - DADO PROVIMENTO PARCIAL POR UNANIMIDADE

Texto da Decisão: Por unanimidade de votos, deu-se pro-vimento parcial ao recurso, nos termos do voto do relator.

Ementa: - [...] SUCATA - NÃO CARACTERIZAÇÃO - FALTA DE LANÇAMENTO - Não podem ser consideradas sucata as embalagens que não se tornaram impróprias à utiliza-ção normal, sendo vendidas para esse fim a industriais ou revendedores. Tais saídas serão tributadas pelo imposto, cujo cálculo far-se-á com aplicação da alíquota correspon-dente ao código da Tabela de Incidência de IPI, sob o qual se classificam as embalagens usadas. - [...]

[…]

Nota

O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Conselho de Contribuintes do Mi-nistério da Fazenda, além da Câmara Superior de Recursos Fiscais, foram unificados em um órgão, denominado “Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)”, com competência para julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de 1ª instância, bem como recursos especiais, sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB (Lei nº 11.941/2009, art. 49).

(Lei nº 11.941/2009, art. 49; Parecer Normativo CST nº 311/1971, item 12)

3.1 decisão do Segundo Conselho de Contribuintes

A Terceira Câmara do Segundo Conselho de Con-tribuintes do Ministério da Fazenda, ao julgar recurso interposto por contribuinte, decidiu, por unanimidade de votos, que o IPI incide na saída de bombonas usa-das e próprias para uso normal, bem como na saída de refugo plástico resultante do processo produtivo.

Para conhecimento, reproduzimos, a seguir, a íntegra da referida decisão (cuja ementa foi publicada no DOU de 08.06.1995):

Ministério da Fazenda

Segundo Conselho de Contribuintes

Processo nº: 10711.015166/91-23

Sessão de: 21 de setembro de 1994

Acórdão nº: 203-01.706

Recurso nº: 90.129

Recorrente: [...]

Recorrida: DRF no Rio de Janeiro - RJ

IPI - Bombonas usadas e próprias para uso normal e refugo plástico proveniente do processo produtivo ao serem ven-didos devem ser tributados.

Recurso negado.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por […]

Acordam os Membros da Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Ausentes os Conselheiros Tiberany Ferraz dos Santos (justificadamente) e Sebastião Borges Taquary.

Sala das Sessões, em 21 de setembro de 1994.

Osvaldo José de Souza

Presidente

Ricardo Leite Rodrigues

Relator

Maria Vanda Diniz Barreira

Procuradora-Representante da Fazenda Nacional

Vista em Sessão de 26 de janeiro de 1995.

Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselhei-ros Maria Thereza Vasconcellos de Almeida, Sérgio Afa-nasieff, Mauro Wasilewski e Celso Angelo Lisboa Gallucci.

Relatório

O presente processo já foi apreciado por esta Câmara, em Sessão de 08 de julho de 1993, ocasião em que, por una-nimidade de votos, foi o julgamento do recurso voluntário convertido em diligência à repartição de origem para que fossem tomadas as seguintes providências:

a) anexar aos autos xerox das notas fiscais emitidas nas vendas dos refugos plásticos;

b) se tais refugos fazem parte do processo produtivo da empresa. Se não, onde a empresa consegue tais refugos?; e

c) anexar aos autos xerox das notas fiscais emitidas nas vendas das bombonas.

Em atendimento à solicitação feita, foi juntada a documen-tação de fls. 47 a 84.

É o relatório.

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32-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 ES

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Voto do Conselheiro-Relator Ricardo Leite Rodrigues

A documentação, juntada quando da diligência, em nada favoreceu a Recorrente.

As notas fiscais anexadas têm numeração e data diferentes das relacionadas nos Demonstrativos de fls. 08/10 e 13/14, não sendo possível qualquer análise para comprovar os argumentos da defesa.

Por outro lado, quando foi solicitada uma explicação a respeito da origem dos “refugos plásticos” vendidos pela Recorrente, queríamos algo mais consistente do que a argumentação expendida na petição inicial, pois aquela não convencera, já que, pela descrição usada nas notas fiscais citadas nos autos, entende-se que tais refugos são conseqüentes do processo industrial existente na empresa autuada.

Finalmente, cabe ressaltar que a legislação aplicada pela fiscalização para cálculo dos juros e correção monetária encontra-se legalmente amparada e, por conseguinte, não foi de encontro ao disposto no art. 144 do CTN.

Pelo acima exposto, nego provimento ao recurso.

Sala das Sessões, 21 de setembro de 1994.

Ricardo Leite Rodrigues

Nota

O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Conselho de Contribuintes do Mi-nistério da Fazenda, além da Câmara Superior de Recursos Fiscais, foram unificados em um órgão, denominado “Conselho Administrativo de Recur-sos Fiscais (Carf)”, com competência para julgar recursos de ofício e vo-luntários de decisão de 1ª instância, bem como recursos especiais, sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela RFB (Lei nº 11.941/2009, art. 49).

(Lei nº 11.941/2009, art. 49)

4. ProdutoS adquIrIdoS Para uSo, ConSuMo ou IntEgração ao atIvo IMoBIlIzado

A revenda, por estabelecimento industrial, de embalagens que acondicionaram produtos adquiri-dos para emprego em suas próprias instalações (uso ou consumo ou ativo imobilizado) não está sujeita à incidência do IPI, uma vez que essa operação não configura fato gerador do imposto.

Esse foi o entendimento divulgado por meio do Parecer Normativo CST nº 154/1973, cujos principais itens são transcritos a seguir:

Parecer Normativo CST nº 154/1973

01 - IPI

01.04 - Fato gerador

Revenda, por estabelecimento industrial, de embalagens que acondicionaram produtos adquiridos para emprego em suas próprias instalações: a saída não é tributada, pois não ocorre o fato gerador.

Para emprego nas instalações de seu próprio estabeleci-mento, empresa industrial adquire - conforme eventuais necessidades - cabos condutores elétricos que lhe são fornecidos em grandes bobinas. Esporadicamente, revende essas bobinas às próprias indústrias fornecedo-ras, as quais estipulam o preço da operação e refugam as unidades que não estejam em condições de reutilização. Indaga-se se essa revenda está sujeita à incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, devendo ser esse tributo destacado na nota fiscal que acompanhar a saída, e se pode a empresa revendedora creditar-se do IPI pago na aquisição, crédito que não escritura na entrada dessas mercadorias por não se destinarem as mesmas a consumo no processo produtivo.

2 - [...]

3 - A consulente não consome os condutores elétricos como produtos intermediários de seu processo industrial, mas simplesmente na reposição ou melhoria de suas ins-talações, e não é fabricante das bobinas em que esses mesmos condutores são acondicionados, não tendo, por-tanto, relativamente às mesmas, a condição de produtor. Também não se equipara a estabelecimento industrial (na verdade, ela o é, mas com referência a outros produtos), como comerciante de bens de produção, tendo em vista o caráter facultativo dessa equiparação (art. 3º, § 6º, do RIPI). Assim, […]

4 - No caso, inocorre o fato gerador e, em conseqüência, as saídas dessas embalagens, revendidas aos fornecedores dos materiais de que foram continentes, como a outrem, não estão sujeitos ao IPI não havendo, pois, imposto a des-tacar na nota fiscal, nem razão para cogitar-se do tributo pago na aquisição.

5 - [...]

(Parecer Normativo CST nº 154/1973)

5. nota FISCal

Nas saídas de embalagens usadas, o estabele-cimento industrial deverá emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), se for o caso, com todos os requisitos normalmente exigidos (inclusive com lançamento do IPI, caso a operação se enquadre na hipótese descrita no item 3), indicando um dos seguintes Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOP):

a) nas operações internas: “5.102 - Vendas de mercadorias adquiridas e/ou recebidas de ter-ceiros”;

b) nas operações interestaduais:

b.1) destinadas a contribuintes: “6.102 - Ven-das de mercadorias adquiridas e/ou re-cebidas de terceiros”;

b.2) destinadas a não contribuintes: “6.108 - Vendas de mercadorias adquiridas e/ou recebidas de terceiros, destinadas a não contribuintes”.

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32-04 ES Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

O contribuinte obrigado à emissão de NF-e deve observar as disposições contidas no Ajuste Sinief nº 7/2005 e no Manual de Orientação do Contribuinte, ver-são 5.0, aprovado pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012, em especial as orientações expressas em seu Anexo I, que trata do leiaute do referido documento fiscal.

Notas

(1) O Protocolo ICMS nº 42/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização da NF-e em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelo critério de Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e operações com os destinatários que especifica, teve sua vigência adiada pelo Protocolo ICMS nº 173/2012, com efeitos desde 1º.01.2014.

(2) O disposto no referido Protocolo não se aplica (Protocolo ICMS nº 42/2009, cláusula quarta):

a) ao microempreendedor individual (MEI), de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006;

b) às operações realizadas por produtor rural não inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

(Ajuste Sinief nº 7/2005; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012; Con-vênio s/nº de 15.12.1970, art. 5º; Manual de Orientação do Con-tribuinte, versão 5.0, Anexo I)

6. ModElo

A seguir, reproduzimos modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) relativo à revenda interna de embalagens usadas, tributada pelo IPI.

DANFE

N

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32-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 ES

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ICMS

Regimes especiais SUMÁRIO 1. Introdução 2. Benefícios fiscais 3. Regime Especial de Obrigação Acessória (REOA) 4. Regime nominado 5. Cancelamento

1. IntroduçãoOs contribuintes do ICMS estão obrigados ao cum-

primento de obrigações previstas na legislação. Para isso, a critério do Fisco, poderá ser concedido ao con-tribuinte regime especial, atendendo aos princípios de maior simplicidade, racionalidade e adequação em face da natureza das operações realizadas pelo requerente.

Neste procedimento, abordaremos as disposi-ções do Fisco capixaba em relação à formalização de pedido de regime especial de interesse do contri-buinte e seus respectivos desdobramentos, com base no RICMS-ES/2002.

2. BEnEFíCIoS FISCaISInicialmente, cabe ressaltarmos que é vedada a con-

cessão ou renovação de suspensão, isenção, redução de base de cálculo, crédito presumido ou outorgado, ou qualquer outra modalidade de benefício fiscal por regime especial de tributação, ressalvado o disposto no art. 22 da Lei nº 7.000/2001 e no Decreto nº 1.951-R/2007.

Notas(1) O art. 22 da Lei nº 7.000/2001 dispõe que, por interesse do Estado,

o Poder Executivo poderá estabelecer medidas e mecanismos de proteção à economia, inclusive em apoio a novos empreendimentos, mediante a institui-ção de programas de incentivo ao investimento no Espírito Santo.

(2) O Decreto nº 1.951-R/2007, com base no art. 22 da Lei nº 7.000/2001, institui o Programa de Incentivo ao Investimento no Estado do Espírito Santo (Invest-ES), que consiste na concessão de benefícios fiscais, visando à reali-zação de projetos de iniciativa do setor privado.

(RICMS-ES/2002, art. 531, § 4º)

3. rEgIME ESPECIal dE oBrIgação aCESSórIa (rEoa)

Em casos especiais e em vista de facilitar aos con-tribuintes o cumprimento das obrigações fiscais, poderá ser permitida, sob condição, a adoção de REOA, para:

a) recolhimento do imposto;b) confecção e emissão de documentos fiscais;c) escrituração de livros fiscais;d) transporte fracionado de mercadorias;

e) outras obrigações acessórias, não vedadas por lei ou convênio.

(RICMS-ES/2002, art. 531, I a V)

3.1 SolicitaçãoO pedido de concessão de regime especial, assi-

nado por sócio-gerente ou representante legal, deverá conter a descrição detalhada do motivo e da finalidade bem como a identificação completa do estabelecimento interessado e do signatário em sua solicitação inicial e ser apresentado à Agência da Receita Estadual (ARE) a que estiver circunscrito o contribuinte, instruído com os seguintes documentos:

a) cópia do contrato social ou do estatuto social e suas alterações;

b) cópia autenticada de instrumento procurató-rio, com poderes específicos, caso o reque-rente seja representado por procurador legal-mente habilitado;

c) cópia da ata da assembleia que elegeu a dire-toria responsável pela outorga do instrumento procuratório, a que se refere a letra “b”;

d) modelos originais ou cópias legíveis dos siste-mas pretendidos;

e) comprovante de pagamento da taxa de pedi-do de regime especial, constante na Tabela II, item 17-1, da Lei nº 7.001/2001;

f) cópia de documento comprobatório da assi-natura do signatário na solicitação inicial;

g) outro documento que a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) julgar necessário.

(RICMS-ES/2002, art. 531, § 1º)

3.1.2 Estabelecimento matriz localizado em outra unidade da Federação

Na hipótese de o estabelecimento matriz situar-se em outra Unidade da Federação, o referido pedido será formulado por qualquer um dos estabelecimentos localizados no Estado do Espírito Santo, se somente a esses interessar o regime especial.

(RICMS-ES/2002, art. 531, § 2º)

3.1.3 Concessão do regime especial - CiênciaO pedido de regime especial será decidido pela

gerência tributária, que dará ao interessado ciência da decisão, entregando, na hipótese de ser ela con-cessiva, cópia de seu inteiro teor, acompanhada das vias dos modelos e sistemas aprovados, se for o caso.

(RICMS-ES/2002, art. 531, § 3º)

a Estadual

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32-06 ES Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

3.2 utilização de regime especial pelos demais estabelecimentos da mesma empresaA utilização de regime especial pelos demais

estabelecimentos da mesma empresa, não abrangi-dos na concessão, fica condicionada à averbação.

Essa averbação consistirá em decisão do gerente tributário, da qual se entregará cópia ao interessado, declarando-se que os estabelecimentos nela espe-cificados estão autorizados a utilizar o regime especial.

O pedido de averbação de regime especial, inclusive nos casos em que tenha sido concedido pelo Fisco federal ou outra Unidade da Federação, será apresentado pelo estabelecimento matriz à ARE a que estiver circunscrito o requerente. Na hipótese de o estabelecimento matriz se localizar em outra Unidade da Federação, o pedido de averbação será formulado por estabelecimento situado neste Estado.

O pedido de averbação, que conterá os dados identificadores do estabelecimento requerente e dos estabelecimentos que passarão a adotar o regime especial, bem como o número do processo em que, originariamente, foi ele requerido, será instruído com cópias autenticadas do ato concessivo e dos modelos e sistemas aprovados, se houver.

(RICMS-ES/2002, art. 532)

3.3 adoção de regime especial concedido em outro EstadoO contribuinte estabelecido em outra Unidade

da Federação poderá requerer à Sefaz autorização para adotar regime especial relativo às obrigações acessórias. Para tanto, o pedido deve conter a identi-ficação do estabelecimento e ser instruído com:

a) a documentação relacionada no subtópico 3.1;b) a cópia do regime especial concedido em ou-

tra Unidade da Federação; ec) a cópia de ato de autoridade competente, da

Unidade da Federação que houver concedido o regime especial, confirmando a sua vigên-cia, caso vigore por período superior a 2 anos.

O pedido poderá ser apresentado em qualquer ARE ou no protocolo da Sefaz e será decidido pela gerência tributária, que dará ciência da decisão ao interessado e, na hipótese de deferimento, fornecerá cópia de seu inteiro teor, mediante recibo, acompa nhada das vias dos modelos e sistemas aprovados, se for o caso.

(RICMS-ES/2002, art. 532-A)

3.4 alteração, suspensão ou cancelamentoOs regimes especiais, uma vez concedidos,

poderão ser alterados, suspensos ou cancelados a qual-quer tempo, após comunicação prévia ao contribuinte.

Nos casos de alteração, o estabelecimento que solicitou a concessão ou a averbação deverá apresentar pedido devidamente instruído, na forma do subtópico 3.1, que seguirá os mesmos trâmites da concessão original.

É competente para determinar a alteração, sus-pensão ou o cancelamento do regime a autoridade que o tiver concedido. Ocorrendo alteração, suspen-são ou cancelamento, será dada ciência ao Fisco da Unidade da Federação onde houver estabelecimento do detentor do regime especial.

(RICMS-ES/2002, art. 533, §§ 1º a 4º)

3.5 renúnciaO detentor do regime especial poderá renunciá-lo

mediante comunicação à autoridade fiscal concedente.(RICMS-ES/2002, art. 533, § 6º)

3.6 IndeferimentoA falta de apresentação de quaisquer dos docu-

mentos, mencionados anteriormente, determinará, “de plano”, o indeferimento do pedido de concessão, alteração, averbação e anuência de regime especial.

O “indeferimento de plano” ocorrerá, também, em decorrência da constatação de que o estabeleci-mento requerente se encontra:

a) com débito, pelo não recolhimento do imposto;b) com notificação de débito em situação de ativa;c) em situação irregular perante o Fisco, relativa-

mente:c.1) ao cadastro de contribuinte do imposto;c.2) à entrega do Documento de Informações

Econômico Fiscais (Dief);c.3) à transmissão dos arquivos magnéticos, a

que se refere o Convênio ICMS nº 57/1995;c.4) à utilização de documento fiscal eletrôni-

co; ouc.5) à dívida ativa do Estado, salvo se a sua

exigibilidade estiver suspensa ou em curso de cobrança executiva em que te-nha sido efetivada a penhora.

Para os fins da letra “c”, será considerado como irregularidade a inscrição em dívida ativa do estabe-lecimento, suas filiais, seus sócios, diretores ou admi-nistradores.

(RICMS-ES/2002, art. 533, §§ 7º e 8º)

3.7 Manifestação da gerência fiscalA gerência fiscal deverá manifestar-se sobre:a) o procedimento que o contribuinte pretende

adotar, emitindo opinião técnica consubstancia-da e apresentando sugestões relativas à segu-

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32-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 ES

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

rança e ao controle fiscal, antes da concessão, alteração ou averbação de regime especial;

b) a regularidade do cumprimento das obrigações principal e acessórias, por parte do interessado;

c) o controle e acompanhamento fiscal em rela-ção a procedimento especial já concedido; e

d) a conveniência da continuidade do procedi-mento especial já concedido.

Entretanto, o Fisco não irá se manifestar nas hipó-teses de regimes especiais concedidos com base no art. 425, § 2º, e arts. 545 e 730 do RICMS-ES/2002.

(RICMS-ES/2002, art. 533, §§ 9º e 10)

3.8 requisitosO regime especial deverá conter, no mínimo:a) o número e o ano;b) a ementa;c) a identificação da autoridade concedente e do

fundamento legal da concessão;d) a identificação do contribuinte e seus números

de inscrição, estadual e no CNPJ;e) os procedimentos e documentos autorizados;f) as condições específicas de sua adoção;g) as exigências fiscais para controle e acompa-

nhamento;h) as hipóteses de revogação ou cassação;i) o prazo de vigência.(RICMS-ES/2002, art. 533-A)

3.9 registroOs regimes especiais serão registrados em con-

formidade com as regras contidas em cláusula espe-cífica, no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, fazendo-se constar o número, a ementa e o respectivo prazo de vigência.

(RICMS-ES/2002, art. 534)

3.10 Sistema eletrônico de processamento de dadosA autorização de uso de sistema eletrônico de

processamento de dados será exigida do contribuinte, sendo deferida pela ARE a que estiver circunscrito o estabelecimento requerente, para emissão de documen-tos fiscais e escrituração de livros fiscais, se for o caso.

(RICMS-ES/2002, art. 531, § 7º)

4. rEgIME noMInado

A legislação do Estado do Espírito Santo já prevê alguns regimes especiais dos quais podemos exem-plificar:

a) transferência de créditos acumulados (RICMS--ES/2002, art. 112, § 4º);

b) prazo para recolhimento do imposto (RICMS- -ES/2002, art. 168, VIII, XIX e § 11);

c) substituição tributária (RICMS-ES/2002, art. 185, § 7º, art. 530-L-R-I, § 7º);

d) extensão do estabelecimento (RICMS-ES/2002, art. 348-B);

e) concessão de crédito outorgado (RICMS--ES/2002, art. 137-A).

5. CanCElaMEntoPor fim, salienta-se que os regimes ou controles

especiais estabelecidos com fundamento na legislação de regência do imposto, em benefício do contribuinte, serão cancelados sempre que por ele for cometida in fração que resulte em falta de pagamento do imposto, ou for recusada a prestação de esclarecimentos solicitados pelo Fisco, ou ainda, embaraçada, iludida, dificultada ou impedida a ação dos agentes do Fisco.

O ato que cancelar o regime especial fixará prazo para o cumprimento normal das obrigações cujas prestações foram dispensadas.

(Lei nº 7.000/2001, art. 25)N

a IOB Setorial

FEdERal

Tecnológico - IPI - Incentivo fiscal - PATVD - Alíquota zero

A pessoa jurídica habilitada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) como beneficiária do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD), instituído pela Lei nº 11.484/2007 e regulamentado

pelo Decreto nº 6.234/2007, poderá usufruir da alí-quota a zero do IPI, desde que atendidos os requisitos exigidos para tal finalidade.

Poderá pleitear habilitação ao PATVD a pessoa jurídica que invista anualmente em pesquisa e desenvol-vimento no País, conforme definido em legislação espe-cífica, e que exerça as atividades de desenvolvimento e fabricação de equipamentos transmissores de sinais por radiofrequência para televisão digital, classificados no código 8525.50.2 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

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32-08 ES Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Para fruição do incentivo fiscal, a pessoa jurídica devidamente habilitada, nos termos do Decreto nº 6.234/2007, deverá cumprir as regras sobre o pro-cesso produtivo básico (PPB) estabelecido por por-taria interministerial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, alternativamente, atender aos critérios de bens desenvolvidos no País definidos por portaria do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O investimento em pesquisa e desenvolvimento e o exercício das atividades de desenvolvimento e fabricação de equipamentos para a TV digital devem ser efetuados, de acordo com os projetos aprovados, apenas em atividades de pesquisa e desenvolvimento dos equipamentos transmissores, de software e de insumos para esses equipamentos.

Esses projetos devem ser aprovados em ato con-junto do Ministério da Fazenda, do Ministério da Ciên-cia, Tecnologia e Inovação e do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior, nos termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo.

A aprovação do projeto fica condicionada à com-provação da regularidade fiscal, da pessoa jurídica interessada, em relação aos impostos e às contribui-ções administrados pela RFB.

As alíquotas do IPI incidente na saída do estabele-cimento industrial ou a ele equiparado ou na importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, ficam reduzidas a zero, até 22.01.2017, quando a aquisição no mercado interno ou a importação for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do PATVD, para incorporação ao Ativo Imobilizado da pessoa jurídica adquirente no mercado interno ou importadora, destinados às atividades já citadas.

A redução de alíquotas a zero alcança também as ferramentas computacionais (softwares) e os insumos destinados à fabricação dos equipamentos para TV digital, quando adquiridos no mercado interno ou importados por pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

O benefício concedido às operações e ferramen-tas, mencionadas, alcançam somente os bens ou os insumos relacionados em ato do Poder Executivo.

Para fins de fruição do incentivo fiscal, equipara-se a importador a pessoa jurídica adquirente de bens estran-geiros, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.

As alíquotas do imposto incidentes sobre equipa-mentos transmissores de sinais por radiofrequência para TV digital, classificados no código 8525.50.2 da TIPI, na saída do estabelecimento industrial de pes-

soa jurídica beneficiária do PATVD, ficam reduzidas a zero, até 22.01.2017, não se aplicando essa redução de forma cumulativa com outras reduções ou benefí-cios relacionados ao imposto.

A beneficiária do PATVD deverá encaminhar ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, até 31 de julho de cada ano civil, os relatórios demonstrati-vos do cumprimento, no ano anterior, das obrigações e condições exigidas, inclusive em legislação especí-fica sobre a matéria.

No caso de os investimentos em pesquisa e desenvolvimento não atingirem, em determinado ano, o percentual mínimo fixado nos termos de regulamenta-ção específica, a pessoa jurídica beneficiária do PATVD deverá aplicar o valor residual no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) (CT-INFO ou CT-Amazônia), acrescido de multa de 25% e de juros equivalentes à taxa Selic, calculados desde 1º de janeiro do ano subsequente àquele em que não foi atingido o percentual até a data da efetiva aplicação.

A pessoa jurídica beneficiária do PATVD deverá efetuar essa aplicação até o último dia útil do mês de março do ano subsequente àquele em que não foi atingido o percentual.

A não realização da aplicação no prazo exigido obriga o contribuinte ao pagamento de juros e multa de mora, na forma da lei tributária, referentes ao imposto não pago em decorrência da redução das alíquotas.

Os juros e a multa serão recolhidos isoladamente e devem ser calculados a partir da data da saída do produto do estabelecimento industrial, sobre o valor do imposto não recolhido, proporcionalmente à diferença entre o percentual mínimo de aplicações em pesquisa e desenvolvimento fixado e o efetivamente realizado.

Os pagamentos efetuados não desobrigam a pes-soa jurídica beneficiária do PATVD do dever de efetuar a aplicação no FNDCT (CT-Info ou CT-Amazônia).

A falta ou a irregularidade do recolhimento sujeita a pessoa jurídica a lançamento de ofício, com apli-cação de multa de ofício na forma da lei tributária.

A pessoa jurídica beneficiária do PATVD será punida, a qualquer tempo, com a suspensão da redu-ção das alíquotas, sem prejuízo da aplicação de pena-lidades específicas à prática das seguintes infrações:

a) descumprimento das condições estabeleci-das no § 2º do art. 158 do RIPI/2010, relacio-nadas ao PPB;

b) descumprimento da obrigação de efetuar in-vestimentos em pesquisa e desenvolvimento na forma exigida pela legislação pertinente;

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32-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 ES

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c) não apresentação ou não aprovação dos rela-tórios pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, de que trata o art. 162 do RIPI/2010;

d) infringência aos dispositivos de regulamenta-ção do PATVD; ou

e) irregularidade em relação a impostos ou con-tribuições administrados pela RFB.

A suspensão do incentivo fiscal é convertida em cancelamento da redução das alíquotas, no caso de a pessoa jurídica beneficiária do PATVD não sanar a

infração no prazo de 90 dias contados da notificação da suspensão.

A pessoa jurídica que der causa a duas suspen-sões em prazo inferior a 2 anos será punida com o cancelamento da redução das alíquotas.

Note-se, ainda, que a penalidade de cancelamento da aplicação somente poderá ser revertida após 2 anos de saneamento da infração que a motivou.

(Lei nº 11.484/2007; Decreto nº 6.234/2007; RIPI - Decreto nº 7.212/2010, arts. 158 a 165; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

N

a IOB Comenta

EStadual

ICMS (SPED) - Utilização do Registro 1900 no Estado do Espírito Santo

A Escrituração Fiscal Digital (EFD) é um arquivo digital, que se constitui de um conjunto de escritura-ções de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos Fiscos das Unidades das Federa-ções e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte.

A EFD é constituída de blocos, os quais são orga-nizados em registros, que por sua vez, são conjuntos de campos específicos para cada informação.

Temos um leiaute padrão, ou seja, um contribuinte estabelecido em São Paulo terá a sua disposição para preenchimento os mesmos blocos e registros que o contribuinte domiciliado no Estado do Espírito Santo.

Contudo há determinados registros em que a obrigatoriedade de preenchimento dependerá de disciplina da própria Unidade da Federação, é o caso do Registro 1900, que, por exemplo, será exigido para alguns contribuintes capixabas.

Comparativamente no Estado de São Paulo temos dispensa deste Registro.

O Registro 1900 (indicador de subapuração do ICMS) tem por objetivo escriturar o ICMS de opera-ções especificadas em legislação estadual como

obrigadas a apurações em separado. É o que ocorre com as empresas que realizam operações ampara-das pela Lei nº 2.508/70 - Fundap - que conforme o art. 757, parágrafo único do Regulamento do ICMS/ES-2002 deverão em relação à EFD:

I - indicar todos os documentos fiscais que acobertam as operações e prestações relacionadas neste artigo, preenchendo o campo COD_OBS dos Registros C195 ou D195, de acordo com o documento escriturado, com o código 250870;

II - transferir os débitos ou créditos do imposto, relativos aos documentos a que se refere o tópico anterior, da apuração própria para a apuração em separado, utilizando a tabela constante do Anexo XCIII do RICMS/ES; e

III - apurar, separadamente, o imposto incidente nas operações de que trata o art. 757 na subapura-ção do Registro 1900 e filhos, utilizando, no campo IND_APUR_ICMS, o indicador “5”.

Além das empresas enquadradas no Fundap, outro exemplo que podemos citar de contribuintes obrigados ao preenchimento deste registro são as empresas que promovem operações com café cru. Para estas a orientação é preencher o Registro 1900 e filhos utilizando, no campo IND_APUR_ICMS, os seguintes indicadores:

• caféarábica:indicador“3”;ou• caféconilon:indicador“4”.

(RICMS-ES/2002, arts. 290, § 6º, “a”, e 757)

N

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32-10 ES Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a IOB Perguntas e Respostas

IPI

Bens de informática - Benefícios fiscais - Redução do imposto

1) Os bens de informática e automação produzi-dos no País têm redução do imposto?

Os bens de informática são beneficiados com redu-ção do imposto, conforme o disposto no art. 15 da Medida Provisória nº 517/2010, convertida em lei pelo art. 19 da Lei nº 12.431/2011, observados os seguintes percentuais:

a) 100%, de 15.12.2010 a 31.12.2014;b) 90%, de 1º.01 a 31.12.2015; e c) 70%, de 1º.01.2016 a 31.12.2019, quando a

redução será extinta.(Medida Provisória nº 517/2010, art. 15; Lei nº 8.248/1991,

art. 4º, § 7º; Lei nº 12.431/2011, art. 19)

Incentivos fiscais - Renuclear - Habilitação

2) Quem pode e quem não pode ser habilitado ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimen-to de Usinas Nucleares (Renuclear)?

É beneficiária do Renuclear a pessoa jurídica habilitada perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) que tenha projeto aprovado para implan-tação de obras de infraestrutura no setor de geração de energia elétrica de origem nuclear.

É vedada a adesão ao Renuclear às pessoas jurídicas:

a) optantes pelo regime do Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123/2006;

b) de que trata o inciso II do art. 8º da Lei nº 10.637/2002; e

c) de que trata o inciso II do art. 10 da Lei nº 10.833/2003.

A Medida Provisória nº 517/2010, que dispõe sobre o assunto, foi convertida, com emendas, na Lei nº 12.431/2011.

(Medida Provisória nº 517/2010, art. 11, caput, § 2º; Lei nº 12.431/2011, art. 15, caput, § 2º)

ICMS/ES

Denúncia espontânea - Ação fiscal

3) O contribuinte do ICMS pode efetuar denúncia espontânea quando estiver sob ação fiscal?

Não se considera espontânea a denúncia apre-sentada pelo contribuinte após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscaliza-ção, relacionados com a infração.

(RICMS-ES/2002, art. 798, parágrafo único)

Não incidência - Salvados de sinistro

4) O ICMS incide nas operações relativas à trans-ferência para companhia seguradora de bens móveis salvados de sinistro?

As operações de qualquer natureza de que decorra transferência, para companhias seguradoras, de bens móveis salvados de sinistro são consideradas hipóteses de não incidência do ICMS. Assim, nos casos em que se efetivam, não ocorre incidência do imposto estadual.

(RICMS-ES/2002, art. 4º, IX)

Pilhas e baterias usadas - Remessa para reciclagem

5) Qual é o procedimento do estabelecimento co-letor para envio de baterias usadas destinadas à reci-clagem?

O contribuinte que estiver obrigado a coletar, armazenar e remeter para fabricante, importador de pilhas e baterias usadas com consequente esgota-mento energético, compostas de chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, diretamente ou por meio de terceiros, deverá adotar o seguinte procedimento:

a) quando o remetente não for obrigado à emis-são de documento fiscal, deverá emitir dia-riamente nota fiscal para documentar o rece-bimento de pilhas e baterias informando no campo “Informações Complementares” a ex-pressão “Produtos usados isentos do ICMS, coletados de consumidores finais - Convênio ICMS nº 27/2005”;

b) emitir nota fiscal de remessa dos produtos co-letados consignando no campo “Informações Complementares” a expressão “Produtos usa-dos isento do ICMS, nos termos do Convênio ICMS nº 27/2005”.

(RICMS-ES/2002, art. 543-B)